Artes e Lutas Marciais de Arton
Por Rafael “Predador” Albuquerque
As artes marciais se diferenciam das lutas marciais
em dois aspectos: a evolução e a filosofia. Enquanto
a luta tem o único objetivo de combate e defesa
pessoal, a arte marcial engloba também toda uma
filosofia de iluminação por detrás de seus
ensinamentos, e sofre uma constante evolução com
o fim de se adaptar às necessidades de cada
geração.
Em Arton, as verdadeiras artes marciais nasceram na
extinta ilha de Tamu-ra, onde eram praticadas em
diversos estilos criados por diferentes clãs. A tragédia
ocorrida na ilha, porém, acabou por fazer com que
muito desse conhecimento se perdesse, destruindo
estilos milenares e escrituras sagradas de antigos
templos. Felizmente, alguns mestres, monges e artistas
marciais sobreviveram ao ataque da Tormenta graças
ao esforço de seu honrado imperador Takametsu, e
isso proporcionou um suspiro de vida a estilos prestes
a serem completamente perdidos.
Hoje, muitos dos mestres vivem em Nitamu-ra, e estão
dispostos a passarem o que sabem a uma nova
geração. Entretanto, rezando a filosofia "pura" de seu
atual daymio Shiro Nomatsu e também a cultura que
aprenderam durante toda a vida, os mestres se recusam
a ensinar discípulos que não sejam de origem
tamuraniana. Para aventureiros que desejem aprender
mais sobre essas exóticas técnicas de combate
fantásticas, resta apenas a difícil tentativa de
convencer um dos tradicionais mestres sobreviventes
(tarefa bem difícil. Porém dizem alguns que essa é a
primeira etapa do treinamento). É possível ainda tentar
aprender um ou outro ensinamento através de raros
pergaminhos ou livros que trazem parte dessa filosofia
marcial, porém livros e pergaminhos jamais
conseguirão superar os ensinamentos de um
verdadeiro mestre e no máximo poderão ensinar a
mecânica de movimento de alguma técnica fantásticas,
mas nunca um real estilo de luta.
Para um aventureiro de Arton, é mais fácil tentar
conseguir ensinamento marcial de um mestre que
esteja vivendo fora de Nitamu-ra. Porém, além deque
encontrá-los fora dessa área já seja tarefa bastante
difícil, não há também nenhuma garantia de que estes
irão aceitar futuros discípulos, já que seu afastamento
de Nitamu-ra na maioria das vezes é por escolher
exatamente o isolamento total na busca pela
iluminação. Porém, existem exceções, como o clã
Takemura, que desafiou as rígidas leis tamuranianas e
criou em Gorendill o único dojo do mundo que ensina
uma legítima arte marcial tamuraniana a qualquer um
que queira aprender, independente de sua origem.
ARTES MARCIAIS
As artes marciais tamuranianas baseiam-se na
maioria das vezes em animais, criaturas ou na
necessidade de combate contra algum inimigo
específico. Todas elas possuem uma filosofia
própria, um ponto forte e um ponto fraco. Algumas
delas se baseiam em movimentos respiratórios e no
manejo de armas como lanças e espadas, outras
buscam a perfeição corporal e a perfeita harmonia
mental.
O ESTILO TAI-KEN
"É necessário esquecer o orgulho; derrotar o ego.
Superar a dor. Ter consciência do que seja, para
poder então se tornar diferente do que é. E isso sim é
força. Isso sim é vitória. Porque isso é harmonia. E
harmonia é Tai-ken."
Mestre Takameshi Takemura
O estilo Tai-ken, do clã Takemura é o estilo marcial
mais conhecido fora do ambiente de Nitamu-ra.
Isso se deu devido a um homem chamado Ty
Takemura, hoje o professor do Dojo de Gorendill.
Ty era mais uma das crianças que viviam
abandonadas fazendo arruaças pelas ruas da
cidade, até que viu a vida dar um giro ao ser
adotado por um casal tamuraniano que se instalou
na cidade. Na verdade, Takameshi Takemura e sua
esposa Yoko, adotaram Ty para darem a si próprios
uma segunda chance como pais, pois perderam seu
filho Hiro - na época da mesma idade do menino
adotado - para a Tormenta. Mesmo não sendo
tamuraniano, Ty aprendeu toda a filosofia do estilo
Tai Ken e conseguiu convencer o pai de que não
valia a pena guardar tudo aquilo e assim ver a
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cultura tamuraniana morrer um dia. Assim nasceu de proteção com redutor de -2 do golpe recebido.
o polêmico Dojo do Deus Dragão.
O ESTILO SUMYÔ-TORI
A palavra Tai-Ken tem um duplo significado devido
ao ideograma tamuraniano "Ken", podendo
"A partir do momento em que se sabe tomar proveito,
representar "Harmonia marcial" ou "Harmonia
tamanho e forma passam a importar. Muito."
artística". Dessa forma caracteriza-se já no nome a
Monge Kuan-Li
forma como a arte pode ser usado para guerra ou
iluminação. Porém, independente do motivo, é isso
O Sumyô-Tori nasceu em um mosteiro de Tamu-ra,
que o estilo prega: a harmonia total entre atacante e
onde os monges acreditavam em outras bases para
atacado. Entre ataque e defesa. Entre ataque e contra-
suas crenças. Tomados desde "crianças em
ataque. Porém, seus praticantes devem ganhar um alto
evolução" até "bárbaros ignorantes" pelos outros
grau de flexibilidade, pois o estilo se utiliza de chutes
templos, os monges do templo Tori não seguiam
fantástico que lhe conferem rara beleza. Ao contrário
quase nenhum dos preceitos dos outros mosteiros e
do que inicialmente viesse a parecer, as mãos no estilo
acreditavam que essas regras eram ditadas pelos
são usadas para bloquearem os ataques adversários,
homens e não por seu deus Lin-Wu. Logo, bebiam
enquanto as pernas atacam quase ao mesmo tempo,
bastante álcool em suas festas, contratavam gueixas
necessitando por isso de movimentos relaxados e
para animarem suas reuniões e comiam carne à
extremamente rápidos. Da mesma forma, em ataques
vontade. Aliás, a questão referente a gula era a
da altura do plexo para baixo, o pé pode ser usado
mais exagerada e extrapolada desses monges, o que
como bloqueio e as mãos como ataques simultâneos.
implicava em homens grandes, gordos e
extremamente fortes.
PONTO FORTE
O praticante do estilo Tai-ken desenvolve uma
Com o passar do tempo, necessitando enfrentar
sensibilidade muito grande,prevendo muitos
adversários enviados por outros mosteiros que
ataques de seu oponente (dizem que mestre
acreditavam estar vendo o nome de Lin-Wu profanado
Takemura prevê qualquer ataque de qualquer
em tal lugar, os monges de Tori desenvolveram um
oponente). Como seus sistemas de ataque e defesa são
estilo próprio de luta,baseado na grande força e
feitos de forma sincronizada e quase simultânea, ao
tamanho que possuíam. Nasceu um estilo que não só
ser atacado o lutador tem direito a duas jogadas na
derrotou todos aqueles que foram enviados para
rodada de ataque de seu oponente. A primeira é
destruí-los, como fez com que ganhassem um respeito
referente a defesa do golpe do adversário, a segunda
suficiente para serem deixados em paz, embora ainda
em referente a um ataque direto (esse ataque NÃO
não sendo visto com bons olhos pela antiga
conta como o ataque a que terá direito em sua própria
aristocracia de Tamu-ra.
jogada de ataque em seguida). Se o golpe do ataque
direto acertar, a surpresa do adversário é tão grande
(normalmente o atingido fica segundos imaginando de O Sumyô-Tori foi elevado de luta para arte marcial, a
onde veio o golpe) que o dano recebe um bônus de +2 partir do momento em que ganhou uma filosofia muito
na jogada (essa vantagem NÃO vale na rodada de fácil de ser entendida: a felicidade do ser. Na verdade,
ataque normal do lutador, só para contra-atacar o a visão sobre esses monges começou a mudar, quando
adversário). Com muitos anos de prática, esse bônus os outros monges tamuranianos entenderam que tudo
tende a aumentar. o que aquelas pessoas buscavam era a própria
felicidade, e daquele jeito, ainda que quebrando tabus
mas buscando uma perfeição técnica e louvando seu
PONTO FRACO
deus, eles alcançavam a satisfação e a felicidade
Dominar porém a perfeita harmonia do estilo
procurada. O estilo não utiliza punhos fechados,
requer prática e tempo. Mesmo Ty Takemura até
apenas mãos abertas e semi-abertas, com golpes
hoje treina para alcançar a perfeição de seu pai.
aplicados com quase todos os pontos da mão.
Logo, quando tentar bloquear e contra-atacar seu
Aprendendo a usar a inércia, os imensos lutadores do
oponente na mesma jogada, e acabar por errar a jogada
Sumyô-Tori sabem jogar seu corpo para a frente de
de defesa do ataque adversário, o lutador receberá um
forma brusca e assustadora (não é fácil ver uma
dano maior do que se tivesse se preparado apenas para
montanha "voando" em sua direção), o que lhes rende
defender o golpe sem contra-atacar e terá uma jogada

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nocautes extremamente rápidos contra oponentes
despreparados.
PONTO FORTE
A principal característica do estilo é a força com
que seus oponentes são acertados. O primeiro golpe
desses lutadores são feitos de surpresa,
aproveitando a força da inércia, e dobrando o valor
normal de dano do golpe. Quase estejam próximos
do oponente, esses monges são mestres em agarrar o
adversário e aplicar-lhes abraços "quebra-ossos" ou
tapas com as duas mãos nas duas orelhas do oponente,
chocalhando e rachando o crânio do infeliz.
PONTO FRACO
Para aqueles que já viram um lutador de Sumyô-
Tori antes, é esperado o primeiro e os outros golpes
aproveitando a inércia. Logo, lutadores mais ágeis
estão preparados para se esquivarem mais facilmente
de tais golpes e é aí que entra o problema dos
lutadores desse estilo. Quando um adversário
consegue se esquivar desses tipos de ataques mais
devastadores, ele praticamente ganha um ataque livre
contra o praticante Sumyô, pois estes demoram um
curto tempo, que representa uma eternidade em
combate, para se recuperarem do erro e vencerem o
movimento físico de inércia corporal (o que é bem
difícil em um corpanzil imenso).
O KENJUTSU - A ESPADA DO
DRAGÃO
"A vida só possui três objetos realmente sagrados: o
espelho, as jóias, e a katana"
Mestre Tsujimoto
O termo Kenjutsu na verdade é um nome genérico
para uma arte própria em constante
desenvolvimento. Da mesma forma como Tai-Ken,
o termo Kenjutsu pode significar a "arte da
espada" ou a "harmonia da espada". Em outras
palavras, a espada para paz ou a espada para
guerra. Através de eras, os samurais, monges e
inclusive os ninjas de Tamu-ra desenvolveram artes
que melhor se adaptassem a seus movimentos e
objetivos. Até hoje existem estilos que jamais foram
ensinados e outros que foram para sempre
perdidos. Eis o mais famoso deles:
O DO-JUTSU
Em Tamu-ra, o termo "DO" representa a
obrigação de todo tamuraniano para com seu deus
Lin-Wu, e dessa forma para com seu Imperador.
Esse estilo de Kenjutsu, praticado pela grande
maioria dos samurais e paladinos, tem como
objetivo usar sua espada para servir ao Deus
Dragão ou ao seu lorde, daymio ou Xogum. A
espada utilizada é a sagrada katana, tendo o punho
direito junto à copa da arma, e o esquerdo na beira
do cabo, definindo essa sim o ritmo da arte da
espada. Para seguir esse caminho é necessário
aceitar o "Do", e da mesma forma jamais trair o
código de honra dos samurais.
Hoje em dia, os samurais sobreviventes que tentam
preservar suas tradições em Nitamu-ra ensinam essa
arte a jovens tamuranianos, preocupados em alimentar
a devoção trazida com ela. Além da katana, os
praticantes desse estilo sabem utilizarem-se da espada
menor, Wakizashi, tendo inclusive um deles - tido
como o maior samurai da história de Arton -
desenvolvido um estilo tido como perfeito, em que se
utilizam uma espada em cada mão. Ninguém sabe se
esse mestre sobreviveu ao ataque da Tormenta.
PONTOS FORTES
O lutador de Kenjutsu tem uma fantástica
harmonização em combate que lhe torna um dos
mais temíveis oponentes. Um samurai, paladino de
Lin-Wu ou mestre desse estilo, em combate, possui
uma fúria e devoção tal, que os torna alguns dos
adversários mais perigosos do mundo, podendo
terminar a luta em um único golpe, decapitado o
oponente. Além disso, recebe o dano de seus ataques
recebem bônus que variam entre +1/+2 de acordo com
a gravidade do local acertado.
PONTOS FRACOS
Com a espada em mãos, o mestre Kenjutsu parece
verdadeiramente invencível. E talvez realmente o
seja. O detalhe dessa afirmação porém, é exatamente o
trecho "com a espada em mãos". A partir do momento
em que o adversário conseguir retirar ou destruir a
espada do adepto de uma variação desse caminho da
espada (tarefa bem ingrata e difícil), o lutador de
Kenjutsu se torna presa fácil, pois muitos raros são os
que se dedicam a outra arte marcial de combate
corporal, que não o aprimoramento do estilo de sua
escola no caminho da espada. Enfrentar um praticante
de Kenjutsu sem a espada dá ao atacante um bônus de
+3 em suas jogadas da ataque.
O ESTILO KUDOKAN
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"Eis enfim que verás a gentileza derrotar a
brutalidade; irá sorrir durante o combate, pois verá
beleza nos movimentos. E a violência então se tornará
arte."
Mestre Jugoro
O estilo Kudokan talvez tenha sido o pai das artes
marciais tamuranianas. É uma arte impres-
sionante, onde o mais fraco consegue vencer o mais
forte através de movimentos harmônicos que
seguem o fluxo do movimento do adversário,
jogando contra ele sua própria força. Ensinado
inicialmente a samurais e paladinos que viam-se
impotentes ao perderem suas espadas durante os
combates, o Kudokan baseia-se em torções e
imobilizações rápidas e eficientes que podem
causar traumatismos ou apenas imobilização.
Também possui a filosofia mais pacífica de todas as
artes: qualquer praticante é proibido de atacar um
oponente, apenas se defender de um ataque.
Como os movimentos seguem o fluxo do ataque
adversário, o estilo Kudokan funciona contra vários
oponentes, desde que seu praticante esteja bem
harmonizado, concentrado e bem treinado. Hoje em
dia é possível encontrar essa arte fora de Nitamu-ra,
pois a mecânica de seus golpes ficou escrita em
pergaminhos e livros perdidos, que foram vendidos
por tamuranianos famintos ou aventureiros
exploradores que os roubaram de Nitamu-ra. Dessa
forma, essa arte pode ser encontrada principalmente
no Reino de Salistick, que por incrível que pareça
evoluiu a técnica do estilo, acrescentando seus altos
conhecimentos anatômicos a uma perfeição e
eficiência maior dos golpes.
Infelizmente, exatamente por terem apenas a mecânica
dos golpes, o estilo ensinado em Salistick – deno-
minado agora "Kombate - Sistema de Auto-Defesa
Salistickiniano" - apesar de mais eficiente em con-
frontos, não resgatou e evoluiu também a filosofia
marcial original, transformando-se numa mera luta
marcial e eliminando também a paz e harmonia inicial,
onde o ataque ao oponente se torna extremamente
válido.
PONTOS FORTES
O estilo Kudokan original, devido a total harmo-
nização do lutador, facilita o combate contra vários
oponentes. Dessa forma, para cada defesa de um
ataque é possível uma tentativa de imobilização, e
depois de torção ou traumatismo. Portanto, contra
vários oponentes, pode-se jogar uma defesa e um
contra-ataque contra cada ataque adversário com
bônus +1 nas jogadas de defesa.
No estilo "Kombate" ensinado em Salistick, ganha-se
um bônus +1 para tentar imobilizar o oponente quando
defende-se seu ataque, e um de +2 para conseguir ir ao
ponto chave certo e provocar um traumatismo no
membro agarrado.
PONTOS FRACOS
O estilo Kudokan proíbe o praticante de atacar,
logo, não existe para esse jogador sua jogada de
ataque, restando apenas a opção de contra-atacar o
ataque de um oponente.
No estilo "Kombate", é possível o ataque e a tentativa
de imobilização que normalmente termina em uma
luta no chão. Porém, esse lutador leva desvantagem
contra um estilo de luta em pé, onde os adversários
ataquem diversas vezes, dificultando a defesa e a
imobilização de membros do adversário. Também pela
falta de harmonia própria do estilo inicial, não ganham
nenhum bônus contra vários oponentes e inclusive
sofrem dificuldades nessas condições, com um redutor
de -1 não cumulativo.
DO-RYÛ - O CAMINHO DO NADA E
DO VAZIO
"Se não tens Nada; isso é Tudo"
Monge Dharma
Se o Kudokan é o pai das artes marciais
tamuranianas, o Do-Ryû seria então a mãe. E sua
descendência é de muitos filhos. Inicialmente
desenvolvidos no norte de Tamu-ra, existem,
inclusive hoje em dia, incontáveis e diferentes
estilos desse caminho encontrados mesmo fora de
Nitamu-ra. Enquanto os samurais e paladinos se
dedicaram mais ao Kudokan, os monges dos
mosteiros por sua vez preferiram desenvolver esse
caminho de perfeição mental e corporal.
Pregando o total autoconhecimento e seguimento ao
código de Lin-Wu (Do), esse Caminho implica em
dedicar-se paciência de aprender com o Tudo que fora
criado. Logo, monges desenvolveram formas e
movimentos baseados no que pudessem observar (ou
não). Nasceram estilos que imitavam formas e
movimentos de animais, criaturas e até mesmo
comportamentos. Por muitos terem se tornados
nômades pelas terras de Arton, os monges
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popularizaram esse caminho com seus golpes e
movimentos fantásticos, só não popularizando-o como
o Tai-Ken devido aos diferentes estilos e formas de
movimento que variam de um lutador para outro,
impedindo muitas vezes de serem associados ao
mesmo Caminho marcial.
Nasceram então diferentes Ryûs (Escolas) que imitam
movimentos de criaturas, como o estilo do Troll, do
Orc e do Bugbear, animais como o estilo do
Escorpião, do Louva-aos-deuses e do Corcel do
Deserto, criaturas fantásticas, como o do Dragão, do
Unicórnio e do Grifo ou ainda comportamentos como
o estilo dos Sete Anões Bêbados Imortais (sim, quanto
a criar estilos próprios, os monges em Arton eram e
são bastante criativos).
PONTOS FORTES
Assim como os animais, criaturas ou
comportamento que vierem a representar, os estilos
possuem os quase exatos mesmos pontos fortes. Por
exemplo, o Do-Ryû do Macaco Samburdiniano faz
com que seus praticantes tenham pernas firmes e
saibam saltar e movimentar-se de forma ágil,
dificultando que seu adversário consiga imobilizá-los.
Logo, em ambientes fechados onde pode executar toda
sua agilidade, o praticante desse estilo leva vantagem
e um bônus em seus ataques, de acordo com as
possibilidades de movimentos.
PONTOS FRACOS
O mesmo raciocínio funciona, e o ponto fraco do
ser ou comportamento envolvido influencia o estilo.
No mesmo exemplo do Macaco, quando posto a prova
em ambientes completamente abertos ou de
superfícies escorregadias, ele fica em completa
desvantagem, sofrendo redutores em seus ataques.
SHINOJITSU - O ESTILO NINJA
"Vença. O resto é conseqüência."
Provérbio Ninja
Uma das escolas mais rara do mundo já na época
em que Tamu-ra não fora tomada pela Tormenta, é
muito difícil hoje em dia uma pessoa acreditar que
elas realmente existem, apesar de isso ser a mais
pura verdade. Para ingressar nessas verdadeiras
sociedades secretas, porém, há de se passar por
diversos testes de caráter mental, físico e leal para
seleção.
Em Tamu-ra, por anos os ninjas enfrentaram os
samurais em combates sensacionais que geraram
lendas contadas por Arton afora, através de Wu-Jens e
monges errantes. O estilo que desenvolveram para
superar os samurais e os paladinos e tudo mais que
houvessem mais de superar é uma arte marcial de
caráter combativo impressionante, que transforma
qualquer objeto em arma. Dessa forma, o praticante de
Shinojitsu aprende a manejar desde armas
tamuranianas clássicas como o bastão, o nunchaku, a
lança, a tonfa, o leque e adagas Sai até outras mais
"exóticas" como cadeiras, terra, capa, bandeira ou
corda de varal. Resumindo: qualquer coisa nas mãos
de praticantes dessa arte se torna uma arma, fato que
os colocaram rapidamente na lista dos mais temidos
assassinos do mundo.
Quando lutam, sabem utilizarem-se das mãos e dos
pés, procurando sempre usar um dos dois para tirar a
atenção do adversário enquanto ataca com o outro. O
treinamento é exaustivo e o adepto dedica sua vida
inteira ao melhor aperfeiçoamento e devoção a seus
mestres. Além disso, a arte dedica-se ao treinamento
de fugas e ocultismo de objetos e refúgio do próprio
praticante.
PONTOS FORTES
O principal ponto forte do Shinojitsu é a facilidade
com que seus praticantes podem transformar
objetos aparentemente inofensivos em armas
perigosas. Ainda que esteja cercado e nu, um adepto
dessa arte não deve ser subjugado. Também pelo
difícil e rigoroso treinamento, se tornam mentalmente
fortes e capazes de feitos ditos fantásticos, como
manterem-se inativos durante horas e diminuírem o
ritmo do próprio batimento cardíaco, para se passarem
por mortos. Não recebem penalizadores para se
utilizarem de armas de qualquer tipo (com exceção da
katana samurai) e ganham bônus em testes envolvendo
fuga e ocultismo.
PONTOS FRACOS
Apesar do amplo desenvolvimento marcial que
possuiu, um ninja não é páreo para um confronto
direto com um samurai ou tamuraniano treinado
na arte do Kenjutsu, por exemplo. Isso ocorre
exatamente porque não é um mestre em nenhum estilo
de combate, mas sim uma pessoa que sabe utilizar de
tudo um pouco. Logo, quando recebe dano direto, o
ninja assimila um dano dobrado, explicando assim
porque prefere atacar nas sombras ou usar de truques
sujos, a enfrentar um confronto direto.
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ANURIÉN - O ASSOBIO DO ARCO
ÉLFICO
"Arte reflete talento. E ninguém com um arco nas
mãos tem o talento de um elfo"
Fayah Sthyalthmnienn
No interior das florestas de Lamnor, antes que
Lenórien sonhasse cair nas mãos de um exército
globlinóide, as artes élficas se desenvolviam em
processos graduais e isso incluía o maior e mais
popular talento élfico: o arqueirismo. Trabalhado
com uma perfeição de detalhes e concentração
harmônica, os elfos se tornaram indiscutivelmente
os melhores atiradores do mundo.
Não existem "escolas" de Anurién, e tampouco um
elfo que tenha seu conhecimento irá passar seus
ensinamentos a alguém que não tenha algum
parentesco élfico em seu sangue. Na verdade, muitos
elfos e meio-elfos possuem ligação com humanos e
criam verdadeiros vínculo afetivo, mas
descobrem então que esta arte ultrapassa preconceitos
e exige realmente que seus praticante sejam herdeiros
de sangue élfico, para que herdem também a
sensibilidade extrema dessa raça.
Os elfos tem uma afinidade tão grande com essa arma,
que seus mestres élficos são capazes de acertar alvos
sem precisar de mira e seus movimentos são tão
suaves que armam e atiram suas flechas enquanto as
outras raças ainda estão entre um e outro piscar de
olhos.
PONTOS FORTES
O praticante desse estilo recebe um bônus de +3 em
tiros simples em que têm tempo de mirar e +2 em
tiros diretos, sem preparação de mira. Os mestres
desse estilo recebem o bônus +3 em qualquer situação.
PONTOS FRACOS
Sem um arco, os adeptos desse estilo são
verdadeiramente inúteis em combate e recebem
dano dobrado quando atingidos. Além disso,
recebem penalização para se utilizarem de qualquer
outra arma, que não seu arco e flecha, a besta e a
espada média.
LUTAS MARCIAIS
Apesar de muitas terem sido evoluções piores de
uma arte marcial, as lutas marciais existem em
diversos pontos de Arton, e seu objetivo é
unicamente o combate e nada mais. Exatamente
por isso, não se pode ao contrário da arte marcial,
praticar uma luta sozinho, sendo necessário sempre
um companheiro de treino ou um alvo imóvel,
como um saco de areia.
O BOXE TAMURANIANO
O boxe tamuraniano atingiu em Arton uma
popularidade impressionante até mesmo para os
próprios tamuranianos. Essa luta era praticada
como esporte e diversão de senhores de Tamu-ra,
em cerimônias particulares que muitas vezes
marcavam também a disputa pela honra entre dois
ofendidos. Pela velocidade com que atacam e
contra-atacam, emendando seqüências que
normalmente levam a nocaute rapidamente, muitos
acreditam que na verdade, Takemeshi Takemura se
utilizou dessa luta para dar a base de criação da
arte marcial Tai-Ken.
Hoje em dia, é muito comum encontrar adeptos desse
estilo em lutas secretas no submundo artoniano,
armadas por empresários ávidos por lucros. Os
lutadores enrolam sobre os punhos, nas partes
superiores dos dedos e ao redor dos cotovelos, grossas
ataduras que aumentam o atrito do golpe e
consequentemente a dor e as cicatrizes. Não é à toa
que os praticantes desse estilo possuem o rosto muito
ferido ou cortado, mais parecendo uma colcha de
remendos e curativos.
Os golpes válidos são aplicados com pontos da
extensão do dedo anular até o ombro do lutador. Logo,
utilizam-se ataques das mais diversas formas e com
todos os lados das mãos (aberta ou fechada),
cotoveladas e mesmo golpes com o ombro para
empurrar e desestabilizar o adversário. Também é
permitido agarrar o braço do oponente e puxá-lo para
próximo de si enquanto ataca com o outro braço ao
mesmo tempo. As lutas são realizadas em ringues que
exigem um quadrado de no mínimo quatro metros. Os
combates são realizados até a desistência de um dos
combatentes, porém, com o forte conceito de honra
tamuraniano, era muito comum um derrotado preferir
morrer em combate que ver seu orgulho
(principalmente em combates de honra) ferido.
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PONTOS FORTES
O Boxe tamuraniano é extremamente rápido.
Todos os seus lutadores aprendem a dar seqüências
de ataques e ganham bônus a medida que vão
emendando um golpe no outro. Da mesma forma
que o teste de decapitação, o lutador desse estilo
quando consegue o acerto máximo leva seu oponente a
nocaute se este falhar no teste de resistência ao golpe,
pois acerta um dos pontos vitais adversário (o nocaute
mais comum é quando o cotovelo acerta a área abaixo
do crânio na parte de trás da cabeça, onde se localiza o
bulbo).
PONTOS FRACOS
Em pé e com as mãos, o boxe tamuraniano é uma
luta absurdamente poderosa. Porém, usando os pés
ou quando levados a imobilização, ela não tem
nenhum poder efetivo. Logo, oponentes que saibam
atacar as pernas ou imobilizarem seu adversário
ganham bônus de ataque quando enfrentam um lutador
desse estilo de boxe.
O BOXE YUDENNACH
O boxe praticado em Yuden é ensinado a todo
soldado já nas fileiras militares durante o processo
de treinamento militar. Na verdade não foi a
família Yudennach a criadora da luta, mas foi dela
a ordem de ser incluída no programa militar e por
isso o nome se associou. As Armadas de Yuden
promovem nos momentos de folga, ou após vitória
em batalhas, torneios onde os soldados podem
demonstrar força e masculinidade ao enfrentarem-
se sob um ar festivo de muita festa e cerveja.
No boxe Yudennach, os lutadores vestem luvas que
cobrem a parte superior dos dedos das mãos, não usam
camisa e vestem calções que lembram a bandeira de
Yuden ou qualquer outra referência patriótica. Para
evitar que os piores lutadores interrompam
constantemente os combates ao agarrar se ao corpo do
adversário, hoje em dia é permitido cabeçadas para se
livrar do oponente. Os golpes são aplicados com os
punhos sempre fechados (às vezes com as mãos juntas
e os dedos entrelaçados) em golpes na altura do rosto e
plexo. O treinamento desenvolve por demais a força
do boxeador e a sua resistência às pancadas
adversárias. Além de Yuden, esse tipo de boxe ganhou
adeptos em Reinos próximos, como Bielefeld e,
principalmente, Portsmouth.
PONTOS FORTES
O boxeador desse estilo aprende a dar seqüências
de golpes, mas sua vantagem está mais na força que
desenvolve os socos, recebendo bônus de força
quando ataca oponentes com seus potentes golpes.
Também devido a grande resistência do treinamento,
recebe bônus para resistir a golpes de lutadores de
outros estilos.
PONTOS FRACOS
Perto do boxe tamuraniano, as seqüências do boxe
Yudennach são extremamente lentas. Além disso,
também não sabem utilizar as pernas e nem defender-
se quando levados a imobilizações no chão (embora
em Yuden muitos, exatamente por isso, treinem
também o Kombate), sofrendo penalizações para
tentarem se livrar dos oponentes.
BARBARISCO - A LUTA BÁRBARA
Nascido de combates ferozes entre bárbaros da
União Púrpura, a Barbarisco é uma luta onde a
força é tudo em combate. Utilizando-se de armas
não cortantes, dando preferência a martelos e
clavas, ou mesmo às próprias mãos, os praticantes
dessa luta apostam em uma fúria sobre-humana
capaz de surpreender seus oponentes.
Quando postos a prova em combate, esses seres se
enfurecem propositadamente e avançam sobre o
adversário até que este esteja completamente
derrotado, fora de combate ou morto. Nesse momento
ninguém conseguirá parar o lutador em seu frenético
ataque, a não ser que o ponha fora de ação, em
nocaute. Além da União Púrpura, devido a
descendência bárbara, o povo de Collen também
possui dentro de seu território alguns praticantes desse
feroz estilo de luta.
PONTOS FORTES
O estado de fúria proposital dos bárbaros aumenta
absurdamente o dano dos golpes provocados por
esse tipo de lutador, e dá a ele uma resistência
dobrada sobre o dano recebido pelos oponentes.
PONTOS FRACOS
Quando em estado de fúria, o lutador não raciocina
nem prevê conseqüências. Logo, não pode utilizar de
nenhuma outra arma que não a que esteja nas mãos,
parar de lutar mesmo próximo da morte, nem pensar
em estratégias como esquiva, uso de magia (que
normalmente os praticantes nunca utilizam mesmo) ou
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fuga de combate (hipótese completamente descartada
por qualquer lutador).
MÉGALOS - O PUNHO DE TAURON
Mégalos é na verdade, a versão do povo de Tapista
para uma luta que muito lembra o Sumyô-Tori de
Tamu-ra. O lutador desse estilo aprende a lutar em
nome de Tauron (uma variação do "Do"
tamuraniano), a versão própria dos minotauros
para a Divina Serpente. A luta aproveita a
velocidade de arranque dos minotauros e seus
golpes baseiam-se em afrouxamento e rompimento
de membros do adversário.
Treinando normalmente com pedras ou grossos vasos
de cerâmica (que se espatifam ou esfarelam) os
lutadores desenvolvem uma potência muito grande nos
dedos (o que é ótimo para um povo que se orgulha de
sua armada naval). Logo, durante os combates buscam
agarrar pontos como pescoço, ombros, braços e
pernas, e apertarem de forma a imobilizar de tanta dor
o oponente, resolvendo rapidamente os combates.
Quando dois minotauros se enfrentam nas lutas, o
mais comum é correrem um em direção ao outro e
chocarem as palmas das mãos, estabelecendo uma
disputa de força que vai culminar em alguns segundos
no grito de dor do minotauro mais fraco.
PONTOS FORTES
Um praticante de Mégalos tem os dedos MUITO
fortes. Quando conseguem na jogada primeira agarrar
um membro do adversário, este deve tentar se soltar
imediatamente, ou do contrário terá seu membro cada
vez mais esmagado. A cada rodada joga-se o dano
normal, e nas seguintes o agredido tenta sempre se
livrar do atacante, mas com um penalizador
cumulativo a cada rodada.
PONTOS FRACOS
O ponto vulnerável desse estilo é exatamente
quando o lutador não consegue seu objetivo.
Quando erra o golpe, o lutador fica vulnerável ao
próximo ataque, não tendo chance de defesa contra um
contra-ataque direto. Também precisa agir muito
rápido em seu estrangulamento da região agarrada ao
enfrentar oponente que liberam descargas elétricas ou
outros semelhantes causado pelo toque na pele.
LIBRA - ESPADA PARA A PAZ
O estilo Libra foi inicialmente difundido na Ordem
dos Cavaleiros da Luz, adeptos do deus Khalmyr
na região montanhosa de Lannesthull. Na verdade,
seu criador fora um dos cavaleiros que desenvolveu
uma forma de esgrima com a espada e acabou
ganhando adeptos dentro da Ordem.
Libra Halarion, era um camponês adepto da filosofia
de Khalmyr e afim de levar as idéias de seu deus ao
resto de Arton. Porém, durante o treinamento sentia
dificuldade em empunhar a espada de duas mãos
própria dos paladinos, visto sua baixa força. Dessa
forma, percebeu que ou empregava a força que tinha
para atacar ou aplicava para defender. E se pudesse
fazer os dois em um: melhor!
Os espadachins que usam o estilo Libra nunca se
defendem. Quando atacados, eles na verdade se
utilizam de outro ataque para se defenderem. Sua
espada então não bloqueia a espada adversária, mas
ataca a lâmina dela! É um estilo arriscado, mas
aqueles que o praticam o fazem com a certeza de que
Khalmyr está a seu lado, e não temem o resultado do
combate. Desnecessário dizer que só entram em
combate quando sua espada tem fins benevolentes e
extremamente justos (de seus pontos de vista pelo
menos). Nenhum reino possui mais adeptos desse
estilo que Zakharov.
PONTOS FORTES
Quando o oponente atacar um adepto desse estilo, e
o praticante conseguir acertar sua jogada de
ataque/defesa, o agressor deve jogar uma tentativa
para não perder a arma das mãos, pois jamais vai
esperar um ataque como defesa. Os golpes também
quando acertados ganham bônus no dano, devido a
vontade com que são dirigidos ao corpo do oponente.
PONTOS FRACOS
Como está sempre atacando com sua grande
espada, o adepto da Libra que consegue uma falha
crítica durante um combate deve jogar os dados
para impedir que sua lâmina eternamente
desgastada se rompa e deixe-o em condições
desiguais de combate frente a seu adversário.
CORREDOR DAS ÁRVORES
Esse tipo de lutador é encontrado apenas no Reino
de Tollon, onde a economia é dedicada à extração
de madeira. O Corredor das Árvores é um estilo de
luta onde a única arma utilizada é o machado
simples ou duplo, e alia-se também ao
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conhecimento e harmonia dos praticantes com as
árvores que tanto veneram. Quase todo lenhador
de Tollon acaba por praticar esse tipo de luta local.
Com um machado em mãos, os adeptos desse estilo
atacam, defendem e fazem qualquer coisa que as
outras pessoas comuns fariam de forma "normal".
Amam a arma como a um animal de estimação. Com o
treinamento, aprendem a se concentrar e trazer às
próprias mãos o machado arremessado contra o
oponente. Com o conhecimento que possui dentro das
florestas, sua habilidade em escalar e saltar nas
árvores, identificou-o como um estilo de combate, e
deu-se a esses adeptos o nome de Corredor das
Árvores.
PONTOS FORTES
Um adepto desse estilo sempre terá seu machado
arremessado retornado em suas mãos. Além disso,
ninguém que não tenha um motivo grande pra isso
(como um praticante do Do-Ryû do Macaco)
conseguirá segui-lo ou enfrentá-lo em condições que
exigem escaladas e saltos entre árvores das florestas.
PONTOS FRACOS
A competência com um machado nas mãos é
tamanha, que um Corredor das Árvores não
conseguirá se utilizar de nenhuma outra arma com
uma competência maior que infantil. Além disso
leva desvantagens em lugares completamente abertos
ou muito fechados (como uma jaula), onde não podem
dar seus saltos, e sofrem redutores durante suas
jogadas.
GORO-SHAY - A MORTE GOBLIN
Nascido em Lamnor e treinado pelos goblinóides do
exército de Ironfist, o Goro-shay é com certeza a
luta mais feia de todas de Arton, embora nenhum
lutador esteja mesmo preocupado com beleza.
Nesse estilo praticado por hobgoblins, ogres,
bugbears, trogloditas, orcs e tudo mais que se
identifica com a raça goblinóide, é uma luta que
busca matar o oponente da forma mais sanguinária
possível.
Nesse estilo de luta, o mais desejado é fraturar os
ossos do adversário e principalmente atacar as regiões
proibidas ou consideradas "sujas" nos outros estilos.
Logo, arrancam-se orelhas, mordem-se glóbulos
oculares, rasgam-se narinas e esmagam-se regiões
genitais. Também nascem daqui golpes devastadores
como o "kitaro" (conhecido em Arton-Sul como
"pilão"), onde a o adversário é virado de cabeça pra
baixo e seu crânio é espremido contra o chão.
Quando lutam também entram em uma espécie de
fúria animal, mas tem uma consciência maior que os
adeptos do Barbarisco, pois sabem quando há de se
fugir de um combate perdido. Um lutador desse estilo
em Arton-Norte (sim, eles existem em quantidade até
surpreendente) é completamente desprezado por
artistas e lutadores marciais, devido aos golpes sujos
de suas lutas, mas são adorados por empresários de
torneios de pancadaria secretos, que ganham lucros
com suas performance.
PONTOS FORTES
Os ponto forte desse estilo é claro: o rápido nocaute
adversário. O oponente de um lutador de Goro-
shay deve jogar sempre um teste para impedir de
ser agarrado (ou mordido ou perfurado) em algum
ponto "baixo". Se isso ocorrer, ele terá duas rodadas
pra se livrar do agressor, ou cairá desmaiado sem
agüentar tamanha dor, perdendo metade dos pontos na
primeira rodada e metade na rodada seguinte. Além
disso, pode-se ter de agüentar conseqüência graves
(alguém que tenha sido mordido no globo ocular vai
ficar cego se não receber socorros mágicos) em tais
combates, o que faz esses lutadores não serem apenas
temidos como também odiados.
PONTOS FRACOS
O ponto fraco desse forte estilo de lutar, está
exatamente na hora do ataque, em que o atacante
praticamente abre toda sua guarda na frenética
tentativa de visar um ponto vital de seu oponente.
Caso acertado no momento em que tenta um ataque, o
dano causado no atacante é em dobro e causa um
trauma. Em outras palavras, o lutador passa a "segurar
a onda" e gera um receio de uma nova tentativa.
Apenas quando acertar novamente um ataque simples
no adversário, o lutador irá ganhar confiança para
tentar novamente mais um ataque frenético com o
risco de abrir novamente sua guarda. Se for contra-
atacado três vezes em um mesmo combate, ele se dará
por vencido e tentará fugir da luta (mas nunca se
render).
KHARPO - A DANÇA DAS SOMBRAS
Encontrada apenas em Khubar, ninguém sabe se
esse estilo é uma arte, uma luta ou uma dança
típica local. Seus praticantes utilizam saiotes
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longos, e dançam sob o ritmo de uma música
própria que lhes confere um gingado impossível de
ser copiado.
A arma utilizada pelos adeptos é a lança, mas a
maioria prefere lutar de pés descalços e com o próprio
corpo. A agilidade desenvolvida é impressionante,
permitindo saltos sobre-humanos e um ritmo de golpes
que facilitam seqüências de combate. Nascida pra
cerimônias e rituais locais, a luta se mostrou eficiente
contra oponentes reais, e seus movimentos foram
adaptados para o propósito de combate.
PONTOS FORTES
O adapto desse estilo é capaz de saltos em locais
abertos com a mesma facilidade de um Corredor
das Árvores em uma floresta. Todos eles sabem
aplicar golpes em seqüência e ganham bônus para
isso, facilitando o combate um contra um, pois
ninguém consegue prever os golpes de um luta que
mais parece uma dança cerimonial.
PONTOS FRACOS
Apesar de eficiente no combate um contra um, o
Kharpo não demonstra a mesma eficácia quando
posto a prova contra vários adversários, recebendo
penalizadores. Também se mostra inútil quando o
adversário consegue imobilizá-los e levá-los ao chão,
sofrendo redutores também para se livrar do oponente.
TORNEIOS
Existem em Arton alguns torneios mais conhecidos
pelos lutadores e artistas marciais, mas existem
inúmeros outros do submundo artoniano que
geram apostas ilegais e lutas combinadas, em prol
do lucro de seus patrocinadores (quase sempre
grandes chefes de guildas de crimes). Eis alguns
famosos:
O TATSU
Torneio realizado em Nitamu-ra sob a presença do
daymio Shiro Nomatsu e dos grandes e tradicionais
mestres tamuranianos. Todos os clãs de
sobreviventes recebem uma carta de convite, e caso
não possuam representantes, podem enviar alguém no
nome do clã. Representar um clã tamuraniano é a
única maneira de um estrangeiro lutar no Tatsu, que
recebe esse nome por entregar ao vencedor uma
escultura de jade na forma de um dragão alado em
forma de serpente, e que vai pertencer ao clã vencedor
durante os próximos quatro anos.
O CINTURÃO
Sediado em Yuden, esse torneio é realizado em um
ringue quadrangular de cinco metros e realizado
em praça pública para uma multidão ávida por
combate. Deve-se lutar de mãos nuas sobre a regra do
boxe Yudennach e é aberta a qualquer um, embora
nenhum não-humano vá se atrever a se inscrever.
Muito comum é a presença de adeptos ao boxe
tamuraniano, embora estes não possam desferir suas
temidas cotoveladas. O torneio é para demonstrar a
superioridade do povo de Yuden, e caso isso possa sair
do controle, os administradores cuidarão para que seu
escolhido vença, sob a benção e ordem do regente
Mitkov.
BRAÇO DE TAURON
Sediado em Tapista, é aberto a qualquer raça e
estilo (com exceção do Goro-Shay). Muitos adeptos
do Mégalos ingressam no torneio e recebem o apoio
da torcida local, mas é um torneio limpo e o vencedor
recebe o total respeito dos minotauros.
ESPADA DE RHOND
Rhond é o deus menor dos armeiros, e o torneio
que leva seu nome se localiza em Trokhard, cidade
do reino de Zakharov. É um torneio onde pode-se
utilizar qualquer tipo de arma em combate (aliás,
quanto mais bela e exótica a arma utilizada, mais
carisma ganha o lutador com o público) e não possui
nenhuma restrição de estilo ou raça em seus critérios.
O TORNEIO ILEGAL
Realizado em uma clareira durante a grande Feira
de Malpetrim, é com certeza o torneio ilegal mais
famoso do mundo. Aqui as lutas são realizadas até a
morte, sob apostadores ávidos por lucros de apostas
sobre as lutas controladas pelo juiz Marsh e toda uma
banca de apostas.
BERSERKER
O torneio mais sujo do mundo é realizado,
obviamente, dentro do Reino de Ahlen. É o torneio
mais violento (pois permite qualquer estilo de luta,
inclusive o Goro-Shay) e também o mais arranjado e
trapaceado de Arton (e o pior é que TODO O
MUNDO sabe disso!). A única vantagem para os
lutadores é o ganho com as apostas que é alto, mesmo
com os lutadores sendo roubados pelos empresários na
hora de receber seus tibares. Entretanto, muitas vezes
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o lutador terá que vender sua luta ou irá sofrer pesadas
conseqüências enquanto ela se realiza (seqüestro de
pessoas próximas ou envenenamento são apenas
alguns exemplos).

CRIANDO SEU PRÓPRIO ESTILO

Criar uma arte marcial leva milhares de anos de
aperfeiçoamento que jamais se estagnarão. Porém,
criar um estilo de luta marcial leva bem menos
tempo que isso, e muitos estilos desconhecidos estão
espalhados por Arton. Para se criar um estilo de luta
deve-se ter sempre a aprovação do mestre em qualquer
estágio, e deve-se pensar um motivo para a luta ter
sido criado, os pontos fortes desse estilo e os pontos
fracos do mesmo.

TORNANDO-SE UM PROFISSIONAL
Muitos aventureiros acabam se tornando
profissionais e adotam a briga de rua como uma
profissão (isso acontece muito mais com lutadores
que artistas marciais). Normalmente esse aventureiro
passa a contar além de um empresário, com toda uma
equipe, inclusive de seguranças (muitos desses
aventureiros), para que possa lutar despreocupado nas
arenas, sem ficar em tensão por causa de ameaças ou
trapaças dos torneios ilegais de Arton.

Rafael Albuquerque,
Roteirista, escritor e faixa preta de Taekwondo WTF
http://www.primeirodan.hpg.com.br - um pouco de
nada do tudo que representa ser um real artista marcial

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