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UEPB – Campus III

Direito de Família
Prof. Felipe Viana

Observações:
-a prova tem duração de três horas;
-as respostas deverão ser encaminhadas por e-mail para felipevianajp@gmail.com
- Ao encaminhar a prova, o aluno deve avisar, no grupo do Whatsapp, que enviou as respostas, para fins
de controle.
-O assunto (nome) do e-mail deve ser: FAMÍLIA – (nome do aluno).
- A prova deverá ser respondida no CORPO DO E-MAIL, sendo DESNECESSÁRIO anexar
arquivo no e-mail de resposta.

1) Janaína, divorciada e mãe de três filhos maiores, estabelece união homoafetiva com Jurema, sem,
contudo, regulamentar a relação por escrito. Ao longo do período de convivência, Janaína
adquiriu pequeno apartamento, onde estabeleceu residência com sua companheira. Após sofrer
um AVC, Janaína é internada em hospital, oportunidade em que seus filhos ameaçam Jurema de
retirá-la do imóvel, alegando serem donos da totalidade do apartamento. Jurema, preocupada, lhe
procura para uma consultoria, para fins de saber quais direitos possuem com relação àquele
imóvel. O que você informaria à cliente? Justifique sua resposta.

2) Shirley e Henrique, universitários, os dois com 19 anos, tiveram uma filha, fruto de um rápido
namoro. Após o nascimento de Kátia, Shirley estabeleceu união estável com sua amiga de
infância Carla, próspera e jovem empresária, com quem reside junto com sua filha. Shirley,
embora trabalhe, não aufere renda suficiente para o sustento de Kátia, que não recebe qualquer
contribuição de Henrique, visto que desempregado. Inconformada por não contar com
Henrique na divisão das despesas de Kátia, Shirley resolve propor ação de alimentos em face
dos avós paternos da criança, já que não conta com a ajuda de seus falecidos pais. Pergunta-
se:
a) Existe viabilidade jurídica de demandar diretamente os avós, sem comprovar a
possibilidade de Henrique? Fundamente.
b) Uma vez fixada a pensão alimentícia, é possível a alteração de seus valores? Fundamente.

3) Fernando e Maria se casaram pelo regime da comunhão parcial de bens. Antes do casamento,
Fernando não tinha qualquer bem, enquanto Maria tinha um apartamento. Durante a
constância do casamento, Maria vendeu o apartamento e, com o fruto da venda, adquiriu uma
casa. Além disso, Fernando adquiriu em seu nome e sem a participação econômica de sua
esposa, um prédio comercial. Ainda durante o casamento, Fernando recebeu uma chácara de
herança de seu genitor. Por fim, Maria recebeu a doação de uma motocicleta. Ocorre que,
após diversos desentendimentos do casal, aflorados no momento do isolamento social,
causado pela Pandemia do COVID-19, o casal resolve se divorciar consensualmente. Assim,
Fernando e Maria lhe procuram para preparar a minuta do acordo, especialmente sobre a
divisão dos bens. Pergunta-se:

a) O divórcio precisa ocorrer, necessariamente, no Judiciário? Fundamente.


b) Qual(is) bem(ns) deve(m) ser dividido(s) entre o casal? Fundamente.

4) Roberto e Marcela, divorciados, são pais de João. Quando João completou dezoito anos,
Roberto, que se encontrava desempregado, de imediato parou de pagar a pensão alimentícia,
sem prévia autorização judicial. Ante a tal inadimplemento, João ajuizou ação de execução de
alimentos, pleiteando a cobrança referente às três últimas pensões em atraso. Ao ser citado,
Roberto apresentou justificativa, impugnando, em primeiro momento, o rito processual adotado,
haja vista que na citação constava a advertência de prisão civil, mas tal execução deveria seguir
o rito da penhora, bem como o fato de o alimentado já ter atingido a maioridade, o que
extinguia automaticamente a pensão alimentícia. Você, como juiz(a) do caso, acolheria a
justificativa do alimentante? Fundamente.

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