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AULA 7 e 8
(ATENÇÃO: Este material destina-se ao acompanhamento em
sala de aula,
para melhor compreensão é necessária a utilização do texto
constitucional e legislação em vigor, além da doutrina indicada e
a jurisprudência)
ATO ADMINISTRATIVO
1. INTRODUÇÃO:
F ATO ATO
B) FINALIDADE XXXXXXXXXXXX
C) FORMA B) FORMA
D) MOTIVO XXXXXXXXXXXX
E) OBJETO C) OBJETO
* Dica: CO FI FO MO OB
A) COMPETÊNCIA:
- É a capacidade ou poder atribuído aos órgãos e entidades da
administração pública para a prática dos atos administrativos
(permissão para fazer – art. 5º, inciso II da CF).
- Este poder é atribuído por Lei a um ente da administração
pública e o ato é praticado pelo agente público. A competência
atribuída pela legislação produz dois resultados, a capacidade
para o ato administrativo e define os limites desta atuação
administrativa.
- Na hipótese competência exclusiva não pode ser transferida a
competência para outro ente administrativo.
Características:
i) Irrenunciabilidade da competência: dever do agente público;
ii) Delegação: quando a competência não for exclusiva;
B) FINALIDADE:
- Todo ato administrativo deve buscar um fim específico ou
imediato, caso a finalidade não seja atendida temos o desvio de
finalidade.
- A finalidade possui dois alcances:
i) amplo: interesse público ou da coletividade;
II) estrito: é a finalidade específica do ato administrativo.
Exemplo:
Desvio da Finalidade:
Ato de remoção do servidor como forma de puni-lo ou por
razões estritamente pessoais.
O ato praticado com desvio de finalidade também é anulável por
meio de ação popular.
C) FORMA:
- É a maneira como o ato administrativo se exterioriza, devendo
em regra adotar a FORMA ESCRITA.
- Excepcionalmente poderá ser admitida outra forma para
exteriorizar o ato administrativo, tal como, a FORMA VERBAL.
Porém, a forma verbal nem sempre será aceita, dependendo da
solenidade ou formalidade que o ato administrativo exija.
- Quando a forma do ato administrativo é uma condição
necessária para a sua validade, se esta não for atendida o ato
será nulo.
D) MOTIVO:
- Entende-se por motivo do ato administrativo as razões de fato e
de direito para a prática do ato administrativo.
- Classificação do Motivo:
- O motivo de fato é a situação real e concreta do que está
acontecendo.
- O motivo de direito é a justificativa que a lei dá para o ato
administrativo.
Exemplo:
Tombamento: É uma modalidade intervenção na propriedade por
motivos culturais, históricos, etc.
MOTIVO:
a) Motivo de Fato: O valor histórico atribuído a determinado bem.
b) Motivo de Direito: A lei admitindo o Tombamento.
Exercício de Fixação:
O Poder Judiciário é competente para conceder habeas corpus
na punição disciplinar militar? Justifique.
E) OBJETO:
EXEMPLO:
O ato administrativo é nulo quando o motivo se encontrar dissociado
da situação de direito ou de fato que determinou ou autorizou a sua
realização.
A vinculação dos motivos à validade do ato é representada pela teoria
dos motivos determinantes (T.M.D.).
Exercício de fixação:
A) PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE:
B) IMPERATIVIDADE:
C) AUTOEXECUTORIEDADE:
- A auto executoriedade é um produto do PRINCÍPIO DA
EXIGIBILIDADE e da EXECUTORIEDADE.
*Atenção:
Imperatividade - >>> administrado (obriga o administrado)
Auto-executoriedade ->>> Administração Pública (permite a
Administração Pública executar o ato administrativo)
Veja:
A imperatividade tem como característica permitir ao ato
administrativo produzir obrigações aos particulares,
independentemente da aceitação do particular. Por outro lado, a
autoexecutoriedade é o poder administrativo de exercer a
prerrogativa de impor a realização de obrigações sem a
necessidade do exercício do Poder Judiciário.
Observação:
- Segundo a Prof. Maria S. Z. Di Pietro existe um quarto atributo
do Ato Administrativo: TIPICIDADE.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO:
O Controle externo das contas do Poder executivo federal é
exercido pelo Congresso Nacional com o auxílio do Tribunal de
Contas da União. Na hipótese de o T.C.U. decidir contra as contas
apresentadas pelo Presidente da República, responda:
1. Qual a espécie de ato praticado pelo T.C.U.?
2. O Congresso Nacional pode rejeitar a decisão do T.C.U.?
ATENÇÃO:
- Cuidado especial com o DECRETO REGULAMENTAR (art. 84, IV,
CF) E O DECRETO AUTÔNOMO (art. 84, VI, CF), tema recorrente
nos concursos públicos.
DECRETOS: São, em regra, atos do chefe do Poder Executivo,
visam regulamentar ou executar as leis, podendo ser geral ou
individual.
DECRETO AUTÔNOMO:
- É a possibilidade de tratar por meio de ato administrativo de
matéria não regulada por Lei. Este Decreto também pode ser
denominado como Decreto Independente. O Decreto Autônomo
não estava inserido na CF/88, foi acrescentado por Emenda
Constitucional (EC 32/2001).
- O Decreto Autônomo somente será admitido nas hipóteses do
art. 84, VI da CF e, pode ser usado no âmbito dos Estados,
Municípios e no Distrito Federal, por simetria constitucional.
Súmula 473
A administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
EFEITOS DA ANULAÇÃO:
- A anulação do ato administrativo produz efeitos "Ex tunc" -
retroativos.
- Na anulação podem ser apreciados os limites temporais e
materiais.
* Atenção: Teoria do fato consumado.
Exercício:
- Certa pessoa obtém liminar para cursar a última série do ensino
médio, paralelo ao ensino superior, no qual foi aprovado. Ocorre
que próximo da colação do grau do ensino superior, o Poder
Judiciário resolve dar a decisão definitiva sobre o caso que se
infere a liminar. Como deverá decidir o Poder Judiciário?
Resposta: O entendimento será pela não cassação da liminar,
tendo em vista o decurso do tempo e a estabilização da situação
constituída sob a boa-fé (Teoria do Fato Consumado).
ATENÇÃO:
COMPETÊNCIA PARA REVOGAÇÃO:
Atenção:
Há possibilidade de o Poder Judiciário revogar um ato
administrativo, desde que esteja no exercício de atividade
administrativa, neste caso, o Poder Judiciário poderá revogar o
seu ato administrativo.
- Sendo assim, qualquer dos Poderes de Estado poderá
REVOGAR ato administrativo, desde que no exercício de suas
funções administrativas.
EFEITOS DA REVOGAÇÃO:
- Os efeitos são "Ex nunc", ou seja, valem a partir da revogação.
- Não está a Administração Pública sujeita a limites temporais
para a REVOGAÇÃO, esta poderá ocorrer a qualquer tempo.
ATENÇÃO:
Não se admite a revogação de:
a) Ato vinculado;
b) Ato que produz direito adquirido;
c) Atos de procedimentos;
d) Atos de controle;
e) Atos exauridos ou consumados;
- CONVALIDAÇÃO:
- A convalidação é o ato de correção.
- Na correção do ato administrativo que possui um vício sanável,
o vício é suprido através da edição de outro ato administrativo.
Normalmente, a convalidação é operada pela administração
pública.
- No tocante a forma admite-se a convalidação, desde que esta
não se constitua em elemento essencial do ato. Entretanto na
hipótese de violação da finalidade ou na ausência do motivo é
impossível a convalidação do ato administrativo.
- Quando o vício está ligado ao sujeito é possível a Ratificação do
ato.
- Nos casos de ilegalidade não há como se falar em convalidação.
- EFEITOS DA CONVALIDAÇÃO:
- Os efeitos são "ex tunc".
Lei 9784/99
CAPÍTULO XIV
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos
de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco
anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência
contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de
autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao
interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem
defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
CAPÍTULO XV
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões
de legalidade e de mérito.
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual,
se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade
superior.
§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo
independe de caução.
SÚMULA VINCULANTE 21
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de
dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
BIBLIOGRAFIA: