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https://www1.folha.uol.com.br/fsp/newyorktimes/ny0111201008.htm
Introdução
Essa literatura clássica traz reflexões. A reforma do sumô na Era Meiji proibiu
as mulheres de praticarem o sumô em tradições antigas, e que pouco se encaixam na
sociedade moderna, evidenciando um preconceito sexista totalmente descabido.
Símbolo de misoginia, não um ritual tradicional xintoísta. Manter esse discurso impede
que um esporte tão belo faça parte das Olimpíadas, e perpetua a imagem de um país que
não consegue lidar com o universo onde mulheres e homens podem dividir os mesmos
espaços na sociedade.
Desenvolvimento
Primeiro mito: mulheres são proibidas de lutar sumō por ser uma tradição xintoísta.
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- Nunca!
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Segundo mito: O poder pertence aos homens, e as mulheres não esperam ou não podem
exercer um poder puramente físico.
De acordo com YOSHIDA (2020), o registro mais antigo de uma luta entre dois
homens está também no Nihonshoki, que relata a disputa de forças entre Nomi no
Sukune, de Izumo, e Taima no Kehaya, do país Yamato. Sukune demonstra ser um
homem muito forte e vence a luta, matando o oponente. Sukune é considerado um
ancestral e uma divindade do sumō.
A cena se volta novamente para o quarto onde o fugitivo mantém a irmã como
refém. Ele a intimida com uma grande espada. Porém, a mulher parece segurar
levemente o braço com o qual o homem lhe apontava a espada, e com a esquerda cobre
seu rosto, e parecendo estar chorando. Com a mão direita ela pressiona as flechas de
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Terceiro mito: o sumo é um ritual xintoísta, e os impuros não podem pisar sobre o
dohyo
MIKI (2018, tradução nossa), em seu texto para o jornal Yomiuri Shinbum,
descreve que nessa forma de entretenimento, os organizadores faziam com que
mulheres quase nuas participassem do sumô. Tratava-se de um ritual lascivo, em que as
mulheres de topless às vezes competiam com homens com deficiência visual. As lutas
visavam obviamente atrair o olhar curioso dos espectadores, e isso levou o xogunato
Tokugawa e o governo Meiji a reprimir estritamente os organizadores, que foram
considerados "entidades que corrompem a moral pública na sociedade". Esse seria o
verdadeiro motivo das mulheres serem proibidas de subirem no dohyo.
https://freespeechdebate.com/pt-pt/case/a-polemica-sobre-o-livro-didatico-de-
historia-do-japao/
Fundamento 3
Mulheres no esporte. O japão não pôde inserir o Sum}o nas olimpiadas por não
ser para os dois sexos.
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Fundamento 5
Existência deeventos de competição de sumo feminiono, mas não tem apoio, não
podem ser profissionais. Tratamento diferente do Japão, que limita a idade em 20 anos,
pois a mulher perderia sua performance.
Conclusao
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Origens do sumô
Ainda de acordo com YOSHIDA (2020), o registro mais antigo de uma luta
entre dois homens está no Nihonshoki, que relata a disputa de forças entre Nomi no
Sukune, de Izumo, e Taima no Kehaya, do país Yamato. Sukune demonstra ser um
homem muito forte e vence a luta, matando o oponente. Atualmente Sukune é
considerado um ancestral e uma divindade do sumô.
Quanto ao Konjaku monogatarishû, há muitas narrativas cuja temática é o sumô.
Vamos abordar aqui especificamente do tomo XXIII, narrativa 24 – “Sobre a força
descomunal da irmã mais nova do lutador de sumô Ôi no Mitsutô”.
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Outro argumento que parece ter sido usado baseia-se na história antiga do Japão.
De acordo com um ex-membro do comitê de sumô, a história descrita no Nihonshoki
justifica que as mulheres não podem lutar sumô uma vez que isso seria sinônimo de
abuso de poder e de assédio sexual.
Conclusão
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Bibliografia
https://web.archive.org/web/20180423232756/http://the-japan-
news.com/news/article/0004365275
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em: <https://www.sumo.or.jp/IrohaKnowledge/sumo_history/>. Acesso em 21 de julho
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SAWADA, T. Sawada Tôko no Nippon shiyori michi kakuredô. Kodaino kyôgi chikara
jiman no sumô, chishikisôno kyûdô. Mainichi Shimbun, 29/06/2019. Disponível em:
<https://mainichi.jp/articles/20190629/ddm/014/070/014000c>. Acesso em 21 de
julho de 2021.
TOKORO, I. Nihon wa dono youni shite dekitano? 「 Kojiki 」 ga yoku wakaru jiten.
Tóquio: Editora PHP, 2012.
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