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Livro Iniciação aos esporte de combate. Brazilian jiu-jitsu, judô e wrestling

Book · January 2023

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2 authors, including:

Leonardo Vidal Andreato

Universidade do Estado do Amazonas
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BRAZILIAN JIU-JITSU,
JUDÔ E WRESTLING
Capa
Estevão Alves Fêo

Diagramação
Rodrigo Lippi

Ilustrações
Estevão Alves Fêo

Revisão
Eduardo Lupinetti Bandeira

Conselho Editorial
Braulio Henrique Magnani Branco
Danilo Reis Coimbra
Denis Foster Gondim
Leandro Augusto Paiva dos Santos
Victor Silveira Coswig

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Andreato, Leonardo Vidal

Iniciação aos esportes de combate : Brazilian jiu-jitsu, judô e
wrestling : fundamentos para elaboração de aulas para crianças
e adultos / Leonardo Vidal Andreato, Vinicius Azevedo Marcondes.
-- Manaus, AM : FRM Editora, 2022.
ISBN 978-65-998548-0-4
1. Artes marciais 2. Defesa pessoal 3. Esportes 4. Jiu-jitsu 5.
Judô I. Marcondes, Vinicius Azevedo. II. Título.

22-129344                    
CDD-796.8

Índices para catálogo sistemático:

1. Artes marciais : Esportes 796.8
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
SOBRE OS AUTORES

Leonardo Vidal Andreato

Possui Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Estadual
de Maringá (UEM), Licenciatura em Pedagogia (UNOPAR), especializa-
ção em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP), mestrado em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP)
e doutorado em Ciências do Movimento Humano na Universidade do
Estado de Santa Catarina (UDESC). Faixa-preta de jiu-jitsu brasileiro, sendo
praticante desde 2002.

Vinicius Azevedo Marcondes

Possui Bacharelado em Educação Física pelo Centro Universitário das
Faculdades Associadas de Ensino (FAE). Especialista em Fisiologia do
Exercício pelo Universidade Cesumar (UNICESUMAR) e em Treinamento
Desportivo e Personal Training (UNOPAR). Faixa-preta 2º Dan de Judô,
sendo praticante desde 1998.
APRESENTAÇÃO
Amigo leitor,
Este projeto surgiu devido a uma
observação comum dos autores: planejar
e ministrar aulas de iniciação esportiva em
modalidades esportivas de combate não é
nenhum bicho de sete cabeças. No entanto,
é muito comum notar que profissionais de
Educação Física não tratam desses con-
teúdos em escolas e clubes por medo ou
sensação de insegurança. Por outro lado,
existem muitos professores de esportes
de combate que, embora tenham muito
conhecimento técnico das modalidades,
apresentam dificuldades em planejar aulas
mais variadas, de modo que sejam mais
divertidas e motivadoras aos alunos.
Isso sempre nos deixou inquietos, pois
essas não são razões para não promover
aulas de iniciação com essas modalidades
ou conduzir aulas com pouca aceitação
dos participantes. Com conhecimentos e
reflexões simples sobre planejamento de
aulas e, com noção de uma boa variedade
de atividades, é possível realizar um bom
trabalho de iniciação nos esportes de
combate, não apenas para crianças, mas
para todas as faixas etárias.
Lembre-se, independentemente da
idade, todos nós gostamos de nos divertir.
Um adulto nada mais é do que uma criança
com mais responsabilidades (às vezes),
dinheiro (às vezes) e cabelo (às vezes).
Pensando bem, não há muita diferença.
Nossa proposta é usar uma linguagem
clara e direta que envolva os diferentes
profissionais (especialistas, entusiastas e
curiosos em lutas, com ou sem formação em
Educação Física) que venham a se interessar
por esta obra.
Esperamos que, ao término do livro,
a leitura tenha contribuído para melhorar
a sua prática profissional. Por fim, deseja-
mos sinceramente que a leitura seja tão
gratificante e prazerosa quanto foi redigir
e organizar cada página deste livro.
Boa Leitura!
Leonardo Vidal Andreato
Vinicius Azevedo Marcondes
SUMÁRIO

MODALIDADES ESPORTIVAS DE COMBATE DE DOMÍNIO  15

Classificações 15
Jiu-jitsu brasileiro  17
Judô 24
Wrestling 28

ENSINO DAS LUTAS  35

Benefícios da prática  35
Motivação para a prática  37
Barreiras para o ensino  39

FUNDAMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE AULAS  51

Contexto 51
Abordagens de ensino  52
Planejamento e estrutura das aulas no contexto escolar  56
Planejamento e estrutura das aulas no contexto não escolar  64

LISTA DE ATIVIDADES  80
Aprendendo a cair  87
Controle de distância  134
Domínio de pegada  154
Controle de território  187
Aprender a projetar  215
Luta de solo  254

CONSIDERAÇÕES FINAIS  287

MODALIDADES ESPORTIVAS DE
COMBATE DE DOMÍNIO
“Mais relevante ainda não é a discussão sobre qual
terminologia está mais correta... e sim discutir sobre
a inserção desses conteúdos, [lutas, artes marciais,
modalidades esportivas de combate, etc.]... nas aulas
de Educação Física” (RUFINO; DARIDO).

CLASSIFICAÇÕES de desequilíbrio, contusão, imobilização ou

É muito comum utilizarmos os termos
lutas, artes marciais e modalidades esporti-
vas de combate como sinônimos. Devido à
problemática de classificação e diante dos
dissensos quanto ao uso de termos, acaba
sendo comum adotar o termo lutas para
se referir às temáticas da cultura corporal
de embate. Embora na Educação Física
não exista consenso sobre o uso dessas
nomenclaturas 1 , é possível observar algumas
diferenças e semelhanças entre os conceitos.
Diante disso, vamos apresentar uma breve
classificação desses termos. Veja:
Luta: na esfera social, o termo luta pode
apresentar diferentes significações. Na área
de Educação Física e esportes, o termo está
relacionado a um conteúdo de cultura cor-
poral. Assim, pode ser entendida como toda
forma de embate que envolva confronto
corporal entre duas ou mais pessoas. O alvo
é o corpo do adversário e não necessaria-
mente envolve regras nos confrontos 2 . Em
um contexto mais educacional, a ideia da
luta usada para sobrevivência e defesa da
vida deixa espaço para definições como “dis-
putas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser
subjugado(s), mediante técnicas e estratégias
exclusão de um determinado espaço na
combinação de ações de ataque e defesa.
Caracterizam-se por uma regulamentação
específica a fim de punir atitudes de violência
e deslealdade” 3 .
Arte marcial: o termo arte marcial deriva
de “Marte”, o deus romano da guerra. É
caracterizada pelo uso de um conjunto de
técnicas sistematizadas que são usadas por
um povo ou nação para sua autodefesa.
O uso das técnicas visa neutralizar o opo-
nente 2,4 . Ainda, o termo arte marcial pode
compreender práticas com conotações e/
ou objetivos filosóficos e/ou espirituais 5 .
Modalidade esportiva de combate:
engloba as atividades de luta que possuem
regras pré-estabelecidas, com sistemas de
classificações claros (ranking, definição de
vencedores e vencidos) e envolve uma
entidade reguladora (ex.: confederação,
federação, liga) que rege e fiscaliza a
modalidade 2,4 .
É importante destacar que um sistema
de técnicas pode se enquadrar em mais
de uma classificação. Essa interseção entre
áreas é permitida. Ainda, é possível que um
sistema possua algumas características de
ENSINO DAS LUTAS
“Se você não sabe aonde quer ir, qualquer caminho
serve” (Lewis Carroll).
BENEFÍCIOS DA PRÁTICA
Atualmente, aos adultos, as recomen-
dações para prática de atividade física
voltada à saúde são de 150 min/semana de
atividade moderada ou de 75 min/semana
de atividade intensa ou uma combinação
de ambas, incluindo dois ou mais dias da
semana de fortalecimento muscular. Para
crianças e adolescentes, as recomendações
são de pelo menos 60 minutos diários de
atividade moderada a intensa, incluindo
três dias da semana de fortalecimento mus-
cular (ex.: saltar, puxar, empurrar ou praticar
esportes) 1 . Embora essas metas sejam rela-
tivamente fáceis de atingir, mundialmente
é estimado que aproximadamente 1/3 dos
adultos são considerados insuficientemente
ativos, com alguns países possuindo taxas
ainda maiores, como o Brasil que apresenta
taxa de 47% de adultos insuficientemente
ativos 2 . Entre os adolescentes, alguns dados
apontam que, mundialmente, mais de 80%
desses jovens não atingem as recomenda-
ções de nível de atividade física semanal 3 .
Esse é um fato problemático, pois a
inatividade física por si só é considerada um
fator de risco para a saúde e apontada como
uma das principais causas de mortalidade.
Em 2009, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) estimou que aproximadamente 6%
de todos os óbitos ocorridos no mundo
eram em decorrência da inatividade física.
Esses valores estimados são semelhantes
ao nível de mortalidade credenciado à
obesidade, estimado em 5% 4 . Esse cená-
rio pode ser ainda mais grave, pois outros
modelos matemáticos credenciam até 9%
das mortes prematuras ocorridas a cada ano
como consequência da inatividade física 5 .
Independente se os valores são 6 ou 9%, o
fato é que ser fisicamente inativo aumenta
o risco de desenvolvimento de diversos
problemas, como obesidade, hipertensão ou
diabetes, doenças que elevam ainda mais
o risco de mortalidade 4-6 .
Por outro lado, um estilo de vida ativo
confere inúmeros benefícios à saúde, com
impacto positivo em quase todos os sistemas
fisiológicos do corpo humano. Por exemplo,
a prática regular de exercícios promove
redução da massa adiposa corporal, aumento
da massa muscular, aumento da densidade
mineral óssea, aumento da força contrátil
do coração, aumento da força e resistência
muscular, melhora do perfil lipídico, redução
da pressão arterial, melhora do controle glicê-
mico, redução de citocinas pró-inflamatórias,
entre tantos outros benefícios 7-13 . Além
disso, vale destacar que pequenas alterações
em parâmetros fisiológicos podem conferir
grande impacto à saúde. Por exemplo, uma
melhora modesta da aptidão aeróbia (3,5
ml/kg/min) chega a refletir em diminuição
de até 13% no risco de mortalidade 14 . O
aumento de 1 mg/dL do colesterol-HDL
é associado a uma redução das taxas de
mortalidade por doenças cardiovasculares na
FUNDAMENTOS PARA ELABORAÇÃO
DE AULAS
“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma
coisa e esperar resultados diferentes” (Albert Einstein).
CONTEXTO
Antes de aprofundarmos a discussão
sobre as abordagens de ensino das moda-
lidades de combate de domínio, é neces-
sário, primeiramente, compreender que
existem dois cenários distintos nos quais
essas modalidades podem ser inseridas: o
contexto escolar e o contexto não escolar.
Diante disso, também é importante conhe-
cer os perfis dos profissionais que atuam
nesses cenários.
Por questões jurídicas, não é necessária
uma graduação em Educação Física para
atuar com as lutas no contexto não escolar 1 ,
embora para atuar em algumas modalida-
des seja necessária uma graduação técnica
mínima e registro em uma entidade esportiva
reguladora (ex.: federação/confederação/liga
específica de uma modalidade de combate).
Por outro lado, é necessária uma graduação
em Licenciatura em Educação Física para
atuar nas aulas curriculares dentro de escolas.
Diante disso, temos três tipos de profis-
sionais que atuam com lutas: 1) profissional
não graduado em Educação Física, mas
graduado5 em uma ou mais modalidades de
luta; 2) profissional graduado em Educação
Física, mas sem graduação em lutas; e 3)
profissional graduado em Educação Física
5 Hierarquia interna específica de cada modalidade.
e graduado em uma ou mais modalidades
de lutas (dupla formação).
Quanto aos profissionais apenas gra-
duados em lutas, na atuação em academias
e clubes é muito comum a herança de
comportamentos decorrentes dos sistemas
Iemoto e Paidotribo. O sistema Iemoto
é mais comum entre as modalidades de
origem oriental ou com muita influência
dessa cultura. Nesse sistema há uma forte
divisão hierárquica, com rigidez na relação
aluno-professor, sendo comum inclusive cas-
tigos físicos 2,3 . No sistema Paidotribo, quem
conduz as aulas é o praticante mais antigo,
normalmente um ex-atleta. Nesse modelo,
são reproduzidos sistemas de ensinos tec-
nicista e pouco reflexivos, com reprodução
de métodos que foram aprendidos com
seus mestres, que por sua vez aprenderam
com seus mestres e assim sucessivamente 3 .
Quanto aos profissionais graduados em
Educação Física, entre os não graduados
em lutas (o cenário mais comum), existe
um domínio dos elementos pedagógicos
básicos para o ensino, mas esses profissio-
nais não conhecem muitas atividades de
lutas e possuem dificuldades em organizar
as aulas. Por outro lado, os profissionais
graduados em Educação Física e graduados
em uma ou mais modalidades de combate
possuem a maior facilidade no trato dos
conteúdos de lutas voltadas ao contexto
escolar ou não escolar. Isso decorre porque
PLANO DE AULA I

IDENTIFICAÇÃO
Disciplina: Educação Física Série: 8º ano do Ensino Fundamental
Duração da aula: 50 minutos Número de alunos: 30 alunos
CONTEÚDO
Unidade Temática: Lutas no Mundo Tema: Wrestling
OBJETIVOS
Geral: Conhecer e experimentar o wrestling por meio do desenvolvimento da técnica
double leg.
Específicos: - Relembrar os elementos necessários para cair corretamente;
- Executar movimentos preparatórios para a técnica double leg;
- Aplicar a técnica double leg.

MÉTODOS E PROCEDIMENTOS
Parte inicial (10 min)
- Recepção dos alunos e apresentação dos conteúdos e objetivos da aula (3 min);
- Pêndulo com batida de mãos1 (2 min): atividade realizada individualmente, com o professor relembrando
aspectos importantes para o amortecimento de quedas (ex.: proteger a cabeça, realizar o pêndulo, bater
as mãos no solo);
- Luta de galo2 (5 min): atividade a ser realizada em duplas, ocorrendo trocas dos pares durante sua realização.

Desenvolvimento (30 min)

- Passinho do samurai3 (5 min): atividade a ser realizada individualmente;
- Pula carniça4 (5 min): atividade a ser realizada em duplas de massa corporal e estatura semelhantes;
- Tocar o joelho5 (5 min): atividade a ser realizada como forma de disputa em duplas. No decorrer da ativi-
dade, as duplas devem ser trocadas para que os alunos experimentem na prática com colegas de diferentes
biotipos corporais;
- Derrubando o saco6 (5 min): os alunos serão organizados em equipes. Cada equipe realizará a atividade em
um saco de pancadas;
- Double leg7 (10 min): atividade a ser realizada em duplas de massa corporal e estatura semelhantes.

Parte final (10 min)

- Roda de conversa (5 min): diálogo para os alunos relatarem suas experiências, dúvidas e dificuldades.
Momento para o professor realizar as considerações gerais que considerar pertinentes.
- Relaxamento (4 min): os alunos se deitarão espalhados pelo tatami com os olhos fechados. O professor
guiará a atividade, indicando partes do corpo, partindo dos pés até a cabeça. A cada região corporal indi-
cada pelo professor, o aluno deverá direcionar toda a sua atenção a ela.
- Indicação dos conteúdos e objetivos a serem vivenciados no próximo encontro (1 min).
RECURSOS
- Sacos de pancadas e tatami.
REFERÊNCIAS
Andreato LV, Marcondes VA. Iniciação aos esportes de combate: Brazilian jiu-jitsu, Judô e Wrestling. Manaus:
FRM Editora, 2022.

1: atividade descrita na página 90 deste livro; 2: atividade descrita na página 97; 3: atividade descrita na página
242; 4: atividade descrita na página 243; 5: atividade descrita na página 244; 6: atividade descrita na página 246;
7: atividade descrita na página 247.

Fundamentos para elaboração de aulas  61

LISTA DE ATIVIDADES

A seguir serão apresentadas 200 atividades divididas em seis grupos conforme seus
objetivos primários, sendo: 1) aprender a cair; 2) controle de distância; 3) domínio de
pegada; 4) controle de território; 5) aprender a projetar; e 6) luta de solo.

APRENDER A CAIR
# 1 Pêndulo com bolinhas 87

# 2 Trenzinho do pêndulo 88

# 3 Luta do caranguejo 89

# 4 Pêndulo com batida de mãos (ushiro-ukemi) 90

# 5 Amortecimento agachado (ushiro-ukemi) 91

# 6 Amortecimento em pé (ushiro-ukemi) 92

# 7 Poltrona instável 93

# 8 O empurrão 94

# 9 Cadeirinha 95

# 10 Queimada com amortecimento 96

# 11 Luta de galo. 97

# 12 Touro mecânico 98

# 13 Amortecimento tocaia 99

# 14 Batida lateral de mãos (yoko-ukemi) 100

# 15 Yoko-ukemi – sentado 101

# 16 Yoko-ukemi – agachado 102

# 17 Caindo de lado 103

# 18 Yoko-ukemi 104

# 19 Escorada de lado 105

# 20 Yoko-ukemi do ashi 106

# 21 Mae ukemi – ajoelhado com auxílio 107

# 22 Mae ukemi – ajoelhado 108

# 23 Corda bamba 109

APRENDENDO A CAIR

PÊNDULO COM BOLINHAS

Participantes: Individual.

Objetivo: Aprender a cair de forma segura.

Materiais: Bolas plásticas, bolas de tênis ou bolinhas de papel.

Descrição: O aluno, partindo da posição sentado, deve realizar movimentos de pêndulo (balanço)
com uma bola entre os tornozelos e outra bola entre o queixo e o peito.

Comentários:
O aluno deve compreender que o pêndulo o ajuda a diminuir o impacto da projeção, bem
como a importância de direcionar o pescoço em direção ao tronco, de modo a evitar que
a cabeça entre em contato com o tatami.

Variações: Pode se começar a atividade com apenas uma bolinha (entre queixo e peito) e ir aumen-
tando o número de bolas (ex.: entre joelhos, entre tornozelos). Após os alunos dominarem
o movimento do pêndulo, pode ser dada a tarefa de realizar uma batida de mãos no solo.

Modalidades esportivas de combate de domínio  87

ROLAMENTO PARTINDO DA GRAVATA
Participantes: Dupla.

Objetivo: Aprender a cair de forma segura.

Materiais: Sem materiais.

Descrição: Os dois alunos irão ficar ajoelhados no tatami, sendo que um ficará atrás do outro. O
aluno da frente irá envolver o pescoço do colega, para, na sequência, o projetar ao solo,
obrigando-o a realizar um giro frontal. Na parte final do movimento, o aluno projetado
deve executar uma batida de mãos no tatami.

Comentários: Conscientize o aluno que irá projetar para que o movimento seja suave e na diagonal, de
modo que o colega não bata com os ombros no solo.

Modalidades esportivas de combate de domínio  123

 MATA O CARRAPATO
Participantes: Dupla.

Objetivo: Aprender a controlar distância do oponente.

Materiais: Bexigas.

Descrição: Os alunos, um de frente para o outro, partindo da posição em pé, terão como objetivo
estourar a bexiga que está amarrada no tornozelo do colega, utilizando um dos pés. Os
alunos podem se movimentar livremente pelo tatami.

148  Iniciação aos Esportes de Combate

 VARRIDA DO O-UCHI-GARI / INSIDE TRIP
Participantes: Dupla.
Objetivo: Aprender a projetar.
Materiais: Sem materiais.
Descrição: Em dupla, um aluno ficará ajoelhado com uma das pernas levantada e com a planta
do pé fixa no solo, enquanto o outro aluno, em pé, deverá estabelecer a pegada gola
e manga, a qual consiste em segurar uma gola do kimono (judogi) do colega, na região
do peito, e, com a outra mão, segurar a manga da vestimenta do oponente na região do
cotovelo. Na sequência, o aluno que está em pé, com a perna paralela, deverá realizar um
movimento de varrida por dentro da perna do colega, terminando o movimento com a
projeção do oponente.

Comentários: Essa atividade é uma preparação para a técnica conhecida como o-uchi-gari no judô e
inside trip no wrestling.

222  Iniciação aos Esportes de Combate

 MOROTE GARI / BAIANA / DOUBLE LEG – DERRUBANDO O SACO
Participantes: Individual.

Objetivo: Aprender a projetar.

Materiais: Sem materiais.

Descrição: O aluno, partindo da posição em pé, com os joelhos e tronco levemente curvados, deverá
se posicionar de frente para o saco de pancadas, o qual será mantido levantado pelo
professor. Na sequência, o aluno deverá se agachar ainda mais e avançar em direção ao
saco de pancadas, usando suas mãos e tronco para o derrubar.

Comentários: Essa atividade é uma preparação para a técnica conhecida como morote gari no judô,
baiana no jiu-jitsu brasileiro, e double leg no wrestling.

246  Iniciação aos Esportes de Combate

BUSCANDO A MONTARIA
Participantes: Dupla.

Objetivo: Desenvolver a movimentação no solo.

Materiais: Sem materiais.

Descrição: Em dupla, um aluno ficará ajoelhado, enquanto o outro se deitará a sua frente de barriga
para cima e com as pernas entrelaçadas envolvendo sua cintura. Na sequência, ao comando
do professor, o aluno que está por baixo deverá se movimentar até as costas do colega.

Comentários: Inicialmente, para facilitar a execução da atividade, é recomendado que o aluno de cima
não exerça resistência contra a movimentação do colega.

Variações: A atividade pode ser realizada na forma de disputa, em que um aluno tenta escalar para
as costas do oponente, e o outro tenta impedir essa movimentação.

Modalidades esportivas de combate de domínio  279

Redes sociais dos autores:

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• vmarcondes_personal (instagram)
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