Você está na página 1de 2

Atividade

Antropologia Filosófica
Aluno: Judah Nahum Mendonça da Silva
Nº de matrícula: 21554602

Através da leitura de todos os trechos indicados na última aula, é possível fazer um paralelo
entre eles, mesmo alguns não tendo uma relação clara entre si à primeira vista.
Começo analisando primeiro o texto escrito por Domenico De Masi, publicado na Ilustrissí-
ma, no dia 22/03/2020, durante o período mais crítico enfrentado pela ítália - país de origem do au-
tor do texto - no combate à pandemia causado pelo vírus da COVID-19 . Em seu texto, De Masi ex-
plora as mudanças de rotina e também de produção ocasionadas pela pandemia, como por exemplo,
a adesão de inúmeras empresas ao teletrabalho ou ao “home office”, medida essa que impactou toda
a cadeia produtiva mundial, causada pela quarentena forçada pelo alto número de casos que ocorre-
ram em locais que reuniam muitas pessoas, como fábricas, escolas etc., fazendo assim com que mu-
dássemos completamente de rotina em pouquíssimo tempo.
Num determinado de ponto de seu texto, De Masi cita um trecho da obra A Peste, de Albert
Camus, em que o filósofo franco-argelino afirma que o “bacilo da peste não morre nem desaparece
nunca...”, o que no contexto da composição da obra era uma clara referência à ocupação nazista em
solo francês, mas que agora pode ser adaptado ao contexto da “peste” que chama pelo nome de co-
ronavírus.
Sabendo que a disciplina possui como tema fazer um estudo de conceitos que são muito ca-
ros tanto à antropologia quanto à filosofia, como por exemplo, o homem, os outros trechos citados e
indicados para leitura remetem mais a esse conceito central.
O trecho de Leon Bloy trata justamente do homem - como espécie - e sua incapacidade de
autodefinição ou de ser “capaz de declarar quem é”. Para Bloy, nós somos uma espécie de que não
sabe dizer o que veio faer neste mundo ou de onde vem e a que correspondem nossas ideias e até
mesmo nosso próprio nome. Estaríamos assim fadados a algum tipo de niilismo?
Outro ponto que não deixaria deixar de abordar é aquele que une tanto o texto de De Masi
quanto o trecho do poema de Drummond, em que ambos os autores expressam uma espécie de desi-
lusão, principalmente com o domínio da técnica e da tecnologia exercido pelo homem, mas que
mesmo assim, sendo senhor da técnica, não foi capaz de prever - ou até foi, com base em notícias
veiculadas ao longo da pandemia - que seria assolado por algo tão pequeno e tão letal quanto um
simples vírus.

Bibliografia
MARQUES, Luiz. A pandemia incide no ano mais importante da história da humanidade.
Serão as próximas zoonoses gestadas no Brasil?. Disponível em: <https://www.unicamp.br/uni-
camp/noticias/2020/05/05/pandemia-incide-no-ano-mais-importante-da-historia-da-humanidade-se-
rao-proximas>. Acesso em: 11/09/2020.

Você também pode gostar