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" Com um mero olhar, congela-te teu corpo. Com uma fala fascinante, te atrai ao sufoco.

Basta apenas uma entrada, e tu perdido estarás. Fadado ao abraço, da víbora audaz. " -
Thyr, A Voz das Montanhas

– Qual é, você já deve ter ouvido falar delas… você sabe, belas, perigosas, cabelos
serpentinos, um olhar Petrificante. É isso aí, as Medusas… O que tem elas? Bom, a maioria
de vocês pensam, que essas mulheres cobra, são apenas loucas, que atraem homens a
seus covis e os petrificam para sempre, mas não… pelo menos, nem todas são assim…
sabe, ouça bem, um dia eu conheci uma, é, ela era linda, cativante, mas também
corajosa… deixe me falar um pouco sobre sua história…

Eu morava próximo a um vilarejo, assolado por uma lenda, ao qual carregava com ela, a
imagem de uma mulher aterradora. Dizia-se que essa mulher, era capaz de nublar sua
mente, e prender você por dias, apenas para satisfazer qualquer infame desejo que ela
tinha. Muitos se arriscaram para provar a verocidade dessa lenda, mas poucos deles –
Quem dirá 1 ou 2 – Sairá ileso para poder contar o que tinha dentro daquele lugar. As
montanhas eram conhecidas por ser lar dessa criatura, metade mulher, metade serpente,
que tinha o poder de transformar homens em meras cascas vazias, mas o que esses
homens não sabiam, é que essa mulher, além de um terror, era mãe.

A pequena cresceu como todas as outras, ensinada a viver reclusa em seu covil, saindo
apenas para atrair homens para dentro de suas paredes, para alimentar-se ou
simplesmente fazer seu jardim petrificado, mas nada disso convinha com a vontade inerente
da pequena, de sair além de suas muralhas de pedra, para explorar o mundo. A cada dia,
ele se sentia mais presa, mais apagada de sua própria personalidade, mais próxima de uma
natureza, ao qual ela repudiava. E no misto de sensações, diante da tormenta de sua mãe,
a pequena, que estava próxima a idade adulta, uniu suas coisas e saiu do jardim petrificado.

Por dias ela andou nas trilhas, escondendo-se dos humanos, pois sabia bem o que
aconteceria se a vissem como ela realmente é, mas quando estava mais próximo do
vilarejo, ela prenderá seus cabelos em um tecido, escondendo as serpentes, e tampou seus
olhos com lentes, de um homem que há muito sua mãe petrificara. Perdida, entre os
humanos, a pequena Medusa não sabia o que fazer, como fazer, e por muito viveu nas ruas
do vilarejo, até que conhecerá ela… uma mulher, ao qual o rosto desconhecido, era
apresentado com a Face demoníaca, que estendeu a mão a pequena cobra, e a levou ao
seu futuro.

A mulher, sensibilizada pela menina na rua, já tinha a observado a algum tempo, notando
em algumas noites a tamanha perícia com arco que ela possuía, e foi por isso que se
aproximou, levando a pequena a um grupo recluso, mas famoso pelas vielas do vilarejo, Um
grupo de guerreiros, Arqueiros e Espadachins, que protegiam os viajantes e caravanas
mercadoras daquela região como Batedores. A Medusa encantou-se com aquilo, e de cara
já havia aceitado a união, aquela mulher máscara, se mostrou muito mais mãe, do que
aquela que lhe tinha dado a vida.

Se antes sua Arquearia era ótima, sob a tutela daquela mulher, ela tornará se, excepcional,
entre todos de fato a mais incrível arqueira, e ela estava feliz, tinha um grupo, vivia
aventuras, protegia aqueles que não podiam se proteger, mas nem toda vida, é feliz.
Em uma de suas viagens junto a caravana, eles viajaram entre as montanhas do Ermo, que
sucedeu um caminho tortuoso, assolado por uma criatura que destruí as mercadorias, os
mercadores fugiram de volta para a vila, enquanto o grupo ficou para afastar e abater a
criatura, foi tortuoso, o grupo teve baixas, e a mais pesada delas, foi a de sua líder. A
medusa, vendo sua tutora cedendo ao abraço da morte, abaixou-se ao lado de seu corpo, e
nas últimas palavras da máscara, ela disse " Lembre-se, não seja como eu… não use
máscaras, encare seus inimigos nos olhos, até mesmo quando sua flecha os abater, pois
assim os mostrará que sua morte, teve um sentido… ". A medusa chorou, e teve ela mesma
que enterrar seus companheiros, e a única coisa que sobrará disso, foi a máscara de sua
treinadora, ao qual ela carrega consigo até hoje. A medusa nunca mais retornou ao vilarejo,
decidia a viver muito mais do que só fadada a proteger os outros e morrer por isso, e
começou a viajar o mundo…

– E foi aí que ela chegou até mim, eu estava com problemas contra uns ladrões, ela afastou
eles e devolveu meu dinheiro. No começo eu me assustei, mas nós tornamos bons
amigos… quem dirá né, Um Humano e uma Medusa, mas é isso… agora se me dá licença,
eu preciso ir a minha ferraria meu bom nobre… E se precisar de uma lâmina boa, visite
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