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O autor Tore Janson é um estudioso que nasceu em 1936 na Suécia.

Tornou-se
professor de Línguas Africanas na Universidade de Gotemburgo. O especialista em
Latin é escritor de um livro best seller chamado: “The History of Languages: An
Introduction”, no qual foi publicado pela Oxford University Press no ano de 2012. O
exemplar foi traduzido pelo brasileiro e também linguista Marcos Bagno.

JANSON, por meio de análises pressupostas, exita-nos a saber quais foram os


processos de mudanças, que ocorreram na língua e seu comportamento dentro de
um determinado espaço geográfico, tecendo cronologicamente a eclosão e
decesso de algumas e quais ainda sobrevivem. O linguista principiou uma
terraplanagem de embasamento mediada por outros estudiosos, afim de construir
visões teóricas próprias. O exemplar entrega um didatismo certeiro. Sua estrutura
está constituída, inicialmente, por um prefácio compendioso que já direciona-nos
para desbravar cada página. A obra é dividida em seis acanhadas partes, contendo
dezessete capítulos mediante a tópicos que foram subdivididos, sendo diretos e em
formato de questionamento, onde indaga o leitor e logo após o redargue, facilitando
a compreensão do que foi apontado pelo autor. Na formatação final, oferece
sugestões de leitura e revisão de conteúdo para ser trabalhado em qualquer âmbito
educacional.

Na primeira parte contém dois capítulos que permeiam por questionamentos


hipotéticos de que, possivelmente , a língua foi a principal ferramenta usada na
gênese das civilizações. No seguinte, entrelaça a arqueologia e a anatomia dos
povos existentes na tentativa de explicar a aparição das primeiras linguagens. No
subtópico: "Língua dos caçadores coletores”, fala sobre como viviam e quais eram
suas formas de comunicação dentro de suas respectivas tribos. Ao aprofundarmos
a leitura, nos deparamos com a interessante e excêntrica língua khoisan,
expressada através dos “cliques”; barulhos feitos com a boca. Embora, seus
falantes hoje, estejam em pouca quantidade, essa língua peculiar ainda sobrevive.
Durante a leitura, nos faz pensar sobre o ramo do artesanato, cujo , diferentes
peças são feitas do mesmo material, no caso a argila marrom. Indo por esta
comparação, o linguista faz um contrabalanço de ideias de que a língua pode ser a
“matéria prima” em comum entre povos distintos espalhados pelo globo, onde cita a
gramática e a escrita para situar-nos sobre similaridades e diferenças existentes e
que configuram também nossa sociedade.

A parte dois é basicamente toda estruturada sobre o surgimento da escrita e deixa


explícito que: a escrita é mais antiga do que a fala. Evidencia que o Egito e a China
foram precursores no que diz respeito à língua escrita e nos capítulos em diante,
explica a comunicação dos sumérios que era feita por desenhos chamados
hieróglifos. A comunicação chinesa, apesar de não haver comprovações de como
foi criada, apresenta similaridades com a egípcia, tanto por serem as mais antigas
do mundo quanto na simbologia utilizada para retratar suas vivências. As diferentes
formas de escrita constrói nosso conhecimento hoje, e nos aproxima das culturas
de ambos os países.

Ademais, a parte três nos entrega o quanto a língua se alastrou perante ao mundo e
também a etimologia introduzidas em cada uma . Diante dessa jornada linguística,
Janson perpetua seus estudos sobre o grego e sua forte influência de cunho
participativo dentro das milhares palavras da qual nos comunicamos. Além de fazer
contrastes com o Latim que foi adotado como língua oficial após a queda do Império
romano. O capítulo oito, sugere que houve uma mobilidade linguística pelos árabes,
havendo invasões e conflitos e conquistas e intervenção de certas religioes. Em
parâmetro, a língua sofreu impactos políticos para pertencer dentro das civilizações.
Os capítulos traçam toda uma linha do tempo de acontecimentos para se chegar
nessa conclusão ao finalizarmos a leitura. Obviamente, variando de leitor para
leitor.

Iniciando a parte quatro, é a mais extensa dentre as anteriores. Levanta hipóteses


sobre transformações que ocorreram na língua, em especial o Latim. Faz
mediações sobre a fala e a escrita à base de Dante, um escritor e poeta da língua
italiana. Seguindo viagem, em foco ao capítulo dez , é sobre a transição do
germanico ao inglês moderno, ressalta sobre letras do alfabeto chamada de runas,
escrita utilizada na Grã-Bretanha, porém, apropriada pela igreja e tambem sobre os
indícios principiantes do gênero literatura. Ao realçar sobre a literatura inglesa, se
deu por meio da utilização de documentos, até então escritos, com intuito
administrativo, legislativo e culturalmente poéticos. A ascensão da poesia inglesa, é
bem interessante, abrange o aparecimento de poetas anônimos e que através de
seus manuscritos abordavam sobre a cultura germânica. É com base nesses fatos
que sabemos que o manuseio da escrita é capaz de preservar acontecimentos
dentro de diferentes povos. A parte é recheada de historicidade, o período dos
normandos foi um dos mais importantes quando se fala de mudança, ou como o
livro dá ênfase, a troca de língua. Construiu-se uma pirâmide; uma espécie de
hierarquia de falantes, tornando a lingua inglesa inferior , deixando o francês no
cume. Ao arrematar a parte quatro é de grande certeza que a língua é uma
metamorfose tanto gramaticalmente quanto no vocabulário. Contudo, nos permite
ter uma visão de várias ramificações de povos que contribuíram para a troca
literalmente descrita, das linguas através de conflitos e aquisição territorial.

A parte cinco desembarca na Europa trazendo cargas importantes como a migração


e a política, ambas, foram as principais responsáveis pela expansão das línguas
atingindo singularmente a América. Pondo em vista o Brasil, que possui o portugues
como principal idioma por meio da influência do povo de Portugal. O autor,
cuidadosamente, aborda sobre a escravidao; um ato abominável de movimentação
comercial de vários países, surgiu a língua crioula, impedida de ser usada por ser
apedeuta durante séculos. Mais a frente, nos cativa a saber como algumas línguas
desapareceram. A parte mencionada anteriormente, é bem enriquecedora de como
detalhes sobre o quão longe a linguagem pode ir e se estabelecer em qualquer
território e como apareceram e desapareceram são esclarecedores.

Uma verdadeira máquina do tempo seria então a parte seis. Os últimos capítulos
uniram acontecimentos dos períodos mais importantes até chegar na língua
inglesa. Ao deslizarmos ou folhearmos nossos dedos sobre a obra, nos deparamos
como se comporta e se mantém o inglês dentro de vários países e como se tornou a
mais importante ferramenta utilizada na comunicação global em meio a inúmeras
mudanças. Janson, salienta todos os fatos históricos em relação à transição da
língua até os dias de hoje. Vários países adotaram inglês como segunda língua
afetando a cultura, o comércio e a educação. Finaliza com pensamentos futuristas
do que vem por ai. Título do capítulo dezessete, faz previsões de como será a
língua mesmo tendo em mente que sempre será afetada e condicionada a uma
possível ascensão da língua chinesa. Acredita que, em milhares de anos a frente a
língua ficará irreconhecível ao ponto de não existir, pois, anatomicamente, o ser
humano está sujeito a evoluir e perder sua capacidade linguística. As últimas
palavras digitadas nesse livro podem soar de forma equivocada. Não existe um
pensamento futuro que nos faça achar que o ser humano perca a capacidade de
utilizar a língua, mas se colocarmos em uma balanço e o lado de crises ambientais
que atinjam diretamente o ser humano pesar mais, vale considerar.o livro é uma
chave literária que abre portas para o conhecimento. Um tijolo para se construir
ideias dos surgimentos e de mudanças da nossa forma de nos comunicarmos. A
obra é, especialmente, indicada não só para os leitores do ramo da linguística e
história, mas também para desbravadores que se interessem sobre como se forma
uma língua, como ela se espalha, e como nossa espécie tem papel fundamental na
constituição de uma sociedade que necessita primordialmente de uma linguagem
para alcançar a evolução.

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