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Renata C. Cordeiro1
RESUMO
INTRODUÇÃO
É inegável que os temas sobre diversidade e inclusão estão bastantes presentes nas
últimas décadas, não se prendendo apenas às paredes acadêmicas, estas discussões
começaram a adentrar diversas camadas da sociedade, fazendo com que milhares de pessoas
questionassem seus hábitos, ações e pensamentos, especialmente após a instauração de leis
como a 10639/2013 e a 7716/1989, que respectivamente, tornam obrigatório o ensino de
História da África, tanto no ensino público quanto no privado e pune crimes resultantes de
preconceito racial, étnico e religioso, também proibindo apologia ao nazismo. A contar
também com o decreto nº 5.626/2005 que inclui a disciplina de Libras nos cursos superiores
de licenciatura.
1
Estudante do curso de História pela Universidade Federal de Campina Grande, email:
renatacavalcantec2019@gmail.com
Entretanto, o problema está longe de ser resolvido, mesmo com as diversas leis que
abrangem e têm como intuito proteger as minorias sociais, o número de casos de
discriminação para com estas só aumenta, dados recém coletados afirmam que a desigualdade
social no Brasil cresceu nos últimos anos (IBGE,2019). Como a Universidade é um espelho
perfeito da sociedade na qual está inserida, os reflexos das disparidades e exclusões se
mostram cada vez mais evidentes, e como já foi apresentado, ainda há muito que se possa
fazer para mudar este quadro.
METODOLOGIA
Esta pesquisa conta com o método qualitativo e materialista histórico para descrever
sobre inclusão e diversidade no meio universitário; promover o debate sobre desigualdade e
preconceito e refletir sobre leis já conquistadas.
Além da revisão e análise de algumas leis já existentes sobre o assunto, este resumo
estendido também conta com um formulário proposto para estudantes graduandos em alguma
instituição de ensino superior da Paraíba, em que foram feitas cinco perguntas sobre
diversidade (seja de raça, gênero, condição sexual, religiosidade, entre outros), exclusão,
interferência do preconceito para com a aprendizagem e superação desse óbice.
O questionário feito de forma virtual verifica como está distribuído parte desses
alunos, seus cursos, se caso se identificam como parte de alguma minoria, se este fator já
contribuiu com alguma situação preconceituosa dentro da universidade e se acreditam que
com a superação dessas desigualdades o ensino se tornaria mais proveitoso e confortável.
Observa-se que entre vinte e três respostas, dois terços destas partiram de estudantes de
cursos da área de humanas e que 78.3% se identificam como pertencentes a alguma minoria
social. 26,1% afirmam já terem presenciados atos discriminatórios e preconceituosos dentro
do ambiente acadêmico, seja por parte dos alunos, professores, processos seletivos, etc. No
questionário também foi observado que todos que participaram concordam que essas
situações de exclusão podem afetar diretamente o rendimento do aluno e que apenas com a
superação completa das desigualdades o ambiente se tornaria mais inclusivo e confortável
para todos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS