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transmitida ou arquivada, desde que levados em conta os direitos dos autores.
Cristiane Schmidt; Neide Araujo Castilho Teno; Antonio Carlos Santana de Souza
[organizadores].
ISBN: 978-65-80266-80-7
CDD 370
A Editora Mentes Abertas divulga os trabalhos acadêmicos presentes nessa obra e não
se responsabiliza de maneira alguma por qualquer tipo de plágio, cópia ou citação
indevida por parte de qualquer integrante deste livro e condena veementemente esta
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Profa. Dra. Cristiane Navarrete Tolomei (UFMA, Brasil)
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SUMÁRIO
PREFÁCIO ........................................................................6
Prof. Dr. Carlos Cernadas (UFPA)
APRESENTAÇÃO
NARRATIVAS DE PROFESSORES E OS FIOS QUE TECEM A
DOCÊNCIA: Memórias de quem ensina .....................................8
Cristiane Schmidt
Neide Araujo Castilho Teno
Antonio Carlos Santana de Souza
PARTE 1
NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS
Relatos de professoras-pesquisadoras participantes das
Rodas de Conversas: “O que te fez Professora?” ...................... 15
Capítulo 1
O QUE TE FAZ PROFESSOR? ........................................... 16
Walkyria Alydia Grahl Passos Magno e Silva (UFPA)
Capítulo 2
COMO ME TORNEI PROFESSORA? .................................. 26
Dörthe Uphoff (USP)
Capítulo 3
CONTEXTUALIZANDO CAMINHOS E CONSTRUINDO
IDENTIDADE: Autobiografia .................................................. 43
Neide Araujo Castilho Teno (UEMS)
Capítulo 4
CONSIDERAÇÕES SOBRE O GÊNERO MEMORIAL
AUTOBIOGRÁFICO ............................................................... 55
Ana Sophia Monteiro Barbosa (UFPA)
Capítulo 5
FLUÍNDO COMO UM RIO: Uma análise de como as
trajetórias influenciam na construção da identidade dos
professores do Grupo de Pesquisa e Estudos - SUPROF da UFPA
............................................................................................ 67
Leandro Carneiro Oliveira (UFPA)
Ingled Dayanna Goncalves Xavier (UFPA)
Cristiane Schmidt (UFPA)
Antonio Carlos Santana de Souza (UEMS)
PARTE 2
NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS: Relatos de participantes
do Projeto de Pesquisa e Estudos de Narrativas de Sujeitos-
Professores em Formação- SUPROF ....................................... 85
Capítulo 6
MEMORIAL AUTOBIOGRÁFICO ....................................... 86
Yagma Suely Vieira Figueira (UFPA)
Capítulo 7
MEMORIAL AUTOBIOGRÁFICO ....................................... 96
Andressa Costa dos Santos (UFPA)
Capítulo 8
MEMORIAL AUTOBIOGRÁFICO ..................................... 107
Nilda Eunice Castro Pereira Costa (UFPA)
Capítulo 9
MEMORIAL AUTOBIOGRÁFICO ..................................... 115
Daniele Angélica Borges Foletto (UNEMAT)
Capítulo 10
MEMORIAL AUTOBIOGRÁFICO ..................................... 123
Fabiana da Silva Lira (UNEMAT)
Capítulo 11
MEMORIAL AUTOBIOGRÁFICO ..................................... 132
Yara Fernanda de Oliveira Adami (UNEMAT)
Capítulo 12
MEMORIAL AUTOBIOGRÁFICO ..................................... 141
Tânia Maria Sanábria Carvalho Tolotti (UNEMAT)
Capítulo 13
MEMORIAL AUTOBIOGRÁFICO ..................................... 152
Flaviane Leite da Silva Cassia (UNEMAT)
Capítulo 14
ENTREVISTA: Como é a Formação Docente na Alemanha?
A experiência na universidade de Leipzig ........................ 158
INTERVIEW: Wie ist die Lehrerausbildung in Deutschland? Die
Erfahrungen an der Universität Leipzig .................................. 158
Katja Lieber (Universität Leipzig -Deutschland)
PREFÁCIO
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APRESENTAÇÃO
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5 Cf. espelho do grupo, disponível em: http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/
9449448776089474. Acesso em:12 fev. 2021.
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Referências
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PARTE 1
NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS
Relatos de professoras-pesquisadoras participantes das
Rodas de Conversas
“O que te fez Professora?”
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Capítulo 1
Introdução
Desenvolvimento
1
A “normalista” formada podia ensinar nas escolas primárias de primeira à quarta
séries. Tinha o direito também de assumir classes no pré-escolar: jardim de
infância, abrigando crianças de cinco anos em média, e pré-primário, com as
crianças de seis. Antes dessa idade, as crianças costumavam ficar em casa.
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As características dos SACs estão mais bem descritas e exemplificadas em Magno
e Silva e Borges, 2016.
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Disponível em http://www.veramenezes.com/amfale/nar_pesq_wal.html . Acesso
em: 18/03/2022.
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Conclusão
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Referências
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Capítulo 2
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No original alemão: „Angenommen, Sie stürzen mit dem Flugzeug über einem
abgelegenen Gebirgstal in Neu Guinea ab, überleben und erreichen nach einigen
Strapazen einen Stamm, nennen wir sie die Eipo, der außer zu einigen
Nachbarstämmen keinen Kontakt zum Rest der Welt hat. Nehmen wir weiter an,
die Eipo sind ein friedlicher Stamm und nehmen Sie nicht unfreundlich auf. Es
besteht jedoch nicht die geringste Aussicht, das Gebirgstal in absehbarer Zeit zu
verlassen: Sie müssen sich darauf einrichten, viele Jahre dort zu leben. In dieser
Lage wäre es wahrscheinlich angeraten, die Sprache der Eipo, das Eipomek, zu
lernen wie auch einige weitere Fertigkeiten und Verhaltensweisen, die zum
sozialen Leben der Eipo gehören. Welche Komponenten gehen in den dann
einsetzenden Spracherwerbsprozess ein?“ Todas as traduções do alemão e inglês
realizadas neste trabalho são de minha autoria.
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No original alemão: “Dem Muttersprachler dient eine Grammatik vornehmlich
dazu, etwas bewusst zu machen oder zu systematisieren, was er ohnehin –
aufgrund seines ”Sprachgefühls“ (d.h. seiner in der Kindheit erworbenen Sicherheit
in der Handhabung der sprachlichen Regeln) – richtig bildet und verwendet. Dem
Ausländer fehlt dieses Sprachgefühl, die “Kompetenz“ in der betreffenden
Sprache. Deshalb verlangt eine Grammatik für den Fremdsprachenunterricht
explizitere Regeln, die möglichst genau angeben, wie richtige deutsche Sätze
gebildet und verwendet werden.”
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3
No meu artigo “Quem são os especialistas no ensino de línguas?” (UPHOFF, 2020),
apresento uma reflexão mais recente sobre as relações de força que se entrecruzam
no ensino de línguas.
4
Em Uphoff (2007), examino um caso de bilinguismo com base nessa ótica
deconstrutivista. O trabalho constituiu uma das quatro qualificações necessárias
para adquirir o título de doutora em Linguística Aplicada na Unicamp, na época.
Mais tarde, já trabalhando na USP, tive um reencontro importante com Derrida,
através da obra de Busch (2012), que inicia seu texto retomando o filósofo. A autora
trata do conceito de Spracherleben (vivência linguística) analisando três eixos
envolvidos em qualquer experiência linguística: a) percepção própria vs. percepção
alheia; b) pertencimento vs. não-pertencimento; c) poder vs. impotência (cf.
BUSCH, 2012, p. 15-21).
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No original inglês: “teacher's subjective understanding of the teaching they do”
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No original inglês: “It is when a teacher's sense of plausibility is engaged in the
teaching operation that the teacher can be said to be involved, and the teaching
not to be mechanical. Further, when the sense of plausibility is engaged, the
activity of teaching is productive: there is then a basis for the teacher to be satisfied
or dissatisfied about the activity, and each instance of such satisfaction or
dissatisfaction is itself a further influence on the sense of plausibility, confirming or
disconfirming or revising it in some small measure, and generally contributing to its
growth or change.”
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No original inglês: “an unexplained and sometimes unexplainable awareness of
what constitutes good teaching”
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Referências
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No original inglês: “A community of practice refers to a group of people who are
bound together by a commonly-shared concern or passion for something, and
regularly interact with each other in order to deepen their knowledge, sharpen their
skills, and enrich their experience.”
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Capítulo 3
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médica, mas o medo afastou essa ideia, e tudo conspirava para ser
professora a todo momento.
Pensando no momento histórico quando nasci em 1951.O Brasil
vivenciava o início do voto popular, e Getúlio Vargas retomava a
presidência da República, pelo PTB. Minha história começa, nesse
clima, em uma cidade do interior de São Paulo, Andradina (SP),
fazenda São João, região denominada Campestre, divisa com o
córrego Moinho, onde meus avós, ali chegaram na qualidade de
pequenos proprietários, cultivando e lidando com o manejo do gado
para tirar subsistência para o casal, cinco filhos e dois filhos de
criação. Ainda me recordo do quadro rural que sempre viveram meus
pais e da luta diária de meus avós, dividindo o que ganhavam em
proporções de subsistência entre os filhos. Em 1957 fui matriculada
no primeiro ano, quando o país vivenciava a gestão de Juscelino
Kubitschek e a construção da nova capital federal, Brasília.
Os meus interlocutores eram os meus pais, tios, avós,
professores, ouvia falar em creches, mas nunca frequentei, e fui
alfabetizada com a famosa cartilha Caminho Suave. No primário,
vivenciei a pedagogia dos castigos, tipo ficar em pé de frente às
paredes dos corredores por não ter realizado alguma atividade em
sala ou tarefa, ficar com os braços abertos e livros nas mãos por
algum tempo, ajoelhar em grãos de milho, encher páginas de
caligrafia com as mesmas frases, copiar várias vezes a mesma
palavra, mas nem por isso tenho marcas de revolta.
Sou consciente que fui fruto de uma tendência pedagógica
tradicional na qual entre professor-aluno não possuía diálogo,
conforme relata Libâneo (1993 p. 24), que a autoridade do professor
era forte na escola tradicional e qualquer comunicação entre aluno e
professor não existia no decorrer das aulas, assim o “[...] professor
transmite o conteúdo na forma de verdade a ser absorvida; em
consequência, a disciplina imposta é o meio mais eficaz para
assegurar a atenção e o silêncio”.
Eu no meio do caminho
E mais uma vez busco uma metáfora de um poeta dos ervais com
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Referências
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1997.
BAKHTIN, Mikhail. Arte e Responsabilidade. Estética da Criação Verbal.
São Paulo:
Martins Fontes, 2003.
BAKHTIN, Mikhail; VOLOSHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da
linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da
linguagem. São Paulo: 2006.
BITTAR, Marisa. Mato Grosso do Sul, a construção de um estado: poder
político e elites dirigentes sul-mato-grossenses. Vol. 2. Campo Grande,
MS:
Editora UFMS, 2009
CAEIRO, Antonio .O guardador de rebanhos (heterônimo de Fernando
Pessoa). 1986. Disp. em: <http://www.cfh.ufsc.br/~magno/guar
dador.htm>.Acesso/ 2021.
FÁVERO, Leonor; KOCH, Ingedore Villaça. Linguística Textual:
Introdução. São Paulo: Cortez. 1988
JOSSO, Marie- Christine. Experiência de vida e formação. São Paulo:
Cortez, 2004.
BARROS, Manuel de. Retrato do artista quando coisa. Rio de Janeiro:
Record, 1998.
LIBÂNEO, Jose Carlos. Democratização da Escola pública: A pedagogia
Crítica dos conteúdos. 11ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 1993.
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Capítulo 4
Breve Contextualização
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Edital disponível em: https://letrasfrancesufpa.files.wordpress.com/2019/
02/edital-349-2018-concurso-professor-efetivo.pdf
2
Normas para a apresentação do memorial de formação. Disponível em:
https://www.fe.unicamp.br/drupal/sites/www.fe.unicamp.br/files/pf/subportais/gr
aduacao/proesf/proesf_normas_memorial.doc
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O gênero Memorialístico
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Até o presente momento o grupo de estudos e pesquisa SUPROF acumula corpora
de 18 memoriais acadêmicos.
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(i)
“Desde 1993, quando concorri pela primeira vez a uma
bolsa de iniciação científica da Fapergs, escrevo e reescrevo
o Curriculum Vitae. Todavia, memorial descritivo, é o
primeiro que elaboro. Procurei seguir as orientações de
Moraes (1992) e Boaventura (1995) para a elaboração do
meu memorial, o qual será apresentado à coordenação do
Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação
para o processo seletivo ao Curso de Doutorado em
Informática na Educação da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.” (BRASILEIRO, 2021 apud PASQUALOTTI,
2006)
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(ii)
2. OS ANOS INICIAIS
2.1 O Ensino Fundamental
2.2 O ensino médio
3. O curso de Tecnóloga em Comunicação institucional
4. O curso de Letras com habilitação em alemão
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Referências
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Capítulo 5
A Rota do Rio
1
5 Cf. espelho do grupo, disponível em: http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/
9449448776089474. Acesso em:12 fev. 2021.
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2
As Rodas de Conversas receberam cinco convidadas representando as cinco
regiões do Brasil, quais foram: Dra. Tania Aparecida Martins da UNIOESTE (Região
Sul); Dra. Dörthe Uphoff da USP (Região Sudeste); Dra. Rogéria Costa Pereira da
UFC (Região Nordeste); Dra. Neide Araujo Castilho Teno da UEMS (Região Centro-
Oeste); e, Dra. Walkyria A. G. Passos Magno e Silva da UFPA (Região Norte).
3
Tendo como autores OLIVEIRA, L. C.; SCHMIDT, C. ; SOUZA, A. C. S.
4
II Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão em Língua e Literatura.
Realizado pela Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas (FALEM), na
Universidade Federal do Pará (UFPA), nos dias 27 e 28 de maio de 2021.
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SEMINÁRIO INTEGRADO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO DE LÍNGUA E
LITERATURA, 2., 2021, Belém. Saberes e práticas docentes no ensino, na pesquisa
e na extensão de línguas e literaturas. Organizadores: Cristiane de Mesquita Alves
et al. Belém: UFPA, 2022.
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Controle sobre o corpo de Kevin.
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aos
professores
Grupo 3 –
unidades
lexicais 6 2 4 4 4 2 3 9 3 11 4 2 54
relativas à
trajetória
Grupo 4 –
unidades
lexicais 4 6 2 2 2 3 12 1 2 3 0 2 39
relativas à
memória
Grupo 5 –
unidades
lexicais
5 9 5 0 2 1 16 0 6 11 9 0 64
relativas à
leitura e
materiais
(Fonte: Autores, 2022)
Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele
se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser
já se modificou. Heráclito, o pai da dialética, apresenta a nós que
somos seres em constante mudanças como a água de um rio que está
seguindo seu ciclo para algum lugar, o ser está seguindo sua
trajetória.
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PARTE 2
NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS
Relatos de participantes do Projeto de Pesquisa e
Estudos de Narrativas de Sujeitos-Professores em
Formação- SUPROF
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Capítulo 6
MEMORIAL AUTOBIOGRÁFICO
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A Escola Primária
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Árvore”, sofri uma agressão física de uma menina mais velha e fiquei
calada sem reação até que minha irmã apareceu para me defender.
Desde aquele dia eu passei a ter medo na escola. Não era fácil sair da
sala na hora do recreio. E quando eu comecei a me sentir mais segura
uma garota evangélica de outra turma veio evangelizar na sala de
aula na ausência da professora e me apontava o dedo dizendo que eu
teria o sinal da besta na testa e que eu e minha família iriamos morrer,
porque servíamos ao capeta, já que adorávamos imagens.
Na época eu já fazia o catecismo para a primeira comunhão e
fiquei aterrorizada quando descobri que no meu livrinho de
evangelho tinha o livro de Apocalipse. E não adiantava a minha mãe
ou a professora me explicarem que no livro “Apocalipse” da Bíblia não
está escrito que todo mundo vai morrer se não for evangélico. Até
hoje o livro do apocalipse me aterroriza e foi o único que nunca
consegui ler na Bíblia. Apesar desses episódios traumáticos, eu ia
para a escola e me concentrava na aula. Saía para o recreio somente
depois de fazer os exercícios e ficava sempre com o mesmo grupo de
colegas. A professora me parecia sempre inquieta e eu tinha pena
dela, afinal eram trinta e cinco crianças para ela dar conta. Apesar
disso, eu consegui aprender a ler e já estava dando conta das minhas
primeiras anotações no caderno costurado à mão feito pela minha tia
em papel ao maço com capa de papel de presente.
Na série seguinte eu fui para outra escola do bairro, a “Escola
Estadual Virgínia Alves da Cunha” uma escola exclusiva de primeira à
quarta série. Lá eu fui feliz. Meu quintal era muro de fundos com a
área de recreação da escola. E sempre depois de voltar para casa eu
colocava uma escada no muro para ver as crianças jogando bola e na
fila da merenda. Eu contava quantos alunos já tinham sido servidos e
quantos já tinham repetido. Desde aquela época a matemática já me
fascinava. Eu andava pelas ruas contando os postes, os carros, os
desenhos nas grades das casas, tudo era motivo para virar número.
Talvez por isso eu tenha feito meus primeiros vestibulares para
matemática e arquitetura.
A escola era cheia de disciplina. Tinha a hora de fazer a fila para
entrar, tinha o dia de cantar os hinos no pátio enquanto as bandeiras
eram hasteadas, e para cantar o hino tinha que ser com a mão no
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Mudando de Perspectiva
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Decisões Importantes
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Volta ao Começo
Escolhas
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Resiliência
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Capítulo 7
MEMORIAL AUTOBIOGRÁFICO
Retrospectiva Inicial
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Amadurecimento e Transformação
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Capítulo 8
MEMORIAL AUTOBIOGRÁFICO
Os Primeiros Passos
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Sou a filha mais velha de uma família formada por pai, mãe e
duas irmãs mais novas. Na maior parte do tempo, meus avós
moravam no andar de baixo e nossa família no andar acima, então,
era comum estar em contato com tios e primos o tempo todo. Nasci
e cresci num bairro da periferia de Belém não tão afastado do centro,
mas sem todos os privilégios deste, como saneamento básico, coleta
regular de lixo e asfaltamento nas ruas.
Apesar de ser um bairro relativamente tranquilo, com vizinhos
próximos e com rua calma, não tínhamos acesso a ela e dificilmente
brincávamos com as crianças da vizinhança, com exceção de uma
vizinha a qual minha avó gostava que lhe fizesse companhia.
Antes que eu nascesse, meu pai já havia comprado uma
enciclopédia infantil que seria útil na minha fase escolar. Ele sempre
cultivou em nós três o gosto pela leitura. Nós sempre o víamos lendo,
ele sempre lia histórias para dormirmos e comprava livros novos e
divertidos. Os livros estavam aqui e ali pela casa, nós até tínhamos
uma pequena estante no quarto para que eles ficassem sempre à mão
e eram para nós como brinquedos. Mais tarde, passamos a ler os que
pertenciam à biblioteca de meu pai, sobretudo os romances. Hoje, sei
que o gosto pela leitura foi um dos maiores legados que ele deixou
para nós três.
Meu pai chegou a Belém com a idade de 18 anos, que foi quando
ele se sentou em um banco de escola pela primeira vez; minha mãe
chegou aos 12 anos e também nunca tinha ido à escola. Ambos já
sabiam ler e escrever e também sabiam que a educação seria a única
chance que teriam de alcançar uma vida com melhor qualidade.
Então, os dois sempre deixaram muito claro que a educação não
só era importante como necessária, inclusive, ambos, a duras penas
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As primeiras Letras
1
Optei por utilizar a nomenclatura da minha época de estudante.
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Referências
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Capítulo 9
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Capítulo 10
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propostas, para que possa melhorar cada vez mais minha prática
educativa.
Desde cedo, percebi a importância das relações interpessoais e
da coletividade na sociedade. Penso que todos precisamos uns dos
outros para evoluir e progredir, e é nessa mesma perspectiva que
atuo como professora. Na sala de aula, procuro sempre estabelecer
um ambiente acolhedor e de troca de ideias, onde os alunos se sintam
confortáveis para expressar suas opiniões e dúvidas.
Para Schram e Carvalho, “A relação professor – aluno para Paulo
Freire, deve partir do reconhecimento das condições sociais,
culturais, econômicas dos alunos, suas famílias e o seu entorno
(SCHRAM; CARVALHO, s/d, p. 7), o que contribui para um ensino
mais inclusivo e humanizado.
Compreendo que a socialização é fundamental para o
desenvolvimento dos alunos, e que isso pode refletir positivamente
em suas vidas futuras. Lembro-me de que, durante faculdade,
comecei a perceber que muitos dos alunos que estudavam comigo
apresentavam dificuldades em se comunicar e se relacionar com os
outros. E, por isso, busquei formas de trabalhar essas habilidades em
sala de aula, por meio de dinâmicas e grupo e atividades que
incentivavam a interação entre os alunos.
Além disso, selecionar conteúdos relevantes e atrativos, que
despertem o interesse deles. Afinal, se eles não se sentirem
motivados a aprender, todo o esforço e trabalho m sala de aula pode
ser em vão. Portanto, essas regalias levadas para sala de aula, são
produtos de todo esse meu processo de vida, principalmente aos
tempos dedicados à leitura e à reflexão sobre questões pedagógicas
e sociais. Presumo que quanto mais eu me aprofundo no
conhecimento, mais eu posso contribuir para o desenvolvimento dos
meus alunos e deixar uma marca positiva em suas vidas.
Referências
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Capítulo 11
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O tempo passou...
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Capítulo 12
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dessa época, foi que um dia meu pai ficou de serviço e não foi nos
buscar na escola, meu irmão chorava muito e a professora que nos
levou para casa. Não muito tempo depois mudamos de escola, pois
mudamos para a vila Militar da cidade e lá na localidade havia uma
pequena escola para os moradores.
Comecei a conhecer as primeiras letras e a querida cartilha
“Caminho Suave”, adorava ir à escola e morar na Vila Militar era
muito divertido, adorava meus vizinhos e os demais moradores.
Tínhamos uma vizinha, que se chamava Maria, porém todos a
chamavam dona Maria. Ela era uma grande contadora de histórias,
dos mais diversos tipos. Costumávamos, eu e as criançadas da Vila,
nos reunir ao redor da cadeira de balanço de Dona Maria para ouvir
suas contações de histórias. Ela era uma verdadeira artista. Fazia
caras e bocas, parecia até que entravamos nas histórias.
Para encerrar a sessão, ela costumava contar histórias de
assombração, nossa a gente tremia de tanto medo e quando ela
terminava nos dizia: “ - agora, cada macaco no seu galho e corre
senão a mula sem cabeça vai pegar vocês”. Meu Deus, corríamos com
o coração saindo pela boca de tanto medo, nossa era tão
bom!!! Dona Maria foi para mim uma grande influenciadora para
gostar tanto do folclore brasileiro. Passaram –se uns 02 anos e meu
pai foi transferido novamente, desta vez para Campo Grande MS.
Fui matriculada novamente em uma escola de Freiras, chamada
Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Escola muito rígida,
ensino puxado. Fiz até o 1º semestre do 4º ano primário. Nessa escola
havia interclasses de conhecimentos gerais de história, geografia,
ciências, português, matemática. Tudo organizado com palco e
microfone. Adorava essas gincanas! Depois, minha família mudou-
se para uma chácara. Em um outro bairro e fui estudar numa escola
pública. Fiz a 4ª e 5ª série. Com todas estas idas e vindas do meu pai,
mudávamos muito de um lugar para outro, de uma cidade para outra,
e com este vai e vem não tenho na memória o nome de meus
professores.
Posteriormente meu pai foi novamente transferido, dessa vez
para CUIABÁ, era o ano de 1979, tinha 14 anos e já estava atrasada na
escola, porém nunca reprovei!!!! Minha família, meus irmãos e eu não
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o doutorado! “Posso ainda não ter chegado onde eu queria, mas estou
mais perto do que ontem”. – Alexsandra Zulpo.
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Capítulo 13
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crepom e cola, era uma alegria , qual vejo até hoje o ambiente
escolar, como alegre e divertido, se fechar os olhos sinto o sabor e o
cheiro bom ,do leite que nos era oferecido nos intervalos, onde todos
nos reuníamos no refeitório, em fila indiana, minha turminha era a
primeira a se servir, era um momento onde me sentia , mais que
especial.
Entre 06 a 07 anos de idade, fui para a tão sonhada primeira série,
onde fui para Escola Estadual " Onze de Março", no mesmo
município, em que meus outros 05 irmãos frequentavam, me sentia
muito feliz, percebi que seria uma nova fase, cheguei fazendo
pequenas leituras, já conseguia escrever meu nome, a sensação era
extraordinária. Tive uma relação muito boa, com a professora Maria
Albina, ela era rígida, a disciplina e organização era o essencial, nos
intervalos eu não me ausentava muito longe, a escola tinha um
espaço amplo, sempre ficava próxima, para não ser retificada caso
houvesse atrasos, pois isso era comum com alguns colegas, nos
primeiros contatos com a as disciplinas, minhas habilidades com a
linguagem foram reconhecidas, pois os números me deixavam. Me
despedia do ensino fundamental na mesma escola.
No ensino médio, comecei a 1ª série na Escola Estadual Milton
Marques Curvo, no mesmo município, devido a questões pessoais e
particulares, conclui o ensino médio, na Escola Vale do Guaporé, no
município de Pontes e Lacerda.
Essa nova fase , no ano de 1.999 após a conclusão do Ensino
Médio, realizei o primeiro concurso público , incentivada pelos
familiares que acreditavam em meu potencial, fui aprovada para
concurso da SEDUC- Secretaria Educação e Cultura do Estado de
Mato Grosso, qual desempenho até os dias atuais a função de Técnica
Administrativa Educacional-TAE, no ano 2000, nos foi ofertado o
curso profissionalizante, “Arara Azul” , durante 2 anos, nos
capacitando para melhor desenvolver a função, oportunizando- nos
ser profissionalizados na área de gestão escolar.
Pretendia continuar os estudos, a qual no mesmo ano de 2000/01
prestei o vestibular para ingresso na tão sonhada Graduação em
Letras, pela Universidade Estadual de Mato Grosso-UNEMAT,
Campus- Pontes e Lacerda, a minha aprovação foi um grande
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Capítulo 14
ENTREVISTA
Como é a Formação Docente na Alemanha?
A experiência na universidade de Leipzig
INTERVIEW
Wie ist die Lehrerausbildung in Deutschland?
Die Erfahrungen an der Universität Leipzig
Ausbildung:
INTERVIEW:
1
Weitere Informationen zum Personenprofil an der Webseite
Erziehungswissenschaftliche Fakultät - Universität Leipizig. Erreichbar:
https://www.erzwiss.uni-leipzig.de/personenprofil/mitarbeiter/katja-lieber.
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2
Als sogenannte freie Bildungsträger werden außerunterrichtliche Institutionen
genannt, bei denen der Staat nicht der Träger ist, sondern bspw. Vereine.
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7. Was kann man als Lehrer/in tun, um ein Vorbild für die
nächsten Generationen zu sein?
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