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Conselho Editorial
ISBN: 978-85-450-0738-8
CDD 344.046
CDU 349.6
Elaborado por Daniela Lopes Duarte - CRB-6/3500
PREFÁCIO
TALDEN FARIAS
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DECISÓRIO DO LICENCIAMENTO
AMBIENTAL
1.1 Sobre o papel estatal de balancear valores complexos e a má
compreensão do menor impacto ambiental possível no licenciamento
ambiental
1.1.1 In dubio pro natura ou ambiente?
1.2 Aspectos procedimentais do processo decisório no licenciamento
ambiental
1.2.1 A dinamicidade do licenciamento ambiental
1.2.2 Do negócio jurídico processual no licenciamento ambiental
1.2.3 Da impossibilidade de sanções políticas no processo de
licenciamento ambiental
1.3 Espécies da autorização ambiental lato sensu: distinção entre o
licenciamento ambiental e outras autorizações ambientais específicas
(stricto sensu)
1.4 O mito status quo do mundo e seu impacto no licenciamento
ambiental
1.5 O mito do licenciamento ambiental onisciente e exauriente: limites de
cognoscibilidade e os engenheiros de obra pronta (captain hindsight)
1.5.1 Os estudos ou licenças ambientais não são garantidores de certas
previsões ou seguradores universais
1.5.2 O suposto desvio dos estudos ambientais por danos constatados a
posteriori
1.5.3 Os custos envolvidos nas especulações efetuadas nos estudos
ambientais
1.6 A incompletude e a incerteza científica, a ciência como política e a
ausência de neutralidade científica
1.7 A ascensão do risco, a mediação do princípio da precaução entre o
Direito e a ciência e a judicialização da ciência
1.8 O confronto entre a ciência e o direito: inviabilidade de uma
abordagem maniqueísta
1.9 A impossibilidade de seguir os modismos científicos pela constante
mutação do estado da técnica
1.10 O licenciamento ambiental como redentor ou guardião das políticas
públicas a cargo de outros órgãos e entidades públicas
1.11 O prestígio do princípio da precaução pelo licenciamento ambiental:
inexistência de risco zero e de presunção de desobediência futura à
legislação ambiental
1.12 Inexistência de impacto ou poluição zero no licenciamento ambiental:
diferença entre dano e impacto ambiental
1.13 A licença ambiental não substitui outras licenças exigidas pelo
ordenamento jurídico
CAPÍTULO II
CONFLITOS ADMINISTRATIVOS E LEGISLATIVOS NO LICENCIAMENTO
AMBIENTAL
2.1 Licenciamento ambiental e fiscalização no cenário pós LC no 140/11:
conflitos administrativos
2.1.1 A presunção de licitude da licença ou autorização ambientais e a
vedação ao uso da autoexecutoriedade administrativa
2.1.2 Prevalência da competência fiscalizatória do ente competente para
licenciar ou autorizar (fiscalização primária)
2.1.2.1 A concorrência entre autuações do mesmo ente federativo: Ibama v.
ICMBio
2.1.3 Competência administrativa de outro ente da federação
2.1.4 Fiscalização ambiental, competência comum e o princípio da
subsidiariedade
2.1.5 A autuação pelos órgãos gestores das unidades de conservação e a
LC no 140/11
2.2 Conflitos legislativos no licenciamento ambiental
2.2.1 Inexistência de um cânone hermenêutico da aplicação ou
prevalência da norma ambiental mais restritiva ou protetiva
2.2.2 Impossibilidade de os entes locais imporem ritos ambientais ao ente
federal, e vice-versa, exceto, nesse caso, por legislação nacional
CAPÍTULO III
COMPETÊNCIA NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
3.1 O licenciamento único, o sobreposto/múltiplo e o integrado/complexo
CAPÍTULO IV
INTERVENÇÃO DE OUTROS ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES NO LICENCIAMENTO
AMBIENTAL
4.1 O licenciamento ambiental não é tutor de outras autorizações
administrativas (v.g. SPU), ainda que ambientais, ou de questões
dominiais ou possessórias
4.2 A atuação de órgãos externos no licenciamento ambiental: regra da
não vinculatividade (LC no 140/11, art. 13, §1o)
4.2.1 Da ausência de poder dos intervenientes de impor condicionantes
ou obstar o licenciamento ambiental
4.2.2 Intervenientes não podem impor seu rito ao processo decisório do
órgão licenciador
4.3 As autorizações para o licenciamento ambiental da Lei do Snuc
4.3.1 Casos de autorização para licenciamento ambiental (ALA): impacto
ambiental significativo
4.3.1.1 Apenas para licenciamento ambiental, não para autorizações
diversas (Autorização para Supressão de Vegetação – ASV)
4.3.2 Momento da autorização para o licenciamento ambiental:
impossibilidade de antecipá-la
4.3.3 Autoridade competente para expedir a ALA
4.3.4 Vinculantes ou opinativas?
4.3.5 Omissão no cumprimento do prazo para manifestação
4.3.6 Condições técnicas que deverão ser incorporadas nas licenças:
condicionantes e mitigantes
4.3.6.1 A alteração das condicionantes e mitigantes pelo órgão gestor da UC
e a revogação da autorização para licenciamento ambiental
4.3.7 A ALA não pode substituir política pública do órgão gestor da UC
4.3.8 Mora administrativa na análise para expedição de eventual ALA
4.4 O Exame Técnico Estadual (ETE) e Municipal (ETM)
4.5 A certidão de uso e ocupação do solo
4.6 A interveniência do Iphan e a terceirização do trabalho arqueológico
4.7 Submissão de licença ao Legislativo ou a consulta popular
CAPÍTULO V
OS ESTUDOS AMBIENTAIS: SUBSÍDIOS AO PROCESSO DECISÓRIO DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
5.1 A relação entre o licenciamento (processo), os estudos ambientais
(subsídios ou atos instrutórios) e o projeto licenciado
5.2 A área de influência do empreendimento: ADA (Área Diretamente
Afetada), AID (Área de Influência Direta) e AII (Área de Influência
Indireta)
5.3 Utilização de dados secundários nos estudos ambientais
5.4 A ausência de caráter vinculante dos estudos ambientais e dos
pareceres técnicos ao órgão licenciador: a compreensão do processo
decisório do licenciamento ambiental
CAPÍTULO VI
AS ALTERNATIVAS TÉCNICAS E LOCACIONAIS NOS ESTUDOS AMBIENTAIS
6.1 As espécies de alternativas tecnológicas e locacionais e a sua
previsão no processo decisório ambiental brasileiro
CAPÍTULO VII
AS CONDICIONANTES E AS MITIGANTES NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
7.1 As mitigantes
7.1.1 Hierarquia ou sequência de mitigação e seus problemas
7.1.2 A razoabilidade nas mitigantes
7.1.3 A importância da fase de acompanhamento: monitoramento
ambiental
7.2 O órgão competente para impor as condicionantes: órgão licenciador
e/ou intervenientes?
7.2.1 A fiscalização de condicionantes por outro órgão do Sisnama
7.3 Inexistência de ato jurídico perfeito ou direito adquirido às
condicionantes ambientais
7.4 O cumprimento das condicionantes ambientais: dinamicidade e
gerenciamento dos impactos
CAPÍTULO VIII
LICENCIAMENTO AMBIENTAL E DIREITO INTERTEMPORAL: A LEI
AMBIENTAL NO TEMPO
8.1 A aplicação dos critérios da LC no 140/11 no tempo (art. 18)
8.1.1 A regra de transitoriedade do artigo 18, caput, não subverte a lógica
da LC no 140/11
8.1.2 As regras de transição dos parágrafos do artigo 18: vedação de
exegese retrospectiva
CAPÍTULO X
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
10.1 As consultas e audiências públicas no licenciamento ambiental
10.1.1 A regra da participação administrativa (administração pública
democrática): não orgânica, não vinculante e facultativa
10.1.2 Panorama geral das audiências públicas
10.1.2.1 Direito de participação, não ao devido processo legal
10.1.2.2 A exceção da obrigatoriedade e regra da facultatividade da
realização das audiências públicas
10.1.2.3 Finalidade
10.1.2.4 Desnecessidade de sobrecarregar a publicidade em relação ao tema
da audiência pública
10.1.2.5 Prazo para solicitação de realização e distinção com divulgação
(mito dos 45 dias para a convocação)
10.1.2.6 Publicidade
10.1.2.7 Limitações materiais para as audiências públicas
10.1.2.8 Ordem dos trabalhos e poder de polícia
10.1.2.9 Prolongamento e número de audiências públicas: discricionariedade
administrativa
10.1.2.10 Área de influência do empreendimento, número e local de realização:
desnecessidade em cada cidade afetada pelo ato estatal
10.1.2.11 Tumultos e abuso de poder participativo: desaforamento, substituição
por outros meios participativos e ad impossibilia nemo tenetur
10.1.2.12 Vinculatividade e diferenciação do plebiscito
10.1.2.13 Desnecessidade da oralidade bilateral
10.1.3 A audiência pública do processo de licenciamento ambiental
10.1.3.1 A pluralidade de vias participativas no licenciamento ambiental:
publicação da licença, comentários e eventuais audiências públicas
10.1.3.2 Inexistência de direito potestativo à audiência pública e
discricionariedade numérica
10.1.3.2.1 Eventual obrigatoriedade de realizar audiência pública mediante
pedido da sociedade (Resolução Conama no 9/87, art. 2o)
10.1.3.3 Ausência da audiência ou defeito em sua confecção
10.1.3.4 Publicação, convocação e imprensa local
10.1.3.5 Divulgação das informações necessárias à audiência pública
10.1.3.6 Momento da audiência pública ambiental: após o aceite ou após a
entrega das complementações?
10.1.3.7 Audiências públicas conjuntas
10.1.4 Informalismo, impacto de outros meios participativos e convalidação
das audiências públicas
10.2 A participação dos povos indígenas e tribais: oitivas na Convenção
169 da OIT, Constituição Federal e IN Funai 01/2012
10.2.1 Natureza política da autorização do Congresso Nacional, o
julgamento Raposa Serra do Sol e o posicionamento da AGU na
oitiva dos povos indígenas
10.2.2 Âmbito de aplicação da Convenção OIT 169: conceito de povos
tribais e indígenas
10.2.3 A questão da oitiva (coleta de opinião) dos povos indígenas
(Convenção OIT e CF, art. 231, §3o): natureza de consulta e não de
consentimento prévio
CAPÍTULO XII
CONTROLE JURISDICIONAL DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
12.1 O controle judicial em matéria procedimental: o exemplo da Suprema
Corte estadunidense em Vermont Yankee v. NRDC (1978)
12.1.1 Críticas às decisões judiciais sobre audiências públicas
12.1.1.1 O caso da eleição do Conselho Gestor da APA Costa Brava
12.1.1.2 O caso do tombamento provisório do encontro das águas dos rios
Negro e Solimões
12.1.1.3 O emblemático caso das audiências públicas do Porto Sul/BA
12.2 O controle substancial do licenciamento ambiental: o processo
judicial como foro inadequado para resolver disputas entre cientistas
ou metodologias científicas
12.2.1 O controle sobre a necessidade e a escolha (triagem) de estudo
ambiental adequado (EIA, RCA, PCA, RAP etc.)
12.2.2 Os laudos efetuados para contestar as análises ambientais e a
divergência dentro da própria Administração Pública
CAPÍTULO XIII
AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA (AAE) E AVALIAÇÃO AMBIENTAL
INTEGRADA (AAI)
13.1 Avaliação ambiental estratégica (AAE), integrada (AAI) e a sua
equivocada contextualização no licenciamento ambiental: AAE
subsidia política pública
13.1.1 A AAE é estudo que orienta a política, não é a política em si, e a
excessiva confiança na AAE
13.2 Os argumentos para exigir a AAE como requisito para o
licenciamento estatal
13.3 Ausência de exclusividade da AAE para mensurar impactos
cumulativos e sinérgicos e o pleno controle dos impactos ambientais
no licenciamento ambiental sem ela
13.3.1 O argumento da relação entre as partes e o todo
13.3.2 A desnecessidade do Zoneamento Ecológico-
Econômico/agroecológico para a licença ambiental
13.4 A AAE como espécie da avaliação de impacto ambiental (AIA)?
Possibilidade de criação por ato infralegal? Por quem?
13.4.1 A situação da AAE nos EUA e a diferença com a possibilidade
regulatória brasileira
13.4.2 A impossibilidade de exigir a AAE baseada na mera
discricionariedade técnica do órgão ambiental
13.5 Autocontenção judicial no procedimento administrativo de
licenciamento ambiental: impossibilidade de exigir a AAE
CAPÍTULO XIV
A COMPENSAÇÃO AMBIENTAL DA LEI DO SNUC
14.1 Execução direta (autoexecução) e indireta (em pecúnia) da
compensação ambiental
14.2 Da correção e retificação dos valores da compensação ambiental
14.2.1 Momento de constituição da compensação ambiental
14.2.2 Da atualização do débito: correção monetária (perda inflacionária) e
juros de mora (compensar o retardamento ou o inadimplemento de
uma obrigação)
14.2.3 Vencimento da compensação ambiental assim que constituída pós-
IN Ibama 11/2013
14.2.4 Início dos juros da compensação ambiental somente após Ibama
viabilizar o recebimento do valor devido: efeitos da mora do credor
14.2.5 Da eventual revisão do valor da compensação ambiental: erro
grosseiro, dolo ou fraude
14.3 Da destinação da compensação ambiental
14.3.1 A função da compensação ambiental da Lei do Snuc de subsidiar, de
forma complementar, a política pública das unidades de conservação
14.3.2 Compensação ambiental prevista na Lei do Snuc não se confunde
com a compensação mitigante do licenciamento ambiental
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
PREFÁCIO
Talden Farias
580 MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente, 10. ed., 2015, p. 775; MACHADO,
Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro, 17. ed., 2009, p. 234;
CAPPELLI, Sílvia. O Estudo de Impacto Ambiental na realidade
Brasileira. Disponível em:
http://www.mprs.mp.br/ambiente/doutrina/id21.htm. Acesso em: 17 fev.
2014; Council on Environmental Quality (CEQ) guidelines, 40 CFR
1502.14; HILL, William W.; ORTOLANO, Leonard. NEPA’s effect on the
consideration of alternatives: a crucial test. Natural Resources Journal,
Albuquerque: UNM School of Law, v. 18, n. 2, p. 285-311, 1978, p. 286;
KIRSCH Peter J.; RIPPY, Conrad M. Defining the scope of alternatives in
an EIS after Citizens Against Burlington. Environmental Law Report, n.
21, p. 10701-10710, 1991, p. 10702; MARRIOTT, Betty Bowers.
Environmental Impact Assessment: a practical guide. New York:
McGraw-Hill, 1997, p. 51; STEINEMANN, Anne. Improving alternatives
for environmental impact assessment. Environmental Impact Assessment
Review, n. 21, p. 3-21, 2001, p. 4-5; SMITH, Michael D. A review of
recent NEPA alternatives analysis case law. Environmental Impact
Assessment Review, n. 27, p. 126-144, 2007, p. 127.
581 A regulamentação do NEPA pelo CEQ goza de substancial deferência
por parte do Judiciário, como reconheceu a Suprema Corte
estadunidense em Andrus v. Sierra Club (1979 – 442 U.S. 358),
Robertson v. Methow Valley Citizens Council (1989 – 490 U.S. 356),
Marsh v. Oregon Natural Resources Council (1989 – 490 U.S. 372).
582 Luis Enrique Sánchez narra que, na França, “o estudo de impacto deve
somente explicitar quais as razões, de ordem ambiental, que levaram à
escolha da alternativa apresentada” (Avaliação de Impacto Ambiental:
conceito e métodos. 2. ed. São Paulo: Oficina dos Textos, 2013, p. 175).
A informação não é destituída de importância porque na França a
Constituição foi alterada (Loi Constitutionnelle 2005-205) para incluir em
seu preâmbulo o respeito aos direitos e deveres constantes da Carta do
Meio Ambiente (Charte de l’environnement) de 2004.
583 SMITH, Michael D. A review of recent NEPA alternatives analysis case
law. Environmental Impact Assessment Review, n. 27, p. 126-144, 2007,
p. 129.
584 “i) facilidade de acesso a mercados/centros de distribuição; ii) facilidade
de acesso a fornecedores e recursos necessários para funcionamento do
empreendimento; iii) bom relacionamento com a comunidade e
autoridades governamentais, iv) competitividade da localização em
relação às demais alternativas analisadas; v) considerações ambientais
(legais e ecológicas); vi) facilidade de relacionamento com as demais
empresas do mesmo grupo econômico; vii) abundância e capacitação
profissional da mão de obra necessária para a implementação da
atividade; viii) atratividades do local; ix) situação tributária,
disponibilidade de crédito e incentivos para a implementação da
atividade; x) boa infraestrutura de transportes; xi) existência de utilidades
de serviços” (ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 16. ed. São
Paulo: Atlas, 2014, p. 625-626).
585 GLASSON, John; THERIVEL, Riki; CHADWICK, Andrew. Introduction to
Environmental Impact Assessment. 4. ed. Abindgon: Routledge, 2012, p.
91 – tradução livre.
586 HERRMANN, Hildebrando; POVEDA, Eliane Pereira Rodrigues, SILVA,
Marcus Vinicius Lopes da. Código de Mineração de A a Z. 2. ed.
Campinas, SP: Millennium, 2010, p. 12-14.
587 “Lida literalmente, claro, essa regra eliminaria a jurisprudência exigindo
a consideração de alternativas de não ação, de ação mitigada, de ação
reduzida, de postergamento” (RODGERS JR.; William H. Environmental
Law. 2. ed. West Pub., St. Paul, 1994, p. 960-961 – tradução livre).
588 STEINEMANN, Anne. Improving alternatives for environmental impact
assessment. Environmental Impact Assessment Review, n. 21, p. 3-21,
2001, p. 6 – tradução livre.
589 MARRIOTT, Betty Bowers. Environmental Impact Assessment: a
practical guide, 1997, p. 57 – tradução livre.
590 CZARNEZKI, Jason J. Defining the project purpose under NEPA:
promoting consideration of viable EIS alternatives. The University of
Chicago Law Review, v. 70, n. 2, p. 599-619, 2003, p. 616.
591 “Art. 3o. A intervenção ou supressão de vegetação em APP somente
poderá ser autorizada quando o requerente, entre outras exigências,
comprovar: I – a inexistência de alternativa técnica e locacional às obras,
planos, atividades ou projetos propostos;”.
592 SOUZA, Adriano Andrade de; VARJABEDIAN, Roberto. Inexistência de
alternativa técnica e locacional: pressuposto inafastável para intervenção
em APP. Revista de Direito Ambiental, São Paulo: RT, ano 18, v. 71, p.
159-174, jul./set. de 2013.
593 MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e Aplicação do Direito. 19. ed. 3.
tir. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 183-194. Ilustrativos os
entendimentos no STF e no STJ: “[…] pois ‘a aposentadoria especial é a
exceção, e, como tal, sua interpretação só pode ser restritiva’ (ADI 178,
rel. min. Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, DJ 26.04.1996)” (STF, 2. T.,
v.u., AR no RE 288.640/PR, rel. Min. Joaquim Barbosa, j. em 06.12.2011,
DJe 01.02.2012); “[…] II – Segundo o princípio de hermenêutica jurídica,
não pode o intérprete criar ressalvas onde a lei não o faz, uma vez que
as exceções devem ser interpretadas restritivamente” (STJ, 5. T., v.u.,
REsp 643.342/PE, rel. Min. Gilson Dipp, j. em 17.08.2006, DJU
11.09.2006, p. 337); “[…] 5. Aliás, a jurisprudência do E. STJ, encontra-
se em sintonia com o entendimento de que as normas legais que
instituem regras de exceção não admitem interpretação extensiva. (REsp
806027/PE; Rel. Min. FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, DJ de
09.05.2006; REsp 728753/RJ, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
DJ de 20.03.2006; REsp 734450/RJ, deste relator, DJ de 13.02.2006;
REsp 644733/SC; Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, Rel. p/ acórdão, este
relator, DJ de 28.11.2005)” (STJ, 1. T., REsp 829.726/PR, rel. p/ ac. Min.
Luiz Fux, j. em 29.06.2006, DJU 27.11.2006, p. 254).
594 “O silêncio eloquente do legislador pode ser definido como aquele
relevante para o Direito, aquele silêncio proposital. Por ele, um silêncio
legislativo sobre a matéria de que trata a lei pode ser considerado como
uma lacuna normativa a ser preenchida pelo intérprete, mas como uma
manifestação de vontade do legislador apta a produzir efeitos jurídicos
bem definidos. Ele faz parte do contexto da norma, influenciando sua
compreensão” (BIM, Eduardo Fortunato. A subsistência do ISS fixo para
as sociedades uniprofissionais em face da Lei Complementar 116/03: a
plena vigência do §3o do artigo 9o do DL 406/68. In: ROCHA, Valdir de
Oliveira (coord.). O ISS e a LC 116. São Paulo: Dialética, 2003, p. 97).
595 BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e Aplicação da Constituição. 5.
ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 71. Cunhador dessa expressão, José
Carlos Barbosa Moreira, estigmatizando a equivocidade desta postura
hermenêutica, aduziu: “Põe-se ênfase nas semelhanças, corre-se um
véu sobre as diferenças e conclui-se que, à luz daquelas, e a despeito
destas, a disciplina da matéria, afinal das contas, mudou pouco, se é que
na verdade mudou. É um tipo de interpretação a que não ficaria mal
chamar ‘retrospectiva’: o olhar do intérprete dirige-se antes ao passado
que ao presente, e a imagem que ele capta é menos a representação da
realidade que uma sombra fantasmagórica” (BARBOSA MOREIRA, José
Carlos. O Poder Judiciário e a efetividade da nova Constituição. Revista
Forense, Rio de Janeiro: Forense, n. 304, p. 151-155, out./dez. 1988, p.
152).
596 O Decreto no 6.660/08, ao regulamentar a Lei no 11.428/06, tratou da
questão em diversos dispositivos (arts. 30, §4o, 39, caput, 48).
597 SMITH, Michael D. A review of recent NEPA alternatives analysis case
law. Environmental Impact Assessment Review, n. 27, p. 126-144, 2007,
p. 134.
598 CZARNEZKI, Jason J. Defining the project purpose under NEPA:
promoting consideration of viable EIS alternatives. The University of
Chicago Law Review, v. 70, n. 2, p. 599-619, 2003, p. 601 – tradução
livre.
599 CAPPELLI, Sílvia. O Estudo de Impacto Ambiental na realidade
Brasileira. Disponível em:
http://www.mprs.mp.br/ambiente/doutrina/id21.htm. Acesso em: 17 fev.
2014.
600 GENELETTI, Davide. Integration of impact assessment types improves
consideration of alternatives. Impact Assessment and Project Appraisal,
v. 32, n. 1, p. 17-18, 2014, p. 17 – tradução livre.
601 HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da
Língua Portuguesa. 2. reimp. com alterações. Rio de Janeiro: Objetiva,
2007, p. 169, verbete: alternativa.
602 GENELETTI, Davide. Integration of impact assessment types improves
consideration of alternatives. Impact Assessment and Project Appraisal,
v. 32, n. 1, p. 17-18, 2014, p. 17 – tradução livre.
603 SHRADER-FRECHETTE, K. S. Environmental impact assessment and
the fallacy of unfinished business. Environmental Ethics, v. 4, n. 1, p. 37-
47, 1982, p. 44 – tradução livre.
604 Betty Bowers Marriott explica que foram editadas diretrizes (guidelines)
do NEPA pelo CEQ em 1970, revisadas em 1973 para implementar a
Seção 102(2)(C) da lei. Essas diretrizes eram para ser vinculantes, mas
algumas cortes e órgãos da Administração Pública as viam como
aconselhativas. Diante dessa divergência, o Presidente Carter expediu a
Executive Order 11.991/77 determinando ao CEQ que expedisse
regulação (regulation) a respeito. Então, em 1978, as diretrizes foram
convertidas em regulações, vinculantes para toda a Administração
Pública federal (Environmental Impact Assessment: a practical guide.
New York: McGraw-Hill, 1997, p. 7).
605 YOST, Nicholas C. CEQ’s “Forty Questions:” the key to understanding
NEPA, Natural Resources & Environment, American Bar Association, v.
23, n. 4, p. 8-10, 2009, p. 10.
606 Forty most asked questions concerning CEQ’s National Environmental
Policy Act Regulations, 1b – tradução livre.
607 Robertson v. Methow Valley Citizens Council (1989) e Marsh v. Oregon
Natural Resources Council (1989).
608 HICKOK, Harold. Introduction to Environmental Law. Albany: Delmar
Publishers, 1996, p. 81 – tradução livre.
609 MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro, 17. ed.,
2009, p. 234.
610 NEPA, Seção 102, 2, C, III (42 U.S.C. §4332).
611 MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro, 17. ed.,
2009, p. 234.
612 LEUZINGER, Marcia Dieguez; CUREAU, Sandra. Direito Ambiental. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2013, p. 86.
613 GLASSON, John; THERIVEL, Riki; CHADWICK, Andrew. Introduction to
Environmental Impact Assessment, 4. ed., 2012, p. 94 – tradução livre.
614 STEINEMANN, Anne. Improving alternatives for environmental impact
assessment. Environmental Impact Assessment Review, n. 21, p. 3-21,
2001, p. 8 – tradução livre.
615 CZARNEZKI, Jason J. Defining the project purpose under NEPA:
promoting consideration of viable EIS alternatives. The University of
Chicago Law Review, v. 70, n. 2, p. 599-619, 2003, p. 599-600.
616 SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de Impacto Ambiental: conceito e
métodos, 2. ed., 2013, p. 175.
617 Vermont Yankee Nuclear Power Corp. v. Natural Resources Defense
Council (1978) (435 U. S. 551) – tradução livre.
618 TABB, William Murray. An Environmental Conversation. Natural
Resources Journal, Albuquerque: UNM School of Law, v. 54, n. 1, p. 143-
179, 2014, p. 169-170 – tradução livre.
619 Responsável por toda a costa oeste norte-americana, incluindo o
Alasca e o Havaí. Além de ser conhecida como o tribunal mais amigo do
meio ambiente, sua abrangência territorial cobre 34% do território norte-
americano (SMITH, Michael D. Cumulative Impact Assessment under the
National Environmental Policy Act: an analysis of recent case law.
Environmental Practice, Cambridge: Cambridge University Press, v. 8, n.
4, p. 228-240, dez. 2006, p. 230).
620 Tradução livre. No mesmo sentido, cf. Seattle Audubon Society v.
Moseley (9. Circuit 1996) (80 F.3d 1404), que cita os seguintes
precedentes: Resources Limited, Inc. v. Robertson, 8 F.3d 1394, 1401-02
(9. Cir. 1993); Headwaters v. Bureau of Land Management, 914 F.2d
1174, 1180-81 (9. Cir. 1990).
621 Headwaters Inc. v. Bureau of Land Management Medford District (9.
Circuit 1990) (914 F.2d 1174 e ss.) – tradução livre.
622 ECCLESTON, Charles H. Effective environmental assessments: how to
manage and prepare NEPA EAs. Boca Raton: Lewis Publishers, 2001, p.
39 – tradução livre.
623 SMITH, Michael D. A review of recent NEPA alternatives analysis case
law. Environmental Impact Assessment Review, n. 27, p. 126-144, 2007,
p. 127 e 143.
624 Como alerta a Suprema Corte da Califórnia: “Isto não é sugerir que
projetos privados são categoricamente isentos de avaliação de
alternativa locacional. Compreensivelmente, o poder estatal do domínio
eminente e o acesso a terras públicas sugerem que os locais alternativos
podem ser mais viáveis, com mais frequência, quando o empreendedor é
o Estado, em vez do particular” (Citizens of Goleta Valley v. Board of
Supervisors – Cal. 1990) – tradução livre.
625 HAWS, J. Matthew. Analysis paralysis: rethinking the court’s role in
evaluating EIS reasonable alternatives. University of Illinois Law Review,
n. 2, p. 537-576, 2012, p. 557 – tradução livre.
626 HAWS, J. Matthew. Analysis paralysis: rethinking the court’s role in
evaluating EIS reasonable alternatives. University of Illinois Law Review,
n. 2, p. 537-576, 2012, p. 559.
627 Native Ecosystems Council v. U.S. Forest Service (9. Cir. 2005 – 428
F.3d 1233) – tradução livre. Admitindo apenas a alternativa zero como
alternativa e rechaçando um número mínimo delas, cf. People of the
State of California v. U.S. D.O.I. (9. Circuit – 2014).
628 League of Wilderness Defenders-Blue Mountains Biodiversity Project v.
United States Forest Service Bov Eav (9. Cir. 2012).
629 Usando como exemplo o seguinte caso: “Se licenciar o reator Vernon
for feito para ajudar o suprimento de energia a New England, licenciar
um reator ao norte de New York pode fazer igual sentido. Se licenciar o
reator Vernon for feito para também estimular o mercado de trabalho,
licenciar o reator em Lake Placid seria muito menos eficaz” (Citizens
Against Burlington v. Busey – tradução livre) (D.C. Cir. 1991 – 938 F.2d.
195).
630 Citizens Against Burlington v. Busey (D.C. Cir. 1991 – 938 F.2d. 195) –
tradução livre.
631 SHRADER-FRECHETTE, K. S. Environmental impact assessment and
the fallacy of unfinished business. Environmental Ethics, v. 4, n. 1, p. 37-
47, 1982, p. 42.
632 SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de Impacto Ambiental: conceito e
métodos, 2. ed., 2013, p. 174.
633 “E os tribunais não são livres para rejeitar uma avaliação ambiental
porque o órgão governamental recusa-se a mudar sua política. Ver
Coalition For Responsible Regional Development v. Coleman, 555 F.2d
398, 401-02 (4. Cir. 1977) (alternativa corretamente rejeitada porque “não
realizaria os objetivos do (proposto) projeto”); Headwaters, Inc. v. Bureau
of Land Management, 914 F.2d 1174, 1180 (9. Cir. 1990) (um órgão
público não é obrigado a considerar alternativas que são “inviáveis,
ineficazes ou inconsistentes com os objetivos políticos fundamentais”
para a ação em questão)” (tradução livre).
634 City of Angoon v. Hodel (9. Cir. 1986) (803 F.2d 1021); Citizens Against
Burlington v. Busey (D.C. Cir. 1991 – 938 F.2d. 195) – tradução livre.
635 Citizens Against Burlington v. Busey (D.C. Cir. 1991 – 938 F.2d. 196);
Izaak Walton League of Am. v. Marsh (D.C. Cir. 1981 – 655 F.2d 372). Cf.
ainda City of New York v. Department of Transp. (1983 – 715 F.2d 743-
745), na qual a 2a Circuit Court reformou decisão de primeira instância
porque o Departamento de Transporte não tinha a obrigação de
considerar como alternativa o transporte de combustível nuclear por
barcaças se a previsão da política pública era para fazê-lo via rodoviária.
636 LEUZINGER, Marcia Dieguez; CUREAU, Sandra. Direito Ambiental,
2013, p. 85-86.
637 Exemplo disso está no Código Ambiental Estadual do Rio Grande do
Sul, que preceitua a possibilidade de invalidação do EIA – e, portanto, de
sustação do processo de licenciamento – diante da “ausência de
equidade, uniformidade metodológica e grau de aprofundamento
equivalente no estudo das diferentes alternativas locacionais e
tecnológicas” (Lei no 11.520/00, art. 81, II).
638 Deficiências em estudos de impacto ambiental: síntese de uma
experiência. Brasília: Ministério Público Federal/4. Câmara de
Coordenação e Revisão; Escola Superior do Ministério Público da União,
2004, p. 13.
639 ECCLESTON, Charles H. Effective environmental assessments: how to
manage and prepare NEPA EAs, 2001, p. 46.
640 Forty most asked questions concerning CEQ’s National Environmental
Policy Act Regulations, 5b – tradução livre.
641 LACKEY JR., Michael E. Misdirecting NEPA: leaving the definition of
reasonable alternatives in the EIS to the applicants. The George
Washington Law Review, n. 60, p. 1232-1274, 1992, p. 1239.
642 Este entendimento foi expressamente adotado pela 10. Circuit Court em
Custer County Action Association v. Jane F. Garvey (2001).
643 State of Alaska v. D. Andrus (D.C. Cir. 1978) (580 F.2d 475).
644 Citizens Against Burlington v. Busey (D.C. Cir. 1991) (938 F.2d. 195) –
tradução livre. No mesmo sentido, cf. North Slope Borough. v. D. Andrus
National Wildlife Federation (D.C. Cir. 1980) (642 F.2d 601).
645 Lathan v. S Brinegar Lathan (9. Cir. 1974) (506 F.2d 693) e City of
Angoon v. Hodel City of Angoon (9. Cir. 1986) (803 F.2d 1021) – tradução
livre.
646 562 F.2d 1375 – tradução livre.
647 Cf., na Suprema Corte estadunidense mesmo, Vermont Yankee Nuclear
Power Corp. v. NRDC (1978) (435 U. S. 555), que usa as mesmas
palavras, bem como Strycker’s Bay Neighborhood Council, Inc. v. Karlen
(1980), no qual foi decidido que, atendidas as exigências procedimentais
do NEPA pela Administração Pública, “a única regra para o Judiciário é
garantir que a Administração Pública considerou as consequências
ambientais; não pode imiscuir-se na área de discricionariedade do
Executivo quanto à escolha da ação a ser tomada” (444 U.S. 223, 227-
228 – tradução livre). No já citado Citizens Against Burlington v. Busey
(D.C. Circuit 1991), decidiu-se que compete à Administração Pública,
não às cortes, a função de avaliar os planos para reduzir os danos
ambientais; assim, as cortes não devem microgerir os estudos
ambientais a cargo da Administração Pública, no caso estratégias para
proteger as unidades de conservação (938 F.2d. 204).
648 BELTRÃO, Antonio F. G. Aspectos Jurídicos do Estudo de Impacto
Ambiental (EIA). São Paulo: MP Editora, 2007, p. 105.
649 STEINEMANN, Anne. Improving alternatives for environmental impact
assessment. Environmental Impact Assessment Review, n. 21, p. 3-21,
2001, p. 11 – tradução livre.
650 “[…] the question before us is not whether it represents the best
interpretation of the statute, but whether it represents a reasonable one”
(517 U.S 744-745).
651 490 U.S. 378 – tradução livre.
652 Northern Alaska Environmental Center v. Lujan E (9. Cir. 1992 – 961 F.
2d 886); Conner v. Burford (9. Cir. 1988) – tradução livre.
653 Robertson v. Methow Valley Citizens Council (1989 – 490 U.S. 353) –
tradução livre.
654 Seacoast Anti-Pollution League v. NRC (1. Cir. 1979 – 9 ELR 20389);
Citizens of Goleta Valley v. Board of Supervisors (Cal. 1990) – tradução
livre.
655 Seacoast Anti-Pollution League v. NRC (1. Cir. 1979 – 9 ELR 20389) –
tradução livre.
656 GLASSON, John; THERIVEL, Riki; CHADWICK, Andrew. Introduction to
Environmental Impact Assessment. 4. ed. Abindgon: Routledge, 2012, p.
94 – tradução livre.
657 Citizens of Goleta Valley v. Board of Supervisors (Cal. 1990) – tradução
livre.
658 LACKEY JR., Michael E. Misdirecting NEPA: leaving the definition of
reasonable alternatives in the EIS to the applicants. The George
Washington Law Review, n. 60, p. 1232-1274, 1992, p. 1248.
659 Hoosier Environmental Council v. U.S. Army Corps of Engineers (7. Cir.
2013) – tradução livre.
CAPÍTULO VII
AS CONDICIONANTES E AS MITIGANTES NO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
7.1 As mitigantes
As mitigantes são medidas que visam a evitar, diminuir, retificar
ou mesmo compensar o impacto ambiental adverso. Segundo
Arlindo Philippi Jr. e Ivan Maglio:
As medidas mitigadoras são destinadas a corrigir ou compensar impactos
negativos, ou a reduzir a sua magnitude, ou ainda para potencializar impactos
positivos. Para cada um dos impactos verificados no projeto, devem-se
identificar os esquemas ou mecanismos capazes de cumprir essa função,
avaliando-se sua eficiência e eficácia, bem como definir responsáveis pela
sua implantação.662
[…] 3.O fato de não ter se solicitado no prazo de 120 (cento e vinte) dias
anterior ao vencimento da licença expirada em meados do ano de 2007, não
autoriza o embargo praticado pelo IBAMA, porque no momento de interdição
estava pendente um requerimento administrativo.
4. Não cabe fazer um juízo de valor porque a parte demorou ou não a
requerer administrativamente a continuidade da licença, muito menos sobre a
demora do órgão fiscalizador, que promoveu o embargo discutido nos autos,
em atuar junto às empresas que estavam em descumprimento da lei. Pois se
o administrado se omitiu a pugnar a destempo a sua autorização de atuação
na prática exploratória ambiental, a Administração Pública também deixou de
atuar durante os mais de dois anos em que inexistia documento que pudesse
corroborar a atuação do particular na dita atividade.885
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
10.1.2.3 Finalidade
Por tradição do Direito Ambiental (Resoluções do Conama no
1/86, art. 11, §2o, e no 9/87, art. 1o), costuma-se doutrinar que a
audiência pública visa informar e expor o conteúdo da decisão ou
futura decisão à sociedade, promovendo a discussão sobre o tema
ao dirimir as dúvidas e recolher dos presentes as críticas e
sugestões a respeito. Lúcia Valle Figueiredo e Mariana Mencio
também corroboram essa dupla finalidade: ampla publicidade e
discussão/diálogo.933 Marcos Augusto Perez destaca a finalidade de
esclarecimento – em vez de publicidade, informação ou exposição –
e de discussão.934
Na doutrina de Antonio Cabral, a audiência pública
simplesmente tem a função de colher impressões e demandas da
comunidade envolvida sobre tema que será objeto de decisão
administrativa.935
A audiência pública é “um instituto de participação administrativa
aberta a indivíduos e a grupos sociais determinados, visando à
legitimidade da ação administrativa, formalmente disciplinada em lei,
pela qual se exerce o direito de expor tendências, preferências e
opções que possam conduzir o Poder Público a uma decisão de
maior aceitação consensual”.936 O TJSP, ao corretamente declarar a
não vinculatividade da audiência pública, frisou sua finalidade
“consultiva e destinada à apresentação de projeto, esclarecimentos
e coleta de críticas e sugestões”.937 Ao tratar das audiências pública
ambientais, o Min. Sepúlveda Pertence destacou “que o objetivo
dessas audiências é colher da sociedade informações que poderão,
inclusive, demandar a elaboração de novos estudos”.938
Sem dúvida a audiência pública reforça a divulgação da
informação (v.g., LC no 101/00, art. 48, parágrafo único, inc. I; Lei no
12.527/11, art. 9o, II939). “Há uma dupla caminhada na audiência
pública: o órgão público presta informações ao público e o público
presta informações à Administração Pública”,940 mas isso não faz
parte de sua gênese, que é a de obter a opinião do cidadão visando
trazer elementos para o Estado melhor decidir. Para a divulgação da
informação, tem-se o princípio da publicidade, que pode até ser
reforçado pela audiência pública, mas que não lhe é imanente ou
imprescindível. Sua função é promover o debate, o que pressupõe
esclarecimentos, mas não a publicidade no sentido convencional.
Nossa legislação é bem clara ao destacar a finalidade de
promoção de debates na audiência pública. No artigo 32 da Lei no
9.784/99 está expressamente consignado que poderá ser realizada
audiência pública “para debates sobre a matéria do processo”. O
Direito argentino também consagra idêntica solução de maneira
expressa. A Lei provincial de Buenos Aires no 13.569/06 frisa que a
finalidade da audiência pública é conhecer a opinião dos cidadãos
(art. 2o). O Decreto Argentino no 1.172/03 (cujo anexo I trata do
regulamento geral das audiências públicas na Argentina) fala em
espaço institucional para que a cidadania possa expressar sua
opinião (art. 3o), permitindo o confronto das distintas opiniões,
propostas, experiências, conhecimentos e informações existentes
sobre as questões sob consulta (art. 4o).
Exemplo dessa função da audiência pública também se encontra
naquela promovida pelo Ministério Público. Na Lei Orgânica
Nacional do Ministério Público está previsto que compete a este
órgão promover audiências públicas (Lei no 8.625/93, art. 27,
parágrafo único, IV). Hugo Nigro Mazzilli enfatiza que as audiências
públicas não submetem o Ministério Público à assembleia popular
ou nela se votam opções ou linhas de ação para a instituição,941
ainda que reconheça, juntamente com Daniel Alberto Sabsay e
Pedro Tarak, que elas constituem importante contribuição da
passagem da democracia representativa à participativa. Conclui
Mazzilli que elas servem para o Ministério Público “obter
informações, depoimentos e opiniões, sugestões, críticas e
propostas, para haurir com mais legitimidade o fundamento de sua
ação institucional”.942
10.1.2.6 Publicidade
Não existe previsão de que haja intimação pessoal para a
realização da audiência pública, bastando a publicação de editais na
imprensa oficial. O artigo 31, §1o, da Lei no 9.784/99, prevê a
divulgação pelos meios oficiais que estão a cargo da Administração
na consulta pública, instituto irmão da audiência pública. Tal
divulgação também deve fazer parte essencial da audiência pública.
Sem prejuízo, a autoridade realizadora da audiência pode
determinar outras providências que considere pertinentes; nesse
caso, contudo, estará apenas reforçando a publicidade, e o eventual
não exercício dessa faculdade não será causa de nulidade da
audiência.
Ressalte-se a desnecessidade de se utilizar todos os meios
oficiais de divulgação, (diário oficial, veículos de comunicação
pertencentes à Administração, site do órgão etc.), sendo suficiente o
uso da imprensa oficial, ainda que seja para as consultas públicas.
O que a legislação eventualmente exige é a divulgação da
convocação, que pode ocorrer mediante correspondência, rádios,
televisão, publicações em jornais etc. Esse reforço de publicidade
dado pela divulgação não se constitui em elemento central do
processo de chamamento à audiência pública, papel esse reservado
à publicação no diário oficial.
Discorda-se do entendimento de que há necessidade de
publicação em jornal local, divulgação em rádio comunitária,
colocação de faixas em lugares estratégicos etc., além da mera
publicação no diário oficial, sob a alegação de que “tal publicidade
não atingirá o grupo social devido”.953 Essa excessiva publicidade
não está prevista em norma e origina-se de visão equivocada sobre
os instrumentos de participação. A cidadania também engloba o
dever do cidadão de se informar, inclusive pelo diário oficial, sendo
esta a publicidade adequada ao nosso sistema normativo. Emendas
constitucionais, leis complementares e acórdãos do Judiciário são
publicados no diário oficial e não é dito que não se atinge o grupo
social devido.
Conviver com a busca do ideal de publicidade, que se traduz na
questão da efetividade da ciência da audiência, é discussão sem
fim. Comparecer a audiências públicas não é tarefa fácil, mormente
pela nossa já conhecida cidadania apática, a despeito do
desconhecimento delas também decorrer da nossa ausência de
cultura cívica. A ideia de inflar a publicidade parece compensar esse
déficit, mas está longe de resolver o problema, além de criar uma
desproporcional publicidade de ato secundário de participação
política – tanto que é opcional, não vinculante e sem base
representativa adequada (vontade de alguns sobre a de todos). A
pobreza e o analfabetismo do cidadão também são fatores que
prejudicam o acesso à informação, seja às leis ou à realização de
audiências públicas. Por mais que se incremente a publicidade,
sempre haverá quem não soube.954 O Direito não pode se perder
nesses labirintos comunicativos, abrindo-se à insegurança jurídica
ao permitir inúmeras contestações sobre o alcance da publicidade.
Por tais motivos, a publicação em diário oficial deve ser considerada
suficiente.
Em determinados casos, há previsão específica que excepciona
os meios de divulgação comuns. Por exemplo, os solicitantes da
audiência pública ambiental deverão ser intimados por carta.
10.1.2.7 Limitações materiais para as audiências
públicas
A audiência pública não pode ser usada para violar a separação
de poderes (v.g., impor prestação de contas em audiência pública
por norma local,955 submeter pedido de abertura de créditos
suplementares à prévia audiência pública por lei local956) ou mesmo
tratar de matéria na qual o ente envolvido não detém a competência
administrativa ou legislativa, consoante decisões sobre o tema na
Alemanha (Tribunal Constitucional)957 e sobre o plebiscito no Brasil
(STF).958
CONVALIDAÇÃO DO LICENCIAMENTO
AMBIENTAL EFETUADO POR ÓRGÃO
INCOMPETENTE
CONTROLE JURISDICIONAL DO
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
1418 Mas nem sempre foi assim. Pela redação original do Decreto no
4.340/02 (art. 32), as Câmaras de Compensação Ambiental (CCA),
criadas junto aos órgãos licenciadores, é que tinham a competência para
propor a destinação da compensação ambiental a autoridade
competente do órgão licenciador. Por isso, ela foi criada junto ao Ibama
(Portaria Ibama 07/2004), mas passou ao MMA, Ibama e ICMBio
(Portaria Conjunta MMA/IBAMA/ICMBio 513/2007), sendo afinal extinta
pela Portaria Conjunta MMA/IBAMA/ICMBio 415, de 03.11.2010. No
Decreto no 6.848/2009 (alterou a redação do art. 32 do Decreto no
4.340/02) previu-se a criação de uma Câmara Federal de Compensação
Ambiental (CFCA), no âmbito do MMA, mas com finalidades diferentes
do Comitê de Compensação Ambiental Federal (CCAF/Ibama). Em
outras palavras, a CCA era o que hoje corresponde ao CCAF.
1419 Decisão cujo sumário estava ementado assim: “[…] 3. A execução direta
dessas atividades pelo empreendedor decorre diretamente da disciplina
legal. 4. A Lei não cria para o empreendedor obrigação de pagar ou
recolher certa quantia aos cofres públicos, a título de compensação
ambiental, nem há respaldo legal para arrecadação, cobrança ou exação
de qualquer pagamento ou contribuição a esse título. 5. Não há previsão
legal para que recursos, destinados pelo empreendedor, para apoiar a
implantação e manutenção de unidades de conservação, sejam
arrecadados, geridos ou gastos pelos órgãos públicos responsáveis pela
fiscalização ambiental ou pela gestão das unidades de conservação”
(TCU, Plenário, Ac. 2.650/09, Proc. 021.971/2007‐0, rel. Min. Walton
Alencar Rodrigues, j. em 11.11.2009)
1420 TCU, Plenário, Ac. 1.853/2013 (Proc. 014.293/2012‐9), rel. Min. Weder
de Oliveira, j. em 17.07.2013.
1421 “Porém, o Decreto 4.340/2002 não possibilita – nem poderia
legitimamente possibilitar ao empreendedor cumprir a obrigação de
apoiar (caput do art. 36 da Lei 9.985/2000), mediante a entrega de
recursos financeiros à ICMBio, tampouco delega competência ao ICMBio
para disciplinar dessa forma o cumprimento da aludida obrigação. […]
Em momento algum faz referência a transferência, por parte do
empreendedor, de aportes financeiros destinados à compensação
ambiental aos órgãos ambientais para que executem diretamente esses
recursos. Como visto, se o próprio decreto que regulamentou o art. 36 da
Lei 9.985/2000 não previu o cumprimento da obrigação de forma indireta
– o que de fato, em regime de legalidade, não poderia fazer –, resta claro
que a Instrução Normativa 20/2012 editada pelo ICMBio não poderia,
validamente, normatizar o cumprimento da compensação ambiental, por
meio de depósito de recursos pelos empreendedores, em contas
escriturais da Caixa, a serem geridas pelo ICMBio. […] A compensação
ambiental a cargo do empreendedor, embora mensurável
economicamente, não se confunde com ônus de recolher recursos
financeiros a contas geridas pelos gestores das unidades de
conservação. A lei prevê ao agente econômico cuja atividade produz
impactos significativos ao meio ambiente uma única obrigação, de fazer,
consistente no apoio à implantação e à manutenção de unidade de
conservação. A obrigação do empreendedor não pode ser reduzida à
obrigação de pagar valor. Cabe a ele apoiar efetivamente a implantação
e manutenção de unidades de conservação, destinando a isso recursos
próprios, mensuráveis economicamente, até o limite previsto em lei. Vale
dizer, cabe a ele agir diretamente para implantar e/ou manter tais
unidades. Não lhe é facultado repassar recursos financeiros a órgãos
estatais para que estes cumpram a obrigação em seu lugar. A obrigação
legal deve ser cumprida diretamente pelo empreendedor, destinatário da
lei” (TCU, Plenário, m.v., Ac. 1.004/2016, Proc. 014.293/2012‐9, rel. Min.
Raimundo Carreiro, j. em 27.04.2016).
1422 “Como se observa da leitura do dispositivo, não há deferimento para o
prosseguimento da modalidade de execução da compensação ambiental
de forma indireta, mediante regulamentação por Decreto Presidencial.
Está, sim, explícito que essa modalidade de execução da compensação
ambiental infringe e legislação atual. […] Como a lei não criou qualquer
prestação pecuniária compulsória, tampouco impôs ao empreendedor a
obrigação de pagar ou recolher qualquer quantia aos cofres dos órgãos
de licenciamento ambiental ou das chamadas unidades de conservação,
não há como o decreto que a regulamenta permitir a execução indireta
da obrigação de compor os danos ambientais. Se assim o fizer,
extrapolará os termos da legislação, sendo nulo, uma vez que atentará
não só contra os termos da Lei 9.985/2000, mas contra a própria razão
de ser da instituição da compensação ambiental, que é a proteção do
meio ambiente” (TCU, Plenário, Ac. 1732/16, Proc. 014.293/2012-9, rel.
Min. Walton Alencar Rodrigues, j. em 06.07.16).
1423 MACIEL, Marcela Albuquerque. Compensação Ambiental: instrumento
para a implementação do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação. São Paulo: Letras Jurídicas, 2012, p. 204.
1424 “Art. 14-A. Fica o Instituto Chico Mendes autorizado a selecionar
instituição financeira oficial, dispensada a licitação, para criar e
administrar fundo privado a ser integralizado com recursos oriundos da
compensação ambiental de que trata o art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de
julho de 2000, destinados às unidades de conservação instituídas pela
União. §1o A instituição financeira oficial de que trata o caput deste artigo
será responsável pela execução, direta ou indireta, e pela gestão
centralizada dos recursos de compensação ambiental destinados às
unidades de conservação instituídas pela União e poderá, para a
execução indireta, firmar contrato com instituições financeiras oficiais
regionais”.
1425 Por ser elucidativo, cite-se o seguinte excerto do Parecer AGU GQ 111,
aprovado pela Presidência da República (LC no 73/93, art. 40, §1o), o
qual reconhece o direito à correção monetária mesmo sem previsão
legal, detalhando que sua natureza é a “15. […] de ‘instrumento pelo qual
através do reajuste de unidades pecuniárias se mantém o equilíbrio entre
a dívida e o valor da prestação destinada à satisfação do credor’, na feliz
assertiva de Humberto Gomes de Barros, quando, como Procurador-
Geral, analisou a questão no âmbito da Administração do Distrito
Federal. É a consequência da corrosão da moeda, isto é, o
‘descompasso, ao longo do tempo, entre a expressão nominal e a
expressão real do dinheiro, assentando, por tal meio a correspondência
verdadeira entre duas nominações numéricas ao longo da dilação
temporal’ (Celso Antônio Bandeira de Mello, Contrato de Obra Pública
com Sociedade de Economia Mista Atraso no Pagamento de Faturas, in
RDP no 74/ 103116, p. 114). É adequação do valor material da obrigação
ao valor formal.
1426 “[…] 9. Entrementes, ainda que a conta de liquidação tenha sido
realizada em período em que aplicável a Taxa Selic como índice de
correção monetária do indébito tributário, impõe-se seu afastamento,
uma vez que a aludida taxa se decompõe em taxa de inflação do período
considerado e taxa de juros reais, cuja incompatibilidade, na hipótese,
decorre da não incidência de juros moratórios entre a elaboração dos
cálculos e o efetivo pagamento, no prazo legal, da requisição de
pequeno valor RPV. 10. Consectariamente, o índice de correção
monetária aplicável aos valores constantes da RPV, quando a conta de
liquidação for realizada no período em que vigente a Taxa Selic, é o
IPCA-E/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
Especial), à luz do Manual de Orientação de Procedimentos para os
cálculos na Justiça Federal, aprovado pela Resolução 242/2001
(revogada pela Resolução 561/2007)” (STJ, Corte Especial, v.u., REsp
Rep. 1.143.677/RS, rel. Min. Luiz Fux, j. em 02.12.2009, DJe 04.02.2010
sem destaques no original. No mesmo sentido: STJ, Corte Especial, v.u.,
AgRg nos EREsp 1.149.594/RS, rel. Min. Luiz Fux, j. em 06.10.2010,
DJe 08.11.2010).
1427 STJ, 1a S., v.u., REsp Rep. 1.270.439/PR, rel. Min. Castro Meira, j. em
26.06.2013, DJe 02.08.2013. No mesmo sentido: STJ, 1a S., v.u., MS
18.217/DF, rel. Min. Eliana Calmon, j. em 28.08.2013, DJe 04.09.2013.
1428 STF, Pleno, ADI-QO 4425, rel. Min. Luiz Fux, j. em 25.03.2015, DJe
04.08.2015.
1429 “[…] 5. O Supremo Tribunal Federal conferiu eficácia prospectiva à ADI
4.357/DF, fixando como marco inicial a data de conclusão do julgamento
da questão de ordem, em 25.3.2015, e manteve válidos os precatórios
expedidos ou pagos até esta data, com os seguintes critérios, a saber: a
aplicação do índice oficial de remuneração básica da caderneta de
poupança (TR), nos termos da EC 62/09, até 25.3.15, data após a qual
(i) os créditos em precatórios deverão ser corrigidos pelo IPCA-E (Índice
de Preços ao Consumidor Amplo Especial) e (ii) os precatórios tributários
deverão observar os mesmos critérios pelos quais a Fazenda Pública
corrige seus créditos tributários; e os precatórios expedidos, no âmbito
da administração pública Federal, com base nos arts. 27 das Leis
12.919/13 e 13.080/15, que fixam o IPCA-E como índice de correção
monetária (STJ, 1a T., v.u., AgRg no AREsp 535.403/RS, rel. Min.
Napoleão Nunes Maia Filho, j. em 23.06.2015, DJe 04.08.2015)”
(Orientação Judicial 03/2015/DEPCONT/PGF, expedido nos autos do PA
00407.009105/201546).
A própria PGF reconhece que o IPCA é o melhor índice de correção
monetária se não existir previsão de outro (Parecer
04/2013/CPLC/DEPCONSU/PGF – item 3 da ementa).
1430 STJ, CE, v.u., REsp Rep. 1.112.524, rel. Min. Luiz Fuz, j. em
01.09.2010, DJe 30.09.2010.
1431 “[…] 15. […] A ‘correção monetária não tem nenhuma semelhança com
juros, que são um plus. Ela é a própria indenização primitiva quando
retificada’, como disse o Ministro Xavier de Albuquerque (RTJ 79/735),
ao apartear o Ministro Djaci Falcão, no julgamento da Reclamação no
35-SP, em 04.04.74 (RTJ 79/726). É a atualização do débito, para que
seja completa a satisfação do credor. Como disse, também, o Ministro
Célio Borja (R.E. no 13.892SP), ‘a correção monetária foi instituída para
que se mantenha o poder de compra da moeda, tendo em vista sua
crescente desvalorização. (…) tem por finalidade a atualização do
crédito; não é penalidade por atraso, como são os juros contratados’”.
1432 STJ, 1a S., v.u., REsp Rep. 1.136.733/PR, rel. Min. Luiz Fux, j. em
13.10.2010, DJe 26.10.2010.
1433 Art. 9o. A Licença de Instalação – LI indicará o valor da Compensação
Ambiental – CA e deverá exigir, na forma de condicionante, o
cumprimento das obrigações relativas à Compensação Ambiental,
conforme definidas pelo Comitê de Compensação Ambiental Federal –
CCAF. §1o O Valor da Compensação Ambiental será corrigido pelo
IPCA-E – Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial. §2o Caso o
valor da CA não tenha sido fixado em definitivo por ocasião da LI, o
empreendedor será convocado a firmar Termo de Compromisso, cujo
objeto consistirá na indicação do valor final da Compensação Ambiental
– CA.
1434 Antes e depois da IN Ibama 11/2013 – até mesmo porque isso era
desinteressante, tendo em vista a orientação de que a Selic incidiria a
partir da fixação da compensação ambiental.
1435 “[…] VI – Caracterizada a mora da sociedade italiana credora (mora
“creditoris”), estava desobrigada a devedora, enquanto não houvesse a
regularização, de consignar a quantia e de pagar juros de mora.
Doutrina. Precedentes. […] VIII – A parte final do art. 958 do CC/16, que
disciplina os efeitos da mora do credor, não autoriza a exclusão da
correção monetária, cuja função é evitar a depreciação do valor do
crédito. Precedente” (STJ, 3a T., v.u., REsp 857.299/SC, rel. Min. Paulo
de Tarso Sanseverino, j. em 03.05.2011, DJe 13.06.2011 – sem
destaques no original. No mesmo sentido: STJ, 3a T., v.u., REsp
257.365/SE, rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, j. em 20.04.2001,
DJ 18.06.2001, p. 150).
“[…] 1. A correção monetária, como assentado em jurisprudência
monótona, não é punição, sanção, mas, tão somente, simples
atualização do valor da moeda no tempo. Ora, o que a mora do credor
deve dispensar é o pagamento da multa e outros encargos relativos ao
contrato. A correção monetária não, esta é sempre devida porque
significa manter o valor do débito constante no tempo, o que não
ocorreria se acolhida a pretensão do especial” (STJ, 3a T., v.u., REsp
437.652/SC, rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, j. em 12.08.2003,
DJ 29.09.2003, p. 242 – sem destaques no original).
1436 MACIEL, Marcela Albuquerque. Compensação Ambiental: instrumento
para a implementação do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação, 2012, p. 98-99.
1437 “Art. 6o. Nos casos de licenciamento ambiental para a ampliação ou
modificação de empreendimentos já licenciados, sujeitas a EIA/RIMA,
que impliquem em significativo impacto ambiental, a compensação
ambiental será definida com base nos custos da ampliação ou
modificação.
Art. 7o. Para os empreendimentos que já efetivaram o apoio à
implantação e manutenção de unidade de conservação, não haverá
reavaliação dos valores aplicados, nem a obrigatoriedade de destinação
de recursos complementares, salvo os casos de ampliação ou
modificação previstos no art. 6o desta Resolução, e os casos previstos
no art. 19, incisos I e II da Resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente-CONAMA no 237, de 19 de dezembro de 1997. […]
Art. 14. Não serão reavaliados os valores combinados ou pagos, nem
haverá a obrigatoriedade de destinação de recursos complementares
constantes em acordos, termos de compromisso, Termos de Ajustamento
de Conduta-TAC, contratos, convênios, atas ou qualquer outro
documento formal firmados pelos órgãos ambientais, a título de
compensação ambiental prevista no art. 36 da Lei no 9.985, de 2000”.
1438 “[…] 1. Tese de repercussão geral fixada: ‘Declarada inconstitucional a
progressividade de alíquota tributária do Imposto Predial Territorial
Urbano no que se refere à fato gerador ocorrido em período anterior ao
advento da EC 29/2000, é devido o tributo calculado pela alíquota
mínima correspondente, de acordo com a destinação do imóvel e a
legislação municipal de instituição do tributo em vigor à época’” (STF,
Pleno, m.v., RE-RG 602.347/MG, rel. Min. Edson Fachin, j. em
04.11.2015, DJe 12.04.2016). No mesmo sentido: STF, 1a T., v.u., AR no
RE 378.221/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. em 25.08.2009, DJe
18.09.2009.
1439 STJ, 1a S., v.u., REsp Rep. 1.386.229/PE, rel. Min. Herman Benjamin, j.
em 10.8.2016, DJe 5.10.2016; STJ, 1a S., v.u., REsp Rep. 1.115.501/SP,
rel. Min. Luiz Fux, j. em 10.11.2010, DJe 30.11.2010.
1440 Parecer 77/2015/COJUD/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, aprovado, em
08.12.2015, pela Procuradora-Chefe Nacional da PFE-Ibama mediante
Despacho 785/2015/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do
PA 02001.000803/2013-11.
1441 Embora tenha havido opinativo jurídico nesse sentido, pelo uso do DJE,
que corrige Selic e dispensa pagamento de comissão à instituição
financeira, como ocorria com a CEF quando ainda não havia o DJE e
antes de o TCU entender ser ilegal a execução indireta. Com efeito, o
Parecer 77/2015/COJUD/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU (aprovado, em
08.12.2015, pela Procuradora-Chefe Nacional da PFE-Ibama mediante
Despacho 785/2015/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do
PA 02001.000803/2013-11), ao tratar do tema da correção dos débitos
de compensação, dispôs: “[…] IV. É válida a IN Ibama 11/2013 fixando a
Selic para atualizar a compensação ambiental porque houve alteração
da data de exigibilidade mas ela não pode ser usada porque não há
como o administrado adimplir o seu valor antes da assinatura do termo
de compromisso, caracterizando a mora do credor, fazendo com que na
prática somente a correção monetária seja devida. V. Necessidade de o
Ibama aceitar o depósito administrativo para evitar perda dos valores dos
juros de mora, viabilizando que esses valores se destinem aos seus fins.
Possibilidade de se efetuar o Documento para Depósitos Judiciais ou
Extrajudiciais à Ordem e à Disposição da Autoridade Judicial ou
Administrativa Competente (DJE) perante à Caixa Econômica Federal”.
1442 ATAÍDE, Pedro H. de Sousa; FARIAS, Talden. A compensação
ambiental do art. 36 da Lei 9.985/2000: aspectos conceituais e questões
controvertidas. Revista de Direito Ambiental, São Paulo: RT, vol. 81, ano
21, p. 233-266, out./jan./mar. 2016, p. 236.
1443 CAMPHORA, Ana Lucia. Ambiente institucional da compensação
ambiental de que trata o artigo 36 da Lei Federal 9.985/2000: da
necessidade de governança regulatória. 2008. fls. 171. Tese (doutorado)
– Instituto de Ciências Humanas e Sociais, UFRRJ, Seropédica, 2008, p.
2; GODOY, Larissa Ribeiro da Cruz. Compensação Ambiental e
Financiamento de Áreas Protegidas. Porto Alegre: SAFE, 2015, p. 170-
171; ATAÍDE, Pedro; FARIAS, Talden. A compensação ambiental do art.
36 da Lei 9.985/2000: aspectos conceituais e questões controvertidas.
Revista de Direito Ambiental, vol. 81, 2016, p. 237.
1444 Chega-se ao disparate de se estabelecer uma zona de amortecimento
desproporcional apenas para aumentar a probabilidade de se apropriar
do montante da compensação ambiental da Lei do Snuc.
1445 Como entende a AGU, cf. Parecer 603/2011/CONEP/PFE-IBAMA-
SEDE/PGF/AGU, aprovado, em 22.08.2011, pela Procuradora-Chefe
Nacional da PFE-Ibama mediante Despacho 678/2011/GABIN/PFE-
IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do PA 02001.004602/2010-31;
Parecer 85/2014/CONEP/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do PA
02001.004281/2005-16, inicialmente não aprovado nesse ponto, sendo-o
mais recentemente no Despacho 240/2015/GABIN/PFE-IBAMA-
SEDE/PGF/AGU, da Procuradora-Chefe Nacional da PFE-Ibama; Nota
27/2015/PFE-ICMBIO-SEDE/PGF/AGU, aprovado, em 15.04.2015, pelo
Procurador-Chefe da PFE-ICMBio mediante Despacho 90/2015/PFE-
ICMBIO-SEDE/PGF/AGU, nos autos do PA 02001.001127/2015-56; Nota
86/2015/CONEP/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, aprovado, em
07.05.2015, pela Procuradora-Chefe Nacional da PFE-Ibama mediante
Despacho 240/2015/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do
PA 02001.001127/2015-56.
1446 SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de Impacto Ambiental: conceito e
métodos. 2. ed. São Paulo: Oficina do Texto, 2013, p. 401. No mesmo
sentido: BIM, Eduardo Fortunato. Licenciamento Ambiental. 3. ed. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2016, p. 236.
1447 OLIVEIRA, Daniel Araujo de. Licenciamento Ambiental na Prática:
controle ou oportunidade? Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2015, p. 122.
1448 TABET, Fernando de Faria. Florestamento e reflorestamento em área de
preservação permanente. In: SILVA, Bruno Campos et al. Direito
Ambiental: vistos por nós advogados. Belo Horizonte: Del Rey, 2005, p.
126.
1449 Parecer 25/2016/CONEP/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, aprovado, em
16.03.2016, pela Procuradora-Chefe Nacional da PFE-Ibama mediante
Despacho 112/2016/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do
PA 02001.000708/2016-51.
1450 Parecer 81/2016/COJUD/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, aprovado, em
15.08.2016, pela Procuradora-Chefe Nacional da PFE-Ibama mediante
Despacho 409/2016/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do
PA 00807.000967/2016-81.
1451 “Apenas excepcionalmente permite que parte dos recursos da
compensação ambiental seja vertida para unidades de conservação do
Grupo de Uso Sustentável” (BECHARA, Erika. Licenciamento Ambiental
e Compensação Ambiental na Lei do Sistema Nacional das Unidades de
Conservação (SNUC). São Paulo: Atlas, 2009, p. 263). No mesmo
sentido, cf. Parecer CJSMA 84/2011, aprovado, em 19.01.2011, pelo
Procurador-chefe da SMA/PGE-SP, nos autos do PA 15569/2010 – itens
8.5 e 8.6.
1452 MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro, 24. ed.,
2016, p. 1.006.
1453 GUERRA, Sérgio. Compensação ambiental nos empreendimentos de
significativo impacto. In: SILVA, Bruno Campos et al. Direito Ambiental:
vistos por nós advogados. Belo Horizonte: Del Rey, 2005, p. 132-133.
1454 ARTIGAS, Priscila Santos. Contribuição ao estudo das medidas
compensatórias em direito ambiental. 2011. 315 fls. Tese (Doutorado) –
Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011, p.
53.
1455 BECHARA, Erika. Uma contribuição ao aprimoramento do instituto da
compensação ambiental previsto na Lei 9.985/2000. 2007. 352 fls. Tese
(Doutorado) – Faculdade de Direito, Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo, São Paulo, 2007, p. 326-327.
1456 BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e Aplicação da Constituição. 5.
ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 71.
1457 BARBOSA MOREIRA, José Carlos. O Poder Judiciário e a efetividade
da nova Constituição. Revista Forense, n. 304, p. 151-155, Rio de
Janeiro: Forense, out./dez. 1988, p. 152.
1458 Parecer 81/2016/COJUD/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, aprovado, em
15.08.2016, pela Procuradora-Chefe Nacional da PFE-Ibama mediante
Despacho 409/2016/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do
PA 00807.000967/2016-81.
1459 GODOY, Larissa Ribeiro da Cruz. Compensação Ambiental e
Financiamento de Áreas Protegidas, 2015, p. 180.
1460 Regularização fundiária em unidades de conservação. Brasília: MPF,
2014, p. 5.
1461 GODOY, Larissa Ribeiro da Cruz. Compensação Ambiental e
Financiamento de Áreas Protegidas, 2015, p. 169.
1462 FIGUEIREDO, Guilherme José Purvin de. A propriedade no Direito
Ambiental. 4. ed. São Paulo: RT, 2010, p. 315.
1463 Resoluções que preceituavam: “preferencialmente junto à área” (Res.
Conama no 10/87, art. 1o) e “dever-se-ão se localizar, preferencialmente,
na região do empreendimento e visar basicamente a preservação de
amostras representativas dos ecossistemas afetados” (Res. Conama no
02/96, art. 1o, §2o).
1464 BIM, Eduardo Fortunato. Licenciamento Ambiental, 3. ed., 2016, p. 165-
167; ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 16. ed. São Paulo:
Atlas, 2014, p. 618-619, 621 e 638; FIORILLO, Celso Antonio Pacheco.
Curso de Direito Ambiental Brasileiro. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2012,
p. 223; FREITAS, Vladimir Passos de. Direito Administrativo e Meio
Ambiente. 3. ed. 5a tir. Curitiba: Juruá, 2004, p. 73-74; MIRRA, Álvaro
Luiz Valery. Impacto Ambiental: aspectos da legislação brasileira. 2. ed.
São Paulo: Juarez de Oliveira, 2002, p. 85; OLIVEIRA, Antonio Inagê de
Assis. O Licenciamento Ambiental. São Paulo: Iglu, 1999, p. 213;
BARROSO, Luís Roberto. A proteção do meio ambiente na Constituição
Brasileira. Revista Forense, Rio de Janeiro: Forense, n. 317, p. 161-178,
jan./mar. 1992, p. 173; BENJAMIN, Antonio Herman V. Os princípios do
estudo de impacto ambiental como limites da discricionariedade
administrativa. Revista Forense, Rio de Janeiro: Forense, n. 317, p. 25-
45, jan./mar. 1992, p. 27.
1465 Com efeito, tal entendimento foi adotado no Parecer
603/2011/CONEP/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, aprovado pela
Procuradora-Chefe em 22.08.2011, mediante o Despacho
678/2011/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do PA
02001.004602/2010-31; Parecer 85/2014/CONEP/PFE-IBAMA-
SEDE/PGF/AGU e Nota 86/2015/CONEP/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU,
aprovados pela Procuradora-Chefe em 07.05.2015, mediante o
Despacho 240/2015/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do
PA 02001.001127/2015-56; Nota 27/2015/PFE-ICMBIO-SEDE/PGF/AGU,
aprovado pelo Procurador-Chefe em 15.04.2015, mediante o Despacho
90/2015/PFE-ICMBIO-SEDE/PGE/AGU, nos autos do PA
02001.001127/2015-56.
1466 Parecer 262/2006/PROGE/COEPA, aprovado, em 16.05.2006, pelo
Procurador-Chefe da PFE-Ibama, nos autos do PA 02001.002234/2005-
20.
1467 Parecer 111/2006/CONJUR-MMA, elaborado, em 18.07.2006, pelo
Consultor Jurídico, nos autos do PA 02001.001696/90-19.
1468 CARNEIRO, Ricardo. Impossibilidade de exigência retroativa da
compensação ambiental em processos de licenciamentos corretivos de
empreendimentos regularmente implantados antes da Lei no 9.985/00.
In: OLIVEIRA, Amanda Flávio de (Org.). Direito Econômico: evolução e
institutos: obra em homenagem ao professor João Bosco Leopoldino da
Fonseca. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 278.
1469 Parecer 262/2006/PROGE/COEPA, aprovado, em 16.05.2006, pelo
Procurador-Chefe da PFE-Ibama, nos autos do PA 02001.002234/2005-
20.
1470 Parecer 02/2012/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, elaborado, em
05.03.2012, pela Procuradora-Chefe Nacional da PFE-Ibama, nos autos
do PA 02001.010498/2012-86.
1471 Parecer 81/2016/COJUD/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, aprovado, em
15.08.2016, pela Procuradora-Chefe Nacional da PFE-Ibama mediante
Despacho 409/2016/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do
PA 00807.000967/2016-81.
1472 Parecer 81/2016/COJUD/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, aprovado, em
15.08.2016, pela Procuradora-Chefe Nacional da PFE-Ibama mediante
Despacho 409/2016/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do
PA 00807.000967/2016-81.
1473 BECHARA, Erika. Licenciamento Ambiental e Compensação Ambiental
na Lei do Sistema Nacional das Unidades de Conservação (SNUC). São
Paulo: Atlas, 2009, p. 211.
1474 MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 24. ed.
São Paulo: Malheiros, 2016, p. 1.009.
1475 ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental, 18. ed., 2016, p. 1.089 –
destaques no original.
1476 GUERRA, Sérgio. Compensação ambiental nos empreendimentos de
significativo impacto. In: SILVA, Bruno Campos et al. Direito Ambiental:
vistos por nós advogados. Belo Horizonte: Del Rey, 2005, p. 135.
1477 Parecer 05/2015/CONEP/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, aprovado, em
05.02.2015, pelo Procurador-Chefe da PFE-Ibama, mediante Despacho
63/2015/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do PA
02001.002977/2007-61. Contra, somente admitindo a compensação
ambiental da Lei do SNUC mediante a exigência de EIA, cf. TRF da 2a
Região, 5a T. Especializada, v.u., AC 000765587.2005.4.02.5001 (Ac.
424518), rel. Des. Fed. Guilherme Diefenthaeler, j. em 24.09.2013, DJ
08.10.2013.
1478 Parecer 81/2016/COJUD/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, aprovado, em
15.08.2016, pela Procuradora-Chefe Nacional da PFE-Ibama mediante
Despacho 409/2016/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do
PA 00807.000967/2016-81.
1479 Em um caso, chegou-se a aduzir que o ato de criação da TI (decreto
presidencial) não poderia fazer referência à característica de RDS que
lhe é imanente porque a nova tipologia definidora das várias espécies de
unidades de conservação fora somente instituída pela Lei do Snuc.
Paradoxalmente, reforçou-se esse entendimento dizendo que a figura
não é nova no direito brasileiro, pois desde a década de 1960 se previa
que as terras indígenas tivessem dentre suas atribuições a preservação
do meio ambiente. Assim é que no Decreto no 51.084/61 constou como
atribuição do Parque Indígena do Xingu preservar a flora e a fauna, pois
estas constituem patrimônio da Nação.
1480 In: http://www.funai.gov.br/index.php/2014-02-07-13-24-53. Acesso em
19 mar. 2018.
1481 Terras indígenas: o que é? In: http://www.funai.gov.br/index.php/2014-
02-07-13-24-32?limitstart=0#. Acesso em 19 mar. 2018.
1482 “Art. 23. A posse e o uso das áreas ocupadas pelas populações
tradicionais nas Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento
Sustentável serão regulados por contrato, conforme se dispuser no
regulamento desta Lei. §1o As populações de que trata este artigo
obrigam-se a participar da preservação, recuperação, defesa e
manutenção da unidade de conservação. §2o O uso dos recursos
naturais pelas populações de que trata este artigo obedecerá às
seguintes normas: I – proibição do uso de espécies localmente
ameaçadas de extinção ou de práticas que danifiquem os seus habitats;
II – proibição de práticas ou atividades que impeçam a regeneração
natural dos ecossistemas; III – demais normas estabelecidas na
legislação, no Plano de Manejo da unidade de conservação e no contrato
de concessão de direito real de uso”.
1483 SOUZA, Vinícius Vieira de. A influência das políticas públicas na
construção das identidades de populações tradicionais e indígenas,
2015. 137 f. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Ciência Política,
Universidade de Brasília, Brasília, 2015, p. 42.
1484 KAYSER, Harmut-Emanuel. Os direitos dos povos indígenas do Brasil:
desenvolvimento histórico e estágio atual. Trad. Maria da Glória L.
Rurack e Klaus-Peter Rurak. Porto Alegre: SAFE, 2010, p. 246.
1485 CHAPCE, Juliana Fernandes. Territórios quilombolas e unidades de
conservação de proteção integral: desafios da conciliação na
Administração Federal. 2014. 156 f. Dissertação (Mestrado) – Centro de
Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, 2014,
p. 65. No mesmo sentido: SOUZA, Vinícius Vieira de. A influência das
políticas públicas na construção das identidades de populações
tradicionais e indígenas, 2015, p. 43.
1486 Por isso, o Decreto 5.758/2006 separa de forma cristalina, em diversas
passagens, unidades de conservação das demais áreas protegidas
(Anexo, 1, 1.1., VIII e XXIII; 1.2., VIII e XVIII; 3, 3.1, e; 3.3, II, h; 3.4:
caput, I, a, II, c; 4.1, II, a; 4.2; caput, I, a e b, e II, d; 5.4, II, d; 6.1, II, f;
6.3, I, a, e II, b; 6.4, II, a).
1487 “O Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas expressamente
elenca como princípios a valorização da importância e da
complementariedade de todas as categorias de Unidades de
Conservação e demais áreas protegidas na conservação da diversidade
biológica e sociocultural (VIII), o respeito às especificidades e restrições
das categorias de Unidades de Conservação do Sistema Nacional de
Unidades de Conservação, das terras indígenas e das terras ocupadas
por remanescentes das comunidades dos quilombos (IX), bem como o
reconhecimento da importância da consolidação territorial das Unidades
de Conservação e demais áreas protegidas (XXIII)” (Regularização
fundiária em unidades de conservação. Brasília: MPF, 2014, p. 58 –
destacou-se).
1488 SOUZA, Vinícius Vieira de. A influência das políticas públicas na
construção das identidades de populações tradicionais e indígenas,
2015. 137 fls. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Ciência Política,
Universidade de Brasília, Brasília, 2015, p. 29.
1489 “O princípio constitucional da reserva de lei formal traduz limitação ao
exercício das atividades administrativas e jurisdicionais do Estado. A
reserva de lei – analisada sob tal perspectiva – constitui postulado
revestido de função excludente, de caráter negativo, pois veda, nas
matérias a ela sujeitas, quaisquer intervenções normativas, a título
primário, de órgãos estatais não legislativos. Essa cláusula
constitucional, por sua vez, projeta-se em uma dimensão positiva, eis
que a sua incidência reforça o princípio, que, fundado na autoridade da
Constituição, impõe à administração e à jurisdição a necessária
submissão aos comandos estatais emanados, exclusivamente, do
legislador” (STF, Pleno, v.u., ADI-MC 2.075/RJ, rel. Min. Celso de Mello,
j. em 07.02.2001, DJU 27.06.2003).
1490 MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 10. ed. São Paulo: RT, 2015, p.
1.261.
1491 MAFFINI, Rafael. Princípio da proteção substancial da confiança no
direito administrativo brasileiro. 2005. 253 fls. 2005. Tese (Doutorado) –
Faculdade de Direito, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2005, p. 44.
1492 “As unidades de conservação e áreas protegidas criadas com base nas
legislações anteriores e que não pertençam às categorias previstas
nesta Lei serão reavaliadas, no todo ou em parte, no prazo de até dois
anos, com o objetivo de definir sua destinação com base na categoria e
função para as quais foram criadas, conforme o disposto no regulamento
desta Lei”.
1493 “[…] III – Terra indígena não é unidade de conservação. Enquanto a
terra indígena tem como objetivo manter o modo de vida do índio, o seu
bem-estar e reprodução física e cultural, sendo eventual proteção
ambiental acessória a essa finalidade, a criação da unidade de
conservação visa a proteger os atributos ambientais pelas quais elas
foram criadas (CF, art. 225, §1o, III), sendo sua lógica a conservação das
características naturais relevantes (Lei 9.985/2000, art. 2o). Pretender
equiparar terra indígenas e unidade de conservação, ainda que seja
somente para fins de receber a compensação ambiental da Lei do Snuc,
em autêntico bypass hermenêutico, viola o princípio constitucional da
legalidade (reserva de lei) e da lógica do Snuc. IV – O dever de
coerência dos órgãos estatais, decorrente da segurança jurídica e da
moralidade administrativa, proíbe que órgãos estatais tenham posturas
incoerentes, defendendo uma tese somente para alcançar resultado
isolado, sem encampar todas as consequências dessa tese. A coerência
exigida não é aquela relativa a órgãos estatais distintos, como se o fato
de o Estado ser uno impusesse a atuação igual de todos os seus órgãos;
aqui se trata das coerências com a suas próprias teses institucionais,
comportando-se de forma coerente com o que defendem.
Comportamentos incoerentes do MPF e da Funai apenas reforçam a
impropriedade da tese de que terra indígena é unidade de conservação”
(Parecer 32/2018/COJUD/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, aprovado pelo
Procurador-Chefe da PFE-Ibama, em 28.03.2018, mediante Despacho
170/2018/GABIN/PFE-IBAMA-SEDE/PGF/AGU, nos autos do PA
00417.014846/2018-72).
CONCLUSÕES
MILARÉ, Édis. Direito Ambiental. 3., 6., 8. e 10. ed. São Paulo: RT,
2004, 2009, 2013 e 2015.
SCALIA, Antonin. Vermont Yankee: the AAP, the D.C. Circuit, and
the Supreme Court. The Supreme Court Review, Chicago: The
University of Chicago Press, v. 1978, p. 345-409, 1978.