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INTRODUÇÃO

Uma nova visão de mercado é a necessidade da busca de informações ágeis e


confiáveis para que se possa atingir metas e alcançar os objetivos. Vemos a análise de
custo como uma ferramenta adequada para a busca de informações e tomada de decisão,
para isso precisa ser utilizada corretamente.
O nível de competitividade, faz com que as empresas busquem qual o método
mais adequada para atender suas necessidades. Dentro deste raciocínio, é que foi
desenvolvido este trabalho, para que se possa conhecer alguns métodos, e tomar as
decisões corretamente, não deixando com que os fatos aconteçam sem o devido
conhecimento.
A Contabilidade Financeira tem por objetivo controlar o patrimônio das empresas
e apurar o resultado como sendo a variação do patrimônio. Como explica Martins (2003),
a Contabilidade desenvolvida na Era Mercantilista, era somente usada e bem estruturada
para as empresas comerciais, não havendo indústrias, tão pouco a necessidade de
Contabilidade para tal fim.
A necessidade de controlar o patrimônio é muito antiga, Beuren (2003) relata que
as primeiras contas são primitivas, registravam e identificavam os objetivos e a sua
quantidade, geralmente por riscos ou sulcos feitos nas rochas. Iudicibus (2000), por sua
vez, é descrito como principal objetivo da Contabilidade o fornecimento de informações
relevantes como ferramenta de apoio à tomada de decisões pelos interessados.

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A partir do século XVIII, com o advento da Revolução Industrial e a consequente
proliferação das empresas industriais, iniciou-se um processo de adaptação dos
procedimentos de apuração do resultado de empresas comerciais para empresas
industriais. A dificuldade encontrada pela Contabilidade de custos, como afirma Martins
(2003), estava na mensuração e avaliação dos estoques, pois, para compor o mesmo, além
de 2 naturalmente as aquisições ou compras passarem para o processo produtivo,
juntamente com a mão-de-obra e outros gastos necessários ao parque fabril.
Percebe-se que o interesse e o objetivo inicial da Contabilidade de custos fora a
preocupação em relação à avaliação dos estoques, consequentemente do resultado
contábil da empresa. Ainda Martins (2003), relata que devido ao crescimento das
empresas e o distanciamento do administrador junto aos ativos e os trabalhadores, surge,
então, o interesse e o uso da Contabilidade de Custos como uma ferramenta gerencial.
Para Crepaldi (2018), definiu a contabilidade de custo como sendo uma técnica
utilizada para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos e os serviços. Ela
tem a função de gerar informações precisas e rápidas para administração para a tomada
de decisões
Então tem-se que, a Contabilidade Gerencial surgiu da necessidade dos gestores
em terem informações confiáveis e trabalhadas de uma forma que possibilitassem a
tomada de decisões, em relação à capacidade produzida, à fixação de preços de vendas
aos produtos, renovação ou reformas de equipamentos; a informação gerada e apurada a
partir da gama de dados existentes, chega ao ponto de verificar a lucratividade por
produtos ou linhas de produtos. Padoveze (1996) reconhece que, a Contabilidade
Gerencial não existe se não tiver uma ação, que transforme e interprete os dados em
informações, possibilitando seu uso como instrumento de uma ótima gestão.
I.CONCEITO DE CUSTOS
Custo é considerado todos os gastos que a organização realiza com o objetivo
para comercializar seu produto, pode ser tanto para fabricar, quanto para revendê-lo, ou
cumprir com o compromisso de prestação de serviço. Existe diferença entre custo e
despesa.
Custo: Traz para a organização um retorno financeiro e através da atividade fim,
na qual a organização foi originada, consta no seu contrato social.
Despesa: é o gasto em valor com as atividades desenvolvidas e não gera nenhum
retorno financeiro, trazendo um bom funcionamento empresarial.
A importância que se dá em definir os gastos correntes de uma empresa em
despesas e custos, é que no caso de despesas irá diretamente para o resultado do período,
já em custos será formado um estoque para a produção de um bem, e quando for vendido,
será designados ao resultado, no período que poderá ser em meses ou até mesmo em anos.
São considerados custos industriais geralmente: água consumida; matéria prima;
depreciação dos itens imobilizados de produção; mão de obra; energia elétrica consumida
ou combustível; materiais diversos destinados para indústrias; etc.

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Custos e sua Classificação
Conceitualmente custo é o gasto que é aplicado na produção ou em qualquer outra
função de custo, gasto esse desembolsado ou não. É o valor aceito pelo comprador para
adquirir um bem ou é a soma de todos os valores agregados ao bem, desde sua aquisição,
até que ele atinja o estágio de comercialização. Os custos, para atender os seus objetivos
específicos e facilitar o entendimento prático, são classificados de diferentes formas
limitando o número de contas numa lista pré-determinada num rol das contas de cada
empresa.
Quanto à natureza Busca a padronização das contas de forma que não seja
permitido que pessoas diferentes em épocas diferentes utilizem títulos diferentes para
registrar uma mesma operação. O registro de cada operação e a sua classificação pode ser
intitulado de forma diferente por cada empresa. Exemplos: produtos acabados, produtos
em elaboração, matérias-primas, depreciação, mão-de-obra, etc. Na classificação de custo
quanto à natureza a apuração do custo total ocorre através da soma de todos os custos
tomando-se o valor individualmente. Já para apurar o custo acumulado de cada um deles
faz-se necessário a adoção da classificação de custo por função.
Quanto à função Objetiva a identificação do custo das diferentes atividades da
empresa de forma a possibilitar um maior controle dos valores orçados para cada uma
delas. As funções podem concentrar-se em cinco níveis – direção, apoio, gerência,
supervisão e execução. Sendo no nível de gerência os custos classificados em três funções
distintas:
Custos de produção – ocorrem no setor de produção e são necessários à fabricação
de produtos e serviços.
Custos administrativos – utilizados para programação e controle, são
indispensáveis à execução das políticas e da programação das atividades das empresas.
Custos de comercialização – são os custos de movimentação e distribuição de
produtos. A classificação de custos quanto à função caracteriza-se pela
departamentalização dos gastos separando-os por meio de diferentes setores
independentemente de sua participação na produção de bens e serviços.
Quanto à contabilização
Contabilmente as contas são divididas em dois grandes grupos: patrimoniais e de
resultado. Os custos e despesas são alocados em um desses grupos e denominados de
custos realizados e a realizar, onde os custos realizados são os consumidos para efeito de
resultado contábil do período. Ex.: mão-de-obra, matérias-primas, depreciações, que
integram o custo do produto vendido. Quanto aos custos a realizar, formam as contas
patrimoniais referem-se aos produtos que já foram fabricados, no entanto, continuarão
classificados como custos a realizar até que estes produtos sejam comercializados,
passando então para custos de produtos vendidos.

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Quanto à apuração
Trata da alocação de cada custo de forma direta a cada tipo diferente de produto
ou de função de custo, os quais não haviam sido alocados no momento da ocorrência do
custo. É utilizado para avaliar o desempenho de cada produto ou serviço individualmente.
Custos diretos – São gastos diretamente relacionados aos produtos e podem ser
mensurados de maneira clara e objetiva, ou seja, referem-se às quantidades de materiais
e serviços utilizados na produção de um determinado produto. Ex.: matérias-primas,
materiais de acabamento, componentes e embalagens. Em alguns casos, a mão-de-obra
aplicada na produção poderá ser considerada um custo direto. Para que isso ocorra,
tornase necessária a mensuração do tempo utilizado na fabricação do produto.
Custos indiretos - São gastos não diretamente relacionados aos produtos, portanto,
não são mensuráveis de maneira clara e objetiva. Neste caso, torna-se necessário adotar
um critério de rateio (distribuição) para alocar tais custos aos produtos fabricados, como
por exemplo: aluguel, manutenção e supervisão da fábrica etc. Esta classificação dos
custos em diretos e indiretos tem como objetivo avaliar os estoques de produtos em
elaboração e acabados (prontos para a venda).
Quanto à formação
Tem como principal característica a variabilidade ou não em função do volume da
atividade em determinado período. O custo tem influência direta quanto à quantidade de
produtos a serem produzidos pela empresa e subdividem-se em:
1. Custos fixos – são os custos que permanecem constantes dentro de determinada
quantidade instalada e independem do volume a ser produzido.
2. Custos variáveis – mantêm uma relação direta com o volume de produção ou
serviço e são classificados como progressivos, cuja variação ocorre em proporções
maiores que os volumes produzidos; constante, cuja variação ocorre nas mesmas
proporções que os volumes produzidos; e os regressivos, cuja variação ocorre em
proporções menores que os volumes produzidos.
Quanto à ocorrência
Nesta classificação os custos subdividem-se em função das fases de sua
ocorrência, sendo formado pela matéria-prima, a qual pode ser chamada de custo básico,
esta recebe a atuação da mão-de-obra, o que resulta nos dois custos diretos. “além da mão-
de-obra, atuam sobre os custos básicos os custos gerais, em sua maioria indiretos, e estes,
somados à mão-de-obra, constituem-se no custo de transformação, pois são eles que
transformam a matéria-prima”.

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II.CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA TOMADA DE DECISÃO
Se você gerencia alguma área de um empresa, sabe que a tomada de decisão é um
processo bastante impactante, tanto para o presente como para o futuro do negócio,
podendo ser o diferencial entre o seu fracasso ou sucesso no mercado.

Há muitos recursos estratégicos que devem ser aplicados nesse momento, e a


gestão de custos é um dos mais importantes para garantir o crescimento da empresa. Quer
saber por quê? Veja nos tópicos seguintes como uma boa gestão de custos ajudará a
decidir pelo melhor para o seu negócio!
Uma grande quantidade de decisões tomadas pelos gestores está diretamente
relacionada aos custos da organização. Alguns exemplos delas são:
Precificar os produtos ou serviços;
Tomar medidas para diminuir custos;
Decidir pelo aumento ou pela redução da produção empresarial;
Projetar as vendas necessárias para alcançar objetivos financeiros.
Deixar de fazer a gestão de custos pode gerar problemas na tomada de decisões, já que o
administrador a baseará apenas em suposições.
Basicamente, são estratégias e ferramentas usadas para ampliar a visão ou o
controle do gestor sobre os custos, além de entender melhor o papel de cada um deles na
rotina corporativa.
Ao aplicar uma boa gestão de custos, o gestor avalia melhor a necessidade de cada
gasto, identifica economias, otimiza a aplicação de recursos do negócio, bem como
consegue estudar e projetar as variações do fluxo de caixa.
Há determinadas etapas que precisam ser seguidas caso o gestor deseje realizar
uma boa gestão de custos. A primeira delas é conhecer todos os custos. Geralmente, eles
estão ligados à produção ou aquisição de bens, por exemplo:
Embalagens;
Mão de obra;
Matéria-prima;
Energia elétrica;
Manutenção dos aparelhos;
Depreciação de equipamentos.

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O próximo passo é separar os custos em diferentes categorias. Primeiro,
classifique-as quanto ao volume de produção:
Fixos – não variam conforme o aumento ou a redução das atividades desempenhadas
(vendas ou produção), como o aluguel do espaço;
Variáveis – podem alterar dependendo das atividades corporativas, como energia elétrica
gasta na produção e comissão de vendas.
Depois, separe-as novamente de acordo com o objeto:
Diretos – estão relacionados ao produto final, como materiais para produção;
Indiretos – influenciam de forma indireta, como seguros e taxas de manutenção.
É importante fazer essa classificação para entender como eles se comportam
dentro da organização. Essas informações permitirão que você encontre diminuição de
custos sem que isso prejudique a produção do negócio.
As principais ferramentas da gestão de custos
As ferramentas da gestão estratégica de custos buscam agregar valor, na cadeia
produtiva, por meio do ganho de produtividade, qualidade e no contínuo processo de
melhoria e eliminação de desperdício, ao buscar desenvolver uma vantagem competitiva.
A vantagem competitiva surge a partir do valor que a empresa cria para seus clientes,
como menores preços para bens equivalentes ou oferta de bens exclusivos e de valor
adicionado, situação essa em que a importância do preço é superada pelos benefícios
reconhecidos pelos clientes.
Essas ferramentas são técnicas usadas para realizar melhores análises financeiras.
Elas apresentam dados diferentes e têm finalidades específicas. Veja as principais delas:
fluxo de caixa – é o registro das entradas e saídas de dinheiro do negócio;
fluxo de caixa projetado – calculam-se as movimentações no futuro, permitindo saber se
o gestor conseguirá arcar com seus compromissos;
indicadores-chave de desempenho (KPIs) – são métricas aplicadas sobre os processos e
resultados que mostram se a empresa está tomando o rumo desejado;
balanço patrimonial (BP) – é um retrato do patrimônio da organização, que traz seus
ativos, passivos e o patrimônio líquido;
demonstração do resultado do exercício (DRE) – é um mapa das contas da empresa, que
mostra a receita, os custos, o lucro, os tributos, entre outros;
Auditoria interna – consiste em analisar os documentos (como relatórios, livros-caixa,
registros contábeis, entre outros) para encontrar problemas e aplicar soluções.
Com a leitura deste conteúdo, você tem o conhecimento necessário para melhorar
a tomada de decisão, dar maior sustentabilidade ao negócio no mercado e garantir a sua
competitividade.

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Custos para tomada de decisão
A contabilidade de custos tem duas funções relevantes:o auxílio ao controle e a
ajuda às tomadas de decisões. No que tange à decisão, seu papel reveste-se de uma
importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que
dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazos,sobre medidas de introdução ou
corte de produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou produção etc.

Custeio por absorção


Método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos,
que consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, somente
os de produção, onde todos os gastos utilizados neste processo de fabricação são
distribuídos para todos os produtos. De forma objetiva este método consiste na alocação
de todos os custos de produção aos bens ou serviços produzidos, sendo os custos diretos
por meio da apropriação direta enquanto os indiretos por meio de critérios de rateios.
Vantagens – atende aos Princípios Fundamentais da Contabilidade e não considera
as despesas integrantes dos estoques dos bens e dos serviços, mas todos os custos
aplicados em sua obtenção, possibilitando assim, a apuração dos resultados, cálculos dos
impostos e dividendos a distribuir, uma vez que todos os custos de produção (variáveis,
fixos, diretos e indiretos) agregam o custo dos produtos para fins de valorização dos
estoques.
Desvantagens – este método apresenta poucas informações para fins gerenciais,
servindo basicamente para a valorização dos estoques, existindo a necessidade de rateio
dos custos indiretos, visto que considera a alocação de todos os custos aos bens, o que
torna as informações de custos deficientes nas análises para tomada de decisão. Essas
limitações prejudicam a formação do preço de venda e estudos comparativos de compras
versus produção.
Custeio variável
O custeio variável é uma metodologia destinada à tomada de decisão. Aloca-se
aos produtos somente os custos variáveis; os fixos são alocados diretamente na
demonstração de resultado. Assim, o custo dos produtos vendidos e os seus estoques
finais em elaboração e/ou acabados só conterão custos variáveis. Os custos fixos recebem
tratamento semelhante às despesas, ou seja, são lançados diretamente na demonstração
de resultado independentemente da produção ou venda dos produtos no período.
O Custeio variável apresenta as vantagens por apresentar de forma imediata da
margem de contribuição, gerar informações quanto a análise de Custo x volume x lucro.
Os custos periódicos não se “escondem” nos estoques de produtos fabricados e em
andamento, fazendo com que as figuras de lucro não sejam ilusórias e os custos fixos,
periódicos e repetitivos, da forma como são destacados nas demonstrações de resultado,
facilitam a visão do administrador sobre o montante desses custos e despesas e a
influência que têm sobre o lucro dos negócios.

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O Custeio Variável é indicado às empresas que apresentam custos variáveis como
uma parcela expressiva dos custos totais. Entre os instrumentos de gestão destaca-se a
margem de contribuição, um dos instrumentos mais utilizados no processo decisório.
Permite uma visão rápida e objetiva do quanto cada produto está contribuindo para
pagar os custos fixos e gerar lucratividade. Representa a parcela do preço de venda que
ultrapassa os custos e despesas variáveis, o que é utilizado para amortizar os custos fixos
e formar o lucro. A margem de contribuição é dada pela diferença entre a receita e a soma
dos custos e despesas variáveis. Já a análise de custo-volume-lucro é uma das mais básicas
ferramentas para o gerenciamento de uma empresa. Analisa o comportamento das receitas
e dos custos totais de acordo com o volume das operações.
Dessa maneira, os administradores usam essa análise como uma ferramenta para
apoiar decisões relacionando as variações no preço, nos custos e no volume vendido e seu
reflexo no resultado da empresa. A análise custo-volume-lucro proporciona uma ampla
visão financeira do processo de planejamento, examinando o comportamento das receitas
totais, dos custos e do lucro, à medida que ocorre uma mudança no nível de atividade.
Permite analisar como uma expansão do volume de produção impacta no custo e
no lucro da empresa.
Outra informação importante é o ponto de equilíbrio é o momento em que os
custos e as despesas totais se igualam à receita.
III.GESTÃO DE CUSTOS: A IMPORTÂNCIA E O MELHOR MÉTODO PARA
A TOMADA DE DECISÃO
A gestão de custos é uma ferramenta que busca oferecer as empresas informações
que lhes permitam manter no mercado produtos de qualidade a um custo menor do que
aquele oferecido pelos concorrentes. Neste contexto a análise da relação de
custo/volume/lucro e aplicação de mecanismos como margem de contribuição, ponto de
equilíbrio contábil e a alavancagem operacional, são instrumentos que podem contribuir
significativamente na tomada de decisão.
Relação custo/volume/lucro
Na tomada de decisão gerencial, a separação dos custos fixos e dos variáveis, é
uma das mais importantes etapas na análise de formação de preços e projeção de lucros
obtidos dentro dos níveis de produção e vendas. A identificação e distinção de gastos
conforme sua variabilidade em variáveis e fixos torna-se muito mais importante do que a
mera separação entre custos e despesas, por exemplo´. Abaixo serão ilustrados, através
de gráficos, como se comportam os custos fixos e variáveis, totais e unitários de uma
organização: Através das análises feitas
(1) Os custos fixos totais não variam diretamente com o volume de produção e
vendas, uma vez que os mesmos não dependem das quantidades fabricadas.
O seu controle está relacionado com os níveis superiores da administração.
Ex.: Aluguel, honorários da diretoria, despesas administrativas, etc.

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(2) Os custos variáveis totais oscilam de acordo com o volume de produção e
vendas, ou seja, aumentam ou diminuem conforme quantidade produzida. O
controle é de responsabilidade dos níveis inferiores da administração.
Exemplo: Matéria-prima, mão-de-obra; comissões de vendas, etc.

(3) Diferentemente dos custos fixos totais que não variam com a redução ou
aumento da produção, os custos fixos unitários diminuem à medida que
aumenta o volume produzido;

(4) Os custos variáveis unitários permanecem constantes, mesmo com a variação


da quantidade produzida.

Ponto de equilíbrio Ocorre quando as receitas totais são iguais a custos totais e o
lucro igual a zero, portanto temos RT = CT. Para Oliveira & Perez Jr. (2000, p. 211) “o
ponto de equilíbrio contábil (PEC) é definido como nível de atividades necessárias para
recuperar todas as despesas e custos de uma empresa´.
Para um melhor entendimento do conceito supra citado, segue exemplo: para um
preço de venda (PV) de R$ 10,00 e uma quantidade vendida de 2.000 de uma determinada
mercadoria, temos um custo total (CT) de R$ 6,00 e uma despesa total (DT) de R$ 4,00
por unidade.
Desta forma teremos a seguinte situação:
RT = R$ 20.000,00
DT = R$ 8.000,00
CT = R$ 12.000,00
RT= (DT + CT) 20.000 = 8.000 + 12.000
O PEC é utilizado com o objetivo de determinar o nível de atividades necessárias
para cobrir despesas e custos fixos e variáveis; avaliar a lucratividade associada aos
diversos níveis possíveis de vendas ou atividades e análises dos efeitos sobre a
lucratividade provenientes de alterações nas despesas e custos fixos variáveis, no volume
e preços de vendas e distribuição de produtos vendidos.
No PEC a empresa não obtém nem prejuízo nem lucro, e o resultado contábil nulo
significa que a empresa está perdendo, ao menos o capital próprio investido, ou seja, o
custo de oportunidade.

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Margem de contribuição/segurança A margem de contribuição é indicada através
da diferença entre o preço venda e a soma das despesas e os custos variáveis de um
produto, ou seja, é a parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e as despesas
variáveis.
MC = PV – (CV + DV), onde:
MC = margem de contribuição
PV = preço de venda
CV = soma dos custos variáveis
DV = soma das despesas variáveis.
Análise da margem de contribuição por produto A análise da margem de
contribuição permite importantes informações para a tomada de decisão relacionada ao
mix de produção, dentre as quais se destacam:

1. Que produtos devem ter a sua produção e venda incrementados;


2. Os produtos que menos contribuem na margem de segurança;
3. Indica que descontos podem ser concedidos sobre o preço de venda, de forma que não
venha a prejudicar a margem de contribuição.
Informações de custos para a tomada de decisão
A seguir passa ser apresentado exemplos básicos de custos para a tomada de
decisão, com aplicação de exemplos:
A empresa vende cerâmica, tem capacidade de produzir e vender 100.000
unidades, e até o momento produziu e vendeu 83.000 unidades, pelo preço unitário de R$
196,00.
Nesse intervalo, recebeu uma proposta para produzir e vender 15.000 unidade ao
preço de venda de R$ 123,00. Sabendo-se que o CPV foi R$ 152,00 por unidade, e,
possuindo outros dados separadamente como: o custo variável unitário R$ 99,00 e
trazendo a informação de que a empresa gastou o valor de R$ 2.144.380,00 em despesas
fixas e R$ 4.399.000,00 em custos fixos, é possível saber se vale a pena aceitar o pedido?
Inicialmente ao comparar o CPV unitário de R$ 152,00 que se refere ao custeio
por absorção, torna-se inviável, mas aplicando o custeio variável, a margem de
contribuição vai mostrar se há a possibilidade de mudar de ideia e aceitar o pedido, pelo
preço de venda de R$ 123,00.

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Vamos demonstrar o DRE inicial com a produção de 83.000,00:
DRE- inicial VENDA 83.000 unidade
Receitas bruta de vendas 196,00 16.268.000,00
(-) CPV (152,00) 12.616.000,00
(=) Resultado Bruto 3.652.000,00
(-) Despesas Fixas 2.144.380,00
(=) Resultado Operacional 1.507.620,00

Transformando pelo custeio variável para identificar a margem de contribuição:


DRE- Modificado VENDA 83.000 unidade
MC unitário
Receitas bruta de vendas 196,00 16.268.000,00
(-) CV (99,00) 8.217.000,00
(=) Margem de contribuição 8.051.000,00 97,00
(-) custos fixos 4.399.000,00
(-) Despesas Fixas 2.144.380,00
(=) Resultado Operacional 1.507.620,00

Se o pedido que foi apresentado cobre a margem de contribuição que foi


encontrada e a empresa tem capacidade ociosa para atender, é possível atender e ainda,
aumentar o lucro do período, veja o resultado
Venda interna Pedido externo
P.V 196,00 P.V 123,00
DRE- Modificado Venda 83.000 unid Venda 15.000 Total
unid

Receitas bruta de vendas 16.268.000,00 1.845.000,00 18.113.000,00


(-) CV (99,00) 8.217.000,00 1.485.000,00 9.702.000,00
(=) Margem de 8.051.000,00 360.000,00 8.411.000,00
contribuição
(-) custos fixos 4.399.000,00
(-) Despesas Fixas 2.144.380,00
(=) Resultado Operacional 1.867.620,00

MC unitário 97,00 24,00

Pelo resultado apresentado, a empresa no pedido externo possui uma margem de


contribuição bem menor, no entanto, a empresa acaba conseguindo um lucro adicional de
R$ 360.000,00 por possuir uma capacidade ociosa, pois se a empresa produzir ou não a
sua estrutura continuará a existir e consequentemente seus custos e suas despesas fixas.
A margem de contribuição é uma ferramenta gerencial que pode ser aplicada a
partir do momento que existe capacidade ociosa. Os custos e despesas fixas normalmente

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não variam quando uma empresa recebe um pedido que não necessite de um investimento
adicional na capacidade instalada. Desse modo, a aceitação de um pedido como este
apresentado, dependerá principalmente do preço que se pretende pagar, dos custos e das
despesas variáveis. Caso o preço supere os custos e as despesas variáveis, a margem de
contribuição unitária do pedido será positiva, o que determinará um aumento nos lucros.
A margem de contribuição, além de fornecer informações gerenciais evidenciando
a estrutura da organização, também pode ser utilizada para outras tomadas de decisões
em relação a sua capacidade produtiva.
Um desses modelo de decisão, é a margem de contribuição com fatores limitantes.
As empresas podem operar com toda a sua capacidade produtiva, ou abaixo dela, como
também pode produzir com fatores que limitem a sua produção total, que popularmente
chama-se de gargalos. Dentro dessa situação, a empresa tem que fazer escolhas que
possibilitem a melhor margem de contribuição pelo fator limitante. Como exemplo esses
fatores podem ser em virtude da matéria-prima, as horas de trabalho disponíveis,
limitações de peças, horas-máquinas, demanda de mercado, capacidade produtiva, etc, e
precisa saber qual ou quais produtos são mais rentáveis.

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CONCLUSÃO
O mercado atual é altamente competitivo, e este cenário faz com que as empresas
busquem alternativas eficazes para se manter no mercado e uma delas é o controle dos
custos envolvidos nas atividades da empresa. Através das informações geradas pelos
sistemas de custeios, as empresas têm informações valiosas para a tomada de decisão, e
montagem de estratégias para manter-se no mercado.
Afinal, não adianta simplesmente aumentar as receitas sem o devido controle do
comportamento dos custos envolvidos, ou seja, qualquer empresa terá problemas quando
suas receitas aumentarem em uma proporção inferior ao aumento dos custos.
Então neste trabalho apresentamos quais os tipos de sistemas de custeios
existentes para que o controle dos custos possa ser realizado E apresentamos os conceitos
e indicadores mais significativos necessários ao processo de tomada de decisão que os
sistemas de custeios podem proporcionar. Mas é importante lembrar que os custos das
empresas não são estáticos, é necessário sempre avaliar o ambiente de negócio no qual a
empresa está inserida, as mudanças tecnológicas e mercadológicas.
Pois o que hoje fazes parte do processo operacional com a chegada de alguma
nova tecnologia pode se tornar desperdício. Por isso os gestores devem sempre buscar
novas alternativas e conhecimentos necessários para a gestão adequada de custos. Assim
utilizando as informações geradas, como uma ferramenta eficaz para a sobrevivência das
empresas no mercado.

[Data] 13
Referências bibliográficas
BEUREN, Ilse Maria et. al.
Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. São Paulo:
Atlas, 2003.
IUDICIBUS, Sérgio de. Teoria da contabilidade. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
KANITZ, Stephen Charles. Controladoria: teoria e estudo de casos. São Paulo: Pioneira,
1976.
DON R. Hansen e Maryanne M. Gestão de Custos: Contabilidade e controle.1ed. São
Paulo: Pioneira Johnson Learning,2001.
LEONE, George S. Guerra de. Custos: planejamentos, implantação e controle. 3 ed.
São Paulo: Atlas, 2000. MAHER, M de. Contabilidade de custos. 4 ed. São Paulo: Atlas,
2001.

[Data] 14

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