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Informações e documentação básica a ser apresentada para

instrução de processos que envolvam solicitações de


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autorização para manejo/supressão de vegetação nativa em
empreendimentos com atividades irrigantes de impacto
estadual

Sumário

1. Situação atual e justificativas para a solicitação ..................................... 2

2. Mapa do empreendimento ...................................................................... 3

3. Arquivos digitais ..................................................................................... 3

4. Laudo de cobertura vegetal .................................................................... 3

5. Manejo da vegetação e desdobramentos resultantes ............................ 5

6. Laudo de fauna....................................................................................... 7

7. Informações sobre a Reposição Florestal Obrigatória ............................ 8

8. Planilhas de inventário florestal amostral ............................................... 9


Informações e documentação básica a ser apresentada para
instrução de processos que envolvam solicitações de
2
autorização para manejo/supressão de vegetação nativa em
empreendimentos com atividades irrigantes de impacto
estadual1.

1. Situação atual e justificativas para a solicitação

Caracterização e justificativas
Apresentar a caracterização geral do empreendimento e da área alvo de
intervenção, destacando os motivos da solicitação para manejo/supressão de
vegetação nativa.
Evidenciar a situação atual e a previsão de resultados decorrentes da
execução da proposta, acompanhada de argumentos que fundamentem a
importância da concessão da autorização requerida.

1.1) Objetivos
Informar, de maneira clara e concisa, os objetivos a serem alcançados
com a execução do projeto/planejamento propostos para o manejo/supressão
de vegetação nativa.

1.2) Responsabilidade técnica e ambiental pelo empreendimento

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Nas situações em que o empreendimento detenha Licença de Operação em vigor em
que o objetivo único da solicitação seja o manejo/supressão de vegetação nativa com
determinada motivação, o procedimento a adotar poderá ser através de solicitação de
AUTGER (Autorização Geral) vinculada a correspondente atividade irrigante. Nos demais
casos as informações e documentos devem fazer parte do conjunto de documentos para
composição do correspondente processo administrativo, quer seja na etapa de LP, LI, LPA ou
LIA.
Informações referentes ao empreendedor principal/responsável, ao(s)
responsável técnico pela atividade irrigante e pelo projeto de
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manejo/supressão de vegetação.
Deverão constar, pelo menos, os dados de identificação geral e contatos
(endereço atual, telefones e e-mails), registro profissional e Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente do RT, assegurando a
responsabilidade pelas informações prestadas, pelos laudos e demais
documentos produzidos.

2. Mapa do empreendimento
Deverá contemplar a poligonal do empreendimento, as Áreas de
Preservação Permanentes (conforme Lei Federal n° 12651/2012), a área de
Reserva Legal, as áreas de uso consolidado e os remanescentes de vegetação
nativa.
Nele deve(m) ser localizada(s) a(s) área(s) da(s) intervenção(ões)
requerida(s).

3. Arquivos digitais
Mapa georreferenciado do empreendimento contendo o polígono da área
solicitada para manejo/supressão e as demais informações constantes no
tópico 2 (mapa do empreendimento) , no formato shapefile, em sistema
geográfico decimal SIRGAS 2000.

4. Laudo de cobertura vegetal


4.1) Caracterização da área de intervenção (requerida para
autorização de manejo/supressão) e da área total na qual se insere, incluindo
sua localização em relação à poligonal do empreendimento, número(s) do(s)
CAR e situação dos registros constantes no(s) mesmo(s);
4.2) Metodologia de análise utilizada na coleta dos dados em campo
e na elaboração do inventário florestal;
OBS: Em áreas com até 01 (um) hectare a coleta dos dados em campo,
deverá ser realizada por censo. Para áreas maiores poderá ser realizado
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levantamento por amostragem, demonstrando a suficiência amostral e adotando um
erro amostral máximo de 10%, com Probabilidade de Confiança de 95% (parcelas
deverão ser georreferenciadas e espacializadas em mapa).
4.3) Enquadramento fitogeográfico incluindo indicações a respeito do
bioma em que se insere o empreendimento e a área de intervenção,
identificando glebas que se localizam no bioma Mata Atlântica, conforme
Mapa de Áreas de Aplicação da Lei Federal n° 11.428/06;
4.4) Descrição Geral da Vegetação e sua caracterização conforme
bioma de localização (campestre, arbórea ou estágios sucessionais das
principais formações vegetais segundo Resolução CONAMA n° 033 de 07 de
dezembro de 1994);
4.5) Levantamento da cobertura vegetal existente na área a ser
impactada pelo manejo/supressão indicando as espécies nativas (dentre as
quais deve ser pormenorizada a identificação das que se encontrem
ameaçadas de extinção, conforme Decreto Estadual 52.109/2014 e demais
legislações vigentes) e as espécies exóticas presentes na área (identificando
inclusive as exóticas invasoras do RS que possam estar ocupando estes
espaços);
4.6) Dimensionamento das áreas cobertas por vegetação ao longo
da área total a ser manejada/suprimida no empreendimento;
4.7) Relações das espécies vegetais existentes na área, sejam elas
nativas ou exóticas (nomes populares e científicos);
4.8) Informações específicas sobre as APPs (Áreas de Preservação
Permanente) localizadas dentro dos limites da área alvo cuja autorização para
manejo/supressão esteja sendo requerida – localização das APPs, tipologias
(curso hídrico, barragem, lagoa, etc), dimensionamentos (metragens lineares
e áreas correspondentes) e estado de conservação;
4.9) Listagem taxonômica das espécies arbóreas e relatório
fotográfico detalhado de toda a área inventariada;
4.10) Mapa ou croqui, em escala compatível, da área total do
empreendimento, com foco na área alvo do manejo/supressão de vegetação
requerida, indicando a exata localização das principais formações vegetais,
recursos hídricos existentes nas áreas (nascentes, banhados, lagos,
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barragens, açudes, cursos d’água, etc.), áreas de uso restrito, reserva legal e
áreas de preservação permanente;
4.11) Bibliografia consultada;
4.12) Responsabilidade técnica: Apresentar informações referentes
aos responsáveis técnicos pelo laudo de cobertura vegetal e demais
informações e mapeamentos pertinentes, incluindo dados de identificação
geral e contato, registro profissional e Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART) ou equivalente, assegurando a responsabilidade pelas informações
prestadas.

5. Manejo da vegetação e desdobramentos resultantes


5.1) Indicar se há previsão de supressão de vegetação nativa ou
corte de exemplares nativos isolados.
5.2) Informar a região fitogeográfica e o tipo de vegetação sujeita ao
manejo, levando em conta os critérios constantes na lei n°11.428/2006 e
Decreto Federal 6.660/2008 para supressão de vegetação nativa no bioma
Mata Atlântica;
5.3) Informar a área total de intervenção/manejo de vegetação nativa
(ha), bem como o volume total (m³ e mst) de matéria prima florestal resultante;
5.4) Detalhar as informações referentes à área total de
intervenção/manejo, discriminando-a com denominações compatíveis com as
classificações usuais para o bioma em que esteja inserido o empreendimento,
e os volumes de matéria-prima florestal estimados:
a) Vegetação em estágio inicial objeto de manejo - Área (ha) e
Volume (m³ e mst);
b) Vegetação em estágio médio objeto de manejo - Área (ha) e
Volume (m³ e mst);
c) Vegetação em estágio avançado objeto de manejo - Área (ha) e
Volume (m³ e mst);
5.5) Informar métodos a serem empregados para o manejo da
vegetação (poda/transplante/supressão de fragmento florestal) para as
distintas situações (conforme levantamentos/detalhamentos apresentados),
incluindo as medidas mitigatórias e compensatórias a serem adotadas:
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5.6) Informar se há previsão de poda ou supressão de espécies
ameaçadas de extinção;
OBS: Quando houver proposta de transplantes de exemplares de espécies
nativas ameaçadas de extinção (quando de plausível argumentação de necessidade
técnica para execução das obras) recomenda-se que sejam movidas para sítios
semelhantes aos de origem e ter acompanhamento técnico por profissional habilitado
– caso autorizada a intervenção, os procedimentos precisarão ser relatados, a
posteriori, em relatório de supervisão ambiental;
5.7) Informar se há previsão de intervenção/manejo de vegetação em
área de preservação permanente (APP) e, caso positivo:
d) Descrever a metodologia de baixo impacto a ser utilizada;
e) Indicar a área total (em hectares) objeto de intervenção/manejo
em APP;
f) Descrever a metodologia de recomposição/restauração da APP
(se houver aplicabilidade de recomposição, mesmo que parcial);
g) Indicar se há intenção de supressão ou transplante de indivíduos
de espécies ameaçadas de extinção em APP, as quais deverão
constar destacadas no inventário.
5.8) Indicar a necessidade de emissão de Documento de Origem
Florestal (DOF);
5.9) Informar o destino da matéria-prima florestal e dos resíduos
resultantes do manejo de vegetação previsto;
5.10) Parecer conclusivo a respeito dos prováveis danos à flora e
fauna, caso a autorização seja concedida nos moldes propostos;
5.11) Responsabilidade técnica: Apresentar informações referentes
aos responsáveis técnicos pela proposta de manejo de vegetação nos moldes
apresentados, assim como pelo inventário florestal e demais informações e
mapeamentos pertinentes, incluindo dados de identificação geral e contato,
registro profissional e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou
equivalente, assegurando a responsabilidade pelas informações prestadas.
OBS: No que tange ao manejo de vegetação, levar em conta que além do
projeto se faz necessário acompanhamento da execução, motivo pelo qual o período
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de validade da ART deverá ser compatível com o tipo de documento licenciatório que
estiver sendo solicitado (pelo menos um ano, para pedidos de autorização geral e 5
anos para os demais documentos licenciatórios).

6. Laudo de fauna
Apresentar laudo descritivo da fauna local e de entorno, com sua provável
interação com a flora, contemplando:
6.1) Identificação/descrição dos locais de reprodução, alimentação e
dessedentação da fauna, bem como evidências de rotas migratórias, etc.;
6.2) Identificação/descrição dos corredores ecológicos ocorrentes na
gleba e no seu entorno;
6.3) Descrição detalhada da metodologia utilizada no registro dos
dados por grupo faunístico, incluindo o período de amostragem (data, turno,
etc.), esforço amostral (duração do esforço empregado por método citado),
condições meteorológicas do momento de coleta, e equipamentos (tipo,
quantidade, tempo de exposição, etc.) caso utilizados. Nos casos em que a
metodologia envolva coleta e/ou transporte de animais silvestres, deverá ser
solicitada Autorização para Manejo de Fauna, nos termos do estabelecido na
Portaria FEPAM nº. 28/2019. Em caso de consulta a população local, informar
o número de entrevistados e cópia/detalhamento do questionário aplicado;
6.4) Levantamento da fauna ameaçada de extinção, segundo o
Decreto Estadual nº. 51.797, de 08 de setembro de 2014, com distribuição
para a área (região) do empreendimento;
6.5) Parecer técnico conclusivo a respeito do impacto esperado
sobre a fauna silvestre, tendo em vista a execução do manejo de vegetação
nos moldes propostos;
6.6) Medidas mitigadoras e compensatórias;
6.7) Bibliografia consultada;
6.8) Responsabilidade técnica: Apresentar informações referentes
aos responsáveis técnicos pelo laudo de fauna e mapeamentos pertinentes,
incluindo dados de identificação geral e contato, registro profissional e
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente, assegurando a
responsabilidade pelas informações prestadas.
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OBSERVAÇÃO:
Para intervenções que possam ser caracterizadas como de impacto
ambiental reduzido (o que depende das características e dimensões da
intervenção e do próprio ambiente natural circundante) o laudo de fauna
poderá ser elaborado/apresentado através de um diagnóstico ambiental
simplificado dos ambientes naturais, verificando a existência de ambientes
relevantes e procedendo com a caracterização da fauna a partir de dados
secundários da literatura, relacionando com a fauna potencial do lugar e
utilizando-se de técnicas de busca ativa no campo (visual, auditiva, vestígios).
Mesmo que apresentado um laudo simplificado deverá ser encerrado
com indicação de medidas mitigatórias e parecer técnico conclusivo a respeito
dos impactos que possam incidir na fauna silvestre em decorrência da
execução do manejo de vegetação nos moldes propostos; informar
bibliografia consultada e os dados de Responsabilidade Técnica do
profissional;

7. Informações sobre a Reposição Florestal Obrigatória


Caso ocorra o deferimento da solicitação de autorização para
intervenção e manejo de vegetação nativa o empreendedor deverá solicitar,
perante o Departamento de Biodiversidade (DBIO/SEMA-RS), aprovação de
Projeto de Reposição Florestal Obrigatória (RFO) proveniente do manejo de
vegetação nativa licenciado por esta Fundação e registrado no Sistema -
COF, através da abertura de expediente administrativo próprio no SOL
(www.sol.rs.gov.br) elaborado de acordo com o Termo de Referência
disponível na página da SEMA (www.sema.rs.gov.br), em conformidade com
a Instrução Normativa n° 01/2018 SEMA-RS (ou a que venha a substituí-la).
Para efeitos da solicitação de autorização para manejo de vegetação
nativa perante a FEPAM solicita-se apresentar algumas informações relativas
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à RFO, conforme a seguir elencado:
7.1) Número total de exemplares nativos objetos de supressão e N°
de mudas da RFO;
7.2) Volume total em mst (lenha) resultante da supressão e N° de
mudas da RFO;
7.3) Área total objeto de intervenção/manejo no empreendimento (ha)
e número total da RFO;
7.4) Indicar se a RFO contempla a execução em APP e, caso
positivo, qual área (ha) em APP;
7.5) Nome do Responsável Técnico habilitado pelos dados da RFO e
Número da ART vigente (incluindo projeto e execução):

8. Planilhas de inventário florestal amostral


Deverá ser apresentada a “Planilha Padrão Volume Total Estimado” e a
“Planilha Padrão Inventário Florestal”, devidamente preenchidas e conforme
arquivos disponíveis no endereço eletrônico http://www.ibama.gov.br/flora-e-
madeira/sinaflor/sobre-o-sinaflor.
8.1) Planilha Padrão Volume Total Estimado;
8.2) Planilha Padrão Inventário Florestal

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