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Livro Eletrônico

Aula 02

Conhecimentos Bancários p/ BRB (Escriturário) Prof. Eduardo Pereira


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INSTITUIÇÕES AUXILIARES E AFINS .............................................................................................................................. 4

SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ........................................................................................... 6

SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ..................................................................................... 9

BOLSA E BALCÃO .......................................................................................................................................................... 13

BOLSA DE VALORES ........................................................................................................................................................... 15

BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS ................................................................................................................................ 19

SOCIEDADES ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO ................................................................................................. 19

SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL (FACTORING) ......................................................................................................... 23

QUESTÕES PROPOSTAS ............................................................................................................................................... 26

GABARITO ..................................................................................................................................................................... 34

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Material elaborado de acordo com o Edital Normativo Nº 1/CP – BRB, publicado em 02 de


maio de 2019.

Conforme disposto em nosso cronograma, liberamos a Aula 02!

Nº CONTEÚDO
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional III (Instituições Auxiliares e Afins): sociedades
AULA 02

corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores


mobiliários; bolsas de valores; bolsas de mercadorias e de futuros; Sociedades de
fomento mercantil (factoring);

Não esqueça, se houver qualquer dúvida, é só chamar no Fórum de Dúvida ou


pelo e-mail (pereirapinto@gmail.com).

Abraço e bons estudos!

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INSTITUIÇÕES AUXILIARES E AFINS

Nesta Aula 02, veremos os seguintes tópicos: sociedades corretoras de títulos e valores
mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários; bolsas de valores;
bolsas de mercadorias e de futuros; Sociedades de fomento mercantil (factoring); sociedades
administradoras de cartões de crédito.

Na aula anterior, Aula 01, estudamos as instituições financeiras monetárias e não monetárias.
De modo geral, as instituições monetárias e não monetárias captam recursos dos poupadores
(operações passivas) e realizam operações ativas de empréstimo e financiamento aos mais
variados tipos aos tomadores (agentes com necessidade de recursos).

As instituições que veremos nesta aula, operam de maneira diferente. Elas não irão captar
recursos e realizar operações de empréstimo na outra ponta. As instituições auxiliares
(corretoras, distribuidoras e bolsas) operam como prestadoras de serviços de modo a facilitar
a realização das operações de compra e venda de ativos financeiros no mercado de
capitais/valores mobiliários.

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Logo, como temos poucas instituições a tratar, a presente aula será bastante breve.

Mercado de Capitais e Prestadores de Serviços

Como vimos na Aula 00, o mercado de capitais é aquele no qual os recursos “fluem”
diretamente do poupador para o tomador.

O exemplo clássico do mercado de capitais é uma Sociedade Anônima aberta emitindo ações
ou debêntures, que são compradas diretamente pelo investidor. Assim, o fluxo de recursos é
direto do investidor para a empresa emissora. No entanto, como veremos, para haver
sucesso na emissão e distribuição dos valores mobiliários (ações e debêntures) e uma
eficiente aproximação entre a vendedora/emissora (sociedade anônima aberta) dos valores
mobiliários e os potenciais compradores, há uma série de instituições “por trás” da operação
prestando serviços.

As instituições especializadas na aproximação de emissores de valores


mobiliários/vendedores e compradoras são as corretoras e as distribuidoras de títulos e
valores mobiliários.

Você pode estar se perguntando: o investidor quando compra as ações emitidas pela
sociedade anônima aberta, digamos da Petrobras, é obrigado a ficar com elas para sempre?
Como veremos, a resposta é não. Caso queira vender as ações os investidores podem
negociá-las num “lugar” chamado bolsa de valores, que também é basicamente uma
prestadora de serviços que oferece um ambiente propício para a realização de negócios
envolvendo ações, por exemplo.

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SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

As Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários, constituídas sob a forma de


sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, são instituições financeiras
com múltiplas funções. Sua principal atividade é a execução de ordens de compra e de venda
de ativos para seus clientes, mas podem também auxiliar o investidor por meio de
disponibilização de informações de análise de investimentos, provenientes de seus
departamentos técnicos ou de terceiros.

Como veremos abaixo, a Corretora é essencialmente uma prestadora de serviços, seja


unindo compradores e vendedores de ativos (valores mobiliários, moeda estrangeira, ouro
etc), seja como administradora em fundos de investimentos ou como agente fiduciário. Pelos
serviços prestados as Corretoras cobram taxas e comissões de seus clientes.

Não cabe a Corretora a função de captar recursos e realizar operações de empréstimo, ela
será apenas uma instituição auxiliar.

A constituição e funcionamento de sociedade corretora dependem de autorização do


Banco Central do Brasil.

Atribuições (objeto social):

I - Operar em recinto ou em sistema mantido por bolsa de valores: Até o início de março de
2009 eram as únicas autorizadas a operar em bolsa de valores. No entanto, em 02 de março
de 2009, a Decisão-Conjunta BACEN/CVM N 17 estabeleceu que as Sociedades Distribuidora
de Títulos e Valores Mobiliárias ficariam autorizadas a operar diretamente nos ambientes e
sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores.

II - Subscrever, isoladamente ou em consórcio com outras sociedades autorizadas, emissões


de títulos e valores mobiliários para revenda;

III - Intermediar oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado;

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IV - Comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros, observada
regulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil nas
suas respectivas áreas de competência;

V - Encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e valores mobiliários;

VI - incumbir-se da subscrição, da transferência e da autenticação de endossos, de


desdobramento de cautelas, de recebimento e pagamento de resgates, juros e outros
proventos de títulos e valores mobiliários;

VII - Exercer funções de agente fiduciário;

VIII - Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;

IX - Constituir sociedade de investimento - capital estrangeiro e administrar a respectiva


carteira de títulos e valores mobiliários;

X - Exercer as funções de agente emissor de certificados e manter serviços de ações


escriturais;

XI - emitir certificados de depósito de ações

XII- intermediar operações de câmbio;

XIII - praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes;

XIV - praticar operações de conta margem, conforme regulamentação da Comissão de


Valores Mobiliários;

XV - Realizar operações compromissadas;

XVI - praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por
conta própria e de terceiros;

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XVII - operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros,


observada regulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do
Brasil nas suas respectivas áreas de competência;

XVIII - prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica, em


operações e atividades nos mercados financeiro e de capitais;

XIX - exercer outras atividades expressamente autorizadas, em conjunto, pelo Banco Central
do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários.

Quanto a sua administração, destaca-se o seguinte:

(I) Os administradores de sociedade corretora deve ser, somente, pessoas naturais,


residentes no Brasil;
(II) A sociedade corretora, deverá manter, para cada área de atividade que
desenvolver, administrador qualificado tecnicamente pelas operações, admitida a
acumulação de áreas.

Vedações

Lembre-se que as Corretoras são essencialmente prestadoras de serviços e executoras de


ordens de compra e de venda de ativos para seus clientes, logo elas não podem realizar
operações de financiamento, empréstimo ou adiantamento a seus clientes. Também não
podem adquirir bens que não seja para uso próprio.

É vedado à Sociedade Corretora:

I - Realizar operações que caracterizem a concessão de financiamentos, empréstimos ou


adiantamentos a seus clientes, inclusive através da cessão de direitos, ressalvadas as
hipóteses de operação de conta margem e as demais previstas na regulamentação em vigor;

II - Cobrar de seus clientes corretagem ou qualquer outra comissão referente a negociações


com determinado valor mobiliário durante seu período de distribuição primária;

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III - adquirir bens não destinados ao uso próprio, salvo os recebidos em liquidação de dívidas
de difícil ou duvidosa solução.

Responsabilidade das Corretoras

A sociedade corretora é responsável, nas operações realizadas em bolsas de valores, para


com seus comitentes e para com outras sociedades corretoras com as quais tenha operado
ou esteja operando:

I - por sua liquidação;

II - pela legitimidade dos títulos ou valores mobiliários entregues;

III - pela autenticidade dos endossos em valores mobiliários e legitimidade de procuração


ou documentos necessários para a transferência de valores mobiliários.

A sociedade corretora está sujeita à permanente fiscalização da Bolsa de Valores e, no


âmbito das respectivas competências, às do Banco Central e da Comissão de Valores
Mobiliários.

SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

As Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, constituídas sob a forma de


sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, são instituições financeiras
que atuam na intermediação de títulos e valores mobiliários. Tal como as Corretoras, as
Distribuidoras possuem diversas funções, em especial, atividades relacionadas ao mercado
de capitais.

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A constituição e o funcionamento de sociedade distribuidora dependem de autorização do


Banco Central do Brasil.

Lembre-se que, desde a a Decisão-Conjunta BACEN/CVM N 17, as Distribuidora também


podem operar na Bolsa de Valores.

Atribuições (objeto social):

I - Subscrever, isoladamente ou em consórcio com outras sociedades autorizadas, emissões


de títulos e valores mobiliários para revenda;

II - Intermediar oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado;

III - Comprar e vender títulos e valores mobiliários, por conta própria e de terceiros,
observada a regulamentação baixada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores
Mobiliários nas suas respectivas áreas de competência;

IV - Encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e valores mobiliários;

V - exercer funções de agente fiduciário;

VI - instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;

VII - constituir sociedade de investimento - capital estrangeiro e administrar a respectiva


carteira de títulos e valores mobiliários;

VIII - praticar operações de conta margem, conforme regulamentação da Comissão de


Valores Mobiliários;

IX - realizar operações compromissadas;

X - praticar operações de compra e venda de metais preciosos no mercado físico, por conta
própria e de terceiros, nos termos da regulamentação baixada pelo Banco Central;

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XI - operar em bolsas de mercadorias e de futuros, por conta própria e de terceiros,

XII - prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica em operações e


atividades nos mercados financeiro e de capitais;

Vedações

Lembre-se que as Distribuidoras são essencialmente prestadoras de serviços e executoras


de ordens de compra e de venda de ativos para seus clientes, logo elas não podem realizar
operações de financiamento, empréstimo ou adiantamento a seus clientes. Também não
podem adquirir bens que não seja para uso próprio.

É vedado à Sociedade Corretora:

I - Realizar operações que caracterizem a concessão de financiamentos, empréstimos ou


adiantamentos a seus clientes, inclusive através da cessão de direitos, ressalvadas as
hipóteses de operação de conta margem e as demais previstas na regulamentação em vigor;

II - Cobrar de seus clientes corretagem ou qualquer outra comissão referente a negociações


com determinado valor mobiliário durante seu período de distribuição primária;

III - adquirir bens não destinados ao uso próprio, salvo os recebidos em liquidação de dívidas
de difícil ou duvidosa solução.

Certamente, até você já percebeu a intensa similaridade entre as Corretoras e as


Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários e deve estar se perguntando: qual a diferença?

Até a tão citada Decisão-Conjunta BACEN/CVM N 17/2009, a diferença entre Corretora e


Distribuidora era que a primeira podia operar na Bolsa de Valores e a segunda não. Assim,
como a Decisão conjunta autorizou as Distribuidoras e operar diretamente nos ambientes e

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sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores, não existe mais
diferença no modo de operar e na área de atuação entre corretora e distribuidora de títulos
e valores mobiliários.

Cabe destacar que em sua origem Corretora e Distribuidoras tinham funções e áreas de
atuação diferentes e bem delimitadas. No entanto, com o passar do tempo, atribuições que
eram restritas a uma instituição passaram a ser desempenhada pela outro, de tal forma que
as diferenças se dissiparam.

Para prova, lembre que:

(I) Tanto Corretoras quanto as Distribuidoras têm sua constituição e funcionamento


autorizados pelo Banco Central do Brasil.
(II) É importante destacar que a competência da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) em relação às Corretoras e Distribuidoras está limitada ao que prevê a Lei
6385/64, logo limitada ao mercado de valores mobiliários. Assim, para operar no
mercado de valores mobiliários tanto a corretora quanto a distribuidora precisão
de autorização da Comissão de Valores Mobiliários.
(III) O ponto II tem implicações também quanto a fiscalização. A fiscalização da
Corretora e Distribuidoras é feita, no âmbito das respectivas competências, pelo
Banco Central do Brasil (BCB) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Tanto
que, algumas decisões sobre Corretoras e Distribuidoras são tomadas
conjuntamente entre Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários,
com a Decisão Conjunta 17.
(IV) E, principalmente, as principais atribuições (serviços) da Corretoras e
Distribuidoras envolvem: (I) a execução de ordens de compra e venda de valores
mobiliários, câmbio, metais preciosos para seus clientes; (II) administração e
custódia de carteiras de títulos e valores mobiliários; (III) administração de fundos
e clubes de investimento; (IV) exercer a função de agente fiduciário.

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(V) Tanto as Corretoras quanto as Distribuidoras cobram taxas pelos serviços


prestados.

Agente Fiduciário

Destacamos que tanto as Corretoras quanto as Distribuidoras podem exercer a função de


agente fiduciários. Entretanto, o que é e o que faz um agente fiduciário?

Quando uma sociedade anônima aberta, por exemplo, emite debentures sabemos que
muitos investidores compram estes títulos e emprestam” dinheiro para empresa na crença
de que a emissora irá honrar com suas obrigações e cumprir todas as clausulas do contrato
(escritura de emissão).

No entanto, é fácil entender que é preciso ter alguém que represente os debenturistas
(credores) perante a companhia emissora, com deveres específicos de defender os direitos
e interesses deles. É exatamente isso que faz o agente fiduciário.

Logo, a corretora ou distribuidora quando exerce a função de agente fiduciário está


representando os debenturistas perante a companhia emissora, com o principal objetivo de
defender os interesses dos credores via monitoramento da emissora para constatar se a
empresa está cumprindo o acordado ou não.

BOLSA E BALCÃO

Como mostra a figura abaixo, quando uma empresa (sociedade anônima aberta) emite
valores mobiliários (ações, por exemplo) e vende aos investidores chamamos tal processo de
mercado primário. É no mercado primário que a empresa efetivamente se capitaliza,
consegue recursos para fazer a ampliação de sua produção, por exemplo.

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Mas, e depois?

Se o investidor que comprou as ações no mercado primário quiser vender suas ações, como
ele faz? Já sabemos que o investidor que comprou as ações no mercado primário pode
recorrer a bolsa de valores para vender suas ações. A bolsa de valores, como mostraremos,
é um mercado organizado, regulado e fiscalizado pela Comissão de Valores Mobiliário.

Mas, vamos gastar um paragrafo, imaginando o que aconteceria se não houvesse a bolsa de
valores. Sem a bolsa de valores, os investidores teriam que negociar diretamente entre si,
situação que seria extremamente ineficiente pois envolveria perda de tempo na procura da
contraparte, a ausência de preços de referência, as operações seriam pouco transparentes e
a liquidação das operações teriam pouca segurança.

Logo, podemos afirmar que, sem um mercado secundário organizado haveria pouco
interesse do investidor em comprar ações no mercado primário, já que não teria com vender
posteriormente. Nesta situação perderiam todos, investidor, empresa e a economia como
um todo.

Para resolver a ineficiência da situação acima ,surgiram os mercados organizados de bolsa e


de balcão.

A principal função dos mercados de bolsa e de balcão é organizar, manter, controlar e


garantir ambientes ou sistemas propícios para o encontro de ofertas e a realização de
negócios com formação eficiente de preços, transparência e divulgação de informações e
segurança na compensação e liquidação dos negócios.

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BOLSA DE VALORES

Podem ser constituídas como sociedades anônimas ou como associações civis sem fins
lucrativos, com a finalidade de proporcionar ambiente de negociação para valores
mobiliários emitidos por sociedades anônimas de capital aberto, fundos de investimentos
etc.

A bolsa tem regras de negociação claras e previamente estabelecidas, que seguem as regras
impostas pela regulação. Por isso, podemos dizer que a bolsa de valores é um mercado
organizado e regulado.

Segundo a Instrução 461/07, que dispõe sobre a constituição, organização, funcionamento e


extinção das bolsas de valores, bolsa de mercadorias e futuros e mercado de balcão
organizado, considera-se mercados de bolsa aqueles que:

(I) Funcionam regularmente como sistema centralizados e multilaterais de


negociação e que possibilitam o encontro e a interação de ofertas de compra e
venda de valores mobiliários;
(II) Ou permitem a execução de negócios tendo como contraparte formador de
mercado que assuma a obrigação de colocar ofertas firmes de compra e venda.

Em português, sistemas centralizados e multilaterais de negociação significa que todas as


ofertas relativas a um mesmo valor mobiliário são direcionadas para um mesmo local/canal
de negociação, ficando exposta a aceitação e a concorrência por todas as partes autorizadas
a negociar no sistema.

A figura abaixo, demonstra o que são sistemas centralizados e multilaterais. Todas as ofertas
(ordens de compra e venda) para as ações da AMBEV (ABEV3), por exemplo, são direcionados
a um mesmo canal de negociação, ficando expostas a aceitação e a concorrência por todos
os participantes do mercado. Logo, qualquer investidor, por intermédio de uma corretora ou

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distribuidora, poderia aceitar a oferta de compra (comprar) ou venda (vender) a ação da


AMBEV.

Na prova, lembre-se que nos ambientes de bolsa, todas as informações sobre os negócios,
como os preços, as quantidades e os horários, entre outra devem ser publicadas
continuamente, com no máximo 15 minutos de atraso.

Ambiente de Negociação

Os ambientes organizados de negociação de valores mobiliários podem ser locais físicos


(pregões a viva voz) ou sistemas eletrônicos. Em ambos os casos, o modelo de negócio é
leilão: as ofertas de compra e de venda (quantidade e preço) dos participantes são divulgadas
e o outro participante (contraparte) que mais rapidamente aceitar a melhor delas tem direito
à oferta.

O sistema de leilão fica claro na figura abaixo.

Entidade Administradora

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Quantas bolsa de valores há no Brasil? Quem administra a Bolsa de Valores?

Atualmente, no País há apenas uma bolsa de valores que funciona como um sistema
eletrônico de negociação, logo não há mais aquele aglomerado de homens espremidos e
gritando ao telefone.

A única bolsa de valores operacional que temos é administrada pela B3 S.A, que é definida
como a entidade administradora. Enquanto entidade administradora cabe a B3 S.A
estruturar, manter e fiscalizar o mercado de bolsa de valores, para desempenhar a função
de entidade administradora a B3 S.A foi autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários
(CVM).

Fica a cargo da B3 S.A (entidade administradora), dentre outras coisas, o seguinte:

(I) Determinar as condições para admissão e permanência como pessoa autorizada a


operar (corretoras e distribuidoras);
(II) Estabelecer os critérios para a ação das companhias abertas, por exemplo, ser
admitida à negociação na bolsa;
(III) Manter sistemas de controle de risco;
(IV) Manter mecanismo de ressarcimento de prejuízos, que fique claro que os
ressarcimentos são dos prejuízos decorrentes de erros ou omissões das instituições
intermediadoras (corretoras e distribuidoras).

B3 S.A – Brasil, Bolsa, Balcão

A B3 S.A – Brasil, Bolsa, Balcão, como o próprio nome indica, engloba tanto os mercados de
ações, mercadorias e futuros como os mercados de ativos e renda fixa, resultante da
combinação dos negócios da BM&FBOVESPA e da CETIP.

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A história que conduziu a formação da B3 S.A é bastante extensa. No entanto, cabe destacar
que até 2007 a Bovespa S.A, que nasceu da integração da Bolsa de Valores de São Paulo com
vários outra bolsa de valores estaduais, deixou de ser uma instituição sem fins lucrativos.

Em 2008, a Bovespa e a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) anunciaram uma integração,


através de uma fusão, dando origem à BM&FBovespa S.A. A BM&FBovespa S.A passou a
atuar na negociação e na pós-negociação de ações, títulos e contratos derivativos, divulgação
de cotações, produção de índices de mercado, listagem de emissores e também central
depositária.

Finalmente, em março de 2017 a combinação dos negócios da BM&FBOVESPA e da Cetip foi


aprovada pelos órgãos competentes: Banco Central do Brasil (BCB), Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Estava formada
a B3 S.A – Brasil, Bolsa, Balcão.

Como a CETIP presta serviços financeiros no mercado de balcão organizado, a fusão formou
uma empresa com atuação tanto na bolsa quanto no mercado de balcão.

Como ficará mais claro na Aula 06, onde trataremos sobre o mercado à vista de ações, a B3
é uma bolsa multiativos (negocia vários ativos) e multimercado (atua em vários mercados,
negociando ações, cotas de fundos etc) verticalmente integrada, modelo em que um único
agente é responsável por todas as fases dom processo de negociação e pós-negociação do
mercado.

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BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS

As bolsas de mercadorias e futuros tem basicamente as mesmas características da bolsa de


valores, pois antes de qualquer coisa são integrantes do mercado organizados e estão
submetidos a mesma disciplina, Instrução 461/07.

Logo, a Bolsa de Mercadorias e Futuros pode ser constituída como sociedades anônimas ou
como associações civis sem fins lucrativos. O que muda são os ativos negociados.

Na Bolsa de Mercadorias e Futuros são negociados contratos derivativos (termo, futuro,


opções e swaps) das mais diversas mercadorias (ouro, café, soja, algodão, boi gordo etc).

Como vimos no tópico acima, a B3 S.A – Brasil, Bolsa e Balcão é a entidade administradora da
bolsa de mercadorias e futuros.

SOCIEDADES ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO

As sociedades administradoras de cartão de crédito são empresas prestadoras de serviços


que emitem o cartão de crédito. Essencialmente, as administradoras de cartões de crédito
são responsáveis pela intermediação entre os portadores de cartões, os estabelecimentos
afiliados, as bandeiras (Visa Mastercard e Diners) e as instituições financeiras.

A figura abaixo, expressa a função tradicional de uma sociedade administradora de cartões


de crédito. Lembre-se, como destacado acima, uma administradora de cartões de crédito é
uma prestadora de serviço que, ao emitir o cartão de crédito, realiza a intermediação entre
os portadores do cartão (clientes), as bandeiras e as instituições financeiras.

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BANDEIRA

IF
EMISSOR CREDENCIADORA
(Administradora de Cartão de Crédito) (Rede, Cielo, SafraPay etc)

PORTADOR LOJISTA

Imagine que você vá a Sociedade Administradora de Cartões de Crédito XYZ, que não tem
ligação nenhuma com instituição financeira (uma Sociedade Administradora de Cartões de
Crédito “Pura”). Ela será a responsável por emitir o cartão de crédito para você. Mas,
convenhamos, cartão de crédito tem que ter um bom limite e ser amplamente aceito.

Para resolver o primeiro problema (limite), a Sociedade Administradora de Cartões de


Crédito irá procurar uma Instituição Financeira (um banco, por exemplo). O Banco irá analisar
seu score e, estando tudo certo, lhe dará um limite. Note, a Sociedade de Administradora
de Cartões de Crédito XYZ fez o serviço de ligação/intermediação com a instituição financeira,
no entanto o limite é concedido por esta.

Para resolver o segundo problema (aceitação), a Sociedade Administradora de Cartões de


Crédito irá procurar a bandeira (Visa, por exemplo). A bandeira é a responsável por
estruturar a rede de aceitação. Por isso, quando você chega em um restaurante, você
pergunta se aceita a bandeira do seu cartão.

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Conforme definição e exemplificação acima, essencialmente, a Sociedade de Cartão de


Crédito tem como finalidade a emissão de um cartão e, por desdobramento de sua
finalidade, presta os serviços de intermediação com as instituições financeiras (bancos) e
as bandeiras (Visa, Mastercard, Diners etc).

No Edital é cobrado o ponto “Sociedades Administradoras de Cartões de Crédito”. Logo,


perguntas amplas sobre o ponto devem ser respondidas conforme definimos acima. Lembre-
se que a Administradora de Cartão de Crédito “Pura” (usamos o termo pura para destacar
que a única finalidade da empresa é a emissão do cartão e seus desdobramentos) tem por
finalidade a emissão do cartão de crédito. O limite é dado pelo banco e a aceitação é “dada”
pela bandeira.

A questão abaixo deixa claro o nosso ponto!

(FCC/Banrisul/2019)

As sociedades administradoras de cartões de crédito

A) são responsáveis pela aceitação dos cartões no âmbito nacional e, se for o caso,
internacional. A criação de uma rede de aceitação dos cartões (nacional e/ou
internacionalmente) é responsabilidade das bandeiras.

B) representam portadores perante instituições financeiras para obtenção de


financiamento.

C) definem limites de crédito e encargos para financiar diretamente os seus clientes.


Os limites de crédito e encargos (principalmente juros) são definidos pela instituição
financeira (banco). Como sabemos, atualmente, no “mundo real” as maiores
administradora de cartão de crédito são os banco. No entanto, foco na pergunta, que
pede a finalidade/definição de uma sociedade administradora de cartões de crédito
“pura”.

D) são empresas financeiras que emitem cartões próprios ou de terceiros. As sociedades


administradoras de cartões de crédito são empresas prestadoras de serviços.

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(E) autorizam o uso de bandeira e tecnologia por emissores e credenciadoras de


estabelecimentos.

Comentário: Como vimos, as sociedades administradoras de cartão de crédito não são


instituições financeiras, logo não podem conceder empréstimo/financiamento aos
titulares (assim C e D estão incorretas). A administradora de cartões faz a intermediação
entre o fornecedor e a Instituição Financeira, no caso de operações de financiamento,
por exemplo no caso, adiantamento de recebíveis.

Administradora de Cartões de Crédito ligadas a Instituições Financeiras

Atualmente, as maiores administradoras de cartão de crédito são os grandes bancos. Neste


caso, cabe a sociedade administradora do cartão de crédito realizar a análise de crédito
(quando for instituição financeira), definir o limite (quando for instituição financeira), enviar
as faturas, definir as taxas e realizar o atendimento aos clientes (portadores do cartão de
crédito).

Como exploraremos em maiores detalhes abaixo, é importante não confundir a sociedade


administradora do cartão de crédito com a bandeira do cartão (Visa e MarterCard, por
exemplo). Como ficou claro no paragrafo acima, a sociedade administradora do cartão de
crédito é basicamente a emissora do cartão. A bandeira é a responsável por construir uma
rede de aceitação.

Quando a administradora de cartões de crédito é a própria instituição financeira (Banco do


Brasil, por exemplo) o processo fica muito mais fácil. Logo no processo de abertura de conta,
o escriturário pergunta ao cliente se ele deseja um cartão de crédito. Caso a resposta seja
afirmativa, o BB pergunta qual a bandeira e já define o limite e emite o cartão.

Finalmente, a emissora do cartão de crédito (administradora do cartão de crédito) pode se


constituir na forma de instituição financeira ou não. Como vimos, por sua proximidade com
o cliente, atualmente as maiores administradora de cartão de crédito são os grandes bancos.

Emissor x Bandeira

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A sociedade administradora do cartão de crédito (emissora), quando ligada a uma instituição


financeira, é responsável por realizar a análise de crédito, definir o limite, enviar as faturas,
definir as taxas e realizar o atendimento aos clientes (portadores do cartão de crédito).

A “bandeira” de um cartão de crédito é responsável pela criação da rede de


aceitação. Além de toda a tecnologia que permite o funcionamento da rede.
Logo, é a “bandeira” que torna possível o cartão que você tem na carteira ser
aceito em milhares de estabelecimentos. As bandeiras mais famosas são: Visa,
Mastercard, Elo e American Express.

SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL (FACTORING)

O factoring (ou fomento mercantil) consiste na venda de certo direito de crédito efetivada
diretamente por organização detentora desse crédito (identificada como sacadora) à certa
organização compradora que fica identificada com empresa de factoring (sociedade de
fomento mercantil).

É uma operação de venda. Logo, a factoring irá comprar os direitos de crédito, passando,
assim, a ser a detentora dos direitos e ficando sujeita ao risco de crédito.

Funcionamento

A empresa de factoring fornece os pertinentes recursos financeiros à organização sacadora


mediante um deságio aplicado sobre o valor de face desse direito de crédito que é
usualmente expresso por um título de crédito comercial (duplicata). A diferença entre o valor
de face (valor no vencimento) e o valor pago pela factoring ao cedente, dado pelo deságio, é
conhecido com fator de compra.

Geralmente, os clientes da factoring são pequenas e médias empresas que encontram


dificuldades em obter recursos mediante operações de crédito junto a instituições
financeiras.

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Logo, a empresa de Fomento Mercantil (factoring), ao comprar o direito de crédito está


prestando um serviço e não realizando uma operação financeira. Por isso, por exemplo,
paga ISS e não IOF.

Logo, a Factoring não é uma instituição financeira e não sobre a fiscalização do Banco
Central do Brasil. Não sendo instituição financeira, a factoring não irá captar recursos junto
ao público.

Nas operações de fomento mercantil NÃO HÁ o direito de regresso.

No desconto bancário, por exemplo, caso o sacado (devedor) não pague o título no
vencimento, o banco tem, legalmente, o direito de regresso ao cedente, exigindo do mesmo
a devolução do valor antecipado. No factoring, não há, legalmente, o direito de regresso.

(FCC/2012/Banese – Técnico Bancário)

A atuação das sociedades de fomento mercantil (factoring) ocorre.

A) financiando seu cliente por meio de contrato com fiança bancária.


B) assumindo responsabilidade solidária à empresa-cliente junto a bancos.
C) com recursos próprios e de terceiros captados por meio de depósitos
interfinanceiros.
D) com aquisição de créditos de empresas, provenientes de suas vendas a prazo.
E) sob fiscalização do Banco Central do Brasil.

Comentário: A factoring atua através da compra de direitos de crédito oriundos de


vendas realizadas a prazo. Na prova, lembre que ela compra os direitos, logo não há
direito de regresso.

Resposta: “D”

(FCC/2006/Banco do Brasil – Escriturário)

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Analise:

I. Uma operação de factoring consiste na aquisição de direitos creditórios resultantes


de vendas mercantis a prazo.

II. Os títulos de crédito descontados por meio do factoring servem como garantia da
operação, caso o sacador não realize o pagamento da dívida no prazo e na forma
combinados.

III. O risco de crédito dos títulos que são objeto das operações de factoring é de
responsabilidade da empresa vendedora.

IV. Há incidência de IOF sobre os juros pagos em uma operação de factoring.

É correto o que consta em

A) I, apenas.
B) I, II e III, apenas.
C) III e IV, apenas.
D) II, III e IV, apenas.
E) I, II, III e IV.

Comentário: A afirmativa 1 é correta, exatamente a atribuição da factoring. Afirmativa


II, falsa. Afirmativa III, falsa – a partir do momento que a factoring compra os direitos
de crédito ela assume o risco, pois não há direito de regresso. Afirmativa IV, falsa – a
factoring presta um serviço, logo há ISS.

Resposta: “A”

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QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 01 (CESPE/2014/Caixa – Técnico Bancário)

A respeito das funções da CVM, julgue os próximos itens.

Compete à CVM manter o registro de companhias para negociação em bolsa e em mercado


de balcão.

Questão 02 (CESGRANRIO/2012/Caixa – Técnico Bancário)

Na composição do Sistema Financeiro Nacional, cada entidade possui uma finalidade


específica e importante para o bom funcionamento do sistema como um todo.

A entidade responsável por regular e assegurar o funcionamento eficiente do mercado de


Bolsa de Valores é a

A) Cetip
B) Bovespa&BMF
C) Corretora de Valores Mobiliários
D) Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
E) Superintendência de Seguros Privados (Susep)

Questão 03 (CESGRANRIO/2015/Banco do Brasil – Escriturário)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão que regula e fiscaliza o mercado de


capitais no Brasil, sendo

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A) subordinada ao Banco Central do Brasil


B) subordinada ao Banco do Brasil
C) subordinada à Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA)
D) independente do poder público
E) vinculada ao poder executivo (Ministério da Fazenda)

Questão 04 (CESGRANRIO/2012/Caixa – Técnico Bancário)

As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma de


sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.

Um dos seus objetivos principais é

A) controlar o mercado de seguros.


B) regular o mercado de valores imobiliários.
C) assegurar o funcionamento eficiente do mercado de Bolsa de Valores.
D) subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado.
E) estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários.

Questão 05 (IDECAN/2012/Banestes – Técnico Bancário)

Analise as afirmativas.

I. A CVM é responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de


valores mobiliários do país.

II. A BM&FBOVESPA é uma sociedade civil sem fins lucrativos, formada a partir da integração
das operações da Bolsa de Valores de São Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros.

III. As Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários podem operar em bolsas de


valores, comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros e
administrar fundos de investimento.

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IV. As Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários operam no mercado


acionário, comprando, vendendo e distribuindo títulos e valores mobiliários, por conta de
terceiros; fazem a intermediação com a BM&FBOVESPA e efetuam lançamentos públicos de
títulos do Tesouro Nacional.

Estão corretas apenas as afirmativas

A) I, II, III
B) I, III, IV
C) II, III
D) I, III
E) I, II, III, IV

Questão 06 (VUNESP/2011/CREMESP)

O Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central
do Brasil e, nessa condição, processa, relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o
pagamento dos juros e a custódia. Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos
exclusivamente na forma eletrônica. A liquidação da ponta financeira de cada operação é
realizada por intermédio

A) do STR, ao qual o Selic é interligado


B) da SBLC, ao qual o Selic é interligado.
C) do SITRAF.
D) do RSFN
E) do SILOC.

Questão 07 (CESGRANRIO/2015/BASA – Técnico Bancário)

Qual é o sistema de registro e liquidação das operações com títulos públicos realizadas entre
instituições financeiras?

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A) SND
B) Selic
C) Cetip
D) Tesouro direto
E) CBLC

Questão 08 (CESGRANRIO/2012/Caixa – Técnico Bancário)

Qual é a Companhia de Capital Aberto, instituída pelo Conselho Monetário Nacional, que atua
como integradora do mercado financeiro, oferecendo serviços de registro, de central
depositária, de negociação e liquidação de ativos e títulos?

A) BNDES
B) Banco Central do Brasil
C) Selic
D) Cetip
E) Caixa Econômica Federal

Questão 09 (CESPE/2008/Banco do Brasil)

Nem todos os títulos dos quais o SELIC é depositário são escriturais, isto é, emitidos
exclusivamente na forma eletrônica. Cerca de 30% desses títulos são emitidos em papel.

Questão 10 (CESPE/2014/Caixa – Técnico Bancário)

Acerca das funções e das características da CETIP e do SELIC, julgue os itens subsecutivos.

O SELIC funciona em tempo real, com liquidação da operação mediante a transferência dos
recursos para a instituição financeira vendedora e a transferência dos títulos para a
instituição financeira compradora

Questão 11 (EXATUS/2015/BANPARÁ – Técnico Bancário)

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O Sistema Especial de Liquidação e Custódia – Selic - é o depositário central dos títulos que
compõem a dívida pública federal interna (DPMFi) de emissão do Tesouro Nacional. Sobre a
o SELIC, assinale a alternativa correta:

A) É também um sistema eletrônico que processa o registro e a liquidação financeira das


operações realizadas com títulos públicos pelo seu valor bruto e em tempo real.
B) Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma título ao
portador.
C) O sistema, que é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento e por ele operado em
parceria com a CVM, tem seus centros operacionais localizados na cidade do Rio de
Janeiro.
D) Somente o Banco do Brasil e o Tesouro Nacional podem ser participantes do Selic.
E) As câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação têm a sua
participação no Selic definida no Regulamento do CVM.

Questão 12 (INAZ do Pará/2014/BANPARÁ – Técnico Bancário)

Títulos custodiados no SELIC:

A) LTN, CDI e NTN-B


B) Debêntures, CDB e LCI
C) CDB, NTN-B e LCI
D) NTN-F, NTN-B e SWAPS
E) LFT, LTN e NTN-B

Questão 13 (Makiyama/2015/Banestes – Técnico Bancário)

[...] é o depositário central dos títulos que compõem a dívida pública federal interna (DPMFi)
de emissão do Tesouro Nacional e, nessa condição, processa a emissão, o resgate, o
pagamento dos juros e a custódia desses títulos. É também um sistema eletrônico que
processa o registro e a liquidação financeira das operações realizadas com esses títulos pelo

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seu valor bruto e em tempo real, garantindo segurança, agilidade e transparência aos
negócios.

Fonte: http://www.bcb.gov.br

O excerto acima faz menção ao Sistema

A) de Transferência de Fundos – Sitraf.


B) de Liquidação Diferida das Transferências Interbancárias de Ordens de Crédito – SILOC.
C) de Transferência de Reservas – STR.
D) Especial de Liquidação e de Custódia – Selic.
E) Centralizador de Compensação de Cheques – Compe.

Questão 14 (CESGRANRIO/2018/BASA – Técnico Bancário)

Recentemente duas instituições se fundiram criando a B3.

As instituições que se fundiram foram

A) Susep e Cetip
B) Cetip e Bacen
C) Bacen e CVM
D) BM&FBovespa e Bacen
E) BM&FBovespa e Cetip

Questão 15 (FCC/2013/Banco do Brasil – Escriturário)

A Cetip S.A. - Mercados Organizados é uma câmara utilizada pelos participantes do mercado
financeiro e de capitais para o registro eletrônico da colocação, o depósito e a liquidação
financeira de diversos ativos, dentre os quais estão os

A) Bônus de Subscrição e as Notas do Tesouro Nacional.


B) Certificados de Depósito Bancário e as Letras Financeiras do Tesouro.

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C) Certificados de Recebíveis do Agronegócio e as Debêntures.


D) Commercial Papers e os Brazilian Depositary Receipts.
E) Títulos da Dívida Agrária e os Contratos a Termo de Ações

Questão 16 (FCC/2011/Banco do Brasil – Escriturário)

A CETIP S.A. Balcão Organizado de Ativos e Derivativos

A) registra operações de ações realizadas no mercado de bolsa.


B) efetua a custódia escritural de títulos privados de renda fixa.
C) é contraparte nas operações do mercado primário dos títulos que mantém registro.
D) é a câmara de compensação e liquidação de todos os títulos do Tesouro Nacional.
E) atua separadamente do Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB.

Questão 17 (CESPE/2008/Banco do Brasil – Escriturário)

As SCTVM instituem, administram e organizam fundos e clubes de investimento, bem como


intermedeiam operações de câmbio.

Questão 18 (FCC/2019/Banrisul – Escriturário)

O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) é uma das denominadas


Infraestruturas do Mercado Financeiro (IMF), por meio do qual

A) ocorrem transferências de reservas e fundos para as câmaras de compensação e


liquidação.

B) há possibilidade de lançamentos retroativos até determinado horário limite no dia


posterior.

C) são custodiados títulos privados mantidos em carteiras de fundos de investimento.

D) são registradas as transações de compra e venda de títulos emitidos por instituições


financeiras.

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E) são transferidos os títulos para o comprador, em cada negociação, em tempo real.

Questão 19 (FCC/2019/Banrisul - Escriturário

As Bolsas são ambientes físicos ou virtuais organizados para compra e venda de ações,
derivativos e outros valores mobiliários. Para que as transações ocorram, é necessário que
funcione, de forma harmoniosa, toda uma cadeia de serviços de negociação e pós-
negociação, o que, no Brasil, caracteriza o setor como sendo

A) aquele em que é desnecessária a existência de contraparte central garantidora.

B) dependente da Comissão de Valores Mobiliários para controle do risco.

C) verticalmente integrado.

D) de regime de compensação negociado caso a caso para derivativos financeiros.

E) horizontalmente distribuído entre os agentes do mercado.

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GABARITO

1. CERTO 2. D 3. E 4. D 5. D
6. A 7. B 8. D 9. ERRADO 10. CERTO
11. A 12. E 13. D 14. E 15. C
16. B 17. CERTO 18. E 19. C

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