Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

EDUCAÇÃO FÍSICA – 6º SEMESTRE


DISCIPLINAS:
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO – PROF.: LUCIO CALDEIRA

METODOLOGIA DO ENSINO DE HANDEBOL – PROF.: RAPHAEL TESTA

METODOLOGIA DO ENS. DE FUTSAL E FUTEBOL – PROF.: MARCIO TEIXEIRA

METODOLOGIA DO ENSINO DE LUTAS – PROF.: ANDERSON NASCIMENTO

SEMINÁRIO DA PRÁTICA: METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA:


JOGOS COLETIVOS E LUTAS – PROF.: DOUGLAS KRATKI

EQUIPE:

BRANDON CARDOSO REIS DOS SANTOS


KLEVERSON PEREIRA ROCHA PITA
MANUELA BONFIM ANUNCIAÇÃO DOS SANTOS
MATHEUS MIRANDA SILVA

Salvador-Ba
2018
INTRODUÇÃO

O ensino de lutas faz parte do conteúdo programático que constitui a


Educação Física Escolar. Diferentemente do que muitos pensam, ensinar lutas, de
acordo com os estudos, não irá formar crianças e/ou adolescentes violentos e
agressivos.
É importante que o profissional professor de Educação Física esteja atento a
novas pedagogias do ensino da iniciação esportiva, a fim de favorecer o
aprendizado do aluno e estar em consonância com as dimensões descritas nos
PCNs (conceitual, procedimental e atitudinal). Além disso, a boa percepção do
professor se faz necessária no melhor uso de métodos nesse processo, com a
finalidade de otimizar o aprendizado.
O intuito do presente trabalho é realizar uma análise bibliográfica de textos
indicados pela instituição de ensino UNOPAR, bem como de outros materiais
pesquisados em plataformas de artigos acadêmicos. Os artigos estudados abordam
a temática do ensino de lutas que é, como já mencionado, parte constituinte da
Educação Física Escolar. Neles, estão abordados temas como a importância do
ensino de lutas como e enquanto conteúdo da educação física escolar,
possibilidades de abordagens no contexto escolar e argumentos sobre modalidades
de lutas e violência. Todos os textos serão devidamente referenciados ao final deste
trabalho.
Além da temática de lutas, o trabalho abarca também conteúdo acerca do
aprendizado de metodologia de ensino das modalidades coletivas. Esta parte do
trabalho consta de entrevista com um profissional da área (pesquisa de campo) e
elaboração de plano de aula para ensino de modalidade coletiva e/ou lutas.
DESENVOLVIMENTO

O ensino de lutas, bem como de outras modalidades, como ginástica e


dança, na escola, são de responsabilidade da disciplina Educação Física. Esta,
detêm, ou deveria deter, os saberes necessários para que essa temática seja
passada da melhor maneira aos discentes. Contudo, o que podemos observar, a
partir do estudo de diversos artigos envolvendo a temática, é que muitos
profissionais professores de Educação Física, ainda se mantêm na inércia ou na
incompetência para promover aos alunos mais um conhecimento importante para a
sua formação, tanto acadêmica quanto pessoal.
Podemos notar que, quando se trata do ensino de lutas, muitos profissionais
de Educação Física desconhecem, esquecem-se ou não levam em consideração, a
definição proposta nos PCN’s sobre lutas. Estes as define como:

... disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), com


técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou
exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de
ataque e defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação
específica a fim de punir atitudes de violência e de deslealdade.
Podem ser citados como exemplos de lutas desde as brincadeiras de
cabo-de-guerra e braço-de-ferro até as práticas mais complexas da
capoeira, do judô e do caratê (BRASIL, 1998, p. 70).

Este desconhecimento leva a uma quantidade considerável de profissionais,


se observarmos os estudos de FILHO & COLS. (2014), PASSOS-SANTOS & COLS.
(2011) e FERREIRA apud FILHO & COLS. (2014), que identificam em seus estudos,
pelo menos 30% dos professores entrevistados em suas pesquisas optam por não
abordar as lutas em suas aulas, mesmo considerando importante a abordagem de
tais práticas.
De acordo com as pesquisas realizadas – através de entrevistas semi e
estruturadas – dos autores citados acima, no que tange à não utilização das práticas
de luta nas escolas, alguns professores referem-se ao não conhecimento técnico
específico ou especializado acerca das lutas, o que nos faz acreditar que estão
focados apenas aos aspectos técnicos do ensino. Contudo, como afirma Soares
(1996), referindo-se ao ensino da ginástica ou qualquer outro tipo de jogo esportivo,
e aqui observando as lutas como um esporte, ambos sempre terão uma dimensão
técnica. Porém, essa dimensão técnica não deve ser confundida com tecnicismo ou
performance.
O lugar da “performance” não é na escola. O caráter lúdico pode
prevalecer sempre numa aula de Educação Física, desde que ela
seja realmente uma aula, ou seja, “um espaço intencionalmente
organizado para possibilitar a direção da apreensão, pelo aluno, do
conhecimento especifico da Educação Física e dos diversos aspectos
das suas práticas na realidade social ” (p. 10)

O que notamos é que muitos profissionais têm privados seus alunos do


conhecimento da modalidade pelo simples fato de não conseguirem distinguir o
esporte da escola do esporte na escola.
Quando falamos do esporte na escola estamos nos referindo ao esporte da
maneira que ele é praticado reproduzindo-se o mesmo como ele já existe no
ambiente escolar.
Já o esporte da escola, trata-se do mesmo esporte porém de forma
adaptada, transformada, modificada, de acordo com as necessidades que se
pretende alcançar.
Quando falamos de lutas, simples brincadeiras como é o cabo-de-guerra e o
braço-de-ferro (citados nos PCN’s) já conseguem abarcar o que desejamos no
ensino de lutas e, ainda de acordo com os autores supracitados, como é o caso de
Filho e cols., até mesmo lutas como judô e sumo, podem ser modificadas de forma
que propiciem aos alunos um encontro com tais modalidades, independente da
estrutura física da escola ou o conhecimento mais técnico e especializado por parte
do professor.
De acordo com o estudo dos artigos, identificamos que uma outra questão
bastante discutida é a possibilidade de o ensino das lutas fomentar nos alunos
agressividade. O que foi descartado pela maioria dos profissionais entrevistados,
sendo que, aqueles que tendiam para o lado mais pessimista, afirmavam que essa
agressividade dependeria também de como o professor que estivesse ministrando a
aula.
Passos-Santos (2011), nos transmite, de certa forma, uma maneira ótima
como as lutas devem ser ensinadas aos discentes quando diz que estas

... devem ser transmitidas aos alunos de forma que não será uma
simples briga, que toda arte marcial tem seu princípio filosófico e
espiritual, sendo algo muito forte para a formação do caráter de um
ser humano adulto, e assim buscam o desenvolvimento do intelecto e
da personalidade, e se não obedecidos esses princípios, o praticante
será abolido da prática.
Se essa afirmação for levada em consideração, segundo o mesmo autor, “as
lutas podem ser ensinadas sem gerar nenhuma violência, muito pelo contrário,
gerando paz e entendimento sobre o confronto, e como e quando é necessário”. E
ainda ressalta que “Seja qual for o tema a ser abordado, se não for fundamentado e
tratado pedagogicamente, corre o risco de gerar conflitos e situações hostis entre os
alunos”.
O que notamos é que o ensino das lutas, independente de qual seja a
modalidade, poderá contribuir de forma grandiosa para a formação do aluno no que
tange à dimensão atitudinal, ou seja, na forma como este irá agir na sociedade, bem
como não é preciso um conhecimento especializado – embora este não seja
desconsiderado – sobre o assunto (NASCIMENTO & ALMEIDA, 2007, p. 100).
Corroborando com este pensamento, podemos citar Filho e cols. quando dizem que
“A prática da luta, em sua iniciação esportiva, apresenta valores que contribuem
para o desenvolvimento pleno do cidadão, como respeito, disciplina, dentre outros”
... “a maior parte das lutas, leva à disciplina e não à violência, como virtude de um
grande lutador e desportista.” (FILHO & COLS, 2014).
O que podemos entender diante das falas desses autores é que,
independente de como se dá formação do profissional professor de Educação
Física, visto que muitos acadêmicos considerem as lutas como uma disciplina
descartável, de acordo com Ferreira (apud. COSTA, 2017), isso não é “desculpa’
para a não abordagem desta, uma vez que sua administração pode (e de certa
forma até deve) ser feita de forma lúdica visando retirar deste conteúdo toda a ideia
de agressividade.
É sempre importante lembrar das dimensões pedagógicas que regem o
ensino de quaisquer conteúdo e no ensino de lutas não é diferente. Lembremo-nos,
acima de tudo da dimensão atitudinal, afinal, dentre outras possibilidades podemos,
com o ensino das lutas da escola prevenir atitudes de deslealdade, promover o
respeito à ética, ao esporte e inibir a violência nos jogos
criados/modificados/adaptados por eles mesmos. (NASCIMENTO & ALMEIDA,
2007).
DISCUSSÃO SOBRE A ENTREVISTA E AS REFERÊNCIAS ESTUDADAS

Correlacionando a entrevista realizada com os estudos feitos à partir da


bibliografia sugerida, bem como artigos encontrados em plataformas acadêmicas
e/ou científicas, podemos perceber a importância de uma atualização e formação
continuada no que diz respeito à métodos e conscientização à respeito da
importância e objetivos pretendidos com o ensino em Educação Física.

No ensino de lutas, é importante deixar claro para os alunos a diferença


entre luta e agressividade e/ou briga, notamos essa mesma importância (de
esclarecimentos), quando ouvimos a fala do professor entrevistado quando o mesmo
fala sobre seu método de ensino mais utilizado. Aliás, no que tange ao ensino, os
PCNs nos instrui de forma a também nós, enquanto educadores, entendermos o que
é pretendido com o ensino de cada conteúdo.

A preparação que as Instituições de Ensino Superior garante aos seus


discentes, de acordo com a entrevista e estudos, não são suficientes para a
capacitação “plena” para um futuro profissional, o que nos obriga a buscarmos em
outras fontes maior conhecimento e/ou técnicas e métodos que favoreçam o ensino-
aprendizagem.

É importante levar aos alunos os conteúdos de forma lúdica, pelo menos


inicialmente, para que, posteriormente, possamos passar os conteúdos mais
técnicos. Isso faz com que o aprendizado se torne mais fluido e, de certa forma,
“suave”, uma vez que a proposta da Educação Física Escolar não é formarmos
atletas de elite e sim inserir no contexto escolar a atividade física, o conhecimento
do corpo, habilidades corporais, dentre outros fins.
CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

26/10/2018 10:00 às 11:40 2° Médio 2°A


20 alunos
Modalidades Coletivas e Lutas
Basquetebol e Capoeira
Levar conhecimento a cerca do futsal e capoeira por meio de atividades lúdicas

Bola de futebol/futsal/, cones, fitas feitas com tecidos, berimbau.

Procedimentos didáticos:

Atividade 1 – Em uma roda de conversação os alunos expressaram o conhecimento que cada um


tinha sobre o futsal e a capoeira e, após suas colaborações, foi lhes explicado sobre o surgimento
das duas modalidades, seus fundamentos, regras e filosofias.
Atividade 2 – Os alunos estavam dispostos em fila de 3 ou 4 ao lado de seis cones dispostos dois a
dois há uma distância de 3 metros. Cada aluno deveria conduzir a bola até o colega que estava 3
metros à sua frente. Quando o aluno chegava em seu colega passava a bola pro mesmo e se
colocava ao fim da fila em que este estava localizado. O aluno que recebia a bola passará a
conduzir ao colega que está 3 metros à sua frente. A atividade terminou quando todos os alunos
tiveram contato com o material.
Atividade 3 – Foram formados 5 times de 4 alunos cada. Cada time tinha duas duplas com as mãos
amarradas. Foi sorteado o time que ficaria com a bola por meio de cara ou coroa. O gol deveria ser
feito passando a bola entre dois cones dispostos em lados opostos da quadra. A partida tinha
duração de 5 minutos. O time que fizesse 2 gols primeiro ganhava a partida. No caso de empate
dentro dos 5 minutos os 2 times perdiam, promovendo maior “disputa”.
Atividade 4 – Durante a música, ao som do berimbau os alunos realizavam os fundamentos da ginga
e da defesa, usando o braço de defesa oposto ao pé de apoio dentro da roda de capoeira,
trabalhando assim a lateralidade, a cada pausa da música, os alunos tinham que sair rapidamente
da roda antes que fossem pegos por um colega, os que foram pegos não podiam mais entrar na
roda e a atividade prosseguiu até todos participarem da roda.

Avaliação:
Após as atividades foi realizado um levantamento com os alunos mostrando os pontos fortes e
fracos , identificando os movimentos que precisavam ser melhorados,, sendo que durante as
atividades foi estimulado nos alunos o equilíbrio, desenvolvimento rítmico, atenção e coordenação
motora para a prática correta dos fundamentos de ambas modalidades.
CONCLUSÃO

O ensino de lutas e modalidades coletivas proporciona aos discentes


habilidades sociais importantes para o convívio em sociedade como disciplina,
autocontrole, cooperatividade, respeito, etc. Valores morais e sociais
importantíssimos para a formação do indivíduo, ao contrário do que muitos pensam.
Este ensino leva o aluno a conhecer aspectos históricos e regionais, uma
vez que, de acordo com os estudos, as modalidades de lutas que prevalecem nas
escolas são aquelas que tem maior identificação da sociedade em que esta está
inserida, como é o caso da capoeira. Esse ensino irá gerar, inclusive uma
transversalidade, quando percebemos que falar sobre capoeira, por exemplo, abarca
a história, a geografia, e outras disciplinas.
A metodologia utilizada para o ensino de modalidades coletivas é muito
importante e deve ser levada em consideração, pois o uso errôneo de uma
metodologia pode conduzir o aluno a um caminho indesejado. No que tange às
metodologias podemos notar a importância do conhecimento tácito do maior número
possível destas para que o professor possa utilizar a que melhor se encaixe no
contexto em que estiver inserido.
O medo de gerar mais violência nas escolas e na sociedade não deve ser
usado como argumento para a não abordagem desse conteúdo no programa de
ensino, pois, com os estudos, foi percebido um quadro muito oposto a esse. Antes
dessa falácia é importante para o profissional professor de educação física, uma
autoavaliação sobre suas capacidades e conhecimentos para o ensino de tal
modalidade, conhecimento este que não precisa ser algo que o torne um
especialista, mas que o torne ao menos um conhecedor da mesma.
Cabe a nós, enquanto estudantes do curso de Educação Física, nos
apropriarmos da responsabilidade por mudar a realidade atual da área buscando
nos aprofundarmos em novos métodos que favoreçam o aluno no seu
desenvolvimento fazendo com que as aulas sejam menos excludentes e mais
dinâmicas, eficazes, participativas, lúdicas e gratificantes para todos os envolvidos
nessa dinâmica.
REFERÊNCIAS

BRASIL; Secretaria de Educação Fundamental.; PARÂMETROS CURRICULARES


NACIONAIS: TERCEIRO E QUARTO CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
EDUCAÇÃO FÍSICA; SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL; Brasília:
MEC/SEF, 1998. 70p.

MALDONATO, Daniel Teixeira., BOCCHINI, Daniel.; AS TRÊS DIMENSÕES DO


CONTEÚDO NA EDUCAÇÃO FÍSICA: TEMATIZANDO AS LUTAS NA ESCOLA
PÚBLICA; Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, v.
11, n. 4, p. 195-211, out./dez. 2013

MANZINI FILHO, M. L.; SIMÕES, M.R.; VENTURINI, G. R. O. ; SAVÓIA, R. P.;


MATTOS, D. G.; AIDAR, F. J.; COSTA, S. P. O ENSINO DE LUTAS NAS AULAS
DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR; Cinergis, Santa Cruz do Sul, V. 15, N. 4, P.
176-181, Out. / Dez. 2014.; Disponível em:
https://online.unisc.br/seer/index.php/cinergis/article/view/5264/3965 ; Acesso em
10/10/2018

NASCIMENTO, Paulo Rogério Barbosa do.; ALMEIDA, Luciano de.; A


TEMATIZAÇÃO DAS LUTAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: RESTRIÇÕES
E POSSIBILIDADES; Movimento, vol. 13, núm. 3, septiembre-diciembre, 2007, pp.
91-110; Escola de Educação Física; Rio Grande do Sul, Brasil. Disponível em:
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=115314345005; Acesso em 15/10/2018.

PASSOS-SANTOS, João Paulo dos., OLIVEIRA, Suzana Aparecida de., CÂNDIDO,


Ieda Carla.; AS LUTAS COMO CONTEÚDO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
POR PARTE DOS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE
PARANAVAÍ, PARANÁ; FDesportes.com; Revista Digital; Buenos Aires, Ano 16, nº
162, Novembro de 2011; Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd162/as-lutas-
como-conteudo-em-educacao-fisica.htm; Acesso em: 20/10/2018.

SOARES, Carmen Lúcia.; EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: CONHECIMENTO E


ESPECIFICIDADE; Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, supl.2, p.6-12,1996
Anexo I - ENTREVISTA COM O PROFISSIONAL

Entrevista realizada com o profissional professor de Ed. Física JOBSON JOSÉ


MOREIRA DOIAS, Graduado em Licenciatura Plena pela UNIJORGE-BA, com
diversos cursos de extensão na área, professor da Instituição de Ensino
Moderninha, localizada no bairro de Valéria em Salvador-Ba.

01. Qual método ou abordagem de ensino você utiliza em suas aulas para o
desenvolvimento do aprendizado de modalidades coletivas?
Eu procuro utilizar o método crítico superador. Estamos sempre discutindo com os
alunos sobre as atividades, explicando o porquê, para quê e onde pode ser utilizado
os conhecimentos no dia a dia. Todos participam e os alunos não se tornam apenas
fazedores de tarefas.

02. Por que você considera este o método mais adequado para o
desenvolvimento destas modalidades?
Porque eles precisam entender que o esporte tem tudo a ver com a vida diária e,
assim... A coletividade dos jogos podem representar a coletividade da sociedade e,
assim, eles levam esses aprendizados para fora da escola como, por exemplo, o
respeito, a cooperação, essas coisas.
Além disso, os alunos sempre gostam de falar, de dar opiniões, então é um
momento de crescimento para todos e eles percebem que também tem
conhecimento e que também podem falar o que pensam.

03. Você também considera aspectos importantes de outros métodos de


ensino, além do que você costuma utilizar, para tornar o aprendizado dos
alunos um processo mais prazeroso e eficaz?
Sim. Eu uso o método global também, eles gostam de jogos e aprendem muito
jogando, acho um método bastante eficaz, o método analítico também em algumas
aulas, assim vamos ajudando os alunos a ter uma melhor técnica de alguns
movimento, mas esse eu uso pouco.
04. Além do método que você utiliza com maior frequência, sobre quais outros
métodos você têm conhecimento?
Conheço o método dos jogos esportivos modificados, o situacional, o global e o
parcial, mas temos vários métodos de ensino na educação física.

05. Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse os


diferentes métodos de ensino de modalidades coletivas?
Tive sim, mas a maior parte eu aprendi com cursos livres, lendo artigos, e na pratica
mesmo.

06. Você se sente preparado para trabalhar o ensino de modalidades coletivas


com seus alunos?
Me sinto sim pois estou sempre buscando novos conhecimentos. Não dá pra ficar
parado só com o que a faculdade ensina, é preciso ir mais além para ser um bom
profissional.

07. Como você prepara os exercícios e atividades que propõe em sua aula?
Você trabalha com a progressão dos movimentos para a construção
pedagógica de suas aulas?
Como eu disse, para alguns movimentos usamos o método analítico que é passar
do movimento mais simples para o mais complexo. Utilizo muito de ludicidade mas,
também, em alguns momentos, podemos ir mais a fundo em alguns esportes.
Anexo II - ROTEIRO DA AULA

Presenciamos a aula de futsal do professor que se deu início com o professor


falando sobre o futsal com os alunos em quadra sentados e formando um circulo.

Nessa roda o professor conversou com a turma sobre o que ele havia passado em
sala de aula sobre a história do futsal, sobre táticas, etc. Nesse momento foi a vez
de os alunos também falarem sobre o que eles sabiam ou lembravam e falar como
viam esse esporte no cotidiano.

As atividades físicas começaram com os alunos trocando passes do futsal, ou seja,


os passes laterais. Às vezes parando a bola e às vezes com toques rápidos.

Posteriormente o professor instruiu os alunos à condução. Primeiro com o peito do


pé, depois penteando a bola. Nesse momento foram feitas duas fileiras, os alunos
ficavam frente à frente a uma distância de mais ou menos 3 metros. Um aluno
levava a bola até o colega que estava à sua frente, dava a volta no mesmo, voltava
ao seu lugar e dava um passe. Quando o colega recebia o passe era a vez dele de
fazer o mesmo procedimento.

Ao final, os alunos puderam participar do jogo adaptado. Cada time com 5


participantes e utilizando as habilidades que foram ensinadas na aula. Como a
quadra tinha um tamanho razoável, pode-se colocar os 5 alunos na linha e as traves
foram adaptadas com cones grandes a uma distância de mais ou menos 1 metro. Ao
final de 5 minutos as duas equipes saiam e davam lugar à outra. O melhor de tudo, é
que as meninas também fizeram parte do jogo e os meninos tinham muito cuidado
pois sabiam que sua força física era maior que a das mesmas.

Você também pode gostar