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CAPA

i
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Fernando Damata Pimentel

SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL –


SEMAD
Jairo José Isaac

INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS – IEF


Diretor Geral
João Paulo Mello Rodrigues Sarmento

Diretoria de Pesquisa de Proteção à Fauna


Sônia Aparecida Cordebelle de Almeida

Gerência de Proteção à Fauna - GPFAF


Luciana Pereira Carneiro

Gerência de Projetos e Pesquisas – GPROP


Janaina Aparecida Batista Aguiar

Gerência do Monitoramento da Cobertura Florestal e da Biodiversidade GEMOG


Waldir José de Melo

Gerência de Gestão de Reserva Legal


Gustavo Luiz Godoi de Faria Fernandes

Diretoria de Desenvolvimento e Conservação Florestal


Fernanda Teixeira Silva

Gerência do Bioma da Mata Atlântica - GBMA


Juliana Costa Chaves

Gerência dos Biomas do Cerrado, da Caatinga e dos Campos Rupestres – GBCCC


Thiago Cavanelas Gelape

Gerência de Incentivos Econômicos a Sustentabilidade – GIEST


Leonardo Diniz Reis Silva

Gerência de Reposição Florestal


Daniele Barbosa Faria

Diretoria de Unidades de Conservação


Henri Dubois Collet

Gerência de Criação e Implantação de Áreas Protegidas - GCIAP


Paulo Fernandes Scheid

Gerência de Compensação Ambiental – GCA


Nathália Luiza Fonseca Martins

Gerência de Regularização Fundiária – GEREF


Mateus Garcia de Campos

Gerência de Unidades de Conservação


Cecilia Fernandes Vilhena

ii
EQUIPE DE SUPERVISÃO E ACOMPANHAMENTO TÉCNICO
INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS – IEF

TÉCNICOS DIAP
Cecília Fernandes Vilhena
Cristiane Fróes Soares dos Santos
Olíria Fontani Villarinhos
Natalia Britto dos Santos
Rosinalva da Cunha dos Santos
Thamiris Lopes Chaves
Helen Duarte Faria
Gabriel Peifer Rubim
Infaide Patrícia do Espírito Santo

TÉCNICOS DPBIO
Denize Fontes
Janaína Aparecida Batista Aguiar
Priscila Moreira Andrade
Rodrigo Teribele

ESCRITÓRIO REGIONAL CENTRO SUL


Ricardo Ayres Loschi

COORDENADOR REGIONAL DE ÁREAS PROTEGIDAS


Ana Paula Cerqueira de Barros Pinheiro
Carlos José Andrade Silveira

GERENTE DO PARQUE ESTADUAL SERRA DO OURO BRANCO


Letícia Dornelas Moraes

iii
ELABORAÇÃO – INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL DE VIÇOSA

EQUIPE TÉCNICA

Coordenação Geral Felipe Nogueira Bello Simas (Eng. Agrônomo, D.Sc.)

Coordenação Técnica Pedro C. Brandão (Eng. Florestal, D.Sc.)

Meio Físico Carlos Ernesto G. R. Schaefer (Eng. Agrônomo,


PhD.)
Recursos Hídricos Adriana Sales de Magalhães (Bióloga, D.Sc.)
Meubels Borges Júnior (Químico Industrial, D.Sc.)

Espeleologia Cláudio Maurício T. da Silva (Geólogo, D.Sc.)


Herpetofauna Renato Neves Feio (Biólogo, D.Sc.)

Mastofauna Ita de Oliveira e Silva (Bióloga, D.Sc.)

Avifauna Rômulo Ribon (Biólogo, D.Sc.)


Larissa Lacerda (Bióloga, D.Sc.)

Entomofauna João Alfredo M. Ferreira (Eng. Agrônomo, D.Sc.)

Espeleofauna Rodrigo Lopes Ferreira (Biólogo, D.Sc.)


Marconi Souza Silva (Biólogo, D.Sc.)
Thais Giovannini Pellegrini (Bióloga, M. Sc.)

Flora Aianã Francisco S. Pereira (Eng. Agrônomo, M.Sc.)

Socioeconomia e Uso Público Herbert Pardini (Turismólogo)

Levantamento Histórico- Carolina Marotta Capanema (Historiadora, D.Sc.)


Cultural

Arqueologia Maria Jacqueline Rodet (Antropóloga, D.Sc.)


Déborah Duarte-Talim (Bacharel em História, M.Sc.)

Geoprocessamento Bruno Araújo F. Mendonça (Eng. Florestal, D.Sc.)

Diagnóstico Gerencial Marcos Antonio Reis Araújo (Biólogo, D.Sc.)


Felipe N. B. Simas (Eng. Agrônomo, D.Sc.)

iv
ÍNDICE

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 7

1. PARTE 1 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ..................................................................... 8


1.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 9
1.1.1. Sistema Gerencial para o Manejo Adaptativo ............................................................ 11
1.1.2. O PDCA como método de gestão .............................................................................. 13
1.1.3. Visão Geral do Processo de Planejamento do PESOB .............................................. 14
Aonde estamos? ............................................................................................................... 15
Aonde queremos chegar? ................................................................................................. 21
Como vamos chegar? ....................................................................................................... 22

2. PARTE 2 - ZONEAMENTO ................................................................................................... 25


2.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 26
2.1.1. Zonas Internas do PESOB......................................................................................... 28
Zona Primitiva (ZP) ........................................................................................................... 28
Zona de Uso Extensivo (ZUEx) ......................................................................................... 30
Zona de Uso Intensivo (ZUI).............................................................................................. 33
Zona de Uso Especial (ZUEsp) ......................................................................................... 36
Zona de Recuperação (ZR) ............................................................................................... 38
Zona de Uso Conflitante (ZUC) ......................................................................................... 41
Zona de Ocupação Temporária (ZOT) .............................................................................. 43
Zona Histórico Cultural (ZHC) ........................................................................................... 45
2.1.2. Zona de Amortecimento (ZA) ..................................................................................... 47

3. PARTE 3 - PROGRAMAS DE MANEJO ............................................................................. 51


3.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 52
3.2. PROGRAMA DE PROTEÇÃO E MANEJO DO MEIO AMBIENTE ................................ 57
3.2.1. Subprograma de Proteção dos Recursos .................................................................. 57
3.2.2. Subprograma de Controle Ambiental da Zona de Amortecimento ............................. 62
3.2.3. Subprograma de Manejo dos Recursos Naturais ....................................................... 66
3.2.4. Subprograma de Manejo dos Patrimônios Histórico e Arqueológico .......................... 72
3.3. PROGRAMA DE USO PÚBLICO .................................................................................. 84
3.4. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL ............................. 157
3.5. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO COM O ENTORNO .................................................. 165
3.5.1. Subprograma de Relações Públicas ........................................................................ 165
3.5.2. Subprograma Incentivo às Alternativas de Desenvolvimento ................................... 178
3.6. PROGRAMA DE PESQUISA E MONITORAMENTO ECOLÓGICO ............................ 191
3.7. PROGRAMA DE OPERACIONALIZAÇÃO .................................................................. 196
3.7.1. Subprograma de Administração e Manutenção ....................................................... 197
3.7.2. Subprograma de Regularização Fundiária ............................................................... 201
3.7.3. Subprograma de Infraestrutura e Equipamentos ..................................................... 205
3.7.4. Subprograma de Recursos Humanos ...................................................................... 239
3.7.5. Subprograma Plano de Negócios ............................................................................ 245
Análise de Mercado ......................................................................................................... 245
Plano de Marketing ......................................................................................................... 254
Estratégias de Comercialização ...................................................................................... 263
Plano Financeiro ............................................................................................................. 264

v
Cronograma físico-financeiro........................................................................................... 273
Fontes de Receita ........................................................................................................... 274
3.8. PROGRAMA DE QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO – PQSP ............................... 275
3.9. PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL............................................................................. 281

4. MANUAL DE ORGANIZAÇÃO E PROCEDIMENTOS ....................................................... 296


4.1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 297
4.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .............................................................................. 297
4.2.1. Funções das áreas de competência propostas para o PESOB ................................ 298
4.3. IMPLEMENTANDO, MONITORANDO E APERFEIÇOANDO A ESTRATÉGIA ........... 299
4.3.1. Desenvolvendo processos de gestão ...................................................................... 302
Círculo de criação de projetos ......................................................................................... 302
Processo para elaboração de POA ................................................................................. 304
Processo para realização de tarefas mensais ................................................................. 305
Processo para realização de reuniões produtivas ........................................................... 306
Elaborando outros processos .......................................................................................... 306
4.3.2. Acompanhamento de ações .................................................................................... 308
Reuniões de Acompanhamento e Avaliação ................................................................... 308
Supervisão em duplas ..................................................................................................... 313
Gestão à vista ................................................................................................................. 313
Gestão à vista de processos ........................................................................................... 316
Fluxo dos principais processos de gestão à vista ............................................................ 317
4.4. Como saber se uma UC é eficaz? ............................................................................... 318
Conhecimento do Contexto (onde estamos agora?): ....................................................... 319
Planejamento Estratégico (onde queremos chegar?): ..................................................... 319
Insumos suficientes (que recursos necessitamos?): ........................................................ 320
Processos bem definidos (como fazemos?): ................................................................... 320
Resultados Efetivos (quais os impactos?): ...................................................................... 320
4.5. ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO DO PESOB ......................................................... 321
4.5.1. Uso de recursos da UC por órgão ou empresa público ou privado .......................... 321
4.5.2. Dinâmica e fluxo de visitantes.................................................................................. 321
Dinâmica de visitação proposta a partir da Estrutura de Recepção MG-129: .................. 323
Dinâmica de visitação proposta a partir do Controle de Acesso da Biquinha ................... 325
Dinâmica de visitação proposta a partir do Controle de Acesso RPPN da Gerdau: ......... 327
4.5.3. Normas para visitação ............................................................................................. 329
4.5.4. Gestão da segurança .............................................................................................. 331
4.5.5. Responsabilidades, autoridades e competências para gestão ................................. 332
4.5.6. Controles Operacionais ........................................................................................... 334
4.5.7. Orientação das atividades de uso público ................................................................ 335
a) Caminhadas e Caminhadas de Longo Curso .............................................................. 335
b) Ciclismo (De Estrada, Mountain Bike e Cicloturismo) .................................................. 336
c) Atividades que envolvam Técnicas Verticais ............................................................... 337
d) Atividades que envolvam Visitas às Cavidades Naturais ............................................. 338
e) Atividades de Observação de Vida Silvestre ............................................................... 338
f) Atividades Equestres.................................................................................................... 339
g) Manejo de Eventos (Esportivos, Religiosos, Festivos e Culturais)............................... 340
h) Manejo dos Serviços Voltados ao Atendimento dos Usuários da UC .......................... 341

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 343

vi
APRESENTAÇÃO

A efetiva implementação das UCs em Minas Gerais na última década tem sido buscada pelo
Governo do Estado através de investimentos na elaboração e implantação de planos de manejo.
As orientações estratégicas e ações apresentadas no presente Encarte buscaram incorporar as
aprendizagens obtidas no processo de planejamento e gestão de UCs em MG, visando superar
as dificuldades encontradas com frequência na operacionalização dos planos de manejo.

O presente documento é a tradução para uma linguagem estratégica e operacional de um


processo participativo envolvendo os diversos atores sociais relacionados à UC. A construção do
plano gerencial baseou-se em premissas teóricas, conceitos e técnicas alinhadas com a busca de
excelência em qualidade na Gestão Pública nacional e estadual e na gestão de UCs no Estado de
Minas Gerais. A gestão do PESOB prevê a implementação do manejo adaptativo e adota um
sistema gerencial consagrado na gestão estratégica de organizações, já testado com sucesso em
UCs. Basea-se na gestão para resultados, utilizando Indicadores Equilibrados de Desempenho
(Balanced Scored Card) e o ciclo PDCA. Para apoiar o sucesso da implementação são propostos
processo de planejamento estratégico participativo consensual (Croft, 1994) que favorecem a
liberação de inteligência de grupos e organização, permitindo o rápido aprendizado e
capacitadade adaptativa.

O presente Encarte está organizado em quatro partes, a saber:

Parte 1 – Planejamento Estratégico – Apresenta as premissas que nortearam o planejamento


da estratégia, o sistema gerencial e método proposto para a implementação das ações de manejo.
São apresentadas as principais fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças relacionadas ao
PESOB e definidas a visão de futuro, missão, princípios e valores da UC. É apresentado o mapa
com os objetivos estratégicos a serem alcançados em diferentes níveis para que a organização
possa realizar sua missão e alcançar a visão de futuro.

Parte 2 – Zoneamento - Compreende o mapa e a descrição da zona de amortecimento e das


zonas internas do PESOB, com suas respectivas normas e orientações de usos condizentes com
os objetivos da UC.

Parte 3 – Programas de Manejo - Apresenta a natureza e especificidades de cada programa e


subprograma, os objetivos estratégicos atendidos e as metas a serem alcançadas em um
horizonte a curto, médio e longo prazo. São apresentados planos de ação e orientação
específicas para alguns temas e ações, bem como uma estimativa dos custos financeiros
envolvidos. Ao final é apresentado um plano de ações emergenciais que visa orientar a
elaboração do plano operativo administrativo e financeiro (POA) para o primeiro ano após
aprovação do Plano de Manejo.

Parte 4 – Manual de Organização e Procedimentos - São apresentadas as ferramentas e a


estutura organizacional para se garantir a institucionalização do sistema de gestão proposto e sua
assimimilação pela equipe. São propostas orientações sobre as rotinas de reuniões, passos para
execução de tarefas bem como normas e procedimentos detalhados para a gestão da UC.

7
1. PARTE 1 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

8
1.1. INTRODUÇÃO

As UCs podem ser entendidas como organizações (Figura 1.1), ou seja, um agrupamento
planejado de pessoas com o propósito de alcançar um ou mais objetivos que se traduzem, de
forma geral, no fornecimento de bens e serviços a seus usuários (Araújo, 2007). No caso dos
Parques, diferentemente de outros tipos de organizações, a proteção integral da natureza, a
conservação de características locais relevantes, os serviços ecossistêmicos e o uso público para
visitação e pesquisa destacam-se como “bens e serviços” centrais. Entende-se também que as
UCs não são ilhas e precisam estar integradas ao seu entorno, expandindo a conservação e
apoiando busca da sustentabilidade ecológica, econômica, social e cultural.

O presente plano parte da teoria dos sistemas complexos e o conceito de manejo adaptativo
aplicado à gestão de organizações (Araújo, 2007). Nenhum plano, por melhor que seja, consegue
prever exatamente as condições futuras em que uma unidade de conservação se encontrará. Por
isso, há a necessidade de constante correção de rumo à medida que o plano vai sendo
executado, ou seja, o planejamento tem que ser altamente adaptativo ou flexível. O manejo
adaptativo reconhece a complexidade dos sistemas socioecológicos e sua imprevisibilidade. Os
subsistemas ecológicos, sociais e econômicos estão fortemente integrados e se influenciam
mutuamente, devendo ser manejados como um todo. O manejo adaptativo é um método
integrado, multidisciplinar para o manejo dos recursos naturais. Ele é adaptativo porque
reconhece que os recursos naturais a serem manejados bem como o contexto socioeconômico e
poítico em que se inserem estão em constante mudança e por isso os gestores devem possuir
elementos para responder, ajustando as ações conforme a situação muda.

No início do processo de gestão formula-se um plano a partir do entendimento do comportamento


do ecossistema que está sendo objeto do manejo (Figura 1.2) e são definidos os resultados
(objetivos e metas) a serem alcançados. O plano é executado e constantemente avaliado. Se os
resultados esperados estão sendo alcançados, há uma indicação de que as hipóteses iniciais
podem estar corretas e as ações de manejo devem continuar como proposto. Se os resultados
esperados não foram alcançados e, em conseqüência, as hipóteses não se confirmaram, deve-se
rever a hipótese de trabalho e implementar os ajustes necessários no plano. O manejo adaptativo
possibilita o aprendizado, permitindo que futuras decisões se beneficiem de uma melhor base de
conhecimentos (Nyberg, 1999). O manejo adaptativo requer um sistema de gestão que dê conta
de organizar as atividades e recursos para que sejam alcaçados os objetivos desejados. Para
tanto é necessária uma cultura organizacional baseada em técnicas e ferramentas atuais de
gestão de organizações, com pessoas motivadas, informadas e capacitadas para pensar e
implantar ações.

O PESOB é uma UC com destacada importância ecológica dadas as suas características


ecogrográficas, possui grande beleza cênica e alto potencial para visitação, estando inserida em
um cenário promissor de oportunidades para parcerias e inovações. Ao mesmo tempo, sofre
grande pressão antrópica o que afeta negativamente seu patrimônio natural e histórico. São
necessários investimentos urgentes em infraestrutura e recursos humanos para que possam ser
implementadas rotinas que reduzam os impactos sofridos atualmente na unidade. Espera-se que
as ações aqui propostas auxiliem os gestores do PESOB e fortaleçam cada vez mais esta unidade
e o conjunto que compõem o sistema estadual de UCs.

9
Figura 1.1. Visão da unidade de conservação como uma organização (adaptado de Araújo,
2007).

Figura 1.2. Ciclo do manejo adaptativo (Araújo, 2007).

10
1.1.1. Sistema Gerencial para o Manejo Adaptativo

De acordo com Kaplan & Norton (2008), uma estratégia por mais visionária que seja não poderá
ser adequadamente implementada se não estiver vinculada a processos operacionais de
excelência. Nas unidades de conservação os processos operacionais estão englobados dentro
dos programas de manejo.

A excelência operacional pode contribuir para a redução de custos, a melhoria da qualidade, a


racionalização dos processos, mas sem uma visão e uma orientação estratégica, dificilmente a
organização desfrutará de um sucesso sustentável. O perfeito alinhamento entre a implementação
da estratégia e o gerenciamento das operações do dia-a-dia é vital para a obtenção de resultados
excepcionais e duradouros (Kaplan & Norton, 2008). A arquitetura do sistema gerencial adotado
para guiar o presente Plano de Manejo é apresentada na Figura 1.3. Abrangente e integrado,
interliga a formulação e o planejamento da estratégia com a execução (Araújo, 2007), e vem
sendo implementado na gestão de UCs de Minas Gerais (Minas Gerais, 2009, 2010, 2012). O
sistema possui 5 grandes etapas (Kaplan & Norton, 2008):

Etapa 1: Com a participação ativa dos atores sociais envolvidos (poder público, equipe de gestão
das UCs, Conselho Consultivo, Empresas, etc.) são definidas as principais diretrizes estratégicas,
feita a análise do ambiente estratégico (oportunidades, ameaças, fortalezas e fraquezas) e a
construção da hipótese ou aposta estratégica. Essa etapa foi construída em oficinas participativas
com base em diagnósticos ambientais, socioeconomicos e gerenciais realizados previamente e
apresentados no Encarte I – Diagnóstico do PESOB.

Etapa 2: As principais diretrizes estratégicas são desdobradas em objetivos estruturados em


mapas estratégicos e em um conjunto equilibrado de medidas de desempenho da UC conhecido
como Balanced Scorecard® (BSC). Essa etapa foi construída a partir de informações levantadas
em oficina de planejamento estratégico participativo, posteriormente trabalhadas e
complementadas pela equipe contratada para elaboração do Plano de Manejo.

Etapa 3: É feito o planejamento das operações (programas temáticos e ações) a partir da


orientação estratégica. Esta etapa foi construída pelos coordenadores das áreas temáticas do
plano com base em informações da oficina participativa de planejamento e consultas à equipe do
IEF.

Etapa 4: À medida que se executa a estratégia e os planos operacionais (programas temáticos,


processos finalísticos e de apoio), a equipe de gestão das UCs monitora o desempenho das
ações executadas em relação ao previsto no planejamento e aprende sobre problemas, barreiras
e desafios. Esse processo integra informações sobre operações e estratégia, por meio de um
sistema de reuniões de análise da gestão descritas no Manual de Organização e Procedimentos.

Etapa 5: A equipe de gestão das UCs usa os dados operacionais internos e novas informações
sobre o ambiente externo para testar e adaptar a hipótese estratégica, lançando outra rodada em
torno do sistema integrado de planejamento estratégico e execução operacional. Essa etapa pode
culminar na necessidade de revisão de todo o plano de manejo e está descrita no Manual de
Organização e Procedimentos.

11
Figura 1.3. Sistema Gerencial proposto para o presente Plano de Manejo evidenciando o vínculo entre a estratégia e a operação do dia-a-
dia (adaptado de Kaplan & Norton, 2008).

12
1.1.2. O PDCA como método de gestão

Para que a gestão possa ser adaptativa, tenha capacidade para percorrer rotineiramente as
etapas do sistema gerencial proposto e consiga promover as mudanças necessárias em tempo
hábil, é preciso que ela tenha um método de gestão para enfrentar os desafios que irá encontrar.
O método de gestão proposto nesse plano de manejo é o PDCA (Figura 1.4). Ele representa um
elemento básico da gestão pela qualidade (Campos, 2002 & 2004).

As quatro letras do PDCA identificam as etapas de um ciclo: P – Planejamento; D –


Desenvolvimento (execução); C – Checagem e A – Ação corretiva. No gerenciamento de todas as
tarefas como um todo, deve-se girar o ciclo PDCA sistematicamente, ou seja, planejar, executar o
planejado, verificar se os resultados planejados foram alcançados e, em caso negativo, agir
corretivamente; em caso positivo, padronizar a forma de executar e propor melhorias nos
resultados para o próximo giro do ciclo.

Planejar é pensar antes de agir. O planejamento estratégico é uma técnica administrativa que
procura ordenar as idéias das pessoas, de forma que se possa criar uma visão do caminho
(estratégia) a ser seguido (Chiavenato & Sapiro, 2004). Ninguém planeja para falhar, mas com
freqüência falhamos em planejar e os projetos encontram bloqueios e dificuldades em relação ao
cumprimento das metas e objetivos (Croft, 1994). Para gerenciar uma organização é preciso
avaliar as diferentes possibilidades de ação e decidir pelas melhores alternativas.

Todo planejamento é executado por um grupo de indíviduos, sendo essencial que este grupo
possua as informações, conhecimentos e habilidades para percorrer enquanto equipe as etapas
do PDCA. As metas a serem alcançadas devem contemplar aspectos que promovam a satisfação
e bem estar da equipe. Neste sentido, a participação no planejamento dos diversos atores
envolvidos é fundamental para se gerar o nível de consciência, motivação e comprometimento
necessários para que as organizações e indivíduos possam se ajustar de forma criativa e positiva
às mudanças cada vez mais rápidas e potencialmente caótica típicas do século XXI (Croft, 1994).
as organizações mais capazes de se manter eficientes e bem sucedidas são aquelas com
modelos gerenciais que permitam à organização aprender e se reinventar continuamente (Senge,
1990).

13
Figura 1.4. Ciclo PDCA (adaptado de Araújo, 2007).

1.1.3. Visão Geral do Processo de Planejamento do PESOB

Para o planejamento do PESOB, buscou-se respostas para as seguintes perguntas:

 Aonde estamos? Neste tópico realizou-se uma análise retrospectiva e da situação atual das
UCs através de diagnóstico do meio biótico, abiótico, socioeconômico, cultural e gerencial das
unidades (Encarte 1). Em seguida fez-se a análise dos fatores e tendências internos e
externos à organização que afetam o desempenho, sendo possível fazer previsões sobre
riscos e oportunidades.
 Aonde queremos chegar? Quais são nossos sonhos para esta UC? Nessa etapa
determinou-se a a Visão de futuro da UC, sua Missão Princípios e Valores atavés de oficina
participativa com a presença representativa dos diferentes atores envolvidos, tais quais: órgão
gestor, membros do conselho consultivo, representantes do poder público municipal,
moradores do entorno da UC, empresas e sociedade em geral.
 Como vamos chegar? Com base na análise estratégica dos dados do diagnóstico, e
utilizando-se métodos de construção coletiva e colaborativa do conhecimento determinou-se
em oficina participativa os objetivos estratégicos do PESOB. Em seguida a equipe técnica em
diálogo com o órgão gestor elaborou o Mapa Estratégico, indicadores e metas para cada
objetivo estratégico e a construção dos programas de manejo e seus respectivos planos de
ação.

14
Aonde estamos?

A descrição detalhada da situação atual do PESOB é apresentada no Encarte I do presente Plano


de Manejo. Para orientar o desenvolvimento da estratégia, foi feita uma análise da situação atual
do PESOB em termos das Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças (análise FOFA)
significativos para a gestão da UC (Tabelas 1.1, 1.2, 1.3 e 1.4). Esta análise é importante para se
pensar estratégias e ações específicas para potencializar as fortalezas, superar as fraquezas,
reduzir as ameaças e aproveitar melhor as oportunidades.

Tabela 1.1. Fortalezas do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

Análise Interna ao PESOB


Fortalezas Descrição

UC criada a partir da mobilização e vontade da sociedade, em


Histórico de criação com especial dos moradores de Ouro Branco interessados em
expressiva participação da conservar os atributos naturais, históricos e culturais da região em
sociedade função dos profundos vínculos afetivos e de admiração pela serra
do Ouro Branco

A distância atual permite o amortecimento de eventuais impactos


Distância da Zona Urbana
negativos e pressões que possam incidir sobre a UC, a partir do
adequada para proteção do
crescimento urbano das cidades e povoados. Ao mesmo tempo, a
patrimônio da UC e ao uso
distância favorece o uso por parte da população, uma vez que a
público
Unidade é facilmente acessada a partir da cidade de Ouro Branco.

Os atributos arqueológicos, históricos e culturais da região onde


está inserida a Unidade são extremamente relevantes e de
Patrimônio arqueológico,
fundamental importância para a identidade do povo mineiro e
histórico e cultural de
brasileiro. Os sinais e elementos que narram passagens históricas
extrema relevância
marcantes estão ainda hoje presentes e facilmente visíveis,
merecendo serem conhecidos, valorizados e conservados.

A Serra do Ouro Branco faz parte do marco inicial sul da Cadeia


do Espinhaço, maior conjunto de serras do interior do Brasil, região
Patrimônio geológico e
de grande relevância ambiental e econômica. Além disso, guarda
espeleológico singular e
um importante patrimônio espeleológico pouco conhecido e até
com potencial para
mesmo inesperado, uma vez que grutas e cavernas estão mais
pesquisas e uso público
associadas a ambientes calcários. Existem preciosidades no
interior da Unidade que exigem atenção e cuidado.

Sem exceção, todos os moradores vizinhos ao PESOB, que foram


Vizinhança favorável à entrevistados, relataram o desejo e o interesse que a Unidade de
conservação da área Conservação contribua para a conservação das áreas de mata,
das nascentes e dos animais que ali vivem.

15
Análise Interna ao PESOB
Fortalezas Descrição
Fragmentos de Mata
Atlântica e Campo As áreas protegidas pelo PESOB cumprem um importante papel
Rupestre de ato valor na preservação de relevantes fragmentos de Mata Atlântica e de
ecológico no contexto expressivas áreas de campo rupestre.
estadual e nacional

Diferente de outras regiões onde os registros de animais silvestres


Registros de fauna e flora e plantas é cada vez mais escasso, entrevistas com moradores
ameaçada e endêmica vizinhos ao PESOB, relataram que a presença de lobos guarás,
primatas, felinos, entre outros, ainda é muito comum na região.

O Parque Estadual Serra do Ouro Branco cumpre um importante


Presença de nascentes e papel de proteção de nascentes de córregos que abastecem o
córrego importantes para o Córrego do Veríssimo, contribuindo para a manutenção da
abastecimento do entorno capacidade de captação e abastecimento de água para a cidade
de Ouro Branco.

O Conselho Consultivo Conjunto do Parque Estadual Serra do


Conselho Consultivo Ouro Branco é bastante representativo, realiza reuniões periódicas
formado e em atuação e tem se envolvido cada vez mais com o dia a dia da Unidade,
podendo contribuir sobremaneira para o sucesso da gestão.

A localização do PESOB faz com que seja cenograficamente muito


relevante. Os atributos paisagísticos são instigantes. Elementos
Grande beleza cenográfica
como gradiente altimétrico, linha de crista, fragmentos contínuos
e paisagística
de vegetação, formações geológicas singulares, fazem com que a
região seja visualmente muito atrativa.

Por uma perspectiva positiva, os acessos à Unidade de


Conservação podem ser considerados muito bons. A presença da
rodovia estadual MG-129 e de estradas não pavimentadas
auxiliares, propiciam o acesso facilitado, rápido e seguro durante
Acesso facilitado, rápido e
todos os meses do ano. Internamente a Unidade possui áreas
seguro
onde a acessibilidade será mais democrática, oferecendo
oportunidades para todos os públicos, bem como, locais com
maior restrição, contribuindo para a manutenção da integridade
dos atributos naturais, históricos e culturais.
O fato da área do PESOB ser contígua à do MNEI, a oferta de rota
de acesso, a localização em ambiente rural e o modelo de
proteção escolhido para cada área natural protegida, ora
Localização estratégica
mantendo os moradores em suas propriedades, ora aproveitando
favorecendo a gestão
a disponibilidade de terrenos de propriedade de empresas,
propiciam que ambas as Unidades sejam gerenciadas de forma
conjunta, em parceria e com ações comuns.

16
Análise Interna ao PESOB
Fortalezas Descrição
O PESOB possui elementos em quantidade e qualidade com
potencial para se transformarem em produtos turísticos,
oferecendo experiências relevantes para diversos públicos. A
Existência de inúmeros malha de trilhas, espaços para convivência e recreação,
atrativos para a visitação integração a projetos de pesquisa, educação ambiental, entre
pública outras atividades, poderão ser integradas de modo a permitir
convívio equilibrado com a natureza, opções de lazer para a
comunidade e alcance dos objetivos de criação da Unidade de
Conservação.

O entorno do PESOB possui um fluxo constante de visitantes e


turistas, além disso, há proximidade com Belo Horizonte e com
cidades históricas de Minas Gerais que já atraem bastante público.
Fluxo espontâneo de Além disso, a existência de uma via de acesso que literalmente
demanda potencial passa pela porta da Unidade, faz com que, parte de seus usuários,
possam se tornar frequentadores regulares do Parque. Esse
público poderá ser atraído para a UC assim que a mesma reúna
condições de recebê-los.

Tabela 1.2. Oportunidades do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

Análise Externa ao PESOB


Oportunidades Descrição
Opção de lazer, educação e entretenimento para a população e
Uso Público, Ecoturismo, visitantes. Ofertar aos alunos e professores de Ouro Branco, Ouro
Lazer e Educação Ambiental Preto e região, estrutura para desenvolvimento de ações de
conservação, educação ambiental e pesquisa.
Alavancar a oferta de novos negócios e de qualificação pessoal
Oferta de novos negócios e para os moradores da região, envolvendo a produção associada
qualificação pessoal ao turismo, ecoturismo, turismo rural, turismo científico, turismo
geológico, turismo pedagógico, turismo de incentivo, entre outros.
Diversificar a demanda de Atrair para os municípios não apenas a demanda por negócios e
visitantes e turistas para os formação acadêmica, mas também por qualidade de vida, lazer,
municípios ócio, cultura, etc.
Agregar à imagem dos municípios de Ouro Branco e Ouro Preto
Ampliar e melhorar a atributos associados à conservação ambiental, fazendo com que
visibilidade dos municípios os municípios sejam reconhecidos também pelo desenvolvimento
sustentável.
Oferecer ao setor privado a oportunidade de implementar ações de
Parcerias com a iniciativa
responsabilidade social e ambiental, agregando valor à marca e ao
privada
produto.
Utilizar o conhecimento e a tecnologia das universidades para o
Desenvolvimento e
desenvolvimento de ferramentas de conservação dos ambientes
aplicação de tecnologias
naturais, valorização e interpretação do patrimônio, tornando-se
voltadas à conservação
referência nacional e internacional.

17
Análise Externa ao PESOB
Oportunidades Descrição
O Instituto Estadual de Florestas, em conjunto com as prefeituras
Fortalecimento dos municipais e órgãos como a EMATER, podem incentivar que os
programas de incentivo a vizinhos e demais produtores rurais participem de programas e
agricultura sustentável e ações de fortalecimento da agricultura familiar, desenvolvimento
serviços ambientais de agroecologia e permacultura. Assim como, se beneficiem de
ações envolvendo a comercialização de serviços ambientais.
Instituto Estadual de Florestas e prefeituras municipais poderão
Apoio à regularização de implementar políticas e programas de regularização e adequação
imóveis rurais ambiental dos imóveis rurais, a partir da criação de instrumentos
de incentivo
Parcerias com instituições Estabelecer parcerias com instituições públicas e privadas para
de ensino e Organizações desenvolvimento de pesquisa, ações voluntárias, condução de
Não Governamentais visitantes, captação de recursos, qualificação pessoal, etc.

Potencializar a presença da Fazer com que a população se reaproxime do Parque Estadual


população como usuária da Serra do Ouro Branco, ajudando a conservar e até mesmo a
UC e parceira na administrar, atuando no Conselho Consultivo da Unidade de
conservação. Conservação e em ações que demandem sua participação.

Tabela 1.3. Fraquezas do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

Análise Interna ao PESOB


Fraquezas Descrição
O Parque Estadual Serra do Ouro Branco não conta com
Infraestrutura e
infraestrutura de edificações, veículos e equipamentos que
equipamentos inadequada
possibilitem o cumprimento dos objetivos de criação, a saber:
ou inexistente
conservação, pesquisa, educação ambiental e ecoturismo.

Equipe reduzida e ausência O Parque Estadual Serra do Ouro Branco não conta com capital
de um sistema de gestão humano suficiente, procedimentos e controles internos específicos
organizado que possam nortear a administração da Unidade.

Essa estrada é foco de grande parte das reclamações que chegam


à gerencia do Parque Estadual Serra do Ouro Branco e à
Má conservação da estrada
Prefeitura Municipal de Ouro Branco. O manejo dado no passado
não pavimentada do alto da
fez com que graves danos ambientais fossem causados. A
Serra do Ouro Branco
restrição ao manejo atual faz com que o lugar seja percebido como
em abandono.
Ainda que não sejam muitos, quando comparados a outras
Ausência de instrumentos Unidades de Conservação no Brasil, existem usos conflitantes no
para lidar com os usos interior do Parque Estadual Serra do Ouro Branco que deverão ser
conflitantes na UC considerados na elaboração de propostas de manejo para a
Unidade de Conservação.

18
Análise Interna ao PESOB
Fraquezas Descrição

O PESOB não conta com iniciativas e parcerias junto a instituições


privadas, governamentais e não governamentais, na realização de
Poucas parcerias
pesquisas, capacitações, educação ambiental, etc.. Atualmente a
principal parceria é para o combate a incêndios.

Observando por outra perspectiva a facilidade e disponibilidade da


oferta de acessos dificulta o controle do uso. São centenas de
Acessos quilômetros de trilhas e estradas em todas as direções, o que
favorece a prática do uso público desordenado, as ações ilícitas e
os crimes ambientais.
O manejo atual da visitação é bastante incipiente, ficando restrito
ao acompanhamento de eventos programados e rondas
Ausência de rotinas e
esporádicas. Em parte é devido à falta de infraestrutura e de
estruturas para ordenamento
recursos humanos. A falta de ordenação do uso tem contribuído
da visitação pública
para a sujeira dos locais mais visitados, vandalismo, práticas
ilícitas e a percepção de insegurança.

Ausência de áreas de Atualmente, nenhuma área no interior do Parque Estadual Serra do


propriedade do Estado Ouro Branco é de domínio público, o que limita qualquer
dentro da UC possibilidade de intervenção.

O sistema de orçamento e gestão de recursos financeiros ao qual


o PESOB está subordinado, centralizado em rotinas e
Baixa autonomia
procedimentos da gestão pública estadual resulta em ineficiência e
orçamentária da equipe
inoperância da UC em questões básicas como aquisiçãoo de
gestora local
combustível e outros bens de consumo, equipamentos e
contratação de pessoal.
A mobilização social que desencadeou o processo de criação do
Baixa participação da PESOB foi muito forte e gerou, naturalmente, muitas expectativas.
população nos assuntos da A população que tanto se envolveu, ao não perceber a
UC implantação da Unidade, acabou se afastando. Será preciso
reconquistar a confiança da população.

Tabela 1.4. Ameaças ao Parque Estadual Serra do Ouro Branco


Análise Externa ao PESOB
Ameaças Descrição

Os incêndios florestais são ameaças constantes à Unidades de


Conservação e já afetaram a vida dos moradores. O PESOB conta
apenas com a boa vontade e disposição de voluntários, de alguns
Incêndios Florestais
poucos brigadistas temporários e da disposição dos colaboradores
contratados para prevenir e/ou reduzir as consequências de tais
incêndios.

19
Análise Externa ao PESOB
Ameaças Descrição

Verifica-se atualmente atividades ilegais dentro da UC como a


retirada de madeira, em especial a candeia e outros recursos
Degradação dos naturais (orquídeas, areia de rio, entre outros) e presença de
ecossistemas naturais animais domésticos. Soma-se a isso a existência de focos de
erosão acelerada que colocam em riscos as comunidades bióticas
e o recursos hídricos.

Os abundantes e significativos vestígios e estruturas arqueológicas


Deterioração do patrimônio
do período histórico encontram-se em grande parte abandonados
histórico e arqueológico
e em processo de gradual deterioração.

O estudo de tráfego preliminar apontou um crescimento


substancial da frota de veículos, principalmente caminhões
Frota e volume de veículos
pesados, na rodovia MG-129, trecho em que passa pelo Parque
da MG-129 incompatível
Estadual Serra do Ouro Branco. Somam-se a isso as
com a proposta de Estrada
características de relevo e da via, fazendo com que a percepção
Parque
de insegurança entre os motoristas aumente, bem como, os riscos
ao patrimônio natural e construído.
É comum que sejam identificadas regiões próximas a Unidades de
Conservação, onde os benefícios econômicos trazidos com a
visitação, além da existência em si de áreas verdes, motive o
interesse de pessoas ou empresas em adquirir terrenos, vizinhos
Especulação imobiliária no
às UCs. Com a aquisição de tais imóveis, pode ser dado um novo
entorno
uso para os terrenos, vindo gerar pressão sobre a Unidade,
diferentemente do que se percebe atualmente, com a proposta de
equilíbrio entre uso e conservação adotada por muitos dos
moradores vizinhos.

Como mostrado neste estudo, o perímetro urbano de Ouro Branco


Crescimento urbano e Itatiaia tende a ser ampliado em direção ao PESOB. As pressões
desordenado causadas pela aproximação da malha urbana serão maiores,
exigindo antecipação do planejamento e ações de controle.

Infelizmente é comum que muitos Planos de Manejo não sejam


implementados, por falta de recursos financeiros, humanos,
Plano de Manejo não ser materiais ou mesmo por falta de interesse dos gestores. A não
implementado implementação do Plano de Manejo se tornará uma ameaça ao
PESOB, uma vez que estão sendo levantadas muitas expectativas
em relação a este processo.

20
Análise Externa ao PESOB
Ameaças Descrição

A visitação ao PESOB pode ser benéfica, mas pode também gerar


ações de vandalismo, descaracterizar ambientes naturais,
Impactos negativos gerados
intensificar processos erosivos, alterar hábitos alimentares de
pelo uso público
animais silvestres, elitizar o uso, afastar a população, entre outros.
desordenado na Unidade
Estes impactos serão minimizados com um planejamento
responsável e uma eficiente gestão.

A proposta de desafetação de parte do Parque Estadual Serra do


Redução da área da UC Ouro Branco, caso seja aprovada, além de ir contra os princípios e
devido à desafetação de a fé pública de que Unidades de Conservação de proteção integral
áreas de interesse minerário após criadas, não serão reduzidas, poderá abrir precedentes para
que o mesmo aconteça em outros lugares.

É sabido que o potencial minerário da região onde o PESOB está


localizado é grande e que a principal fonte de receita dos
municípios tem origem na indústria extrativista e de transformação,
Mineração
sendo assim, é possível que seja crescente a pressão sobre o
Parque para que novas pesquisas, prospecções e lavras sejam
abertas em áreas confrontantes à Unidades.

Aonde queremos chegar?

Todo planejamento é feito visando facilitar o percurso de uma organização desde a sua situação
atual para uma situação futura desejada. As ações a serem implementadas, seus prazos e metas,
devem ser norteados pela visão de futuro, missão, princípios e valores da organização.

Visão de Futuro: é a explicitação de como as UCs querem ser vistas no futuro. É o desejo e a
intenção do direcionamento da organização. Foi definida através de oficina participativa, com a
presença dos diversos atores importantes para a gestão da UC, utilizando-se ferramentas do
Planejamento Estratégico Participativo Consensual (Croft et al., 2015). Organizados em grupos de
até 12 pessoas, denominados Círculos de Sonhos, todos participantes tiveram acesso às
informações do diagnóstico e puderam expressar suas respostas individuais à seguinte pergunta
geradora: Como deve ser o PESOB em 2020 para que possamos dizer que é a melhor UC que
poderíamos ter em nossa região? As respostas de cada participante foram registradas e
posteriormente agrupadas a partir de palavras-chave e sintetizadas na Visão de Futuro da UC
para 2020.

Visão de Futuro: o PESOB em 2020


O PESOB é motivo de orgulho para funcionários e usuários, sendo gerido de forma ética e
responsável pelo IEF com a participação efetiva da sociedade, tornando-se referência em
conservação da biodiversidade e do patrimônio histórico cultural e espeleológico do marco sul
da cadeia do Espinhaço.

Missão: é a razão de ser da organização. Serve de base para a definição e desenvolvimento dos
objetivos das UC. Durante a oficina de planejamento, cada círculo de participantes produziu uma

21
frase a partir da seguinte pergunta geradora: Qual o objetivo máximo que o PESOB deve
perseguir para justificar sua existência? Indicou-se previamente aos grupos que a frase tivesse as
seguintes características: concisa, facilmente memorizável e ao mesmo tempo abrangente para
que expressa-se os diversos sonhos e inspiradora de forma a gerar um sentimento de motivação
e engajamento. Em seguida, em plenária, as frases de cada grupo foram sintetizadas na Missão
do PESOB.

Missão do PESOB
Conservar o patrimônio histórico e natural do marco Sul da cadeia do Espinhaço promovendo
sustentabilidade, em parceria com as comunidades do entorno.

Princípios e Valores: são compromissos assumidos pela equipe gestora e servem de


balizamentos para suas decisões e ações. Na oficina de planejamento, através de uma
tempestade de ideias, foram colhidos e agrupados os princípios e valores para o PESOB.

Princípios e Valores do PESOB


Respeito, Ética e Transparência; Trabalho em equipe; Sustentabilidade integral;Participação;
Igualdade e honestidade

Como vamos chegar?

Os objetivos estratégicos representam declarações expressas do que se pretende realizar nas


UCs nos próximos 5 anos, sinalizando claramente quais são as prioridades. Para definição dos
objetivos estratégicos utilizou-se a metodologia do Balanced Scorecard® (BSC) e a análise da
matriz FOFA. Sistemas como o BSC, representam um referencial para traduzir os grandes
resultados a serem alcançados por uma organização (objetivos estratégicos), num conjunto
coerente de indicadores de desempenho, contribuindo para moldar o comportamento de sua força
de trabalho. O BSC permite conectar a estratégia de longo prazo às ações de curto prazo e cria
condições para que se alinhem todos os recursos organizacionais – equipes, área de apoio,
tecnologia da informação, capacitação dos servidores – e para que foquem intensamente a
implementação da estratégia (Kaplan & Norton, 2000). De acordo com a metodologia do BSC, os
grandes resultados (objetivos estratégicos) a serem alcançados pelo PESOB foram distribuídos
em cinco perspectivas: ambiente, usuários, financeira, processos internos e inovação/
aprendizado, que possuem relação de causa e efeito e uma lógica que deve traduzir a hipótese
estratégica. Com a intenção de identificar os objetivos estratégicos procurou-se responder as
seguintes perguntas orientadoras:

1) Para realizar a visão de futuro, quais os resultados devem ser alcançados em relação à
conservação do meio ambiente no interior e no entorno das UCs?
2) Para realizar a visão de futuro e nossos objetivos na perspectiva do ambiente, como devemos
cuidar dos nossos usuários (comunidades de entorno, da sociedade, dos visitantes,
pesquisadores e etc.)?
3) Para atender os nossos usuários e conservar o meio ambiente, em quais processos devemos
ser excelentes?
4) Para sermos excelentes nos processos elencados na pergunta anterior, que competências e
aprendizados nossa equipe deve buscar?
5) Quais são os desafios financeiros para cumprirmos os objetivos identificados e para realizar a
visão de futuro?

22
Após a elaboração da lista de objetivos foi construído o Mapa Estratégico, que descreve a
estratégia mediante a identificação de relações de causa e efeito explícitas entre os objetivos nas
cinco perspectivas do BSC (Tabela 1.5). Sob uma perspectiva mais ampla, o Mapa Estratégico
orienta como a organização converterá suas iniciativas e recursos – inclusive ativos intangíveis,
como cultura organizacional e conhecimento da equipe – em resultados tangíveis tais como,
proteção dos ecossistemas e espécies, manejo dos recursos, recuperação de áreas degradadas e
geração de conhecimento sobre seu patrimônio.

Um dos maiores benefícios do Mapa Estratégico é a sua capacidade de comunicar a estratégia a


toda organização. A estratégia visa o movimento da organização de sua posição atual para outra
no futuro, desejável, mas incerta. Como a organização nunca esteve nesse futuro, a trajetória para
essa incógnita consiste de uma série de hipóteses interligadas. O Mapa Estratégico ilustra essas
relações de causa e efeito, de maneira a torná-la explícitas e sujeitas a testes. Assim, o fator
crítico na implantação da estratégia é fazer com que todos na organização compreendam com
clareza as hipóteses subjacentes, de modo a alinhar todos os recursos e unidades
organizacionais com essas hipóteses, testá-las continuamente e utilizar os resultados para as
adaptações necessárias.

Todos os objetivos estratégicos propostos só poderão ser plenamente alcançados se houver boa
gestão financeira, ou seja, otimização dos recursos existentes e captação de novos recursos.
Finalmente, para suportar todos os objetivos, será de fundamental importância capacitar os
recursos humanos responsáveis pela gestão da UC nas temáticas estratégicas e buscar a
excelência em gestão.

23
Tabela 1.5. Mapa Estratégico do Parque Estadual Serra do Ouro Branco, MG

VISÃO PARA 2020


O PESOB é motivo de orgulho para funcionários e usuários, sendo gerido de forma ética e responsável pelo IEF com a participação
efetiva da sociedade, tornando-se referência em conservação da biodiversidade e do patrimônio histórico cultural e espeleológico do
marco sul da cadeia do Espinhaço.

Conhecer e conservar sítios Ser um museu a céu aberto dos aspectos


Perspectiva do Preservar e recuperar os ecossistemas
arqueológicos, patrimônio histórico naturais e histórico culturais próprios da
Ambiente nativos
cultural e espeleológico região

Estabelecer mecanismos de integração e Oferecer experiências educativas


Garantir a visitação pública
Perspectiva do participação efetiva da sociedade na significativas e inspiradoras, com ênfase na
ordenada, segura e de qualidade
Usuário gestão da unidade. educação ambiental e nas futuras gerações

Implantar
Garantir o implantar
infraestrutura Apoiar Impedir a ocorrência de
funcionamento do ferramentas de Regularizar a
Perspectiva adequada pesquisas incêndios florestais e a
Conselho Consultivo excelência em situação
Interna para proteção, relevantes para extração de recursos
e estabelecer gestão e manejo fundiária
pesquisa e a UC naturais
parcerias adaptativo
visitação

Perspectiva do
Capacitar a equipe quanto aos aspectos naturais e histórico-
Aprendizado e Desenvolver habilidades e competências
culturais da UC e entorno
Crescimento

Perspectiva
Captar recursos financeiros de Compensação Ambiental Otimizar a utilização dos recursos financeiros
Financeira

24
2. PARTE 2 - ZONEAMENTO

25

25
2.1. INTRODUÇÃO

De acordo com IBAMA (2002), o Zoneamento constitui um instrumento de ordenamento


territorial, usado como recurso para se atingir melhores resultados no manejo da UC, pois
estabelece usos diferenciados para cada zona, segundo suas características e objetivos. O
zoneamento é caracterizado pela Lei 9.985/2000 como a definição de setores ou zonas em
uma unidade de conservação com objetivos de manejo e normas específicas, com o propósito
de proporcionar os meios e as condições para que todos os objetivos da Unidade possam ser
alcançados de forma harmônica e eficaz.

O Zoneamento do PESOB foi definido durante a elaboração do Plano de Manejo, na Oficina de


Planejamento realizada em Ouro Branco/MG. A partir dos critérios estabelecidos em IBAMA
(2002), é apresentada a definição, os objetivos e as normas gerais de cada zona, além de uma
descrição sucinta da identificação das áreas dentro da Unidade (Figura 2.1). Os mapas gerais
do Zoneamento do PESOB e da Zona de Amortecimento seguem no Encarte III (Mapas
Temáticos) e são apresentados nas Figuras 2.1 e 2.10, respectivamente.

26
Figura 2.1. Mapa do zoneamento do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

27
2.1.1. Zonas Internas do PESOB

Zona Primitiva (ZP)

Definição
É a zona onde ocorreu pequena ou mínima intervenção humana, contendo espécies da flora e
da fauna ou fenômenos naturais de grande valor científico.

Objetivo
O objetivo principal desta zona é a preservação do ambiente natural e suas belezas cênicas,
conservando os recursos genéticos, protegendo espécies raras ou ameaçadas, como as novas
espécies de Troglóbios encontrada no interior da Gruta da Igrejinha.

Identificação das áreas


Foram consideradas como ZP do PESOB as áreas de formação florestal, campo limpo, campo
rupestre quartzítico, cerrado, canga bem conservadas e a Área de Preservação Permanente da
Gruta da Igrejinha estabelecida pelo Decreto Estadual no. 26.420/1986, não incluídas nas
demais zonas (Figura 2.2). A ZP constitui a maior extensão territorial do PESOB, recobrindo
6.506,28 ha (86,5%).

Normas gerais
 São facultadas as atividades de pesquisa científica, monitoramento e fiscalização,
proteção, educação ambiental, visitação restritiva e de baixo impacto (IBAMA, 2002).
 As atividades permitidas não poderão comprometer a integridade dos recursos naturais.
 A interpretação dos atributos desta zona será somente através de folhetos e, ou,
recursos indiretos, inclusive aqueles oferecidos no centro de visitantes.
 Os visitantes, pesquisadores e o pessoal da fiscalização e monitoramento serão
advertidos para não deixarem lixo nessas áreas.
 Não serão permitidas quaisquer instalações de infraestrutura exceto aquelas
imprescindíveis à proteção dos recursos naturais ou segurança.
 É proibido o tráfego de veículos nesta zona, exceto em ocasiões especiais, em casos
de necessidade de proteção da unidade.

28
Figura 2.2. Mapa da zona primitiva do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

29
Zona de Uso Extensivo (ZUEx)

Definição
É aquela constituída em sua maior parte por áreas naturais, podendo apresentar algumas
alterações humanas pontuais.

Objetivo
O objetivo da ZUEx é a manutenção de um ambiente natural com mínimo de impacto humano,
apesar de oferecer acesso ao público para fins educativos e recreativos.

Identificação das áreas


Foram consideradas como ZUEx a malha de trilhas para uso público proposta para o PESOB
composta por dezenove trilhas, quais sejam:
 Trilha da Canela de Ema
 Trilha do Paredão
 Trilha Mirante do Cruzeiro
 Trilha Mirante da Estrada
 Trilha Mirante do Sofá
 Trilha do Cooper
 Trilha Cachoeira Jesuítas
 Trilha da Copasa
 Trilha Topo da Serra/ 1º Poço do Rio Colônia
 Trilha do Rio Colônia
 Trilha do Andarilho
 Trilha Muro de Pedra
 Circuito das Águas
 Circuito Caminhos do Passado
 Circuito topo da Serra
 Travessia Topo da Serra/ Itatiaia
 Travessia Alto da Serra / Morro do Gabriel
 Travessia Hargrives / Morro do Gabriel
 Travessia Rodeio / Morro do Gabriel

A ZUEx possui 237,28 ha e representa apenas 3,15% da área do PESOB (Figura 2.3).

Normas gerais
 As atividades permitidas serão a pesquisa, o monitoramento ambiental, a visitação e o
monitoramento.
 A visitação será realizada como turismo acompanhado ou autoguiado.
 Poderão ser instalados equipamentos para a interpretação dos recursos naturais e a
recreação, sempre em harmonia com a paisagem e adequados para o público da UC.
 Poderão ser instalados sanitários nas áreas vocacionais mais distantes do centro de
visitantes.
 As atividades de interpretação e recreação facilitarão a compreensão e a apreciação
dos recursos naturais das áreas pelos visitantes.

30
 Esta zona será constantemente monitorada.
 O trânsito de veículos só poderá ser feito a baixas velocidades (máximo de 40 km). É
expressamente proibido o uso de buzinas nesta zona.

31
Figura 2.3. Mapa da zona de uso extensivo do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

32
Zona de Uso Intensivo (ZUI)

Definição
É aquela constituída por áreas naturais ou alteradas pelo homem. O ambiente é mantido o
mais próximo possível do natural, possuindo centro de visitantes, museus, facilidades e
serviços .

Objetivo
O objetivo geral da ZUI é facilitar a recreação intensiva e a educação ambiental em harmonia
com o meio.

Identificação das áreas


Foram estabelecidas como ZUI as seguintes áreas:
 Estruturas de Recepção
 Portaria
 Locais de instalação das guaritas para controle de acesso
 Centro de Visitante
 Restaurante
 Área de Camping e seu acesso
 Espaço Ecumênico
 Praça de Eventos
 Praças de Convivência
 Estacionamentos

A área total ocupada pela ZUI corresponde a 55,61 ha e representa 0,7% da área total do
PESOB (Figura 2.4).

Normas gerais
 O centro de visitantes, museu e outros serviços oferecidos ao público, como
lanchonetes e instalações para serviços de guias e condutores, somente poderão estar
localizados nesta zona.
 Poderão ser instaladas churrasqueiras, mesas para piquenique, abrigos, lixeiras e
trilhas nos locais apropriados.
 A utilização de fogueiras só poderá ser permitida nas áreas destinadas para este fim;
 A utilização das infraestruturas desta zona será subordinada à capacidade de suporte
estabelecida para elas.
 As atividades permitidas não poderão comprometer a integridade dos recursos naturais.
 Os visitantes, para ter acesso aos atrativos, deverão receber instruções a respeito das
normas e regulamentos da unidade de conservação.
 Todas as construções e reformas deverão estar harmonicamente integradas com o
meio ambiente, incluindo as intervenções paisagísticas, as quais deverão ser realizadas
com espécies nativas.

33
 Os materiais para a construção ou a reforma de quaisquer infraestruturas não poderão
ser retirados dos recursos naturais da unidade, exceto as espécies exóticas como
eucalipto.
 O monitoramento será intensivo nesta zona.
 Esta zona poderá comportar sinalização educativa, interpretativa ou indicativa.
 A velocidade máxima permitida no interior desta zona será de 40km/h, sendo que, em
locais onde exista trânsito de veículos ou pessoas, a velocidade máxima será de
20km/h.
 É proibido o uso de buzinas nesta zona.
 Os esgotos deverão receber tratamento suficiente para não contaminarem rios, riachos
e nascentes.
 O tratamento dos esgotos deve priorizar tecnologias alternativas de baixo impacto.
 Os resíduos sólidos gerados nas infraestruturas previstas deverão ser acondicionados
separadamente, recolhidos periodicamente e depositado em local destinado para tal.

34
Figura 2.4. Mapa da zona de uso intensivo do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

35
Zona de Uso Especial (ZUEsp)

Definição
É aquela que contém as áreas necessárias à administração, manutenção e serviços da
Unidade de Conservação, abrangendo habitações, oficinas e outros. Estas áreas serão
escolhidas e controladas de forma a não conflitarem com seu caráter natural .

Objetivo
O objetivo geral da ZUEsp é minimizar o impacto da implantação das estruturas ou os efeitos
das obras no ambiente natural ou cultural da Unidade. Assim, esta zona permite as atividades
de apoio à administração, manutenção e atividades operacionais. As edificações e
infraestrutura de apoio permitem garantir a operacionalização das atividades de administração,
manutenção do patrimônio físico e apoio ao monitoramento, pesquisa e uso público da UC.
Esta zona é destinada a conter a sede da unidade e a centralização dos seus serviços, não
comportando visitação.

Identificação das áreas


Foram estabelecidas como ZUEsp as estruturas para administração, alojamento de
pesquisadores, posto avançado de monitoramento e trilhas de monitoramento.

A área total ocupada por esta Zona é de 42,60 ha, o que representa apenas 0,6% da extensão
do PESOB (Figura 2.5).

Normas gerais
 Todas as construções e reformas deverão estar harmonicamente integradas com o
meio ambiente, incluindo as intervenções paisagísticas, as quais deverão ser realizadas
com espécies nativas.
 Não será permitido o plantio de espécies exóticas nesta zona.
 A velocidade máxima permitida no interior desta zona será de 20km/h.
 O estacionamento de veículos nesta zona somente será permitido aos funcionários e
prestadores de serviços.
 Esta zona deverá conter locais específicos para a guarda e o depósito dos resíduos
sólidos gerados na unidade, os quais deverão ser removidos para o aterro sanitário ou
vazadouro público mais próximo, fora da UC.
 Sempre que for possível os componentes orgânicos do lixo serão separados dos
inorgânicos para reciclagem.
 O monitoramento será permanente nesta zona.
 Os veículos deverão transitar em baixa velocidade e será proibido o uso de buzinas.
 Os esgotos deverão receber tratamento suficiente para não contaminarem rios, riachos
e nascentes, em acordo com a legislação.
 O tratamento dos esgotos deve priorizar tecnologias alternativas de baixo impacto.

36
Figura 2.5. Mapa da zona de uso especial do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

37
Zona de Recuperação (ZR)

Definição
É aquela que contém áreas consideravelmente antropizadas e degradadas. É uma zona
provisória, que uma vez restaurada será incorporada à Zona Primitiva. As espécies exóticas
introduzidas deverão ser removidas e a restauração deverá ser natural ou naturalmente
induzida.

Objetivo
O objetivo geral da ZR é deter a degradação dos recursos ou restaurar a área. Nesse sentido,
tem como objetivos específicos monitorar e manejar as espécies exóticas de flora e fauna
presentes na UC de modo a reintegrar as áreas recuperadas ao ecossistema original existente
no Parque e, além disso, proporcionar temas de pesquisa e monitoramento ambiental. Após a
recuperação, as áreas que compõem essa zona deverão ser incorporadas à Zona Primitiva.

Identificação das áreas


Foram consideradas como ZR as áreas com focos de erosão, presença de espécie exótica e
aquelas onde o ambiente natural encontra-se sensivelmente impactado pelas atividades
humanas.

As áreas com focos erosivos situam-se principalmente ao longo das estradas, sendo
consequência, em sua maioria, do escoamento superficial da água da chuva concentrado sobre
o leito das estradas. Algumas representam antigas áreas de lavra ou de atividades
relacionadas à mineração.

Quanto às áreas com presença de espécie exótica, destaca-se o reflorestamento de eucalipto


situado no setor norte do Parque, na área pertencente à Fazenda Rodeio. O reflorestamento
ocupa aproximadamente 420 hectares e encontra-se abandonado, coexistindo com a Floresta
Estacional que vem se reestabelecendo na área.

Os ambientes naturais impactados de maior destaque no PESOB, identificados como ZR,


referem-se às áreas de Floresta Estacional localizada no extremo sul do Parque (mata da
CSN).

A área total ocupada por esta Zona é de 606,52 ha, o que representa apenas 8,1% da
extensão do PESOB (Figura 2.6).

Normas gerais
 As atividades permitidas nesta zona serão a pesquisa científica, o monitoramento e a
educação ambiental direcionada.
 Na recuperação induzida poderão ser usadas espécies nativas, devendo ser evitadas
as espécies exóticas não invasora, podendo ser utilizadas em casos de extrema
necessidade.
 As espécies exóticas encontradas na UC devem ser eliminadas através de atividades
de baixo impacto, especialmente na região próxima a Gruta da Igrejinha e sua área de
influência.
 A recuperação das áreas degradadas será promovida pela UC ou por parceiros e
realizada por meio de projetos específicos, autorizados pela gerência da UC, com base

38
em pesquisas científicas que recomendem as intervenções, podendo ser contratadas
empresas e/ou profissionais, pesquisadores para a execução das atividades.
 A visitação com finalidade educacional será permitida desde que autorizada pelos
Gestores da UC em áreas previamente estabelecidas, sendo as visitas previamente
agendadas e acompanhadas por monitor.
 O monitoramento desta zona deve ser constante.
 Os trabalhos de recuperação induzida poderão ser interpretados para o público.
 As pesquisas sobre os processos de regeneração natural deverão ser incentivadas.
 Não serão instaladas infraestruturas nesta zona, com exceção daquelas necessárias
aos trabalhos de recuperação induzida.
 Tais instalações serão provisórias, preferentemente construídas em madeira. Os
resíduos sólidos gerados nestas instalações terão o mesmo tratamento citado nas
zonas de uso intensivo e extensivo.
 O acesso a esta zona será restrito aos pesquisadores e pessoal técnico, ressalvada a
situação de eventuais moradores, e atividades de educação ambiental.
 É proibido o tráfego de veículos nesta zona, exceto em ocasiões especiais, em casos
de necessidade de proteção da unidade.

39
Figura 2.6. Mapa da zona de recuperação do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

40
Zona de Uso Conflitante (ZUC)

Definição
São espaços localizados dentro do PESOB, cujos usos e finalidades, estabelecidos antes da
criação da Unidade, conflitam com os objetivos de conservação da área protegida.

Objetivo
O objetivo desta zona é contemporizar a situação existente, estabelecendo procedimentos que
minimizem os impactos sobre o Parque.

Identificação das áreas


Foram estabelecidas como ZC as seguintes áreas ou estruturas:
 Rede adutora e estação de tratamento de água da Copasa.
 Torres com antenas de telecomunicação localizadas no alto da Serra do Ouro Branco.
 Linhas de transmissão de energia elétrica da Furnas Centrais Elétricas.
 Rede de distribuição de energia elétrica para as antenas e para a estação de captação
de água da Copasa.
 Tubulação antiga de água, já desativada, localizada no paredão da Serra do Ouro
Branco
 Rede de distribuição de energia elétrica composto por rede suspensa, que avança pelo
paredão da serra em paralelo à trilha utilizada por visitantes a pé, chegando ao alto, na
estrada não pavimentada, onde segue em direção às torres de telecomunicação e
capela. No encontro com a estrada do alto da serra a rede se divide indo também em
direção a região da Lavrinha, já fora da Unidade de Conservação.
 Rede de distribuição de gás natural da Companhia de Gás do Estado de Minas Gerais
que adentra a área da Unidade de Conservação próximo à estrada para Cristais,
seguindo pela área de servidão da rede de transmissão de Furnas, até essa estrada,
depois segue margeando a rodovia MG-129 no sentido Ouro Preto.
 Rodovia estadual MG-129.

A área total ocupada por esta Zona é de 56,87 ha, o que representa 0,8% da extensão
territorial do PESOB (Figura 2.7).

Normas gerais
 São permitidas as atividades de monitoramento, manutenção de infraestruturas e
pesquisa, com a devida autorização da administração da UC.
 O monitoramento será intensivo no entorno e/ou dentro da zona de uso conflitante,
conforme o caso.
 Os serviços de manutenção do empreendimento deverão ser sempre acompanhados
por funcionários da UC.
 As intervenções para manutenção, substituição e construção de instalações deverão ser
previamente autorizadas pela administração da UC.
 Em caso de acidentes ambientais, a Chefia da UC deverá buscar orientação para
procedimentos na Lei de Crimes Ambientais (9.605 de 12 de fevereiro de 1998).
 Os riscos representados por estes empreendimentos deverão ser definidos caso a caso
e deverão subsidiar a adoção de ações preventivas e, quando for o caso, mitigadoras.

41
Figura 2.7. Mapa da zona de uso conflitante do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

42
Zona de Ocupação Temporária (ZOT)

Definição
São áreas de residência particular dentro do Parque. É uma Zona Provisória, que uma vez
realocados os moradores, será incorporada a uma das zonas permanentes.

Objetivo
O objetivo desta zona é estabelecer um termo de compromisso com a população residente até
que estes sejam realocados.

Identificação das áreas


Foram definidas como ZOT as duas propriedades particulares com uso regular, localizadas no
interior do PESOB, às margens da rodovia estadual MG-129 (Figura 2.8).

Normas gerais
Para esta zona será estabelecido um termo de compromisso com as populações residentes
dentro da UC, que definirá caso a caso as normas específicas.

43
Figura 2.8. Mapa da zona de ocupação temporária do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

44
Zona Histórico Cultural (ZHC)

Definição
É aquela onde são encontradas amostras do patrimônio histórico/cultural e arqueológico, que
serão preservadas, estudadas, restauradas e interpretadas para o público, servindo à pesquisa,
educação e uso científico.

Objetivo
O objetivo geral é o de proteger sítios históricos ou arqueológicos, em harmonia com o meio
ambiente.

Identificação das áreas


Foram estabelecidas com ZHC as seguintes áreas:
 Circuito Caminhos do Passado, que reúne sítios arqueológicos e caminhos antigos
localizados no interior do PESOB. A trilha tem início na rodovia MG-129, onde está
localizada a Biquinha. O percurso segue em direção às ruínas da Fazenda Meio do
Morro, tendo continuidade em direção ao alto da Serra do Ouro Branco.
 Conjunto de sítios arqueológicos localizados ao longo da MG-129, próximo ao circuito
Caminhos do Passado.
 Uma linha reta desde o terço médio da encosta da Serra do Ouro Branco até o fundo do
vale, no Rio Colônia, contendo ruínas denominadas de “Pilares”. Essa área possui
acesso extremamente difícil, por esta razão não foi amostrada pela equipe de
Arqueologia. Dessa forma, destaca-se que são necessários estudos mais detalhados
para definir a viabilidade de uso público futuro.
 Na porção oeste do Parque, uma área com sítios arqueológicos novos, próximo ao
povoado de Itatiaia.

A área total ocupada por esta Zona é de 15,25 ha, o que representa 0,2% da extensão
territorial do PESOB (Figura 2.9).

Normas gerais
 Durante a visitação será proibida a retirada ou a alteração de quaisquer atributos que se
constituam o objeto desta zona.
 Não será permitida a alteração das características originais dos sítios histórico-culturais.
 Quaisquer infraestruturas instaladas nesta zona, quando permitidas, não poderão
comprometer os atributos da mesma.
 As pesquisas a serem efetuadas nesta zona deverão ser compatíveis com os objetivos
da unidade e não poderão alterar o meio ambiente, especialmente em casos de
escavações.
 Deverá haver monitoramento constante, periódico e sempre que houver indícios de
alguma irregularidade em toda esta zona.
 As atividades de pesquisa, recuperação e utilização para fins de visitação e educação
ambiental/patrimonial devem ser previamente autorizadas pela administração do
Parque, além dos órgãos responsáveis pelo patrimônio histórico-cultural, como o IPHAN
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

45
Figura 2.9. Mapa da zona histórico cultural do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

46
2.1.2. Zona de Amortecimento (ZA)

Definição
A ZA é definida pela Lei 9.985/2000 como o entorno de uma unidade de conservação, onde as
atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas (IBAMA, 2002).

Objetivo
A ZA tem como objetivo principal minimizar os possíveis impactos negativos da região de
entorno sobre o PESOB.

Identificação das áreas


A Zona de Amortecimento do PESOB está dividida em duas áreas descontínuas, que ocupam
no total uma área de 5.575,63 ha (Área 1 com 4.304,60 ha e Área 2 com 1.271,03 ha), e estão
inseridas nos municípios de Ouro Preto e Ouro Branco (Figura 2.10). Foram excluídas da ZA as
localidades de Rodrigo Silva e parte de Miguel Burnier, situadas no entorno do PESOB e que
configuram áreas urbanas e/ou de expansão urbana previstas no Plano Diretor do Município de
Ouro Preto. Da mesma forma, foram excluídas as áreas urbanas e de expansão urbana
previstas no Plano Diretor do Município de Ouro Branco, as áreas situadas dentro dos limites
do Monumento Natural Estadual de Itatiaia (MNEI), UC contígua ao PESOB, uma vez que
constituem áreas protegidas por Lei na forma de Unidade de Conservação de Proteção Integral
(IBAMA, 2002), e a área do povoado de Itatiaia. Assim, ao aplicarem-se os critérios de
exclusão citados acima, de acordo com as indicações do documento do IBAMA (2002), a
configuração final da ZA abrangeu duas áreas distintas, não contíguas, conforme descrito a
seguir e apresentadas na Figura 2.10.

Área 1

A delimitação da Área 1 da ZA inicia-se no extremo oeste do PESOB, no ponto onde o limite da


Unidade aproxima-se à margem esquerda do lago Soledade. A partir daí segue para noroeste,
sobrepondo-se aos limites da área urbana de Ouro Branco, definida em seu Plano Diretor, até
encontrar a margem esquerda do lago Soledade e segue na direção noroeste acompanhando a
margem do lago até alcançar uma crista quartzítica próxima ao lago e continua no sentido norte
por um via local não asfaltada até atingir a rodovia MG030. Em seguida, segue pela MG030 no
sentido norte até alcançar a localidade de Miguel Burnier e segue em uma via local não
asfaltada no sentido leste até atingir a linha férrea que tangencia os limites de Miguel Burnier.
O limite segue pela linha férrea por cerca de 1,1 km. Deste ponto, segue para nordeste, sobre o
divisor de águas, protegendo a cabeceiras do Córrego da Usina, acompanhando uma via local
não asfaltada. Deste ponto, segue no sentido norte em outra via local acompanhando a linha
de cumeada e, no ponto de cela, segue no sentido leste na linha de drenagem, até a nascente
de um tributário da margem esquerda do Córrego dos Alemães. Em seguida, segue pelo
tributário até a sua foz no Córrego dos Alemães. A partir daí segue no sentido nordeste até o
divisor de águas, seguindo a linha de cumeada em direção à localidade de Rodrigo Alves, até o
ponto de cela o qual intercepta o túnel da referida linha férrea. A partir deste ponto, segue
margeando a linha férrea no sentido norte-nordeste até interceptar um tributário afluente da
margem esquerda do Ribeirão do Mango. Neste ponto, segue pela linha de cumeada em uma
via local não asfaltada até próximo à via de acesso a localidade de Dom Bosco. Deste ponto,
segue por esta estrada até alcançar a localidade de Dom Bosco e, em seguida, segue no
sentido sul por outra via de acesso local não asfaltada até encontrar o limite entre os
municípios de Ouro Preto e Ouro Branco. A partir daí segue pelo limite intermunicipal até
interceptar o limite norte do MNEI. Deste local, contorna o MNEI, em sentido anti-horário, até o

47
ponto onde os limites do MNEI e PESOB se encontram. Em seguida, contorna o PESOB, em
direção ao oeste, até o ponto onde se iniciou esta descrição.

Área 2

A delimitação da Área 2 da ZA inicia-se no extremo sul do PESOB e segue no sentido sudeste


por 100 metros até encontrar uma via de acesso local não asfaltada. A partir daí, segue
margeando a estrada no sentido leste até encontrar o um divisor de águas e acessar outra via
local não asfaltada no sentido nordeste. A partir daí segue por vias locais não asfaltadas até a
localidade de Marimbondo. Em seguida, segue margeando a via local não asfaltada até
alcançar a estrada asfaltada de acesso à localidade de Santa Rita do Ouro Preto. A partir deste
ponto segue pela estrada no sentido Ouro Preto até atravessar a ponte da Represa do
Taboões. Logo após esse trecho, segue pelo divisor de águas, margeando um via local não
asfaltada de acesso à localidade de Itatiaia até um ponto de cela, a cerca de 350 metros de
Itatiaia. Neste local, o limite da ZA segue no sentido oeste por uma via local não asfaltada até
atingir a drenagem, por onde segue até alcançar o limite leste do PESOB, na margem direita do
Córrego dos Garcia. A partir daí, segue margeando o limite do Parque no sentido horário até o
ponto que se iniciou esta descrição.

Normas Gerais
 Estabelecer cooperação com as Organizações Governamentais e Não Governamentais
que atuam na região, para o acompanhamento das ações a serem realizadas por estas
instituições dentro da ZA;
 Os licenciamentos ambientais de empreendimentos de significativo impacto ambiental,
com fundamento em estudos ambientais localizados na Zona de Amortecimento só
poderão ser concedidos após autorização do órgão responsável pela administração da
UC, nos termos da legislação aplicável;
 Considerar os Planos Diretores dos municípios do entorno do Parque (Ouro Branco,
Ouro Preto e Congonhas), para que haja consonância entre suas ações e os objetivos
da unidade;
 Incentivar a adoção de práticas agroecológicas e de técnicas agropecuárias de mínimo
impacto, preferencialmente através de cultivos e criações orgânicas nas propriedades;
 Incentivar instalações de sistemas de tratamento de esgotos sanitários nas residências,
estabelecimentos comerciais e industriais, evitando o despejo de esgotos in natura nos
cursos d‟água da região e incentivar instalações de compostagem de dejetos de
criações, especialmente suinos e gado bovino, nos termos da legislação vigente;
 Incentivar os proprietários da ZA a evitar cortes e degradação das formações
vegetacionais nativa, recuperando as Áreas de Preservação Permanente em suas
propriedades, bem como proteger as áreas com vegetação nativa, nos termos da
legislação vigente;
 Encaminhar aos órgãos licenciadores e divulgar junto aos demais segmentos da
sociedade os limites e as normas de uso e ocupação da Zona de Amortecimento;
 A ZA do PESOB deve ser priorizada em relação a outras áreas para a implantação de
programas e projetos estatais (federal, estadual e municipais) destinados às melhorias
para comunidades e melhorias ambientais, tais como, programas de implantação de
redes de coleta e tratamento de esgotos sanitários, programas de serviços ambientais

48
pagos (PSA), programas de recuperação ambiental de APP, programas de fomento ao
desenvolvimento turístico e similares;
 Incentivar os moradores da ZA quanto a evitar o plantio de espécies
exóticas invasoras,bem como evitar à criação de animais e pets exóticos considerados
de risco para a UC, especialmente gatos e cães de caça, nos termos da legislação
vigente;
 Os moradores da ZA serão incentivados a promover modalidades de turismo
sustentáveis, que possam ser desenvolvidas sem comprometer a integridade dos
recursos naturais;
 O uso de defensivos agrícolas deve ser controlado e restrito às Classes menos tóxicas
(proibido o uso de defensivos de Classes I e II), não sendo permitida a aplicação de
agrotóxico por aeronave.

49
Figura 2.10. Zona de Amortecimento do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

50
3. PARTE 3 - PROGRAMAS DE MANEJO

51

51
3.1. INTRODUÇÃO
Os programas de manejo agrupam as atividades afins que buscam o cumprimento dos
objetivos do PESOB. Buscou-se padronizar a apresentação dos programas de manejo visando
estruturar um modelo de gestão orientado para resultados na UC. Para cada
programa/subprograma são apresentados:
 Os objetivos estratégicos a serem alcançados;
 Objetivos específicos a serem alcançados para concretização dos objetivos
estratégicos;
 Indicador(es) utilizados para acompanhar o alcance dos objetivos específicos
 Metas de curto prazo (até o fim do 2º ano após o início do plano), metas de médio prazo
(até o fim do 5º ano após o início do plano) e metas de longo prazo (a serem cumpridas
após o 5º ano).
 Descrição das ações, programas ou projetos necessários para se cumprir as metas de
curto e médio prazo e deste modo, alcançar os objetivos;
 Prazo para realização das atividades, programas ou projetos;
 Responsável em fazer com que a atividade aconteça;
 Item de verificação para acompanhar a execução da ação, projeto ou programa;
 Estimativa de custo financeiro, em moeda nacional – Reais (R$), para a execução das
ações ou projetos propostos. As ações e projetos cujos custos sejam compostos por
uso de equipamentos, material de consumo (ex. combustível) e recursos humanos já
previstos para a UC encontram-se contempladas no Programa de Operacionalização e
aparecem como custo zero nos demais Programas de Manejo. Nestes, são
apresentados os custos estimados apenas das ações ou projetos que demandam
serviços de terceiros, equipamentos ou materiais não contemplados no Programa de
Operacionalização.

Quando necessário são apresentadas após o plano de ação orientações e informações que
detalham aspectos da execução das ações propostas.

A elaboração dos programas de manejo PESOB tomou como base o Termo de Referência do
Instituto Estadual de Florestas, o Decreto de Criação da UC, as orientações do diagnóstico da
UC (Encarte I), as Oficinas de Planejamento, o Roteiro Metodológico do Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (2002), bem como outros documentos
técnicos ou normativos específicos.

Assim, foram propostos sete programas de manejo para o PESOB, divididos em


subprogramas, que agrupam as atividades afins para cumprimento dos objetivos estratégicos e
específicos, conforme apresentado na Tabela 3.1.

52
Tabela 3.1. Objetivos estratégicos e específicos atendidos pelos diversos Programas/Subprogramas propostos para o PESOB

Objetivos estratégicos
Programa Subprogramas Objetivos específicos atendidos
atendidos

Proteger os ecossistemas naturais do Parque


Proteção
Proteger o Parque contra os incêndios florestais
Preservar e recuperar
ecossistemas nativos
Aplicar normas específicas para uso e ocupação do
Controle Ambiental
entorno da UC, de forma a prevenir impactos negativos
Implantar infraestrutura do Entorno
sobre os seus ecossistemas
adequada para proteção,
pesquisa e visitação Promover a recuperação de área degradadas dentro do
Parque
Proteção e Manejo Impedir a ocorrência de Minimizar impactos dos processos erosivos dentro do
do Meio Ambiente incêndios florestais e a Manejo dos Parque
extração de recursos Recursos Naturais Controlar população de espécies exóticas.
naturais Promover a recuperação de espécies endêmicas ou
ameaçadas de extinção
Conhecer e conservar Gerir os recursos espeleológicos do Parque
sítios arqueológicos,
patrimônio histórico
Proteger o patrimônio histórico e arqueológico
cultural e espeleológico
Recuperar sítios degradados ou ameaçados
Manejo dos
Ampliar o conhecimento acerca dos sítios históricos e
Patrimônio Histórico
pré-históricos do Parque
e Arqueológico
Tornar sítios históricos e pré-históricos aptos para
visitação pública

Permitir a visitação do turista, garantindo segurança,


Garantir a visitação informação e infraestrutura para alimentação e higiene
Visitação Pública pública e ordenada, - Promover os atrativos turísticos
segura e de qualidade. Garantir acessibilidade à deficientes físicos por meio de
instrumentos interativos

53
Objetivos estratégicos
Programa Subprogramas Objetivos específicos atendidos
atendidos
Ser um museu a céu
aberto dos aspectos
naturais e histórico Implementar programas e eventos de educação
culturais próprios da ambiental com as comunidades do entorno
Educação e
região Criar um Centro de Visitantes para educação ambiental
Interpretação -
e patrimonial
Ambiental
Oferecer experiências Desenvolver ferramentas interativas de interpretação
educativas significativas e ambiental
inspiradoras

Estabelecer mecanismos Elaborar e gerenciar plano de comunicação da UC


de integração e Divulgar a UC junto à sociedade e aumentar a
participação efetiva da participação desta nos processos de implementação e
sociedade na gestão da manutenção da UC
Relações Públicas
UC Efetivar parcerias com órgãos públicos e privados
visando a implementação do Plano de Manejo
Integração com Garantir a participação do Garantir existência de Conselho Consultivo
Entorno Conselho Consultivo e representativo e atuante
moradores
Apoiar e promover projetos visando a sustentabilidade
Estabelecer parcerias das comunidades do entorno
Incentivo às
com empresas, órgãos Promover cursos de formação e capacitação para os
Alternativas de
governamentais e outros moradores do entorno da UC
Desenvolvimento
atores Administrar os atrativos turísticos de forma a envolver as
comunidades

54
Objetivos estratégicos
Programa Subprogramas Objetivos específicos atendidos
atendidos
Incentivar, promover e apoiar o desenvolvimento de
pesquisas científicas na UC, principalmente aquelas
Preservar e recuperar os voltadas para o manejo dos ecossistemas nativos, a
ecossistemas nativos. recuperação de áreas degradas e o monitoramento
Apoiar pesquisas ecológico.
Pesquisa e
relevantes para a UC. Divulgar os resultados das pesquisas científicas
Monitoramento -
Estabelecer parcerias realizadas na UC.
Ecológico
com empresas, órgãos Monitorar os impactos provocados pelas atividades
governamentais e outros desenvolvidas na UC.
atores Contribuir para o aumento do conhecimento científico e
na elaboração de estratégias de conservação de
espécies ameaçadas, endêmicas e raras da região onde
o Parque
Definir está inserido.para a administração da unidade
procedimentos
e manutenção preventiva e corretiva de infraestrutura,
materiais e equipamentos;
Implantar ferramentas de Administração e Definir procedimentos de monitoramento e avaliação,
excelência em gestão e Manutenção com referência aos objetivos estabelecidos para a UC
manejo adaptativo com indicadores de gestão.
Captar recursos Captar e administrar os recursos financeiros
financeiros de necessários para a efetiva implantação do Plano de
Compensação Ambiental Garantir
Manejo. a propriedade ou direito de uso da terra ao
Otimizar a utilização dos Regularização
Estado para implantação da infraestrutura e ações
Operacionalização recursos financeiros Fundiária
necessárias para a gestão da unidade.
Regularizar a situação
Garantir os equipamentos necessários para
fundiária
funcionamento da UC.
Implantar infraestrutura
Proteger patrimônio imobiliário e equipamentos
adequada para proteção,
existentes.
pesquisa e visitação Infraestrutura e
Implantar estruturas necessárias para administração,
Desenvolver habilidades e Equipamentos
pesquisa, proteção e uso público da UC.
competências da equipe
Implantar sistema de sinalização interna e externa `a
UC.
Implantar malha de trilhas da UC.

55
Objetivos estratégicos
Programa Subprogramas Objetivos específicos atendidos
atendidos
Organizar a força de trabalho do Parque a partir dos
principais processos de gestão.
Capacitar a força de trabalho do Parque para a
Recursos Humanos
execução do plano de manejo.
Manter equipe motivada e mobilizada para realização de
suas funções
Gerir de maneira eficiente a UC a partir do
conhecimento dos custos de operação, as
possibilidades de geração de receita e o cronograma de
implantação.
Plano de Negócios
Identificar fontes financiadoras que possam apoiar a
gestão da UC e mecanismos para que os recursos
possam ser obtidos.

- 72 -
Implementar um sistema gestão
nacionais e internacionais). Adotareficiente e capaz
medidas para de
aprender
adequar acontinuamente e se aperfeiçoar
UC a essas oportunidades, ao longo da
e imprimir
Implantar ferramentas de implementação do Plano de Manejo
sustentabilidade financeira à UC, enfatizando a gestão
Qualidade no excelência em gestão e Avaliar periodicamente
local dos o grau
recursos obtidos, de alinhamento
e incluir das
um detalhamento
-
Serviços Público manejo adaptativo estratégias,
operacional e específico dos procedimentos paraos
planos e resultados do PESOB com
macro-objetivos e propostas
captação e administração dosdorecursos
plano denecessários;
manejo.
Permitir o PESOB medir o avanço em termos de
qualidade de gestão e de melhoria dos resultados.

56
3.2. PROGRAMA DE PROTEÇÃO E MANEJO DO MEIO AMBIENTE
Este Programa visa à proteção dos recursos naturais englobados pela Unidade e dos
patrimônios histórico e arqueológico. Pretende também coibir ações que comprometam a
segurança do visitante, o patrimônio imobiliário, arqueológico e cultural, e os equipamentos
existentes no seu interior, sendo composto por quatro subprogramas: Proteção dos Recursos,
Controle Ambiental da Zona de Amortecimento, Manejo dos Recursos Naturais e Manejo dos
Patrimônios Histórico e Arqueológico.

Objetivos Estratégicos Pretendidos


 Preservar e recuperar ecossistemas nativos
 Implantar infraestrutura adequada para proteção, pesquisa e visitação
 Impedir a ocorrência de incêndios florestais e a extração de recursos naturais
 Conhecer e conservar sítios arqueológicos, patrimônio histórico cultural e espeleológico

3.2.1. Subprograma de Proteção dos Recursos


A coleta não autorizada de espécies da fauna e da flora, a presença de animais domésticos e a
ocorrência de incêndios florestais são importantes ameaças ao patrimônio natural contido no
PESOB. Neste sentido, o presente subprograma traz ações que visam reduzir os impactos
negativos que estas ameaças vem causando na UC.

Objetivos Específicos
 Proteger os ecossistemas naturais
 Proteger o Parque contra os incêndios florestais

Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 - 2 anos) (2 - 5 anos) (5 - 10 anos)
Ocorrência de coleta  Reduzir em 50% as  Reduzir em 100%  Manter o Parque
não autorizada de ocorrências de corte as ocorrências de isento do corte
espécimes da fauna e ilegal de espécies corte ilegal de ilegal de espécies
da flora nativas florestais. espécies florestais. florestais e coleta
 Reduzir em até 50% - Reduzir em até 90% ilegal de fauna e
as ocorrências de as ocorrências de flora.
coleta não autorizada coleta de espécimes
de espécimes da da fauna e da flora
fauna e da flora nativas
nativas
Frequência de ações  Rotina de fiscalização  Rotina de  Rotinas
de fiscalização e implantada fiscalização avaliada continuamente
monitoramento e atualizada avaliadas
Presença de animais  Reduzir em 80% a  Reduzir em 100% a  Manter o Parque
domésticos presença de animais presença de isento da
domésticos no animais domésticos presença de
Parque no Parque animais
domésticos
Porcentagem da área  Assegurar no mínimo  Manter no mínimo  Manter 100% da

57
Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 - 2 anos) (2 - 5 anos) (5 - 10 anos)
do Parque atingida por 95% da área do 95% da área do área do Parque
incêndios florestais. Parque não atingida Parque não atingida isenta de
por incêndios por incêndios incêndios
florestais florestais florestais

58
Plano de Ação – Subprograma de Proteção dos Recursos
Custo
Item
Ação / Projeto / Programa Prazo Responsável Previsto
Verificação
(R$)
Atualizar e encaminhar Plano Integrado de Prevenção e Combate a
Anualmente Gerência PIPCIF 0,00
Incêndios Florestais (PIPCIF)
Comunicar ao Previncêndio as necessidades de materiais e recursos
Anualmente Gerência Relatório 0,00
para combate a incêndios florestais
Realizar reuniões periódicas a ações conjuntas com a polícia Relatório de
Contínuo Gerência 0,00
ambiental atividades
Acesso
Gerência / recuperados
Contratação de máquinas (trator) ou mão de obra terceirizada para
Coordenação e/ou
recuperar e/ou fechar os acessos alternativos da UC, realizando 1o ano 5.000,00
de Proteção fechados;
também seu monitoramento
e Manejo Diário de
atividades
Gerência / Documento
Consolidar parcerias para ações de prevenção e combate a incêndios Coordenação de
1º ano 0,00
florestais de Proteção formalização
e Manejo da parceria
Realizar processo seletivo para contratação de brigadistas conforme
Anualmente IEF Contratos 0,00
Edital
Gerência /
Coordenação
de Proteção
Número de
Contratação de máquinas (trator) ou mão de obra terceirizada para e Manejo/
aceiros
construção e manutenção de aceiros em locais considerados Anualmente Coordenação 5.000,00/ano
devidamente
estratégicos no entorno do PESOB de Visitação
implantados
e Integração
com o
Entorno
Gerência /
Coordenação
Elaborar Relatórios de Ocorrência de Incêndios (ROI) Anualmente ROI 0,00
de Proteção
e Manejo

59
Plano de Ação – Subprograma de Proteção dos Recursos
Custo
Item
Ação / Projeto / Programa Prazo Responsável Previsto
Verificação
(R$)
Equipe da Plano
Colaborar na consolidação e aprimoramento do PIPCIF Anualmente 0,00
UC atualizado
Gerência /
Coordenação
de Proteção
e Manejo/ Campanhas e
Realizar campanhas e cursos para a comunidade do entorno sobre
Anualmente Coordenação cursos 3.000,00/ano
combate e prevenção de incêndios florestais
de Visitação realizados
e Integração
com o
Entorno
Gerência /
Adquirir material para cercamento de áreas críticas do PESOB Coordenação Cercas
2º ano 20.000,00
visando a proteção contra a entrada de animais domésticos de Proteção implantadas
e Manejo
Gerência /
Coordenação
de Proteção
e Manejo/
Estabelecer acordos com os proprietários vizinhos para não Acordos
3º ano Coordenação 0,00
permitirem a entrada de animais domésticos na UC formalizados
de Visitação
e Integração
com o
Entorno
Contínuo, a Coordenação
Realizar rondas semanais em áreas críticas para verificar a existência Relatório de
partir do 1º de Proteção 0,00
de indícios de infrações ambientais. atividades
ano e Manejo
Coordenação
Produção e implantação de sinalização específica para coibir a Sinalização
3º ano de Proteção 7.000,00
extração ilegal de espécimes da fauna e da flora. implantada
e Manejo

60
Orientações para a implementação do Subprograma de Proteção dos Recursos

 As parcerias para ações de combate e prevenção de incêndios florestais devem ser


estabelecidas com as Prefeituras de Ouro Branco e Ouro Preto, Corpo de Bombeiros,
Polícia Ambiental e ONGs de atuação local.
 As ações preventivas são de extrema importância no entorno, devido ao uso comum da
prática de queima para inúmeras atividades agrosilvipastoris da região e pela
proximidade da unidade de conservação. As mesmas ações se fazem necessárias
dentro da unidade de conservação, onde os acessos terrestres são difíceis e a malha
viária precária devido a sua topografia acidentada.
 O calendário de conscientização das comunidades deve anteceder a estação normal do
fogo a fim de preparar as comunidades para a época seca. As comunidades e
principalmente os moradores confrontantes (aqueles que fazem divisa física com o
Parque) devem estar informados da estação normal do fogo e dos perigos que o fogo
pode trazer para a sua propriedade e para o próprio Parque. Considerando que os
confrontantes têm o Parque como um vizinho, eles devem ser informados da situação
especial em que se encontram bem como da legislação ambiental inerente a cada tipo
de uso dos recursos, principalmente o uso do fogo.
 A determinação da estação normal do fogo é definida com base no clima mesotérmico
úmido da região do entorno, com verões chuvosos e invernos secos. O intervalo entre
os meses de julho e outubro, devido ao déficit hídrico da estação seca, é considerado o
período mais crítico para a ocorrência de incêndios florestais. Durante esse período o
monitoramento e a fiscalização devem ser intensificados, para que sejam evitados
sinistros de grandes proporções.
 As campanhas de conscientização da população do entorno e visitantes devem
propagar de forma efetiva, informações acerca da manutenção da biodiversidade local e
do papel da fauna e da flora nesse processo. Estas campanhas, além de utilizar os
meios usuais de divulgação (cartilhas, palestras), devem incorporar métodos que
envolvam as comunidades locais e possíveis usuários da área na propagação e
assimilação do conteúdo produzido (caminhadas ecológicas e educativas, plantio de
mudas nativas, observação de aves silvestres, dentre outros).
 A gestão dos acessos deve ser implementada conforme diretrizes apresentadas no item
Gestão de Acessos do Programa de Uso Público.

61
3.2.2. Subprograma de Controle Ambiental da Zona de Amortecimento

O presente subprograma apresenta estratégias para minimizar impactos externos sobre a UC e


estabelecer parcerias com os proprietários localizados na Zona de Amortecimento (ZA),
visando à conservação da região.

Objetivos Específicos

 Aplicar normas específicas para uso e ocupação da ZA, de forma a prevenir impactos
negativos sobre os seus ecossistemas.

Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) ( 5 – 10 anos)
Documentos autorizativos  100% das  100% das  100% das
emitidos em solicitações do solicitações do solicitações do
procedimento de órgão licenciador órgão licenciador órgão
licenciamento ambiental avaliadas pela avaliadas pela licenciador
de empreendimentos que gerência da UC, nos gerência da UC, nos avaliadas pela
possam afetar o Parque prazos exigidos por prazos exigidos por gerência da
ou sua Zona de lei lei UC, nos
Amortecimento prazos
exigidos por lei
Documentos autorizativos  75 % do uso do fogo  100% do uso do  100% do uso
emitidos para queima nas propriedades do fogo nas do fogo nas
controlada no entorno da entorno ocorre de propriedades do propriedades
UC forma controlada e entorno ocorre de do entorno
previamente forma controlada e ocorre de
autorizada previamente forma
autorizada controlada e
previamente
autorizada
Cadastro Ambiental Rural  50% das  100% das  100% das
(CAR) das propriedades propriedades propriedades propriedades
do entorno inseridas na ZA inseridas na ZA da ZA
possuem CAR possuem CAR possuem CAR
Outorga do uso da água  50% das  100% das  100% das
das propriedades propriedades propriedades propriedades
localizadas na ZA inseridas na ZA inseridas na ZA da ZA
possuem outorga do possuem outorga do possuem
uso da água uso da água outorga do uso
da água

62
Plano de Ação – Subprograma de Controle Ambiental da ZA
Custo
Ação / Projeto / Programa Prazo Responsável Item Verificação previsto
(R$)
Seguir os procedimentos da Resolução CONAMA no
428/2010, prorrogada pela Resolução no 238/15 , para Documento com
processos de licenciamento ambiental de Contínuo Gerência manifestação da 0,00
empreendimentos que possam afetar o Parque ou gerência da UC
sua Zona de Amortecimento.
Gerência /
Coordenação
de Proteção
e Manejo/
Promover um seminário anual com moradores 01 seminário
Anualmente Coordenação 2.000,00/ano
localizados na Zona de Amortecimento do PESOB realizado/ano
de Visitação
e Integração
com o
Entorno
Cadastro de
Gerência /
empreendimentos
Cadastrar os empreendimentos do entorno passíveis Coordenação
2º ano passíveis de 0,00
de licenciamento ambiental de Proteção
licenciamento
e Manejo
ambiental
Coordenação
Cadastrar os moradores da ZA da UC de Visitação Cadastro de
2º ano e Integração moradores do 0,00
com o entorno
Entorno
Coordenação
de Visitação Cadastro de
Manter cadastro de moradores atualizado Anualmente e Integração moradores do 0,00
com o entorno atualizado
Entorno

63
Plano de Ação – Subprograma de Controle Ambiental da ZA
Custo
Ação / Projeto / Programa Prazo Responsável Item Verificação previsto
(R$)
Coordenação
Produzir e distribuir para os proprietários localizados
de Visitação
na ZA material informativo com orientações e Número de cartilhas
1º ano e Integração 2.500,00
procedimentos para queima controlada, CAR e distribuídas
com o
outorga do uso da água.
Entorno
Realizar estudo para recategorização Área de
Proteção Especial Veríssimo e a incorporação ao
PESOB da porção desta que está fora dos limites da 2o ano Relatório de estudos
IEF/Consultor 15.000,00
UC. sobre a APE

64
Orientações para a implementação do Subprograma de Controle Ambiental da ZA
 As ações deste programa deve estar integradas às ações dos Programas de Educação
e Interpretação Ambiental e de Integração com o Entorno.
 O cadastramento dos moradores do entorno deve contemplar, além dos dados usuais,
as seguintes informações:
o Atividades produtivas desenvolvidas na propriedade
o Existência de Área de Reserva Legal averbada ou delimitada
o Finalidade do uso do fogo na propriedade, quando for o caso
o Conhecimento sobre legislação específica sobre uso do fogo
o Conhecimentos sobre cuidados para o uso fogo
o Conhecimento sobre pedido de queima controlada
o Conhecimento sobre técnicas alternativas ao uso do fogo
o Conhecimento sobre procedimentos para denúncias de problemas ambientais
 Criar um banco de dados das informações obtidas pelo cadastro de moradores

65
3.2.3. Subprograma de Manejo dos Recursos Naturais

A presença de processos erosivos severos e invasão por espécies exóticas é observada em


diversas porções do PESOB, conforme indicado no Encarte I deste Plano de Manejo. Tais
fatores demandam ações de manejo para se recuperar as áreas degradadas e se buscar a
recuperação dos ecossistemas nativos, com ênfase na proteção espécies raras ou ameaçadas.
Destaca-se também o patrimônio espeleológico de alta relevância ecológica e com alto
potencial para visitação, ações educativas e pesquisa científica. O uso público destas
cavidades exige a elaboração de um plano de manejo espeleológico específico para cada
cavidade a ser aberta à visitação.

Objetivos Específicos

 Promover a recuperação de área degradadas dentro do Parque.


 Minimizar impactos dos processos erosivos dentro do Parque.
 Controlar população de espécies exóticas.
 Promover a recuperação de espécies endêmicas ou ameaçadas de extinção.
 Gerir os recursos espeleológicos do Parque.

Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
Áreas degradadas em  Implementar  Implementar  Monitorar 100% das
processo de atividades de atividades de atividades de
recuperação recuperação recuperação em recuperação
em 50% das 50% das áreas implementadas
áreas prioritárias do
prioritárias do Parque
Parque
Presença de espécies   Eliminar 50% dos  Eliminar 100 % dos
exóticas indivíduos de indivíduos de
eucalipto eucalipto
Projetos para  Implantar  Implantar projeto(s)  Implantar projeto(s)
recuperação e projeto(s) para para recuperação e para recuperação e
conservação de recuperação e conservação de conservação de
espécies ameaçadas e conservação pelo menos 80% pelo menos 80%
endêmicas em de pelo menos das espécies das espécies
andamento 20% das ameaçadas e ameaçadas e
espécies endêmicas endêmicas
ameaçadas e
endêmicas
Plano de manejo  Termos de  Planos de Manejo  ações previstas nos
espeleológico referência para Espeleológico da planos de manejo
plano de Gruta do Muro e espeleológico
manejo Gruta da Igrejinha implementadas
espeleológico elaborados
da Gruta do

66
Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
Muro e Gruta
da Igrejinha
elaborados

67
Plano de Ação – Subprograma de Manejo dos Recursos Naturais
Custo
Ação / Projeto / Programa Prazo Responsável Item Verificação Previsto
(R$)
Restringir o uso das grutas da Igrejinha e do Muro para Gerência /
Evidências de
quaisquer fins que não o uso cientifico, até a elaboração Imediato Coordenação de 0,00
visitação
do Plano de Manejo espeleológico Proteção
Gerência /
Inventariar indivíduos de eucalipto com potencial de uso Coordenação de Indivíduos
2o ano 6.000,00
nas estruturas da UC Proteção e identificados
Manejo/Consultor
Estabelecer parceria com Universidades e centros de Gerência /
Números de
pesquisa visando a elaboração de projetos para Coordenação de
2º ano convênios e/ou 0,00
recuperação e conservação das espécies ameaçadas e Pesquisa e
projetos
endêmicas identificadas no diagnóstico da UC Monitoramento
Empresa
Remoção de eucalipto para uso na estruturação da UC 3o ano Árvores removidas 15.000,00
terceirizada
Implementar projeto de recuperação de trechos da estrada
Gerência e Áreas em processo
do alto da Serra de Ouro Branco proposta pela Prefeitura 3º ano 1.000.000,00
PMOB de recuperação
Municipal de Ouro Branco (PMOB)
Implementar ações de recuperação das erosões nas áreas
Áreas em processo
prioritárias não previstas na proposta elaborada pela 4º ano 250.000,00
Gerência de recuperação
PMOB
Elaborar plano de manejo espeleológico das grutas da Equipe Plano de manejo
4º ano 80.000,00
Igrejinha e do Muro contratada elaborado
Gerência /
Contratar estudo para implantação de estruturas para Coordenação de
5o ano Projeto elaborado 8.000,00
travessia da fauna silvestre ao longo da MG 129. Pesquisa e
Monitoramento
Gerência /
Realizar a capina de capim braquiária, substituindo-o por Coordenação de
5º ano Área campinada 4.000,00
espécimes nativas da família Poaceae Pesquisa e
Monitoramento

68
Plano de Ação – Subprograma de Manejo dos Recursos Naturais
Custo
Ação / Projeto / Programa Prazo Responsável Item Verificação Previsto
(R$)
Gerência /
Implementar plano de manejo espeleológico das grutas da Coordenação de Plano de Manejo
5º ano 200.000,00
Igrejinha e do Muro Pesquisa e implementado
Monitoramento

69
Orientações para a implementação do Subprograma de Manejo dos recursos naturais

Remoção de eucalipto

As áreas remanescentes de florestas de eucalipto ocorrem na Zona de Recuperação Ambiental


do PESOB e apresentam uma sucessão inicial de elementos da mata atlântica. O anelamento
é um método bastante utilizado para eliminação de árvores não desejáveis em um povoamento
florestal, sendo o mais recomendado para a remoção de eucaliptos no PESOB uma vez que
árvore morre lentamente, reduzindo de maneira significativa os danos causados por sua queda
na floresta. Nos casos de indivíduos isolados ou fragmentos homogêneos de eucalipto, pode
ser efetuado o corte das árvores e aproveitamento da madeira.

Existem dois tipos de anelamento, quais sejam: simples e especial. O anelamento simples
consiste na retirada de uma faixa de 10 cm de largura da casca do tronco, na altura de 1,3 m
do solo. Para garantir a eliminação faz-se um pequeno corte na base da região anelada. No
anelamento especial usa-se o mesmo procedimento do anelamento simples, porém adiciona-se
“óleo queimado” (óleo lubrificante usado) combinado ou não com herbicida. Porém, o
anelamento especial requer treinamento do pessoal e uso de equipamentos adequados para se
evitar a contaminação da floresta. O anelamento deve ser feito preferencialmente na estação
seca, pois neste período as árvores estão menos vigorosas, o que as torna mais vulneráveis ao
anelamento (Amaral et al., 1998).

Controle de processos erosivos

Os processos de erosão acelerada na área do PESOB estão predominantemente relacionados


às estradas e trilhas que cortam a unidade. Foram identificados 20 pontos críticos em termos
da severidade dos processes erosivos (Figura 3.1). Metade dos pontos encontram-se ao longo
da estrada do alto da Serra de Ouro Branco, no trecho entre a bifurcação da estrada do Morro
do Gabriel e as antenas instaladas no topo da serra.

O documento “Projeto de recuperação, mitigação e conservação de trechos da estrada do alto


da Serra do Ouro Branco em estágios avançados de processo erosivo” (Prefeitura Municipal de
Ouro Branco, 2015) descreve detalhadamente elementos para implantação de sistemas de
controle da erosão ao logo das estradas. Destaca-se ainda a necessidade de intervenções
semelhantes no trecho inicial da estrada da serra, próximo à bifurcação com a estrada MG 129.

Nas encostas com processos acelerados de erosão laminar ou em sulcos bem como ao redor
das áreas ravinadas são necessárias intervenções para reduzir o fluxo concentrado e dissipar a
energia do escoamento superficial. Para tanto, recomenda-se a instalação de sistemas de
terraços e caixas secas bem como a recuperação da cobertura do solo. O dimensionamento
destas estruturas requer projetos técnicos detalhados que levem em conta a declividade da
área, tipo de solo e volume de água escoado. Recomenda-se que estes sejam desenvolvidos
em parceria com as secretarias municipais, EMATER e universidades.

70
Figura 3.1. Pontos críticos de processos erosivos identificados no Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

71
3.2.4. Subprograma de Manejo dos Patrimônios Histórico e Arqueológico

Os levantamentos sobre os patrimônio histórico e arqueológico do PESOB e entorno (Encarte I,


item 3.2 Aspectos Culturais e Históricos) confirmam a conhecida riqueza cultural da região e
presença de inúmeros conjuntos de vestígios arqueológicos. O patrimônio cultural material do
território do PESOB e seu entorno está primordialmente vinculado ao período de colonização
de Minas Gerais, através dos remanescentes de estruturas arquitetônicas e vestígios da antiga
ocupação. O patrimônio imaterial liga-se à antigas tradições mineiras. As principais
manifestações culturais vinculam-se ao patrimônio religioso, representadas nos festejos aos
padroeiros locais e aos santos de devoção das comunidades, com a inserção de tradições de
origem africana, como os congados e reinados que integram as festividades.

Do ponto de vista arqueológico, os diversos sítios caracterizados no interior da UC constituem


uma importante fonte de informações acerca da ocupação da região com remanescentes do
Caminho Novo e da Estrada Real permitindo o estudo das estruturas viárias de diferentes
momentos da história de Minas (ocupação e expansão do povoamento) (GUIMARÃES et al.,
2007). Os vestígios revelam soluções estilísticas e de traçado, bem como técnicas construtivas
de cada período. O potencial para pesquisas científicas, visitação turística e educação
patrimonial é alto.

Para implementar uma gestão efetiva dos patrimônios histórico e arqueológico deve-se pensar
ações voltadas para: i) pesquisa científica; ii) arqueoturismo; iii) educação patrimonial e; iv)
criticidade dos sítios.

Objetivos Específicos

 Definir e caracterizar os sítios prioritários para manejo.


 Definir atividades de recuperação e proteção de sítios arqueológicos.
 Indicar temas prioritários para a pesquisa.
 Integrar o patrimônio material e imaterial do PESOB às atividades de uso público e
educação ambiental e patrimonial.

Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
 medidas de  medidas de  medidas de
Estado de preservação e preservação e preservação e
conservação dos conservação nos conservação nos conservação no
sítios históricos e sítios localizados no sítios localizados no sítio Muro de
arqueológicos circuito Caminhos do circuito Caminhos do Pedra da
Passado, trilha do Passado, trilha do Fazenda
Muro de Pedra e Muro de Pedra e Lavrinha e no
Ponte da Biquinha em Ponte da Biquinha conjunto
implementação. implementadas. Hargrives
implementadas.
 projetos detalhados  sítios localizados no  sítio Muro de
de estruturação dos circuito Caminhos do Pedra da
Estruturação para sítios localizados no Passado, trilha do Fazenda

72
Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
a visitação pública circuito Caminhos do Muro de Pedra e Lavrinha e no
Passado, Trilha do ponte da Biquinha conjunto
Muro de Pedra e com estruturas de Hargrives
Ponte da Biquinha apoio à visitação estruturados e
elaborados. implementadas. abertos à
visitação.
 realizar 02 oficinas  Implementar um  Elaborar guia
Estratégias de anuais de educação programa de interpretativo do
educação patrimonial educação patrimônio
patrimonial envolvendo patrimonial criado histórico e
implementadas comunidades e em parceria com a arqueológico do
escolas da região. comunidade e outras PESOB.
 PESOB inserido em organizações
ações existentes de
educação patrimonial
realizadas por outras
organizações.

73
Plano de Ação – Subprograma de Manejo dos Patrimônios Histórico e Arqueológico
Custo
Ação / Projeto / Programa Prazo Responsável Item Verificação Previsto
(R$)
Coibir a circulação de veículos sobre os sítios Gerência / Vestígios da
arqueológicos e/ou em áreas que possam afetar 1o ano Coordenação de circulação de 0,00
estabilidade dos mesmos. Proteção e Manejo veículos no local
Gerência /
Buscar parcerias institucionais (IPHAN, Prefeituras,
Coordenação de
empresas, ONGs) para a gestão do patrimônio cultural do 1º ano Termos de parceria 0,00
Visitação e Integração
PESOB.
com o Entorno
Realizar oficina de educação patrimonial para a equipe do
1o ano Gerência/Consultor Relatório da oficina 5.000,00
PESOB.
Gerência /
Implementar rotina de fiscalização e monitoramento o
2 ano Coordenação de Rotina estabelecida 0,00
periódico dos sítios mais expostos, ao longo da MG 129.
Proteção e Manejo
Verificar junto ao IPHAN autorização e orientações para
Gerência /
interferências visando a preservação e conservação dos
2º ano Coordenação de Autorização 0,00
sítios localizados no circuito Caminhos do Passado, ao
Proteção e Manejo
longo da trilha do Muro de Pedra e na ponte da Biquinha.
Realizar manutenção sistemática dos sítios arqueológicos, Gerência / Presença de lixo e
incluindo capina, retirada do lixo, limpeza de canaletas, 2º ano Coordenação de mato no entorno dos 0,00
bueiros, muros e pontes. Proteção e Manejo sítios
Realizar estudos prévios em áreas que sofrerão
intervenções para estruturação do circuito Caminhos do
Passado, trilha do Muro de Pedra e ponte da Biquinha, Gerência/Arqueólogo/
2o ano Relatório de vistoria 25.000,00
visando orientar a execução destas intervenções de forma IEF
a salvaguardar o patrimônio arqueológico de eventuais
impactos negativos.
Coordenação de
Elaborar projeto interpretativo e educativo sobre o
Visitação e Integração
patrimônio cultural e arqueológico para o Centro de 2º ano Projeto aprovado 20.000,00
com o Entorno/
Visitantes do PESOB.
IEF/Consultor
Elaborar projeto interpretativo e educativo voltado para o Coordenação de
2º ano Projeto aprovado 20.000,00
patrimônio histórico e arqueológico presente no circuito Visitação e Integração

74
Plano de Ação – Subprograma de Manejo dos Patrimônios Histórico e Arqueológico
Custo
Ação / Projeto / Programa Prazo Responsável Item Verificação Previsto
(R$)
Caminhos do Passado, trilha Muro de Pedra e ponte da com o Entorno/
Biquinha. IEF/Consultor
Buscar parcerias com instituições que promovem a
educação patrimonial na região, em especial as escolas, a Parcerias
2o ano Gerência/IEF 0,00
Prefeitura Municipal de Ouro Branco e o Programa estabelecidas
Germinar da empresa Gerdau.
Organizar acervo de materiais sobre o patrimônio material A partir Coordenação de
e imaterial relacionado ao PESOB (materiais impressos do 2o Visitação e Integração Acervo organizado 0,00
como revistas, artigos, posters, arquivo digital etc). ano com o Entorno
Gerência/
A partir Coordenação de
Realizar 02 oficinas anuais de educação patrimonial
do 2o Visitação e Integração Oficinas realizadas 30.000,00
envolvendo escolas e comunidades da região.
ano com o
Entorno/Parceiros
Organizar um seminário de pesquisa, ensino e extensão
com foco no patrimônio histórico e arqueológico do PESOB 3o ano Gerência/IEF/Parceiros Seminário realizado 10.000,00
e entorno.
Elaborar projeto executivo detalhado para estruturação dos
Ver Plano
sítios localizados no circuito Caminhos do Passado, ao
3º ano IEF/Consultor Projeto técnico de
longo da trilha do Muro de Pedra e na ponte da Biquinha,
Negócios
para apoio a visitação.
Implementar projeto de estruturação do circuito Caminhos Equipe Ver Plano
Estruturas
do Passado, da trilha do Muro de Pedra e da ponte da 3o ano PESOB/empresa de
implantadas
Biquinha, para apoio a visitação. contratada Negócios
Implantar placas informativas sobre os sítios arqueológicos Ver Plano
Coordenação de
contendo métodos construtivos, época, função, relação 3º ano Placas implantadas de
Proteção e Manejo
com outras estruturas, etc. Negócios
Verificar junto ao IPHAN autorização e orientações para
Gerência /
interferências visando a preservação e conservação do
3º ano Coordenação de Autorização 0,00
Muro de Pedra da Fazenda Lavrinha e do conjunto
Proteção e Manejo
Hargrives
Realizar manutenção sistemática do sítio Muro de Pedra A partir Equipe PESOB Vistoria mensal das 0,00

75
Plano de Ação – Subprograma de Manejo dos Patrimônios Histórico e Arqueológico
Custo
Ação / Projeto / Programa Prazo Responsável Item Verificação Previsto
(R$)
da Faz. Lavrinha e do conjunto Hargrives, incluindo capina do 3o áreas
e retirada do lixo. ano
Coordenação de
Elaborar projeto interpretativo e educativo voltado para o
Visitação e Integração
patrimônio histórico e arqueológico do sítio Muro de Pedra 4º ano Projeto aprovado 20.000,00
com o Entorno/
da Fazenda Lavrinha e do conjunto Hargrives .
IEF/Consultor
Elaborar projeto executivo detalhado para estruturação do
Projeto técnico
sítio Muro de Pedra da Faz. Lavrinha e do conjunto 5º ano IEF/Consultor 40.000,00
aprovado
Hargrives.
Realizar estudos prévios em áreas que sofrerão
Gerência/Arqueólogo/
intervenções para a abertura à visitação do Muro de Pedra 5o ano Relatório de vistoria 15.000,00
IEF
da Fazenda Lavrinha e do conjunto Hargrives .
Elaborar Guia Interpretativo focado no Patrimônio Histórico
5o ano IEF/Consultor Guia elaborado 15.000,00
e Cultural do PESOB

76
Orientações gerais para a gestão do patrimônio histórico e arqueológico

Arqueoturismo

Conforme descrito na Tabela 3.2, todos os sítios caracterizados no PESOB possuem potencial
enquanto atrativos turísticos. São propostos circuitos e trilhas que buscam aliar a experiência
da beleza cênica e das características ecogeográficas da região com o contato com o
patrimônio arqueológico e seu significado histórico e cultural. A descrição detalhada destas
trilhas, incluindo orientações para implantação, estruturas necessárias, atrativos naturais,
culturais e arqueológicos presentes, temas para a intepretação e educação ambiental, grau de
dificuldade, público alvo, entre outros, é apresentada no Programa de Uso Público (item 3.2 do
presente Encarte). Destacam-se como sítios a serem inicialmente abertos à visitação aqueles
presentes na trilha Muro de Pedra, no Caminho dos Andarilhos e no Circuito Caminhos do
Passado, que compreendem a maioria dos vestígios e sítios conhecidos e estudados no interior
do PESOB (Tabela 3.2) São propostos ainda como locais com potencial para a visitação o
Muro de Pedra da Fazenda Lavrinha e o patrimônio edificado que compõem o conjunto
Hargrives (Tabela 3.2). No entanto a abertura destes à visitação demanda estudos prévios
mais detalhados.

A legislação brasileira determina que todas as atividades, que tenham potencial de gerar
impactos ao Patrimônio Arqueológico, realizem previamente à sua instalação e operação
diversos estudos para a salvaguarda deste patrimônio. Devem ser realizados estudos
específicos antes de realizar atividades de instalação da Unidade, tais como: abertura e
manutenção de trilhas (desmatamento, reorganização de blocos, construção de degraus etc.);
instalação de guarda corpo, passarelas e outros equipamentos facilitadores; reforma da estrada
MG-129; construção de novas edificações de apoio para a Unidade (receptivos, banheiros,
totens etc.); construção de estacionamento e quaisquer outras atividades que gerem o
revolvimento do solo. Os estudos devem contemplar vistorias de superfície e de sub superfície
(abertura de tradagens, sondagens etc).

Pesquisa Científica

O patrimônio histórico e arqueológico desta região é bem estudado dada a grande relevância
histórica da região. Destacam-se como lacunas de conhecimento o entendimento mais
aprofundado da extensão e interrelação entre os sítios conhecidos e o significado histórico dos
conjuntos de vestígios presentes, bem como a identificação de novos sítios, em especial
aqueles referentes ao período pré-colonial.

A pesquisa em UCs em sua maior parte é realizada por instituições de pesquisa e


universidades (mestrado/doutorado) ou outras organizações, cabendo ao órgão gestor buscar
estabelecer parcerias e apoiar a realização das pesquisas, garantindo que as mesmas sejam
realizadas de acordo com os procedimentos e normas e que seus resultados sejam retornados
à UC, contribuindo para a melhoria da gestão. O apoio institucional do IEF e a participação da
equipe do PESOB na realização de eventos voltados para a pesquisa sobre o patrimônio
cultural da região são importantes para a conexão da UC com a comunidade científica.
Foram identificados como principais temáticas para pesquisas científicas:
 Aprofundamento dos estudos dos sítios já conhecidos (prospecção, delimitação,
contextualização arqueológica e histórica etc.), em especial aqueles localizados no
circuito Caminhos do Passado e o patrimônio edificado que compõem o conjunto
Hargrives.

77
 Verificação de existência de cemitério indígena próximo à cachoeira dos Jesuítas.
 Estudos sobre o potencial Arqueológico das cavidades, especialmente os Abrigos T02 e
T11 (ver item 4.2.3 do Encarte I).
 Estudo de sítios arqueológicos pré-históricos identificados no entorno do PESOB, até
então pouco conhecidos na região.

78
Tabela 3.2. Descrição geral e estado de conservação dos sítios arqueológicos e patrimônio edificado presentes no interior do
PESOB

Coordenadas de
Sítios/ Patrimônios referência para
localização* Descrição Estado de Conservação
edificados
X Y
Circuito Caminhos do Passado
Estruturas que compunham parte do Caminho Novo, O estado de conservação do conjunto é ruim. As
na altura da Subida Arrimada, em direção à Pousada estruturas encontram-se arruinadas, em diferentes graus,
Caminho Novo do Meio do Morro. Presença de muro de blocos de com destaque para o Muro da Subida Arrimada,
(Subida Arrimada): pedras rejuntados e rebocados Ruínas da Pousada principalmente na sua parte superior e em alguns pontos
muros de pedra, 639705 7731779 Meio do Morro. Trata-se de um setor muito ao longo a estrada, havendo queda de blocos e do
bueiros/galerias, interessante para a visitação, que poderia se constituir reboco. Destaque também para as ruínas da Pousada do
jazidas de pedra, em uma trilha temática, interligando todas as Meio do Morro, completamente desmanteladas, com
ruínas da pousada estruturas, iniciando na Pousada do Pé do Morro blocos no chão. Presença de muita vegetação sobre,
Meio do Morro (Patrimônio Edificado), chegando até a Pousada Meio entre as pedras e dentro e fora das estruturas; com muros
do Morro e seguindo por outro trecho do Caminho inteiros arruinados, deslocados por árvores de médio e
Novo até a MG-129. alto porte, alguns na iminência de desabarem.
Trilha Muro de Pedra
Nas rochas que margeiam o setor da estrada MG-129, O estado de conservação do conjunto é bom: apesar da
observam-se vários setores com cortes dos proximidade com a estrada MG-129, o local está
Corte na estrada, instrumentos utilizados pelos construtores para protegido por cerca de arame e pequenos cactos, o que
bueiros, galerias e 642439 7732006 regularizar a estrada. Notam-se também canaletas dificulta o acesso dos passantes.
canaletas para escoamento da água além de bueiros e galerias
em pedra. O potencial de visitação é alto em função
da visibilidade e proximidade com a estrada MG-129.
O estado de conservação do conjunto é ruim, em vários
Antigo traçado da Estrada Real com estruturas
Setor da Estrada locais os muros estão se desmantelando, as pedras que
variadas: canaleta; muros de contenção e de pontes,
Real - canaletas recobrem os bueiros estão soltas, as pedras do
restos do antigo calçamento da estrada e galerias
que acompanham calçamento estão fora do lugar, há muita vegetação
com muros de arrimo que atravessam a estrada. Os
saídas de bueiros, cobrindo os vestígios e uma grande ravina localizada em
vestígios têm um altíssimo grau de visibilidade, acesso
muros de contenção uma vertente mais abrupta. De um modo geral, o local
e alto potencial para a visitação em função de ser um
e de pontes, restos 642654 7732149 está completamente abandonado. Além disso, há setores
conjunto de elementos interligados. Estes poderiam
do antigo onde o asfalto recobre parte da antiga via.
compor uma trilha temática para caminhamento,
calçamento do piso
durante o qual um guia poderia explicar as técnicas
da estrada, galerias
utilizadas para realização do corte na estrada, do
com muros de
calçamento, da produção das caneletas, suas funções,
arrimo
etc.

79
Coordenadas de
Sítios/ Patrimônios referência para
localização* Descrição Estado de Conservação
edificados
X Y
Ponte da Biquinha
O estado de conservação das pontes está comprometido,
Trata-se de duas pontes em pedra com galerias para
nota-se uma vegetação luxuriante que encobre e, muito
passagem da água e parapeito. No seguimento das
provavelmente, desmantela as paredes das estruturas. A
pontes encontra-se o antigo traçado da estrada. Nesse
Pontes da Biquinha densidade da vegetação é alta, o que impediu uma real
local observa-se nas margens um corte na rocha,
- pontes em pedra avaliação do seu estado tafonômico. Além disso, notam-
provavelmente relacionado com a abertura da mesma,
com galerias para 641335 7731586 se vestígios da passagem de carros, motos e pedestres,
mas também com a exploração e utilização das rochas
passagem da água sobre as pontes e a estrada, que prejudicam as
na construção das pontes e galerias. No local existem
e parapeito estruturas, acelerando o desmantelamento dos blocos
canaletas que podem estar relacionadas com o
que as compõem. Ainda, sobre as pontes e na estrada
escoamento da água lateral, impedindo que durante
antiga observam-se muito lixo, fezes de animais e
as chuvas a água invadisse a estrada.
pessoas, fogueiras, restos de plástico e papel.
Fazenda da Lavrinha
O estado de conservação tanto do muro quanto do
O muro estruturado em pedras faz parte do conjunto restante dos vestígios é muito ruim. O local está
da Fazenda da Lavrinha, antiga fazenda e ponto completamente encoberto por vegetação de portes
importante durante o período colonial. No local diferentes, grandes, médias e pequenas árvores, que ao
Muro de Pedra 639914 7733912 encontram-se várias estruturas em pedras, todas tombarem destroem completamente as estruturas.
fazendo parte da antiga fazenda. Plantas que crescem entre as pedras desmantelando os
vestígios; além da poeira proveniente da estrada que se
deposita sobre as pedras das estruturas mais próximas da
via.
Patrimônio Edificado
Conjunto arquitetônico relacionado à estrada de Ferro As edificações apresentam diferentes estados tafonômios,
Dom Pedro II, instalada no século XIX. Trata-se de mas devem ser melhor estudadas para uma avaliação
edificações, algumas utilizadas como moradia mais completa.
(Patrimônio Edificado) e outras abandonadas, assim
Conjunto de
como o alicerce da antiga estação de trem Dom Bosco
Hargrives 634790 7738956
que se encontra no limite do Parque. O conjunto
apresenta um alto potencial de visitação, devido a sua
importância histórica para o desenvolvimento regional.
Primeiramente, é fundamental que o conjunto seja
estudado.
*Coordenadas projetadas no sistema de projeção Universal Transversa de Mercator (UTM), zona 23 S, datum SAD69.

80
Educação Patrimonial

e acordo com Horta (1 ), educação patrimonial um instrumento de “alfabeti ação


cultural” que possibilita ao individuo fa er a leitura do mundo que o rodeia, levando-o
compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido.

Trata-se de um processo permanente e


sistemático de trabalho educacional centrado no Patrim nio
ultural como fonte primária de conhecimento e
enriquecimento individual e coletivo. partir da e peri ncia e
do contato direto com as evid ncias e manifestaç es da
cultura, em todos os seus m ltiplos aspectos, sentidos e
significados, o trabalho da Educação Patrimonial busca levar
as crianças e adultos a um processo ativo de conhecimento,
apropriação e valori ação de sua herança cultural,
capacitando-os para um melhor usufruto destes bens, e
propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos,
num processo cont nuo de criação cultural (Horta, 1 ).

No caso do PESOB, os programas de Educação e Intepretação Ambiental e de Integração com


o Entorno devem incorporar ações de educação patrimonial, como a produção de materiais
educativos, elaboração e implantação de trilhas interpretativas, exposições temáticas e
atividades junto às comunidades do entorno. Destaca-se a importância da aproximação da UC
com o IPHAN e Prefeituras municipais a fim de identificar iniciativas relacionadas à educação
patrimonial na região. Uma das parcerias em potencial é o Programa Germinar, executado pela
empresa Gerdau no entorno do PESOB, que conta com ações sistemáticas especificamente
voltadas para a educação patrimonial.

Com a efetiva estruturação da UC, deve se buscar a implementação de atividades sistemáticas


e regulares compondo um programa de educação patrimonial voltado especialmente para as
comunidades do entorno. Oficinas, dias de campo, palestras, seminários, cursos, concursos de
fotografia, literatura, desenho e celebrações, são algumas das possibilidades de se aproximar a
população do entorno da UC através de um processo de criação conjunta de materiais e
informações sobre a história e cultura da região. Outra iniciativa interessante é a organização
participativa de um acervo de materiais sobre o patrimônio material e imaterial relacionado à
UC.

Recomenda-se a consulta ao seguintes documentos para a implementação de processos de


educação patrimonial no PESOB: u s u tr (HORTA, 1999) e no
Manual de Atividades Práticas de Educação Patrimonial (GRUNBERG, 2007).

Criticidade dos Sítios

O estado de abandono e facilidade de acesso de grande parte do patrimônio arqueológico no


interior do PESOB resulta em quadro de crescente deterioração deste patrimônio. A Tabela 3.3
apresenta as principais medidas necessárias para a proteção e recuperação dos conjuntos de
sítios identificados.

81
Tabela 3.3. Ações recomendadas para recuperação e proteção dos sítios arqueológicos/
patrimônios edificados identificados no interior do PESOB
Coordenadas de
Sítios/ Patrimônios referência para
localização* Ações
edificados
X Y
- avaliação arquitetônica da estabilidade do muro da
Subida Arrimada e ruínas da Pousada do Meio do
Caminho Novo (Subida
Morro;
Arrimada): muros de pedra,
- limpeza e manutenção (retirada de vegetação e lixo);
bueiros/galerias, jazidas de 639705 7731779
- implantação de sinalização indicando cuidados e
pedra, ruínas da pousada Meio
condutas;
do Morro
- proibir a circulação de motos no local que danificam o
solo, criando erosões que desestabilizam os vestígios;
- limpeza e manutenção (retirada de vegetação e lixo);
Corte na estrada, bueiros, - retirada da cerca;
642439 7732006
galerias e canaletas - implantação de sinalização indicando cuidados e
condutas;
- sinalização a partir da estrada indicando o sítio;
- limpeza e manutenção (retirada de vegetação e lixo);
Setor da Estrada Real -
- colocação de lixeiras;
canaletas que acompanham
- limpeza das canaletas, bueiros, muros e pontes;
saídas de bueiros, muros de
- estudar a possibilidade da retirada do asfalto e de
contenção e de pontes, restos 642654 7732149
instalação de elemento substituto;
do antigo calçamento do piso
- avaliar necessidade de restauração de trechos do
da estrada, galerias com muros
muro;
de arrimo
- implantação de sinalização indicando cuidados e
condutas;
- limpeza do local, retirada do lixo e colocação de
lixeiras;
- impedir a circulação de motos no local;
- limpeza das canaletas e dos locais com cortes na
rocha;
Pontes da Biquinha - pontes
- retirada da vegetação que coloca a estrutura em
em pedra, galerias da água, 641335 7731586
perigo (em parte a retirada da vegetação pode fragilizar
parapeito
a estrutura, neste sentido é preciso fazer um estudo
minucioso para decidir quais vegetações devem ser
retiradas);
- implantação de sinalização preventiva (placas
indicando cuidados e condutas)
- limpeza das estruturas para que as mesmas possam
receber os visitantes, tablados para passagem que
condicione a visita a certos locais, quadros explicativos
com desenhos e informações sobre a fazenda;
- cobertura da estrada de chão no setor, com pedras ou
outro tipo de material;
Muro de pedra - Fazenda da
639914 7733912 - retirada de parte da vegetação; Retirar principalmente
Lavrinha
galhos que podem cair sobre os vestígios
arqueológicos.
- implantação de sinalização indicando cuidados e
condutas;
- limpeza e manutenção (retirada de vegetação e lixo);
- colocação de lixeiras.
Patrimônio edificado do - avaliação de necessidade de restauro das
634790 7738956
Conjunto de Hargrives edificações;

82
Coordenadas de
Sítios/ Patrimônios referência para
localização* Ações
edificados
X Y
- implantação de sinalização preventiva (placas
indicando cuidados e condutas)
- limpeza e manutenção (retirada de vegetação e lixo);
*Coordenadas projetadas no sistema de projeção Universal Transversa de Mercator (UTM), zona 23 S,
datum SAD69.

83
3.3. PROGRAMA DE USO PÚBLICO

Este programa tem como objetivo ordenar, orientar e direcionar o uso do Parque pelo público.
São apresentadas as trilhas e atrativos, com todas as informações necessárias para sua
implantação e gerenciamento incluindo parâmetros sobre a capacidade de suporte, orientações
para a gestão dos acessos à UC e alternativas para operacionalização e manutenção da
infraestrutura de visitação. As normas para gerenciamento das diversas atividades de visitação
pública são apresentadas na Parte 4 do presente Encarte – Manual de Organização e
Procedimentos

Objetivos Estratégicos Pretendidos

 Garantir a visitação pública e ordenada, segura e de qualidade.

Objetivos Específicos

 Permitir a visitação do turista, garantindo segurança, informação e infraestrutura para


alimentação e higiene.
 Promover os atrativos turísticos.
 Garantir acessibilidade à deficientes físicos por meio de instrumentos interativos.

Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
Gestão das atividades  80% das atividades de  100% das  Normas e
de uso público uso público possuem atividades de uso procediment
normas claras e público possuem os para uso
funcionais normas claras e público
implementadas funcionais avaliadas e
implementadas atualizadas
 Instrumentos de  satisfação e opinião  satisfação e
avaliação de satisfação de todos aqueles opinião de
Satisfação e opinião e opiniões de usuários que visitam a UC todos
dos usuários da UC da UC elaborados são avaliadas aqueles que
visitam a UC
são
avaliadas
 10 % das estruturas,  80% dos atrativos  100% dos
atrativos e trilhas e trilhas abertos à atrativos e
implementados visitação trilhas
Produtos e serviços  Atividades de cunho  Atividades de cunho abertos à
oferecidos pela UC meramente meramente visitação
contemplativo contemplativo  Atividades de
inferiores a 50% da inferiores a 70% da cunho
oferta total1 oferta total meramente

1
Como descrito no diagnóstico do Uso Público, a visitação ao PESOB se dá, na maioria das vezes, de
forma apenas contemplativa, ou seja, o visitante deixa seu veículo, tira uma foto e vai embora. Com as
propostas de trilhas e estruturas, espera-se que a interação e o aspecto ativo das visitas aumente
84
Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
 Instrumentos de contemplativ
acessibilidade o inferiores a
interativa 70% da
implementados oferta total
 Instrumentos
de
acessibilidad
e interativa
implementad
os

gradativamente. ssim a “redução” das atividades meramente contemplativas, significa o aumento das
atividades interativas. Quantitativamente a contemplação não diminui, apenas proporcionalmente, com a
implantação de trilhas, mirantes, centro de visitantes, etc.
85
Plano de Ação – Programa de Visitação Pública
Custo
Ação Prazo Responsável Item de Verificação Previsto
(R$)
Gerência / Coordenação de
Elaborar normas para a visitação pública de acordo com as o
1 ano Visitação e Integração com o Normas publicadas 0,00
recomendações do Plano de Manejo
Entorno /Conselho
Gerência/ Coordenação de
Definir sistema de controle de frequência de visitação 1o ano Visitação e Integração com o Sistema definido 0,00
Entorno/ Conselho/Proprietários
Elaborar ferramenta de controle e análise do fluxo e perfil de 1o ano Coordenação de Visitação e Ferramenta em uso 0,00
visitantes Integração com o Entorno
Implementar recomendações para manejo de eventos 1o ano Coordenação de Visitação e Recomendações de 0,00
(esportivos, religiosos, festivos e culturais) Integração com o Entorno Manejo
implementadas
Elaborar ferramenta para pesquisa de opinião dos usuários Coordenação de Visitação e
1o ano Ferramenta em uso 0,00
da UC Integração com o Entorno
Coordenação de Visitação e
Procedimentos
Desenvolver e implementar procedimentos de manutenção Integração com o Entorno Equipe
1o ano definidos e 0,00
das trilhas e estruturas de apoio à visitação UC/Coordenação de
implementados
Operacionalização
Gerência/ Coordenação de atividades de uso
Implementar e monitorar normas de uso público 1o ano Visitação e Integração com o público dentro das 0,00
Entorno normas
recomendações de
Implementar recomendações para manejo de atividades de Coordenação de Visitação e
1o ano Manejo 0,00
lazer, recreação e ecoturismo Integração com o Entorno
implementadas
Gerência/ Coordenação de
Atas de reuniões de
Avaliar e aperfeiçoar procedimentos de visitação pública Anualmente Visitação e Integração com o 0,00
avaliação
Entorno /Conselho
Implantar sistema de gestão de acessos conforme Gerência/ Coord. de Visitação e Sistema de gestão de
1o ano 0,00
orientações do Plano de Manejo Integração com o Entorno acessos implementado
Manter a capacidade de suporte das trilhas e atrativos Coordenação de Visitação e Visitação dentro da
dentro dos parâmetros propostos como referência no Plano Contínuo Integração com o Entorno Equipe capacidade de suporte 0,00
de Manejo UC prevista
Implantar procedimentos proposto no Plano de Manejo para Anualmente Coordenação de Visitação e Rotinas e ferramentas 0,00

86
Plano de Ação – Programa de Visitação Pública
Custo
Ação Prazo Responsável Item de Verificação Previsto
(R$)
monitoramento contínuo da capacidade de suporte Integração com o Entorno / implementadas
Coordenação de Pesquisa e
Proteção
Estudar alternativas de gestão compartilhada com entidades
1o ano Gerência/IEF/Conselho/Parceiros Relatório técnico 0,00
do Terceiro Setor
Orientar e acompanhar a elaboração dos projetos Reuniões com demais
Coordenação de Visitação e
executivos para implantação de estruturas e sinalização de 1o ano responsáveis pelo 0,00
Integração com o Entorno
apoio à visitação projeto
Orientar e acompanhar a implantação de estruturas e inicio da Coordenação de Visitação e Visitas aos canteiros 0,00
sinalização de apoio à visitação implantação Integração com o Entorno Equipe de obras
das UC
estruturas
Gerência / Coordenação de
Colocar em prática dinâmica de visitação proposta pelo o Dinâmica de Visitação
2 ano Visitação e Integração com o 0,00
Plano de Manejo sendo executada
Entorno / Equipe UC
Proposta de
Coordenação de Visitação e
Desenvolver ferramentas de interpretação sensorial para implantação de
2o ano Integração com o Entorno / IEF / 0,00
deficientes físicos interpretação sensorial
Parcerias
no PESOB
Lista de serviços e
Definir as atividades, serviços e estruturas que poderão ser
2o ano Gerência / IEF / Conselho estruturas passíveis 0,00
terceirizadas
de terceirização
Estudar alternativas para projetos com parcerias público- Projetos de parceria
3o ano Gerência / IEF / Conselho 0,00
privada estudados
Identificar parceiros que tenham interesse de investir no uso Manifestações de
Contínuo Gerência / IEF / Conselho 0,00
público da UC interesse
Coordenação de Visitação e
Elaborar e publicar Guia do Visitante 5o ano Integração com o Entorno / Guia publicado 15.000,00
IEF/Consultor

87
Trilhas e atrativos

As trilhas existentes são, na maioria das vezes, utilizadas para usos inadequados à proposta de
criação da UC, sendo utilizadas por motos ou mesmo por usuários que acessam as áreas de
campo com os respectivos veículos. A prática de caminhadas na natureza, mesmo de mountain
bike, acaba ficando limitada às estradas não pavimentadas.

Diante disso recomenda-se, a seguir, uma proposta que valorize os acessos existentes,
interrompa os acessos indevidos, recupere os locais degradados, oferecendo uma experiência de
visitação rica e proveitosa, aliada à conservação do patrimônio, a educação ambiental e a prática
do ecoturismo responsável. Serão propostos percursos lineares, circuitos e travessias com o
objetivo de criar um conceito de visitação que una a contemplação à interação, permita ao
visitante desfrutar de um uso mais intensivo, com suporte da infraestrutura de apoio, estando junto
a um número maior de pessoas, bem como, realizar atividades em áreas mais remotas, com
menos pessoas e que exijam maior disposição e tempo para serem concluídas.

As intervenções e adequações propostas buscam agregar valor aos atributos naturais, históricos e
arquitetônicos, ajudando a valorizá-los e a conservá-los. A implementação de estruturas físicas
que aproximem o visitante do ambiente natural, permitam a ele observar a paisagem por novos
ângulos, ofereçam segurança, conforto e informação de qualidade, farão com que a experiência
de visitação seja diferenciada e, ao final, promova a sensibilização ambiental, a partir da prática
de atividades ao ar livre no interior da Unidade de Conservação.

A malha de trilhas2 proposta para o Parque Estadual Serra do Ouro Branco é composta por 20
(vinte) percursos. Todas as trilhas previstas requerem manejo específico. É importante que as
trilhas tenham nomes que estimulem a curiosidade do público e que tenham apelo forte,
motivando a visitação. Os nomes usados neste documento são apenas sugestões. Recomenda-se
que a gerência da Unidade de Conservação, em parceria com seus colaboradores, Conselho
Consultivo e população, discutam e definam os nomes oficiais a serem adotados.

2
As trilhas costumam ser os primeiros elementos da infraestrutura de uma UC a serem instaladas, mesmo
antes de um planejamento formal ou da elaboração do Plano de Manejo. Em geral, quando já existentes, as
trilhas recebem melhorias mínimas, que não consideram sua importância no contexto geral da UC,
tampouco, o impacto que podem causar ao meio ambiente, à qualidade da experiência do usuário e à
gestão da área natural protegida. omo as trilhas são consideradas geralmente “construç es menores”,
comum que sejam implantadas sem um estudo aprofundado dos aspectos biofísicos e socioculturais que a
cercam, bem como, das necessidades requeridas pelos usuários. Recomenda-se a implantação da malha
de trilhas proposta seja acompanhada de projetos técnicos específicos e incluam, nos orçamentos, recursos
necessários também à manutenção das mesmas.

88
a) Trilha da Canela de Ema

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


642369,041 / 7731927,644 1270 metros Estrutura de Recepção MG-129
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
644810,154 / 7731428,394 1230 metros Mirante Canela de Ema
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 2750 metros de extensão 1 hora
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Retirada de imperfeições do
piso, instalação de degraus e
corrimão em trecho com maior
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e
declividade, instalação de
autoguiada educativa
passagem suspensa sobre os
córregos. Estruturação de
mirante.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO3
Severidade do Meio: Moderadamente severo
Orientação no Percurso: Caminho e cruzamentos bem definidos
Condições do Terreno: Percurso por trilhas escalonadas ou terrenos irregulares
Intensidade do Esforço Físico: Esforço Moderado
DESCRIÇÃO
Percurso linear, com menos de 3 km de extensão, que parte da Estrutura de Recepção MG-129 e
segue na direção leste do Parque Estadual Serra do Ouro Branco, acompanhando a linha de
crista e oferecendo uma visão privilegiada dessa região do Parque. O nome da trilha faz
referência à presença da Canela de Ema, que se destaca tanto pela quantidade, quanto pelo
tamanho dos exemplares. A trilha, já consolidada, foi por muitos anos utilizadas por trilheiros em
motos, o que a danificou severamente em vários pontos. O percurso oferece dificuldade moderada
podendo ser frequentado por pessoas com alguma disposição, mas sem grande preparo físico.
Será uma boa alternativa para quem deseja caminhar na natureza, a partir do momento que a
Estrutura de Recepção MG-129 esteja instalada. O percurso é comum à Travessia Topo da Serra
/ Itatiaia. Pela facilidade de acesso, poderá atrair público diverso, especialmente voltado à
contemplação.
PÚBLICO ALVO

3
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

89
Deverá atender às necessidades de todos os usuários do Parque Estadual Serra do Ouro Branco,
sendo possivelmente, uma das trilhas mais acessadas.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
média distância.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza,
tampouco condicionamento físico privilegiado.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trilha autoguiada, que permitirá ao visitante tomar contato com as áreas de campo do PESOB,
bem como, avistar as principais áreas de mata, a sudeste da Unidade de Conservação. Durante o
trajeto o visitante poderá observar também o povoado de Itatiaia e a serra que dá nome ao
Monumento Natural Estadual de Itatiaia. Em pontos estratégicos deverão existir informações
sobre a vegetação, bem como, sobre o solo, associado à sua fragilidade. Essa trilha deverá
privilegiar a contemplação, por isso é fundamental que o piso não ofereça obstáculos,
possibilitando que o visitante olhe para o que o cerca, e não, para onde pisa. O Mirante da Canela
de Ema deverá trazer informações sobre a paisagem observada, incluindo nomes das
comunidades, pontos de interesse e acidentes geográficos relevantes.

Trecho da trilha da Canela de Exemplar de Canela de Ema Vários pontos da trilha exigem
Ema. encontrada na trilha. manutenção.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 60 e 95 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor entre
1,2 e 1,5 m, declividade sem degraus de até 20% e inclinação lateral entre 2 e 4%. Deve manter
características primitivas, recebendo estruturas pontuais em travessias de curso d‟água e locais
que ofereçam risco ao visitante. Em pontos onde existe o risco de queda em altura deverão ser
instalados corrimãos e guarda-corpos. O uso da sinalização deverá garantir que o visitante se
mantenha na trilha principal, evitando o acesso a trilhas secundárias e atalhos, impedindo também

90
a entrada em trilhas onde a vegetação estiver sendo recuperada. A utilização das estruturas
oferecerá segurança e conforto ao visitante, como também, reduzirá os impactos ambientais
causados pela visitação. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem e serem de
pequeno porte.
CAPACIDADE DE SUPORTE
158 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de
estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar disposta em pontos
estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e ambiental. Importante
também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de passarelas e corrimãos, perda ou deterioração de
sinalização interpretativa, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
O corredor oferece poucos obstáculos, o manejo da trilha deve envolver o aperfeiçoamento do
piso, com alargamento ou estreitamento e retirada de irregularidades, o fechamento e
recuperação de trilhas secundárias, a recuperação de áreas degradadas. Após implantada a trilha
deve-se executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas.
Efetuar trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a
vegetação às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper
processos erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em abismo, choque de partes do corpo com
árvores, rochas, superfícies de corrimão ou passarela, picada de insetos, picada de animais
peçonhentos, picada de abelhas, visitante se perder.

91
b) Trilha do Paredão

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


636239,568 / 7731307,847 986 metros Controle de Acesso RPPN Gerdau
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
636809,360 / 7732685,996 1368 metros Ponto de Apoio ao Visitante Paredão
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 2150 metros de extensão 1 hora e 15 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Retirada de imperfeições do
piso, instalação de degraus e
corrimão, instalação de ponte
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e sobre o córrego, instalação de
autoguiada educativa parapeito nos pontos de maior
risco de queda e patamares
para descanso após sequência
de degraus.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO4
Severidade do Meio: Severo
Orientação no Percurso: Caminho e cruzamentos bem definidos
Condições do Terreno: Percurso por trilhas escalonadas ou terrenos irregulares
Intensidade do Esforço Físico: Esforço Intenso (apesar da duração relativamente curta da
caminhada)
DESCRIÇÃO
Trilha tradicional utilizada pelos moradores de Ouro Branco e visitantes que buscam o acesso ao
alto da serra a partir da sede do município. Com 2150 metros de extensão é uma trilha bastante
exigente, uma vez que ultrapassa um gradiente altimétrico de aproximadamente 400 metros em
uma distância relativamente curta. A trilha encontra-se em péssimas condições de conservação, o
que a torna perigosa e gera danos ambientais relevantes. A implantação dessa trilha exigirá um
projeto específico de engenharia, demandando a instalação de diversas estruturas de apoio. Outra
característica dessa trilha é a passagem pelo interior da RPPN Luís Carlos Jurovsky Tamassia, de
propriedade da empresa Gerdau, o que exigirá uma parceria entre a UC particular e o PESOB na
gestão do fluxo de pessoas e no manejo do acesso. A gestão do fluxo de pessoas inclui a
instalação de guarita para controle de acesso, na cidade de Ouro Branco. Mesmo sendo uma
trilha com nível de dificuldade elevado, quando implantada, poderá tornar-se um dos principais

4
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

92
acessos ao PESOB.
PÚBLICO ALVO
Deverá atender às necessidades dos usuários com maior disposição e preparo físico, não sendo
uma trilha acessível a todos os públicos. Terá um perfil de aventura, as estruturas de degraus,
patamares e pontos de descanso farão com que a trilha seja mais segura e cause menos danos
ambientais, mas não diminuirão o esforço físico exigido ao usuário.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, aventura, observação de vida silvestre, observação da paisagem,
caminhada de média distância.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza.
O percurso exige condicionamento físico razoável e um bom nível de disposição.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trilha autoguiada com objetivo de interligar a sede do município de Ouro Branco ao alto da serra
de mesmo nome. Diante disso, a educação ambiental formal não será foco dessa trilha, porém, a
mesma poderá ser utilizada na sensibilização quanto aos problemas causados pela vandalismo,
incêndios florestais e impactos gerados pelo uso irregular de acessos em terrenos declivosos.
Quanto ao aspecto interpretativo, em pontos estratégicos (pontos de descanso) deverão existir
informações sobre a paisagem, tanto sobre a Serra do Ouro Branco, quanto da cidade. No local
existem estruturas antigas que foram utilizadas para o abastecimento de água do município e que
poderão também serem utilizadas na interpretação. Outro aspecto fundamental a ser abordado é
o fato de existirem Unidades de Conservação que também contribuem para a proteção do
patrimônio de Ouro Branco, havendo a explicação dos diferentes tipos e categorias de manejo e
como se relacionam RPPN e Parque Estadual.

Destaque para trecho da trilha Trecho exige ampliação do Exemplo de trecho que exige
de onde se avista a sede de corredor tomado pelas manutenção e recuperação do
Ouro Branco. samambaias. solo erodido.

93
Destaque para o traçado da Imagem dá a dimensão do desnível a ser percorrido durante a
trilha na vertente sul da Serra caminhada, sendo possível observar a sede de Ouro Branco,
do Ouro Branco. área de mata no interior da RPPN e trecho da trilha.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 60 e 95 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor entre
1,2 e 1,5 m, declividade sem degraus de até 20% e inclinação lateral entre 2 e 4%. O traçado
deverá ser revisto, havendo fechamento de acessos e abertura de novo trecho, caso seja
necessário. A trilha deverá manter características primitivas, alterando o mínimo possível a
paisagem observada a partir da sede de Ouro Branco, sem, entretanto, deixar de receber as
intervenções exigidas. Os trechos com declividade superior a 20% deverão receber degraus e
patamares, o que faz com que grande parte da trilha venha a receber uma escadaria. Em pontos
onde existe o risco de queda em altura devem ser instalados corrimãos e guarda-corpos. O uso da
sinalização deverá garantir que o visitante se mantenha na trilha principal, evitando o acesso a
trilhas secundárias e atalhos, impedindo também a entrada em trilhas onde a vegetação esteja
sendo recuperada. A utilização das estruturas oferecerá segurança e conforto ao visitante, como
também, reduzirá os impactos ambientais causados pela visitação. As estruturas deverão estar
em equilíbrio com a paisagem, principalmente nos materiais utilizados, e serem de pequeno porte.
Pontos de parada com bancos, abrigos contra intempéries e locais para abastecimento de água
deverão ser instalados.
CAPACIDADE DE SUPORTE
115 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de
estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar disposta em pontos
estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e ambiental. Importante
também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de passarelas e corrimãos, perda ou deterioração de
sinalização interpretativa, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper processos
erosivos já existentes. Vale ressaltar que a manutenção da trilha será fundamental para a garantia
das condições de segurança e a redução dos impactos ambientais.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em abismo, choque de partes do corpo com
árvores, rochas, superfícies de corrimão ou passarela, picada de insetos, picada de animais
peçonhentos, picada de abelhas, mal súbito, exposição excessiva ao Sol, visitante se perder.

94
c) Trilha Mirante do Cruzeiro

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


636345,662 / 732899,985 1391 metros Estrada Alto da Serra
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
636186,274 / 7732735,248 1410 metros Mirante do Cruzeiro
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 444 metros de extensão 10 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Retirada de imperfeições do
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e piso, instalação de estruturas
autoguiada educativa que ampliem a acessibilidade,
estruturação de mirante.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO5
Severidade do Meio: Pouco severo
Orientação no Percurso: Caminho e cruzamentos bem definidos
Condições do Terreno: Percurso por caminhos sem obstáculos
Intensidade do Esforço Físico: Pouco esforço
DESCRIÇÃO
Percurso curto, em formato linear com menos de 500 metros de extensão, que leva ao cruzeiro
localizado próximo à Trilha do Paredão e a estrada do alto da serra. Atualmente existem 3
variantes para acesso ao local, a primeira vinda da Trilha do Paredão, a segunda e a terceira a
partir da estrada do alto da Serra do Ouro Branco. Propõe-se a manutenção de apenas um
acesso, a partir da estrada, conforme destacado no mapa acima. A proposta facilitará o controle
dos visitantes e a redução de acessos, uma vez que muitos deles estão em locais não
apropriados, causando danos ambientais. O Mirante do Cruzeiro é um local que permite
observação da porção média do PESOB, incluindo vista de Ouro Branco e cidades do entorno,
além de ser um local onde existe manifestação da religiosidade dos moradores da região.
PÚBLICO ALVO
Deverá atender às necessidades de grande parte do público que visita o PESOB. A localização e
o acesso são facilitadores para a visita ao local, podendo tornar-se uma trilha acessível a partir de
algumas adequações no traçado da mesma.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de

5
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

95
curta distância, manifestação de fé.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza,
tampouco condicionamento físico privilegiado.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trilha autoguiada, com proposta que ofereça aos visitantes acesso a mirante alternativo ao
encontrado na área das antenas, na parte mais elevada da Serra do Ouro Branco. Aspectos da
geodiversidade, da urbanização de Ouro Branco, bem como, a localização de pontos de interesse
observados no horizonte, poderão ser trabalhados na interpretação. Processos erosivos e
voçorocamentos poderão ser observados e trabalhados na educação ambiental.

Detalhe da paisagem observada a partir do Mirante do Cruzeiro.

CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 95 e 125 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor
entre 1,2 e 1,5 m, declividade entre 3 e 5% (evitando o uso de degraus) e inclinação lateral de até
1%. Sem perder as características naturais deverá receber intervenções que a tornem o mais
acessível possível. Em local onde exista o risco de queda em altura deverá ser instalado guarda-
corpo. O uso da sinalização deverá garantir que o visitante se mantenha na trilha principal,
evitando o acesso a trilhas secundárias e atalhos, impedindo também a entrada em trilhas onde a
vegetação esteja sendo recuperada. Trilhas secundárias deverão ser fechadas e recuperadas. As
estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem e serem de pequeno porte. O mirante
deverá receber a infraestrutura já detalhada neste documento para esse tipo de atrativo.
CAPACIDADE DE SUPORTE
153 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de
estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar disposta em pontos
estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e ambiental. Importante

96
também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de corrimãos e guarda-corpo, perda ou deterioração de
sinalização interpretativa, abertura de acessos secundários e atalhos, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas e trilhas fechadas,
interromper processos erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em abismo, choque de partes do corpo com
rochas, superfícies de corrimão ou guarda-corpo, picada de insetos, picada de animais
peçonhentos, picada de abelhas.

97
d) Trilha Mirante da Estrada

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


640289,273 / 7732272,444 1381 metros Estrada Alto da Serra do Ouro Branco
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
640219,774 / 7732299,107 1398 metros Mirante da Estrada
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 90 metros de extensão 5 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Retirada de imperfeições do
piso, instalação de degraus e
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e
corrimão em trecho com maior
autoguiada educativa
declividade, estruturação de
mirante.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO6
Severidade do Meio: Pouco severo
Orientação no Percurso: Caminho e cruzamentos bem definidos
Condições do Terreno: Percurso por caminhos sem obstáculos
Intensidade do Esforço Físico: Pouco esforço
DESCRIÇÃO
Percurso curto, em formato linear, com menos de 100 metros de extensão, localizado próximo à
estrada do alto da serra. Pela localização, pequena extensão e possibilidade de oferecer
acessibilidade a grande parte do público, poderá ser um dos locais mais visitados do PESOB. O
traçado atual apresenta alguns obstáculos e imperfeições no piso que poderão ser manejados,
facilitando o acesso. O Mirante da Estrada está pró imo chegada do “ ircuito aminhos do
Passado”, pró imo a um Ponto de poio ao Visitante e, em trecho inicial da estrada do alto da
serra, vindo a ser uma boa opção para o visitante que não deseja chegar até a área das torres de
telecomunicação.
PÚBLICO ALVO
Deverá atender às necessidades de grande parte do público que visitará o PESOB. A localização
e o acesso são facilitadores para a visita ao local, podendo tornar-se uma trilha acessível a partir
de algumas adequações no traçado da mesma.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de

6
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

98
curta distância.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza,
tampouco condicionamento físico privilegiado.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trilha autoguiada, com nível baixo de dificuldade, que oferece ao visitante a possibilidade de
avistar parte da estrada do alto da serra e seu entorno. Local indicado para fotografias nas
primeiras horas da manhã. A interpretação ambiental poderá fazer interface com aspectos
históricos, sendo o mirante um ponto de interesse do “ ircuito aminhos do Passado”, como
também, trabalhar aspectos da conservação, destacando a importância da proteção de nascentes
e dos capões de mata encontrados na região. A educação ambiental deverá orientar sobre a
importância da criação das Unidades de Conservação e a preservação dos ambientes naturais.

Paisagem observada a partir do Mirante da Estrada.


CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 95 e 125 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor
entre 1,2 e 1,5 m, declividade inferior a 20% (evitando o uso de degraus) e inclinação lateral de
até 4%. Sem perder as características naturais deve receber intervenções que a tornem o mais
acessível possível. As estruturas devem estar em equilíbrio com a paisagem e serem de pequeno
porte. O mirante deve receber a infraestrutura já detalhada neste documento para esse tipo de
atrativo.
CAPACIDADE DE SUPORTE
166 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de
estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar disposta no início e
término do percurso. Importante também que a sinalização indique os usos permitidos em cada
local.

99
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de estruturas, perda ou deterioração de sinalização
interpretativa, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper processos
erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em declive acentuado, desprendimento de
rochas, choque de partes do corpo com árvores, rochas, superfícies de corrimão ou passarela,
picada de insetos, picada de animais peçonhentos, picada de abelhas.

100
e) Trilha Mirante do Sofá

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


641886 / 7731966 1315 metros Estrada Alto da Serra
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
641822 / 7731845 1318 metros Mirante do Sofá
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 210 metros de extensão 7 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Adequações para oferecer
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e acessibilidade plena a partir
autoguiada educativa da estrada do alto da serra,
instalar estrutura de mirante.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO7
Severidade do Meio: Pouco severo
Orientação no Percurso: Caminho e cruzamentos bem definidos
Condições do Terreno: Percurso em superfícies planas
Intensidade do Esforço Físico: Pouco esforço
DESCRIÇÃO
Percurso curto, em formato linear com aproximadamente 200 metros de extensão a partir da
estrada do alto da serra. Primeiro atrativo após a Portaria do PESOB. Poderá atrair visitantes que
queiram apenas ter uma pequena mostra do que a UC pode oferecer. Por se tratar de um acesso
plano, o nível de dificuldade será baixo.
PÚBLICO ALVO
Deverá atender às necessidades de todos os usuários do PESOB. Deverá atender inclusive a
portadores de mobilidade reduzida temporária ou definitiva.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
curta distância.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza,
tampouco condicionamento físico privilegiado.

7
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

101
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trilha autoguiada, com proposta que ofereça aos visitantes a acessibilidade plena. Do local é
possível avistar a porção sudeste do PESOB, onde estão importantes remanescentes de florestas,
assim como, a rodovia MG-129, a estrada do alto da serra, e a Serra de Itatiaia, no Monumento
Natural Estadual de mesmo nome. A educação ambiental poderá abordar o uso anterior do local,
destacando o lixo que era deixado e os usos indevidos. A recuperação das áreas degradadas, no
entorno do mirante, poderá servir como elemento para o processo de sensibilização dos visitantes.

Vista do MNE de Itatiaia a Estrada do alto da serra vista a Vista da área de mata no interior
partir do mirante. partir do mirante. do PESOB.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 95 e 125 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor
entre 1,2 e 1,5 m, declividade inferior a 20% (evitando o uso de degraus) e inclinação lateral de até
4%. O acesso já está bastante antropizado, sendo necessário recuperá-lo. A trilha deverá ter suas
dimensões de largura reduzidas, sendo utilizada apenas para visitantes a pé ou em bicicleta. Os
veículos ficarão estacionados próximo à estrada. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a
paisagem e serem de pequeno porte. O mirante deverá receber a infraestrutura já detalhada neste
documento para esse tipo de atrativo.
CAPACIDADE DE SUPORTE
235 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de
estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar disposta em pontos
estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e ambiental. Importante
também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, perda ou deterioração de sinalização interpretativa, evolução da recuperação das

102
áreas degradadas, etc.
MANUTENÇÃO
Recuperar a vegetação às margens da trilha reduzindo a largura atual do acesso, recuperar áreas
degradadas, interromper processos erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em declive acentuado, choque de partes do
corpo com rochas, picada de insetos, picada de animais peçonhentos, picada de abelhas.

103
f) Trilha do Cooper

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


639565 / 7730909 1008 metros Rodovia MG-129
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
640547 / 7729484 1055 metros Praça de Convivência
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 1930 metros de extensão 30 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Instalar faixa exclusiva para
pedestres e bicicletas às
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e
margens da rodovia não
autoguiada educativa
pavimentada que dá acesso ao
povoado de Água Limpa.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO8
Severidade do Meio: Pouco severo
Orientação no Percurso: Caminho e cruzamentos bem definidos
Condições do Terreno: Percurso por caminhos sem obstáculos
Intensidade do Esforço Físico: Pouco esforço
DESCRIÇÃO
Proposta de trilha que dará continuidade à pista de cooper e caminhada que tem início no bairro
Luzia Augusta e segue margeando a MG-129 até a Ponte do Pé do Morro. A trilha proposta terá
continuidade a partir do trevo com a estrada para Água Limpa, entrando no PESOB, indo até local
onde existe uma mata de eucaliptos. Nesse local propõem-se a criação de uma Praça de
Convivência, com estrutura de apoio ao praticante da caminhada, ciclismo ou corrida. A trilha
deverá ser construída na margem da estrada, separada da mesma por blocos de concreto,
formando uma faixa independente para os usuários a pé ou em bicicletas.
PÚBLICO ALVO
A trilha deverá atender população e visitantes que queiram praticar atividade física em contato
com a natureza.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
média distância, prática de esportes.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS

8
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

104
Respeitar as normas de utilização da Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência
anterior em caminhadas na natureza, tampouco condicionamento físico privilegiado.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Recomenda-se que os praticantes de atividades físicas realizem exames médicos para se
certificarem de que possuem as condições necessárias para tal.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada, corrida ou ciclismo.
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto.
Para os praticantes do ciclismo recomenda-se o uso dos equipamentos de segurança
relacionados à atividade.
Obs.: O visitante deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados
amplia as possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
06:00 às 20:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Não é uma trilha voltada à educação ambiental, mas poderá receber conteúdos digitais onde os
usuários possam realizar sua própria interpretação, aprendendo nomes de plantas ou descobrindo
pontos de interesse ao longo da via, a partir do uso de smartphones, por exemplo. É importante
que o usuário saiba que está no interior do PESOB e que existem normas específicas para a
realização de atividades em seu interior.

Trecho da estrada onde é proposta a nova trilha. Vista da Serra do Ouro Branco a partir da
estrada para Água Limpa.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso ter 0,95 e 2,5 m, altura do corredor entre 2,5 e 3,75 m e largura do
corredor entre 1,8 e 5 m. Possuirá características urbanas apesar de estar em ambiente natural,
recebendo estruturas necessária para que atenda ao uso previsto. O uso da sinalização deverá
orientar o usuário quanto às distâncias ponto a ponto e parciais, indicar quais as atividades
permitidas no local e orientar os motoristas para que sejam evitados acidentes. As estruturas
deverão estar em equilíbrio com a paisagem.
CAPACIDADE DE SUPORTE
841 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
A sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o usuário em seu deslocamento, interpretar
a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de estruturas e de lugares da forma que encontrar.
A sinalização deverá estar disposta em pontos estratégicos, junto a pontos de parada ou de
relevância paisagística e ambiental. Importante também que a sinalização indique os usos
permitidos em cada local. A sinalização deverá orientar também os motoristas.

105
MONITORAMENTO
Deterioração do piso, perda de vegetação às margens da trilha, introdução de espécies invasoras,
lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis, vandalismo, perda ou deterioração de
sinalização indicativa, educativa e interpretativa, etc. Deve-se também observar o registro de
incidentes, acidentes e quase-acidentes.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Recuperar áreas degradadas.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, choque de partes do corpo com árvores, rochas,
picada de insetos, picada de animais peçonhentos, picada de abelhas, atropelamento, colisões
entre pessoas, colisão entre pessoas e bicicletas, ataque de animais domésticos, assaltos.

106
g) Trilha Jesuítas

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


633729 / 7734213 1489 metros Estrada Área de Camping
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
633664 / 7735122 1400 metros Poço Rio Cachoeira Jesuítas
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 1000 metros de extensão 20 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Retirada de imperfeições e
alargamento do piso,
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e instalação de ponte sobre o
autoguiada educativa córrego, instalação de
estrutura de suporte à
visitação junto ao atrativo.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO9
Severidade do Meio: Pouco severo
Orientação no Percurso: Caminho ou sinalização que indica continuidade
Condições do Terreno: Percurso por caminhos sem obstáculos
Intensidade do Esforço Físico: Pouco esforço
DESCRIÇÃO
Percurso de 1000 metros, em formato linear, que leva aos poços localizados na drenagem da
Cachoeira Jesuítas. A trilha tem início no local sugerido para implantação da Área de Camping. O
visitante que não estiver acampado caminhará a partir do Centro de Visitantes ou Ponto de Apoio
localizado próximo às torres de comunicação. Percurso com baixo nível de dificuldade até os
poços, podendo ser estudada a viabilidade de abertura de trilha que leve até a cachoeira.
PÚBLICO ALVO
Visitantes com perfil ecoturista e/ou aventureiro, que gostem de caminhar na natureza. Não exige
preparo físico acentuado, bastando ter nível médio de disposição. Crianças com alguma
experiência em caminhadas na natureza também poderão visitar o local.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
média distância, banho de rio.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS

9
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

107
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza,
tampouco condicionamento físico privilegiado.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trilha autoguiada, que acompanha cursos d‟água que nascem no alto da serra. importância dos
recursos hídricos, a percepção de bacia hidrográfica, as características da rede de drenagem
(uma vez que esse córrego parece ir para o Norte quando, na verdade, se encontra com o Rio
Colônia e segue para o Sul, abastecendo o Lago Soledade). Em pontos estratégicos poderão
existir informações sobre a vegetação, curso d´água e elementos da geodiversidade. Essa trilha
deverá privilegiar a contemplação, o contato com a natureza, acima de tudo.

Trecho do rio até onde a trilha leva o visitante. No trajeto e iste a travessia de curso d‟água
onde foi instalada uma pinguela.

Acesso a partir da área das torres de telecomunicação. A trilha passa pelo capão de mata no
centro da imagem.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 60 e 95 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor entre

108
1,2 e 1,5 m, declividade sem degraus de até 20% e inclinação lateral entre 2 e 4%. Deverá manter
caracter sticas primitivas, recebendo estruturas pontuais em travessias de curso d‟água e locais
que ofereçam risco ao visitante. Em pontos onde existe o risco de queda em altura deverão ser
instalados corrimãos e guarda-corpos. O uso da sinalização deverá garantir que o visitante se
mantenha na trilha principal, evitando o acesso a trilhas secundárias e atalhos, impedindo também
a entrada em trilhas onde a vegetação esteja sendo recuperada. A utilização das estruturas
oferecerá segurança e conforto ao visitante, como também, reduzirá os impactos ambientais
causados pela visitação. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem e serem de
pequeno porte.
CAPACIDADE DE SUPORTE
65 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de
estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar disposta em pontos
estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e ambiental. Importante
também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de ponte e corrimão, perda ou deterioração de sinalização
interpretativa, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper processos
erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em declive acentuado, queda da ponte, choque
de partes do corpo com árvores, rochas, superfícies de corrimão ou passarela, picada de insetos,
picada de animais peçonhentos, picada de abelhas, afogamento, visitante se perder.

109
h) Trilha da Copasa

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


641405 / 7729783 1118 metros Controle de Acesso Carretão
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
640949 / 7731132 1130 metros Rodovia MG-129, próximo à Copasa
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 1700 metros de extensão 30 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Correções no piso,
principalmente nos locais mais
Trilha autoguiada, mas é
Sim, indicativa, interpretativa e danificados pelas motos,
recomendada a presença de
educativa instalação de piso suspenso
condutor.
em pontos de alagamento,
manutenção do corredor.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO10
Severidade do Meio: Pouco severo
Orientação no Percurso: Caminho e cruzamentos bem definidos
Condições do Terreno: Percurso opor caminhos sem obstáculos
Intensidade do Esforço Físico: Pouco esforço
DESCRIÇÃO
Percurso de média distância, em área de mata, entre a região conhecida como Carretão e a
rodovia estadual MG-129, próximo à Copasa. Acesso utilizado por trilheiros em motos e por
alguns cavaleiros e que deve passar a receber apenas caminhantes e ciclistas. Trilha com
pequena variação altimétrica, toda sombreada, que oferece uma boa experiência de convício com
a floresta no interior do PESOB. Vários pontos estão danificados pelo trânsito de motos, exigindo
manutenção. Poderá vir a compor um roteiro em circuito ao ser associada “Trilha do ooper”,
“Trilha do ndarilho” e ao “ ircuito aminhos do Passado”.
PÚBLICO ALVO
Visitantes com perfil ecoturista e/ou aventureiro, que gostem de caminhar na natureza. Não exige
preparo físico acentuado, bastando possuir nível médio de disposição. Crianças com alguma
experiência em caminhadas na natureza também poderão visitar o local.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de

10
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

110
média distância.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza,
tampouco condicionamento físico privilegiado.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado (mas indica-se o acompanhamento de condutores credenciados), uso de
sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Uma das únicas trilhas abertas ao uso público no interior do PESOB, voltada a caminhantes e
ciclistas, onde o usuário estará todo o tempo no interior da mata. Uma gama de elementos
relacionados à floresta poderá ser trabalhada, incluindo a sistematização de programa de
educação ambiental voltado às escolas da região de Ouro Branco. A facilidade de acesso para
veículos como vans e ônibus, permite que os alunos desembarquem no início da trilha e entrem
no veículo ao seu final, em segurança. O impacto causado pelo trânsito das motos também pode
ser trabalhado na interpretação ambiental

Detalhe da trilha bastante Trecho da trilha onde existe Perfil em V gerado pelo
danificada pelo trânsito de alagamento no período trânsito de motos de trilha no
motos. chuvoso. local.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 95 e 250 cm, altura do corredor de 2,5 a 3,75 m, largura do
corredor entre 1,8 e 5 m. Sem perder as características naturais deverá receber intervenções que
a tornem o mais acessível possível. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem e
serem de pequeno porte. Os trechos alagados deverão receber estrutura de piso suspenso. Os
trechos erodidos com rebaixamento do piso, deverão ter o perfil completado com material retirado
no entorno. Trechos estreitos deverão ser ampliados para que possam acomodar com segurança
grupos de escolares, por exemplo, e trechos muito largos, deverão passar pela recomposição da
vegetação e/ou serem utilizados para instalação de estruturas de apoio à visitação, como bancos,
sinalização interpretativa, etc.
CAPACIDADE DE SUPORTE

111
136 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de
estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar disposta em pontos
estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e ambiental. Importante
também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local. A sinalização deverá atender
ao projeto de educação ambiental.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de piso s suspensos, perda ou deterioração de sinalização
interpretativa e educativa, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper processos
erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, choque de partes do corpo com árvores, picada de
insetos, picada de animais peçonhentos, picada de abelhas, queda de galhos e árvores,
atropelamento.

112
i) Trilha Topo da Serra / 1º. Poço do Rio Colônia

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


634313 / 7733823 1556 metros Ponto de Apoio ao Visitante Antenas
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
635806 / 7733961 1388 metros 1º. Poço do Rio Colônia
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 1650 metros de extensão 30 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Retirada de imperfeições e
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e
alargamento do piso, limpeza
autoguiada educativa
do corredor.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO11
Severidade do Meio: Moderadamente severo
Orientação no Percurso: Caminho ou sinalização que indica a continuidade
Condições do Terreno: Percurso por caminhos sem obstáculos
Intensidade do Esforço Físico: Esforço moderado
DESCRIÇÃO
Percurso de média extensão, em formato linear, com 1650 metros, tendo início no Ponto de Apoio
ao Visitante - Antenas, chegando ao primeiro poço do Rio Colônia, acima da cachoeira, local
muito visitado no interior do PESOB. A trilha existe, mas está suja pela vegetação, demonstrando
que sua utilização é restrita. Possui grande potencial pois une local de uso intensivo do PESOB a
um dos atrativos mais buscados no interior da UC, não sendo necessário caminhar pela estrada.
Trilha com nível de dificuldade moderado, sendo pouco exigente para pessoas que já possuem o
costume de caminhar na natureza. Além de levar ao atrativo, oferece visão panorâmica de grande
parte do alto da Serra do Ouro Branco.
PÚBLICO ALVO
Esportistas, ecoturistas, público em busca de caminhadas de média distância. Crianças com
experiência em caminhadas na natureza também poderão utilizar esse acesso.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
média distância, banho de rio.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS

11
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

113
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. Recomenda-se alguma experiência anterior em caminhadas na
natureza e condicionamento físico mínimo.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Não é uma trilha interpretativa, tem como objetivo unir dois locais no interior do PESOB,
entretanto, elementos relevantes da paisagem e pontos de interesse poderão ser indicados ao
longo do percurso, em sinalização instalada em pontos estratégicos.

Paisagem observada ao longo da trilha. O poço do Rio Colônia está localizado após o capão de
mata, onde é possível observar a trilha que chega da estrada do alto da serra, no sentido oposto.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 60 e 95 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor entre
1,2 e 1,5 m, declividade (sem degraus) de até 20% e inclinação lateral de 2 a 4%. Sem perder as
características primitivas deverá receber intervenções que a tornem segura e minimizem o
impacto ambiental causado pelo uso. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem e
serem de pequeno porte. O trecho em curva de nível deverá ter a borda crítica sempre limpa,
possibilitando o escoamento da água e a redução do trabalho com manutenção. O trecho em
declive deverá buscar um traçado que permita o escoamento da água e seja mais suave. A
sinalização deverá orientar o usuário a manter-se na trilha principal, evitando a abertura de
acessos secundários.
CAPACIDADE DE SUPORTE
80 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento (mantendo-o no leito principal da trilha), interpretar alguns
elementos da paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de estruturas e de lugares da forma
que encontrar. A sinalização deverá estar disposta em pontos estratégicos, junto a pontos de

114
parada ou de relevância paisagística e ambiental. Importante também que a sinalização indique os
usos permitidos em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, perda ou deterioração de sinalização, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção e manutenção preventiva da trilha. Efetuar trocas e reparos de
peças de estruturas, sempre que necessário. Importante recuperar áreas degradadas, interromper
processos erosivos já existentes e trilhas secundários ou atalhos que sejam criados.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, choque de partes do corpo com árvores e rochas,
picada de insetos, picada de animais peçonhentos, picada de abelhas, visitante se perder.

115
j) Trilha do Rio Colônia

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


635806 / 7733961 1388 metros 1º. Poço do Rio Colônia
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
636094 / 7734225 1340 metros Poço a jusante no Rio Colônia
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 450 metros de extensão 7 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Retirada de imperfeições do
Sim, indicativa, interpretativa piso, instalação de degraus e
Não obrigatória, trilha autoguiada
e educativa corrimão em trecho com
maior declividade.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO12
Severidade do Meio: Pouco severo
Orientação no Percurso: Caminho e cruzamentos bem definidos
Condições do Terreno: Percurso por caminhos sem obstáculos
Intensidade do Esforço Físico: Pouco esforço
DESCRIÇÃO
Percurso curto, em formato linear, com 450 metros de extensão, localizado às margens do Rio
Colônia, entre o primeiro poço e a cachoeira. O local recebe número expressivo de visitantes,
principalmente nos fins de semana e feriados e o uso desordenado faz com que exista pisoteio e
supressão da vegetação em local de solo arenoso, contribuindo para o carreamento de
sedimentos para o curso d‟água. implantação da trilha proposta prev a definição de um
caminho oficial que leve aos poços a montante da cachoeira, oferecendo ao visitante um acesso
seguro e, ao ambiente, a conservação. Tal trilha poderá chegar ao local de onde se avista o início
da queda da cachoeira, mas devido à dificuldade de acesso e a avaliação do risco realizada no
local, não é recomendado, inicialmente, que os visitantes sejam incentivados a ir ao local.
PÚBLICO ALVO
Deverá atender às necessidades do público em geral que visita o PESOB sendo, já na atualidade,
um dos locais mais procurados pelos visitantes. Deverá atender ao perfil de visitantes família, com
crianças, pessoas de idade e sem experiência na prática de atividades na natureza.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de

12
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

116
curta distância, banho de rio.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza,
tampouco condicionamento físico privilegiado.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trilha com objetivo de levar os visitantes aos primeiros poços do Rio Colônia. A interpretação da
paisagem poderá trazer informações sobre o rio e usos que eram dados ao local antes da criação
da Unidade de Conservação. Próximo ao alto da cachoeira é possível avistar a região destacada
como Zona Intangível do PESOB (devido ao estágio de conservação e singularidade dos atributos
naturais) sendo também elemento importante para a interpretação. A educação ambiental poderá
trabalhar a temática recursos hídricos e os problemas gerados pelo uso desordenado.

Primeiro poço do Rio Colônia. Vista parcial da trilha nas


margens do Rio Colônia.

Vista da cachoeira formada


pelo Rio Colônia.

117
Na imagem da cachoeira formada pelo rio Colônia é possível
observar o trecho percorrido pelo Rio Colônia desde o alto da Serra
do Ouro Branco, até as altitudes mais baixas da UC. É possível
perceber que existem várias cachoeiras e corredeiras, o que aponta
grande potencial para a prática do canionismo. Recomenda-se que
um estudo de viabilidade seja realizado no local, para evidenciar se
a prática esportiva e/ou comercial da atividade poderá vir a ser
implementada. Na trilha proposta o visitante não terá acesso a esse
ângulo da foto, chegando apenas ao alto da primeira queda.

CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 95 e 250 cm, altura do corredor de 2,5 a 3,75 m, largura do
corredor entre 1,8 e 5 m, declividade (sem degraus) de até 15% e inclinação lateral de 1 a 4%.
Sem perder as características primitivas deverá receber intervenções que a tornem segura e
minimizem o impacto ambiental causado pelo uso. As estruturas deverao estar em equilíbrio com
a paisagem e serem de pequeno porte. Por se tratar de uma trilha em Área de Preservação
Permanente (margem de rio), será necessário um cuidado redobrado com as intervenções. Caso
a trilha leve até o local onde é possível observar o início da primeira cachoeira do Rio Colônia,
recomenda-se a construção de ponte para atravessar o curso d‟água. A sinalização deverá
orientar o usuário a manter-se na trilha principal, evitando a abertura de acessos secundários.
CAPACIDADE DE SUPORTE
252 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de
estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar disposta em pontos
estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e ambiental. Importante
também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha e
do rio, introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de pontes e corrimãos, perda ou deterioração de
sinalização interpretativa e educativa, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e do rio, e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper
processos erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em abismo, choque de partes do corpo com
árvores, rochas, superfícies de corrimão ou ponte, picada de insetos, picada de animais
peçonhentos, picada de abelhas, afogamento.

118
k) Trilha do Andarilho

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


639565 / 7730909 1005 metros Rodovia MG-129 / Ponte Pé do Morro
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
642301 / 7731870 1272 metros Trevo Estrada Alto da Serra / MG-129
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 3250 metros de extensão 1 hora
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Instalar faixa exclusiva para
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e
pedestres e bicicletas às
autoguiada educativa
margens da rodovia MG-129.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO13
Severidade do Meio: Pouco severo
Orientação no Percurso: Caminho e cruzamentos bem definidos
Condições do Terreno: Percurso por caminhos sem obstáculos
Intensidade do Esforço Físico: Esforço moderado
DESCRIÇÃO
proposta da “Trilha do ndarilho” vem preencher uma lacuna e istente no trecho da rodovia
estadual MG-129 utilizado por caminhantes e turistas da Estrada Real e esportistas da região de
Ouro Branco, na prática de atividades como caminhada, corrida e ciclismo. Diariamente observa-
se um número expressivo de pessoas que fazem uso da rodovia como acesso para chegar ao alto
da Serra do Ouro Branco. Esses pedestres e/ou ciclistas correm risco de morte ao disputar lugar
nas curvas sinuosas da rodovia, com veículos de todos os tipos, inclusive caminhões de grande
porte. A trilha proposta seguirá pela margem da rodovia MG-129, a partir da Ponte do Pé do
Morro, passando pela entrada da Copasa e Biquinha, chegando ao alto, no trevo de acesso à
estrada não pavimentada que leva às antenas de telecomunicação. Tal proposta vem suprir uma
necessidade latente, bem como, contribuir para a gestão do fluxo de visitantes proposto pelo
Plano de Manejo do PESOB, uma vez que existem trilhas e acessos que farão conexão com esse
percurso proposto.
PÚBLICO ALVO
A trilha deverá atender a população e visitantes que queiram praticar atividade física em contato
com a natureza. Deverá atender também aos visitantes que queiram acessar o PESOB a pé ou
bicicleta, a partir da sede do município de Ouro Branco. Deverá atender ainda os usuários da
Estrada Real que chegam ou saem de Ouro Branco.
13
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

119
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
média distância, prática de esportes, acesso ao PESOB.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Respeitar as normas de utilização da Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência
anterior em caminhadas na natureza, tampouco condicionamento físico privilegiado.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Recomenda-se que os praticantes de atividades físicas realizem exames médicos para se
certificarem de que possuem as condições necessárias para tal.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Para os praticantes do ciclismo recomenda-se o uso dos equipamentos de segurança
relacionados à atividade.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h (para acessar o PESOB pela Biquinha ou pela estrada do alto da serra)
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O percurso poderá trazer informações sobre uma das estradas reais que passava pelo local,
assim como, fazer referência sobre outros caminhos antigos existentes na região. Deverá trazer
informações sobre o projeto da Estrada Real. O usuário da trilha deverá ter acesso a informações
sobre o PESOB, que o façam compreender a importância da criação da UC e o estimulem a visitá-
la. Informações sobre trânsito e atropelamento de animais selvagens, incêndios florestais
causados por usuários da rodovia, introdução de espécies exóticas de vegetação causadas pelo
transporte de sementes nos veículos, poderão ser trabalhadas na educação ambiental.
Fundamental realizar um trabalho educativo para conscientizar motoristas e usuários da trilha
quanto a procedimentos de segurança que evitem acidentes.

Trecho às margens da rodovia MG-129 onde a Local de chegada da “Trilha do ndarilho”, no


trilha deve ser implantada. alto da Serra do Ouro Branco.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso ter 0,95 e 2,5 m, altura do corredor entre 2,5 e 3,75 m e largura do
corredor entre 1,8 e 5 m. Possuirá características urbanas apesar de estar em ambiente natural,
recebendo estruturas necessária para que atenda ao uso previsto. O uso da sinalização deverá
orientar o usuário quanto às distâncias ponto a ponto e parciais, indicar quais as atividades

120
permitidas no local e orientar os motoristas para que sejam evitados acidentes. As estruturas
deverão estar em equilíbrio com a paisagem. A trilha deverá ser construída na margem da
estrada, separada da mesma por blocos de concreto, formando uma faixa independente para os
usuários a pé ou em bicicletas.
CAPACIDADE DE SUPORTE
542 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
A sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o usuário em seu deslocamento, interpretar
a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de estruturas e de lugares da forma que encontrar.
A sinalização deverá estar disposta em pontos estratégicos, junto a pontos de parada ou de
relevância paisagística e ambiental. Importante também que a sinalização indique os usos
permitidos em cada local. A sinalização deverá orientar também os motoristas.
MONITORAMENTO
Deterioração do piso, perda de vegetação às margens da trilha, introdução de espécies invasoras,
lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis, vandalismo, perda ou deterioração de
sinalização indicativa, educativa e interpretativa, etc. Deve-se também observar o registro de
incidentes, acidentes e quase-acidentes.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Recuperar áreas degradadas.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, choque de partes do corpo com árvores, rochas,
picada de insetos, picada de animais peçonhentos, picada de abelhas, atropelamento, colisões
entre pessoas, colisão entre pessoas e bicicletas, ataque de animais domésticos, assaltos.

121
l) Trilha Muro de Pedra

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


642385 / 7731942 1268 metros Estrutura de Recepção MG-129
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
642917 / 7732267 1205 metros Rodovia MG-129
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Linear 775 metros de extensão 20 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Retirada de imperfeições do
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e piso, instalação de estruturas
autoguiada educativa para proteção e valorização do
patrimônio.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO14
Severidade do Meio: Pouco severo
Orientação no Percurso: Caminho e cruzamentos bem definidos
Condições do Terreno: Percurso por caminhos sem obstáculos
Intensidade do Esforço Físico: Pouco esforço
DESCRIÇÃO
Percurso curto, em formato de linear, com menos de 1 km de extensão, que aproveita o leito da
antiga estrada não pavimentada (e antiga estrada real), hoje substituída pela rodovia MG-129 em
trecho abandonado após o asfaltamento. No local poderão ser observadas tecnologias usadas
para construção da estrada, como muros e bueiros em pedra. Local interessante para
aproveitamento do patrimônio histórico encontrado no interior do PESOB. Pela facilidade de
acesso, poderá atrair público diverso, especialmente voltado à contemplação. Será uma excelente
opção para quem passar pela rodovia MG-129 e desejar conhecer um pouco do PESOB.
PÚBLICO ALVO
Deverá atender os diferentes públicos que visitarão o PESOB. Caso sejam utilizados
equipamentos especiais, como cadeiras de rodas adaptadas, poderá atender inclusive a
portadores de mobilidade reduzida temporária ou definitiva. O local possui condições também de
receber público pedagógico, devido à facilidade de estacionamento de veículos como vans e
ônibus.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de

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Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

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curta distância, interesse específico em história, arqueologia e engenharia de estradas.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza,
tampouco condicionamento físico privilegiado.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trilha com potencial para o aproveitamento interpretativo, focado na contextualização histórica do
período em que a estrada foi construída, a importância das Estradas Reais, a tecnologia
empregada na época. Para a educação ambiental poderá ser trabalhada a importância da
conservação do patrimônio.

Detalhe de trecho do caminho Detalhe do muro de contenção. Estrada observada a partir da


antigo. rodovia MG-129.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso ter 0,95 e 2,5 m, altura do corredor entre 2,5 e 3,75 m e largura do
corredor entre 1,8 e 5 m. Deverá manter as características atuais, recebendo estruturas
necessárias para que atenda ao uso previsto. Trabalhos específicos realizados por arqueólogos
poderão recuperar trechos danificados e destacar aspectos da engenharia da época em que a
estrada foi construída. O uso da sinalização será fundamental para o processo de interpretação do
patrimônio. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem.
CAPACIDADE DE SUPORTE
179 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de
estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar disposta em pontos
estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e ambiental. Importante
também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local.

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MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, introdução de espécies invasoras, lixo, uso
da trilha para atividades ilegais / indesejáveis, vandalismo, deterioração de estruturas, perda ou
deterioração de sinalização interpretativa, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar áreas
degradadas e interromper processos que venham danificar o patrimônio.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda de declive acentuado, picada de insetos, picada
de animais peçonhentos.

124
m) Circuito das Águas

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


636809 / 7732685 1367 metros Ponto de Apoio ao Visitante Paredão
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
638453 / 7732196 1332 metros Ponto de Apoio ao Visitante Poção
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Circuito 3640 metros de extensão 1 hora e 15 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Retirada de imperfeições do
piso, instalação de degraus e
corrimão em trecho com maior
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e declividade, instalação de
autoguiada educativa pontes na travessia de
córregos, instalação de
estruturas de apoio nos locais
de acesso ao rio para banho.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO15
Severidade do Meio: Pouco severo
Orientação no Percurso: Caminho ou sinalização que indica a continuidade
Condições do Terreno: Percurso por caminhos sem obstáculos
Intensidade do Esforço Físico: Esforço moderado
DESCRIÇÃO
Percurso com 3460 metros de extensão, em formato de circuito, que levará o visitante a
acompanhar o Ribeirão Veríssimo em trecho com vários poços de água cristalina, indicados para
o banho. A proposta da trilha é de que o visitante possa percorrer o circuito, a pé, parando nos
locais indicados para banho, de acordo com seu interesse. Atualmente o local recebe visitantes,
mas de forma desordenada. Com a implantação da trilha, alguns poços serão definidos como
locais de banho e receberão estruturas de apoio à visitação, aumentando a segurança e conforto
do visitante, reduzindo o impacto ambiental sobre o rio, bem como, contribuindo para uma melhor
qualidade da água que é captada pela Copasa, a jusante, para abastecimento público de Ouro
Branco.
PÚBLICO ALVO
Famílias com crianças, casais, esportistas, ecoturistas e demais visitantes. É um circuito que

15
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

125
atenderá a praticamente todos os públicos que visitarão o PESOB.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
média distância, banho de rio.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza,
tampouco condicionamento físico privilegiado.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A paisagem que circunda o Ribeirão Veríssimo, próximo às suas nascentes, oferece diversos
elementos a serem trabalhados na interpretação e educação ambiental. O rio em si e os usos
dados a água, informações sobre qualidade das águas do PESOB, processos erosivos e
voçorocamentos, a importância da mata ciliar, etc. A estrutura da trilha proposta prevê que, nos
locais definidos para banho, existam informações voltadas à sensibilização e conscientização para
a conservação dos lugares.

Estradas usadas atualmente o longo do curso d‟água Destaque para uma das
deverão ser fechadas e existem vários poços e estradas que leva ao Ribeirão
recuperadas, evitando-se o algumas pequenas corredeiras Veríssimo e que deverá ser
avanço de processos erosivos que poderão ser utilizadas fechada, facultando o acesso a
como o observado na imagem. pelos visitantes. A imagem caminhantes e ciclistas.
mostra a trilha ao lado do rio.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 95 e 125 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor
entre 1,2 e 1,5 m, declividade inferior a 20% (evitando o uso de degraus) e inclinação lateral de
até 4%. Sem perder as características naturais deverá receber intervenções que a tornem o mais
acessível possível. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem e serem de
pequeno porte. travessia do curso d‟água deverá ser feita por meio de pontes. Trechos
alagados ou com solos muito frágeis deverão receber piso suspenso. As intervenções em Área de

126
Preservação Permanente deverão ser pontuais, limitando-se ao acesso. Estruturas de apoio como
banheiros, bancos, abrigos contra intempéries, deverão estar mais distantes das margens do rio.
Os locais de banho deverão receber sinalização e os visitantes serem informados que apenas
nesses locais a atividade será permitida. Intervenções que impeçam o pisoteio das margens do
curso d‟água e da vegetação deverão ser implementadas.
CAPACIDADE DE SUPORTE
330 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de
estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar disposta em pontos
estratégicos, junto a pontos de parada, locais para banho ou de relevância paisagística e
ambiental. Importante também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, queda de borda nas margens do rio, perda
de vegetação às margens da trilha, introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para
atividades ilegais / indesejáveis, vandalismo, deterioração de fundações de pontes e corrimãos,
perda ou deterioração de sinalização interpretativa e educativa, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper processos
erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, cair de ponte, afogamento, choque de partes do corpo
com árvores, rochas, superfícies de corrimão ou passarela, picada de insetos, picada de animais
peçonhentos, picada de abelhas.

127
n) Circuito Caminhos do Passado

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


641106 / 7731368 1154 metros Ponto de Apoio ao Visitante Biquinha
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
639334 / 7732220 1375 metros PAV Capão Meio do Morro
640321 / 7732260 1342 metros Ponto de Apoio ao Visitante Gruta do Muro
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Circuito 4100 metros de extensão 1 hora e 30 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Retirada de imperfeições do piso,
instalação de degraus e corrimão
em trecho com maior declividade,
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa
instalação de estruturas para
autoguiada e educativa
proteger e valorizar o patrimônio,
fechamento de trilhas
secundárias.
16
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO
Severidade do Meio: Moderadamente severo
Orientação no Percurso: Caminho ou sinalização que indica a continuidade
Condições do Terreno: Percurso por trilhas escalonadas ou terrenos irregulares
Intensidade do Esforço Físico: Esforço moderado
DESCRIÇÃO
Percurso com aproximadamente 4 km de extensão, em formato de circuito, que reúne sítios
arqueológicos e caminhos antigos localizados no interior do PESOB. A trilha tem início na rodovia
MG-129, onde está localizada a Biquinha, podendo ser acessada pela rodovia, pela “Trilha do
ndarilho” e pela “Trilha da opasa”. O percurso segue em direção s ru nas da Fa enda Meio do
Morro onde está prevista a implantação de mirante e de estruturas de suporte ao atrativo. O
percurso tem continuidade em direção ao alto da Serra do Ouro Branco, onde chega ao local em
que existem alguns eucaliptos, após o mata-burro. Antes de alcançar a estrada do alto da serra o
visitante poderá acessar uma variante da trilha que leva à região da Gruta do Muro e ao trecho do
caminho que subia a serra a partir da Fazenda Pé do Morro. A chegada próximo à entrada da
Gruta não pressupõe a visitação da cavidade uma vez que o uso turístico de cavernas requer
Plano de Manejo Espeleológico específico.
PÚBLICO ALVO

16
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

128
Deverá atender os diferentes públicos que visitarão o PESOB. O percurso é pouco acessível por
estar em desnível altimétrico considerável, mas poderá atrair tanto os ecoturistas e aventureiros,
quanto os visitantes de interesse específico motivados pelo conhecimento histórico e
arqueológico. O local tem condições também de receber público pedagógico, devido à facilidade
de estacionamento de veículos como vans e ônibus, no início e término do percurso.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
longa distância, interesse específico em história e arqueologia.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza,
mas requer bom condicionamento físico.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes, visitantes sedentários ou com preparo físico ruim.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Trilha interpretativa que deve, como o próprio nome sugere, fazer com que o visitante realize uma
viagem ao passado, através de caminhos antigos que ajudaram a construir a história da região e,
até mesmo, do país. O visitante poderá observar técnicas de engenharia da época em que a
estrada foi construída, ruínas da Fazenda Meio do Morro, e demais evidências arqueológicas
encontradas no percurso. Por se tratar de uma trilha em desnível considerável, os pontos de
descanso deverão estar atrelados a pontos de interpretação, “obrigando” o visitante a parar sua
caminhada para descanso, contemplação e aprendizado.

Trecho do caminho onde a Muro de pedras no caminho Trecho do caminho onde a


estrada foi escavada no solo. para Fazenda Pé do Morro. rocha foi trabalhada para
receber a estrada.

129
Vista observada a partir das ruínas da Fazenda Meio do Morro.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 95 e 125 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor
entre 1,2 e 1,5 m. Sem perder as características naturais e sem comprometer o patrimônio
histórico, deverá receber intervenções que a tornem o mais acessível possível. As estruturas
deverão estar em equilíbrio com a paisagem e serem de pequeno porte. Estruturas de apoio como
banheiros, bancos, abrigos contra intempéries, deverão estar localizados fora dos sítios
arqueológicos, mas próximos o suficiente da trilha para que sejam usados pelos visitantes.
CAPACIDADE DE SUPORTE
148 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada e interpretativa, a sinalização existente será aquela voltada
a auxiliar o visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a
manutenção de estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar
disposta em pontos estratégicos, junto aos pontos de parada ou de relevância paisagística e
ambiental. Importante também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de passarelas e corrimãos, perda ou deterioração de
sinalização interpretativa, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper processos
erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em declive acentuado, choque de partes do
corpo com árvores, rochas, superfícies de corrimão ou passarela, picada de insetos, picada de
animais peçonhentos, picada de abelhas, mal súbito, exposição excessiva ao Sol.

130
o) Circuito Topo da Serra

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


634087 / 7733552 1536 metros Centro de Visitantes
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
634087 / 7733552 1536 metros Centro de Visitantes
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Circuito 1960 metros de extensão 35 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Adequações para oferecer
Não obrigatória, trilha Sim, indicativa, interpretativa e
acessibilidade plena a todos os
autoguiada educativa
locais, instalação dos mirantes.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO17
Severidade do Meio: Pouco severo
Orientação no Percurso: Caminho e cruzamentos bem definidos
Condições do Terreno: Percurso em superfícies planas
Intensidade do Esforço Físico: Pouco esforço
DESCRIÇÃO
Percurso de média distância, em formato de circuito, com aproximadamente 2 km de extensão,
localizado próximo à Área de Uso Intensivo do PESOB, onde serão implantados Centro de
Visitantes, Restaurante, Praça de Eventos, etc. Pela localização, extensão mediana e
possibilidade de oferecer acessibilidade plena, estará entre as trilhas mais visitadas no PESOB. O
local já oferece boa acessibilidade, sendo necessárias intervenções em pontos específicos. Pela
facilidade de acesso, poderá atrair público diverso, especialmente voltado à contemplação. O
circuito levará a mirantes onde o visitante poderá compreender o que cerca a Unidade de
Conservação, ampliar suas referências de localização e valorizar ainda mais a existência do
PESOB.
PÚBLICO ALVO
Deverá atender às necessidades de todos os usuários do PESOB. Deverá atender inclusive a
portadores de mobilidade reduzida temporária ou definitiva.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
média distância, educação ambiental
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS

17
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

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Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade não exige experiência anterior em caminhadas na natureza,
tampouco condicionamento físico privilegiado.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado, uso de sinalização indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
proposta do “ ircuito Topo da Serra” oferecer ao visitante a possibilidade de conhecer um
pouco mais o que cerca o PESOB. Desse modo ele é convidado a percorrer trilhas que levam a
mirantes. Cada mirante possui um tema específico, que poderá ser abordado a partir da
sinalização interpretativa ou do acesso a conteúdos digitais, bem como, poderá ser ampliado caso
existam passeios guiados por monitores. O circuito passará pelos mirantes Lago Soledade, Miguel
Burnier, Morro do Gabriel e Ouro Branco, sendo indicado que comece e/ou termine, no Centro de
Visitantes, onde o usuário do PESOB encontrará mais elementos para a interpretação guiada e
autoguiada. Será importante que não só os aspectos ambientais sejam trabalhados, mas também
os aspectos econômicos, fenômenos demográficos, fatos históricos, etc.

Trecho do circuito próximo às antenas de Trecho do circuito que leva ao mirante do Lago
telecomunicação. Soledade.

Paisagem observada a partir do mirante do Lago Soledade.

132
Paisagem observada a partir do mirante Ouro Branco.

Vista observada a partir do mirante Miguel Burnier.


CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso ter 0,95 e 2,5 m, altura do corredor entre 2,5 e 3,75 m e largura do
corredor entre 1,8 e 5 m, com declividade inferior a 5% e inclinação lateral de até 1%. Possuirá
características urbanas apesar de estar em ambiente natural, recebendo estruturas necessárias
para que atenda ao uso previsto. O uso da sinalização deverá orientar o usuário quanto à
localização dos mirantes e a posição ponto a ponto, distâncias parciais, indicar quais as atividades
permitidas em cada local. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem. Em pontos
onde existe o risco de queda em altura deverão ser instalados corrimãos e guarda-corpos. O uso
da sinalização deverá evitar o acesso a outras trilhas e impedir a entrada em trilhas onde a
vegetação deva ser recuperada. A utilização das estruturas oferecerá segurança e conforto ao
visitante, como também, reduzirá os impactos ambientais causados pela visitação.
CAPACIDADE DE SUPORTE
924 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem e sensibilizá-lo para a manutenção de
estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar disposta em pontos
estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e ambiental. Importante
também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações das estruturas, perda ou deterioração de sinalização
interpretativa, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper processos
erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em declive acentuado, choque de partes do
corpo com árvores, rochas, superfícies de corrimão ou passarela, picada de insetos, picada de
animais peçonhentos, picada de abelhas, atropelamentos.

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p) Travessia Topo da Serra / Itatiaia

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


634313 / 7733823 1556 metros Ponto de Apoio ao Visitante Antenas
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
645533 / 7733150 1045 metros Controle de Acesso Itatiaia
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
22,7 km de extensão (todos
Travessia 6 horas e 30 minutos
acessos somados)
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Limpeza de piso e corredor,
Trilha autoguiada, mas é
Sim, indicativa, instalação de degraus e corrimão
recomendada a presença de
interpretativa e educativa em trecho com maior declividade,
condutor.
instalação de pontos de descanso.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO18
Severidade do Meio: Severo
Orientação no Percurso: Caminho ou sinalização que indica continuidade
Condições do Terreno: Percurso por trilhas escalonadas ou terrenos irregulares
Intensidade do Esforço Físico: Esforço significativo
DESCRIÇÃO
Percurso longo, de travessia, com mais de 22 km de extensão (somadas todas as trilhas -
principal e secundárias), interligando o topo da Serra do Ouro Branco, onde está a infraestrutura
de Uso Intensivo, com o povoado de Itatiaia, fora do PESOB. O percurso direto, sem trilhas
secundárias, possui aproximadamente 18 km. A travessia procurará utilizar trilhas já existentes e
alguns trechos da estrada do alto da serra (nos locais onde não existem trilhas paralelas). Durante
o trajeto o visitante poderá praticar apenas a caminhada, passando pelos atrativos do PESOB
sem parar ou, deixar o caminho principal, e realizar paradas em locais para banho e mirantes.
PÚBLICO ALVO
Ecoturistas, visitantes com perfil aventureiro, esportistas, pessoas com interesse por caminhadas
longas.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
longa distância, aventura.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS

18
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

134
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade é recomendada para quem possui experiência anterior em
caminhadas na natureza e exige bom condicionamento físico e boa dose de disposição.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes, pessoas sedentárias ou com preparo físico ruim.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Equipamentos específicos para caminhadas de longo curso.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado (mas é recomendado o acompanhamento de condutores), uso de sinalização
indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Por se tratar de uma trilha para travessia, ou seja, com distância longa a ser percorrida, a
interpretação e educação ambiental será pontual, localizada em pontos de descanso e/ou locais
onde pontos de interesse sejam observados, para que consiga cumprir seu papel. Recomenda-se
que material informativo seja criado e disponibilizado para o visitante por meio de guias de campo,
livros temáticos ou aplicativos off-line, para que ele possa fazer sua própria interpretação, nos
momentos que melhor lhe convier. Poderão ser elaborados conteúdos que apontem altitudes e
nomes das principais formações rochosas, que identifiquem plantas e pegadas de animais, que
tragam áudios com relatos de naturalistas que passaram pela região, etc.

Trecho da travessia próximo Destaque para um dos locais Trecho de trilha secundária
ao Rio Garcia, na chegada a onde a trilha deverá receber que poderá ser usada na
Itatiaia. manutenção. travessia.

Paisagem observada ao longo da travessia, ao fundo, no alto, está a estrada do alto da Serra do
Ouro Branco.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 60 e 95 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor entre
1,2 e 1,5 m, declividade máxima de 20% (sem uso de degraus) e inclinação lateral de até 4%.
Sem perder as características naturais deverá receber intervenções que a tornem o mais
acessível possível. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem e serem de

135
pequeno porte. s travessias de curso d‟água deverão ser reali adas por meio de pontes e
passarelas. Trechos alagados ou com solos muito frágeis deverão receber piso suspenso. As
intervenções em Área de Preservação Permanente deverão ser pontuais, limitando-se ao acesso.
Estruturas de apoio como banheiros, bancos, abrigos contra intempéries, deverão estar
localizadas de modo a minimizar danos ambientais.
CAPACIDADE DE SUPORTE
67 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem pontualmente e sensibilizá-lo para a
manutenção de estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar
disposta em pontos estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e
ambiental. Deve-se considerar no projeto de sinalização as dificuldades de navegação geradas
por nevoeiro comum no alto da serra. A sinalização deverá trazer faixas refletoras que possam ser
observadas de longa distância. Importante também que a sinalização indique os usos permitidos
em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de passarelas e corrimãos, perda ou deterioração de
sinalização interpretativa e indicativa, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper processos
erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em desnível acentuado, choque de partes do
corpo com árvores, rochas, superfícies de corrimão ou passarela, picada de insetos, picada de
animais peçonhentos, picada de abelhas, visitante se perder, mal súbito, exposição excessiva ao
Sol.

136
q) Travessia Alto da Serra / Morro do Gabriel

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


Ponto de Apoio ao Visitante Gruta do
639334 / 7732220 1343 metros
Muro
635751 / 7733381 1424 metros
PAV Poço Rio Colônia
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
638197 / 7737256 1311 metros Controle de Acesso Bela Vista
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
16,59 km de extensão (todos
Travessia 4 horas e 45 minutos
os acessos somados)
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Limpeza de piso e corredor,
instalação de degraus e
Trilha autoguiada, mas é
Sim, indicativa, interpretativa e corrimão em trecho com maior
recomendada a presença de
educativa declividade, instalação de
condutor.
pontos de descanso e
mirantes.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO19
Severidade do Meio: Severo
Orientação no Percurso: Caminho ou sinalização que indica continuidade
Condições do Terreno: Percurso por trilhas escalonadas ou terrenos irregulares
Intensidade do Esforço Físico: Esforço significativo
DESCRIÇÃO
Travessia com percurso que interliga a parte alta da Serra do Ouro Branco ao povoado de Morro
do Gabriel. A partir do alto da serra são propostos dois acessos, o primeiro saindo do Ponto de
poio ao Visitante “Gruta do Muro” e, o segundo, saindo de estrada que dá acesso aos primeiros
poços do Rio Colônia. A chegada se dá na estrada não pavimentada que liga Morro do Gabriel a
Itatiaia, no limite Norte do PESOB. São dois trajetos independentes, mas que se unem, podendo o
visitante ir por uma trilha e retornar por outra. O circuito inteiro possui aproximadamente 17 km,
sendo que cada trecho possui em média 8 km. Circuito com dificuldade mediana, apesar da
distância, que oferece ao visitante o contato com a região mais selvagem do PESOB. Nesse
trajeto é possível observar a paisagem por ângulo oposto ao que normalmente é visto a partir da
sede do município de Ouro Branco e a partir do alto da serra. Essa travessia, quando implantada,
poderá contribuir para a integração do povoado do Morro do Gabriel ao PESOB, havendo ganhos
com o fortalecimento da atividade turística responsável.

19
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

137
PÚBLICO ALVO
Ecoturistas, visitantes com perfil aventureiro, esportistas, pessoas com interesse por caminhadas
longas, ciclistas.
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
longa distância, ciclismo de montanha, aventura.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade é recomendada para quem possui experiência anterior em
caminhadas na natureza e exige bom condicionamento físico e boa dose de disposição.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes, pessoas sedentárias ou com preparo físico ruim.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Equipamentos específicos para caminhadas de longo curso.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado (mas é recomendado o acompanhamento de condutores), uso de sinalização
indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Por se tratar de uma trilha para travessia, ou seja, com distância longa a ser percorrida, a
interpretação e educação ambiental será pontual, localizada em pontos de descanso e/ou locais
onde pontos de interesse sejam observados, para que consiga cumprir seu papel. Recomenda-se
que material informativo seja criado e disponibilizado para o visitante por meio de guias de campo,
livros temáticos ou aplicativos off-line, para que ele possa fazer sua própria interpretação, nos
momentos que melhor lhe convier. Poderão ser elaborados conteúdos que apontem altitudes e
nomes das principais formações rochosas, que identifiquem plantas e pegadas de animais, que
tragam áudios com relatos de naturalistas que passaram pela região, fatos históricos importantes
para configuração da paisagem atual, etc.

Ex. de local onde trilhas Exemplo de local onde a trilha Outro exemplo de local onde a
secundárias e atalhos deverão deverá passar por trilha atual requer manutenção.
ser suprimidos. manutenção.

138
Vista observada durante a travessia.

Outro local onde é possível observar áreas mais remotas do PESOB.

Vista da vertente norte da Serra do Ouro Branco, observada durante a travessia.

Outro ponto de observação da paisagem durante a travessia.

Vista a partir da travessia no sentido Morro do Gabriel / Alto da Serra.


CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 60 e 95 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor entre
1,2 e 1,5 m, declividade máxima de 20% (sem uso de degraus) e inclinação lateral de até 4%.
Sem perder as características naturais deverá receber intervenções que a tornem o mais
acessível possível. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem e serem de
pequeno porte. s travessias de curso d‟água deverão ser feitas por meio de pontes e passarelas.
Trechos alagados ou com solos muito frágeis deverão receber piso suspenso. As intervenções em
Área de Preservação Permanente deverão ser pontuais, limitando-se ao acesso. Estruturas de
apoio como banheiros, bancos, abrigos contra intempéries, deverão estar localizadas de modo a
minimizar danos ambientais.
CAPACIDADE DE SUPORTE
55 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem pontualmente e sensibilizá-lo para a
manutenção de estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar
disposta em pontos estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e
ambiental. Deve-se considerar no projeto de sinalização as dificuldades de navegação geradas
por nevoeiro comum no alto da serra. A sinalização deverá trazer faixas refletoras que possam ser
observadas de longa distância. Importante também que a sinalização indique os usos permitidos
em cada local.

139
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de passarelas e corrimãos, perda ou deterioração de
sinalização interpretativa e indicativa, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper processos
erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em desnível acentuado, choque de partes do
corpo com árvores, rochas, superfícies de corrimão ou passarela, picada de insetos, picada de
animais peçonhentos, picada de abelhas, visitante se perder, mal súbito, exposição excessiva ao
Sol.

140
r) Travessia Hargrives / Morro do Gabriel

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


634777 / 7738975 1247 metros Posto de Fiscalização Avançado Hargrives
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
636780 / 7737909 1288 metros Posto de Fisc. Avançado Morro do Gabriel
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Travessia 3670 metros de extensão 1 hora
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Limpeza de piso e corredor,
instalação de degraus e
Trilha autoguiada, mas é corrimão em trecho com maior
Sim, indicativa, interpretativa e
recomendada a presença de declividade, instalação de
educativa
condutor. pontes na travessia de
córregos, instalação de pontos
de descanso.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO20
Severidade do Meio: Moderadamente severo
Orientação no Percurso: Caminho ou sinalização que indica a continuidade
Condições do Terreno: Percurso por trilhas escalonadas ou terrenos irregulares
Intensidade do Esforço Físico: Esforço moderado
DESCRIÇÃO
Travessia entre a região do Hargrives (antiga estação ferroviária) e o povoado de Morro do
Gabriel, com distância de 3670 metros de extensão e nível de dificuldade mediano. O caminho já
consolidado foi, até alguns anos atrás, uma estrada não pavimentada que ligava as duas regiões,
porém, com o desmoronamento dessa estrada em alguns pontos, o trânsito de veículos, inclusive
motos, ficou comprometido. Mesmo a pé o acesso está comprometido, uma vez que é necessário
reali ar uma pequena escalaminhada na travessia de curso d‟água, cujas margens foram levadas
pela enxurrada. O acesso acompanha um vale, entre duas serras, e poderá atrair público que
gosta de caminhar ou pedalar. É possível associar a trilha a um circuito maior, integrando a
estrada não pavimentada que leva a Rodrigo Silva e Miguel Burnier, bem como, a estrada que
leva a Itatiaia e alto da Serra do Ouro Branco, no interior do PESOB.
PÚBLICO ALVO
Ecoturistas, visitantes com perfil aventureiro, esportistas, ciclistas, pessoas com interesse por
caminhadas médias e longas.

20
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

141
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
média e longa distância, ciclismo de montanha, aventura.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade é recomendada para quem possui experiência anterior em
caminhadas na natureza e exige algum condicionamento físico e boa dose de disposição.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes, pessoas sedentárias ou com preparo físico ruim.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Equipamentos específicos para caminhadas de longo curso e ciclismo de montanha.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado (mas é recomendado o acompanhamento de condutores), uso de sinalização
indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Por se tratar de uma travessia de média distância, a característica interpretativa poderá estar mais
presente no percurso. Temas associados à atividade minerária, ao histórico econômico e social da
região, à presença da ferrovia, poderão ser trabalhados. Recomenda-se que material informativo
seja criado e disponibilizado para o visitante por meio de guias de campo, livros temáticos ou
aplicativos off-line, para que ele possa fazer sua própria interpretação, nos momentos que melhor
lhe convier. Poderão ser elaborados conteúdos que apontem altitudes e nomes das principais
formações rochosas, que identifiquem plantas e pegadas de animais, que tragam áudios com
relatos de naturalistas que passaram pela região, etc.

Exemplo de local onde a Local de travessia do curso Outro trecho da travessia onde
estrada antiga sofreu d'água ao longo da trilha, a estrada antiga exige
desmoronamento. necessidade de ponte. manutenção.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 60 e 95 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor entre
1,2 e 1,5 m, declividade máxima de 20% (sem uso de degraus) e inclinação lateral de até 4%.
Sem perder as características naturais deverá receber intervenções que a tornem o mais
acessível possível. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem e serem de
pequeno porte. s travessias de curso d‟água deverão ser feitas por meio de pontes e passarelas.
Trechos alagados ou com solos muito frágeis deverão receber piso suspenso. As intervenções em

142
Área de Preservação Permanente deverão ser pontuais, limitando-se ao acesso. Estruturas de
apoio como banheiros, bancos, abrigos contra intempéries, deverão estar localizadas de modo a
minimizar danos ambientais. Deve-se estudar a viabilidade de uso do acesso por moradores da
região a cavalo ou moto, uma vez que era uma estrada de uso regular e que reduz sobremaneira
a distância entre Hargrives e Morro do Gabriel. O acesso poderá ser utilizado também pela equipe
de colaboradores do PESOB.
CAPACIDADE DE SUPORTE
63 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem pontualmente e sensibilizá-lo para a
manutenção de estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar
disposta em pontos estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e
ambiental. Importante também que a sinalização indique os usos permitidos em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de pontes e corrimãos, perda ou deterioração de
sinalização interpretativa e indicativa, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper processos
erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em desnível acentuado, choque de partes do
corpo com árvores, rochas, superfícies de corrimão ou passarela, picada de insetos, picada de
animais peçonhentos, picada de abelhas, ataque de animais domésticos, visitante se perder.

143
s) Travessia Rodeio / Morro do Gabriel

PONTO DE INÍCIO ALTITUDE REFERÊNCIA


634142 / 7737968 1007 metros Centro de Pesquisa Rodeio
PONTO DE TÉRMINO ALTITUDE REFERÊNCIA
636780 / 7737909 1288 metros Posto de Fisc. Avançado Morro do Gabriel
FORMATO DISTÂNCIA TEMPO DE DURAÇÃO
Travessia 5070 metros de extensão 1 hora e 40 minutos
MAPA ILUSTRADO DO PERCURSO

PRESENÇA DE CONDUTOR SINALIZAÇÃO ESTRUTURA DE APOIO


Limpeza de piso e corredor,
instalação de degraus e
Trilha autoguiada, mas é corrimão em trecho com maior
Sim, indicativa, interpretativa e
recomendada a presença de declividade, instalação de
educativa
condutor. pontes na travessia de
obstáculos, instalação de
pontos de descanso.
CLASSIFICAÇÃO DO PERCURSO21
Severidade do Meio: Moderadamente severo
Orientação no Percurso: Caminho ou sinalização que indica a continuidade
Condições do Terreno: Percurso por trilhas escalonadas ou terrenos irregulares
Intensidade do Esforço Físico: Esforço moderado
DESCRIÇÃO
Travessia entre a região da Fazenda Rodeio e o povoado de Morro do Gabriel, com distância de
aproximadamente 5 km de extensão e nível de dificuldade elevado. O percurso proposto utiliza
leito de antiga estrada não pavimentada, já abandonada, que interligava os dois locais no período
de mineração intensa na região. O acesso acompanha curvas de nível em relevo pouco
acentuado até adentrar mata que envolve a sede da Fazenda Rodeio. É possível associar a trilha
a um circuito maior, integrando a estrada não pavimentada que leva a Rodrigo Silva e Miguel
Burnier, bem como, a estrada que leva a Itatiaia e alto da Serra do Ouro Branco, no interior do
PESOB. É possível ainda trabalhar aspectos da conservação e pesquisa, uma vez que estará
próxima ao Centro de Pesquisa a ser implantado na Fazenda Rodeio.
PÚBLICO ALVO
Ecoturistas, visitantes com perfil aventureiro, esportistas, pessoas com interesse por caminhadas
médias e longas, pesquisadores.

21
Classificação de Percursos de Caminhada de acordo com a Norma ABNT NBR 15505-2.

144
USO A QUE SE DESTINA
Contato com a natureza, observação de vida silvestre, observação da paisagem, caminhada de
média e longa distância, pesquisa.
PRÉ REQUISITOS PARA USUÁRIOS
Preenchimento de Termo de Conhecimento de Riscos, contratação de seguro de acidentes
pessoais no momento de credenciamento (recomendado), respeito às normas de utilização da
Unidade de Conservação. A atividade é recomendada para quem possui experiência anterior em
caminhadas na natureza e exige algum condicionamento físico e boa dose de disposição.
RESTRIÇÕES A USUÁRIOS
Estado pós-operatório recente, mulheres grávidas, visitantes que apresentem sinais de
embriaguez ou consumo de entorpecentes, pessoas sedentárias ou com preparo físico ruim.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS AOS USUÁRIOS
Calçado apropriado para caminhada (recomenda-se que seja fechado);
Vestimenta que assegure proteção, mobilidade e conforto no local visitado.
Equipamentos específicos para caminhadas de longo curso.
Obs.: recomenda-se que os visitantes levem, durante a atividade, recipiente com água. O visitante
deve ser informado que a não utilização dos equipamentos recomendados amplia as
possibilidades de ocorrência de acidentes.
DINÂMICA DE VISITAÇÃO
a) Horários:
08:00 às 17:00h
b) Tamanho dos Grupos:
De acordo com o estabelecido pela capacidade de suporte.
c) Características:
Percurso autoguiado (mas é recomendado o acompanhamento de condutores), uso de sinalização
indicativa e interpretativa para orientar o visitante.
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Por se tratar de uma travessia de média distância, a característica interpretativa poderá estar mais
presente no percurso. Temas associados à atividade minerária, ao histórico econômico e social da
região, à presença da ferrovia, a história da Fazenda Rodeio, poderão ser trabalhados.
Recomenda-se que material informativo seja criado e disponibilizado para o visitante por meio de
guias de campo, livros temáticos ou aplicativos off-line, para que ele possa fazer sua própria
interpretação, nos momentos que melhor lhe convier. Poderão ser elaborados conteúdos que
apontem altitudes e nomes das principais formações rochosas, que identifiquem plantas e
pegadas de animais, que tragam áudios com passagens históricas que caracterizem o período em
que a Fazenda Rodeio abrigava os engenheiros alemães, entre outros fatos relevantes da região.

Paisagem observada durante a travessia. Trecho da antiga estrada em meio à mata.

145
Local próximo ao Morro do Gabriel onde existe uma grande voçoroca. A travessia passa ao lado.
CARACTERÍSTICAS DO PERCURSO
Trilha com largura de piso entre 60 e 95 cm, altura do corredor de 2,5 m, largura do corredor entre
1,2 e 1,5 m, declividade máxima de 20% (sem uso de degraus) e inclinação lateral de até 4%.
Sem perder as características naturais deverá receber intervenções que a tornem o mais
acessível possível. As estruturas deverão estar em equilíbrio com a paisagem e serem de
pequeno porte. s travessias de curso d‟água deverão ser feitas por meio de pontes e passarelas.
Trechos alagados ou com solos muito frágeis deverão receber piso suspenso. As intervenções em
Área de Preservação Permanente deverão ser pontuais, limitando-se ao acesso. Estruturas de
apoio como banheiros, bancos, abrigos contra intempéries, deverão estar localizadas de modo a
minimizar danos ambientais.
CAPACIDADE DE SUPORTE
65 pessoas por dia.
SINALIZAÇÃO
Pelo fato de ser uma trilha autoguiada, a sinalização existente será aquela voltada a auxiliar o
visitante em seu deslocamento, interpretar a paisagem pontualmente e sensibilizá-lo para a
manutenção de estruturas e de lugares da forma que encontrar. A sinalização deverá estar
disposta em pontos estratégicos, junto a pontos de parada ou de relevância paisagística e
ambiental. Deve-se considerar no projeto de sinalização as dificuldades de navegação geradas
por nevoeiro comum no alto da serra. A sinalização deverá trazer faixas refletoras que possam ser
observadas de longa distância. Importante também que a sinalização indique os usos permitidos
em cada local.
MONITORAMENTO
Erosão e carreamento do solo, compactação do solo, perda de vegetação às margens da trilha,
introdução de espécies invasoras, lixo, uso da trilha para atividades ilegais / indesejáveis,
vandalismo, deterioração de fundações de pontes e corrimãos, perda ou deterioração de
sinalização interpretativa e indicativa, perda de degraus, etc.
MANUTENÇÃO
Executar programa de inspeção das instalações e manutenção preventiva das estruturas. Efetuar
trocas e reparos de peças da estrutura sempre que necessário. Importante recuperar a vegetação
às margens da trilha e manter a já existente, recuperar áreas degradadas, interromper processos
erosivos já existentes.
PERIGOS E RISCOS
Escorregar, tropeçar, cair da própria altura, queda em desnível acentuado, choque de partes do
corpo com árvores, rochas, superfícies de corrimão ou passarela, picada de insetos, picada de
animais peçonhentos, picada de abelhas, ataque de animais selvagens e domésticos, visitante se
perder.

146
Capacidade de suporte das trilhas

O objetivo da definição da capacidade de suporte é estabelecer, através de parâmetros técnicos,


o número máximo de visitantes que um determinado local pode ou deve receber, levando-se em
consideração por um lado as necessidades da Unidade de Conservação (condições físicas,
biológicas e de manejo) e, de outro, as necessidades dos visitantes (conforto, segurança,
qualidade da experiência, etc.).

As propostas de capacidade de suporte para o Parque Estadual Serra do Ouro Branco foram
baseadas nas metodologias de Miguel Cifuentes e Recreation Opportunities Spectrum (ROS)
(Espectro das Oportunidades de Recreação). A escolha leva em consideração a experiência de
uso de tais métodos, o foco em ambientes como Unidades de Conservação e a possibilidade de
mesclar, em um mesmo processo, a objetividade das fórmulas matemáticas e a subjetividade da
percepção das expectativas dos diferentes perfis de usuários.

Capacidade de Suporte
Capacidade de Carga Física (CCF) = (Superfície total da área (ST)/Superfície ocupada por um
visitante (SV)) x (Tempo total diário de abertura da área de visitação (TT)/Tempo requerido para
uma visita(TV))
Capacidade de Carga Real (CCR) = (CCF x diferentes Fatores de Correção – ambientais,
biofísico, de manejo, etc.)
Capacidade de Carga Efetiva (CCE) = (CCR x Capacidade de Manejo (CM))

a) Trilha da Canela de Ema


Capacidade de Carga Física:
CCF = 5500/1 x 480/180 = 14.667 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 14.667 x 0,3(FCsocial) x 0,3(FCbiofísico) x 0,3(FCacessibilidade) = 396 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 396 x 0,4(capacidade de manejo sugerida) = 158 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

b) Trilha do Paredão
Capacidade de Carga Física:
CCF = 4300/1 x 480/180 = 11.467 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 11.467 x 0,5(FC social) x 0,5(FCbiofísico) x 0,1(FCacessibilidade) = 287 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 287 x 0,4(capacidade de manejo sugerida) = 115 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

c) Trilha Mirante do Cruzeiro


Capacidade de Carga Física:
CCF = 888/1 x 480/50 = 8.525 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 8.525 x 0,4(FC social) x 0,5(FCbiofísico) x 0,6(FCacessibilidade) = 1.023 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 1.023 x 0,15(capacidade de manejo sugerida) = 153 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

147
d) Trilha Mirante da Estrada
Capacidade de Carga Física:
CCF = 180/1 x 480/25 = 3.456 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 3.456 x 0,8(FC social) x 0,3(FCbiofísico) x 0,5(FCacessibilidade) = 415 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 415 x 0,4(capacidade de manejo sugerida) = 166 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

e) Trilha Mirante do Sofá


Capacidade de Carga Física:
CCF = 420/1 x 480/30 = 6.720 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 6.720 x 0,7(FC social) x 0,5(FCbiofísico) x 0,5(FCacessibilidade) = 1.176 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 1.176 x 0,2(capacidade de manejo sugerida) = 235 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

f) Trilha do Cooper
Capacidade de Carga Física:
CCF = 3.860/1,5 x 840/90 = 20.014 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 20.014 x 0,4(FC social) x 0,5(FCbiofísico) x 0,7(FCacessibilidade) = 2.802 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 2.802 x 0,3(capacidade de manejo sugerida) = 841 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

g) Trilha Cachoeira Jesuítas


Capacidade de Carga Física:
CCF = 2.000/1 x 480/160 = 6.000 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 6.000 x 0,3(FC social) x 0,3(FCbiofísico) x 0,3(FCacessibilidade) = 162 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 162 x 0,4(capacidade de manejo sugerida) = 65 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

h) Trilha da Copasa
Capacidade de Carga Física:
CCF = 3.400/1,5 x 480/60 = 18.136 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 18.136 x 0,3(FC social) x 0,5(FCbiofísico) x 0,5(FCacessibilidade) = 1.360 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 1.360 x 0,1(capacidade de manejo sugerida) = 136 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

i) Trilha Topo da Serra / 1º. Poço do Rio Colônia


Capacidade de Carga Física:

148
CCF = 3.300/1 x 480/180 = 8.800 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 8.800 x 0,3(FC social) x 0,3(FCbiofísico) x 0,2(FCacessibilidade) = 158 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 158 x 0,5(capacidade de manejo sugerida) = 80 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

j) Trilha do Rio Colônia


Capacidade de Carga Física:
CCF = 900/1,5 x 480/255 = 1.125 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 1.125 x 0,8(FC social) x 0,7(FCbiofísico) x 0,5(FCacessibilidade) = 315 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 315 x 0,8(capacidade de manejo sugerida) = 252 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

k) Trilha do Andarilho
Capacidade de Carga Física:
CCF = 6.500/1,2 x 480/180 = 14.463 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 14.463 x 0,5(FC social) x 0,5(FCbiofísico) x 0,5(FCacessibilidade) = 1.808 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 1.808 x 0,3(capacidade de manejo sugerida) = 542 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

l) Trilha Muro de Pedra


Capacidade de Carga Física:
CCF = 1550/1,5 x 480/100 = 4.960 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 4.960 x 0,6(FC social) x 0,3(FCbiofísico) x 0,4(FCacessibilidade) = 357 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 357 x 0,5(capacidade de manejo sugerida) = 179 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

m) Circuito das Águas


Capacidade de Carga Física:
CCF = 3.460/1 x 480/255 = 6.512 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 6.512 x 0,6(FC social) x 0,3(FCbiofísico) x 0,4(FCacessibilidade) = 470 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 470 x 0,7(capacidade de manejo sugerida) = 330 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

n) Circuito Caminhos do Passado


Capacidade de Carga Física:
CCF = 4100/1 x 480/200 = 9.840 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:

149
CCR = 9.840 x 0,5(FC social) x 0,3(FCbiofísico) x 0,2(FCacessibilidade) = 295 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 295 x 0,5(capacidade de manejo sugerida) = 148 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

o) Circuito Topo da Serra


Capacidade de Carga Física:
CCF = 1960/1,5 x 480/95 = 6.600 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 6.600 x 0,7(FC social) x 0,5(FCbiofísico) x 0,8(FCacessibilidade) = 1.848 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 1.848 x 0,5(capacidade de manejo sugerida) = 924 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

p) Travessia Topo da Serra / Itatiaia


Capacidade de Carga Física:
CCF = 22.700/1 x 480/390 = 27.938 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 27.938 x 0,2(FC social) x 0,3(FCbiofísico) x 0,2(FCacessibilidade) = 335 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 335 x 0,2(capacidade de manejo sugerida) = 67 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

q) Travessia Alto da Serra / Morro do Gabriel


Capacidade de Carga Física:
CCF = 16.590/1 x 480/345 = 23.082 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 23.082 x 0,2(FC social) x 0,3(FCbiofísico) x 0,2(FCacessibilidade) = 277 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 277 x 0,2(capacidade de manejo sugerida) = 55 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

r) Travessia Hargrives / Morro do Gabriel


Capacidade de Carga Física:
CCF = 3.670/1 x 480/90 = 19.573 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 19.573 x 0,2(FC social) x 0,4(FCbiofísico) x 0,2(FCacessibilidade) = 313 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:
CCE = 313 x 0,2(capacidade de manejo sugerida) = 63 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

s) Travessia Rodeio / Morro do Gabriel


Capacidade de Carga Física:
CCF = 5.070/1 x 480/120 = 20.280 pessoas/dia
Capacidade de Carga Real:
CCR = 20.280 x 0,2(FC social) x 0,4(FCbiofísico) x 0,2(FCacessibilidade) = 324 pessoas/dia
Capacidade de Carga Efetiva:

150
CCE = 324 x 0,2(capacidade de manejo sugerida) = 65 pessoas/dia

Observação: O valor sugerido refere-se à capacidade de carga efetiva e é considerado tomando-


se como referência a trilha já implementada.

Capacidade efetiva do Parque Estadual Serra do Ouro Branco

Considerando implementadas todas as estruturas propostas, todos os vinte percursos e o número


estimado de usuários flutuantes em visita ao Centro de Visitantes, Restaurante, Praça de Eventos,
Espaço Ecumênico, entre outros locais da UC, a capacidade de suporte proposta para o PESOB é
de até 5.000 pessoas/dia. Vale ressaltar que, caso a UC venha alcançar essa capacidade de
recepção de visitantes, o número de usuários estará diluído tanto em lugares, quanto em horas ao
longo do dia. Vale destacar também que a capacidade de suporte acima da média de outras UCs
estaduais, de mesma categoria, será diretamente influenciada pelos percursos “Trilha do ooper”
e “Trilha do ndarilho” que possuem caracter sticas espec ficas. O “ ircuito Topo da Serra”, outro
percurso que também impacta na capacidade de carga efetiva do PESOB, está localizado na área
nobre para o uso público da UC, onde estarão todas as principais estruturas de atendimento aos
visitantes. É fundamental que exista um monitoramento periódico que venha ratificar a proposta
ou sugerir alterações.

Indicadores para monitoramento

Antes de definir indicadores para monitoramento é importante que a equipe responsável pelo
acompanhamento e avaliação tenha respostas claramente definidas para: (1) o porquê do
monitoramento, (2) o que será monitorado, (3) com qual frequência será monitorado, (4) quem
será responsável pelo monitoramento, (5) quais recursos humanos, materiais e financeiros serão
exigidos para o monitoramento, (6) qual matriz de avaliação será utilizada para o monitoramento,
(7) onde e como serão armazenadas as informações resultantes do monitoramento, (8) como a
informação será utilizada.
seguir são sugeridos indicadores baseados na publicação “Planejamento, Implantação e Manejo
de Trilhas em Unidades de onservação” da Fundação O Boticário, que poderão ser usados para
monitoramento da capacidade de suporte do PESOB:

a) Impactos Biofísicos:
- Erosão e transporte de solo;
- ontaminação de rios e outros corpos d‟água por sedimentação;
- Pisoteio e perda de vegetação ao longo de trilhas e áreas de concentração de visitantes;
- Introdução de espécies invasoras ao longo de trilhas e áreas de concentração de visitantes;
- Aumento do acesso às áreas que concentram uso público de espécies predadoras ou
indesejáveis;
- Perturbações / deslocamento de vida selvagem;
- Mudança de hábitos de exemplares da fauna;
- Fragmentação de hábitats;
- Poluição de solo e subsolo por resíduos de estruturas como sanitários, restaurante e loja;
- Retirada de exemplares de flora.

b) Impactos Sociais:
 Conflitos entre usuários;
 Conflitos entre a comunidade e usuários;
 Descarte irregular de rejeitos (lixo);
 Insatisfação com a experiência de visitação;
 Uso de trilhas e estruturas para atividades ilegais / indesejáveis (caça, extrativismo, fogo,
uso de entorpecentes, etc.);
 Vandalismo;
 Uso indevido, não ordenado ou intensivo de trilhas e estruturas;
 Acesso clandestino à Unidade de Conservação;

151
 Ocorrências envolvendo acidentes ou quase acidentes nos trechos onde modalidades
diferentes de transporte utilizam a mesma via;
 Ocorrências de violência contra pessoa e patrimônio.

c) Outros:
 Alargamento de piso e corredor em trilhas;
 Abertura irregular de novas trilhas;
 Rebaixamento de piso de trilhas;
 Concentração de fluxo de água no piso das trilhas;
 Perda de borda crítica em trilhas;
 Ruptura de taludes;
 Entupimento por sedimentos, folhas, galhos de drenos, barragens de água e bueiros;
 Deterioração de estruturas como bancos, pontes, corrimão, parapeito, passarelas,
escadas, abrigos, quiosques, sanitários, mirantes, etc.;
 Perda ou deterioração de sinalização educativa, indicativa e interpretativa.

O “Roteiro Metodológico para Manejo de Impactos da Visitação”, elaborado em 2011, pelo


Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, apresenta ferramentas de
planejamento e acompanhamento das atividades de uso público no interior de UCs e deve ser
utilizado também como referência na elaboração de procedimentos para monitoramento do
impacto da visitação no PESOB.

Procedimentos para reavaliar e redefinir regularmente a capacidade de suporte

Para que sejam propostos procedimentos para reavaliação e redefinição da capacidade de


suporte sugerida, deve-se considerar as sugestões de indicadores de monitoramento citados
anteriormente, o equilíbrio entre uso e conservação e a satisfação do visitante. Importante que
após a implantação de estruturas e trilhas seja criado um marco zero do uso com o registro de
informações associadas aos indicadores definidos.

Recomenda-se que esses aspectos sejam monitorados e que uma planilha de dados seja
alimentada, sendo possível realizar comparações e análises periodicamente. É essencial que
mudanças nos valores da capacidade de suporte, adaptações de estruturas, manutenção de
trilhas, etc., sejam realizadas logo que algum problema for identificado.

É interessante que cada funcionário e prestador de serviços tenha um bloco, fichário ou


documento avulso onde possa registrar não conformidades, ocorrências, incidentes, acidentes,
ações preventivas e ações corretivas. Essas informações devem ser sistematizadas regularmente
servindo como pauta de reuniões entre gestores das Unidades de Conservação, corpo de
funcionários e prestadores de serviços.

Orientações para gestão dos acessos

O Parque Estadual Serra do Ouro Branco conta ainda com estradas não pavimentadas que
servem de acesso para comunidades em seu entorno, bem como, é atravessado pela rodovia
estadual MG-129 no trecho Ouro Branco / Ouro Preto. Visando contribuir para a gestão do fluxo
nesses acessos recomenda-se que a gerência da UC adote o seguinte critério:
A) Acessos que começam e terminam no interior da UC – A gerência do PESOB deve determinar
os usos, de acordo com as propostas e recomendações que constam no Plano de Manejo da UC.
Ex.: estrada do alto da Serra do Ouro Branco;
B) Acessos que apenas começam ou terminam no interior da UC – A gerência do PESOB deve
estabelecer procedimentos que atendam às necessidades da UC e atendam às necessidades dos
usuários, principalmente moradores da região. O poder de intervenção será menor, mas deve
existir. Ex.: estrada que liga Itatiaia e Morro do Gabriel ao alto da Serra do Ouro Branco;

152
C) Acessos que não começam nem terminam no interior da UC, apenas passam por ela – A
gerência do PESOB terá pouco poder de intervenção na dinâmica de uso desses acessos,
entretanto, poderá propor e recomendar mudanças junto aos órgãos competentes (ex.: DER-MG)
e/ou solicitar apoio do Ministério Público e demais órgãos públicos que venham ser parceiros. Ex.:
rodovia estadual MG-129 no trecho que passa pelo interior da UC.
A partir dos critérios sugeridos e dos parâmetros e procedimentos para realização de atividades
de Uso Público no PESOB, a gerência da UC contará com referências para avaliar as solicitações
que por ventura forem apresentadas, por terceiros, para a realização de eventos esportivos,
educativos, religiosos, ou de qualquer natureza, nas vias de acesso existentes no interior do
Parque Estadual Serra do Ouro Branco. Atividades regulares como a Caminhada da
Inconfidência, a Festa de Nossa Senhora Aparecida, as travessias a cavalo e as competições
esportivas como Rali, Trekking de Regularidade e Corridas de Montanha estarão enquadradas
nesses eventos e deverão seguir as diretrizes estabelecidas e previstas neste documento.
Recomenda-se que nenhuma via de acesso tenha seu fluxo paralisado ou interrompido para
atender a uma demanda específica do Uso Público, uma vez que a UC deverá continuar
atendendo os demais visitantes, que não devem ser impactados pela realização de eventos
pontuais. No entanto caso isto seja necessário, deve-se solicitar autorização da gerencia da UC.
Outro serviço a ser destacado é o de transporte público no interior do PESOB. Conforme já
descrito neste documento, recomenda-se que a UC, gradativamente, desestimule o trânsito de
veículos particulares no interior do PESOB, a partir da oferta de alternativas de transporte. Uma
das alternativas propostas é o serviço de transporte público que percorra a estrada do alto da
Serra do Ouro Branco, a partir do trevo com a rodovia MG-129, chegando também à região onde
está localizada a sede da Copasa, na mesma rodovia. Essa linha poderá, inclusive, partir da sede
do município de Ouro Branco, fazendo a linha Ouro Branco / PESOB.

O veículo deverá possuir características tecnológicas que reduzam ruídos, emissão de gases e
uso de combustíveis fósseis. Será fundamental para o sucesso da proposta que o transporte
ofereça a imagem de “Ve culo Verde” ou “Ve culo Sustentável”, alinhando-se a proposta de
criação da UC. Deverá oferecer informações aos usuários sobre os atrativos e pontos de parada
(Ponto de Apoio ao Visitante) ao longo do percurso, devendo contar com monitores a bordo que
possam interpretar a paisagem observada e oferecer aos visitantes mais informações sobre a UC.
O veículo deverá ser silencioso, confortável e possuir janelas que favoreçam a observação da
paisagem. Caso seja viável, o veículo deverá possuir um primeiro andar fechado e climatizado e
um segundo andar aberto, como os ônibus panorâmicos (double deck) encontrados em algumas
cidades do Brasil ou no Parque Nacional do Iguaçu, por exemplo.

Propõe-se que o veículo faça o trajeto no interior do PESOB várias vezes ao dia, propiciando ao
visitante usá-lo mais de uma vez ao longo da visita. O usuário descerá no Ponto de Apoio ao
Visitante mais próximo do local que deseja visitar, podendo retornar ao transporte para ir embora
ou para seguir até um próximo ponto. O serviço será terceirizado, podendo se tornar um grande
atrativo do PESOB, uma vez que não existe oferta similar nos Parques Estaduais de Minas
Gerais. A tarifação, ou não, do serviço será definida após estudo de viabilidade específico.

Importante que o veículo possua equipamento para transporte de bicicletas, bem como, bagageiro
para que os visitantes que forem realizar travessias ou acampar no interior do PESOB, possam
colocar mochilas e demais equipamentos. O transporte poderá circular inicialmente apenas nos
finais de semana, ampliando os horários e a frequência de dias a partir do aumento da demanda.
O tamanho e capacidade de passageiros do transporte dependerá, principalmente, das condições
da estrada, em especial no alto da Serra do Ouro Branco. A possibilidade de implantação de
transporte deverá ser considerada em projetos de manutenção ou modificação do traçado da
estrada.

O veículo utilizado para transporte deverá fornecer serviço de bordo e guia ou condutor intérprete.
Ter embarque principal na Estrutura de Recepção MG-129 (no interior do PESOB) e/ou na sede
dos municípios de Ouro Branco e Ouro Preto, com pontos de paradas em pontos estratégicos
para acesso a sítios de interesse (tais locais no interior do PESOB já estão definidos na proposta
de uso público), com oferta de algum serviço ou atividade. Poderão ser comercializados bilhetes

153
com validade para sete dias e com direito a cinco embarques e desembarques, por exemplo, de
modo que os turistas possam desembarcar em um local, permanecer por horas ou por dias, e
voltarem ao transporte sem novas despesas. Essa flexibilidade dará maior liberdade ao turista,
bem como, ampliará sua permanência na região.

Procedimentos de Comunicação e Consulta para a Gestão do Uso Público

comunicação tanto interna, quanto e terna , em geral, o “calcanhar de quiles” de boa parte
das organizações. É um ponto delicado e que muitas vezes é tido como causa de falhas em
diferentes áreas. O emprego de estratégias de comunicação que façam chegar a colaboradores,
visitantes, fornecedores, parceiros e demais partes interessadas, as informações desejadas, deve
ser prioridade para a gerência do Parque Estadual Serra do Ouro Branco. Do mesmo modo,
devem ser criados mecanismos que possibilitem à UC ouvir opiniões, críticas e sugestões por
parte de seus usuários.

O Parque Estadual Serra do Ouro Branco deve assegurar que as informações referentes à
segurança, manejo da visitação, normas e regulamentos internos, sejam disponibilizadas aos
visitantes antes e logo que adentrem a área compreendida pela UC. Essas informações poderão
ser disponibilizadas no site oficial do PESOB, em sinalização localizada em pontos estratégicos da
Unidade de Conservação, em material promocional confeccionado, no termo de conhecimento de
riscos preenchido pelos usuários, nas explicações anteriores ao início das atividades, na
formalização de reservas junto a agências e operadoras, etc.

O Parque Estadual Serra do Ouro Branco deve disponibilizar aos seus visitantes, formulários de
consulta, onde possam ser registradas as percepções sobre a qualidade do trabalho
desenvolvido, a qualidade de equipamentos e estruturas, a satisfação quanto a experiência vivida
no interior da UC, as percepções sobre a segurança. Os registros de tais consultas deverão ser
processados e analisados regularmente, sendo utilizados como insumo para processos de
melhoria contínua da gestão da Unidade de Conservação.

Parcerias para operacionalização do Uso Público

Diversos são os mecanismos de operacionalização e manutenção da infraestrutura voltada ao uso


público no interior do PESOB, cabendo ao órgão gestor, Instituto Estadual de Florestas de Minas
Gerais, optar pela melhor opção. As parcerias com ONGs e OSCIPs, as parcerias público-
privadas, a terceirização de partes ou de toda a gestão do uso público, são algumas das
possibilidades a serem estudadas. Independente do modelo de gestão adotado, deve-se pensar
também na sustentabilidade econômica das áreas protegidas, uma vez que o pleno
funcionamento demandará um considerável aporte de recursos financeiros, humanos e
tecnológicos. Ainda que a Unidade de Conservação não tenha que gerar lucro, não é incorreto
esperar que a mesma consiga gerar receita que contribua para sua própria manutenção. A seguir
são destacados exemplos de mecanismos de operacionalização e manutenção que poderão ser
adotados pelo PESOB:

A – Operacionalização e Manutenção Direta por parte da Administração da Unidade de


Conservação
É importante que a operacionalização e manutenção direta pela administração do PESOB seja
focada em atividades inerentes à gestão do Parque Estadual, uma vez que o corpo de
funcionários é, em geral, restrito. Sugere-se que funcionários administrativos concursados ou
contratados pelo IEF trabalhem no plano estratégico ou tático, gerenciando processo e pessoas,
planejando e tomando decisões. Tarefas ligadas ao envolvimento da UC com as comunidades do
entorno, fiscalização, combate a incêndio, fomento e acompanhamento a projetos de pesquisa,
desenvolvimento de produtos e serviços voltados ao uso público, divulgação e promoção do
PESOB, devem ficar sob responsabilidade da Administração.

Serviços como limpeza, manutenção e vigilância, bem como, lojas, condução de grupos,
alimentação, devem ser terceirizados. No primeiro caso (limpeza, manutenção e vigilância)

154
poderão ser utilizados recursos originados da cobrança de taxas por usos conflitantes no interior
da UC como, por exemplo, passagem de rede de alta tensão, instalação de antenas repetidoras,
etc., e os recursos provenientes de compensações ambientais. Poderão ainda ser utilizados
recursos originados da cobrança de ingressos, por exemplo. Já o segundo grupo de serviços
poderá ser terceirizado a partir de dispositivos previstos em lei, como a concessão, permissão ou
autorização.

B – Gestão Compartilhada com Entidade do Terceiro Setor


Alternativa onde uma organização, sem fins lucrativos, recebe mensalmente um montante de
recursos financeiros necessário à administração do patrimônio e manutenção do quadro de
funcionários da Unidade de Conservação. O recurso é repassado pelo Instituto Estadual de
Florestas ou por uma empresa, por exemplo, que possua interesse espontâneo de apoiar a causa
conservacionista ou esteja obrigada a cumprir obrigações legais (termos de ajustamento de
conduta, medidas compensatórias, etc.). A organização, fica obrigada a prestar contas e atingir as
metas estipuladas pela administração pública.

O sucesso da utilização desse mecanismo fica condicionado à experiência administrativa da


organização contratada. É fundamental que a organização do terceiro setor possua experiência
administrativa, mas principalmente, possua conhecimento da dinâmica do mercado de lazer e
turismo. Nesse modelo não há risco para a organização, pois receberá o recurso mensalmente,
independente o desempenho e dos resultados. Sendo assim, deverão ser estipuladas metas e
indicadores a serem alcançados. O processo deve exigir a implementação de procedimentos de
melhoria contínua de competências pessoais, estruturas, serviços e atividades.

C - Concessão para Único Empreendedor


Outra alternativa para administração, operacionalização e manutenção dos serviços e atividades
de uso público no interior do PESOB é a concessão para um único empreendedor, ou seja, uma
única empresa licitada, fica responsável pela gestão do uso público da UC. Para isso, precisará
encontrar mecanismos de cobrança por serviços e produtos que lhe permitam investir e auferir
lucro. Diferente da alternativa B, é uma opção de risco para o investidor que poderá encontrar
estruturas já prontas para o uso ou necessitará investir na construção das mesmas para futura
operação. Um processo como esse deverá ser precedido da elaboração de Plano de Negócio que
apontará ao investidor a viabilidade técnica e financeira da proposta. Esse tipo de concessão
exige um contrato de 15, 20, 25 anos, tempo necessário para que, nas projeções otimistas, o
investimento seja recuperado e a rentabilidade seja alcançada.

D – Concessões, Permissões e/ou Autorizações Múltiplas


A operacionalização de alguns serviços como restaurante e loja de souvenires, foge dos objetivos
de criação de um Parque Estadual, mas, ao mesmo tempo, é essencial no conjunto de estruturas
que compõem o uso de uma Unidade de Conservação aberta à visitação pública. Estimular que
empreendedores locais sejam responsáveis pela administração de atividades e serviços é salutar,
entretanto, deve-se considerar, em primeiro lugar, a capacidade de execução e atendimento aos
padrões de qualidade exigidos pela UC.

Esses modelos de terceirização, com múltiplas concessões, permissões e/ou autorizações, vêm
sendo aplicados em muitas Unidades de Conservação no país. Poderão ser terceirizados, de
forma separada, portaria, serviço de alimentação, loja de produtos, aluguel de equipamentos,
serviço de condução de visitantes, realização de atividades culturais, uso da Praça de Eventos,
entre outros. É uma maneira de inserir os empreendedores locais e estimular a criação de novas
alternativas econômicas para os moradores do entorno (o que é desejado, mas não obrigatório,
pois as concessões são públicas).

No caso de aluguel de equipamentos, por exemplo, poderão ser oferecidos calçados, cajados,
cadeiras de rodas especiais, instrumentos de interpretação como binóculos, pranchas e guias
para observação de vida silvestre, aparelhos MP3, mapas, tablets e smartphones com aplicativos
de navegação ou interpretação, entre outros. No serviço de alimentação, a concessão poderá,
como exemplo, exigir dos prestadores de serviço a aquisição de insumos produzidos na própria

155
região. Nos serviços de condução de visitantes poderá ser estimulada a criação de uma
Associação de Condutores Locais.

Os levantamentos realizados durante a etapa de Diagnóstico apontam a existência de


empreendedores locais com perfil e interesse de investir em futuros negócios no interior da
Unidade de Conservação. Caso essa alternativa venha a ser proposta, será importante a prévia
elaboração de um Plano de Negócio.

E – Incentivo ao Voluntariado
O voluntário é visto, em geral, como mão de obra temporária para atender a demandas em uma
situação em que não se tem condição de contratar estagiários, tampouco funcionários. O
envolvimento de voluntários em ações no interior de Unidades de Conservação no Brasil é
bastante incipiente quando comparado a outros países. Percebe-se que existe um grande
desconhecimento por parte dos gestores de Unidades de Conservação sobre como lidar com esse
público, estimular o interesse e, principalmente, mantê-lo em suas funções por um período de
tempo maior. Recomenda-se que o PESOB desenvolva um Programa de Voluntariado,
estimulando que pessoas de todas as idades, formações e experiências de vida, doem parte do
seu tempo a uma ação no qual acreditam.

Um programa bem estruturado pode inclusive atrair público estrangeiro, mais acostumado a se
envolver em iniciativas voluntárias, principalmente na área de conservação e pesquisa. Buscar a
experiência e a cooperação com o Grupo Escoteiro, situado em Ouro Branco, poderá contribuir
para o desenvolvimento de ações voluntárias no interior da UC e entorno.

F – Parcerias Público-Privadas
Outro modelo de contrato de prestação de serviços que poderá ser celebrado entre a
administração pública estadual e a iniciativa privada é a Parceria Público-Privada (PPP). Minas
Gerais destaca-se no cenário nacional pelo número de contratos com essa característica já
firmados. Destaca-se ainda pelo pioneirismo na introdução de PPP na concessão administrativa
de três Unidades de Conservação que compõem o projeto Rota das Grutas Peter Lund. O foco da
PPP é o fortalecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos e a
execução de obra pública. Na PPP existem dois modelos de concessão, a patrocinada onde a
remuneração do parceiro privado envolve cobrança de taxas aos usuários e contraprestação
pecuniária por parte do parceiro público, e a administrativa, onde o foco é o de atender à demanda
da administração pública havendo contraprestação pelos serviços prestados.

156
3.4. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E INTERPRETAÇÃO AMBIENTAL

O presente programa apresenta os temas prioritários e orientações gerais para a execução de


atividades de educação e interpretação ambiental no PESOB, propõem o conteúdo temático do
Centro de Visitantes e passos para montagem de exposições, bem como o escopo geral e ementa
para a capacitação da equipe da UC em relação à educação e interpretação ambiental.

Objetivos Estratégicos Pretendidos

 Ser um museu a céu aberto dos aspectos naturais e histórico culturais próprios da região.
 Oferecer experiências educativas significativas e inspiradoras.

Objetivos Específicos
 Implementar programas e eventos de educação ambiental com as comunidades do
entorno.
 Criar um Centro de Visitantes para educação ambiental e patrimonial.
 Desenvolver ferramentas interativas de interpretação ambiental.

Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
Número de eventos de
educação ambiental com
 Realizar 01 evento  Realizar 03 eventos
as comunidades do - Realizar 03
semestral semestrais
entorno eventos
realizados semestrais
 Projeto  Centro de
interpretativo e Visitantes em
 Projeto arquitetônico
Implantação de Centro educativo do Centro funcionamento
do centro de
de Visitantes de Visitantes
visitantes elaborado
 Centro de Visitantes
implementado
 Projetos de  Projetos de
interpretação interpretação
ambiental ambiental
elaborados para elaborados
50% dos atrativos e para 100% dos
trilhas da UC atrativos e
 70% das estruturas trilhas da UC
 projetos de
instaladas  Ampliação da
interpretação
equipadas com oferta de
Ferramentas interativas ambiental em
ferramentas de trilhas e
de interpretação em elaboração
interpretação atrativos com
operação  projetos de
ambiental acessibilidade
estruturação de trilhas
 Trilhas acessíveis para
em elaboração
implantadas e em deficientes
operação físicos
 Instrumentos de
acessibilidade
interativa
desenvolvidos e
implementados

157
Plano de Ação – Programa de Educação e Interpretação Ambiental
Ação Prazo Responsável Item de Verificação Custo Previsto (R$)
Organizar acervo de imagens, textos e
Gerência / Coordenação de
outros materiais sobre os aspectos
1 ano Visitação e Integração com o Acervo organizado 0,00
ecológicos e culturais com potencial para
Entorno
utilização na educação ambiental
Mapear escolas interessadas em participar Coordenação de Visitação e Lista de escolas
1o ano 1.000,00
de ações e projetos com o PESOB Integração com o Entorno interessadas
Promover visitas guiadas e direcionadas o Coordenação de Visitação e
A partir do 1 Projeto de Palestras
para as comunidades do entorno, Integração com o Entorno / 5.000,00/ano
ano elaborado
associações e escolas Pref. Mun. Ouro Branco
Gerência / Coordenação de
Realizar ações educativas nas escolas de
A partir do 1 ano Visitação e Integração com o Relatório de atividades 0,00
Ouro Branco
Entorno
Elaborar e implementar programação de Gerência / Coordenação de
eventos culturais, pedagógicos, científicos, 1o ano Visitação e Integração com o Programação divulgada 0,00
etc. Entorno /Parceiros
Participar de eventos de educação
ambiental da cidade, CODEMA, Plano Contínuo Gerência/Equipe UC Participação em eventos 0,00
diretor, universidades e prefeituras
Identificar e incentivar programas
desenvolvidos pela própria comunidade,
Contínuo Gerência / IEF Parcerias estabelecidas 0,00
que visem a conservação do patrimônio
natural e cultural da região
Elaborar material de cunho educativo sobre Gerência / Coordenação de Material de
o PESOB para veiculação em mídia 2º ano Visitação e Integração com o Comunicação elaborado 0,00
impressa, internet, rádio e televisão Entorno / IEF e em uso
Elaborar Projeto detalhado de Projeto de Interpretação
2o ano Empresa terceirizada 10.000,00
interpretação para as Trilhas e atrativos elaborado
Elaborar Projeto detalhado de educação o Projeto de Educação
2 ano Empresa terceirizada 10.000,00
ambiental para as Trilhas e atrativos Ambiental elaborado
Coordenação de Visitação e
Reunir professores para discutir projetos
2o ano Integração com o Entorno / Ata de reuniões 1.000,00
de educação ambiental
Gerência
Elaborar materiais audiovisuais que
Coordenação de Visitação e Materiais audiovisuais
auxiliem na Interpretação e Educação 3o ano 0,00
Integração com o Entorno elaborados e em uso
Ambiental

158
Plano de Ação – Programa de Educação e Interpretação Ambiental
Ação Prazo Responsável Item de Verificação Custo Previsto (R$)
o
A partir do 2 Coordenação de Visitação e
Realizar exposições fixas e itinerantes Exposições realizadas 5.000,00/ano
ano Integração com o Entorno
Gerência / Coordenação de Ferramentas de
Desenvolver ferramentas de avaliação das
1o ano Visitação e Integração com o avaliação elaboradas e 0,00
ações de Educação Ambiental
Entorno em uso
Coordenação de Visitação e
Capacitar professores das escolas das
o Integração com o Entorno/
comunidades do entorno para desenvolver 3 ano Professores capacitados 10.000,00
Pref. Mun. Ouro
oficinas educativas com seus alunos
Branco/Consultor
Elaborar projeto de interpretação e
educação ambiental para o Centro de 3o ano Empresa terceirizada Projeto elaborado 15.000,00
Visitantes
Ver Programa de
Centro de Visitantes
Estruturar do Centro de Visitantes 5o ano Equipe UC/IEF Infraestrutura e
estruturado
equipamentos

159
Orientações gerais para educação e interpretação ambiental no PESOB

A qualidade da experiência do visitante está diretamente associada à qualidade do produto


ofertado. Os produtos devem ser desenvolvidos para atender não somente a um perfil de público,
mas às expectativas dos diferentes usuários da Unidade de Conservação. Associar as
características interpretativas e interativas, sejam elas guiadas ou autoguiadas, aos produtos
ofertados, terá grande peso na qualidade da satisfação do visitante. Importante que os locais
abertos à visitação procurem, de maneira criativa, agregar à visita algo mais que apenas a pura
contemplação.

Trilhas interpretativas, por exemplo, são caminhos planejados com estruturas compatíveis ao perfil
de seus usuários. Aproximam o visitante do ambiente em que se encontra a partir do uso de
ferramentas que destacam na paisagem elementos que, muitas vezes, passariam despercebidos.
Ao mesmo tempo, ao serem interpretadas, criam cenários ou contextos nos quais o visitante
entende, em escalas diferenciadas, a relação existente entre elementos da natureza e o dia a dia
em sociedade. A trilha aproxima o visitante do ambiente natural, a interpretação permite a
interação com o meio, a educação ambiental faz com que o visitante leve para casa um
conhecimento que poderá ser replicado. Trilha, interpretação e educação, merecem projetos
específicos. Deve existir equilíbrio entre elas. Um belo projeto interpretativo ou de educação
ambiental pode atrair muitas pessoas e a trilha não estar manejada corretamente, fazendo com
que, em pouco tempo, o acesso se torne limitado, ou mesmo, gere impactos ambientais à
paisagem que era observada. O contrário também poderá acontecer caso uma trilha bem
planejada e construída tenha seu potencial interpretativo e educativo desperdiçado com um
projeto mal feito.

Interatividade é palavra de ordem na atualidade. Se as ferramentas tecnológicas procuram reduzir


a frieza da máquina através da interatividade, imagine em um ambiente natural, onde são infinitas
as possibilidades de contato direto com o ambiente que o cerca. O perfil do visitante vem
mudando ao longo dos anos, ele deixa de ser um agente passivo da visitação e passa a ser ativo,
procurando ao máximo se envolver com o local visitado. Sendo assim, não se pode imaginar que
um usuário vá a floresta e não possa se aproximar dela, que o visitante veja a montanha e não
possa subir até seu topo, que o turista veja a água límpida e não possa tocá-la. Interpretação e
Educação Ambiental através da interação do homem com o meio. Com essa premissa as
atividades e serviços voltados ao uso público são propostos neste documento.

Segundo o documento “ iretri es para Visitação em Unidades de onservação”, elaborado em


2006, pelo Ministério do Meio Ambiente, as diretrizes para a interpretação ambiental são (1)
adotar a interpretação ambiental como uma forma de fortalecer a compreensão sobre a
importância da Unidade de Conservação e seu papel no desenvolvimento social, econômico,
cultural e ambiental, (2) utilizar as diversas técnicas da interpretação ambiental como forma de
estimular o visitante a desenvolver a consciência, a apreciação e o entendimento dos aspectos
naturais e culturais, transformando a visita numa experiência enriquecedora e agradável, (3)
empregar instrumentos interpretativos fundamentados em pesquisas e informações consistentes
sobre os aspectos naturais e culturais do local, (4) envolver a sociedade local no processo de
elaboração dos instrumentos interpretativos, (5) assegurar que o projeto de interpretação
ambiental seja elaborado por equipe multidisciplinar e que utilize uma linguagem acessível ao
conjunto dos visitantes.

Muitas são as atividades a serem realizadas visando sensibilizar e transmitir, aos visitantes,
informações sobre a UC, sobre os fenômenos da natureza, a necessidade de conservar a
biodiversidade e adotar uma postura mais consciente em relação ao uso dos recursos naturais no
Planeta. Cada sugestão dada poderá ser ampliada em diversas outras, a partir da criatividade do
educador ambiental e daqueles responsáveis pela condução de grupos em visitas interpretativas.
O público pedagógico, por exemplo, poderá associar até mesmo conhecimentos de língua
portuguesa ou matemática ao ambiente natural, desde que atividades bem estruturadas, sejam
planejadas.

160
O “Manual para E curs es Guiadas – Brincando e prendendo com a Mata”, elaborado pelo
Projeto Doces Matas em 2002, aponta que os principais objetivos de uma excursão guiada são (1)
incentivar as pessoas a conhecerem um ambiente natural, (2) despertar o interesse pelo convívio
com a natureza, (3) promover a sensibilização para os detalhes da natureza, (4) ensinar
conteúdos ambientais de forma vivenciada, (5) conhecer o desenvolvimento sustentável de um
ecossistema, (6) promover mudanças de comportamento, (7) desenvolver valores éticos em
relação à natureza, (8) conquistar simpatizantes para a causa ambiental.

Com base nesses objetivos são sugeridos os seguintes temas para interpretação e educação
ambiental:

Recursos hídricos: ciclo hidrológico, mata ciliar, corpos d‟água, nascentes, campos brejosos, bacia
hidrográfica, qualidade da água, usos da água, o processo desde a captação da água até o
abastecimento nas residências e indústrias, etc.;

Descrição da paisagem: geologia, geomorfologia, pedologia, caracterização das principais


formações vegetacionais, fauna, flora, uso e ocupação do solo, extrativismo vegetal, extrativismo
mineral, etc.;

Aspectos culturais: ciclos econômicos da região, a importância da mineração no passado e


atualmente, as estradas reais, a linha férrea, os usos dados às propriedades incorporadas pela
UC, as personalidades mais ilustres dos municípios, ocupações coloniais e pré-coloniais,
atividades artesanais desenvolvidas, os tropeiros, etc.

Além dos temas específicos citados, deve-se ressaltar a importância do PESOB no contexto
regional e nacional, que é evidente apenas pelo fato do local existir, mas que ganha ainda mais
importância quando associado ao contexto do Quadrilátero Ferrífero e da Serra do Espinhaço.
Diante disso, as ações de interpretação e educação ambiental devem considerar a parceria e o
alinhamento com iniciativas previstas pelas entidades que pleiteiam a criação do “Geopark
Quadrilátero Ferr fero” e o grupo de entidades que participa da gestão da Reserva da Biosfera do
Espinhaço.

Interpretação e educação ambiental poderão ser realizadas a partir de diferentes técnicas, entre
elas: (1) visitas guiadas em trilhas interpretativas; (2) palestras no interior da Unidade, em escolas,
associações comunitárias, e outros grupos organizados; (3) elaboração de materiais visuais como
cartazes, brochuras, boletins informativos, panfletos e folhetos; (4) realização de exposições fixas
e itinerantes; (5) veiculação de spots em rádios comunitárias do entorno das UCs, participação em
programas de entrevistas; (6) elaboração de releases e divulgação em jornais de circulação nos
municípios, parceria com jornais de boa circulação para veiculação de reportagens regulares
sobre iniciativas desenvolvidas pela Unidade de Conservação; (7) uso de dramatizações, jogos,
brincadeiras e outras atividades lúdicas como meios educativos; (8) uso de música, dança, artes
plásticas e literatura popular; (9) parceria com pesquisadores para que o resultado de trabalhos no
interior das U s sejam “tradu idos” em formatos mais populares e acess veis; (10)
disponibilização na internet de conteúdos sobre educação ambiental que possam orientar
professores e multiplicadores, bem como, atender a demandas de outros públicos como alunos,
crianças, interessados na temática, etc.; (11) uso da fotografia como técnica de leitura e
compreensão do espaço, entre outras.

Proposta de conteúdo temático para o Centro de Visitantes do PESOB

De acordo com o Guia para Montagem de Centro de Visitantes em Unidades de Conservação


elaborado pelo IBAMA, o Centro de Visitantes tem como objetivo fornecer ao usuário da UC:
informação, orientação e interpretação. Os Centros de Visitantes podem ser implantados de forma
sofisticada ou de maneira simples, sendo interessante para o PESOB, pela riqueza de temas que
poderão ser trabalhados e possibilidade de estabelecer parcerias e angariar recursos com
empresas e instituições de ensino localizadas na região, optar por um projeto interpretativo
audacioso, coerente com a relevância do patrimônio natural e cultural existente.

161
Muitos temas e ferramentas de interpretação poderão ser trabalhados no Centro de Visitantes,
mas deve-se, no mínimo, possuir uma exposição permanente que destaque a localização da
Unidade de Conservação e o contexto em que está inserida, características relevantes que
justificam e explicam os motivos de criação do PESOB, aspectos biológicos, físicos e humanos
expressivos.

Existem infinitas maneiras de fazer com que a informação desejada alcance o seu destinatário,
sendo assim, faz-se necessário um projeto interpretativo específico, com pesquisa de ferramentas
inovadoras, que sigam tendências e que venham dando o resultado esperado. Não basta que a
exposição seja visualmente bela, é necessário que ela literalmente converse com o visitante.
Estudos anteriores à implementação e monitoramento após a implementação, demonstrarão
caminhos a serem seguidos, assim como, necessidades de melhoria caso seja necessário.

Por ser de uso contínuo, o Centro de Visitantes deverá atender às necessidades de todos os
usuários do PESOB, privilegiando inclusive a acessibilidade à portadores de deficiência física. O
projeto arquitetônico será elaborado levando em consideração as características do terreno e o
dimensionamento (fluxo) do uso.

Conteúdo22 a ser considerado na elaboração de projeto interpretativo para o Centro de Visitante:

Localização da área protegida dentro da região e características gerais: superfície, limites e


características ecogeográficas – o Parque Estadual Serra do Ouro Branco no contexto local (Ouro
Branco e Ouro Preto), regional (Quadrilátero Ferrífero) e estadual.

Aspectos gerais da Unidade de Conservação que revelem suas características relevantes e o


porquê da criação: o que são Unidades de Conservação e sua importância para o meio ambiente
e a sociedade, quais são as categorias de manejo, o que é um Parque Estadual, por que foi criado
e quais os objetivos de criação, como foi o processo participativo que envolveu a criação do
PESOB, quais são as outras Unidades de Conservação que existem na região e onde estão
localizadas, etc.

Aspectos biológicos: flora e fauna importantes ou pouco comuns existentes na Unidade de


Conservação, lugares onde são observados animais com maior frequência, aspectos que
mostrem importantes relações ecológicas, espécies que se destacam, endemismos, plantas e
animais característicos, árvores centenárias, aspectos que indicam importantes relações entre a
espécie humana e seus meio ambiente, tais como, vegetação alterada, espécies em perigo de
extinção, ações relacionadas à recuperação e manutenção das características biológicas das
áreas protegidas, etc. Pelas características da região, relevância e singularidade, recomenda-se
que seja dado destaque a uma exposição sobre o Campo Rupestre Ferruginoso.

Aspectos físicos: extratos geográficos representativos, indícios de vida pré-colonial na região e


desenvolvimento evolutivo, aspectos fisiográficos (por exemplo, picos e formações do relevo
características), características geológicas (contextualização das eras e da evolução do relevo
observado), climáticas e hidrográficas, aspectos relacionados ao uso e ocupação do solo.

História humana: vestígios que indiquem a existência de seres humanos na região há séculos, tais
como, lugares de cultura pré-colonial, abrigos, sítios, artefatos e documentos relacionados com os
pioneiros na região; aspectos contemporâneos que indicam o uso dado, no passado, aos recursos
da Unidade de Conservação; registros do histórico de uso da região, resgate da história de
antigos moradores da região, atividades econômicas que marcaram a história da região,
manifestações culturais tradicionais.

Atratividade: caracterização dos atrativos da Unidade de Conservação, descrição dos serviços e


estruturas destinadas ao Uso Público.

22
Referência Manual do Chefe de Unidades de Conservação - IBAMA

162
Informações Gerais: informações sobre as normas e regulamentos internos, procedimentos para
gestão da segurança, fontes de consulta para pesquisas, etc.

Muitas serão as ferramentas utilizadas para interpretação em um Centro de Visitantes, entre elas,
destacam-se: (1) painéis, (2) dioramas – representações tridimensionais em escala real e com
todos os elementos que imitem a realidade, (3) maquetes, (4) mapas, (5) fotografias, (6) materiais
científicos – esqueleto e molde de pegadas de animais, amostras de sementes e troncos de
árvores, peças arqueológicas, animais empalhados e peles, coleção de insetos, vidros com
animais conservados em formol, (7) filmes, (8) conteúdos 3D e em realidade aumentada, (9)
áudios, etc..

Passos para a montagem de exposição no Centro de Visitantes23

A descrição de passos para a construção de um espaço interpretativo tem como objetivo


demonstrar a interação entre cada uma das etapas e a importância destas para que seja
alcançado um resultado final satisfatório. Os passos são: (1) estabelecer o objetivo e a justificativa
da exposição, (2) definir o local em que será montada a exposição, (3) elaborar uma planta baixa
do local escolhido e levantar os elementos arquitetônicos presentes, como janelas, portas,
clarabóia, pontos de iluminação, de energia e de água, (4) definir os temas que serão
apresentados, (5) levantar os dados e materiais sobre os temas escolhidos, (6) conceber de forma
preliminar como os temas serão apresentados (definir a linguagem de apoio - uso de mapas,
fotos, desenhos, ilustrações, textos, etc.), (7) levantar o material interpretativo (o que vai constar
em cada painel, diorama, vitrina, maquete, cenário, base, etc.) e meios interpretativos (material de
apoio e seu estado de conservação), (8) conceber preliminarmente cada meio interpretativo
(mobiliário como: painel, diorama, vitrina, maquete, cenário, base, etc.), (9) definir a organização
espacial da exposição, em caráter preliminar (distribuir os meios interpretativos no espaço), (10)
definir a circulação do visitante na exposição, (11) estimar os custos, (12) definir o orçamento,
incluindo custos de manutenção, operação e pessoal, quando for o caso, (13) definir o material
interpretativo, com vistas ao recurso disponível, (14) definir a linguagem de apoio, com vistas ao
recurso disponível, (15) definir os meios interpretativos, com vistas ao recurso disponível, (16)
conceber a exposição em versão definitiva, (17) avaliar a linguagem de apoio, (18) verificar se os
textos estão bem escritos, qualidade das fotos, se as ilustrações atingem os objetivos, (18)
produzir o mobiliário e material informativo que será usado na exposição, (19) montar a exposição,
e (20) avaliar: harmonia de conjunto, iluminação (se atinge os objetivos), circulação, ventilação, e
se efeitos preestabelecidos foram atingidos.

Programa de capacitação da equipe em educação e interpretação Ambiental

A proposta a seguir utiliza como referência o conteúdo do Manual de Introdução à Interpretação


Ambiental do Projeto Doces Matas, em conjunto com fundamentos dos processos de gestão da
qualidade. Importante destacar que outras qualificações específicas devem ser consideradas no
intuito de fazer com que os funcionários e prestadores de serviço do Parque Estadual Serra do
Ouro Branco sejam competentes para colocar em prática suas funções. Alguns temas para
capacitação a serem considerados são: (1) qualidade do atendimento, (2) técnicas de recepção e
condução, (3) manejo de visitação, (4) monitoramento de impactos, (5) construção e manutenção
de trilhas, (6) técnicas de mínimo impacto em áreas naturais, (7) gestão da segurança, (8)
atendimento a emergências, (9) promoção e comercialização, (10) educação ambiental e (11)
voluntariado.

Para a capacitação específica em Educação e Interpretação Ambiental é sugerida a seguinte


ementa:

1 - Planejamento:
1.1 – O que é a Interpretação Ambiental

23
Referência Manual do Chefe de Unidades de Conservação - IBAMA

163
1.2 – O que é Educação Ambiental
1.3 – Técnicas e ferramentas de Interpretação e Educação Ambiental
1.4 – Planejando um projeto interpretativo
1.5 – Técnicas de condução de atividades interpretativas

2 – Implementação e Operação:
2.1 – Definindo temas interpretativos
2.2 – Construindo ferramentas interpretativas
2.3 – Criando procedimentos operacionais para interpretação e educação ambiental
2.4 – Definindo competências para o condutor de atividades interpretativas e educativas
2.5 – Colocando em prática o projeto interpretativo e de educação ambiental

3 – Monitoramento:
3.1 – Criando ferramentas de avaliação
3.2 – Monitorando atividades interpretativas e educativas
3.3 – Analisando e avaliando os resultados do monitoramento
3.4 – Em busca da melhoria contínua

164
3.5. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO COM O ENTORNO

O presente programa visa aproximar a UC da população e organizações do entorno afim de


reduzir impactos negativos sobre unidade, difundir a importância ambiental da UC, apoiar
atividades econômicas ecologicamente sustentáveis e potencializar ações conjuntas em prol da
conservação ambiental da UC e seu entorno.

Diferente de grande parte das Unidades de Conservação brasileiras que possuem conflitos com
as comunidades do entorno (por diferentes motivos), o que se percebe é que a população e os
moradores vizinhos ao Parque Estadual Serra do Ouro Branco, são a favor da existência da UC e
compreendem a importância da conservação. Ao mesmo tempo, de forma natural, possuem
dúvidas sobre os possíveis impactos gerados pela estruturação da Unidade de Conservação e a
consequente restrição a determinados usos já tradicionais. Caracterizados, em sua maioria, como
pequenos produtores rurais, os vizinhos à UC, temem possíveis restrições que venham decorrer
do fato de estarem localizados no interior da Zona de Amortecimento.

Ainda que o perfil de uso do solo atual e a visão de futuro dos moradores vizinhos à UC não
aponte para mudanças drásticas no modo de vida e nas atividades econômicas desenvolvidas,
nota-se uma grande falta de informação relacionada à legislação ambiental e os caminhos onde
possam encontrar apoio para regularização das atividades econômicas. Nota-se ainda que os
moradores têm pouco ou nenhum conhecimento de como podem obter benefícios com a
existência da Unidade de Conservação. Caberá a gerência do PESOB demonstrar aos diferentes
setores da sociedade os benefícios da existência das áreas naturais protegidas e a contribuição
que poderá ser dada ao desenvolvimento sustentável dos municípios.

A maneira de manter vizinhos e demais moradores aliados e guardiões da Unidade de


Conservação, bem como, reaproximar a população que tanto se esforçou para a criação da UC,
será sempre pela comunicação, pela disseminação de informações e a proximidade física com as
pessoas. O Conselho Consultivo, por exemplo, com uma composição cada vez mais
representativa e atuante, será uma ferramenta importante no estreitamento das relações entre
PESOB e sociedade. Outra medida fundamental será a prática da Educação Ambiental, não só
aquela executada no interior da UC, mas principalmente, aquela que vai às escolas, às praças,
aos eventos públicos realizados nas cidades.

Objetivos Estratégicos Pretendidos

 Estabelecer mecanismos de integração e participação efetiva da sociedade na gestão da


UC.
 Garantir a participação do Conselho Consultivo e moradores.
 Estabelecer parcerias com empresas, órgãos governamentais e outros atores.

Para alcançar os objetivos estratégicos são propostos a seguir os subprogramas de Relações


Públicas e de Incentivo às Alternativas de Desenvolvimento.

3.5.1. Subprograma de Relações Públicas

Este subprograma tem como principal objetivo melhorar a imagem da unidade de conservação e
divulgar as atividades que nela são desenvolvidas buscando uma maior relação das comunidades
vizinhas com a área protegida, promovendo maior interação com as empresas de turismo (quando
for o caso) e captando recursos para o melhor manejo da unidade de conservação. São
apresentadas diretrizes para elaboração de programas e planos de comunicação interna e externa
estratégias de divulgação como forma de captar parcerias.

165
Objetivos Específicos

 Elaborar e gerenciar plano de comunicação da UC.


 Divulgar a UC junto à sociedade e aumentar a participação desta nos processos de
implementação e manutenção da UC.
 Efetivar parcerias com órgãos públicos e privados visando a implementação do Plano de
Manejo.
 Garantir existência de Conselho Consultivo representativo e atuante.

Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
Ferramentas de  Plano de  Sítio eletrônico ativo  Plano de
comunicação utilizadas comunicação e atualizado comunicação
elaborado  Ampliação da avaliado e
 Sítio eletrônico ativo veiculação de aperfeiçoado
 Veiculação periódica informações sobre  Sítio eletrônico
de informações sobre a UC na mídia ativo e
a UC nos meios de  Plano de atualizado
comunicação local comunicação  Ampliação da
implementado veiculação de
informações
sobre a UC na
mídia
Parcerias estabelecidas  Calendário de ações  Número de  Número de
conjuntas com parcerias ampliado parcerias
prefeituras e outros ampliado
atores sendo
cumprido
Atuação do Conselho  Conselho  Conselho  Conselho
Consultivo representativo com Consultivo atuante Consutlvo
grupos de trabalho atuante
temáticos atuantes

166
Plano de Ação – Subprograma de Relações Públicas
Custo
Ação Prazo Responsável Item de Verificação Previsto
(R$)
Participar das reuniões do CODEMA e suas câmaras
Imediato Gerência Lista de presença 0,00
técnicas
o
Promover renovação do Conselho Consultivo 1 ano Gerência Conselho empossado 500,00
Gerência /
Definir calendário de reuniões do Conselho Consultivo 1o ano Conselho Calendário divulgado 0,00
Consultivo
Gerência /
Elaborar e aprovar regimento interno do Conselho
1o ano Conselho Regimento publicado 0,00
Consultivo
Consultivo
Gerência /
Realizar 04 reuniões anuais do Conselho Consultivo Anualmente Conselho Atas de reunião 2.000,00/ano
Consultivo
Desenvolver e implementar estratégias de
relacionamento com o público a partir de redes sociais Presença da UC nas
1o ano Gerência/Consultor 6.000,00/ano
na internet, com campanhas, promoção de ações e principais Redes Sociais
atualizações
Realizar ao menos um evento anual , dentro da UC,
Gerência /
com a proposta de fortalecer os vínculos com a 1o ano Registro do evento 5.000,00
Parceiros
comunidade
Desenvolver, com a participação da sociedade, projeto Projeto de Identidade e
Equipe
de identidade e comunicação visual da UC 1o ano Comunicação Visual 3.000,00
UC/IEF/Consultor
(logomarca) definidos
Elaborar plano de comunicação social e design de Equipe Projeto de Comunicação
1o ano 4.600,00
materiais de divulgação e papelaria UC/IEF/Consultor Interna implementado
Criar sítio eletrônico oficial da UC 1o ano Gerência / IEF Sítio construído e em uso 5.000,00
Divulgar periodicamente nos meios de comunicação a Gerência /
importância da conservação da serra em todos os Anualmente Coordenadores de Matérias publicadas 0,00
aspectos bem como resultados de pesquisas na UC áreas
Elaborar periodicamente releases sobre as atividades
Anualmente Gerência Releases elaborados 0,00
desenvolvidas na UC
Divulgar releases na página do SISEMA Anualmente Gerência / IEF Releases publicados 0,00
Elaborar um calendário das atividades da UC, em Gerência /
Anualmente Calendário publicado 0,00
conjunto com as prefeituras municipais e demais Parceiros

167
Plano de Ação – Subprograma de Relações Públicas
Custo
Ação Prazo Responsável Item de Verificação Previsto
(R$)
parceiros
Promover visitas técnicas em outras UCs como forma
de interagir com outros profissionais da área,
Anualmente Gerência Visitas realizadas 6.000,00/ano
ampliando e aprofundando o conhecimento
profissional.
Divulgar a UC em eventos e fóruns estaduais e
Anualmente Gerência / IEF Participação em eventos 4.000,00/ano
nacionais
Elaborar e divulgar relatório anual de atividades da UC Dezembro (anual) Gerência Relatório divulgado 0,00
Elaborar pesquisa para mensurar satisfação quanto ao
2o ano Gerência Resultados da pesquisa 0,00
material publicado.
Gerência /
Conselho Moradores Guardiões
Lançar campanha “Morador Guardião” 2o ano 0,00
Consultivo / cadastrados
Parceiros
Publicar 02 informativos eletrônicos anuais 2o ano Gerência / IEF Informativos divulgados 0,00
Implementar parceria efetiva com a Polícia Ambiental
2o ano Gerência / IEF Convênios celebrados 0,00
dos municípios de Ouro Branco e Ouro Preto
Produção de material de comunicação impresso (papel
Material elaborado e em
timbrado, folder, flyer, adesivos e material de 2o ano IEF 8.500,00
uso
papelaria)
Criação de spot de 30 segundos para rádio 3o ano IEF/Consultor Spot produzido 3.000,00
Veiculação em rádio de boa audiência A partir do 3o ano IEF Número de veiculações 3.500,00/ano
Criação de VT para TV 3o ano IEF/Consultor VT elaborado 15.000,00
Veiculação de VT em TV de boa audiência A partir do 3o ano IEF Número de veiculações 3.000,00/ano
Estabelecer parcerias com agências de viagem, Parcerias estabelecidas e
4o ano Gerência / IEF 0,00
associações, clubes e outro canais de distribuição em operação
Gerência /
Coordenação de
Desenvolver um calendário semestral de ações de
4o ano Visitação e Ações mensais realizadas 2.500,00/ano
educação ambiental
Integração com o
Entorno
Gerência / Ato de nomeação do
Implantar Conselho Consultivo Júnior 5o ano 0,00
Coordenação de conselho

168
Plano de Ação – Subprograma de Relações Públicas
Custo
Ação Prazo Responsável Item de Verificação Previsto
(R$)
Visitação e
Integração com o
Entorno
Identificar projetos e ações em que a UC possa atuar
em conjunto com as secretarias de turismo de Ouro Gerência /
Contínuo Ações conjuntas realizadas 0,00
Branco e Ouro Preto, bem como com o Circuito do Prefeituras
Ouro
Realizar parcerias com empreendedores e educadores Gerência /
da região aumentando as atividades turísticas e Contínuo Coordenadores de Parcerias estabelecidas 0,00
educativas na UC. áreas
Acompanhar a aprovação e assinatura de convênios e
termos de cooperação técnica com empresas, órgãos Gerência/ IEF/
Contínuo Documentos assinados 0,00
públicos, instituições de ensino e pesquisa e outros Parcerias
eventuais parceiros
Promover articulação interinstitucional Município /
Políticas públicas
Estado, amarrando ações conservacionistas nas Contínuo Gerência / IEF 0,00
alcançadas
políticas públicas (Plano de Metas)

169
Resumo da estimativa de investimentos em materiais e produtos para implementação de
Plano de Comunicação Social

Custo
Estratégia Descrição
previsto Prazo
(R$)
Logomarca Criação, desenvolvimento e manual de aplicação de 3.000,00 1o ano
identidade.
Site Criação, desenvolvimento de site básico com até 15 5.000,00 1o ano
páginas, incluso conteúdo
Gestão de Estratégia de promoção, campanha e lançamento 6.000,00 1o ano
Redes Sociais de novas ações, manutenção (3 meses)

Criação, desenvolvimento das peças: papel 2.000,00 2o ano


timbrado, envelope carta, envelope saco A4 cartão
Papelaria de visita, pasta timbrada
Completa Impressão papel timbrado, pasta timbrada – 5.000 750,00 2o ano

Impressão envelope grandes - 5.000 2.000,00 2o ano

Impressão cartões de visita – 5.000 500,00 2o ano


Folder Criação, desenvolvimento de folder básico – A3 1.500,00 2o ano
com dobras
Impressão – 5.000 2.000,00 2o ano

Criação, desenvolvimento de flyer – A5 (1/2 A4) 750,00 2o ano


frente e verso
Flyer Impressão – 5.000 750,00 2o ano

Criação, desenvolvimento de adesivo 350,00 2o ano


Adesivo
Impressão – 10.000 2.500,00 2o ano

Criação de spot de 30 segundos 3.000,00 3o ano


Spot de Rádio
Veiculação em rádio de boa audiência (valor por 350,00 A partir
veiculação) do 3o ano

Criação de VT para TV 15.000,00 3o ano


VT
Veiculação em TV de boa audiência (valor por 3.000,00 A partir
veiculação) do 3o ano
Total 54.450,00 3o ano

Diretrizes para Programa de Comunicação Interna e Externa

Antes que sejam elaboradas estratégias para um Programa de Comunicação Interna e Externa
para o PESOB é fundamental que seja estabelecida a mensagem que se deseja transmitir ao
público. A mensagem está diretamente relacionada com a imagem que se pretende passar e com
o tipo de experiência que se deseja oferecer. Mensagem, imagem, experiência, estão
intrinsecamente relacionadas com a identidade. A definição da identidade pode passar por duas
perguntas: O Parque Estadual Serra do Ouro Branco deve ter sua imagem associada ao quê? Os

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visitantes, após deixarem o Parque Estadual Serra do Ouro Branco, devem levar qual percepção?
Com uma identidade definida torna-se mais fácil elaborar conceitos, propostas de vivência e
estratégias de promoção.

Sugere-se que o processo de construção da identidade da UC seja orientado por profissionais das
áreas de comunicação e marketing, mas com a participação direta da população. A população
precisará se ver refletida ou representada na identidade criada. O conceito proposto pela
identidade será materializado em uma marca, que poderá vir acompanhada de um lema. Tanto a
marca, quanto o lema, devem possuir fácil leitura, rápido entendimento, evitar sentidos dúbios e
transmitir uma mensagem direta ao público desejado.

A construção da marca e do lema (ou slogan) deverá pautar-se pela escolha de fontes, cores,
símbolos, que traduzam, de forma objetiva, atributos e sentimentos como, por exemplo: natureza
de forma geral, elementos da paisagem, plantas ou animais representativos do local, aspectos de
conservação, alegria, felicidade, tranquilidade etc. A marca poderá ainda trazer uma forma
abstrata que seja a junção de diversos elementos ou que seja fruto da criatividade de seu
desenvolvedor. Importante é que seja bem recebida pela população. Da mesma forma, o lema ou
frase que sintetiza a mensagem a ser passada, deve ser breve e, se possível, de fácil
compreensão tamb m em outros idiomas (e .: “Nova Zelândia 100% Pura” ou “Nova Zelândia
100% Nature a”, “ osta Rica Pura Vida” ou “ osta Rica Sem Ingredientes rtificiais”, “Viva
M ico” ou “M ico, mais do que Imagens”).

Tanto o processo de construção da marca, quanto do lema, serão extraordinárias oportunidades


para reaproximação do PESOB com a população, principalmente da sede de Ouro Branco.
Poderão ser realizados eventos, escolhas por meio de votação pública, premiações, destaque
para trabalhos mais relevantes etc. Após a definição, deverá ser elaborado um Manual de Uso
com informações referentes à aplicação da marca.

Ao menos cinco elementos devem ser observados na elaboração das estratégias de marketing, a
saber: (1) o produto, (2) os segmentos de público, (3) os canais ou ferramentas de comunicação a
serem utilizadas, (4) o conteúdo (informação) a ser transmitida e (5) os recursos necessários para
implementação das estratégias.

O produto é formado pelas opções de visitação oferecidas pela UC e pela oferta turística do
entorno. Os segmentos de público são caracterizados pela demanda real, baseada no fluxo já
existente e a demanda potencial, ou seja, turistas com interesses variados que poderão ser
motivados a conhecer os produtos oferecidos ao buscarem Ecoturismo, Turismo de Aventura,
Turismo Religioso, Turismo em Espaço Rural, Turismo Cultural, Turismo de Negócios etc. Os
segmentos de público possuem também distribuição geográfica, o que influencia diretamente nos
canais de comunicação. Podem ser divididos em locais, regionais, nacionais e internacionais.

Os canais de comunicação podem ser diretos, chegando ao público final sem intermediários, ou
indiretos, passando por mediadores. Tanto os diretos, quanto os indiretos, possuirão vantagens e
desvantagens, exigindo a devida consideração na definição das estratégias. Para a promoção
direta podem ser criados websites institucionais e de venda, estruturados escritórios de promoção
nos municípios e em cidades com potencial emissivo, utilizadas as diversas ferramentas virtuais
de relacionamento como canais de vídeos no Youtube, galerias de foto no Instagram, página no
Facebook, contas no Twitter etc., veiculação de propagandas em websites, jornais e revistas de
grande circulação e acesso, participação em feiras e eventos afins (ambientais, turísticos,
esportivos, de saúde, comportamento etc.), elaboração de elementos publicitários como outdoors,
spots de rádios, comerciais em TV paga e aberta, entre outras ferramentas.

Os canais indiretos envolverão agências de viagem, associações, clubes ou outros intermediários.


A relação com esses profissionais pode ampliar o alcance das ações de promoção, bem como,
pode torná-las mais efetivas, uma vez que muitos trabalham com públicos específicos. A gerência
da UC deve desenvolver estratégias particulares, envolvendo a elaboração de portfólios, manuais

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de venda, tarifários especiais, políticas de incentivo e comissionamento, organização de visitas de
familiarização etc.

A elaboração do conteúdo da comunicação deve destacar a atratividade do PESOB e do entorno,


as singularidades como paisagem, biodiversidade, campo rupestre ferruginoso, aspectos
históricos e culturais, disponibilidade hídrica e aspectos intangíveis, como hospitalidade,
tranquilidade, segurança etc. Os conteúdos devem estar sempre associados a recomendações
sobre ações de baixo impacto, boas práticas ambientais, conservação do patrimônio, participação
e benefícios alcançados pelas comunidades etc. Outras vantagens como acessibilidade,
localização, infraestrutura, devem ser ressaltadas, bem como, as demais fortalezas identificadas
na etapa de diagnóstico.

A comunicação, além de exigir uma proposta visual diferenciada, deve possuir conteúdo
informacional. Para isso, é necessário investimento em interpretação e dinamização dos produtos
turísticos ofertados, uma vez que os viajantes buscam cada vez mais conteúdos educativos,
principalmente aqueles dos segmentos Ecoturismo e Turismo Cultural. É fundamental que a
experiência de visitação não seja apenas contemplativa, mas também participativa. O uso da
criatividade será fundamental, tanto para a formatação de produtos, quanto para a implementação
das ações de promoção.

Atualmente o uso da internet é chave no sucesso da promoção. A UC deve maximizar sua


participação na rede mundial de computadores, com páginas de conteúdo institucional, vinculação
com outras páginas de temas afins, com conteúdos dinâmicos e sempre atuais, participação em
redes sociais. Algumas das informações a serem disponibilizadas no website do PESOB são:

 Horário de funcionamento / dias de funcionamento;


 Como chegar (transporte público, terrestre, transporte aéreo, transporte particular);
 Regulamento interno / procedimentos para visitação e realização de eventos;
 Preços / valores de serviços / tarifários diferenciados / formas de pagamento;
 Infraestrutura disponível e normas de utilização;
 Procedimentos de segurança (serviços e equipamentos disponíveis para atendimento a
emergências);
 Condições / equipamentos / vestuário mínimo para realização das atividades;
 Previsão do tempo;
 Programação regular;
 FAQ;
 Coisas a fazer (inclusive por épocas do ano, ressaltando mudanças na paisagem e
aspectos ligados a biodiversidade);
 Disponibilidade de serviços no entorno (incluindo distâncias, localização, características
dos serviços, etc.);
 Locais / atividades compatíveis para deficientes físicos;
 Conteúdo para pesquisa online.

A disponibilidade de conteúdos em vídeos, fotos e áudios, a postagem diária de conteúdo, a


interação com o público a partir da resposta às demandas e do incentivo a criação de conteúdo
colaborativo, a informação sobre atividades, eventos e demais acontecimentos do dia a dia da UC
deve ser priorizado também pela gerência na gestão das mídias sociais. Recomenda-se que as
ferramentas de compartilhamento de conteúdo sejam utilizadas para divulgar o PESOB, como
também, para auxiliar na conservação do patrimônio, no registro de atos de vandalismo ou de
crimes ambientais etc.

Com a utilização cada vez mais frequente de dispositivos eletrônicos como smartphones e tablets
pela sociedade, recomenda-se que o PESOB disponibilize conteúdos online e offline como mapas,
arquivos de trilhas, mapas, informação interpretativa etc. para serem utilizados pelos visitantes no

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interior da UC. Os conteúdos podem estar disponíveis no website oficial, bem como, em
aplicativos.

A comunicação em meio digital, principalmente com a internet rompe fronteiras e alcança todo o
mundo. Ainda assim é importante que o PESOB possua materiais em meio físico que possam ser
levados a feiras e outros eventos, possam ser distribuídos em palestras, estejam disponíveis no
Centro de Visitantes, estruturas de recepção e portaria. Materiais com diferentes características
devem ser elaborados. Deve-se ter o material de “combate” para ampla distribuição, o portfólio
com tarifários para as agências e operadoras, adesivos, programação de eventos, guias e
pranchas para observação de vida selvagem, mapas temáticos, entre outros. A folheteria deve ser
elaborada ao menos em português, inglês e espanhol. A produção de material gráfico é em geral
de alto custo, por esse motivo os materiais produzidos devem ter vida longa, não possuindo
informações que possam caducar com rapidez como, por exemplo, preços. As peças gráficas
devem possuir logomarca e lema, formato que as diferenciem das demais, títulos e textos curtos,
objetividade nos benefícios e vantagens oferecidas, fotografias de ótima qualidade e que sejam
cativantes (idealmente incluindo pessoas com o perfil que se busca atrair), mapa de localização,
telefone de contato e link para mais informações (internet principalmente).

Recomenda-se ainda que o PESOB conte com assessoria de imprensa para a elaboração de
releases a serem enviados aos diferentes veículos de comunicação, para orientação dos gestores
durante entrevistas e participação em eventos, auxílio em momentos de crise, como acidentes
envolvendo visitantes ou incêndios de grande proporção, assim como, para tarefas cotidianas
como manutenção e atualização das informações do website, moderação das redes sociais,
resposta a e-mails e contatos online, etc.

Diretrizes para Plano de Comunicação Social

Será impossível alcançar os objetivos de criação do Parque Estadual Serra do Ouro Branco sem a
participação popular na implementação de medidas de redução de impactos ambientais e
conservação da natureza. As abordagens deverão ser pensadas caso a caso, havendo a
conquista da confiança aos poucos. Recomenda-se que a gerência da UC busque a aproximação,
principalmente daqueles que hoje estão em situação de conflito ou que se mostrem resistentes a
eventuais mudanças que venham a ocorrer com a estruturação da área natural protegida. Como
toda relação de confiança é construída dia a dia, é possível que eventuais conflitos levem um
tempo maior para serem resolvidos, mas recomenda-se que o diálogo e a paciência sejam
priorizados em relação às medidas ríspidas, autoritárias ou judiciais.

A gerência da UC deve fazer com que os moradores vizinhos ao PESOB e a população de Ouro
Branco sintam-se como parte integrante da área protegida, encontrem no PESOB um parceiro que
os auxiliem, esclareçam dúvidas e apontem soluções. Recomenda-se que seja criado o conceito
e, por que não, o t tulo de “Morador Guardião” para aqueles vi inhos de confiança, que contribuam
para a manutenção da integridade da UC. Esses moradores, localizados em pontos estratégicos,
manterão os gestores cientes de focos de incêndio, usuários clandestinos, retirada de madeira ou
outro tipo de extrativismo ilegal, atos de vandalismo, etc. Os moradores, como em uma rede de
proteção, poderão contar com aparelhos de rádio que os mantenham em contato direto com a
administração do PESOB.

E, assim como com os moradores mais próximos à UC, cabe ao PESOB estreitar os laços de
convivência com a população dos municípios de Ouro Branco e Ouro Preto. Para isso é essencial
que a gerência descubra quais temas são mais relevantes para a comunidade, quais assuntos são
prioritários, podendo encurtar as distâncias de relacionamento, abrir portas para a comunicação
de outras temáticas no futuro. As pessoas só se envolvem e priorizam aquilo que, de algum modo,
faz sentido a elas, lhes traz algum benefício.

A gerência do PESOB deverá convidar lideranças comunitárias para uma conversa sobre os
problemas ambientais e sociais da região, em seguida, discutir e elaborar, com a comunidade,
planos de ação de acordo com as demandas identificadas. Muitas poderão ser as estratégias de

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comunicação com a sociedade, adotadas pela gerência do PESOB, com o objetivo de sensibilizar
e conscientizar para os diferentes temas identificados. A seguir são sugeridas algumas ações:

 Rádio: um programa de rádio semanal poderá discutir temas relacionados com meio
ambiente, realizar entrevistas, apresentar conteúdos produzidos pela comunidade,
informar sobre novidades relacionadas a educação ambiental, práticas sustentáveis,
biodiversidade etc. O espaço poderá ser cedido em rádios comunitárias, privadas ou
públicas, ou mesmo, patrocinado por parceiros da UC. Poderão ser produzidos pequenos
spots de 30 segundos para serem veiculados nos intervalos comerciais de outros
programas. A ação, de forma mais audaciosa, poderia alcançar a internet, sendo criada
uma rádio virtual com programação variada.
 Jornais e Revistas (impressos e na internet): utilização de espaços patrocinados ou
permutados para divulgação de informações, promoção de ações em execução, convite
para visitação, etc. Um parceiro, voluntário ou colaborador do PESOB poderá assinar uma
coluna ou página periódica em jornais e revistas com informações sobre meio ambiente,
com respostas a temas e perguntas apresentadas pela comunidade.
 Redes Sociais: manter um blog ou página nas redes sociais, de forma colaborativa, com a
ajuda de moradores, sobre Unidades de Conservação, tecnologias limpas e demais
informações afins ao PESOB. Disseminar informação também através dos canais de
relacionamento mais comuns, editar e disponibilizar na web vídeos e áudios produzidos no
interior do PESOB. Trabalhar em parceria com jovens, nas escolas, pois estão sempre
atualizados às novidades.
 Eventos: são inúmeras as possibilidades de eventos de pequeno, médio e grande porte
que poderão ser realizados, no interior do PESOB ou em espaços públicos dos municípios.
Gincanas, por exemplo, podem usar o espírito de competição das pessoas em prol de
causas nobres. Concursos podem ajudar a descobrir novos talentos, criar lemas, peças
gráficas. Campanhas podem estimular a solidariedade e o espírito voluntário dos
moradores. Datas Especiais ou Comemorativas como Dia V, Dia do Meio Ambiente, Dia da
Montanha, entre outras, podem servir também como chamarizes para a realização de
eventos envolvendo a população. Eventos Esportivos que promovam atividades ao ar livre
e o contato com a natureza, como passeios ciclísticos, caminhadas, corridas, percursos de
orientação etc. Eventos culturais que envolvam música, teatro, literatura, cinema, sempre
com temáticas ambientais, como, por exemplo, Água, Biodiversidade, Áreas Naturais
Protegidas, Serra do Espinhaço etc.
 Blitz Ecológica: atividade realizada em parceria com os órgãos de defesa social visando
sensibilizar a população e visitantes quanto a temas de relevância como: conservação do
patrimônio, gestão de resíduos, cidadania, entre outros. A ação deve ser realizada nas
principais vias de acesso ao PESOB, contando com a entrega de impressos com
informações sobre a cidade, informações educativas, distribuição de sacolas de lixo etc.,
sempre em datas de maior movimento de pessoas nas cidades, como feriados, festas e
outros eventos. A ação poderá ser acompanhada do levantamento de dados de origem,
perfil e motivação dos visitantes.
 Dias de Campo: a gerência da Unidade de Conservação poderá criar uma lista de
moradores (jovens e adultos) interessados em acompanhar pesquisadores durante seus
trabalhos no interior da PESOB ou no entorno. A UC oferecerá as condições para que os
moradores participem, tais como: transporte e alimentação, bem como, recompensará o
interesse e a contribuição com a entrega de certificados de participação e a exposição da
foto do “Pesquisador ssistente” da semana, ou do m s, no entro de Pesquisa e/ou
Centro de Visitantes do PESOB.

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 Produção de Material Didático Cooperativo: a equipe de educação ambiental do PESOB,
em parceria com a Secretaria de Educação e de Meio Ambiente dos municípios de Ouro
Branco e Ouro Preto e das equipes de educação ambiental das empresas do entorno,
poderá desenvolver materiais didáticos, impressos e digitais, em conjunto com os alunos
do ensino fundamental e médio. Os materiais serão personalizados, voltados aos temas de
interesse definidos pelos alunos, e poderão ser trabalhados de forma interdisciplinar no
currículo escolar.
 Administração e Conselho Consultivo Júnior : assim como o PESOB possui profissionais
em sua administração e um Conselho Consultivo formado por adultos, representantes do
poder público, do setor privado e da sociedade civil, recomenda-se que seja criada
também uma Administração e um Conselho Consultivo formado apenas por crianças. As
crianças serão orientadas pelos gestores adultos e por professores e poderão contribuir
em temas que a elas interessem. A eleição da Administração e Conselho Consultivo
Infantil poderá acontecer anualmente para que um número maior de crianças possa
participar. Da mesma forma, buscando a valorização dos Guardas Parque, recomenda-se
que sejam realizados eventos e atividades que venham aproximá-los da sociedade,
despertando na população e no visitante sentimentos positivos, de admiração e respeito,
bem como, de interesse em seguir a mesma atividade profissional. Crianças poderão atuar
como Guarda Parques Mirins, por exemplo, recebendo inclusive uniformes e participando
de algumas atividades do dia a dia do PESOB.
 Uso de Espaços Internos do PESOB para Eventos da Comunidade: permitir e incentivar
que a comunidade utilize espaços como Praça de Eventos, Praça de Convivência, Espaço
Ecumênico e auditório do Centro de Visitantes para a realização de reuniões e outros
eventos de interesse da população. Reuniões de associações de bairro, palestras para
jovens, capacitação de professores, são alguns exemplos.
 Mostra de Artesanato e Produtos Rurais: incentivar que artesãos e produtores rurais
familiares exponham no PESOB os seus produtos. Orientar quanto a possíveis melhorias
na embalagem e apresentação visual dos produtos, incentivar que os artesãos e
produtores rurais criem uma pequena estrutura de recepção de visitantes em seus ateliês,
sítios e fazendas, incluir nos canais de comunicação utilizados pela UC a divulgação dos
produtos, atrair para o PESOB a realização de capacitações realizadas pelo SEBRAE,
SENAR, SENAC e outras instituições parceiras.
 Aplicação de Boas Práticas Ambientais: em parceria com EMATER, EMBRAPA,
Secretarias de Meio Ambiente, Secretarias de Agricultura, organizações não
governamentais, instituições de ensino e de pesquisa, iniciativa privada, escolher pessoas
da comunidade que possuam poder de multiplicação de conhecimento para servirem como
pilotos na aplicação de boas práticas ambientais. Uma liderança comunitária poderá ter
apoio para a construção de um painel solar para aquecimento de água em sua casa,
produzido com a utilização de embalagens Tetra Pak usadas, desde que, transmita o
conhecimento e envolva a população na construção de novos painéis solares, por
exemplo.
 Parceria com Entidades que Desenvolvem Trabalho Social: a gerência do PESOB deverá
manter estreita relação com entidades como Movimento Escoteiro, Maçonaria, Rotary
Clube, Grupos de Terceira Idade, Organizações Esportivas que, reconhecidamente,
prestem serviço à comunidade, de forma voluntária, para realização de ações cooperadas.
Importante que os canais de comunicação utilizados pelo PESOB estejam abertos também
a essas entidades.
 Unidade de Conservação Itinerante: a gerência do PESOB deverá deixar a sede física e se
aproximar da população através da realização de um cronograma de visitas, da
participação em encontros de jovens, em eventos da terceira idade, em reuniões de

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associações, em encontros de entidades representativas, sindicatos etc. A presença da
UC poderá ser materializada com a apresentação de um breve vídeo, de uma breve fala
de um voluntário, da fixação em local visível de um banner etc.
 Parque Convida: através de redes sociais, e-mails e/ou cartas a população deve ser
convidada a conhecer o PESOB e as aç es reali adas. omo “VIPs” os moradores
convidados serão recebidos pela equipe da UC, estarão acompanhados pela gerência
durante toda a visita ao PESOB, poderão receber camisetas personalizadas, bonés,
adesivos e outros materiais de divulgação da UC e, ao final, serão convidados a passar
adiante as informações recebidas e estimular que outros moradores conheçam e valorizem
o patrimônio natural e cultural visitado. É essencial que seja criado um critério para escolha
das famílias e que esse critério seja de conhecimento de todos.

Além dessas atitudes, muitas outras poderão ser implementadas com o objetivo de promover a
aproximação do PESOB com a população. Mais do que recursos financeiros, humanos e
tecnológicos, é essencial que a gerência da UC utilize a criatividade. É fundamental otimizar os
recursos que possuir e contar com a ajuda de parceiros e voluntários.

Divulgação como forma de buscar apoios à gestão da UC

Os recursos naturais e a biodiversidade são grandes “capitais naturais” que podem contribuir para
o desenvolvimento de muitas cidades, regiões e países. A conservação de áreas naturais
protegidas pode alavancar o desenvolvimento sustentável dos municípios de Ouro Branco e Ouro
Preto ao proteger atributos naturais indispensáveis à manutenção da vida, ao manter o equilíbrio
de um ecossistema responsável por trocas e sucessões naturais que garantirá a polinização de
plantas, o controle de pragas, a segurança alimentar, a regulação do clima, bem como, a geração
de novas oportunidades de negócios. Negócios Verdes, que poderão usar a biodiversidade como
plataforma para a inovação, combinando capital humano, empreendedorismo e tecnologia na
ampliação e abertura de novos mercados.

Pesquisas e estudos demonstram que a associação de uma marca a ações de responsabilidade


social e ambiental é salutar, podendo ser revertida em ganhos. Ainda que não esteja
completamente arraigado na cultura, principalmente brasileira, a necessidade de rever hábitos e
processos insustentáveis, a cada dia a população se vê obrigada a rever atitudes e a valorizar
ações que colaborem com a melhoria de sua qualidade de vida e das gerações futuras.

Diante desse cenário, o PESOB, o poder público municipal e o setor privado, devem agir de modo
cooperado e coordenado em prol de um desenvolvimento que alie o crescimento econômico
responsável, à melhoria das condições de vida da população e a conservação dos atributos
naturais. Ouro Branco e Ouro Preto poderão agregar à imagem de cidades históricas e
mineradoras, a imagem conservacionista.

Para alcançar tal objetivo, as partes interessadas, em conjunto, deverão desenvolver estratégias
que, a médio e longo prazo, venham garantir que o PESOB alcance seus objetivos de criação, a
população comemore todo o esforço empenhado na criação da UC e reconheça os benefícios
gerados, as empresas participem da implantação não apenas pelas obrigações legais e
valorização das marcas, como também pela contrapartida ao uso dos recursos naturais da região.
As estratégias poderão ser superficiais, com grande visibilidade e pouca efetividade, ou poderão
ser profundas, com engajamento real de todos os atores, privilegiando o impacto das ações, tendo
o marketing como uma consequência natural dos resultados positivos alcançados.

Caso a comunidade escolha a segunda alternativa será necessário um trabalho efetivo de


sensibilização e conscientização para os benefícios que serão gerados a partir das mudanças
propostas. Algumas mudanças poderão ser voluntárias, valorizadas com incentivos e outras
formas de reconhecimento, ou compulsórias, dentro de um programa que determine metas e
prazos. Em ambos os casos a visibilidade poderá ser dada, entre outras formas, a partir da
criação de um “Selo Verde”, um certificado de responsabilidade ambiental, uma marca que

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materialize as ações de sustentabilidade promovidas pelos municípios. Cidade Inteligente, Eco
Escola, Indústria Verde, Cidadão Consciente, Agricultor Responsável, são diversas as
nomenclaturas que poderão ser utilizadas para caracterizar os atores da sociedade e que farão
dos municípios de Ouro Branco e Ouro Preto referências em desenvolvimento sustentável.

O conceito de Economia Verde será o aglutinador de diversas ações empreendidas pelos


diferentes atores da sociedade. Para isso será fundamental que todos estejam conscientizados e
coloquem em prática atitudes sustentáveis. A seguir são destacadas algumas: (1) neutralização
das emissões de CO2; (2) apoio e participação em projetos sociais e ambientais realizados nos
municípios; (3) utilização de fontes alternativas de energia; (4) redução do consumo de energia a
partir da utilização de equipamentos eletrônicos e lâmpadas de baixo consumo, uso de controles
de iluminação associados à presença etc.; (5) utilização de produtos com baixo impacto ambiental
derivados de madeiras e fibras vegetais com selo FSC – Forest Stewardship Council; (6) utilização
de papel reciclado em todos os impressos; (7) utilização de embalagens retornáveis; (8) produção
de alimentos orgânicos; (9) apoio ao consumo de gêneros alimentícios produzidos nos municípios
onde está localizado o PESOB; (10) incentivar que a água da chuva seja captada e utilizada em
atividades em que a água tratada não seja necessária; (11) desenvolver a coleta seletiva do lixo e
a compostagem; (12) incentivar a reciclagem de materiais; (13) coletar e tratar o esgoto antes que
chegue aos cursos d‟água, entre muitas outras.

Normas técnicas brasileiras e internacionais poderão ser utilizadas como referência para
elaboração do Programa que observe as especificidades de cada atividade econômica e a
realidade das famílias. No caso dos profissionais que trabalham com turismo, por exemplo,
poderão ser adotadas medidas como: (1) reduzir o tempo gasto na lavagem dos veículos; (2)
reduzir o consumo de combustível com a utilização de veículos de aceleração gradual, redução de
pesos desnecessários dos veículos (como malas, por ex.), calibração frequente dos pneus,
revisão regular dos componentes mecânicos e eletrônicos dos veículos; (3) incentivar que turistas
não utilizem talheres, copos e pratos descartáveis; (4) reutilizar as toalhas dos hotéis o maior
número de vezes possíveis; (5) evitar o uso de xampus, cremes e protetor solar em rios e
cachoeiras; (6) utilizar pilhas e baterias recarregáveis; (7) realizar a manutenção periódica de
equipamentos para que não se tenha que adquirir novos com muita frequência; (8) sempre que
possível substituir o uso de veículos por caminhadas etc.

Além das iniciativas citadas é fundamental que o poder público municipal coloque em prática
ações que minimizem o impacto ambiental como: (1) coleta seletiva de lixo; (2) uso de biodiesel
ou etanol nos veículos de uso do serviço público; (3) diminuição do consumo de energia e papel
nos escritórios; (4) mudança das lâmpadas de ruas e semáforos para luzes LED; (5) proibição do
uso de sacolas plásticas em locais de compra de mercadorias; (6) reciclagem de resíduos de
construção; (7) premiação de iniciativas sustentáveis empregadas nos municípios; entre outras.

Principalmente para o setor privado, comércio e indústrias instaladas em Ouro Branco e Ouro
Preto, a associação de suas marcas às iniciativas ambientalistas e ao PESOB será muito positivo.
Além da busca de certificações ambientais já conhecidas ou da participação em programas
municipais, como Selo Verde, por exemplo, as empresas poderão estar representadas no
onselho onsultivo da U e participarem de projetos como “ migos do Parque”. Poderão
incentivar que seus colaboradores atuem como voluntários, patrocinar iniciativas de pesquisa e
conservação, adotar trilhas, espaços de convivência ou mesmo determinada programação de
eventos, desenvolver produtos que sejam destinados à conservação do meio ambiente etc.

No âmbito estadual e federal é essencial que a administração da UC se mantenha informada


sobre as iniciativas públicas e privadas de apoio à conservação. Editais, leis de incentivo,
programas de fomento, fundos, são algumas das fontes de recursos para projetos de proteção da
biodiversidade. No âmbito internacional é desejável o estreitamento das relações com instituições
de pesquisa, com organizações não governamentais, com organismos internacionais de
cooperação, com institutos privados, vislumbrando as oportunidades de parceria, trocas de
informação, intercâmbios e obtenção de recursos.

177
3.5.2. Subprograma Incentivo às Alternativas de Desenvolvimento

O presente programa apresenta orientações gerais para a execução de ações e projetos visando
apoiar o fortalecimento econômico e melhoria da qualidade de vida no entorno da UC. São
descritas diversas atividades potenciais ligadas ao turismo e à geração de renda e apresentada
uma proposta de Estrada Cênica no entorno do PESOB e do MNEI. São apresentados escopos
de Programas de Extensão importantes para o desenvolvimento do entorno indicadores que
poderão ser usados na avaliação dos impactos socioeconômicos relacionados à implantação do
PESOB.

A implantação e o funcionamento ordenado do PESOB ampliarão a visibilidade sobre os


municípios e contribuirão positivamente para economia e para a qualidade de vida dos moradores.
Além dos benefícios intrínsecos, é possível que outras atividades econômicas sejam incentivadas,
fomentando o desenvolvimento sustentável das cidades e da região. Algumas ações podem e
devem ser estimuladas diretamente pela gerência do PESOB, outras devem ser incentivadas, mas
precisarão contar com o apoio técnico de secretarias municipais, de autarquias e de entidades
reconhecidas.

As pesquisas e tecnologias desenvolvidas nos municípios de Ouro Branco e Ouro Preto poderão
ser pioneiras e tornarem-se referência na conservação de ambientes naturais. Na atualidade em
que são discutidas as mudanças climáticas, os impactos do uso irracional dos recursos naturais,
as consequências das ações atuais para as gerações futuras, as empresas e instituições de
ensino e pesquisa poderão desenvolver “Tecnologia para a onservação” aplicada ao
desenvolvimento sustentável dos próprios municípios.

Objetivos Específicos

 Apoiar e promover projetos visando a sustentabilidade das comunidades do entorno.


 Promover cursos de formação e capacitação para os moradores do entorno da UC.
 Administrar os atrativos turísticos de forma a envolver as comunidades.

Indicador Meta
Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
 Realizar duas  Realizar um  Realizar
atividades de seminário anual de seminários
capacitação em fortalecimento do anuais de
Ações de capacitação e temas de interesse entorno do PESOB fortalecimento do
mobilização social no das comunidades do  Oferecer 80 horas entorno do
entorno entorno anuais de PESOB
capacitação em  Oferecer 80
temas de interesse horas anuais de
das comunidades capacitação em
do entorno temas de
interesse das
comunidades do
entorno
Envolvimento de  Moradores do  Número de  Impactos dos
moradores do entorno entorno atuando condutores do programas de
em atividades como condutores na entorno ampliado extensão
econômicas UC  Moradores do implementados
sustentáveis entorno acessam no entorno
pagamento por monitorados e
serviços avaliados

178
Indicador Meta
Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
ambientais  Desenvolvimento
participativo de
programas de
extensão no
entorno

179
Plano de Ação – Subprograma de Incentivo às Alternativas de Desenvolvimento
Custo
Ação Prazo Responsável Item de Verificação Previsto
(R$)
Identificar responsáveis por projetos e ações em execução no Gerência / Coordenação de
o Responsáveis
entorno da UC relacionados às ações e programas de extensão 1 ano Visitação e Integração com 0,00
contatados
propostos no Plano de Manejo o Entorno
Estabelecer parceria com as Secretarias de Turismo e Meio
Ambiente de Ouro Branco e Ouro Preto visando fomentar o Gerência/ IEF / Pref. Mun.
1o ano Parcerias estabelecidas 0,00
Ecoturismo, o Turismo de Natureza, o Turismo de Aventura, o Ouro Branco e Ouro Preto
Turismo em Espaço Rural e o Turismo Cultural
Gerência / Coordenação de
Identificar e divulgar no entorno políticas públicas, parcerias e
o Visitação e Integração com Lista de oportunidades
editais que podem ser acessados pelas organizações e 1 ano 0,00
o Entorno / Conselho elaborada
moradores
Consultivo
Estabelecer parceria com universidades, EMBRAPA, EMATER,
EPAMIG, IMA, Secretarias municipais, empresas e ONGs com
atuação na Zona de Amortecimento da UC para potencialização 1o ano Gerente Parcerias estabelecidas 0,00
de ações de extensão no entorno

Promover seminário para o fortalecimento do entorno do


Gerência / Coordenação de
PESOB e sensibilização das comunidades do entorno quanto às Programação e lista de
2o ano Visitação e Integração com 8.500,00
oportunidades geradas pela Economia Verde e Pagamentos por participantes
o Entorno / Prefeituras
Serviços Ambientais
Gerência / Coordenação de
Identificar, apoiar e divulgar programas de capacitação e ações
Visitação e Integração com Agenda semestral de
de fomento ao turismo, agricultura familiar, artesanato e demais 3o ano 0,00
o Entorno/Conselho capacitações divulgada
atividades econômicas identificadas
Consultivo
Gerência / Coordenação de
Reunir prefeituras, organizações civis, empresas e demais
3o ano Visitação e Integração com Reunião realizada 1.000,00
interessados para desenvolver a proposta de Estrada Cênica
o Entorno
Promover capacitação de moradores do entorno na elaboração
3o ano Gerência / IEF / Consultor Capacitação realizada 8.000,00
e gestão colaborativa de projetos comunitários sustentáveis
Incentivar e apoiar através de programas de extensão Coordenação de Visitação Ações relacionadas ao
produtores rurais na implementação de atividades econômicas 3o ano e Integração com o Entorno fomento da Economia 5.500,00
relacionadas à Agroecologia e Serviços Ambientais / Pref. Mun. Ouro Branco e Verde executadas

180
Plano de Ação – Subprograma de Incentivo às Alternativas de Desenvolvimento
Custo
Ação Prazo Responsável Item de Verificação Previsto
(R$)
Ouro Preto/Consultor
Coordenação de Visitação
Ações relacionadas ao
Incentivar e apoiar a produção de artesanato entre os e Integração com o Entorno
3o ano fomento do Artesanato 5.500,00
moradores da região / Pref. Mun. Ouro Branco e
executadas
Ouro Preto/Consultor
Coordenação de Visitação
Ações relacionadas ao
Incentivar e apoiar a estruturação de receptivos turísticos e Integração com o Entorno
3o ano fomento de receptivos 5.500,00
formados por moradores / Pref. Mun. Ouro Branco e
turísticos executadas
Ouro Preto/Consultor
Gerência / Coordenação de
Incentivar e apoiar a elaboração de produtos e roteiros turísticos o Visitação e Integração com Produtos e Roteiros
3 ano 0,00
no entorno da UC o Entorno / Pref. Mun. Ouro turísticos implementados
Branco e Ouro Preto
Gerência / Coordenação de Ações relacionadas ao
Incentivar e apoiar a oferta de serviços de apoio à visitação na o Visitação e Integração com fomento da oferta de
3 ano 0,00
UC o Entorno / Pref. Mun. Ouro serviços de apoio à
Branco e Ouro Preto visitação
Orientar empreendedores acerca de fontes de financiamento Gerência / Coordenação de
disponíveis, programas governamentais e demais iniciativas que Visitação e Integração com Ações de sensibilização
3o ano 0,00
possam ajudá-los a ampliar as oportunidades de geração de o Entorno / Pref. Mun. Ouro e capacitação realizadas
emprego e renda Branco e Ouro Preto
Gerência / Coordenação de
Desenvolver ferramentas de monitoramento e avaliação do Ferramentas
3o ano Pesquisa e Monitoramento 0,00
impacto da implantação da UC na região desenvolvidas e em uso
/ Parceiros
Gerência / Coordenação de
Avaliar impactos da UC no entorno e atualizar estratégias de a partir do
o Pesquisa e Monitoramento Relatório da avaliação 0,00
ação 3 ano
/ Parceiros
Gerência /IEF / Pref. Mun.
Elaborar projeto técnico da Estrada Cênica ao longo da rodovia o Produtos e Roteiros
4 ano Ouro Branco e Ouro Preto / 25.000,00
estadual MG-129 turísticos implementados
Consultor

181
Desenvolvimento de Atividades Econômicas Sustentáveis no Entorno do PESOB

Turismo

Partindo-se do pressuposto de que o turismo sustentável pode ser uma alternativa real de geração
de ocupação e renda a partir da conservação e valorização do patrimônio, acredita-se que as
comunidades do entorno do PESOB poderão se beneficiar não só da manutenção e melhoria dos
índices de qualidade de vida, como também, das oportunidades econômicas geradas pela
visitação.

São inúmeros os exemplos de regiões que pautaram seu crescimento em torno do turismo, tendo
como âncora as Unidades de Conservação, principalmente os Parques. Não se espera que o
PESOB mude radicalmente a característica econômica dos municípios de Ouro Branco e Ouro
Preto (ainda que esse tenha no turismo importante fonte de receita), sabidamente associada à
indústria extrativista e de beneficiamento e aos serviços. Entretanto, a atividade turística,
caracterizada por sua gigantesca capilaridade, pode fomentar diversas alternativas econômicas
existentes e alavancar a criação de outras.

O turismo realizado com base nos pilares de sustentabilidade, como indústria limpa, poderá
contribuir para uma melhor distribuição da renda, fixar a população no campo, valorizar a
experiência e o conhecimento das populações rurais, divulgar o nome dos municípios, elevar a
autoestima da população, ampliar o sentimento de pertencimento e de apreço pelos aspectos
culturais e pela riqueza dos atributos naturais.

O turismo, por suas características, poderá atrair o público consumidor para os municípios, mas
não será a única alternativa econômica a ser fomentada pela presença do PESOB. A presença da
área natural protegida, a característica de ocupação e uso do solo nas propriedades rurais,
somadas a uma tendência mundial de incentivo às práticas sustentáveis de agricultura e da
alimentação orgânica, criam uma atmosfera favorável para o desenvolvimento de atividades
econômicas relacionadas à Economia Verde, bem como, ao emprego de Serviços Ambientais. A
imagem de municípios que conciliam o desenvolvimento com a conservação ambiental poderá
estimular também a indústria familiar com a produção de artesanato, souvenires, produtos
utilitários e de decoração relacionadas ao PESOB e a biodiversidade.

A gerência da UC deverá incentivar a criação de receptivos turísticos locais nos municípios


(principalmente em Ouro Branco), sendo que o PESOB poderá ser utilizado como base
operacional de um receptivo local composto por condutores que realizarão atividades no interior
da UC e também em seu entorno. A gerência das UC poderá auxiliar na elaboração de produtos e
roteiros turísticos a serem oferecidos pelos receptivos, orientando quanto aos elementos de
gestão da segurança a serem trabalhados, os diferenciais na prestação de serviços, a relevância
dos recursos turísticos visitados. Poderá ainda envolver a comunidade em um calendário anual de
capacitações utilizando as estruturas do PESOB como base de formação profissional para
prestadores de serviços turísticos.

Em conjunto com o poder público municipal poderá auxiliar na definição de estratégias de


promoção e comercialização do Destino Turístico e incentivar que proprietários do entorno da UC
ofereçam visitas guiadas às suas propriedades, serviços de alimentação e hospedagem, entre
outras atividades. Poderá desenvolver campanhas de sensibilização quanto a importância do
desenvolvimento sustentável tendo como elemento chave a visitação em áreas naturais
protegidas, bem como, destacar os malefícios das práticas irresponsáveis.

De modo mais amplo o poder público municipal, em parceria com esferas do governo estadual e
federal, assim como, entidades afins à atividade turística (COMTUR, associações de empresas,
sindicatos, Sistema S, agências e operadoras de turismo, circuito turístico, etc.) deverá ampliar e
diversificar a oferta turística dos municípios de Ouro Branco e Ouro Preto, transformando recursos
turísticos potenciais em produtos que venham, de maneira competitiva, atrair visitantes para a
região e gerar receita.

182
Recomenda-se que os produtos turísticos desenvolvidos possam ser vivenciados durante todo o
ano e por diferentes perfis de público. Obviamente, o desenvolvimento de produtos turísticos
precisará ser acompanhado da melhoria na infraestrutura, qualificação dos prestadores de serviço
e, também, políticas públicas de proteção do patrimônio. As escolas deverão promover a
educação patrimonial; o poder público deverá democratizar o acesso às manifestações culturais;
os jovens deverão ser incentivados a desenvolver seus talentos; os artistas, proprietários de bens
culturais, organizadores de eventos, deverão ser capacitados para que possam estruturar,
promover e comercializar seus produtos (tangíveis e intangíveis).

A proposta de produto turístico com características histórico culturais deve fortalecer a identidade
municipal e regional, a partir de eventos e iniciativas promovidas pela própria população, com o
apoio do poder público. O objetivo é que esse potencial possa atuar como oferta principal com
capacidade de atrair demanda para o município, bem como, possa atuar como oferta
complementar a outros produtos turísticos existentes ou a serem desenvolvidos, como a visita à
UC ou às localidades com estrutura e visibilidade turística já reconhecida, ampliando as
possibilidades de permanência do visitante na cidade. Para isso será necessário que os
municípios, principalmente a sede de Ouro Branco e a zona rural de Ouro Preto, limítrofe ao
PESOB, implementem ações audaciosas e pioneiras, cujo resultado será percebido ao longo do
tempo, mas de forma perene. A seguir são recomendadas algumas ações:

Circuito Cultural: Baseado na construção de rotas temáticas que levem os visitantes a espaços
públicos e privados, transformando as cidades e povoados em espaços vivos de cultura, arte e
conhecimento, valorizando a arquitetura e a história dos lugares, dando uso a conjuntos
arquitetônicos, promovendo uma experiência curiosa e diferenciada de conhecimento da cidade,
tanto para os moradores, quanto para visitantes. O circuito deverá incluir praças, ruas, casas,
edifícios, monumentos que, de modo organizado e criativo, utilizarão ferramentas de interpretação
(principalmente tecnológicas), criando corredores temáticos variados: Circuito Gastronômico,
Circuito Religioso, Circuito Festas Populares, Circuito Saberes e Fazeres, Circuito Caminhos
Antigos, Circuito da Batata, etc. Esse Circuito Cultural, por sua natureza temática, deverá ser
caracterizado por sinalização indicativa e interpretativa personalizadas. Devem ser criados mapas,
guias impressos e digitais, arquivos de áudio, aplicativos para smartphones e tablets, que
permitiam ao visitante realizar passeios autoguiados. A atmosfera criada pela sinalização e
interpretação transformará os Circuitos em cenários, onde o visitante será como um personagem,
vivenciando fatos históricos, contatando personalidades, participando de eventos, mostras,
exposições, etc.

Espetáculo Som e Luz: Outro e emplo a reali ação de eventos no formato “Som e Lu ”. Eventos
semanais, realizados nos finais de semana, utilizando edificações ou sítios naturais como cenário
para histórias contadas a partir de projeções de luzes coloridas, música e narrativas. Não existirão
artistas atuando, somente projeções de imagens e sons. Os espetáculos poderão narrar histórias
em capítulos diários, onde o visitante será incentivado a permanecer ao menos mais uma noite na
cidade. Os espetáculos devem ser apresentados ao ar livre, com o uso de tecnologias
audiovisuais e a criatividade dos produtores culturais. Um estudo específico de impacto ambiental
e de viabilidade técnica poderá autorizar a projeção inclusive na escarpa montanhosa da Serra do
Ouro Branco, na vertente voltada para a cidade, fazendo da parede uma imensa tela de projeção.

Eventos Regulares: Outra possibilidade é a realização de eventos regulares com temas variados
como gastronomia, música, teatro, cinema, literatura, dança, etc. Esses eventos servirão para
divulgar a produção cultural local e regional, podendo atrair também, artistas de expressão
nacional e internacional. Será fundamental para a realização desses eventos que as políticas
públicas de incentivo à realização de projetos culturais sejam ampliadas e implementadas. É
importante ainda que a iniciativa privada patrocine as iniciativas e possa divulgar sua marca.

Além dos produtos culturais é essencial que os municípios ofereçam condições para receber os
visitantes. Não somente através da hospitalidade e de equipamentos turísticos, mas também, do
cuidado com a limpeza dos espaços públicos, da recuperação de edifícios históricos, com o

183
paisagismo das casas. Diante disso, sugere-se que o poder público municipal promova um
concurso com o objetivo de fazer das cidades e povoados lugares melhores para se viver, com
melhor oferta de qualidade de vida, com patrimônio valorizado e protegido. O concurso proposto
será anual e incentivará a população a fazer do seu local de moradia e trabalho um lugar mais
encantador, concorrendo a prêmios e incentivos fiscais. O concurso será dividido em categorias,
tais como: paisagismo de jardins, conservação de edifícios históricos, arborização de ruas e
avenidas, conservação de fachadas de casas, conservação de praças, padronização e otimização
de sinalização comercial, decorativa ou festiva, redução dos índices de poluição sonora, etc.

Os vencedores terão seus nomes divulgados nos veículos locais de imprensa, receberão prêmios,
terão descontos em impostos urbanos, receberão placas personalizadas de honra ao mérito para
serem fixadas nas casas, ruas ou praças, poderão fazer parte de um passeio temático organizado
para levar visitantes e outros moradores para conhecerem as casas mais bonitas, ou as iniciativas
mais destacadas. Importante que a população participe também do processo de escolha dos
vencedores, assim como, exista uma comissão formada por arquitetos, urbanistas, paisagistas,
artistas, entre outros profissionais. Cidades mais bonitas atraem mais visitantes, ampliam a
autoestima dos moradores, valorizam financeiramente os imóveis, evitam atos de vandalismo,
entre outros benefícios.

Outra iniciativa com envolvimento direto da população será o incentivo a criação de hospedagens
domiciliares na zona rural dos municípios de Ouro Branco e Ouro Preto. Locais como Morro do
Gabriel, Miguel Burnier e Itatiaia poderão participar de uma iniciativa piloto, sendo estendido o
projeto a outras localidades na sequência. A proposta será estruturada a partir de uma rede de
residências registradas por uma entidade gestora (Secretaria Municipal de Turismo, COMTUR ou
Associação a ser criada). As residências serão classificadas de acordo com o número de quartos,
estrutura disponível, perfil de público que pretende trabalhar, restrições a perfis de público,
proximidade com atrativos turísticos, localização, serviços agregados, capacidade de atendimento
em outros idiomas além do português, entre outras características.

As reservas serão feitas diretamente com os proprietários das residências ou através de uma
central de reservas online (ex. website do projeto). As residências serão incentivadas a investir em
adequações para ampliação da segurança e conforto dos hóspedes, assim como, na
personalização dos próprios imóveis, transformando-os em verdadeiros atrativos. As famílias
participantes do projeto deverão ser capacitadas em técnicas de recepção, manutenção de
instalações, cozinha, lavanderia, arrumação de quartos, comercialização, gestão financeira, além
de serem incentivadas a desenvolver o espírito empreendedor com a oferta de novos serviços
como, por exemplo, condução de grupos e transporte turístico.

Uma oportunidade identificada na etapa de diagnóstico relacionada à Unidade de Conservação


remete à implementação de um transporte público que percorra as principais vias do PESOB com
os visitantes. Esse transporte poderá também conectar a sede dos municípios de Ouro Branco e
Ouro Preto ao PESOB. O investimento deverá ser feito pela iniciativa privada por meio dos
mecanismos de operacionalização e manutenção de infraestrutura já destacados neste
documento.

Outra possibilidade de vivência será a partir do manejo de vias históricas transformando-as em


vias turísticas com diferentes temas (cênicas, históricas, aventura etc.), estruturadas para serem
percorridos a pé, em bicicletas ou a cavalo. Esses caminhos terão como objetivo levar os
visitantes à zona rural dos municípios, principalmente aos povoados, tão importantes para a
ocupação do território e o crescimento econômico da região. As vias turísticas poderão utilizar
antigas trilhas, estradas de terra abandonadas ou pouco utilizadas e, até mesmo, o leito da antiga
estrada férrea. As propriedades rurais poderão ser incentivadas a oferecer serviços e atividades,
bem como, adotar práticas mais sustentáveis na produção agropecuária, no uso dos recursos
naturais, na gestão dos resíduos, etc. Antigas estações de trem poderão ser revitalizadas,
recebendo novos usos, como espaços culturais ou gastronômicos, por exemplo. As residências e
comércios com bens culturais relevantes poderão ser estimuladas a receber visitantes.

184
Ao percorrerem os caminhos os visitantes serão convidados a viajar pelo espaço (físico) como
também pelo tempo. Além de conhecerem processos, ferramentas, equipamentos, segredos da
produção rural e da mineração, poderão também, estar em contato com a simplicidade e riqueza
da cultura rural, aprendendo sobre os saberes e fazeres locais. A experiência de contato com a
cultura mais genuína da região deverá ser complementada com uma cobertura plena de telefonia
celular, utilização de meios digitais de interpretação, aplicativos para smartphones e tablets,
fazendo com que o antigo e moderno, o passado e o futuro, estejam sempre em perfeita
integração, revelando aos visitantes e turistas a identidade da região.

Diante da gama de possibilidades (recursos turísticos) encontradas no entorno do PESOB (trilhas,


cachoeiras, fazendas antigas, atividades produtivas, patrimônio natural e cultural, unidades de
conservação, entre outros) propõem-se ainda a implantação de um corredor de permanência com
aproximadamente 18 km, conectando a sede do município de Ouro Branco ao distrito de Lavras
Novas, em Ouro Preto, em seu eixo principal. A partir do eixo principal sairão corredores
secundários que levarão o visitante aos principais atrativos da região. Propõe-se um novo
conceito para a rodovia estadual MG-129, no trecho em que atravessa o PESOB e o MNEI,
deixando de ser apenas um corredor de passagem, para se tornar um corredor de permanência.

Estrada Cênica

Os conceitos de Estrada-Parque “ rqu r t v r u t v , u tur , r reativo e


panorâmico que protege faixas de terra ao longo de trechos ou a totalidade de caminhos, estradas
ou vias de acesso, e cujos limites são estabelecidos com vistas à proteção de suas características
e mantidos em estado natural ou semi natural evitando-se obras que desfigurem o meio
ambiente"24 ou “trecho da via automotiva que, inserida em unidade de conservação federal,
possua características que compatibilizem sua utilização com a preservação dos ecossistemas
locais, a valorização da paisagem e dos valores culturais e, ainda, que fomentem a educação
ambiental, o turismo consciente, o lazer e o desenvolvimento socioeconômico da região onde está
inserida”25 poderiam ser aplicados a essa proposta, entretanto, uma vez que Minas Gerais não
possui em seu Sistema Estadual de Unidades de Conservação tal categoria de manejo, propõem-
se a utilização da nomenclatura Estrada Cênica, ou seja, rodovia pavimentada ou não, com
atributos naturais e culturais de grande relevância, com destaque para os aspectos cênicos e, que
nesse caso, passa pelo interior de duas Unidades de Conservação, une diversos sítios históricos
de importância comprovada e localiza-se no interior de uma Reserva da Biosfera e de região que
pleiteia o título de GeoParque junto à UNESCO.

A Portaria Interministerial n° 282, de 16 de setembro de 2008, estabelece critérios e


procedimentos administrativos para a implantação de Estradas-Parque em Unidades de
Conservação Federais.

O termo implantação dá a entender que a estrada será construída em região onde já exista
Unidade de Conservação criada, o que não se aplica a essa proposta. Entretanto os critérios
exigidos pela portaria poderão ser utilizados como referência para a proposta de Estrada Cênica,
a saber: (i) estudo prévio de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental EIA/RIMA,
elaborados em conformidade com a legislação vigente; (ii) inventário dos atributos da região; (iii)
traçado: deverá seguir o curso menos impactante possível, reduzindo ao máximo, as
interferências no meio físico, tais como cortes de taludes, aterros, drenagens de áreas úmidas,
cru amentos de cursos d‟água e aç es afins; (iv) contenç es de encostas e cortes de taludes:
deverão respeitar ao máximo a geologia e a geomorfologia locais e provocar o menor impacto
paisagístico possível; (v) pavimentação: deverá compatibilizar as necessidades de tráfego às
especificidades locais, tais como relevo, clima, geologia, geomorfologia, hidrologia e outras, e

24
DA-RÉ, M e ARCARI, R. A rodovia como ordenador espacial: uma proposta de Estrada
Parque. IIIº Encontro Ibero-Americano do Setor Transportes, Curitiba, 1998.
25
Disponível em
http://uc.socioambiental.org/sites/uc.socioambiental.org/files/Port281_MMA_MTUR_17092008.pdf .
Acesso em: 12 de novembro de 2015

185
priorizar utilização de materiais menos poluentes e menos agressivos à natureza; (vi)
redutores de velocidade: poderão ser instalados para a adequação da velocidade em
determinados trechos; (vii) ciclovias e vias para pedestres: sempre que possível, deverão ser
previstas no projeto vias próprias para o trânsito de ciclistas e pedestres, unindo pontos de
parada, mirantes naturais, em trechos que visem à interpretação turística e ainda, quando
necessário, à segurança dos mesmos; (viii) mirantes naturais: sempre que houver paisagens
notáveis e as condições locais permitirem, deverão ser feitos recuos suficientes que permitam
breve e adequado estacionamento para a contemplação das mesmas; (ix) pontos de parada:
poderão ser feitos, se cabíveis, recuos com estacionamento para acesso a serviços de
alimentação, áreas de lazer, descanso e de conveniência; (x) ocupação lindeira: deverá ser
evitada e, quando ocorrer, deverá restringir-se apenas a trechos já alterados pela ação antrópica,
privilegiando, se for o caso, atividades voltadas para o turismo ecológico e rural, o lazer e a
valorização ambiental do entorno, sendo terminantemente vedada a instalação de equipamentos
publicitários de qualquer espécie ao longo da estrada-Parque; (xi) guaritas: poderão ser erguidas
guaritas para controle de acesso de veículos, limitando sua passagem quando necessário; (xii)
zoopassagens: nos trechos situados no interior de unidades de conservação de proteção integral,
ou em outros considerados necessários, deverão ser construídas estruturas que permitam a
passagem da fauna sob ou sobre a estrada-Parque em segurança que vise garantir o fluxo gênico
e a integridade física da mesma; (xiii) pórticos: deverão ser colocados na entrada e na saída do
trecho contemplado como estrada-Parque, indicando o seu nome, percurso, órgãos envolvidos e
outras informações úteis aos visitantes; (xiv) centro de visitantes: é desejável a implantação de um
Centro de Visitantes que disponibilize informações sobre os atrativos da região listados no art. 2º
desta Portaria, sobre as características da flora e da fauna em geral e sobre outros temas
pertinentes; e (xv) sinalização: além da sinalização rodoviária normal, haverá sinalização turística
completa, interpretativa acerca dos atrativos relacionados à estrada-Parque.

A proposta da Estrada Cênica além de exigir inúmeras intervenções estruturais, muitas delas já
previstas pelos termos de ajustamento de conduta elaborados durante o asfaltamento da via,
demandará a estruturação dos pontos de parada e visitação, previstos nos Planos de Manejo do
PESOB e MNEI, bem como, um plano interpretativo que poderá ser construído em conjunto com
instituições de pesquisa e ensino, circuito turístico, projeto Estrada Real, GeoParque Quadrilátero
Ferrífero e Reserva da Biosfera do Espinhaço.

A proposta da Estrada Cênica (Figura 3.2) contribuirá para a integração das Unidades de
Conservação e as comunidades do entorno. O incentivo à permanência do visitante e turista na
região promoverá a geração de postos de trabalho e atividades econômicas associadas,
estimulando a fixação do homem no campo, o empreendedorismo juvenil e participação cada vez
mais efetiva da mulher no mercado de trabalho. A título de visão de futuro, propõe-se que o poder
púbico municipal, a iniciativa privada, as instituições parceiras e a comunidade, trabalhem com
uma meta desafiadora de seis dias de permanência do turista, em média, na região compreendida
pela Estrada Cênica. O alcance de tal meta exigirá esforços e investimentos em um trabalho de
médio a longo prazo. Vale destacar que seis dias era o tempo médio gasto pelas tropas, no século
XVIII, no trecho entre a atual Miguel Burnier e a sede do município de Ouro Preto, segundo
descrição feita por André João Antonil, em seu livro Cultura e Opulência do Brasil.

186
Figura 3.2. Proposta de Estrada Cênica no trecho da rodovia estadual MG-129 entre as Unidades
de Conservação PESOB e MNEI

Apoio à agricultura familiar

Além das iniciativas associadas ao turismo, a gerência do PESOB, em conjunto com o poder
público e entidades parceiras, poderá fomentar o desenvolvimento de atividades econômicas
sustentáveis no entorno da área natural protegida a partir do apontamento de caminhos que os
auxiliassem a regularizar eventuais ilegalidades, principalmente em relação ao código florestal e
outras legislações aplicáveis, como também, obter recursos materiais, financeiros e tecnológicos
para a ampliação e melhoria de suas atividades econômicas.

O Programa Mais Ambiente do Governo Federal, por exemplo, apoia a regularização ambiental
das propriedades e posses rurais em todo território nacional. Agricultores familiares poderão obter
apoio para recuperação de Áreas de Proteção Permanente e Reserva Legal dos imóveis rurais,
bem como, gratuidade no Cadastro Ambiental Rural e Averbação da Reserva Legal, desde que
sejam orientados para tal. Do mesmo modo, poderão pleitear junto ao Governo do Estado de
Minas Gerais o incentivo financeiro denominado Bolsa Verde, desde que preservem ou se
comprometam a recuperar a vegetação nativa em suas propriedades ou posses.

O pagamento por Serviços Ambientais é outro caminho a ser incentivado no entorno do PESOB,
podendo contribuir para a proteção dos ecossistemas, como também, gerar alternativa econômica
para os moradores de zonas rurais. A regulação do clima, manutenção do ciclo hidrológico,
produção de oxigênio, manutenção dos processos ecológicos, prevenção da erosão do solo,
manutenção das condições dos recursos ambientais naturais, provisão de espaço para moradia,
cultivo, recreação e turismo, polinização, sequestro de carbono, são serviços que beneficiam o ser
humano e do qual ele poderá também obter remuneração.

Além disso, existem diversas outras fontes de recursos disponibilizadas pelo poder público e por
organizações não governamentais que apoiam iniciativas que envolvam produtores rurais

187
familiares e conservação da biodiversidade. O Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar, por exemplo, oferece capacitação para mulheres e jovens. Existem ainda
fontes de recursos para apoio ao desenvolvimento de ações de agroecologia e agroflorestas. Os
próprios municípios podem criar e implementar programas de incentivo econômico pagando aos
proprietários rurais por serviços ambientais de proteção da água, captura de carbono,
conservação de florestas e biodiversidade.

Os produtores rurais que, em sua maioria, se sentem lesados pelas condições impostas pelo
mercado para comercialização dos produtos, como o leite e a carne, poderão receber capacitação
e incentivo para investimento no beneficiamento desses e de outros produtos. A batata, por
exemplo, que já ocupou lugar de destaque na economia de Ouro Branco, poderá ter a produção
incentivada a partir do beneficiamento da produção. Apesar de ser lembrada em um evento
especifico realizado anualmente não se percebe no comércio local, tampouco nas propriedades
rurais, produtos como pães, batatas chips, farinhas, receitas que tenham como ingrediente
principal a batata.

Artesanato

Outra atividade econômica com grande potencial de aproveitamento na região é o artesanato.


Dados do IBGE apontam que mais de 8,5 milhões de pessoas no Brasil vivem da atividade do
artesanato, movimentando cerca de 28 bilhões de reais anualmente. O artesanato além de
valorizar a identidade cultural das comunidades e gerar ocupação e renda, promove a melhoria da
qualidade de vida das famílias. O fortalecimento dessa atividade nos municípios poderá se utilizar
de programas já existentes de apoio ao artesão, principalmente do Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e a
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER). Tais programas poderão contribuir
para o conhecimento aprofundado das tipologias, técnicas e matérias primas, designer,
embalagem, promoção, acesso ao mercado e comercialização dos produtos. O artesanato em
Pedra Sabão, trabalhado principalmente em Santa Rita de Ouro Preto, já é conhecido e contribui
para a economia local. O PESOB poderá contribuir com a promoção do trabalho ofertando espaço
para divulgação em eventos que realizar e mesmo no interior da UC, a partir da implementação
das estruturas de apoio à visitação. O artesanato da Cerâmica Saramenha é identificado
diretamente com Ouro Branco, apresenta grande potencial para comercialização e envolvimento
de mais artesãos, mas ainda é uma atividade pontual, restrita a praticamente um ateliê na cidade.
O PESOB poderá contribuir da mesma maneira sugerida para o artesanato em Pedra Sabão.

Programas de Extensão para o Entorno

Diante das diferentes oportunidades econômicas e socioculturais a serem geradas pela


implantação do PESOB, faz-se necessário a elaboração de Programas de Extensão que auxiliem
na qualificação do capital social, ampliando as chances de acesso aos benefícios.

Programa de Extensão 1 - Educação Ambiental


A Educação Ambiental deve ser vista como um processo de sensibilização e conscientização de
jovens e adultos para a conservação e proteção do meio ambiente e, principalmente, para a
construção de sociedades mais sustentáveis. É um tema abrangente, interdisciplinar e que
ultrapassa os limites físicos das escolas, devendo ser parte do cotidiano das pessoas. A
Educação Ambiental deve promover mudanças de valores e atitudes, deve transformar e melhorar
as relações em comunidade e entre comunidade e meio ambiente.

Programa de Extensão 2 - Empreendedorismo e Capital Social


Empreendedorismo segundo o autor Robert Hirsch “o processo de criar algo diferente e com
valor”. Espera-se que este Programa possa ajudar a despertar nos moradores de Ouro Branco e
Ouro Preto o espírito empreendedor, a partir de caminhos que os levem a realizar sonhos e ideias.
Ao mesmo tempo, promover, a partir do relacionamento social, atributos que os tornem mais
competitivos, que aumentem as possibilidades de produtividade e de ganhos, sempre permeados
por práticas sustentáveis.

188
Programa de Extensão 3 – Sociobiodiversidade, Economia Verde e Tecnologias Sustentáveis
O conceito de Sociobiodiversidade valoriza não só a riqueza de espécies de fauna e flora
encontradas no Brasil, como a riqueza sociocultural dos povos que aqui vivem. Para o Programa
das Naç es Unidas para o Meio mbiente (PNUM ) a Economia Verde “resulta em melhoria do
bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz, significativamente,
riscos ambientais e escasse ecológica. ” Os dois conceitos buscam indicar caminhos para um
desenvolvimento mais responsável, associando conservação e economia que possua valor
socioambiental agregado. Os resultados esperados poderão ser alcançados a partir da educação
e da promoção da agroecologia e tecnologias sustentáveis.

Programa de Extensão 4 - Formação Profissional


O Programa de Formação Profissional tem como objetivo oferecer oportunidades aos moradores
de Ouro Branco e Ouro Preto para que possam adquirir conhecimentos e capacidades e possam
aproveitar as oportunidades de ocupação e geração de renda originadas com a estruturação da
Unidade de Conservação. O Programa, a princípio, deverá focar as atividades relacionadas com
Turismo, Artesanato e Agricultura Familiar, podendo ampliar suas ramificações a partir de
demandas estruturadas.

Programa de Extensão 5 - Acesso a Mercados


Este Programa tem como objetivo auxiliar o empreendedor na formatação de seu produto ou
serviço, na gestão financeira, nas estratégias de promoção e nos canais de distribuição ao
mercado. Voltado à comercialização, o Programa levará informações ao empreendedor sobre as
tendências de mercado, indicadores macroeconômicos e oportunidades de investimento.

A implementação dos Programas deve envolver a realização de encontros presenciais, tutoria a


distância, oficinas de campo, seminários, palestras, utilização de estudos de caso, visitas e
missões técnicas, intercâmbios, etc. São programas independentes e ao mesmo tempo
complementares. Deverão ser executados em parceria com instituições de ensino, organismos de
fomento dos municípios e organizações com experiência comprovada em qualificação de
pessoas.

Indicadores de Qualidade de Vida Aplicáveis às Comunidades do Entorno

Os indicadores devem ser mensuráveis e analisáveis, devem ser precisos e interpretados de


forma igual por todos, devem ser consistentes e sensíveis ao ponto de perceberem detalhes e
mudanças de condições. Os indicadores quantitativos ou qualitativos serão instrumentos de
avaliação usados para mensurar desempenho, resultados, impactos de ações implementadas
pelo PESOB. Espera-se que a UC possa promover mudanças no dia a dia das comunidades do
entorno, em especial, na qualidade de vida da população.

Avaliar a qualidade de vida pode ser algo subjetivo, bem como, pode estar amparado em
diferentes modelos e teorias. Perguntas como “Voc se sente mais feli após a implantação do
PESOB?” ou “Voc acredita que sua vida tenha melhorado após a implantação do PESOB?”, ou
ainda, “ Voc está mais satisfeito com a vida que tem hoje do que antes da implantação do
PESOB?”, já serão capa es de revelar elementos importantes sobre o impacto da implantação da
UC sobre a sociedade. Mas visando tornar a análise menos subjetiva e, com base nas
expectativas da população presente às oficinas participativas realizadas em julho de 2014, e
população entrevistada nas ruas para elaboração do Diagnóstico Socioeconômico, são
apresentados alguns exemplos de indicadores26 que poderão ser adotados.

26
Os indicadores terão como referência ou marco zero os índices identificados antes da implementação
do Plano de Manejo e da estruturação da Unidade de Conservação (implantação de estruturas mínimas
para visitação, implementação dos Programas de Manejo, etc.)

189
Indicadores Econômicos:
 Número de novas unidades de negócios vinculadas ao funcionamento do PESOB nas
comunidades vizinhas;
 Número de postos de trabalho gerados;
 Percentual de aumento da renda per capta dos domicílios permanentes;
 Percentual de aumento dos índices de distribuição de renda da população residente;
 Percentual de valorização dos imóveis e terrenos.

Indicadores Sociais:
 Número de estabelecimentos comerciais com oferta de serviços à população abertos após
a implantação do PESOB;
 Número de ocorrências de crimes contra pessoas e patrimônio;
 Número de ocorrências envolvendo uso de entorpecentes (principalmente entre jovens);
 Percentual de ampliação do contingente de agentes de defesa social no município;
 Percepção da população quanto à melhoria na limpeza das ruas e de lotes;
 Percepção da população quanto à melhoria na conservação do patrimônio;
 Percentual de ampliação dos serviços de coleta seletiva do lixo;
 Percentual de domicílios atendidos com serviço de esgotamento sanitário;
 Percentual de tratamento dos resíduos líquidos antes de chegarem aos córregos e rios;
 Percentual de melhora dos Índices de Desenvolvimento Humano;
 Percentual de melhora do Índice de Gini;

Indicadores de Saúde:
 Percentual de redução do número de moradores afetados por doenças causadas pela falta
de saneamento básico;
 Percentual de m2 de área verde por habitante;
 Índices de qualidade do ar- Índices de qualidade da água captada para consumo da
população.

Indicadores de Bem Estar:


 Número de atividades e eventos culturais realizados no município;
 Percepção da população quanto à ampliação da oferta de estrutura de recreação e lazer
no município.

190
3.6. PROGRAMA DE PESQUISA E MONITORAMENTO ECOLÓGICO

Um dos pontos fortes do PESOB é o fato de guardar remanescentes significativos de


floresta e campos rupestres, apresentando elementos da flora e da fauna representativos
dos biomas Cerrado e Mata Atlântica. São áreas interessantes para pesquisas científicas,
que podem aprofundar o conhecimento sobre os ecossistemas protegidos e sobre as
espécies que neles habitam, de modo a contribuir para a conservação da Mata Atlântica, do
Cerrado e dos campos rupestres neste região.

A pesquisa é uma atividade investigativa, minuciosa, sistemática, onde estudos são


realizados com o objetivo de descobrir fatos, refutar ou comprovar hipóteses, levantar dados
e sistematizar informações acerca de determinado fenômeno. As atividades de pesquisa
serão em geral realizadas por instituições de ensino e pesquisa, , cientistas, professores,
naturalistas, consultores, entre outros. A atividade poderá acontecer por demanda da
Unidade de Conservação ou por interesse de terceiros.

A pesquisa poderá aprofundar estudos iniciados com a elaboração do Plano de Manejo da


Unidade, atrair públicos de interesse específico para a Unidade de Conservação, ampliar o
banco de dados da Unidade no que se refere a aspectos físicos, biológicos e
socioeconômicos, fomentar parcerias entre Parque e instituições de ensino e pesquisa,
estimular a prática do voluntariado.

Objetivos Estratégicos Pretendidos

 Preservar e recuperar os ecossistemas nativos.


 Apoiar pesquisas relevantes para a UC.
 Estabelecer parcerias com empresas, órgãos governamentais, instituições de ensino
e pesquisa e outros atores.

Objetivos Específicos

 Incentivar, promover e apoiar o desenvolvimento de pesquisas científicas na UC,


principalmente aquelas voltadas para o manejo dos ecossistemas nativos, a
recuperação de áreas degradas e o monitoramento ecológico.
 Divulgar os resultados das pesquisas científicas realizadas na UC.
 Monitorar os impactos provocados pelas atividades desenvolvidas na UC.
 Contribuir para o aumento do conhecimento científico e na elaboração de estratégias
de conservação de espécies ameaçadas, endêmicas e raras da região onde o
Parque está inserido.

191
Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
Pesquisas científicas e  100% das  Plano de  Plano de
projetos de atividades de monitoramento monitorame
monitoramento pesquisa obedecem ecológico em nto
ecológico em as normas implementação ecológico
andamento  Plano de avaliado e
monitoramento revisado
ecológico do Parque
elaborado
Banco de dados com  100% dos  100% dos  100% dos
resultados de projetos resultados dos resultados dos resultados
de pesquisa projetos de projetos de dos projetos
desenvolvidos no pesquisa pesquisa de pesquisa
PESOB desenvolvidos no desenvolvidos no desenvolvid
PESOB são PESOB são os no
repassados pelos repassados pelos PESOB são
pesquisadores ao pesquisadores ao repassados
órgão gestor da UC órgão gestor da pelos
 Banco de dados UC pesquisador
implementado e  Banco de dados es ao órgão
atualizado atualizado e gestor da
disponível ao UC
público  Banco de
dados
atualizado e
disponível
ao público
Ações de divulgação da  principais resultados  100% dos  100% dos
pesquisa científica no das pesquisas do resultados das resultados
Parque Plano de Manejo pesquisas das
divulgados realizada na UC pesquisas
 projetos de desde a publicação realizada na
pesquisa em do Plano de UC
andamento na UC Manejo divulgados divulgados
divulgados no sítio eletrônico  seminário
da UC sobre as
 seminário sobre as pesquisas
pesquisas realizadas
realizadas na UC na UC
ocorrendo de dois ocorrendo
em dois anos de dois em
dois anos

192
Plano de Ação – Programa de Pesquisa e Monitoramento Ecológico
Custo
Ação / Projeto / Programa Prazo Responsável Item Verificação Previsto
(R$)
Gerencia de
Analisar as solicitações de pesquisa encaminhadas à Gerencia de Imediato, sempre Projetos e
Parecer 0,00
Projetos e Pesquisas do IEF (GPROP) com base na Portaria 014/2000 que solicitado Pesquisas -
GPROP
Gerência /
Definir normas internas especificas da UC para realização de pesquisas Coordenação
com base nas orientações da GPROP, na Portaria 014/2000 e nas 1º ano de Pesquisa e Normas definidas 0,00
recomendações do Plano de Manejo Monitoramento
/ IEF
Organizar e manter atualizado acervo digital e impresso sobre as Coordenação
Banco de dados
pesquisas realizadas na UC, incluindo os projetos em andamento e 1º ano de Pesquisa e 0,00
implantado
resultados dos projetos concluídos, sempre em parceria com a GPROP Monitoramento
Coordenação
Organizar e manter atualizado um banco de dados sobre publicações Banco de dados
1º ano de Pesquisa e 0,00
científicas relacionadas ao PESOB implantado
Monitoramento
Gerência /
Coordenação
Oferecer apoio logístico aos pesquisadores, quando necessário quando possível de Pesquisa e Diário de atividades 0,00
Monitoramento
/ Equipe UC
Imediato, sempre Gerência /
Solicitar aos pesquisadores apresentação do projeto de pesquisa aos
que houver um Coordenação Apresentações
funcionários do PESOB, antes do início e depois das atividades da 0,00
projeto de pesquisa de Pesquisa e realizadas
mesma
autorizado Monitoramento
Gerência /
Buscar parceiros públicos e privados para desenvolvimento de pesquisa e
Coordenação
monitoramento referentes aos temas prioritários indicados nas 1º ano Diário de atividades 0,00
de Pesquisa e
orientações de implementação do presente Programa.
Monitoramento
Buscar parceria com a COPASA para monitoramento da qualidade da 2o ano Gerência / Monitoramento em 0,00
193
Plano de Ação – Programa de Pesquisa e Monitoramento Ecológico
Custo
Ação / Projeto / Programa Prazo Responsável Item Verificação Previsto
(R$)
água nos locais de banho e captação para uso humano Coordenação andamento
de Pesquisa e
Monitoramento
Estabelecer cooperações técnicas e convênios com instituições de
pesquisas e de ensino para o direcionamento de pesquisas a temas Termos de
2º ano Gerência 0,00
adequados ao auxílio à gestão, manejo e monitoramento ecológico do cooperação técnica
Parque
Gerência /
Informações sobre
Divulgar através de veículos de comunicação oficial (site, publicações, Coordenação
o PESOB publicada
revistas, etc.) informações sobre o potencial de pesquisa do PESOB 2º ano de Pesquisa e 0,00
em veículos de
visando parcerias interinstitucionais Monitoramento
comunicação oficial
/ IEF

194
Orientação para implementação do Programa de Pesquisa e Monitoramento Ecológico

As normas para realização das de pesquisa e monitoramento são propostas na Parte IV do


presente Encarte - Manual de Organização e Procedimentos.

Com base nos resultados do diagnóstico ambiental do PESOB, estão indicadas abaixo as
prioridades para pesquisa e monitoramento ecológico na UC.

 Avaliação da intensidade de radiação não ionizante emitida pelas antenas


atualmente instaladas na UC e seus efeitos sobre a biota;
 Estudos faunísticos e zoográficos: Por se tratar de um ambiente de transição entre
os biomas do Cerrado e Mata Atlântica, o PESOB apresenta um grande potencial
para interessantes registros zoogeográficos, caracterizando esta unidade como uma
das mais típicas neste contexto do Quadrilátero Ferrífero. Sugere-se a realização de
estudos pormenorizados em ambientes específicos, em função do potencial para
novos registros biogeográficos como também o diagnóstico de novas espécies.
Especial atenção deve ser dada aos ambientes aquáticos (anfíbios) e cavernícolas
(troglóbios). Com o aprofundamento dos estudos, medidas e ações
conservacionistas específicas podem ser implementadas com maiores subsídios
técnicos consequentemente com maior efetividade.
 Estudos sobre avifauna e mastofauna que possam aprofundar o conhecimento de
sua composição e entender, através de monitoramentos, como a comunidade de
aves e mamíferos está respondendo à recuperação das áreas degradadas do
Parque.
 Monitorar a presença e população de mamíferos de grande porte como Lobo Guará,
Tamanduá Bandeira e Onça Parda;
 Monitoramento de serpentes em áreas abertas a visitação, visando minimizar
possíveis acidentes. Medidas auxiliares como treinamento específico de funcionários
e mesmo campanhas educativas e elaboração de folhetos de conscientização e
prevenção de acidentes ofídicos devem ser implementados.
 Estudos sobre estrutura e composição dos mamíferos, direcionando estudos para
criação de programas de conservação das espécies, bem como compreender as
funções ecológicas desempenhadas por estas espécies.
 Monitoramento a longo prazo dos ambientes aquáticos, visando o controle de
qualidade da água em função das atividades industriais do entorno (mineração,
siderurgia, etc.). Os anfíbios, como animais vulneráveis às alterações ambientais,
devido às peculiaridades de sua fisiologia, como ciclo de vida bifásico e pele
permeável, podem ser considerados bons indicadores destas alterações. O
monitoramento deste grupo pode revelar aspectos que otimizem a preservação dos
recursos hídricos das unidades.
 Monitoramento da qualidade da água, principalmente nos locais utilizados para o uso
de recreação de contato primário e abastecimento público. Segundo a Resolução
CONAMA no 357/2005 para a obtenção do laudo das análises microbiológicas
devem ser analisadas no mínimo seis amostras, coletadas durante o período de um
ano, com frequência bimestral. Tais amostras devem ser também submetidas à
análise de parâmetros físicos e químicos, que junto aos parâmetros microbiológicos,
fornecem subsídios para avaliar a eutrofização das águas em função do uso e
ocupação do solo na área de influência.

195
 Estudos de vazão devem ser realizados para avaliar sua correlação com outras
variáveis e consequentemente com a qualidade das águas em diferentes períodos
do ano.
 Estudos da fauna cavernícola e monitoramento dos impactos da visitação às
cavernas sobre estas espécies.
 Estudos de Espeleologia, para a execução tanto de mapas de detalhes das
cavidades diagnosticadas, como para a caracterização físico-química da composição
de espeleotemas, visando melhor definir e preservar seu conteúdo hidrogeológico.
 Estudos sobre potencial Arqueológico das cavidades: Abrigo T02 e Abrigo T11.
 Estudo para verificação de possível cemitério indígena próximo à cachoeira dos
jesuítas.
 Estudos de prospecção arqueológica dos demais sítios indicados no Subprograma
de Manejo do Patrimônio Histórico e Arqueológico.
 Pesquisa taxonômica da vegetação presente no PESOB, principalmente com relação
a sua composição florística. As famílias botânicas Orquidaceae, Bromeliaceae,
Melastomataceae, Velloziaceae, Asteraceae, Eriocaulaceae e Cyperaceae
apresentam grande diversidade florística nas áreas do PESOB e devem ser
estudadas em maior detalhe. Com relação às fitofisionomias presentes na UC, os
Capões Florestais merecem atenção especial pela riqueza florística e pela falta de
trabalhos acerca destas comunidades. As áreas de Canga e Campo Limpo também
merecem estudos pormenorizados, uma vez que constituem, respectivamente, as
fitofisionomias de menor distribuição espacial e maior nível de intervenção antrópica.
 Estudos sobre atividades impactantes de origem antrópica dentro da Unidade, como
as erosões, presença de animais domésticos, caça, introdução de espécies exóticas,
retirada ilegal da madeira e incêndios florestais. Estas ações representam as maiores
ameaças em qualquer área de conservação e devem ser continuamente monitoradas
e minimizadas.
 Estudos ecológicos voltados para a recuperação de ecossistemas nativos;
 Estudos sobre os impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas nativos;
 Estudos sobre emissão e sequestro de carbono nos solos;
 Estudos sobre serviços ecossistêmicos;

3.7. PROGRAMA DE OPERACIONALIZAÇÃO

Este programa se destina a assegurar o funcionamento do PESOB como um todo.


garantindo os recursos materiais e humanos bem como a implementação de rotinas
administrativas dando suporte à execução dos demais programas e subprogramas.
Compõem o presente programa os subprogramas de Administração e Manutenção,
Regularização Fundiária, Infraestrutura e Equipamentos e Recursos Humanos.

Objetivos Estratégicos Pretendidos

 Implantar ferramentas de excelência em gestão e manejo adaptativo


 Captar recursos financeiros de Compensação Ambiental
 Otimizar a utilização dos recursos financeiros
 Regularizar a situação fundiária
 Implantar infraestrutura adequada para proteção, pesquisa e visitação
 Desenvolver habilidades e competências da equipe

196
3.7.1. Subprograma de Administração e Manutenção
Este subprograma visa garantir a administração eficaz do PESOB através da sua
organização, controle e manutenção por atividades e normas. O detalhamento dos
procedimentos, rotinas administrativas e normas propostas para a UC são apresentadas no
Manual de Organização de Procedimentos e no Programa de Qualidade no Serviço Público.

Objetivos Específicos

 Definir procedimentos para a administração da unidade e manutenção preventiva e


corretiva de infraestrutura, materiais e equipamentos.
 Definir procedimentos de monitoramento e avaliação, com referência aos objetivos
estabelecidos para a UC com indicadores de gestão.
 Captar e administrar os recursos financeiros necessários para a efetiva implantação
do Plano de Manejo.

197
Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
Instrumentos de  Rotinas e  Rotinas e  Plano de
gestão e procedimentos procedimentos Manejo em
administração propostos no Manual avaliados e processo de
de Organização e aperfeiçoados revisão
Procedimentos  Procedimentos
implantadas Internos e
 Procedimentos Controles
Internos e Controles Operacionais
Operacionais avaliados e
elaborados para aperfeiçoados
todas as atividades  Sistema de
 Sistema de Informações
Informações Geográficas
Geográficas atualizado
implementado
Recursos financeiros  No mínimo um  recursos da  recursos da
captados projeto Compensação Compensação
implementado com Ambiental sendo Ambiental
recursos da efetivamente sendo
Compensação aplicados no efetivamente
Ambiental PESOB aplicados no
 propostas de PESOB
concessão,  prestação de
permissão ou serviços
autorização de terceirizados
prestação de revertem
serviços na UC recursos
elaboradas financeiros
para a UC

198
Plano de Ação – Subprograma de Administração e Manutenção
Custo
Item de
Ação Prazo Responsável Previsto
Verificação
(R$)
Relatório com
Identificar aquisições necessárias para a operacionalização da UC e sua
especificação das
manutenção, indicando materiais e serviços que assegurem o bom estado de Continuo Gerência 0,00
necessidades da
conservação das instalações e equipamentos, bem como a funcionalidade da UC.
UC
Até o fim de
Elaborar Plano Operativo Administrativo e Financeiro Anual Gerência POAF elaborado 0,00
cada ano
Livro caixa
Administrar a contabilidade da UC Contínuo Gerência 0,00
atualizado
Metas e
Estabelecer metas e atividades mensais para os diferentes setores com base no Equipe da
1o ano atividades 0,00
POA UC
planejadas
Escala de
Organizar escalas de trabalho Mensal Gerência 0,00
trabalho
Elaborar planos de trabalho para captação de recursos de compensação
Até o 6o mês Gerência Projeto submetido 0,00
ambiental
Termos de
Regularizar a utilização das torres de comunicação presentes no PESOB
1o ano Gerência compromisso 0,00
buscando contrapartida das empresas para apoio à gestão da UC.
assinados
Estudar mecanismos e possibilidades de pagamento por serviços ambientais por
1o ano Gerência/IEF Relatório 0,00
parte de empresas beneficiárias de recursos protegidos pela UC.
Plano de
Elaborar plano de manutenção de veículos, outros equipamentos e estruturas 1o ano Gerência manutenção 0,00
implementado
Base de dados
Manter atualizada a base de dados da UC Contínuo Gerência 0,00
atualizada
Equipe da Calendário
Estabelecer calendário de reuniões da equipe 2o mês 0,00
UC divulgado
Realizar reuniões periódicas de planejamento, monitoramento e avaliação ver Parte IV do Equipe da Atas das reuniões 0,00

199
Plano de Ação – Subprograma de Administração e Manutenção
Custo
Item de
Ação Prazo Responsável Previsto
Verificação
(R$)
Encarte 2. UC
Equipe da Painel de gestão
Implementar sistema de gestão à vista 1o ano 1.500,00
UC à vista implantado
Até o fim do 1o Gerência /
Implementar sistema de informações geográficas (SIG) do PESOB e ZA SIG em operação 6.000,00
ano IEF/Consultor
Regulamento
Equipe da
Elaborar e publicar Regulamento Interno 2 o ano Interno elaborado 300,00
UC / IEF
e implementado
Desenvolver e implementar Sistema de Gestão de Resíduos integrado a proposta Equipe da Plano de Gestão
5 o ano 8.000,00
de conservação da Unidade UC/Consultor de Resíduos
Coordenação
Fazer vistorias e pequenas intervenções na estrada e trilhas visando a gestão de Relatório
Contínuo de Proteção 0,00
riscos semestral
e Manejo
Elaborar, a partir do Plano de Negócio, propostas de Concessão, Permissão e/ou Gerência /
5o ano Termos assinados 0,00
Autorização para a prestação de serviços no interior das Unidades IEF
Recursos
Elaborar e implementar mecanismos institucionais para que os recursos gerados o Gerência /
3 ano captados usados 0,00
na UC, sejam investidos na própria unidade. IEF
na UC
Transporte
Implantar serviço de transporte público no interior da UC 5 o ano IEF 0,00
público operando

200
3.7.2. Subprograma de Regularização Fundiária

Para que o Parque Estadual Serra do Ouro Branco alcance seus objetivos e metas será
necessária a sistematização de processos administrativos, organização da visitação, oferta
de atividades, serviços e produtos de qualidade, compreensão das necessidades dos
visitantes, adequação das estruturas e serviços às demandas identificadas, equilíbrio entre
conservação do patrimônio ao uso, inserção das comunidades vizinhas no dia a dia da UC e
utilização, de modo responsável, dos recursos. A implantação das estruturas, trilhas e
atrativos, depende em grande parte de uma estratégia de regulação fundiária exitosa, a
partir da desapropriação das propriedades privadas, tornando-as terras públicas. Baseando-
se nas propostas apresentadas neste documento para gestão do Uso Público no PESOB,
recomenda-se as que a desapropriação e/ou regularização seja realizada em cinco fases
(Figura 3.3). De acordo com informações obtidas junto à gerência do PESOB, o valor das
terras na região varia de entre R$ 6.000,00 a R$ 10.000,00 por hectare conforme avaliações
referentes às Fazendas Pinheiro (156,0 ha) e Lavrinha (53,0 ha), respectivamente. Vale
ressaltar que são áreas relativamente pequenas e que possuem benfeitorias. Para
propriedades deste tipo adotou-se para fins de estimativa do custo de desapropriação o
valor médio de R$ 6.000,00 por hectare.

Para áreas maiores e sem benfeitorias utilizou-se neste estudo, para fins de estimativa do
custo de desapropriação, o valor médio de R$ 3.000,00 por hectare, uma vez grande parte
da UC é coberta por campos rupestres e floresta atlântica, sem infraestruturas, possuindo
menor valor imobiliário uma vez que englobam áreas protegidas pela legislação ambiental.

 Primeira Fase (Propriedade da empresa CSN) – terreno com localização estratégica,


situado no entroncamento da estrada do alto da Serra do Ouro Branco e rodovia MG-
129, onde é proposta a instalação da Portaria do PESOB, entre outras estruturas. A
área totaliza 603,4 hectares com valor estimado de R$ 1.810.200,00.
 Segunda Fase (Propriedade da empresa Ferrous) – terreno que compreende cerca
de 1/3 do PESOB, onde está localizada a maior parte dos atrativos da UC e a área
das antenas, onde estarão as principais estruturas para atendimento aos visitantes
do PESOB. A área totaliza 2.621,0 ha com valor estimado de R$ 7.863.000,00.
 Terceira Fase (Propriedade da empresa Vale) – terreno compreende a área da
Fazenda Rodeio e região de interesse externo para desafetação. Com a aquisição
das terras (somadas as fases anteriores) o PESOB terá aproximadamente 80% de
sua área regularizada. A área totaliza 2.174,8 ha com valor estimado de R$
8.144.400,00
 Quarta Fase (Gerdau) – a empresa possui área expressiva no interior do PESOB e
sua aquisição pela UC (em conjunto com as demais) regularizará praticamente toda
a UC. Essa propriedade será priorizada somente na 4ª. etapa devido ao fato de
haver uma parceria importante entre a empresa e o PESOB na conservação de
áreas verdes no entorno de Ouro Branco, não havendo conflitos entre as duas
instituições. A área totaliza 406,28 ha com valor estimado de R$ 1.218.840,00
 Quinta Fase (demais propriedades) – terrenos menores de pessoa física e jurídica
que não estão em áreas prioritárias para gestão do Uso Público no PESOB. As
áreas totalizam 532,34 ha, com valor estimado de R$ 3.194.040,00 (R$ 6.000,00 por
hectare)
 O restante do PESOB compreende cerca de 1.186,00 hectares presentes em áreas
de proprietários desconhecidos, abandonadas e na área a APP da Gruta da
Igrejinha. Estas não foram incluídas no custo de desapropriação.
201
De acordo com as estimativas acima o custo de regularização fundiária seria da ordem de
R$ 21.792.840,00 (vinte e um milhões setecentos e noventa e dois mil e oitocentos e
quarenta reais). É importante registrar que os valores das terras apresentados no presente
estudo são aproximações. O valor exato de cada área para fins de desapropriação deverá
ser avaliado oficialmente por órgãos públicos e organizações com reconhecida competência,
quando forem iniciadas as negociações com os proprietários.

Para fins de planejamento propõem-se um investimento da ordem de R$10.000.000,00 ao


longo dos primeiros 05 anos de implementação do Plano de Manejo para a regularização
fundiária da UC. Todavia, como mais de 80 % da área da UC pertence à grandes
mineradoras, recomenda-se que sejam buscadas estratégias alternativas para a
transferência de propriedade para o Estado (ex. compensação ambiental, doações, etc.),
visando reduzir o valor a ser efetivamente desembolsado e buscando-se a viabilidade da
implantação do PESOB.

Enquanto não se concretiza a regularização fundiária, o IEF deve buscar junto aos
proprietários parcerias e outras soluções (ex. comodatos, cessões de uso, etc.) que
garantam a implantação de infraestruturas essenciais à gestão mesmo antes das áreas
serem efetivamente compradas ou desapropriadas.

Objetivos Específicos

 Garantir a propriedade ou direito de uso da terra ao Estado para implantação da


infraestrutura e ações necessárias para a gestão da unidade.

Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
Áreas sob propriedade  Obter até o fim do  70 % da  100% da
ou direito de uso pelo primeiro ano após regularização regularização
IEF aprovação do fundiária realizada fundiária
Plano de Manejo a finalizada
propriedade ou
direito de uso de
100% das áreas
destinadas para
implantação das
estruturas de curto
prazo

202
Figura 3.3 Mapa ilustra a ordem sugerida de desapropriação para regulação fundiária do PESOB

203
Plano de Ação – Subprograma de Regularização Fundiária
Custo
Item
Ação Prazo Responsável Previsto
Verificação
(R$)
Reunir com o setor responsável para alinhamento de estratégia para regularização
imediato Gerência Ata de reunião 0,00
fundiária
o
Acompanhar a avaliação o valor das áreas priorizadas para a regularização 1 ano DIUC Valor das áreas 0,00
Articular com a CSN a aquisição ou desapropriação da área da empresa (1a fase de o
2 ano Gerência / Atas de reuniões 0,00
desapropriação)
Apresentar à CSN as áreas demandadas para edificação de estruturas necessárias
para implementação do Plano de Manejo visando obter termo de cessão de uso ou Relatório
2o ano Gerência 0,00
outro tipo de parceria (ex. comodato, construção das edificações pela própria entregue à CSN
empresa, etc).
Realizar estudo de recategorização da APE do Veríssimo e incorporação à área do
2o ano IEF GCIAP 0,00
PESOB.
Articular com a FERROUS e VALE a aquisição ou desapropriação das área destas Gerência /
2o ano Atas de reuniões 0,00
empresas (2a e 3a fase de desapropriação) DIUC
Apresentar à FERROUS e VALE as áreas demandadas para edificação de
Relatório
estruturas necessárias para implementação do Plano de Manejo visando obter
3o ano Gerência entregue às 0,00
termo de cessão de uso ou outro tipo de parceria (ex. comodato, construção das
empresas
edificações pela própria empresa)
Reunir com a GERDAU para verificar aquisição ou desapropriação da área da
empresa e possibilidades de parcerias visando a viabilização das edificações 2o ano Gerência Ata de reunião 0,00
necessárias (4a fase de desapropriação)
Até o fim Cópia da
Solicitar a emissão de posse provisória dessas áreas Diretor Geral 0,00
do 3o ano solicitação
Gerência /
Articular para desapropriação ou aquisição das demais (5a fase de desapropriação) 3o ano Atas de reuniões 0,00
DIUC

204
3.7.3. Subprograma de Infraestrutura e Equipamentos
O presente programa define a infraestrutura a ser implantada e os equipamentos necessários para
que os demais programas e subprogramas de manejo possam ser plenamente desenvolvidos.
São apresentadas especificações e orientações para elaboração de projeto de sinalização da UC
bem como a descrição detalhada e localização das edificações e estruturas a serem implantadas.
A plena execução do presente subprograma depende diretamente do êxito das ações previstas
nos Subprogramas de Regularização Fundiária e de Recursos Humanos.

Objetivos Específicos

 Garantir os equipamentos necessários para funcionamento da UC.


 Implantar estruturas necessárias para administração, pesquisa, proteção e uso público da
UC.
 Implantar sistema de sinalização interna e externa à UC.
 Implantar malha de trilhas da UC.

Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
Equipamentos  60% dos  100% dos  Tipo e quantidade
disponíveis equipamentos equipamentos de equipamentos
de prioridade 1 previstos disponíveis compatíveis com os
disponíveis recursos humanos,
estruturas e
atividades da UC
Projetos executivos  80% dos  100% dos projetos  100% dos projetos
elaborados projetos executivos das executivos das
executivos das estruturas previstas estruturas previstas
estruturas de elaborados elaborados
curto prazo
elaborados até
o fim do 2º ano
Placas de sinalização  Projeto da  Projeto de sinalização  Todas as estruturas
instaladas sinalização interna elaborado e devidamente
externa em implementação sinalizadas
elaborado;  Todas as estruturas  100% da
implantadas sinalização interna e
devidamente externa implantada.
sinalizadas 
Estruturas implantadas  50% das  100% das estruturas  100% das
estruturas de prioritárias em estruturas
curto prazo funcionamento prioritárias em
implantadas  70% das estruturas funcionamento
de médio prazo  70% das estruturas
implantadas de longo prazo
 Centro de Pesquisa implantadas
em construção  Centro de Pesquisa
em construção

205
Plano de Ação – Subprograma de Infraestrutura e Equipamentos
Custo Previsto
Ação Prazo Responsável Item de Verificação
(R$)
Adquirir equipamentos de prioridade 1 para o funcionamento do 1o
IEF Equipamentos adquiridos 69.588,00
PESOB (detalhado a seguir) ano
Adquirir 02 motocicletas e uma caminhonete 4x4 cabine dubla 1o
IEF Veículos adquiridos 170.000,00
com tração ano
Elaborar projeto técnico de sinalização indicativa, educativa e 2o Projeto de sinalização Ver Plano de
IEF/ Consultor
interpretativa de trilhas e atrativos ano elaborado Negócios
Manter atualizada lista dos empreendimentos passíveis de Recursos de

compensação ambiental na região do PESOB e articular a Gerência compensação ambiental 0,00
ano
destinação de recursos para o Parque. destinados para o Parque
Adquirir equipamentos de prioridade 02 e 03 para o 3o
IEF Equipamentos adquiridos 5.804,20
funcionamento do PESOB ano
3o
Adquirir 01 Kombi e um carro de passeio IEF Veículos adquiridos 68.000,00
ano
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa de trilhas 3o Gerencia/IEF/Empresa Ver Plano de
Trilhas em funcionamento
previstas no cenário de estrutura mínima (ver Plano de ano especializada Negócios
Negócios).
Elaborar projetos executivos e construir estruturas de curto 3º Ver Plano de
IEF Estruturas construídas
prazo ano Negócios
Estruturar com recursos materiais e tecnológicos as estruturas 3º Estruturas em pleno Ver Plano de
IEF
de curto prazo ano funcionamento Negócios
Elaborar projetos executivos e construir estruturas de médio 5º Projetos Técnicos Ver Plano de
IEF
prazo ano elaborados Negócios
5o Ver Plano de
Elaborar projeto executivo para o Centro de Pesquisa IEF Projeto elaborado
ano Negócios
5º Centro de Pesquisa Ver Plano de
Construir Centro de Pesquisa IEF
ano construído Negócios
Estruturar com recursos materiais e tecnológicos o Centro de 5º Centro de Pesquisa Ver Plano de
IEF
Pesquisa ano estruturado Negócios
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa de trilhas 5o Gerencia/IEF/Empresa Ver Plano de
Trilhas em funcionamento
previstas no cenário de estrutura intermediária (ver Plano de ano especializada Negócios
Negócios).

206
Veículos necessários para operacionalização do PESOB, elencados por ordem de
prioridade

Prior. Item qtd valor unit valor total


1 Caminhonete 1 140.000,00 140.000,00
1 Motocicletas 2 15.000,00 30.000,00
2 Veículo de passeio 1 40.000,00 40.000,00
2 Kombi 1 38.000,00 38.000,00

Equipamentos necessários para operacionalização da UC, elencados por ordem de


prioridade (1, 2 ou 3), podendo haver outros também a serem adquiridos não contemplados
aqui

valor valor
Prior. Item qtd
unit total
1 lâmina de corte para roçadeira 8 40,0 320,0
1 enxada uso agrícola 2 30,0 60,0
1 enxadão uso agrícola 2 35,0 70,0
1 óculos de segurança 5 20,0 100,0
conjunto para operador de moto serra - calca, luvas, capacete,
1 1 300,0 300,0
perneira;
1 cavadeira - tipo: articulada com 02 laminas 3 30,0 90,0
1 facão 10 60,0 600,0
1 foice - tipo: roçadeira; 5 25,0 75,0
1 luva para segurança 10 20,0 200,0
1 martelo - tipo: de unha; 5 25,0 75,0
1 cadeira/poltrona plástica 25 45,0 1125,0
1 mesa plástica multiuso 5 175,0 875,0
1 carregador de baterias para rádio transceptor portátil dgp4150 5 250,0 750,0
1 alicates de corte - corte: bico longo reto 1 15,0 15,0
1 alicates de corte - corte: diagonal 1 30,0 30,0
1 lima - perfil: chata 20 12,0 240,0
1 trena de precisão ate 50 metros 1 50,0 50,0
1 jogo de chaves combinadas - boca x estria 1 150,0 150,0
1 jogo de chaves allen 1 65,0 65,0
1 jogo de chaves canhão 1 200,0 200,0
1 marreta 1 43,0 43,0
1 alavanca com ponta e corte 3 30,0 90,0
1 mangueira flexível 2 250,0 500,0
1 grampo para carpinteiro tipo u; 3 30,0 90,0
1 arame liso - galvanizado; bitola: nr. 24 2 300,0 600,0
1 marmita com 01 tampa e alça, em jogo de 05 peças; 5 100,0 500,0
1 furadeira 1 120,0 120,0
1 mochila 30 30,0 900,0
10
1 corrente não metálica 4,0 400,0
0
1 cones para atletismo e desporto 50 6,0 300,0
1 fita de marcação 30 8,0 240,0
1 cavalete 5 20,0 100,0
1 cavadeira 5 25,0 75,0

207
valor valor
Prior. Item qtd
unit total
1 canivete 10 45,0 450,0
bota especial para combate incêndio - numeração: 40 padrão
1 3 200,0 600,0
brasileiro;
bota especial para combate incêndio - numeração: 41, padrão
1 3 200,0 600,0
brasileiro;
bota especial para combate incêndio - numeração: 42, padrão
1 3 200,0 600,0
brasileiro;
bota especial para combate incêndio - numeração: 39, padrão
1 3 200,0 600,0
brasileiro
1 balaclava para combate a incêndio 10 130,0 1300,0
1 prego - tamanho: 22 x 48; com cabeça 10 9,5 95,0
1 prego - 18 x 30; com cabeça 2 30,0 60,0
1 prego - tamanho: 18 x 30; sem cabeça 10 6,5 65,0
1 prego - tamanho: 15 x 15; cabeca: com cabeça 10 8,0 80,0
1 verniz: madeira 10 55,0 550,0
1 guilhotina - tipo: manual de mesa; 1 150,0 150,0
disco rígido externo - tamanho: 3,5 polegadas; capacidade:
1 1 400,0 400,0
2tb
1 pen drive com capacidade de 16 gb 3 50,0 150,0
1 plastificadora -. 1 550,0 550,0
1 moto-esmeril de 1/2 hp, 2000 rpm; alimentação 110/220 volts 1 120,0 120,0
1 escaninho para escritório 2 800,0 1600,0
1 bebedouro refrigerado - gabinete: 4 1000,0 4000,0
morsa de bancada - matéria-prima: ferro fundido; tipo: manual;
1 1 200,0 200,0
mordente: 6
1 jogo de chaves de biela 2 125,0 250,0
1 bolsa para guarda de ferramentas 4 62,5 250,0
bateria para rádio portátil digital dgp4150 e 6150;
1 30 80,0 2400,0
recarregável;
1 instalação e montagem de rede de telefonia 5 2000,0 10000,0
radio transceptor - tipo: móvel; numero de canais: 32 canais;
1 6 1000,0 6000,0
potencia: 45 watts;
1 trackmaker pro versão 4.8 software 1 400,0 400,0
1 ventilador, nao industrial - tipo: de pedestal 2 300,0 600,0
1 motosserra - sabre: 72cm; 1 3000,0 3000,0
1 fogão a gás; 04 bocas; 1 700,0 700,0
1 lavadora de 1 pressão - tipo: residencial; 1 450,0 450,0
1 serrote - tipo: carpinteiro 3 30,0 90,0
1 projetor multimídia 1 2000,0 2000,0
1 impressora multifuncional - 1 1500,0 1500,0
1 refrigeradores domésticos - tipo: geladeira 1 1800,0 1800,0
1 gps não automotivo 1 900,0 1800,0
tenda - tipo: 4 águas, desmontável; dimensões: 3,30m x
1 4 800,0 3200,0
3,30m x 0,44mm
binoculo - alcance: de 16 x 50; visão: 1 definição com zoom
1 4 2000,0 8000,0
manual
1 microfone 1 1500,0 1500,0
1 caixa acústica 1 1500,0 1500,0
1 jogo de chaves combinadas - boca x estria 2 250,0 500,0
1 jogo de chaves de fenda 3 80,0 240,0
1 martelo - tipo: de carpinteiro 3 30,0 90,0

208
valor valor
Prior. Item qtd
unit total
1 roçadeira 1 1800,0 1800,0
2 capacete para motociclista 2 100,0 200,0
2 cone para sinalização 10 30,0 300,0
2 extensão elétrica 2 100,0 200,0
2 kit primeiros socorros 1 700,0 700,0
2 lanterna portátil 5 50,0 250,0
2 cantil , 900ml; 5 25,0 125,0
2 capa para chuva 5 60,0 300,0
2 filtro de linha - 1 19,2 19,2
2 perneiras 5 20,0 100,0
2 abafador para combate a chamas em mata 10 70,0 700,0
2 garrafa térmica 2 40,0 80,0
2 machado 3 45,0 135,0
2 pá de multiaplicação 3 45,0 135,0
2 pé de cabra 2 35,0 70,0
chibanca - matéria prima: ferro; medidas: 450 x 110mm; cabo:
2 2 35,0 70,0
com cabo em madeira;
corrente da motosserra : husqvarna/288; para sabre de 18
2 1 400,0 400,0
polegadas.
mourâo madeira - 6 a 8cm de diâmetro; altura: 220cm; 10
2 10,0 1000,0
eucalipto imunizado; 0
2 forno - tipo: micro-ondas; capacidade: 35 litros; 2 300,0 600,0
2 antena de radio – frequência: 148 a 174 mhz; vhf/uhf; 5 20,0 100,0
3 trena de 50 metros 1 40,0 320,0
245.392,
TOTAL
00

Sinalização da UC

A sinalização, além de informar, deve realçar a experiência do visitante no lugar, deve situar e
direcionar o usuário, especificar um tema e ilustrar um assunto. A sinalização deve estar disposta
em pontos estratégicos e ser pensada na lógica de quem nunca visitou o local. O projeto de
sinalização deve ter preocupação com a forma, considerando a visibilidade, layout, tamanho e
pontos de fixação. Os materiais devem ser esteticamente condizentes com o ambiente, serem
duráveis, tanto quanto às intempéries, quanto ao vandalismo.

A sinalização indicativa como o próprio nome diz, deve posicionar o usuário quanto a localização
de estruturas, atividades e serviços, orientar quanto à possibilidade, ou não, de acessar uma área.
A sinalização educativa deve, de forma sutil, passar uma mensagem que sensibilize o usuário,
orientando sobre um comportamento ou postura que seja mais condizente com a proposta de
visitação a uma Unidade de Conservação, bem como, no seu dia a dia. A sinalização
interpretativa é uma ferramenta que permite a interação do visitante com o tema, objeto ou
fenômeno observado.

É tênue a linha que separa uma placa eficiente de uma estrutura desperdiçada em meio a um
ambiente natural. Por esse motivo é necessário que o Parque Estadual Serra do Ouro Branco
possua um projeto gráfico bem elaborado, com a utilização de matéria prima condizente com as
características do local e disponha de peças para reposição, quando necessário.

Além da sinalização propriamente dita, é importante que a Unidade de Conservação disponibilize


ao visitante ferramentas que possam orientá-lo em seu deslocamento no interior da área natural
protegida. Uma eficiente medida é a disponibilização de mapas e a locação de placas com

209
informaç es do tipo “Voc está aqui”. om a disponibilidade de acesso internet e a oferta de
aplicativos para aparelhos smartphones e tablets (inclusive off-line) de geolocalização, será
possível disponibilizar também informações digitais, que auxiliarão o usuário durante sua visita à
UC.

De acordo com o Manual para Chefes de Unidades de Conservação elaborado pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a sinalização em uma
Unidade de Conservação tem como objetivos (1) indicação de acessos à mesma, bem como dos
seus limites; (2) contribuir para uma melhor circulação interna de veículos e pedestres; (3)
indicação de serviços e facilidades oferecidas, como trilhas, mirantes, postos de informação,
guaritas de fiscalização e segurança, Centro de Visitantes, sanitários, locais de venda de
souvenires, lanchonete, restaurante, estacionamento e áreas para banho e piquenique
(normalmente estes serviços e facilidades estão disponíveis em áreas destinadas à visitação
pública); (4) atividades oferecidas como interpretação da fauna, flora, geologia, arqueologia,
manifestações culturais, aspectos históricos, hidrografia, hidrologia, dentre outros, e educação
ambiental, objetivando incentivar a criação e o fortalecimento de uma consciência ambiental,
levando a população a uma mudança de comportamento; (5) infraestrutura de apoio administrativo
existente na Unidade, como sede administrativa, centro de pesquisa, laboratório, alojamento,
oficina, garagem, almoxarifado e residências de funcionários, dentre outros, (normalmente
localizados em áreas vedadas à visitação pública); (6) indicação de aspectos ligados à segurança
do visitante, quando no desenvolvimento de atividades recreativas, educativas e interpretativas,
tais como necessidade de uso de equipamentos adequados e áreas de risco de acidentes; (7)
horário de funcionamento da UC e dos serviços e tarifas cobradas para visitação e
desenvolvimento das diferentes atividades; (8) normas e regulamentos existentes, sobre os quais
o visitante deva ser informado; (9) indicação da delimitação do espaço de uso para o
desenvolvimento das atividades, quando for o caso.

A elaboração de projetos de sinalização deve contemplar os aspectos de layout e informação,


bem como, a localização de tais estruturas. Algumas recomendações são feitas pelo Manual para
Chefes de Unidades de Conservação: (1) seleção dos sítios que cumpram com as necessidades
óbvias de informação, dotados de sinais suficientemente visíveis para cumprir com o seu objetivo,
sem se intrometer no ambiente natural; (2) evitar a sua colocação em locais de risco ao visitante
ou de danos ao próprio local escolhido; (3) evitar a sua colocação em locais que sejam, mesmo
que futuramente, encobertos por vegetação; (4) ao selecionar os locais para a colocação de
sinais, prever, também, aqueles em que haja um menor fluxo de visitantes; (5) localizá-los em
sítios que proporcionem o máximo de comodidade aos visitantes, durante a sua permanência no
local. Sua posição deve permitir que possam ser alcançados e utilizados com a maior facilidade
física possível. Normalmente o ponto selecionado não deve exigir que o visitante tenha que se
agachar, esticar-se ou subir; (6) normalmente devem ser localizados de maneira que sua leitura
seja possível, mesmo acima de automóveis ou outros obstáculos, o que justifica suportes maiores.
Deve-se evitar esta solução sempre que seja possível; (7) nas situações em que ocorrer o duplo
sentido de caminhamento - trilhas, por exemplo - prever os sinais para ambas as faces.

Para que sejam evitados os danos e ações de vandalismo outras considerações são feitas: (1)
executar peças de sinalização com materiais que sejam facilmente limpos; (2) usar elementos
facilmente substituíveis em áreas de muito uso; (3) manter os sítios bem limpos e organizados:
isso tende a diminuir o vandalismo; (4) se uma área ou sítio é fechada, explicar a razão. Avisos do
tipo "Proibido Entrar" encorajam muitas pessoas a desobedecê-lo. Em troca, um aviso que diz
"Trilha fechada para permitir a regeneração da vegetação" ou "Trilha interrompida por
desmoronamentos" determina o uso de outra rota, devidamente sinalizada; (5) reforçar a ideia de
que as Unidades de Conservação pertencem àqueles que as usam, uma vez que as pessoas
ficam menos propícias a estragar o que lhes pertence; (6) quando um sinal for danificado por atos
de vandalismo, converta-o em exposição, demonstrando o que aconteceu. Em alguns casos, a
melhor solução é remover o sinal. Por exemplo, se um sinal recebe um constante ataque por parte
de vândalos, não deve ser recolocado até que se avalie as suas causas.
A seguir são descritas recomendações quanto ao tipo, conteúdo e localização de sinalização
externa e interna do Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

210
Sinalização Externa
Tipo de Sinalização Descrição Conteúdo Localização
A instalação de placas ao longo de
estradas e rodovias, além de destacar a Nome da UC
existência da UC, orienta quanto a direção +
a ser seguida e a distância da mesma. Signo direcional (direcionamento)
Principais acessos: MG-129, MG-443,
A colocação de tais placas requer projeto +
Aproximação da Unidade MG-030, MG-262, BR-040, BR-356,
específico, que siga as especificações do Distância em km
de Conservação estradas que interligam os municípios de
CONTRAN e autorização dos órgãos
Ouro Branco, Ouro Preto e Congonhas.
competentes como Departamento O uso de pictograma que remeta
Estradas de Rodagem de Minas Gerais ao principal atrativo da UC será
(DER) e Departamento Nacional de bem-vindo.
Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Logomarca do IEF Limites com a estrada MG-129, estrada
Localização em pontos estratégicos.
Advertência e + para Morro do Gabriel, estrada para
Sinalização informativa e de advertência,
Limites da Unidade de Nome da UC Itatiaia, estrada para Hargrives, região de
destacando a existência da Unidade de
Conservação + Olaria, Folha Larga, Água Limpa e
Conservação.
Mensagem específica Marimbondo. Limites com particulares.
Localizada nas proximidades da entrada
da Unidade de Conservação, a Símbolo da UC
sinalização de identificação aponta ao +
Rodovia MG-129, no trevo de acesso à
visitante sua chegada ao destino. Essa Logomarca IEF
Identificação da Unidade estrada do alto da Serra do Ouro Branco.
poderá ser instalada em estrutura +
de Conservação Estrada que dá acesso a Água Limpa a
construída com tal objetivo (ex. pórtico) ou Nome da UC
partir da MG-129.
em estruturas convencionais de +
sinalização vertical encontradas nas Mensagem de boas-vindas.
rodovias.
Ao longo das vias rodoviárias de acesso
à UC e/ou em seu entorno. Recomenda-
Sinalização padronizada pelo CONTRAN se que na estrada Morro do Gabriel /
Mensagens que constam do
Sinais de com objetivo de organizar a circulação MG-129, no entroncamento com a
Manual de Sinalização de
Regulamentação e viária (velocidade de segurança na via, estrada para o alto da Serra do Ouro
Trânsito – DENATRAN.
Advertência atenção ao fluxo de pedestres ou animais Branco, seja colocada uma placa
silvestres, restrições ou obrigações.) indicando que o acesso no trecho é
restrito a moradores, colaboradores do
PESOB e veículos autorizados.

211
Sinalização Interna
Tipo de Sinalização Descrição Conteúdo Localização
Esse tipo de sinalização tem como
objetivo passar as principais orientações Símbolo da UC
sobre o que está disponível ao visitante, +
como são realizadas as atividades ou Logomarca do IEF Portaria do PESOB, Estrutura de
Acesso ao Interior da quais estruturas estão disponíveis a ele, + Recepção MG-129, Estrutura de
Unidade de Conservação quando as atividades e serviços estão Nome da UC Recepção Antenas, Controle de Acesso
disponíveis (horários) e em que condições + Biquinha.
acontecem (preço, tamanho de grupos, Informações
necessidade ou não de acompanhamento
de condutores, etc.).
Sinalização utilizada para orientar Portaria, Controle de Acesso Biquinha,
motoristas quanto ao local onde deverá Estruturas de Receptivo, Centro de
estacionar seu veículo, para os pedestres Informações (no máximo 04) Visitantes, Área de Camping, Espaço
Direcional para Motoristas orienta quanto as atividades, serviços e + Ecumênico, Praça de Eventos, Praças de
e Pedestres estruturas disponíveis para uso. Aplica-se Setas indicativas de direção Convivência, Pontos de Apoio ao
a todos os usuários da Unidade de Visitante, Mirantes, Pontos de Descanso,
Conservação, independente da motivação atrativos e em locais onde exista
da visita. encontro de trilhas.
Esse tipo de sinalização deverá estar
disposto próxima a atrativos (ex.: Gruta
Identificação Local para Mensagens ou sinais que confirmam ao
Informação iconográfica e textual do Muro), estruturas (ex.: Praça de
Visitantes da Unidade de visitante que ele chegou ao local
do referido local. Eventos), serviços (ex.: Restaurante),
Conservação desejado.
atividades (ex.: trilha para caminhantes),
em toda a Unidade de Conservação.

212
Sinalização Interna
Tipo de Sinalização Descrição Conteúdo Localização
Representação em escala ou de forma Símbolo da UC
ilustrativa das estruturas, serviços, +
Localizado em pontos estratégicos como
atrativos e atividades encontradas no Logomarca do IEF
Estruturas de Recepção, Controle de
interior da Unidade de Conservação. Tem +
Mapa Índice da Unidade Acesso Biquinha, Portaria, todos os
como objetivo orientar o usuário sobre a Informações (edificações, áreas
Pontos de Apoio ao Turista e Centro de
atual posição “Voc está aqui”. de interesse, acessos,
Visitantes.
equipamentos, trilhas, áreas de
lazer, etc.)

Símbolo da UC
+
Disponível no início de cada trilha, orienta Logomarca do IEF
o usuário quanto ao formato, extensão, + Sinalização localizada próximo à entrada
Mapa de Trilha
perfil altimétrico, nível de dificuldade, Informações (estruturas de apoio, das trilhas guiadas e autoguiadas.
características gerais, entre outras. pontos de descanso, perfil
altimétrico, distância, tempo
médio a ser gasto, etc.)

Elementos informativos colocados ao Símbolo da UC Localizada ao longo das trilhas, de forma


longo do percurso, indicando sentido do + discreta. Importante que esteja presente
Sinalização de Trilhas
caminhamento, pontos de interesse, Informações (direção, pontos de em bifurcações ou pontos onde possam
distâncias, etc. interesse, distâncias, etc.) existir dúvidas.

Informações gerais e pontuais fixadas em Símbolo da UC


locais adequados com objetivo de orientar +
Sinalização de Localizada junto às instalações e
o visitante da Unidade de Conservação e Informações (numeração de sala,
Edificações estruturas da Unidade de Conservação.
os colaboradores, quanto a localização de saída de emergência, sanitários,
estruturas e serviços. etc.)

213
Sinalização Interna
Tipo de Sinalização Descrição Conteúdo Localização
Estruturas localizadas junto a atrativos,
mirantes, exposições, com o intuito de Símbolo da UC
auxiliar o usuário na compreensão do + Localizada no interior do Centro de
Sinalização Interpretativa fenômeno observado ou mesmo daquilo Logomarca IEF Visitantes e em pontos estratégicos de
e Educativa que não se pode ver, como por exemplo, + interpretação ao longo de trilhas,
uma área devastada que passou por Informações, mapas, ilustrações, atrativos e em mirantes.
regeneração de sua vegetação ao longo gráficos, fotos, etc.
de décadas.

214
Estruturas necessárias para a implantação do Plano de Manejo, em ordem de prioridade

A implantação das estruturas está condicionada ao processo de regularização fundiária para que
o Estado obtenha a propriedade das terras. Uma alternativa, caso a regularização não esteja
consolidada é negociar com os proprietários para a cessão de áreas para instalação das
estruturas. A implantação é previstas em etapas, sendo indicada a prioridade de cada estrutura.
As etapas 1 e 2 são consideradas emergenciais (estrutura mínima), enquanto a etapa 3 refere-se
ao cenário adequado (estrutura intermediária) e a etapa 4 ao cenário ideal (estrutura desejada). O
prazo indicado considera o cenário desejável para que o PESOB implemente uma gestão de
excelência em qualidade. Não sendo possível atingir os prazos sugeridos, deve-se seguir buscar a
implementação das estruturas por ordem de prioridade.

Prioridade Estrutura Nome Coordenadas UTM Prazo Etapa


1 Portaria MG-129 642190,7 7731891,7 Curto 1
2 Fazenda
Controle de Acesso 639595,5 7732898,8 Curto 1
Esperança
3 Fazenda
Sede Administrativa 639418,7 7732885,4 Curto 2
Esperança
4 Centro de Visitantes Antenas 634087,2 7733553,0 Curto 2
5 Poço Rio
Suporte ao Atrativo 635806,7 7733961,8 Curto 2
Colônia
6 Trilha do
Suporte ao Atrativo 636633,0 7732386,3 Curto 2
Paredão
7 Poço da
Suporte ao Atrativo 636965,4 7732969,3 Curto 2
Bomba
8 Circuito
Suporte ao Atrativo das Águas 637297,9 7733142,7 Curto 2
1
9 Circuito
Suporte ao Atrativo das Águas 637844,8 7733475,2 Curto 2
2
10 Circuito
Suporte ao Atrativo das Águas 637996,5 7733439,0 Curto 2
3
11 Área de Camping Jesuítas 633776,0 7734663,9 Médio 2
12 Espaço Ecumênico Antenas 634087,2 7733553,0 Médio 2
13 Praça de Poço Rio
635932,2 7733856,3 Médio 2
Convivência Colônia
14 Mirante Do Sofá 641823,0 7731845,6 Médio 2
15 Mirante Da Estrada 640239,8 7732317,8 Médio 2
16 Ouro
Mirante 634392,1 7733334,9 Médio 2
Branco
17 Lago
Mirante 633773,7 7733814,1 Médio 2
Soledade
18 Morro do
Mirante 634500,7 7734026,8 Médio 2
Gabriel
19 Miguel
Mirante 634329,5 7734374,7 Médio 2
Burnier
20 Do
Mirante 636186,3 7732735,2 Médio 2
Cruzeiro
21 Heliponto Antenas 642412,4 7731944,1 Médio 3
22 Ponto de Apoio ao
Paredão 636809,4 7732686,0 Médio 3
Visitante
23 Ponto de Descanso Paredão 636796,8 7732622,3 Médio 3
24 Cachoeira
Suporte ao Atrativo 633665,0 7735123,0 Médio 3
Jesuítas

215
Prioridade Estrutura Nome Coordenadas UTM Prazo Etapa
25 Trilha
Antenas /
Ponto de Descanso 635546,5 7734193,1 Médio 3
Poço Rio
Colônia
26 Praça de Eventos Antenas 634243,5 7733617,1 Médio 3
27 Posto de
Fiscalização Hargrives 634777,2 7738975,8 Médio 3
Avançado
28 Fazenda
Centro de Pesquisa 634142,5 7737968,8 Médio 3
Rodeio
29 Alojamento de Fazenda
634212,1 7738006,3 Médio 3
Pesquisadores Rodeio
30 Cachoeira
Suporte ao Atrativo 633665,0 7735123,0 Longo 4
Jesuítas
31 Praça de Eventos Antenas 634243,5 7733617,1 Longo 4
32 Controle de Acesso Itatiaia 645533,2 7733150,1 Longo 4
33 Muro de
Suporte ao Atrativo 642584,7 7732099,6 Longo 4
Pedra
34 Canela de
Ponto de Descanso 644790,2 7731545,5 Longo 4
Ema 1
35 Canela de
Ponto de Descanso 644925,1 7732099,6 Longo 4
Ema 2
36 Restaurante Antenas 634112,7 7733539,7 Longo 4
37 Canela de
Mirante 644805,5 7731432,0 Longo 4
Ema
38 Controle de Acesso Biquinha 641154,2 7731310,5 Longo 4
39 Ponto de Apoio ao
Biquinha 641106,9 7731368,7 Longo 4
Visitante
40 Suporte ao Atrativo Biquinha 1 641104,3 7731458,7 Longo 4
41 Suporte ao Atrativo Biquinha 2 641345,2 7731596,1 Longo 4
42 Fazenda
Suporte ao Atrativo Meio do 640755,0 7731557,5 Longo 4
Morro
43 Meio do
Ponto de Descanso 640309,3 7731976,7 Longo 4
Morro
44 Meio do
Mirante 640702,7 7731551,6 Longo 4
Morro
45 Gruta do
Suporte ao Atrativo 639793,7 7731853,8 Longo 4
Muro
46 Gruta do
Ponto de Descanso 639637,1 7732224,8 Longo 4
Muro
47 Estrutura de
MG-129 642385,9 7731942,5 Longo 4
Recepção
48 Travessia
Ponto de Descanso Morro do 638998,7 7734123,2 Longo 4
Gabriel 1
49 Travessia
Ponto de Descanso Morro do 639104,7 7735074,8 Longo 4
Gabriel 2
50 Travessia
Ponto de Descanso Morro do 638148,3 7735050,7 Longo 4
Gabriel 3
51 Pedra do
Mirante 637137,3 7734096,5 Longo 4
Índio
52 Mirante Bela Vista 637950,5 7736024,7 Longo 4

216
Prioridade Estrutura Nome Coordenadas UTM Prazo Etapa
53 Mirante B612 639174,3 7736132,5 Longo 4
54 RPPN
Controle de Acesso 636239,6 7731307,8 Longo 4
Gerdau
55 Mata da
Ponto de Descanso 642578,7 7730697,5 Longo 4
CSN
56 Controle de Acesso Carretão 641406,0 7729783,9 Longo 4
57 Controle de Acesso Bela Vista 638197,4 7737256,3 Longo 4
58 Praça de Água
640547,1 7729484,6 Longo 4
Convivência Limpa
59 Lagoa
Controle de Acesso 631314,2 7737111,7 Longo 4
Seca
60 Posto de
Água
Fiscalização 641781,0 7729475,9 Longo 4
Limpa
Avançado
61 Ponto de Descanso Carretão 641458,4 7730095,2 Longo 4
62 Capão
Ponto de Apoio ao
Meio Do 640321,9 7732260,7 Longo 4
Visitante
Morro
63 Ponto de Apoio ao
Antenas 634313,9 7733823,5 Longo 4
Visitante
64 Ponto de Apoio ao Gruta do
639334,5 7732220,8 Longo 4
Visitante Muro
65 Ponto de Apoio ao
Poção 638453,5 7732196,6 Longo 4
Visitante
66 Ponto de Apoio ao Poço Rio
635751,6 7733381,0 Longo 4
Visitante Colônia
67 Posto de
Morro do
Fiscalização 636780,6 7737909,8 Longo 4
Gabriel
Avançado
68 Controle de Acesso Olaria 639651,7 7728439,4 Longo 4
79 Pé do
Controle de Acesso 639440,1 7730367,8 Longo 4
Morro
70 Ponto de Apoio ao Água
640449,4 7730048,2 Longo 4
Visitante Limpa
71 Ponto de Descanso Olaria 641121,1 7729020,7 Longo 4

Orientações Gerais para Implantação de Estruturas

Visando atender às demandas básicas do Parque Estadual Serra do Ouro Branco, aliando o uso
público, conservação do patrimônio, otimização dos espaços, novo uso para estruturas existentes
e melhor aproveitamento das áreas, são apresentadas, a seguir, sugestões das estruturas de
apoio à gestão e ao uso público no interior da UC (Figura 3.4). Vale ressaltar que os croquis e
mapas apresentados neste documento ilustram as propostas, mas não excluem a necessidade de
contratação de projetos técnicos de arquitetura e engenharia específicos para cada intervenção.

A seguir são descritas estruturas e apresentadas especificações que devem nortear a elaboração
dos projetos arquitetônicos para construção, adaptação, reforma ou restauração de edificações no
interior do Parque Estadual Serra do Ouro Branco. De forma complementar e visando o
atendimento eficiente às necessidades da UC, no que se tange ao uso público, são destacadas
considerações sobre as características operacionais de cada estrutura proposta.

217
ESTRUTURA:
Portaria
LOCALIZAÇÃO:
Portaria MG-129: SAD69 Zona 23K 642190,728 / 7731891,714
ESPECIFICAÇÃO:
Edificação localizada no acesso principal da UC (estrada do alto da serra) destinada ao controle
do fluxo de entrada e saída de veículos e pedestres.
SERVIÇO ASSOCIADO:
Recomenda-se que a Portaria não efetue
cobrança de ingressos, apenas controle de
veículos e visitantes e distribuição de
informações em geral.
Recomenda-se que esse tipo de cobrança seja
realizado no interior da UC, em espaço
destinado ao Credenciamento / Bilheteria.
Na Portaria deverão ser registradas
informações como: placa do veículo, origem do
veículo, número de pessoas no interior do
veículo, horário de entrada e saída da UC. O
mesmo vale para visitantes a pé ou em
bicicleta.
Após o preenchimento das informações o
colaborador da Portaria deve indicar os locais
de estacionamento, estruturas e atividades Croqui meramente ilustrativo com proposta de
disponíveis aos visitantes. edificação para abrigar a Portaria do Parque
Estadual Serra do Ouro Branco.

SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
No acesso à Portaria o visitante deve encontrar É fundamental que os colaboradores com
sinalização indicativa apontando distâncias e a atuação nesse setor do Parque sejam
aproximação do local, assim como, a educados, saibam passar informações corretas
necessidade de parada obrigatória para sobre a UC, tenham agilidade e atenção para
identificação. registrar as informações com presteza.
A Portaria deverá possuir uma placa indicando É essencial o conhecimento sobre a dinâmica
a chegada ao Parque Estadual Serra do Ouro de visitação no interior da UC. Esses
Branco, bem como, uma informação de boas- colaboradores serão os primeiros e os últimos a
vindas, o horário de funcionamento e restrições terem contato com os usuários, sendo
que impeçam a entrada do visitante, como, por responsáveis também pela impressão positiva
exemplo: entrada de animais domésticos, porte que os visitantes deverão ter do local.
de armas, uso de bebidas alcoólicas, etc. Recomenda-se que o fluxo de veículos no
Ainda na Portaria o visitante deve observar a interior da UC seja gradativamente reduzido,
sinalização que indique o estacionamento, limitando-se apenas aos veículos oficiais, de
áreas específicas para deficientes físicos, prestadores de serviço e de moradores da
estrutura de recepção, sanitários, atrativos, etc. região do Morro do Gabriel e Lavrinhas. Para
tanto será necessário oferecer alternativas para
que o visitante deixe o veículo em
estacionamento (Estrutura de Recepção) ao
lado da rodovia MG-129 e chegue aos atrativos
e estruturas utilizando outros modais de
transporte.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Curto Prazo

218
ESTRUTURA:
Controle de Acesso
LOCALIZAÇÃO:
Controle de Acesso Fazenda Esperança: SAD69 Zona 23K 639595,465 / 7732898,751
Controle de Acesso Itatiaia: SAD69 Zona 23K 645533,234 / 7733150,10
Controle de Acesso Olaria: SAD69 Zona 23K 639651,709 / 7728439,399
Controle de Acesso Pé do Morro: SAD69 Zona 23K 639440,125 / 7730367,767
Controle de Acesso Biquinha: SAD69 Zona 23K 641154,230 / 7731310,525
Controle de Acesso Carretão: SAD69 Zona 23K 641405,989 / 7729783,900
Controle de Acesso RPPN Gerdau: SAD69 Zona 23K 636239,568 / 7731307,847
Controle de Acesso Lagoa Seca: SAD69 Zona 23K 631314,193 / 7737111,701
Controle de Acesso Bela Vista: SAD69 Zona 23K 638197,398 / 7737256,329
ESPECIFICAÇÃO:
Estrutura utilizada para controlar entrada e
saída, principalmente de pessoas a pé, cavalo
e/ou moto, por acessos alternativos à Portaria e
previamente definidos neste documento.
SERVIÇO ASSOCIADO:
O controle de acesso se dará por meio
presencial, com estrutura simples de guarita e
revezamento de colaboradores da UC, ou
através do uso de tecnologia como câmeras de
segurança e sensores de presença, ou apenas
com a utilização de Formulários de Autorização
enviados previamente à gerência da Unidade
de Conservação pelos usuários solicitantes
(ex.: condutores ambientais acompanhando
grupos de visitantes).
Quando a opção Guarita for a escolhida, Croqui meramente ilustrativo com exemplo de
recomenda-se que a mesma disponha de controle de acesso com edificação. Poderão ser
dormitório, sanitário, equipamentos de utilizadas também câmeras de segurança ou
segurança e comunicação para uso do controles por documentos preenchidos pelos
colaborador. A Guarita deverá oferecer ainda a visitantes. O emprego de tecnologia poderá
estrutura de sanitários para os visitantes que ajudar também no monitoramento da fauna e de
acessarem o local. usos conflitantes no interior da UC.

SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A sinalização existente será aquela necessária É fundamental que os colaboradores com
a informar o visitante quanto a localização da atuação na vigilância do Parque sejam
estrutura e sua localização em relação a toda a educados e saibam passar informações
Unidade de Conservação. A sinalização corretas sobre a Unidade de Conservação. É
educativa deve destacar a educação ambiental essencial o conhecimento sobre a dinâmica de
e a importância do bom uso das instalações. No visitação no interior da UC.
local devem estar devidamente destacadas as
normas para visitação da Unidade de
Conservação.

PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Curto/medio Prazo

219
ESTRUTURA:
Posto de Fiscalização Avançado
LOCALIZAÇÃO:
Posto de Fiscalização Avançado Morro do Gabriel: SAD69 Zona 23K 636780,583 / 7737909,831
Posto de Fiscalização Avançado Água Limpa: SAD69 Zona 23K 641780,950 / 7729475,897
Posto de Fiscalização Avançado Hargrives: SAD69 Zona 23K 634777,222 / 7738975,791
ESPECIFICAÇÃO:
O Posto de Fiscalização Avançado tem como
objetivo prestar o serviço de vigilância da
Unidade de Conservação, principalmente em
áreas mais remotas, onde o acesso é limitado e
o controle de atividades clandestinas se faz
necessário.
SERVIÇO ASSOCIADO:
A estrutura propiciaria o controle de acessos
não autorizados, atividades conflitantes e uma
importante cobertura da área mais distante da
Sede Administrativa da UC.
No local deverá ser construída uma edificação
simples, suficiente para oferecer conforto e
segurança aos funcionários da Unidade de
Conservação. Deverá ser dotada de Croqui meramente ilustrativo com exemplo de
equipamentos de segurança e de comunicação. edificação a ser usada como posto de
Outra alternativa, já empregada em outras UCs, fiscalização avançado. O exemplo aponta o uso
é utilizar a residência de colaboradores como de uma residência para cumprir tal papel na
Posto Avançado de Fiscalização. No PESOB tal região do Hargrives.
estratégia será apropriada, uma vez que Morro O local indicado como Posto de Fiscalização
do Gabriel e Hargrives contam com residências Avançado Água Limpa já conta com uma
permanentes e estão muito próximos aos edificação de alvenaria utilizada pela vigilância
limites da Unidade de Conservação. da empresa CSN, exigindo reforma e
O Posto de Fiscalização Avançado possui, a adaptação para o novo uso proposto.
princípio, vocação para instalação de torre de
comunicação para uso da administração do
PESOB.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
Utilização de sinalização de advertência quanto Entende-se que as estruturas propostas,
à restrição da passagem de pessoas não somadas aos Controles de Acesso e à Portaria,
autorizadas e, educativa, informando a cumprirão o papel de vigilância de todos os
existência da Unidade de Conservação. limites do Parque Estadual Serra do Ouro
Branco.

PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Curto/medio Prazo

220
ESTRUTURA:
Administração
LOCALIZAÇÃO:
Administração Fazenda Esperança: SAD69 Zona 23K 639418,698 / 7732885,360
ESPECIFICAÇÃO:
A estrutura da Administração será destinada ao funcionamento dos serviços administrativos do
Parque Estadual Serra do Ouro Branco, incluindo planejamento e gerenciamento das atividades
desenvolvidas, comunicação e documentação institucional.
SERVIÇO ASSOCIADO:
O local deve concentrar a documentação
administrativa, bem como, documentos e
registros operacionais, de segurança e de
comunicação interna e externa. É fundamental
que seja dotada dos recursos tecnológicos
necessários para o bom desempenho das
funções.
A estrutura contará ainda com Alojamento para
Funcionários (dormitórios, banheiros, cozinha,
armários individuais), Almoxarifado (onde serão
armazenados os equipamentos utilizados no
dia a dia das funções, incluindo-se os de
proteção individual e materiais para combate e
prevenção a incêndios), Garagem (abrigo
destinado a guarda de veículos, depósito de
combustíveis, serviços de manutenção em
geral, incluindo-se a lavagem e limpeza dos
mesmos), Estacionamento (para colaboradores Croqui meramente ilustrativo com exemplo de
e visitantes autorizados). estrutura para abrigar a administração do
Parque Estadual Serra do Ouro Branco.

SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
Por ser um espaço de uso restrito, deverá O local proposto para a Sede Administrativa do
receber sinalização indicativa de localização, Parque Estadual Serra do Ouro Branco já conta
mas sem o objetivo de estimular a ida de com edificações, porém, as mesmas estão em
visitantes ao local. O acesso externo deve ruínas.
também estar sinalizado e advertir quanto ao Por se tratar de um local estratégico e de
uso exclusivo para funcionários ou pessoas segurança institucional, recomenda-se que
devidamente autorizadas. exista um serviço terceirizado de vigilância. Tal
serviço poderá estar associado ao Controle de
Acesso proposto para a estrada que liga o alto
da Serra do Ouro Branco ao povoado de Morro
do Gabriel.

PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Curto Prazo

221
ESTRUTURA:
Heliponto
LOCALIZAÇÃO:
Heliponto Antenas: SAD69 Zona 23K 634274,801 / 7733663,232
Heliponto MG-129: SAD69 Zona 23K 642412,440 / 7731944,078
ESPECIFICAÇÃO:
Espaço destinado às operações de pouso e decolagem de helicópteros usados para o transporte
de pessoas, combate a incêndios e atendimento a vítimas.
SERVIÇO ASSOCIADO:
Os locais de instalação dos Helipontos deverão
contar com área de pouso e decolagem, área
de segurança, equipamentos para orientação
das equipes (ex.: mecanismo que sinalize o
sentido de deslocamento do vento) e estarem
dimensionados para o porte das aeronaves
utilizadas pelo Instituto Estadual de Florestas e
as instituições que formam o Sistema de
Segurança Pública.
Os locais escolhidos para instalação de
estrutura se justificam pelas condições do
terreno, proximidade com vias de acesso
principais do PESOB e agilidade de cobertura
de toda a área da UC. Croqui meramente ilustrativo com estrutura de
Heliponto.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
Apesar dos Helipontos estarem localizados É fundamental que os colaboradores com
próximos a áreas de uso intensivo do PESOB, atuação neste setor do Parque estejam
são espaços de uso restrito, devendo receber preparados para orientar os visitantes a se
sinalização indicativa de localização, mas sem afastarem dos pontos de pouso e decolagem de
o objetivo de estimular a ida de visitantes ao aeronaves, evitando assim, perda de tempo e
local. acidentes.
O acesso externo deve também estar sinalizado
e advertir quanto ao uso exclusivo para
colaboradores da UC ou pessoas devidamente
autorizadas.
Todos os procedimentos de segurança
envolvendo o local devem estar disponíveis por
meio de sinalização apropriada, de acordo com
as Normas estabelecidas pelos órgãos que
regulamentam a atividade.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Curto/medio Prazo

222
ESTRUTURA:
Ponto de Apoio ao Visitante
LOCALIZAÇÃO:
Ponto de Apoio ao Visitante Água Limpa: SAD69 Zona 23K 640449,369 / 7730048,240
Ponto de Apoio ao Visitante Biquinha: SAD69 Zona 23K 641106,853 / 7731368,681
Ponto de Apoio ao Visitante MG-129: SAD69 Zona 23K 642406,186 / 7731961,277
Ponto de Apoio ao Visitante Capão Meio do Morro: SAD69 Zona 23K 640321,937 / 7732260,703
Ponto de Apoio ao Visitante Gruta do Muro: SAD69 Zona 23K 639334,538 / 7732220,831
Ponto de Apoio ao Visitante Poção: SAD69 Zona 23K 638453,462 / 7732196,596
Ponto de Apoio ao Visitante Paredão: SAD69 Zona 23K 636809,360 / 7732685,996
Ponto de Apoio ao Visitante Poço Rio Colônia: SAD69 Zona 23K 635751,600 / 7733381,006
Ponto de Apoio ao Visitante Antenas: SAD69 Zona 23K 634313,890 / 7733823,498
ESPECIFICAÇÃO:
Essa estrutura possui uma caracter stica de “estação”, ou seja, edificação pequena, modular,
integrada à paisagem, que ofereça abrigo contra intempéries, sanitários, bebedor e
estacionamento para veículos e bicicletas.
SERVIÇO ASSOCIADO:
Os Pontos de Apoio ao Visitante (PAV) estarão
posicionados em locais estratégicos do PESOB,
ao longo das principais vias de acesso,
servindo de suporte para a visitação aos
atrativos, bem como, contribuindo para a
redução da pressão sobre os mesmos.
O visitante, ao adentrar com seu veículo ao
PESOB, deixará o mesmo estacionado no PAV
mais próximo do local que deseja visitar e se
deslocará a pé ou de bicicleta até o atrativo.
Visitantes a pé, de bicicleta ou em veículos
poderão contar com o suporte de banheiros,
abrigo contra chuva, pontos de energia, bancos
para descanso e contemplação da natureza.
Croqui meramente ilustrativo com proposta de
Ponto de Apoio ao Visitante.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A sinalização existente será aquela necessária Recomenda-se que o PESOB, gradativamente,
a informar o visitante quanto a localização de desestimule o uso de veículos automotores no
estruturas e serviços no interior da UC. A interior da Unidade de Conservação. Para tanto
sinalização educativa deverá destacar a uma alternativa de transporte público precisará
educação ambiental e a importância do bom ser implementada.
uso das instalações. Os Pontos de Apoio aos Visitantes foram
Junto aos PAVs deverão existir mapas com pensados e previstos para funcionarem como
toda a oferta de atrativos, estruturas e serviços os futuros pontos de parada dessa alternativa
oferecidos pelo PESOB, bem como, o de transporte público.
apontamento do tipo “Voc está aqui!” para O visitante descerá em um PAV, se deslocará
auxiliar a orientação. até o atrativo e retornará ao PAV para pegar o
As estruturas poderão contar ainda com cartões transporte de retorno ou visitar um novo local
de QR Code e conteúdo em Realidade no interior do PESOB.
Aumentada para ser utilizada pelos usuários em
seus smartphones e tablets. Os conteúdos
auxiliarão o visitante com informações e
interpretação da paisagem.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Curto Prazo

223
ESTRUTURA:
Suporte ao Atrativo
LOCALIZAÇÃO:
Suporte ao Atrativo Cachoeira Jesuítas: SAD69 Zona 23K 633664,973 / 7735122,994
Suporte ao Atrativo Poço Rio Colônia: SAD69 Zona 23K 635806,666 / 7733961,806
Suporte ao Atrativo Trilha do Paredão: SAD69 Zona 23K 636632,989 / 7732386,252
Suporte ao Atrativo Poço da Bomba: SAD69 Zona 23K 636965,445 / 7732969,255
Suporte ao Atrativo Circuito das Águas 1: SAD69 Zona 23K 637297,901 / 7733142,711
Suporte ao Atrativo Circuito das Águas 2: SAD69 Zona 23K 637844,768 / 7733475,167
Suporte ao Atrativo Circuito das Águas 3: SAD69 Zona 23K 637996,541 / 7733439,031
Suporte ao Atrativo Gruta do Muro: SAD69 Zona 23K 639793,732 / 7731853,841
Suporte ao Atrativo Fazenda Meio do Morro: SAD69 Zona 23K 640754,965 / 7731557,521
Suporte ao Atrativo Biquinha 1: SAD69 Zona 23K 641104,285 / 7731458,748
Suporte ao Atrativo Biquinha 2: SAD69 Zona 23K 641345,195 / 7731596,067
Suporte ao Atrativo Muro de Pedra: SAD69 Zona 23K 642584,654 / 7732099,569
ESPECIFICAÇÃO:
Conjunto de intervenções, junto aos atrativos,
que farão com que o mesmo possa ser visitado
com conforto, segurança, garantia de sua
integridade e experiência satisfatória.
SERVIÇO ASSOCIADO:
Cada atrativo demandará uma infraestrutura
específica de apoio à visitação, mas
basicamente todos necessitarão de:
(i) local para descanso, uma vez que o visitante
permanecerá algum tempo no local;
(ii) melhoria na acessibilidade, contemplando
manejo de trilhas, instalação de degraus,
escadas, parapeito, corrimão, etc.; Croqui meramente ilustrativo com exemplos de
(iii) sinalização interpretativa e educativa. estruturas de suporte ao atrativo. As
intervenções deverão estar integradas à
paisagem e aplicadas de acordo com o
zoneamento da área e suas restrições, o perfil
dos usuários e a intensidade do uso.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A sinalização existente será aquela necessária Tão importante quanto as estruturas é o
a informar o visitante quanto a localização de monitoramento do uso e a implementação de
estruturas e serviços no interior da Unidade de um programa de manutenção preventiva e
Conservação. corretiva.
A sinalização interpretativa deverá ser o elo O monitoramento quanto aos impactos da
entre o visitante e o atrativo, ampliando suas visitação também deverá ser realizado,
possibilidades de interação, propiciando maior prevendo possibilidades de ajuste na
conhecimento sobre o local visitado. capacidade de suporte de acessos e atrativos.
A sinalização educativa deverá destacar a A menos que o lixo seja recolhido diariamente
educação ambiental e patrimonial e a pelos colaboradores do PESOB e sua
importância do bom uso das instalações. destinação seja adequada, recomenda-se que
os atrativos não possuam lixeiras e que os
visitantes sejam sensibilizados a retornar com o
lixo para o local de onde vieram.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Curto Prazo

224
ESTRUTURA:
Praça de Convivência
LOCALIZAÇÃO:
Praça de Convivência Poço Rio Colônia: SAD69 Zona 23K 635932,193 / 7733856,333
Praça de Convivência Água Limpa: SAD69 Zona 23K 640547,092 / 7729484,570
ESPECIFICAÇÃO:
Área destinada ao lazer familiar e de grupos, oferecendo estrutura para piqueniques, churrasco,
recreação, dispondo de estruturas de apoio, tais como sanitários, bancos, mesas e lixeiras.
SERVIÇO ASSOCIADO:
Estrutura localizada em pontos de
adensamento de visitantes e proximidade com
atrativo.
A estrutura de apoio contará com pequenos
quiosques e bancos, conformando uma Área de
Piquenique. Esse ambiente, apesar de
concentrar um número maior de pessoas,
deverá incentivar a harmonia com o ambiente
natural, impedindo a utilização de
equipamentos sonoros, por exemplo.
Importante ainda que o espaço de convivência
esteja bem delimitado, com a utilização do
paisagismo na definição dos espaços de uso,
evitando assim, entradas em áreas de mata
onde não existam trilhas manejadas, pisoteio
de vegetação, vandalismo, etc.
Outra estrutura importante, principalmente para
atender ao público infantil, é o Playground. Croqui meramente ilustrativo com algumas das
Nesse espaço deverão ser instalados estruturas que devem compor as Praças de
brinquedos e incentivadas as brincadeiras que Convivências. O local deverá ser acessível e
explorem a imaginação e a criatividade das contar com estruturas que atendam
crianças. Estruturas em madeira, caixa de principalmente às famílias, crianças e pessoas
areia, jogos lúdicos, deverão estar disponíveis com mobilidade reduzida.
nesse espaço.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A sinalização existente será aquela necessária Importante que as estruturas, sempre que
a informar o visitante quanto a localização de possível, tenham associação direta com a UC,
estruturas e serviços no interior da Unidade de com o ambiente em que estão inseridas, com
Conservação. A sinalização educativa deve temáticas ligadas à conservação e aos atributos
destacar a educação ambiental e a importância de destaque do PESOB, como: fauna, flora,
do bom uso das instalações. recursos hídricos, etc.
As Praças de Convivência deverão contar com
infraestrutura de sanitários coletivos, lava-
pratos e duchas. O acesso deverá ser facilitado
aos pedestres. Deverá haver estrutura também
para estacionamento de veículos.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Curto/medio Prazo

225
ESTRUTURA:
Ponto de Descanso
LOCALIZAÇÃO:
Ponto de Descanso Olaria: SAD69 Zona 23K 641121,148 / 7729020,735
Ponto de Descanso Carretão: SAD69 Zona 23K 641458,423 / 7730095,195
Ponto de Descanso Mata da CSN: SAD69 Zona 23K 642578,656 / 7730697,471
Ponto de Descanso Canela de Ema 1: SAD69 Zona 23K 644790,213 / 7731545,475
Ponto de Descanso Canela de Ema 2: SAD69 Zona 23K 644925,123 / 7732099,569
Ponto de Descanso Meio do Morro: SAD69 Zona 23K 640309,281 / 7731976,705
Ponto de Descanso Gruta do Muro: SAD69 Zona 23K 639637,141 / 7732224,843
Ponto de Descanso Paredão: SAD69 Zona 23K 636796,808 / 7732622,345
Ponto de Descanso Trilha Antenas / Poço Colônia: SAD69 Zona 23K 635546,483 / 7734193,080
Ponto de Descanso Travessia Morro do Gabriel 1: SAD69 Zona 23K 638998,728 / 7734123,216
Ponto de Descanso Travessia Morro do Gabriel 2: SAD69 Zona 23K 639104,729 / 7735074,812
Ponto de Descanso Travessia Morro do Gabriel 3: SAD69 Zona 23K 638148,315 / 7735050,721
ESPECIFICAÇÃO:
Estrutura destinada aos visitantes, visando o conforto enquanto descansam ou aguardam o
momento de realizar uma das atividades oferecidas pela Unidade de Conservação.
SERVIÇO ASSOCIADO:
Os Pontos de Descanso estarão dispostos ao
longo das trilhas em pontos estratégicos como
apontado no mapa de estruturas de apoio à
visitação.
Bancos posicionados em locais estratégicos
atenderão não só aos usuários cansados, como
possibilitarão ao visitante, independente de seu
condicionamento físico, parar em determinado
local e vivenciar a natureza, observar a
paisagem, ouvir os pássaros. Para quem gosta
de fotografar ou pintar, por exemplo, os bancos
serão muito bem-vindos. A instalação de
estruturas como essas além de oferecer Croqui meramente ilustrativo com exemplo de
conforto, evitarão que o visitante “invente” ou estrutura a ser usada como Ponto de Descanso
procure um outro local (geralmente inadequado)
para “construir” seu banco.

SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A sinalização existente será aquela necessária Importante que sejam estruturas confortáveis,
a informar o visitante quanto à localização de que o usuário possa se sentar e permanecer
estruturas e serviços no interior da Unidade. Os algum tempo no local. Estruturas em madeira
bancos podem possuir pequenas placas com encosto são recomendadas.
interpretando a paisagem que é vista daquele Alguns bancos poderão inclusive ter formato de
local. “arquibancada” – dois ou três patamares –
Locais com acesso à internet poderão receber posicionados em locais propícios a uma bela
sinalização indicando ao visitante como postar foto de recordação.
fotos e vídeos nas redes sociais do PESOB. Toda pessoa busca conforto, assim, existindo
Isso ajudará a compartilhar e promover a uma estrutura que reduza seu esforço, ela
visitação no interior da UC. sempre será utilizada.

PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Curto/medio Prazo

226
ESTRUTURA:
Estrutura de Recepção
LOCALIZAÇÃO:
Estrutura de Recepção MG-129: SAD69 Zona 23K 642385,860 / 7731942,514
Estrutura de Recepção Antenas: SAD69 Zona 23K 634130,951 / 7733622,579
ESPECIFICAÇÃO:

Estrutura que deverá abrigar espaços como Receptivo, Credenciamento / Bilheteria, Loja, Base de
Operações e Sanitários / Fraldário.

SERVIÇO ASSOCIADO:
Esse será o local do primeiro encantamento,
onde o visitante será seduzido pelas diferentes
formas de convivência com a natureza naquele
ambiente. No local o visitante deverá receber
informações por escrito (folder institucional,
pesquisa de satisfação, etc.), ter informações
sobre tarifas, regulamentos, procedimentos de
segurança, etc. Uma vez orientado sobre as
estruturas, serviços e atividades disponíveis, o
visitante se encaminhará ao segundo espaço –
Credenciamento / Bilheteria.
O Credenciamento / Bilheteria tem como função
reunir a movimentação financeira da UC e
organizar as atividades oferecidas aos usuários. Croqui meramente ilustrativo com proposta de
Outra estrutura importante associada à estrutura de recepção para ordenar o fluxo de
recepção é a Loja. Local onde o visitante visitação no interior do Parque Estadual Serra
poderá comprar produtos associados à do Ouro Branco. A estrutura deve abrigar uma
experiência de visitação ao PESOB, produtos pequena mostra do que o visitante encontrará
utilitários, de decoração, literatura, souvenires, no Parque. Nesse local ele receberá as
com temática inspirada em aspectos informações necessárias para programar sua
relacionados à UC, etc. permanência no PESOB.
O local contará com área de estacionamento.
As Estruturas de Recepção possuem, a
princípio, vocação para instalação de torres de
comunicação para uso da administração do
PESOB.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A Recepção deve contar com sinalização que O usuário da UC, assim que adentrar à mesma,
informe sobre a programação de atividades, deve ser conduzido à Recepção, através da
horários de saídas guiadas, pré-requisitos para sinalização e informação passada na Portaria,
realização das atividades, etc. Deve contar para, que desse modo, possa programar sua
ainda com mapa da UC indicando localização permanência no interior da UC e desfrutar dos
de atrativos e estruturas, bem como, distâncias serviços e atividades que lhe são oferecidas.
nível de dificuldade e necessidade de A linha de produtos oferecida na Loja pode
acompanhamento de condutores. Junto à variar desde as tradicionais camisetas, bonés,
bilheteria, além das tarifas, é essencial que chaveiros, agendas e postais, até
exista informação sobre os horários de equipamentos para a prática de caminhada,
visitação, assim como, a programações de guias de observação de vida silvestre, livros
eventos. sobre Unidades de Conservação, publicações
técnicas sobre arqueologia, protetor solar, etc.

PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Curto Prazo

227
ESTRUTURA:
Alojamento de Pesquisadores
LOCALIZAÇÃO:
Alojamento de Pesquisadores Fazenda Rodeio: SAD69 Zona 23K 634212,103 / 7738006,250
ESPECIFICAÇÃO:

Edificação destinada a atender a demanda de hospedagem para pesquisadores, bem como,


oferecer condições adequadas de trabalho aos mesmos.

SERVIÇO ASSOCIADO:
O local servirá como base de apoio para as
atividades de pesquisa realizadas no interior e
entorno do Parque Estadual Serra do Ouro
Branco.
O local deve contar com acomodações de uso
coletivo, banheiros, cozinha, refeitório, mesas
de trabalho e demais estruturas necessárias
para o bom desempenho das atividades
realizadas pelos pesquisadores.
A estrutura servirá de apoio também aos
usuários do Centro de Pesquisa, a ser instalado
na mesma região, em local conhecido como
Fazenda Rodeio.

Croqui meramente ilustrativo com proposta de


edificação para abrigar alojamento de
pesquisadores a ser instalado na sede da
Fazenda Rodeio.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
Por ser um espaço de uso restrito, deverá A escolha do local para edificação do
receber sinalização indicativa de localização, Alojamento de Pesquisadores seguiu
mas sem o objetivo de estimular a ida de orientação da equipe de colaboradores do
visitantes ao local. O acesso externo deverá Instituto Estadual de Florestas, tendo em vista a
também estar sinalizado e advertir quanto ao necessidade de privacidade e tranquilidade
uso exclusivo para pesquisadores, para execução dos trabalhos.
colaboradores da UC ou pessoas devidamente Recomenda-se que a infraestrutura de acesso
autorizadas. ao local seja melhorada, tornando o
deslocamento mais ágil e seguro.
É recomendável que aproveita as estruturas já
existentes.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Médio Prazo

228
ESTRUTURA:
Centro de Visitantes
LOCALIZAÇÃO:
Centro de Visitantes Antenas: SAD69 Zona 23K 634087,171 / 7733552,999
ESPECIFICAÇÃO:

Edificação onde serão disponibilizadas informações detalhadas sobre a UC. Serão desenvolvidas
atividades de educação ambiental, realizadas exposições, palestras e eventos, funcionando como
centro das atividades de integração com a população local e demais usuários do PESOB.

SERVIÇO ASSOCIADO:
O Centro de Visitantes (CV) é o principal
espaço de integração do visitante à UC,
aproximando-o da natureza, disseminando os
objetivos de criação do PESOB, informando e
interpretando temas biofísicos, históricos,
econômicos e culturais, relacionados
diretamente à UC e seu entorno.
Importante que exista uma exposição fixa, com
elementos indispensáveis ao conhecimento
sobre a UC e que existam exposições
itinerantes com temas diversos que contribuam
também para o retorno do visitante àquele local.
O CV deve contar com estrutura de auditório ou
sala multiuso. O espaço será destinado a
apresentações, palestras, reuniões, mostra de Croqui meramente ilustrativo com proposta de
vídeo ou fotos. Nesse local o visitante deverá Centro de Visitantes para o PESOB.
receber informações sobre segurança,
educação ambiental, mínimo impacto, bem
como, sobre as características da UC.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A exposição do Centro de Visitantes deverá O Centro de Visitantes deverá contar com
contar com ferramentas de interpretação, mas, funcionários que saibam receber pessoas e
principalmente, com a criatividade de quem for responder perguntas, adequando a linguagem
implementá-la. de acordo com a faixa etária, formação
Algumas técnicas a serem utilizadas: painéis, acadêmica e interesse do visitante.
bases, vitrina, diorama, maquetes, mapas, A definição do conteúdo interpretativo e das
publicações, uso de esqueletos, mostras de ferramentas de comunicação das informações
sementes, animais empalhados, coleção de deve fazer parte de um projeto específico de
insetos, ilustrações, ferramentas áudio visuais, interpretação da UC. As empresas, indústrias e
fones de ouvido com gravações, objetos para instituições de ensino ligadas ao PESOB
toques, perguntas e respostas, entre outras. poderão ser parceiras na implementação de um
O Centro de Visitantes, por ser um local que Centro de Visitante moderno, com o emprego
atrairá muitos visitantes, deve contar com mapa de tecnologias avançadas, alinhado com as
geral que informe ao usuário a localização de tendências atuais de interação e
atrativos, estruturas e serviços no interior do compartilhamento de informações.
PESOB.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Médio Prazo

229
ESTRUTURA:
Restaurante
LOCALIZAÇÃO:
Restaurante Antenas: SAD69 Zona 23K 634112,653 / 7733539,685
ESPECIFICAÇÃO:

Edificação prevista para instalação de equipamento de alimentação (restaurante) no interior do


PESOB. O local servirá como apoio à visitação diurna, noturna (quando houver), atendendo
também a demanda da Área de Camping (quando necessário).

SERVIÇO ASSOCIADO:
É recomendado que o Parque Estadual Serra
do Ouro Branco ofereça aos seus visitantes o
serviço de alimentação.
O restaurante além de atender a demanda dos
usuários para lanches e refeições poderá
tornar-se um dos grandes atrativos do PESOB,
bem como, do município de Ouro Branco, uma
vez que deverá ser instalado em local nobre da
UC, com vista privilegiada e próximo às
principais estruturas, serviços e atrativos
ofertados pela Unidade.
O local a partir da adoção de procedimentos
específicos de manejo dos visitantes, poderá Croqui meramente ilustrativo com proposta de
funcionar também no período da noite, ao restaurante com vista panorâmica para a cidade
menos em dias específicos, como feriados e de Ouro Branco.
fins de semana. Recomenda-se o
funcionamento diurno diário.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A sinalização existente será aquela necessária Recomenda-se que Restaurante e Centro de
a informar o visitante quanto a localização de Visitantes estejam em uma mesma edificação,
estruturas e serviços no interior da Unidade de integrada à paisagem.
Conservação. A edificação deve, preferencialmente, utilizar a
A sinalização educativa deve destacar a declividade do terreno para criar um ambiente
educação ambiental e a importância do bom que não altere a paisagem observada da sede
uso das instalações. do município de Ouro Branco, ou seja, cause o
menor impacto visual possível.
Importante que seja estimulada a contratação
de pessoas da vizinhança para trabalharem
nesse tipo de estrutura e que exista um projeto
específico para destinação dos resíduos,
disposição e uso de latas de lixo, geração de
energia alternativa, etc.
Dentro da proposta de contato com a natureza
e realização de atividades ao ar livre, sugere-se
que o cardápio possua opções de alimentos
leves, menos industrializados, que possam até
mesmo terem origem na vizinhança da UC.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Médio Prazo

230
ESTRUTURA:
Mirante
LOCALIZAÇÃO:
Mirante Miguel Burnier: SAD69 Zona 23K 634329,526 / 7734374,659
Mirante Morro do Gabriel: SAD69 Zona 23K 634500,738 / 7734026,763
Mirante Lago Soledade: SAD69 Zona 23K 633773,674 / 7733814,117
Mirante Ouro Branco: SAD69 Zona 23K 634392,069 / 7733334,880
Mirante do Cruzeiro: SAD69 Zona 23K 636186,274 / 7732735,248
Mirante Meio do Morro: SAD69 Zona 23K 640702,668 / 7731551,620
Mirante da Estrada: SAD69 Zona 23K 640239,849 / 7732317,773
Mirante do Sofá: SAD69 Zona 23K 641822,972 / 7731845,573
Mirante Canela de Ema: SAD69 Zona 23K 644805,496 / 7731432,006
Mirante Pedra do Índio: SAD69 Zona 23K 637137,272 / 7734096,524
Mirante Bela Vista: SAD69 Zona 23K 637950,509 / 7736024,699
Mirante B612: SAD69 Zona 23K 639174,333 / 7736132,450
ESPECIFICAÇÃO:

Os mirantes são locais que permitem a apreciação de uma paisagem significativa, dotados de
estrutura que ofereça conforto, segurança, acessibilidade e informação sobre o objeto de
observação.

SERVIÇO ASSOCIADO:
O mirante é algo que por si só motiva a
visitação. As pessoas têm curiosidade de
observar, principalmente do alto, e avistar ao
longe. Apenas uma estrutura de deck ou
parapeito não será suficiente para oferecer uma
experiência diferenciada ao visitante, uma vez
que ele poderá chegar ao local em um dia
nublado e não avistar nada, além de nuvens.
De acordo com a acessibilidade o mirante
poderá ter mais estruturas ou simplesmente
uma sinalização indicativa. Nos locais com
maior acessibilidade é importante que exista
uma estrutura com painéis interpretativos, Croqui meramente ilustrativo com exemplos de
lunetas fixas ou equipamentos que possam ser estruturas a serem instaladas nos pontos de
alugados e facilitem a visualização. A presença mirante.
de pessoas que possam dar explicações
também será bem-vinda.

SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A sinalização deverá ser aquela que atenda ao Os mirantes em geral estão localizados em
aspecto interpretativo e educativo do mirante. A pontos associados a desníveis, por esse
sinalização deverá auxiliar o visitante a motivo, deve-se ter uma preocupação especial
entender a paisagem observada, identificar com as medidas de segurança.
pontos de destaque, ou mesmo, em dias O uso de materiais adequados, o equilíbrio com
nublados, imaginar o que poderia ser a paisagem e a manutenção constante, serão
observado daquele local. fundamentais para o sucesso na
implementação de tais estruturas.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Médio Prazo

231
ESTRUTURA:
Área de Camping
LOCALIZAÇÃO:
Área de Camping Jesuítas: SAD69 Zona 23K 633776,019 / 7734663,921
ESPECIFICAÇÃO:
Espaço estruturado para receber usuários da Unidade de Conservação que desejem acampar no
local.
SERVIÇO ASSOCIADO:
O local deverá contar com edificação de apoio
com sanitários coletivos, vestiário, pias para
limpeza de louças, tanque para roupas,
bancadas para apoio de fogareiros, iluminação
direcionada e tomadas para carregamento de
eletrônicos.
A área de camping deverá seguir regulamentos
específicos, principalmente em relação à
capacidade de carga. Preferencialmente o
pernoite deverá ser agendado mas, caso exista
disponibilidade de vagas, será possível que o
usuário consiga acampar sem o aviso prévio.
O número de barracas e o número de pessoas Croqui meramente ilustrativo com proposta de
deverá ser limitado. O tipo de barraca também área de camping com estrutura de apoio para
deverá ser especificado, assim como, os locais banho, limpeza e cozinha. Recomenda-se que,
exatos onde as mesmas deverão ser montadas. próximo à Área de Camping, exista uma
O uso de fogareiros deverá ser condicionado a edificação onde possam ser guardados os
um local específico. A área de camping será materiais e equipamentos utilizados na
afastada das demais estruturas da UC, manutenção do local, bem como, sirva de
oferecendo privacidade e segurança para os abrigo para o colaborador da UC responsável
usuários. pela área.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A sinalização existente será aquela necessária O camping é uma das atividades que melhor
a informar o visitante quanto à localização da promove a interação entre homem e natureza.
estrutura no interior da UC. Acampar é um estilo de pernoite diretamente
Recomenda-se que, em local apropriado, ligado àqueles que gostam de aproveitar ao
abrigado, estejam disponíveis todos os máximo os momentos junto à natureza.
procedimentos para utilização da Área de A construção de uma área de camping deve ser
Camping, incluindo penalidades e sansões feita a partir de projeto específico. Soluções
cabíveis caso as normas sejam desrespeitadas. ambientalmente corretas para a gestão dos
resíduos sólidos e líquidos, e geração de
energia alternativa, deverão ser destacadas
nesse projeto.
Ao ser estruturada a Área de Camping ficará
proibido o uso de outras áreas no interior do
PESOB para tal prática.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Médio Prazo

232
ESTRUTURA:
Espaço Ecumênico
LOCALIZAÇÃO:
Espaço Ecumênico Antenas: SAD69 Zona 23K 634414,741 / 7733385,697
ESPECIFICAÇÃO:
Espaço destinado à reunião das diferentes crenças para que possam manifestar, cada uma a sua
maneira, a ligação entre a natureza e a espiritualidade, através da montanha.
SERVIÇO ASSOCIADO:
A proposta de Espaço Ecumênico vem
fortalecer a presença da igreja católica no
interior do PESOB (já materializada na
construção da capela, cruzeiro e na realização
de evento religioso), como também, criar
oportunidade para que outras crenças e
religiões se utilizem do lugar para colocar em
prática seus ritos e cerimônias (algo que já
acontece, mas de forma não ordenada,
colocando em risco o patrimônio da UC,
principalmente quando há a utilização de fogo).
O Espaço Ecumênico trará melhorias para as
estruturas já existentes, como os sanitários, por Croqui meramente ilustrativo com proposta de
exemplo, assim como trará conforto e apoio às Espaço Ecumênico. Recomenda-se que o
outras manifestações de fé que vierem a ser projeto de construção seja elaborado em
realizadas no local, seja em grupo ou conjunto com os principais interessados e seja
individualmente. incentivada a participação popular na escolha
da melhor proposta. Uma estrutura bem
planejada, por si só, poderá tornar-se um
importante atrativo da UC.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A sinalização existente será aquela necessária Ainda que a igreja católica ocupe e utilize o
a informar o visitante quanto a localização de local próximo às antenas, na Serra do Ouro
estruturas e serviços no interior da Unidade de Branco, há décadas, uma vez criada a Unidade
Conservação. A sinalização educativa deve de Conservação e sendo ela uma propriedade
destacar a educação ambiental e a importância pública, acessível a todos, não se justifica que
do bom uso das instalações. uma religião seja privilegiada em detrimento de
outras.
Espera-se que o espaço seja utilizado com
harmonia, paz, tranquilidade e amor ao
próximo, colocando em prática os princípios
que orientam as diferentes crenças e religiões.
A realização de eventos religiosos no local ou
em outro ponto do PESOB deverá seguir as
diretrizes do procedimento para realização de
eventos de qualquer natureza, detalhado neste
documento.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Médio Prazo

233
ESTRUTURA:
Praça de Eventos
LOCALIZAÇÃO:
Praça de Eventos Antenas: SAD69 Zona 23K 634243,529 / 7733617,106
ESPECIFICAÇÃO:
Edificação configurada como espaço multiuso, pautado por uma programação cultural regular. Os
eventos realizados nesse local deverão ser dimensionados de forma que não causem impactos
negativos ao PESOB e não contrariem os objetivos de criação do mesmo.
SERVIÇO ASSOCIADO:
A estrutura composta por anfiteatro e cobertura
poderá ser utilizada para diversos fins, entre
eles, eventos musicais, recitais, apresentações
teatrais, cinema, contação de histórias, etc.
Os eventos deverão, sempre que possível,
estarem integrados ao ambiente natural,
contribuindo para a disseminação da proposta
de conservação. O fato da estrutura ser
coberta, poderá ampliar ainda mais a sua
utilização, recebendo eventos durante o dia
com Sol ou em períodos chuvosos.
O Parque Estadual Serra do Ouro Branco
poderá manter uma agenda regular de
apresentações no local com temáticas variadas,
a cada dia da semana, atraindo públicos
específicos, que muitas vezes visitarão o local
motivados apenas por essa programação.
Poderá ser utilizada também para dinâmicas de
grupo, local para leitura ou descanso (Redário), Croqui meramente ilustrativo com proposta da
organização de atividades lúdicas monitoradas estrutura de Praça de Eventos, com
por recreadores ou professores, por exemplo. minianfiteatro e cobertura.
SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
A sinalização existente será aquela necessária A programação regular de eventos, por si só,
a informar o visitante quanto a localização de poderá atrair público para o PESOB. Importante
estruturas e serviços no interior da Unidade de que os eventos e a dinâmica de participação do
Conservação. A sinalização educativa deve visitante sejam divulgados com a antecedência
destacar a educação ambiental e a importância necessária.
do bom uso das instalações. A realização de eventos no local ou em outro
ponto do PESOB deverá seguir as diretrizes do
procedimento para realização de eventos de
qualquer natureza, detalhado neste documento.
Os eventos, exceto em casos extraordinários,
não deverão alterar a rotina da Unidade de
Conservação e de quem a utiliza. Deve-se
ressaltar que usuários com outras motivações
também estarão utilizando as estruturas e
serviços disponibilizados no interior do PESOB.

PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Médio/longo Prazo

234
ESTRUTURA:
Centro de Pesquisa
LOCALIZAÇÃO:
Centro de Pesquisa Fazenda Rodeio: SAD69 Zona 23K 634142,467 / 7737968,754
ESPECIFICAÇÃO:
Edificação de apoio ao trabalho de pesquisa e conservação promovido pelo Parque Estadual
Serra do Ouro Branco, bem como, espaço referência para o desenvolvimento de práticas de
educação ambiental.
SERVIÇO ASSOCIADO:
O Centro de Pesquisa deve receber estrutura,
equipamentos e recursos tecnológicos que
possibilitem o desenvolvimento de projetos e
pesquisas nas áreas bióticas e abióticas, bem
como, de tecnologia para conservação.
A estrutura terá como finalidade apoiar
pesquisadores autônomos, instituições de
ensino, entidades científicas, entre outros
organismos de pesquisa, no desenvolvimento
de trabalhos que venham contribuir para a
melhor compreensão dos ecossistemas
encontrados no interior da Unidade de
Conservação. Croqui meramente ilustrativo com proposta de
estrutura para abrigar o Centro de Pesquisa.

SINALIZAÇÃO: OBSERVAÇÕES:
Por ser um espaço de uso restrito, deverá Recomenda-se que o projeto arquitetônico da
receber sinalização indicativa de localização, edificação substitua algumas paredes por
mas sem o objetivo de estimular a ida de estruturas transparentes, como vidros, que
visitantes ao local. O acesso externo deverá permitam a visualização do trabalho
também estar sinalizado e advertir quanto ao desenvolvido, por aqueles que estão do lado de
uso exclusivo para pesquisadores, fora da estrutura. Assim, caso seja
colaboradores da UC ou pessoas devidamente implementado um programa de visitação, os
autorizadas. visitantes, poderão interagir de diferentes
A sinalização educativa deverá destacar a formas com o trabalho realizado pelos
educação ambiental e a importância do bom pesquisadores, sem que os mesmos deixem de
uso das instalações. Por se tratar de um local realizar suas atividades.
visitado apenas com o acompanhamento de No entorno da estrutura podem ser também
condutores, dentro da proposta de educação criados espaços temáticos que sintetizem as
ambiental, o uso de sinalização interpretativa metodologias e procedimentos adotados em
deverá ter como objetivo auxiliar o trabalho do diferentes linhas de pesquisa como, por
condutor. exemplo, um sítio arqueológico que esteja
sendo escavado ou um local onde tenham sido
instaladas armadilhas. A possibilidade de
interação do visitante com a atividade científica
amplifica a experiência e ajuda a despertar o
interesse pela formação profissional em áreas
como biologia, geografia, história, geologia, etc.
É recomendável que aproveita as estruturas já
existentes.
PRIORIDADE DE IMPLANTAÇÃO:
Longo Prazo

235
Figura 3.4 Proposta de Infraestrutura para o Parque Estadual Serra do Ouro Branco

236
Ainda sobre o tema infraestrutura cabe ressaltar que alguns projetos especiais, ou seja,
iniciativas identificadas durante a etapa de diagnóstico, que estavam em fase embrionária
ou apenas no plano das ideias, poderão se tornar viáveis no futuro, sendo então
implementados. Entre as propostas identificadas, três são destacadas aqui: (i) Observatório
Astronômico, (ii) Teleférico e (iii) Marco Sul da Cadeia do Espinhaço.

A proposta de construção de um Observatório Astronômico (Figura 3.5), no alto da Serra do


Ouro Branco, foi identificada a partir de entrevista com professores da Universidade Federal
de São João Del Rei (Campus Alto Paraopeba). A ideia parece ser factível, uma vez que o
alto da Serra do Ouro Branco é um dos pontos mais elevados de toda a região, possuindo
acesso e área já antropizada (próximo às torres de telecomunicação) onde tal estrutura
poderia ser instalada. Soma-se a isso o fato de que não existem outros observatórios
astronômicos instalados em locais com as mesmas características, no entorno de Belo
Horizonte. O observatório da Serra da Piedade, por exemplo, também instalado no alto de
uma serra, encontra-se fechado ao público (em outubro de 2015). O observatório poderia
atrair público leigo e pesquisadores para o interior do PESOB.

A proposta de construção de um Teleférico (Figura 3.6), unindo o alto da Serra do Ouro


Branco e a sede do município, é relativamente antiga, sendo citada por vários dos
moradores entrevistados durante a etapa de diagnóstico. Caso o poder público ou a
iniciativa privada tenham interesse de implementar a proposta, deverão ser realizados
estudos de viabilidade ambiental, técnica e financeira, bem como, a população e os
organismos de proteção ambiental e do patrimônio deverão ser ouvidos. Como em qualquer
projeto do porte de um teleférico, existirão ganhos e perdas, sendo necessário avaliar qual
dos dois virá em maior proporção. Observando a proposta pelo ponto de vista do produto e
do diferencial, é possível afirmar que tal projeto, se bem administrado, poderá trazer ganhos
econômicos para o município de Ouro Branco, bem como, atrair para o interior do PESOB
um número considerável de visitantes. Entretanto, além das questões de viabilidade técnica
e do impacto ambiental, existirá o impacto visual, com alteração relevante da paisagem, algo
que também deverá ser considerado, caso tal proposta volte a ser discutida.

A terceira proposta tem como objetivo materializar uma importante e singular característica
geográfica da Serra do Ouro Branco, o fato de ser o limite sul da Cadeia do Espinhaço. O
Espinhaço, além de abrigar dezenas de Unidades de Conservação, dispor de grande
biodiversidade, ser divisor natural de importantes bacias hidrográficas, cumpre um papel
importante na história, economia e cultura do Brasil. O maior conjunto de serras do interior
do país, que une cidades e estados, merece, em uma de suas extremidades, um marco,
uma escultura, algo que simbolize e sirva de referência para a população e para os viajantes
de que ali, em direção ao Norte / Nordeste do Brasil, segue uma única serra, muito
semelhante em quase toda a sua extensão, que aproxima pessoas e lugares, que
impressiona pela beleza cênica e pelas riquezas naturais e culturais.

237
Figura 3.5. Observatório Astronômico da Figura 3.6. Bondinho do Pão de Açúcar, no
UFMG na Serra da Piedade. Rio de Janeiro, exemplo de teleférico.

238
3.7.4. Subprograma de Recursos Humanos

O presente programa apresenta uma estimativa do quadro de pessoal necessário para a


operacionalização do plano de manejo. Prevê ainda as necessidades de capacitação da
equipe da UC. A implantação deste subprograma está diretamente ligada à implantação de
estruturas bem como à aquisição de veículos e equipamentos. A estrutura organizacional
bem como as competências e responsabilidades de cada função estão detalhadas na Parte
IV deste Encarte – Manual de Organização e Procedimentos.

Objetivos Específicos

 Organizar a força de trabalho do Parque a partir dos principais processos de gestão.


 Capacitar a força de trabalho do Parque para a execução do plano de manejo.
 Manter equipe motivada e mobilizada para realização de suas funções.

Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
% de preenchimento do  80% do quadro  80 % do quadro  80 % do
Quando Funcional funcional previsto funcional previsto quadro
para o curto prazo para médio prazo funcional
preenchido preenchido preenchido
Horas de capacitação  No mínimo  No mínimo 80  No mínimo 80
anual de cada servidor 80h/ano h/ano h/ano

% da equipe motivada  Equipe altamente  Equipe altamente  Equipe


motivada motivada altamente
motivada

239
Plano de Ação – Subprograma de Recursos Humanos
Custo
Ação Prazo Responsável Item de Verificação
Previsto (R$)
Ver Plano de
Ampliar o quadro de funcionários da UC Gradual Gerência / IEF Funcionários contratados
Negócios
Definir Responsabilidades, Autoridades e
1o ano Equipe da UC Estrutura organizacional definida 0,00
Competências para todos os funcionários
Organizar momentos para estudo e entendimento do
1o ano Gerência Encontros realizados 0,00
Plano de Manejo
Definir programa de capacitação dos funcionários de Até março de
Equipe da UC Programa de capacitação definido 0,00
acordo com as diretrizes do Plano de Manejo cada ano
Realizar pelo menos uma capacitação de 40 horas Gerência / IEF
Anual Capacitações realizadas 20.000,00/ano
por semestre / Consultores
Elaborar plano de necessidade de contratação da
mão de obra conforme implantação das estruturas Anual Gerência Plano de necessidades elaborado 0,00
previstas
Gerência /
Desenvolver projeto de Incentivo ao Voluntariado Anual Voluntariado implementado 0,00
Coordenadores
Equipe da UC /
Capacitar funcionários de Portaria 1o ano Funcionários de Portaria capacitados 1.000,00
IEF
Equipe da UC / Funcionários de Recepção
Capacitar funcionários de Recepção 2o ano 5.000,00
IEF capacitados
Equipe da UC /
Capacitar condutores de atividades 2o ano Condutores de Atividades capacitados 10.000,00
IEF/Consultor
Capacitar com conteúdos específicos os Condutores Antes de iniciar Equipe da UC / Condutores capacitados para
10.000,00
que trabalharão com Educação Ambiental atividade IEF/Consultor trabalhar com Educação Ambiental

240
A seguir são apresentadas as necessidades em termos de recursos humanos para
diferentes cenários: curto prazo (estrutura mínima), médio prazo (estrutura intermediária) e
longo prazo (estrutura desejada). São indicados em cada cenário a quantidade total de
pessoal necessária para cada função.

Estimativa de pessoal para operação do PESOB com estrutura mínima (curto prazo):

Gestão Cargo / Função Qtde


Portaria Porteiro / Vigia 03
Controle de Acesso Porteiro / Vigia 02
Gerente 01
Auxiliar Administrativo 01
Sede Administrativa
Auxiliar de Serviços Gerais 02
Zelador de UC 10

Estruturas Cargo / Função


Monitor Ambiental 04
Centro de Visitantes
Auxiliar de Serviços Gerais 02
Total 25

Pensando uma lógica gradual de implantação da UC, recomenda-se como prioridade


imediata a contratação de zeladores de UC para reforçar o quadro atual e permitir o
estabelecimento de rotinas de fiscalização e demais ações de proteção e manutenção da
UC. Para que isto funcione, é necessário haver veículos (motocicletas e caminhonete) e
equipamentos (rádios, ferramentas, etc.) para que esta força de trabalho tenha condições de
operar no dia-dia, percorrendo locais estratégicos da UC. Em seguida, ou
concomitantemente, recomenda-se a contratação de monitores ambientais para que possam
ser efetivadas as coordenações de Visitação e Integração com o Entorno, Pesquisa e
Monitoramento e de Proteção e Manejo (ver Parte IV do presente Encarte) necessárias para
apoiar a gerência na implantação dos programas de Manejo. As demais funções (Porteiro,
Vigia, etc.) são igualmente importantes, porém só se justificam na medida em que sejam
implantadas estruturas de curto prazo (Portaria, Controles de Acesso, Centro de Visitantes e
Sede Administrativa).

Estimativa de pessoal para operação do PESOB com estrutura intermediária (médio


prazo):

Gestão Cargo / Função Qtde


Portaria Porteiro / Vigia 03
Controle de Acesso Porteiro / Vigia 02
Gerente 01
Auxiliar Administrativo 02
Sede Administrativa
Auxiliar de Serviços Gerais 02
Zelador de UC 15

Estruturas Cargo / Função


Monitor Ambiental 04
Centro de Visitantes
Auxiliar de Serviços Gerais 02
Área de Camping Jesuítas Auxiliar de Serviços Gerais 02
Espaço Ecumênico Antenas Auxiliar de Serviços Gerais 02

241
Estruturas Cargo / Função
Praça de Convivência Rio Colônia Monitor Ambiental 04
Centro de Pesquisa Faz. Rodeio Monitor Ambiental 02
Alojamento de Pesquisadores Faz.
Auxiliar de Serviços Gerais 02
Rodeio

Atividades Cargo / Função Qtde


Playground (Praça de Convivência) Serviços de Segurança 04

Serviços Cargo / Função Qtde


Cozinheiro 03
Estoquista 01
Auxiliar de Estoque 01
Saladeira 01
Restaurante Assistente (carnes) 01
Auxiliar de Cozinha 03
Garçom 04
Nutricionista 01
Motorista 01
Total 63

O cenário de médio prazo proposto para o PESOB prevê mais estruturas de apoio em
relação ao cenário de curto prazo, bem como a oferta do serviço de restaurante dentro da
UC. Convém ressaltar que a previsão de pessoal descrita acima não necessariamente
precisará ser contratada pelo Estado/IEF. Os recursos humanos sugeridos para operar o
restaurante e demais estruturas poderão ser contratados por empresas terceirizadas,
mediante o estabelecimento de concessões de uso e outros formatos legais para que haja a
operação de serviços e estruturas por empesas privadas.

Estimativa de pessoal para operação do PESOB com estrutura desejada (longo prazo):

Estruturas Cargo / função Qtde


Praça de Convivência Monitor Ambiental 04
Espaço Ecumênico Auxiliar de Serviços Gerais 02
Área de Camping Auxiliar de Serviços Gerais 02
Monitor Ambiental 04
Centro de Visitantes
Auxiliar de Serviços Gerais 02
Alojamento de Pesquisadores Auxiliar de Serviços Gerais 02

Atividades Cargo / função Qtde


Playground (Praça de Convivência) Serviços de Segurança 04

Serviços Cargo / função Qtde


Cozinheiro 03
Estoquista 01
Auxiliar de Estoque 01
Saladeira 01
Restaurante
Assistente (carnes) 01
Auxiliar de Cozinha 03
Garçom 04
Nutricionista 01
242
Serviços Cargo / função Qtde
Motorista 01
Loja de Produtos Atendente 04
Monitor Ambiental 04
Veículo Verde Motorista 03
Auxiliar de Serviços Gerais 02

Gestão Cargo / função Qtde


Portaria Porteiro / Vigia 03
Estrutura de Recepção Monitor Ambiental 06
Controle de Acesso Porteiro / Vigia 08
Posto de Fiscalização avançado Porteiro / Vigia 04
Gerente 01
Auxiliar Administrativo 03
Sede Administrativa
Auxiliar de Serviços Gerais 02
Zelador de UC 19
Total 95

O cenário de longo prazo descrito acima representa a situação ideal para que a UC possa
contar com todas as estruturas, atividades, serviços e gestão que permitam potencializar
todas as oportunidades identificadas. Neste cenário, pressupõem-se a efetivação de
mecanismos de terceirização para que não recaia sobre o Estado os ônus relativos à
contratação de pessoal necessária para a implementação.
Quanto à capacitação da equipe da UC foram identificadas as seguintes necessidades:
 Ferramentas de planejamento participativo e facilitação de grupos.
 Noções de legislação ambiental.
 Noções de ecologia e manejo da vida silvestre.
 Educação e interpretação ambiental.
 Uso de sistemas de informações geográficas.
 Curso sobre o patrimônio histórico e arqueológico regional.
 Gestão do uso público em UCs.
 Atendimento ao público.
 Primeiros socorros.
 Gestão da segurança em UCs.
 Manejo e manutenção de trilhas.
 Patrulhamento ambiental.

243
Plano de Ação – Subprograma de Recursos Humanos
Ação Prazo Responsável Item de Verificação Custo Previsto (R$)
Contratar brigadistas temporários para combate Anualmente no
Gerência / IEF Contratos assinados a definir
e prevenção de incêndios florestais período crítico
Definir Responsabilidades, Autoridades e Estrutura organizacional
2o mês Equipe da UC 0,00
Competências para todos os funcionários definida
Organizar momentos para estudo e Primeiro
Gerência Encontros realizados 0,00
entendimento do Plano de Manejo trimestre
Definir programa de capacitação dos
Até março de Programa de capacitação
funcionários de acordo com as diretrizes do Equipe da UC 0,00
cada ano definido
Plano de Manejo
Realizar pelo menos uma capacitação de 40 Gerência / IEF /
Anual Capacitações realizadas 12.000,00/ano
horas por semestre Consultores
Elaborar plano de necessidade de contratação
Plano de necessidades
da mão de obra conforme implantação das Anual Gerência 0,00
elaborado
estruturas previstas
Ampliar o quadro de funcionários da UC 1o ano Gerência / IEF Funcionários contratados ver Plano de Negócios
Desenvolver projeto de Incentivo ao Gerência / Voluntariado
1o ano 0,00
Voluntariado Coordenadores implementado
Antes de iniciar Funcionários de Portaria
Capacitar funcionários de Portaria Equipe da UC / IEF 0,00
atividade capacitados
Antes de iniciar Funcionários de
Capacitar funcionários de Recepção Equipe da UC / IEF 0,00
atividade Recepção capacitados
Antes de iniciar Condutores de Atividades
Capacitar condutores de atividades Equipe da UC / IEF 0,00
atividade capacitados
Capacitar com conteúdos específicos os Condutores capacitados
Antes de iniciar
Condutores que trabalharão com Educação Equipe da UC / IEF para trabalhar com 0,00
atividade
Ambiental Educação Ambiental

244
3.7.5. Subprograma Plano de Negócios

O Plano de Negócios do Parque Estadual Serra do Ouro Branco contempla investimentos a


serem realizados para sua implantação e operação. Espera-se que, com o Plano de
Negócio, o Parque Estadual Serra do Ouro Branco, bem como, seus parceiros, possam
identificar fontes financiadoras, oportunidades para investidores e insumos para a busca da
sustentabilidade financeira. Os cálculos levaram em consideração cenários diferenciados,
tendo em vista o estágio de implantação das estruturas. Foram incluídas todas as estruturas
propostas pelo Plano de Manejo, ainda que algumas delas não venham a ser implantadas
e/ou operadas diretamente pelo IEF como, por exemplo, restaurante e loja de produtos.

Objetivos Específicos

 Estimar os custos de implantação e operação para diferentes cenários de


implementação progressiva da estrutura planejada;
 Apontar estratégias para a obtenção de recursos para implementação da UC.

Análise de Mercado

Estudo dos Clientes

O PESOB não conta com infraestrutura para atender o público visitante e pesquisadores,
porém, possui rico patrimônio físico e biológico, bem como, relevante patrimônio
arqueológico e histórico-cultural. Com a elaboração do Plano de Manejo e do Plano de
Negócio a UC espera identificar caminhos que viabilizem sua implantação e manutenção.

Além de atender à população de Ouro Branco, que participou diretamente do processo de


criação do PESOB, o Parque possui potencial para atrair turistas e visitantes que já se
deslocam pela região, uma vez que está localizado em circuito de grande apelo turístico,
sendo conhecido nacional e internacionalmente, principalmente pelo patrimônio cultural. A
riqueza de biodiversidade e as paisagens formadas pelo relevo acidentado das serras que
caracterizam o Parque são verdadeiros convites para a prática de esportes de natureza e
aventura, ecoturismo e demais atividades de interesse específico realizadas ao ar livre.

Atualmente o público usuário dos recursos do Parque Estadual Serra do Ouro Branco é
formado por moradores da região. Moradores de Ouro Branco, Conselheiro Lafaiete e
Congonhas, visitam alto da Serra do Ouro Branco, Itatiaia e arredores da Cachoeira de
Itatiaia, ao longo da rodovia estadual MG-129. Moradores de Ouro Preto e Mariana, visitam
a região de Lavras Novas, Chapada, chegando à Ponte da Caveira, no eixo da MG-129. Os
turistas circulam diariamente pela rodovia MG-129, entretanto não recebem estímulos para
uma permanência na região. Lavras Novas é o local mais visitado, mas está fora da rota que
passa pelo Parque Estadual Serra do Ouro Branco. Os demais locais são pontos de parada
rápida, para fotos ou, no máximo, para um banho em poço ou cachoeira.

O perfil de ocupação dos meios de hospedagem de Ouro Branco acompanha a tendência de


“ estinos de Negócios” no pa s – boa taxa de ocupação durante a semana e baixa taxa nos
fins de semana. Uma maneira de equilibrar esse cenário é criar alternativas para que o
público permaneça no fim de semana e até mesmo traga família e amigos para a cidade.
Para motivar essa ampliação da estadia é preciso desenvolver produtos turísticos focados
no lazer, recreação, entretenimento, aventura, entre outros. Ouro Preto, por receber um
grande volume de turistas, todos os dias, mantém um equilíbrio maior na taxa de ocupação.
245
A implantação do PESOB, aliada ao desenvolvimento de produtos e roteiros turísticos
temáticos tanto na zona urbana, quanto rural, e uma programação cultural frequente e de
boa qualidade, poderão ajudar a fixar e ampliar a permanência dos turistas. Obviamente que
o investimento em infraestrutura, qualificação e promoção, será imprescindível.

Um novo público que poderá ser atraído para a região é o Ecoturista. Esse público busca a
natureza, mas também valoriza os atributos históricos e culturais. Tem interesse de
conhecer e aprender com os moradores do lugar. São mais ativos que contemplativos.
Preferem apreciar bem um lugar, do que conhecer superficialmente vários lugares. É um
turista que busca experiências diferenciadas, mas espera encontrar conforto e segurança. É
exigente, mas está disposto a pagar um pouco mais pela qualidade dos serviços, dos
equipamentos e das atividades. Normalmente ele já conhece outros destinos com as
mesmas características, por isso, busca aspectos inovadores e sabe avaliar se o produto é
diferenciado ou não.

Outro público que pode se aproximar do município é o turista de aventura. Em parte já


existem alguns fluxos espontâneos, que não dependem de intermediários para organizar a
logística de viagem. Esse fluxo poderá ser potencializado com a criação de estruturas de
apoio e divulgação das potencialidades. É um público que busca experiências bastante
ativas, normalmente estão mais interessados na atividade em si, do que nas condições que
a envolvem. As hospedagens são um bom exemplo. Este público prefere investir dinheiro
em equipamentos, atividades e estar mais próximo dos atrativos, do que investir em conforto
ou outras “regalias” comumente esperadas pela maioria dos outros turistas. Uma boa cama
e um banho já os atendem bem.

Ouro Branco e Ouro Preto poderão ainda se beneficiarem com as oportunidades que
surgem com o fluxo regular e espontâneo de romeiros que passarão pelo Caminho Religioso
da Estrada Real (CRER) seguindo em direção a Aparecida/SP, vindos da Serra da Piedade.
Outro público que poderá ser atraído é o formado por interesses específicos, como
observadores de pássaros, fotógrafos, botânicos e demais pesquisadores.

As universidades possuem interesse de participar e desenvolver projetos em parceria com o


PESOB. Exemplo são as três entidades federais que participam do Conselho Consultivo:
Universidade Federal de Ouro Preto, Universidade Federal de Viçosa e Universidade
Federal de São João Del Rei. As universidades têm interesse direto no universo de
possibilidades abertas à pesquisa, bem como, podem oferecer ao Parque Estadual Serra do
Ouro Branco toda a gama de conhecimentos disponíveis. Será fundamental que as
instituições possam contribuir de forma complementar, de acordo com a vocação natural de
cada uma. O campus da Universidade Federal de São João Del Rei, por exemplo, que dá
ênfase à tecnologia, possui interesse na construção de um observatório astronômico e
poderá ser parceiro no monitoramento ambiental, utilizando do conceito de tecnologia
aplicada à conservação.

As escolas municipais, estaduais, federais e particulares, de ambos os municípios, poderão


fazer da UC um verdadeiro campus avançado, não só utilizando-o, como também,
contribuindo para a manutenção e conservação das estruturas e dos lugares. Programas de
educação ambiental e patrimonial poderão atrair público regular. Espaços específicos para
esse tipo de demanda poderão ser criados no interior da Unidade. Os jovens poderão
inclusive participar da gestão da Unidade de Conservação, integrando um Conselho
Consultivo Júnior ou Guardas Parques Mirins.

Organizações como a ONG Serra do Trovão, Associação Regional de Proteção Ambiental


(ARPA), Instituto Miguel Fernandes Torres, entre outras, poderão ser grandes parceiras do
246
PESOB na execução de ações que demandem profissionais com conhecimentos
específicos. As instituições poderão também atuar na elaboração de projetos, captação de
recursos e oferta de serviços.

A Associação Civil Brigada Comunitária de Ouro Branco, conhecida como Brigada Carcará,
poderá encontrar no Parque Estadual Serra do Ouro Branco forte parceiro para sua
estruturação. Com histórico de ação voluntária já há alguns anos, a entidade conta com
muita disposição de seus membros e limitados recursos financeiros e materiais. No futuro
poderá ser o embrião de uma associação de condutores ambientais, por exemplo, ou
poderá desenvolver propostas para captação de recursos, entre outras ações que terão o
apoio da Unidade de Conservação.

Comportamento dos clientes

A análise de pesquisa realizada com a população de Ouro Branco apontou a carência de


espaços de lazer na cidade e grande expectativa com as possibilidades que poderão ser
trazidas com a implantação do PESOB. A população que se mobilizou para criar a Unidade
de Conservação se afastou com o tempo, desapontada com a velocidade de implantação do
mesmo. São perceptíveis o carinho e o interesse da população pelo local mas, ao mesmo
tempo, percebe-se que o número de visitas ao Parque foi sendo reduzido ao longo do
tempo, devido, principalmente a dificuldades do acesso, falta de estrutura de apoio e
insegurança.

A implementação das propostas previstas no Plano de Manejo, associada ao manejo


eficiente dos visitantes e da oferta de serviços e atividades de qualidade farão om que a
população retorne ao Parque, amplie sua permanência e, consequentemente, contribuam
para a geração de receita.

A implantação das propostas do Plano de Manejo ajudará a materializar a presença da


Unidade de Conservação também para as pessoas que, diariamente, passam pelo interior
da UC sem mesmo se darem conta. O público potencial que diariamente passa pela rodovia
estadual MG-129 poderá ser convertido em visitante e turista. A localização estratégica do
Parque Estadual Serra do Ouro Branco entre as rodovias BR-040 e BR-356 e entre as
cidades de Ouro Preto e Congonhas, somada a vocação turística da região, serão grandes
motivadores para a visitação.

Estudo dos Concorrentes

A região onde o Parque Estadual Serra do Ouro Branco está localizado possui outras
Unidades de Conservação, da mesma categoria de manejo, podendo serem consideradas
como concorrentes na escolha dos visitantes. As UCs mais próximas são o Monumento
Natural Estadual de Itatiaia (área contígua ao Parque), o Parque Estadual do Itacolomi, o
Parque Estadual do Rola Moça, a Estação Ecológica Estadual do Tripuí, o Monumento
Natural Estadual da Serra da Moeda, a Estação Ecológica Estadual de Arêdes, a Área de
Proteção Ambiental Seminário Menor de Mariana, a Área de Proteção Ambiental Cachoeira
das Andorinhas, o Parque Natural Municipal Cachoeira das Andorinhas, Floresta Estadual
do Uaimii e Parque Nacional Serra do Gandarela, além de Unidades de Conservação
particulares como a Reserva Particular do Patrimônio Natural Luís Carlos Jurovsky
Tamassia.

Utilizando-se como referência Belo Horizonte, grande emissor em potencial para o PESOB,
devem ser consideradas também outras UCs em um raio médio de 100 km da capital (em se
tratando de visitas de 1 dia) ou até mais distantes (considerando o pernoite). Muitos serão
os aspectos observados pelo visitante ao escolher a UC a visitar, mas a distância do local
247
de origem, a atratividade, as condições de acesso e a infraestrutura de apoio ao visitante
serão fundamentais na decisão. O trabalho de marketing baseado em estratégias de
promoção e comercialização poderá também ser elemento chave na tomada de decisão do
visitante, mas caso o mesmo não encontre as melhores condições de recepção,
provavelmente será a última visita ao local. Em tempos de redes sociais a propaganda
negativa pode se espalhar muito mais rápida que a positiva.

Os municípios onde o Parque Estadual Serra do Ouro Branco está inserido também
possuem oferta concorrente. Possuem patrimônio natural e cultural, belas paisagens e,
principalmente, opções de infraestrutura. Recomenda-se que o PESOB não figure como
ilha, isolado dos principais atrativos da região e, ao contrário, trabalhe como oferta
complementar. Não é salutar que o foco da visitação fique apenas na UC, tanto pelo ponto
de vista das pressões, quanto das possibilidades de distribuição da renda gerada, da
ocupação de mais pessoas, da ampliação do tempo de permanência na região, etc.

Para o estudo dos concorrentes foram considerados apenas Unidades de Conservação


enquadrados na categoria de manejo proteção integral, especificamente Parques e
Monumentos Naturais, sob gestão municipal, estadual e/ou federal.

248
Concorrente Localização Oferta Qualidade Preço Diferencial
Trilhas autoguiadas, cachoeiras,
Parque com ótima estrutura
picos, lagos, tirolesa, grutas, Valor de entrada
para acolher os visitantes,
recepção, centro de visitantes e de de R$10,00. Proximidade com Ouro
trilhas sinalizadas, centro de
educação ambiental, museu do chá, Existe cobrança Preto, presença do Pico
visitantes e museus com
Parque Estadual do casa bandeirista, alojamento, casa a parte dos do Itacolomi que
Ouro Preto / Mariana ferramentas de interpretação
Itacolomi de pesquisador, área de camping, veículos e para desperta a curiosidade
interativa, atrativos para todos
mirantes, observação de flora e pernoite em de quem está na região e
os públicos, desde a
fauna, auditório, portaria, camping ou infraestrutura.
contemplação às atividades de
restaurante, estacionamento, alojamento.
aventura.
playground.
Trilhas autoguiadas, cachoeiras, Parque com boa estrutura, Proximidade com Ouro
Parque Natural Municipal
mirantes, área de camping, museu, deixa a desejar no manejo da Não há Preto, cachoeiras e
Cachoeira das Ouro Preto
recepção, área com churrasqueiras, visitação, gerando sensação cobrança nascente do Rio das
Andorinhas
quadras poliesportivas. de insegurança. Velhas.
Proximidade com Belo
Belo Horizonte / Nova Trilhas guiadas e autoguiadas, Boa oferta de trilhas, para
Parque Estadual da Não há Horizonte, acesso,
Lima / Ibirité / mirantes, centro de visitantes, diferentes públicos e com boa
Serra do Rola Moça cobrança infraestrutura de algumas
Brumadinho auditório, portaria infraestrutura de apoio.
trilhas.
Itabirito / Santa
Serras, rios, cachoeiras grutas e Possui grande potencial, com
Bárbara / Nova Lima / Proximidade com Belo
Parque Nacional Serra importante patrimônio natural. Não rico patrimônio, mas não Não há
Raposos / Caeté / Horizonte, diversidade da
do Gandarela possui nenhuma estrutura de apoio à oferece nenhum suporte à cobrança
Mariana / Ouro Preto / oferta turística.
visitação. visitação.
Rio Acima
Não oferece suporte à
Cachoeiras, picos, mirantes, sítios Localização entre Ouro
Monumento Natural Ouro Preto / Ouro visitação, mas possui grande Não há
históricos. Não possui nenhuma Preto e Congonhas, e
Estadual de Itatiaia Branco potencial para atividade de cobrança
estrutura de apoio à visitação. acesso.
uso público.
Monumento Natural Serra e mirante. Não possui Não oferece suporte à Proximidade com Belo
Não há
Estadual da Serra da Itabirito / Moeda nenhuma estrutura de apoio à visitação, mas possui potencial Horizonte. Próximo à
cobrança
Moeda visitação. para uso público. BR040 e acesso.

249
Estudo dos Fornecedores

A diversidade de atividades serviços e estruturas propostas para o Parque Estadual Serra


do Ouro Branco fazem com que o estudo dos fornecedores seja essencial. As
características do Negócio fazem também com que parte da administração se concentre em
um gestor público e parte possa ser terceirizada a empreendedores particulares.

A seguir são destacadas as principais necessidades a serem demandas pelo PESOB no


que se refere aos fornecedores. É importante destacar que os valores são sugestões, sendo
necessário realizar orçamentos específicos para cada estrutura.

Estruturas Qtde Descrição Preço Estimado (R$)


Ponto de Apoio ao Projeto Arquitetônico 2.500,00
09
Visitante Construção 23.000,00
Praça de Projeto Arquitetônico 5.000,00
02
Convivência Construção 80.000,00
Projeto Arquitetônico 1.500,00
Ponto de Descanso 11
Construção 11.000,00
Projeto Arquitetônico 3.000,00
Suporte ao Atrativo 12
Construção 30.000,00
Projeto Arquitetônico 7.500,00
Espaço Ecumênico 01 Construção 300.000,00
Material permanente 50.000,00
Projeto Arquitetônico 2.500,00
Praça de Eventos 01
Construção 20.000,00
Projeto Arquitetônico 3.500,00
Área de Camping 01
Construção 150.000,00
Projeto Arquitetônico 3.000,00
Mirante 12
Construção 60.000,00
Projeto Arquitetônico 7.500,00
Construção 650.000,00
Centro de Visitantes 01
Material permanente 70.000,00
Material de consumo 2.000,00
Projeto Arquitetônico 5.000,00
Alojamento de Construção 450.000,00
01
Pesquisadores Material permanente 70.000,00
Material de consumo 3.000,00
Projeto Arquitetônico 6.000,00
Construção 350.000,00
Centro de Pesquisa 01
Material permanente 200.000,00
Material de consumo 10.000,00

Atividades Qtde Descrição Preço estimado (R$)


Playground em eucalipto
Playground 02 80.000,00
tratado com 10 brinquedos
Manutenção, instalação de
27.500,00
estruturas, manejo.
Trilha da Canela de
01 Instalação de sinalização
Ema
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
Trilha do Paredão 01 25.000,00
estruturas, manejo.

250
Atividades Qtde Descrição Preço estimado (R$)
Instalação de sinalização
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
4.000,00
estruturas, manejo.
Trilha Mirante do
01 Instalação de sinalização
Cruzeiro
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
2.000,00
estruturas, manejo.
Trilha Mirante da
01 Instalação de sinalização
Estrada
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
5.000,00
estruturas, manejo.
Trilha Mirante do
01 Instalação de sinalização
Sofá
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
25.000,00
estruturas, manejo.
Trilha do Cooper 01 Instalação de sinalização
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
15.000,00
estruturas, manejo.
Trilha Cachoeira
01 Instalação de sinalização
Jesuítas
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
20.000,00
estruturas, manejo.
Trilha da Copasa 01 Instalação de sinalização
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
15.000,00
Trilha Topo da Serra estruturas, manejo.
/ 1º. Poço do Rio 01 Instalação de sinalização
Colonia indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
8.000,00
estruturas, manejo.
Trilha do Rio
01 Instalação de sinalização
Colônia
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
50.000,00
estruturas, manejo.
Trilha do Andarilho 01 Instalação de sinalização
indicativa, interpretativa, 6.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
10.000,00
Trilha Muro de estruturas, manejo.
01
Pedra Instalação de sinalização
3.000,00
indicativa, interpretativa,
251
Atividades Qtde Descrição Preço estimado (R$)
educativa.
Manutenção, instalação de
50.000,00
estruturas, manejo.
Circuito das Águas 01 Instalação de sinalização
indicativa, interpretativa, 6.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
75.000,00
estruturas, manejo.
Circuito Caminhos
01 Instalação de sinalização
do Passado
indicativa, interpretativa, 9.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
25.000,00
estruturas, manejo.
Circuito Topo da
01 Instalação de sinalização
Serra
indicativa, interpretativa, 6.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
200.000,00
estruturas, manejo.
Travessia Topo da
01 Instalação de sinalização
Serra / Itatiaia
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
150.000,00
Travessia Alto da estruturas, manejo.
Serra / Morro do 01 Instalação de sinalização
Gabriel indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
50.000,00
estruturas, manejo.
Travessia Hargrives
01 Instalação de sinalização
/ Morro do Gabriel
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.
Manutenção, instalação de
50.000,00
estruturas, manejo.
Travessia Rodeio /
01 Instalação de sinalização
Morro do Gabriel
indicativa, interpretativa, 3.000,00
educativa.

Serviços Qtde Descrição Preço estimado (R$)


Construção de estrutura
300.000,00
destinada ao Restaurante
Implantação de restaurante
para atender até 150 pessoas
Restaurante 01 ao mesmo tempo e 300
pessoas dia. Serviço a carte 200.000,00
com 10 opções de pratos e
buffet no fim de semana. Inclui
equipamentos e mobiliário.
Construção de estrutura
destinada às Lojas de 50.000,00
Loja de Produtos 02 Produtos
Instalação de loja de produtos
60.000,00
com 10m2 incluindo
252
Serviços Qtde Descrição Preço estimado (R$)
decoração, compra de artigos,
embalagens.
Aquisição de veículo e
Veículo Verde 01 350.000,00
implantação do serviço

Gestão Qtde Descrição Preço estimado (R$)


Projeto Arquitetônico 5.000,00
Construção 200.000,00
Portaria 01
Material permanente 5.000,00
Material de consumo 1.500,00
Projeto Arquitetônico 7.500,00
Estrutura de Construção 500.000,000
02
Recepção Material permanente 60.000,00
Material de consumo 15.000,00
Projeto Arquitetônico 7.500,00
Controle de Acesso 09 Construção 100.000,00
Material permanente 50.000,00
Projeto Arquitetônico 5.000,00
Posto de
Construção 300.000,00
Fiscalização 03
Material permanente 25.00000
Avançado
Material de consumo 5.000,00
Projeto Arquitetônico 7.500,00
Construção 450.000,00
Sede Administrativa 01
Material permanente 30.000,00
Material de consumo 7.500,00
Projeto Arquitetônico 2.500,00
Heliponto 02
Construção 60.000,00
01 Veículo modelo Kombi 0km 38.000,00
Veículo modelo caminhonete
01 130.000,00
Veículo 4x4 cabine dupla
01 Veículo modelo passeio 40.000,00
02 Veículo modelo motocicleta 25.000,00
Sistema financeiro on line
Sistema Integrado
interligando portaria, bilheteria,
de Controle 01 20.000,00
administração, loja e
Financeiro
restaurante.

253
Plano de Marketing

Descrição dos Principais Produtos e Serviços

Estruturas Descrição Público alvo Operacionalização Concorrentes


Implantação: Gestão
Essa estrutura possui uma caracter stica de “estação”,
IEF
ou seja, edificação pequena, modular, integrada à
Ponto de Apoio Operação: Gestão
paisagem, que ofereça abrigo contra intempéries, Visitantes do PESOB. Não se aplica.
ao Visitante IEF ou terceirização
sanitários, bebedor e estacionamento para veículos e
por concessão de
bicicletas.
serviço
Parque Estadual
Área destinada ao lazer familiar e de grupos, oferecendo do Itacolomi e
Praça de estrutura para piqueniques, churrasco, recreação, Parque Natural
Visitantes do PESOB. Gestão IEF
Convivência dispondo de estruturas de apoio, tais como sanitários, Municipal
bancos, mesas e lixeiras. Cachoeira das
Andorinhas.
Estrutura destinada aos visitantes, visando o conforto
Ponto de enquanto descansam ou aguardam o momento de
Visitantes do PESOB. Gestão IEF Não se aplica.
Descanso realizar uma das atividades oferecidas pela Unidade de
Conservação.
Parque Estadual
do Itacolomi,
Conjunto de intervenções, junto aos atrativos, que farão Parque Estadual
Suporte ao com que o mesmo possa ser visitado com conforto, Serra do Rola
Visitantes do PESOB. Gestão IEF
Atrativo segurança, garantia de sua integridade e experiência Moça, Parque
satisfatória. Natural Municipal
Cachoeira das
Andorinhas.
Espaço destinado à reunião das diferentes crenças para Visitantes do PESOB. Implantação: Gestão
Espaço que possam manifestar, cada uma a sua maneira, a Paróquia de Ouro IEF
Não se aplica.
Ecumênico ligação entre a natureza e a espiritualidade, através da Branco e demais Operação: Parceria
montanha. congregações entre congregações

254
Estruturas Descrição Público alvo Operacionalização Concorrentes
religiosas. religiosas
Edificação configurada como espaço multiuso, pautado
por uma programação cultural regular. Os eventos Visitantes do PESOB,
Praça de Praça de Eventos
realizados nesse local deverão ser dimensionados de empresas, instituições Gestão IEF
Eventos em Ouro Branco.
forma que não causem impactos negativos ao PESOB e de ensino e pesquisa.
não contrariem os objetivos de criação do mesmo.
Implantação: Gestão
IEF
Áreas de Camping
Área de Espaço estruturado para receber usuários da Unidade Operação: Gestão
Visitantes do PESOB. de Chapada e
Camping de Conservação que desejem acampar no local. IEF ou terceirização
Lavras Novas.
por concessão de
serviço
Os mirantes são locais que permitem a apreciação de Unidades de
uma paisagem significativa, dotados de estrutura que Conservação com
Mirante Visitantes do PESOB. Gestão IEF
ofereça conforto, segurança, acessibilidade e informação mirantes abertos à
sobre o objeto de observação. visitação.
Edificação onde serão disponibilizadas informações Implantação: Gestão
detalhadas sobre a UC. Serão desenvolvidas atividades IEF
Centro de de educação ambiental, realizadas exposições, palestras Operação: Gestão Parque Estadual
Visitantes do PESOB.
Visitantes e eventos, funcionando como centro das atividades de IEF ou terceirização do Itacolomi.
integração com a população local e demais usuários do por concessão de
PESOB. serviço
Edificação destinada a atender a demanda de Pesquisadores,
Alojamento de Parque Estadual
hospedagem para pesquisadores, bem como, oferecer instituições de ensino Gestão IEF
Pesquisadores do Itacolomi.
condições adequadas de trabalho aos mesmos. e pesquisa.
Edificação de apoio ao trabalho de pesquisa e
Pesquisadores,
Centro de conservação promovido pelo Parque Estadual Serra do
instituições de ensino Gestão IEF Não se aplica.
Pesquisa Ouro Branco, bem como, espaço referência para o
e pesquisa.
desenvolvimento de práticas de educação ambiental.

Atividades Descrição Público Alvo Operacionalização Concorrentes


Equipamento de lazer voltado ao público infantil composto Parque Estadual
Playground Visitantes do PESOB Gestão IEF
por brinquedos de madeira, implantado nas Praças de do Itacolomi.
255
Atividades Descrição Público Alvo Operacionalização Concorrentes
Convivência.
Percurso linear, com menos de 3 km de extensão, que
Unidades de
parte da Estrutura de Recepção MG-129 e segue na Implantação: Gestão
Conservação com
direção leste do Parque Estadual Serra do Ouro Branco, IEF
Trilha da trilhas abertas à
acompanhando a linha de crista e oferecendo uma visão Operação: Gestão
Canela de Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
privilegiada dessa região do Parque. O nome da trilha faz IEF ou terceirização
Ema encontradas na
referência à presença da Canela de Ema, que se destaca por concessão de
região de entorno
tanto pela quantidade, quanto pelo tamanho dos serviço
do PESOB.
exemplares.
Unidades de
Trilha tradicional utilizada pelos moradores de Ouro Implantação: Gestão
Conservação com
Branco e visitantes que buscam o acesso ao alto da serra IEF / RPPN Gerdau
trilhas abertas à
Trilha do a partir da sede do município. Com 2150 metros de Operação: Gestão
Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
Paredão extensão é uma trilha bastante exigente, uma vez que IEF ou terceirização
encontradas na
ultrapassa um gradiente altimétrico de aproximadamente por concessão de
região de entorno
400 metros em uma distância relativamente curta. serviço
do PESOB.
Percurso curto, em formato linear com menos de 500
Unidades de
metros de extensão, que leva ao cruzeiro localizado Implantação: Gestão
Conservação com
próximo à Trilha do Paredão e a estrada do alto da serra. IEF
trilhas abertas à
Trilha Mirante O Mirante do Cruzeiro é um local que permite observação Operação: Gestão
Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
do Cruzeiro da porção média do PESOB, incluindo vista de Ouro IEF ou terceirização
encontradas na
Branco e cidades do entorno, além de ser um local onde por concessão de
região de entorno
existe manifestação da religiosidade dos moradores da serviço
do PESOB.
região.
Percurso curto, em formato linear, com menos de 100
Unidades de
metros de extensão, localizado próximo à estrada do alto Implantação: Gestão
Conservação com
da serra. O Mirante da Estrada está próximo à chegada do IEF
trilhas abertas à
Trilha Mirante “ ircuito aminhos do Passado”, pró imo a um Ponto de Operação: Gestão
Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
da Estrada Apoio ao Visitante e, em trecho inicial da estrada do alto IEF ou terceirização
encontradas na
da serra, vindo a ser uma boa opção para o visitante que por concessão de
região de entorno
não deseja chegar até a área das torres de serviço
do PESOB.
telecomunicação.
Trilha Mirante Percurso curto, em formato linear com aproximadamente Visitantes do PESOB. Implantação: Gestão Unidades de

256
Atividades Descrição Público Alvo Operacionalização Concorrentes
do Sofá 200 metros de extensão a partir da estrada do alto da IEF Conservação com
serra. Primeiro atrativo após a Portaria do PESOB. Poderá Operação: Gestão trilhas abertas à
atrair visitantes que queiram apenas ter uma pequena IEF ou terceirização visitação, trilhas
mostra do que a UC pode oferecer. Por se tratar de um por concessão de encontradas na
acesso plano, o nível de dificuldade será baixo. serviço região de entorno
do PESOB.
Proposta de trilha que dará continuidade à pista de cooper
e caminhada que tem início no bairro Luzia Augusta e Unidades de
segue margeando a MG-129 até a Ponte do Pé do Morro. Conservação com
A trilha proposta terá continuidade a partir do trevo com a A trilha deverá Gestão IEF / trilhas abertas à
Trilha do
estrada para Água Limpa, entrando no PESOB, indo até atender população e Prefeitura Municipal visitação, trilhas
Cooper
local onde existe uma mata de eucaliptos. Nesse local visitantes do PESOB. de Ouro Branco encontradas na
propõem-se a criação de uma Praça de Convivência, com região de entorno
estrutura de apoio ao praticante da caminhada, ciclismo do PESOB.
ou corrida.
Unidades de
Percurso de 1000 metros, em formato linear, que leva aos Implantação: Gestão
Conservação com
poços localizados na drenagem da Cachoeira Jesuítas. A IEF
Trilha trilhas abertas à
trilha tem início no local sugerido para implantação da Operação: Gestão
Cachoeira Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
Área de Camping. O visitante que não estiver acampado IEF ou terceirização
Jesuítas encontradas na
caminhará a partir do Centro de Visitantes ou Ponto de por concessão de
região de entorno
Apoio localizado próximo às torres de comunicação. serviço
do PESOB.
Percurso de média distância, em área de mata, entre a
Unidades de
região conhecida como Carretão e a rodovia estadual MG- Implantação: Gestão
Conservação com
129, próximo à Copasa. Acesso utilizado por trilheiros em IEF
trilhas abertas à
Trilha da motos e por alguns cavaleiros e que deve passar a Operação: Gestão
Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
Copasa receber apenas caminhantes e ciclistas. Poderá vir a IEF ou terceirização
encontradas na
compor um roteiro em circuito ao ser associada “Trilha por concessão de
região de entorno
do ooper”, “Trilha do ndarilho” e ao “ ircuito serviço
do PESOB.
aminhos do Passado”.
Trilha Topo da Percurso de média extensão, em formato linear, com 1650 Implantação: Gestão Unidades de
Serra / 1º. metros, tendo início no Ponto de Apoio ao Visitante - Visitantes do PESOB. IEF Conservação com
Poço do Rio Antenas, chegando ao primeiro poço do Rio Colônia, Operação: Gestão trilhas abertas à

257
Atividades Descrição Público Alvo Operacionalização Concorrentes
Colônia acima da cachoeira, local muito visitado no interior do IEF ou terceirização visitação, trilhas
PESOB. Além de levar ao atrativo, oferece visão por concessão de encontradas na
panorâmica de grande parte do alto da Serra do Ouro serviço região de entorno
Branco. do PESOB.
Percurso curto, em formato linear, com 450 metros de Unidades de
Implantação: Gestão
extensão, localizado às margens do Rio Colônia, entre o Conservação com
IEF
primeiro poço e a cachoeira. A implantação da trilha trilhas abertas à
Trilha do Rio Operação: Gestão
proposta prevê a definição de um caminho oficial que leve Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
Colônia IEF ou terceirização
aos poços a montante da cachoeira, oferecendo ao encontradas na
por concessão de
visitante um acesso seguro e, ao ambiente, a região de entorno
serviço
conservação. do PESOB.
proposta da “Trilha do ndarilho” vem preencher uma
lacuna existente no trecho da rodovia estadual MG-129
Unidades de
utilizado por caminhantes e turistas da Estrada Real e População, visitantes
Conservação com
esportistas da região de Ouro Branco, na prática de do PESOB e os
Gestão IEF / trilhas abertas à
Trilha do atividades como caminhada, corrida e ciclismo. A trilha usuários da Estrada
Prefeitura Municipal visitação, trilhas
Andarilho proposta seguirá pela margem da rodovia MG-129, a partir Real que chegam ou
de Ouro Branco encontradas na
da Ponte do Pé do Morro, passando pela entrada da saem de Ouro
região de entorno
Copasa e Biquinha, chegando ao alto, no trevo de acesso Branco.
do PESOB.
à estrada não pavimentada que leva às antenas de
telecomunicação.
Percurso curto, em formato de linear, com menos de 1 km
de extensão, que aproveita o leito da antiga estrada não Unidades de
Implantação: Gestão
pavimentada (e antiga estrada real), hoje substituída pela Conservação com
IEF
rodovia MG-129 em trecho abandonado após o trilhas abertas à
Trilha Muro de Operação: Gestão
asfaltamento. No local poderão ser observadas Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
Pedra IEF ou terceirização
tecnologias usadas para construção da estrada, como encontradas na
por concessão de
muros e bueiros em pedra. Local interessante para região de entorno
serviço
aproveitamento do patrimônio histórico encontrado no do PESOB.
interior do PESOB.
Percurso com 3.460 metros de extensão, em formato de Implantação: Gestão Unidades de
Circuito das
circuito, que levará o visitante a acompanhar o Ribeirão Visitantes do PESOB. IEF Conservação com
Águas
Veríssimo em trecho com vários poços de água cristalina, Operação: Gestão trilhas abertas à

258
Atividades Descrição Público Alvo Operacionalização Concorrentes
indicados para o banho. A proposta da trilha é de que o IEF ou terceirização visitação, trilhas
visitante possa percorrer o circuito, a pé, parando nos por concessão de encontradas na
locais indicados para banho, de acordo com seu interesse. serviço região de entorno
do PESOB.
Percurso com aproximadamente 4 km de extensão, em
formato de circuito, que reúne sítios arqueológicos e Unidades de
Implantação: Gestão
caminhos antigos localizados no interior do PESOB. A Conservação com
IEF
Circuito trilha tem início na rodovia MG-129, onde está localizada a trilhas abertas à
Operação: Gestão
Caminhos do Biquinha, podendo ser acessada pela rodovia, pela “Trilha Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
IEF ou terceirização
Passado do ndarilho” e pela “Trilha da opasa”. O percurso segue encontradas na
por concessão de
em direção às ruínas da Fazenda Meio do Morro, Gruta do região de entorno
serviço
Muro e ao trecho do caminho que subia a serra a partir da do PESOB.
Fazenda Pé do Morro.
Percurso de média distância, em formato de circuito, com
aproximadamente 2 km de extensão, localizado próximo à
Unidades de
Área de Uso Intensivo do PESOB, onde serão Implantação: Gestão
Conservação com
implantados Centro de Visitantes, Restaurante, Praça de IEF
trilhas abertas à
Circuito Topo Eventos, etc. Pela localização, extensão mediana e Operação: Gestão
Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
da Serra possibilidade de oferecer acessibilidade plena, estará IEF ou terceirização
encontradas na
entre as trilhas mais visitadas no PESOB. O circuito levará por concessão de
região de entorno
a mirantes onde o visitante poderá compreender o que serviço
do PESOB.
cerca a UC, ampliar suas referências de localização e
valorizar ainda mais a existência do PESOB.
Unidades de
Implantação: Gestão
Percurso longo, de travessia, com mais de 22 km de Conservação com
IEF
Travessia extensão (somadas todas as trilhas - principal e trilhas abertas à
Operação: Gestão
Topo da Serra secundárias), interligando o topo da Serra do Ouro Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
IEF ou terceirização
/ Itatiaia Branco, onde está a infraestrutura de Uso Intensivo, com encontradas na
por concessão de
o povoado de Itatiaia, fora do PESOB. região de entorno
serviço
do PESOB.
Travessia Alto Travessia com percurso que interliga a parte alta da Serra Implantação: Gestão Unidades de
da Serra / do Ouro Branco ao povoado de Morro do Gabriel. O Visitantes do PESOB. IEF Conservação com
Morro do circuito inteiro possui aproximadamente 17 km, sendo que Operação: Gestão trilhas abertas à

259
Atividades Descrição Público Alvo Operacionalização Concorrentes
Gabriel cada trecho possui em média 8 km. Nesse trajeto é IEF ou terceirização visitação, trilhas
possível observar a paisagem por ângulo oposto ao que por concessão de encontradas na
normalmente é visto a partir da sede do município de Ouro serviço região de entorno
Branco e a partir do alto da serra. do PESOB.
Travessia entre a região do Hargrives (antiga estação
Unidades de
ferroviária) e o povoado de Morro do Gabriel, com Implantação: Gestão
Conservação com
Travessia distância de 3670 metros de extensão e nível de IEF
trilhas abertas à
Hargrives / dificuldade mediano. É possível associar a trilha a um Operação: Gestão
Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
Morro do circuito maior, integrando a estrada não pavimentada que IEF ou terceirização
encontradas na
Gabriel leva a Rodrigo Silva e Miguel Burnier, bem como, a por concessão de
região de entorno
estrada que leva a Itatiaia e alto da Serra do Ouro Branco, serviço
do PESOB.
no interior do PESOB.
Unidades de
Travessia entre a região da Fazenda Rodeio e o povoado Implantação: Gestão
Conservação com
de Morro do Gabriel, com distância de aproximadamente 5 IEF
Travessia trilhas abertas à
km de extensão e nível de dificuldade elevado. O percurso Operação: Gestão
Rodeio / Morro Visitantes do PESOB. visitação, trilhas
proposto utiliza leito de antiga estrada não pavimentada, IEF ou terceirização
do Gabriel encontradas na
já abandonada, que interligava os dois locais no período por concessão de
região de entorno
de mineração intensa na região. serviço
do PESOB.

Serviços Descrição Público alvo Operacionalização Concorrentes


Edificação prevista para instalação de equipamento de Implantação: Gestão Parque Estadual
alimentação (restaurante) no interior do PESOB. O local IEF do Itacolomi,
Restaurante servirá como apoio à visitação diurna, noturna (quando Visitantes do PESOB. Operação empreendimentos
houver), atendendo também a demanda da Área de Terceirizada: de Ouro Branco e
Camping (quando necessário). Concessão de serviço Itatiaia.
Lojas de
Local onde o visitante poderá comprar produtos Implantação: Gestão
artesanato,
associados à experiência de visitação ao PESOB, IEF
Loja de utilitários e
produtos utilitários, de decoração, literatura, souvenires, Visitantes do PESOB. Operação
Produtos decoração do
com temática inspirada em aspectos relacionados à UC, Terceirizada:
entorno do
etc. Concessão de serviço
PESOB.
Veículo Verde Transporte público no interior do PESOB. Serviço de Visitantes do PESOB. Implantação e Não se aplica.
260
Serviços Descrição Público alvo Operacionalização Concorrentes
transporte público que percorra a estrada do alto da Serra Operação
do Ouro Branco, a partir do trevo com a rodovia MG-129, Terceirizada:
chegando também à região onde está localizada a sede Concessão de serviço
da Copasa, na mesma rodovia.

Gestão Descrição Público alvo Operacionalização Concorrentes


Implantação: Gestão
IEF
Edificação localizada no acesso principal da UC (estrada
Operação: Gestão
Portaria do alto da serra) destinada ao controle do fluxo de entrada Visitantes do PESOB. Não se aplica.
IEF ou terceirização
e saída de veículos e pedestres.
por concessão de
serviço
Parque Estadual
do Itacolomi,
Implantação: Gestão
Parque Natural
IEF
Estrutura que deverá abrigar espaços como Receptivo, Municipal
Estrutura de Operação: Gestão
Credenciamento / Bilheteria, Loja, Base de Operações e Visitantes do PESOB. Cachoeira das
Recepção IEF ou terceirização
Sanitários / Fraldário. Andorinhas,
por concessão de
Parque Estadual
serviço
Serra do Rola
Moça.
Implantação: Gestão
Estrutura utilizada para controlar entrada e saída, IEF
Controle de principalmente de pessoas a pé, cavalo e/ou moto, por Operação: Gestão
Visitantes do PESOB. Não se aplica.
Acesso acessos alternativos à Portaria e previamente definidos IEF ou terceirização
neste documento. por prestação de
serviço
Implantação: Gestão
O Posto de Fiscalização Avançado tem como objetivo
IEF
Posto de prestar o serviço de vigilância da Unidade de
Operação: Gestão
Fiscalização Conservação, principalmente em áreas mais remotas, Visitantes do PESOB. Não se aplica.
IEF ou terceirização
Avançado onde o acesso é limitado e o controle de atividades
por prestação de
clandestinas se faz necessário.
serviço
261
Gestão Descrição Público alvo Operacionalização Concorrentes
A estrutura da Administração será destinada ao
funcionamento dos serviços administrativos do Parque
Sede
Estadual Serra do Ouro Branco, incluindo planejamento e Não se aplica. Gestão IEF Não se aplica.
Administrativa
gerenciamento das atividades desenvolvidas,
comunicação e documentação institucional.
Espaço destinado às operações de pouso e decolagem de
Heliponto helicópteros usados para o transporte de pessoas, Não se aplica. Gestão IEF Não se aplica.
combate a incêndios e atendimento a vítimas.

262
Capacidade de suporte do PESOB
Capacidade suporte
Produtos / serviços Condições
sugerida
Trilha da Canela de Ema 158 pessoas / dia
Trilha do Paredão 115 pessoas / dia
Trilha Mirante do Cruzeiro 153 pessoas / dia
Trilha Mirante da Estrada 166 pessoas / dia
Trilha Mirante do Sofá 235 pessoas / dia
Trilha do Cooper 841 pessoas / dia
Trilha Cachoeira Jesuítas 65 pessoas / dia
Trilha da Copasa 136 pessoas / dia
Trilha Topo da Serra / 1º. Poço do Rio
80 pessoas / dia
Colônia
Trilha do Rio Colônia 252 pessoas / dia Capacidade de
Trilha do Andarilho 542 pessoas / dia Suporte segue
Trilha Muro de Pedra 179 pessoas / dia recomendações
Circuito das Águas 330 pessoas / dia do Plano de
Circuito Caminhos do Passado 148 pessoas / dia Manejo do
Circuito Topo da Serra 924 pessoas / dia PESOB.
Travessia Topo da Serra / Itatiaia 67 pessoas / dia
Travessia Alto da Serra / Morro do Gabriel 55 pessoas / dia
Travessia Hargrives / Morro do Gabriel 63 pessoas / dia
Travessia Rodeio / Morro do Gabriel 65 pessoas / dia
Área de Camping 280 pessoas / dia
PESOB (demanda flutuante gerada por
Centro de Visitantes, Restaurante, Praça de
Eventos, Espaço Ecumênico, Praça de 110 pessoas / dia
Convivência e demais espaços abertos à
visitação)

Estratégias de Comercialização

Estratégia Descrição Condições


Possuir tarifários especiais para
Realizada no próprio PESOB. grupos, famílias, estudantes. Oferecer
Uma vez o visitante estando no descontos e realizar promoções em
interior do PESOB, será períodos de baixa temporada ou
Venda Direta ofertada a ele atividades e baixa demanda. Possuir folheteria de
serviços que venham ampliar qualidade que ajude a ofertar as
sua permanência no local e atividades e serviços. Possuir
auferir receita para a UC. recursos humanos capacitados para
oferecer as atividades e serviços.
O site oficial do PESOB deve ter
Por meio do site oficial do
como conceito a oferta de momentos
PESOB e da sede
prazerosos em contato com a
administrativa promover a
natureza e as atividades ao ar livre
visitação, a partir de
Central de oferecidas pela UC. Deve ter apelo de
promoções, vendas on line,
Reservas venda, dando a possibilidade, a todo
atualização regular dos
momento, do usuário efetivar a
conteúdos, oferecer conteúdo
compra. A Central de Reservas deve
interativo e que estimule a
contribuir também para o manejo de
visitação.
visitantes, distribuindo de forma
263
Estratégia Descrição Condições
eficiente o fluxo de usuários da UC.
A gerência do PESOB poderá
Pessoas bem treinadas podem sair a
contar com representantes de
campo, de maneira estratégica,
venda capacitados para
estreitando laços com organizações
oferecer a públicos específicos
que potencialmente poderão gerar
(pedagógico, melhor idade,
Representantes fluxo para o PESOB. Para este
empresas, entidades
de Venda trabalho uma folheteria de boa
esportivas, etc.) as diferentes
qualidade e tarifário serão essenciais.
possibilidades de se vivenciar a
Os representantes de venda podem
natureza e o patrimônio cultural
ser recompensados por
em um ambiente como o do
produtividade.
PESOB.
A parceria com outros setores do
A parceria com agências e
trade turístico será importante para
operadoras de turismo,
garantir regularidade de visitação.
Parcerias com empresas de receptivo,
Importante definir política de
Agências e associação de guias e
comissionamento para as parcerias.
Operadoras de condutores, tanto em Ouro
Em geral o comissionamento gira em
Turismo, Meios Branco e Ouro Preto, como nas
torno de 10 a 20%, mas outros
de cidades no raio de influência do
valores poderão ser também
Hospedagem e PESOB, será bastante salutar.
negociados. Outras formas de
Alimentação Recomenda-se que não sejam
recompensa, como permutas,
efetivadas parcerias de
entradas livres, etc. devem também
exclusividade.
ser utilizadas.
A participação em eventos dará
visibilidade ao PESOB. Sugere-se
A identificação e participação
que a participação tenha como
em um calendário de eventos
abrangência os principais destinos
associados à imagem a ser
emissores d e visitantes. Organizar
Participação transmitida pelo PESOB –
pequenos eventos para divulgar o
em Eventos conservação, meio ambiente,
PESOB nas localidades próximas
turismo, lazer, educação,
também será bem-vindo. Interessante
pesquisa, aventura, entre
associar a esses eventos promoções,
outros, será muito bem-vinda.
sorteio de brindes, gratuidade da
entrada, etc.

Plano Financeiro

O Plano Financeiro tem como objetivo estimar receitas e despesas, bem como, analisar a
viabilidade de implementação da proposta. Para os cálculos requeridos foram utilizadas
referências de mercado para custos com projetos, construções, aquisição de material
permanente, contratação de pessoal, etc. Mesmo que baseados em orçamentos atuais, os
valores poderão sofrer variações após a definição detalhada dos projetos de execução,
principalmente os construtivos.

O Plano Financeiro é baseado nas metas de implantação (curto, médio e longo prazo)
previstas no Plano de Manejo do Parque Estadual Serra do Ouro Branco. O Plano
Financeiro prevê o total de recursos a ser investido para que o PESOB comece a funcionar
com a estrutura mínima, tenha o funcionamento em estágio intermediário de implantação e
alcance o funcionamento pleno ou desejado, conforme as propostas recomendadas pelo
Plano de Manejo.
264
Cenário 1 – Funcionamento com estrutura Mínima

Estimativa de custos com implantação de infraestruturas

Investimentos Pré-Operacionais Valor Estimado (R$)


Projeto Arquitetônico e Construção Portaria na MG 129 205.000,00
Projeto Arquitetônico e Construção Sede Administrativa Faz.
457.500,00
Esperança
Projeto Arquitetônico e Construção Centro de Visitantes Antenas 657.500,00
Projeto Arquitetônico e Construção 06 Suportes a Atrativos (Poço
Rio Colônia, Trilha do Paredão, Poço da Bomba, Circuito das 15.230,00
águas 1, 2 e 3)
Projeto Arquitetônico e Construção de Controle de Acesso Faz.
11.944,00
Esperança
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha do 28.000,00
Paredão
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha Topo da 18.000,00
Serra / 1º. Poço do Rio Colônia
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha do Rio 11.000,00
Colônia
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa do Circuito das 56.000,00
Águas
Total 1.460.174,00

Estimativa de custos com aquisição de material permanente

A – Máquinas, Móveis e Equipamentos Valor Estimado (R$)


Material permanente Portaria 5.000,00
Material permanente 01 Controle de Acesso 5.555,00
Material permanente Sede Administrativa 30.000,00
Equipamentos e ferramentas em geral 69.588,00
Subtotal 110.143,00
B - Veículos Valor Estimado (R$)
Veículo modelo caminhonete 4x4 cabine dupla (1) 130.000,00
Veículo modelo motocicleta (2) 25.000,00
Subtotal 155.000,00
Total 265.143,00
Custo Total de Implantação Estrutura Mínima = R$ 1.725.317,0 (Infraestrutura + material
permanente)

265
Estimativa de custos com pessoal

Salário Mensal +
Função Qtde Total (R$)
Encargos Sociais (R$)
Monitor Ambiental Centro de
04 3.833,22 15.332,88
Visitantes
Auxiliar de Serviços Gerais Centro
02 2.292,54 4.585,08
de Visitantes
Porteiro / Vigia Portaria 03 5.163,40 15.490,20
Porteiro / Vigia Controle de Acesso 02 5.163,40 10.326,80
Gerente Sede Administrativa 01 6.000,00 6.000,00
Auxiliar Administrativo Sede
02 3.500,00 7.000,00
Administrativa
Auxiliar de Serviços Gerais Sede
01 2.292,54 2.292,54
Administrativa
Zelador de UC 10 2.642,72 26.427,20
25 - 87.454,70
Custo mensal total
Custo anual total 25 - 1.049.456,4

Estimativa de custo para operação com estrutura mínima:

Descrição Custo Mensal (R$)


Aluguel 0,00
Condomínio 0,00
IPTU 0,00
ITR 0,00
Água 500,00
Energia Elétrica 1.500,00
Telefone 800,00
Internet 200,00
Honorários do Contador 0,00
Manutenção de Equipamentos 2.500,00
Material de Limpeza 400,00
Material de Escritório 100,00
Combustível 1000,00
Taxas diversas 0,00
Serviços de Terceiros 500,00
Depreciação 8.645,7
Custos Fixos Operacionais Mensais Estrutura
7.500,0
Mínima
Custo Fixo Operacional Anual Estrutura Mínima 90.000,0

266
Cenário 2 – Funcionamento com estrutura Intermediária

Estimativa de custos para implantação de infraestruturas

Os custos abaixo referem-se às estruturas adicionais a serem implantadas, considerando


a implantação prévia das estruturas para funcionamento mínimo.

Investimentos Pré-Operacionais Valor Estimado (R$)


Projeto Arquitetônico e Construção de 01 Ponto de Apoio ao 3187,5
Visitante
Projeto Arquitetônico e Construção Praça de Convivência 85.000,0
Projeto Arquitetônico e Construção 02 Pontos de Descanso 2083,0
Projeto Arquitetônico e Construção de 01 Suporte ao Atrativo 2538,4
Playground em eucalipto tratado com 10 brinquedos 80.000,0
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha 7.000,0
Mirante do Cruzeiro
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha 5.000,00
Mirante da Estrada
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha 8.000,00
Mirante do Sofá
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa do Circuito 31.000,00
Topo da Serra
Projeto Arquitetônico e Construção de 01 Posto de
101.666,0
Fiscalização Avançado - Hagrives
Construção de estrutura destinada ao Restaurante 300.000,00
Projeto Arquitetônico e Construção Heliponto 62.500,00
Projeto Arquitetônico e Construção Espaço Ecumênico 350.000,00
Projeto Arquitetônico e Construção Praça de Eventos Antenas 11.250,00
Projeto Arquitetônico e Construção de 01 Área de Camping 153.500,00
Projeto Arquitetônico e Construção 07 Mirantes 36.570,00
Projeto Arquitetônico e Construção Alojamento de
455.000,00
Pesquisadores Faz. Rodeio
Projeto Arquitetônico e Construção Centro de Pesquisa
356.000,00
(Fazenda Rodeio)
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha da 18.000,00
Cachoeira Jesuítas
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha do 56.000,00
Andarilho
Total 2.121.107,4

267
Estimativa de custos com aquisição de material permanente

Os custos abaixo referem-se aos materiais e equipamentos adicionais, considerando a


aquisição prévia dos materiais e equipamentos para funcionamento mínimo.

A – Máquinas, Móveis e Equipamentos Valor Estimado (R$)


Material permanente Estrutura de Recepção 60.000,00
Material permanente Posto de Fiscalização Avançado 8.333,00
Material permanente Espaço Ecumênico 50.000,00
Material permanente Centro de Visitantes 70.000,00
Material permanente Alojamento de Pesquisadores 70.000,00
Sistema Integrado de Controle Financeiro 20.000,00
Subtotal 278.333,00
B - Veículos Valor Estimado (R$)
Veículo modelo passeio (1) 40.000,00
Veículo modelo motocicleta (2) 25.000,00
Subtotal 65.000,00
Total Investimentos Fixos com Estrutura Intermediária 348.888,00

Custo adicional para se passar de uma estrutura mínima para intermediária (Infraestrutura +
material permanente) = R$ 2.469.995,4

Custo total para implantação de estrutura intermediária = R$ 4.195.312,4 (custo total


estrutura mínima + custo estrutura intermediária).

268
Estimativa de custo com pessoal

Salário Mensal +
Função Qtde Total (R$)
Encargos Sociais (R$)
Monitor Ambiental Praça de
04 3.833,22 15.332,88
Convivência
Auxiliar de Serviços Gerais Espaço
02 2.292,54 4.585,08
Ecumênico
Auxiliar de Serviços Gerais Área
02 2.292,54 4.585,08
de Camping
Monitor Ambiental Centro de
04 3.833,22 15.332,88
Visitantes
Auxiliar de Serviços Gerais Centro
02 2.292,54 4.585,08
de Visitantes
Monitor Ambiental Centro de
02 3.833,22 7.666,44
Pesquisas
Auxiliar de Serviços Gerais
02 2.292,54 4.585,08
Alojamento de Pesquisadores
Serviços de Segurança Playground 04 2.577,82 10.311,28
Porteiro / Vigia Portaria 03 5.163,40 15.490,00
Porteiro / Vigia Controle de Acesso 02 5.163,40 10.326,80
Gerente Sede Administrativa 01 6.000,00 6.000,00
Auxiliar Administrativo Sede
02 3.500,00 7.000,00
Administrativa
Auxiliar de Serviços Gerais Sede
02 2.292,54 4.585,08
Administrativa
Zelador de UC 15 2.642,72 39.640,80
Custo total mensal 47 150.026,00
Custo total anual 1.800.320,00

Estimativa para operação com estrutura intermediária:

Descrição Custo Mensal (R$)


Aluguel 0,00
Condomínio 0,00
IPTU 0,00
ITR 0,00
Água 1.000,00
Energia Elétrica 3.000,00
Telefone 1.500,00
Internet 400,00
Honorários do Contador 0,00
Manutenção de Equipamentos 3.000,00
Material de Limpeza 500,00
Material de Escritório 250,00
Combustível 2.000,00
Taxas diversas 0,00
Serviços de Terceiros 1.000,00
Custo total mensal 12.650,0
Custo total anual 151.800,0

269
Cenário 3 – Funcionamento com estrutura desejada

Estimativa de custos para implantação de infraestruturas

Os custos abaixo referem-se às estruturas adicionais a serem implantadas, considerando


a implantação prévia das estruturas para funcionamento intermediário.

Investimentos Pré-Operacionais Valor Estimado (R$)


Projeto Arquitetônico e Construção de 07 Pontos de Apoio ao
22.312,0
Visitante
Projeto Arquitetônico e Construção Praça de Convivência 42.500,00
Projeto Arquitetônico e Construção de 10 Pontos de Descanso 10.416,00
Projeto Arquitetônico e Construção Suporte ao Atrativo 15.230,00
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha 30.500,00
Canela de Ema
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha da 23.000,00
Copasa
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha Muro 13.000,00
de Pedra
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa do Circuito 84.000,00
Caminhos do Passado
Construção de estrutura destinada às Lojas de Produtos 50.000,00
Projeto Arquitetônico e Construção de 08 Controles de Acesso 95.550,00
Projeto Arquitetônico e Construção de 02 Postos de
203.333,00
Fiscalização Avançados
Projeto Arquitetônico e Construção Praça de Eventos 11.250,00
Projeto Arquitetônico e Construção de 05 Mirantes 26.250,00
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha do 56.000,00
Andarilho
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Travessia 203.000,00
Topo da Serra / Itatiaia
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Travessia 153.000,00
Alto da Serra / Morro do Gabriel
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Trilha do 28.000,00
Cooper
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Travessia 53.000,00
Hargrives / Morro do Gabriel
Manutenção, instalação de estruturas, manejo, instalação de
sinalização indicativa, interpretativa, educativa da Travessia 53.000,00
Rodeio / Morro do Gabriel
Total 1.173.341,0

270
Estimativa de custos com material permanente

Os custos abaixo referem-se aos materiais e equipamentos adicionais, considerando a


aquisição prévia dos materiais e equipamentos para funcionamento com estrutura
intermediária.

A – Máquinas, Móveis e Equipamentos Valor Estimado (R$)


Instalação de loja de produtos com 10m2 incluindo decoração,
60.000,00
compra de artigos, embalagens.
Material permanente Controle de Acesso 44.444,00
Material permanente Posto de Fiscalização Avançado 16.666,00
Sistema Integrado de Controle Financeiro 20.000,00
Subtotal 141.110,00
B - Veículos Valor Estimado (R$)
Veículo Verde 350.000,00
Subtotal 350.000,00
Total Investimentos Fixos com Estrutura Desejada 491.110,00

Custo adicional para se passar de uma estrutura intermediária para desejada =


R$ 1.664.451,0 (Infraestrutura + material permanente)

Custo total para implantação de estrutura desejada = R$ 5.859.763,4 (custo total estrutura
intermediária + custo estrutura desejada).

Estimativa de custo com pessoal

Salário Mensal +
Função Qtde Total (R$)
Encargos Sociais (R$)
Monitor Ambiental Praça de
04 3.833,2 15.332,9
Convivência
Auxiliar de Serviços Gerais Espaço
02 2.292,5 4.585,1
Ecumênico
Auxiliar de Serviços Gerais Área
02 2.292,5 4.585,1
de Camping
Monitor Ambiental Centro de
04 3.833,2 15.332,9
Visitantes
Auxiliar de Serviços Gerais Centro
02 2.292,5 4.585,1
de Visitantes
Auxiliar de Serviços Gerais
02 2.292,5 4.585,1
Alojamento de Pesquisadores
Serviços de Segurança Playground 04 2.577,8 10.311,3
Atendente Loja de Produtos 04 3.500,0 14.000,0
Monitor Ambiental Veículo Verde 04 3.833,2 15.332,9
Motorista Veículo Verde 03 1.700,0 5.100,0
Auxiliar de Serviços Gerais Veículo
02 2.292,5 4.585,1
Verde
Porteiro / Vigia Portaria 03 5.163,4 15.490,0
Monitor Ambiental Estrutura de
06 3.833,2 22.999,3
Recepção
Porteiro / Vigia Controle de Acesso 08 5.163,4 30.980,4
Porteiro / Vigia Posto de
04 4.807,4 19.229,8
Fiscalização Avançado

271
Salário Mensal +
Função Qtde Total (R$)
Encargos Sociais (R$)
Gerente Sede Administrativa 01 6.000,0 6.000,0
Auxiliar Administrativo Sede
03 3.500,0 10.500,0
Administrativa
Auxiliar de Serviços Gerais Sede
02 2.292,5 4.585,1
Administrativa
Zelador de UC 19 2.642,7 50.211,7
Custo total mensal 79 268.658,0
Custo total anual 3.223.896,0

Estimativa para operação com estrutura desejada

Descrição Custo Mensal (R$)


Aluguel 0,00
Condomínio 0,00
IPTU 0,00
ITR 0,00
Água 1.500,00
Energia Elétrica 3.500,00
Telefone 2.000,00
Internet 600,00
Honorários do Contador 0,00
Manutenção de Equipamentos 3.500,00
Material de Limpeza 750,00
Material de Escritório 400,00
Combustível 2.500,00
Taxas diversas 0,00
Serviços de Terceiros 1.500,00
Custo total mensal 16.250,00
Custo total anual 195.000,00

Valor Estimado (R$)


Descrição do Investimento
Mínimo Intermediário Desejado
1 – Infraestrutura e equipamentos 1.725.317,0 4.195.312,4 5.859.763,4
2 – Recursos humanos (anual) 1.049.456,4 1.800.320,0 3.223.896,0
3 – Custos operacionais (anual) 90.000,0 151.800,0 195.000,0

272
Cronograma físico-financeiro

Segue projeção de custo financeiro ao longo dos 05 primeiros anos do Plano de Manejo, com base nas ações previstas nos diferentes programas e
subprogramas. Considerou-se a implantação de um cenário mínimo de estruturas e pessoal para funcionamento da UC ao longo dos primeiros 03
anos, passando para um cenário intermediário até o 5o ano e um cenário desejado a partir do 6o ano. Considerou-se um investimento de
R$ 10.000.000,0 com regularização fundiária ao longo destes 06 anos.

Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6


Programa Subprograma
(R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$)
Proteção 13.000,0 28.000,0 15.000,0 8.000,0 8.000,0 8000,0
Controle Ambiental da ZA 4.500,0 17.000,0 2.000,0 2.000,0 2.000,0 2000,0
Proteção e Manejo do Meio Manejo dos Recursos Naturais 0,0 6.000,0 1.015.000,0 330.000,0 212.000,0 100.000,0
Ambiente Manejo do Patrimônio Histórico e
Arqueológico 20.000,00 80.000,00 10.000,00 20.000,00 50.000,00 20.000,00
Uso Público* 0,0 0,0 0,0 0,0 15.000,0 10.000,0
Educação e Interpretação 10.000,0
Ambiental 11.000,0 36.000,0 40.000,0 10.000,0
Relações Públicas 39.100,0 26.500,0 42.500,0 23.500,0 23.500,0 23.500,00
Integração com o Entorno Incentivo às alternativas de 10.000,00
desenvolvimento 0,0 8.500,0 7.500,0 25.500,0 0,0
Pesquisa e Monitoramento 0,0
Ecológico* 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Administração e Manutenção 97.500,0 90.300,0 90.000,0 151.800,0 158.800,2 195.000,0
Regularização Fundiária 1.000.000,0 1.500.000,0 1.500.000,0 1.500.000,0 2.250.000,0 2.250.000,00
Operacionalização
Infraestutura e Equipamentos** 673.944,0 525.686,5 525.686,5 1.232.220,0 1.232.220,0 1.664.451,0
Recursos Humanos 1.049.456,4 1.049.456,4 1.049.456,4 1.800.320,0 1.800.320,0 3.223.896,4
Total Anual 2.908.500,4 3.367.442,9 4.297.142,9 5.603.340,0 5.501.840,2 7.266.847,0
* Os custos das ações previstas nestes programas estão previstos no Programa de Operacionalização.

273
Fontes de Receita

A implementação da UC demandará investimentos significativos em infraestrutura,


equipamentos, pessoal e manutenção. Para tanto, o IEF e a SEMAD devem buscar junto ao
Estado mecanismos para aumentar o orçamento destinado à UC, com base nas ações
propostas no Plano de Manejo. Emendas parlamentares específicas podem ser buscadas a
nível federal, dada a importância da região e ao grande potencial de geração de benefícios à
sociedade resultantes da efetiva implantação da UC.

A implantação do PESOB naturalmente gerará oportunidades de negócio a partir da oferta


de terceirizações. Serviços como alimentação, hospedagem, comercialização de produtos,
transporte, controle de portaria e estacionamento, visitas guiadas, aluguel de equipamentos,
além de atividades específicas, poderão despertar o interesse do setor privado. Propõem-se
que sejam incentivadas concessões múltiplas a serviços oferecidos no interior da Unidade
de Conservação, preferencialmente para empresários locais. A operacionalização de
serviços como portaria, restaurante, loja, área de camping, atividades de aventura, etc. foge
dos objetivos de criação do IEF, mas, ao mesmo tempo, são essenciais para que o usuário
do PESOB tenha enriquecida sua experiência de visitação. Estimular que a comunidade
participe deste processo é salutar. Alguns serviços como limpeza, manutenção e vigilância
poderão ser também terceirizados.

A compensação ambiental por empresas da região representa uma das principais


oportunidades para a estruturação do PESOB. A gerência da UC deve se manter atualizada
quanto à disponibilidade de recursos específicos para a UC. Deverão ser apresentados à
CPB projetos visando o uso destes recursos tendo como base e justificativa as orientações
do Plano de Manejo.

Em relação à regularização fundiária grande parte da área está em poucas propriedades


pertencentes às poucas grandes empresas mineradoras. Neste sentido, também deve-se
buscar a obtenção da propriedade para o Estado mediante estratégias e acordos visando a
compensação ambiental ou compensação minerária e o envolvimento do setor privado na
estruturação da UC. O estímulo à responsabilidade socioambiental de empresas deve ser
buscado também na forma de patrocínios, em especial para a construção de infraestruturas.

Outra possibilidade de geração de recursos para o PESOB é a cobrança de portaria e


demais serviços oferecidos na UC. Deverão ser elaborados planos de negócio detalhados
conforme forem sendo implementadas as estruturas a fim de se definir valores e estratégias
para geração de receita seja por pagamento direto pelos usuários ou através de contratos e
concessões. Nestes casos devem ser elaborados planos de negócio detalhados para cada
situação.

Por fim destaca-se o potencial para parcerias junto à Prefeitura Municipal de Ouro Branco
visando principalmente a manutenção das estradas que cortam a unidades, com destaque
para a estrada do alto da serra de Ouro Branco. A existência da UC e a aprovação do Plano
de Manejo geram receitas para o município através do ICMS ecológico, que poderá ser
investido em ações de apoio à manutenção e gestão do PESOB.

274
3.8. PROGRAMA DE QUALIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO – PQSP

Este programa visa a implementação de práticas gerenciais que conduzam o PESOB à


melhoria contínua do desempenho dos seus processos finalísticos e de suporte permitindo
um maior aproveitamento e utilização das informações contida no plano de manejo.

Objetivos Estratégicos Pretendidos


 Implantar ferramentas de excelência em gestão e manejo adaptativo.

Objetivos Específicos
 Implementar um sistema gestão eficiente e capaz de aprender continuamente e se
aperfeiçoar ao longo da implementação do Plano de Manejo.
 Avaliar periodicamente o grau de alinhamento das estratégias, planos e resultados
do PESOB com os macro-objetivos e propostas do plano de manejo.
 Permitir o PESOB medir o avanço em termos de qualidade de gestão e de melhoria
dos resultados.

Meta
Indicador Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
(0 – 2 anos) (2 – 5 anos) (5 – 10 anos)
Pontuação obtida no  Procedimentos de  Obter, no  Obter no
Instrumento de excelência em gestão mínimo, 180 mínimo 220
Avaliação da Gestão implementados pontos no IAGP pontos no
pública – IAGP 250 250 IAGP 250

O Instrumento para Avaliação da Gestão Pública (IAGP) reúne um conjunto de orientações


e de parâmetros para avaliar e melhorar a gestão, e tem por referência o Modelo de
Excelência em Gestão Pública (MEGP) e os conceitos e fundamentos preconizados pelo
Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GesPública).

Para avaliar a situação atual do PESOB, foi utilizado o instrumento de 250 pontos, indicado
para organizações que estão iniciando a implementação da auto-avaliação continuada. Ao
decidir por essa prática, a organização pública deverá cumprir as etapas conforme mostra a
Figura 3.7.

Figura 3.7 Etapas do GesPública

275
O Modelo de Excelência em Gestão Pública (Figura 3.8) é a representação de um sistema
gerencial constituído de oito partes integradas, que orientam a adoção de práticas de
excelência em gestão com a finalidade de levar as organizações públicas brasileiras a
atingir padrões elevados de desempenho e de excelência em gestão.

Figura 3.8 Modelo de Excelência em Gestão Pública

 Primeiro bloco (Liderança, Estratégias e Planos, Cidadãos e Sociedade): pode ser


denominado de planejamento. Por meio da liderança forte da alta administração, que
focaliza as necessidades dos cidadãos-usuários e da sociedade, os serviços,
produtos e os processos são planejados conforme os recursos disponíveis, para
melhor atender esse conjunto de necessidades.
 Segundo bloco (Pessoas e Processos): representa a execução do planejamento.
Nesse espaço, concretizam-se as ações que transformam objetivos e metas em
resultados. São as pessoas, capacitadas e motivadas, que efetuam esses processos
e fazem com que cada um deles produza os resultados esperados.
 Terceiro bloco (Resultados): representa o controle. Serve para acompanhar o
atendimento à satisfação dos destinatários dos serviços e da ação do Estado, o
orçamento e as finanças, a gestão das pessoas, a gestão de suprimentos e das
parcerias institucionais, bem como o desempenho dos serviços/produtos e dos
processos organizacionais.

276
 Quarto bloco (Informaç es e onhecimento): representa a “intelig ncia da
organi ação”. Nesse bloco, são processados e avaliados os dados e os fatos da
organização (internos) e aqueles provenientes do ambiente (externos), que não
estão sob seu controle direto, mas de alguma forma podem influenciar o seu
desempenho. Esse bloco dá à organização a capacidade de corrigir ou melhorar
suas práticas de gestão e, consequentemente, seu desempenho.

A seguir tem-se a avaliação da situação atual do PESOB, sem a implantação do Plano da


Manejo, que estabelece o “marco ero” da gestão da U em relação ao Modelo de
Excelência em Gestão Pública. O PESOB obteve 26,04 pontos em um total de 250 pontos, o
que representa 10,6% da pontuação máxima atingível (Tabela 3.4). Pode-se dizer que o
PESOB encontra-se em estágio preliminar do desenvolvimento de seu sistema de gestão. É
positivo o fato de seus gestores estarem procurando meios para melhorar seu modo de
gerenciar a organização. Contudo, apresenta lacunas significativas na aplicação de práticas
e rotinas nas principais funções gerenciais. Há poucos resultados relevantes decorrentes da
aplicação das práticas de gestão. Existem oportunidades importantes para melhorar o
processo de gestão. A realização de ciclos periódicos de avaliação permitirá medir e
descrever a evolução dos resultados alcançados.

Tabela 3.4. Pontuação no GesPública para o PESOB.


Pontuação Pontuação
Critérios de avaliação
Máxima Obtida
1 – Liderança 22 4,4
2 – Estratégias e Planos 22 4,4
3 – Cidadãos 22 2,2
4 – Sociedade 22 2,2
5 – Informação e Conhecimento 22 6,6
6 – Pessoas 22 4,4
7 – Processos 22 2,2
8 – Resultados 96 0,00
TOTAL 250 26,04

277
Plano de Ação – Programa de Qualidade no Serviço Público
Item de Custo Previsto
Ação Prazo Responsável
Verificação (R$)
LIDERANÇA, ESTRATÉGIAS E PLANOS, CIDADÃOS, SOCIEDADE
Realizar encontros da equipe e do Conselho Consultivo para Gerência /
Encontros
apreciação coletiva do Plano de Manejo e suas implicações para a 1º ano Conselho 2000,00
realizados
gestão da UC Consultivo
Discutir, em reuniões da equipe, os Princípios e Diretrizes do Governo Reuniões
1º ano Equipe da UC 0,00
de Minas Gerais realizadas
Plano de manejo
Ajustar junto às instâncias superiores do IEF as estratégias para
1º ano Gerência em processo de 0,00
implementação do Plano de Manejo
implementação
Realizar oficina de planejamento participativo com a equipe do IEF
1º ano IEF/consultor Oficina realizada 7.500,00
visando organização interna para implantação do Plano de Manejo
Estabelecer responsabilidades e estratégias para implementação das Responsabilidades
1º ano Equipe da UC / IEF 0,00
ações emergenciais do Plano de Manejo estabelecidas
Criar e divulgar formulário eletrônico para envio de sugestões ao Formulário
2º ano Gerência 0,00
Parque divulgado
Gerência /
Coordenação de
Garantir a participação do PESOB em eventos voltados para questões Relatório de
1º ano Visitação e 4.000,00
socioambientais locais e regionais atividades da UC
Integração com o
Entorno
Elaborar POA indicando a previsão e fontes dos recursos necessários 1º ano Equipe da UC POA elaborado 0,00
Realizar seminário com a comunidade para reflexão e revisão das Seminário
2º ano Gerência 1.500,00
estratégias e objetivos de manejo. realizado
PESSOAS E PROCESSOS
Adequar organização da força de trabalho da UC ao Plano de Manejo
Relatório de
buscando potencializar as habilidades, motivações e competências de 1º ano Equipe da UC 0,00
atividades
cada membro da equipe
Fluxograma
Elaborar fluxograma dos principais processos finalísticos e de suporte 1º ano Gerência 0,00
elaborado
278
Plano de Ação – Programa de Qualidade no Serviço Público
Item de Custo Previsto
Ação Prazo Responsável
Verificação (R$)
Realizar reuniões bimensais de análise da operação e detalhamento de Relatório de
Contínuo Equipe da UC 0,00
metas e atividades atividades
Sistema de duplas
Implementar sistema de supervisão em duplas 1º ano Equipe da UC 0,00
implementado
Relatório de
Realizar reuniões trimestrais de monitoramento da estratégia Contínuo Equipe da UC 0,00
atividades
Relatório de
Participar de capacitações e intercâmbios com gestores de outras UCs 1º ano Gerência 3.000,00/ano
atividades
Relatório de
Realizar um encontro quinzenal de integração da equipe Contínuo Equipe da UC 0,00
atividades
A partir do 1º Necessidades
Identificar anualmente as necessidades de capacitação da equipe Equipe da UC 0,00
ano identificadas
A partir do 1º
Realizar anualmente a pesquisa de clima organizacional. Equipe da UC Pesquisa realizada 0,00
ano
Criar momentos para a equipe construir coletivamente estratégias para Estratégias de
1º ano Gerência 0,00
a melhoria da gestão da UC melhoria definidas
INFORMAÇOES E CONHECIMENTO
Sistema
Estruturar sistema de gestão da informação da UC 2º ano Gerência 0,00
estruturado
Sistema
Estruturar sistema de avaliação e seleção de fornecedores 2º ano Gerência 0,00
estruturado
Estabelecer protocolos de comunicação em relação aos diferentes
Protocolo definido
atores envolvidos com a UC (equipe, visitantes, moradores do entorno, 1º ano Gerência/Consultor 8.000,00
e implementado
instituições, etc.)
Manter atualizado registros das atividades realizadas na UC, atas de Registros
Imediato Gerência 0,00
reuniões, balanços financeiros e outros instrumentos administrativos atualizados
Gerência / Sistema de
Implementar a prática de realização backup das informações relevantes
Imediato Coordenadores de backup em 1.500,00
armazenadas nos computadores do PESOB.
área funcionamento
Atualizar mensalmente os indicadores e verificar o percentual de Contínuo Gerência Indicadores 0,00

279
Plano de Ação – Programa de Qualidade no Serviço Público
Item de Custo Previsto
Ação Prazo Responsável
Verificação (R$)
realização de cumprimento dos planos de ação. avaliados
Sítio eletrônico
Criar sítio eletrônico da UC e divulgar informações sobre a UC 1º ano Gerência / IEF 0,00
criado
Realizar encontros semestrais para avaliação individual e coletiva dos Relatório de
Contínuo Equipe da UC 0,00
aprendizados, pontos forte e desafios e ajuste da estratégia atividades
Documento com
Levantar os indicadores de desempenho de outros Parques em Minas
2º ano Gerência resultados da 0,00
Gerais e comparar aos propostos para o PESOB
comparação
Documento com
Elaborar e enviar anualmente avaliação do fator de qualidade da UC 1º ano Gerência resultados da 0,00
avaliação
Estruturar mecanismo de identificação dos riscos relacionados à saúde Avaliação dos
2º ano Gerência 0,00
ocupacional, segurança e ergonomia. riscos
RESULTADOS
Sistema de gestão
Implantar e utilizar sistema de gestão à vista 1º ano Equipe da UC a vista 0,00
implementado
Sistema de
Avaliar satisfação do usuário e sugestões 1º ano Gerência avaliação 0,00
implementado
Relatórios anuais
Divulgar relatórios anuais de desempenho e balanço financeiro 1º ano Gerência 0,00
divulgados
Avaliação da
Realizar a cada dois anos avaliação da pontuação da UC no IAGP 250 2º ano Gerência pontuação 0,00
realizada
Revisar e adequar anualmente as metas e ações propostas pelo Plano Metas revisadas e
1º ano Equipe da UC 0,00
de Manejo adequadas

280
3.9. PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL

A seguir tem-se as ações dos diversos programas de manejo organizadas e detalhadas conforme
a prioridade identificada durante o planejamento visando alcançar as metas propostas, pensando-
se o primeiro ano do Plano de Manjo. O objetivo é orientar a gerência e subsidiar a elaboração de
Planos Operativos Anuais e o planejamento mensal da UC para a efetiva implantação da UC e do
Plano de Manejo.

281
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
Vistoriar acessos
alternativos da
Fechar acessos Subprograma de
UC e definir Gerência da UC
alternativos da UC Proteção
pontos para
fechamento
Instalando placas
Vetar acesso às Subprograma de e faixa de
grutas da Igrejinha e Manejo dos advertência na Gerência da UC
Muro Recursos Naturais entrada das
grutas
Indicar materiais
e serviços que
assegurem o bom
Identificar aquisições
estado de
necessárias para a Subprograma de
conservação das
operacionalização da Administração e Gerência da UC
instalações e
UC e sua Manutenção
equipamentos,
manutenção
bem como a
funcionalidade da
UC
Fazer vistorias e
pequenas
Subprograma de
intervenções na
Administração e Vistoria de campo Gerência da UC
estrada e trilhas
Manutenção
visando a gestão de
riscos
Reunir com a
Subprograma de
GEREF para
Regularização Agendar reunião Gerência da UC
alinhamento de
Fundiária
estratégia para

282
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
regularização
fundiária
Desenvolver sistema Seguir
Programa de Gerência da UC /Conselho
de gestão de orientações do
Visitação Pública Consultivo
acessos Plano de Manejo
Promover renovação
Subprograma de
do Conselho Publicar Edital Gerência
Relações Públicas
Consultivo
Organizar momentos
Conforme
para estudo e Subprograma de
calendário de Gerência
entendimento do Recursos Humanos
atividades
Plano de Manejo
Definir locais para
Produzir e implantar
implantação,
sinalização
quantidade de
específica para coibir Subprograma de
placas e layout. Gerência da UC
a extração ilegal de Proteção
Remeter
espécimes da fauna
solicitação ao
e da flora.
setor responsável
Estabelecer acordo
com proprietários
Elaborando um
vizinhos para não I Subprograma de
planejamento de Coordenação de Proteção
permitirem a entrada Proteção
visitas
de animais
domésticos na UC
Definir normas Observar normas
específica em acordo federais e
Programa de
com a Gerência de estaduais para
Pesquisa e
Pesquisas para pesquisas em Gerência da UC
Monitoramento
realização de UC; Definir
Ecológico
pesquisa científica na normas
UC específicas

283
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
conforme
orientações do
Plano de Manejo
Definir
Com base na
responsabilidades,
Subprograma de estrutura
autoridades e Equipe da UC
Recursos Humanos organizacional
competências para
proposta
todos os funcionários
Definir programa de De acordo com
Subprograma de
capacitação dos diretrizes do Equipe da UC
Recursos Humanos
funcionários Plano de Manejo
Estabelecer metas e
Subprograma de
atividades mensais Tomar como
Administração e Equipe da UC
para os diferentes base o POA
Manutenção
setores
Estabelecer Subprograma de Seguir manual de
calendário de Administração e organização e Equipe da UC
reuniões da equipe Manutenção procedimentos
Solicitar ao IPHAN Subprograma de Defnir sítios
autorização para Manejo dos prioritários por
interferência Patrimônios meio de vistoria e Gerência
(manutenção) nos Histórico e preencher
sítios arqueológicos Arqueológico requisição
Implementação do Seguir
Elaborar normas Gerência da UC /Conselho
Programa de orientações do
para o uso público Consultivo
Visitação Pública Plano de Manejo
Definir
Implementar recomendações
Programa de Gerência da UC /Conselho
recomendações para com base nas
Visitação Pública Consultivo
manejo de eventos orientações do
Plano de Manejo
Definir calendário de Subprograma de Durante primeira Gerência da UC

284
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
reuniões do Relações Públicas reunião do
Conselho Consultivo Conselho
Elaborar plano de
Seguir
manutenção de Subprograma de
procedimento
veículos, outros Administração e Gerência da UC
padrão definido
equipamentos e Manutenção
pelo IEF
estruturas
Atualizar e
encaminhar Plano
Através de
Integrado de Subprograma de
procedimento Gerência da UC
Prevenção e Proteção
padrão do IEF
Combate a Incêndios
Florestais (PIPCIF)
Definir lista
prioritária de
potenciais
Contatar potenciais Programa de
parceiros
parceiros públicos e Pesquisa e
institucionais a Gerência da UC
privados para Monitoramento
partir das
fomento à pesquisa Ecológico
informações
contidas no Plano
de Manejo
Realizar processo
seletivo conforme
Subprograma de
Contratar brigadistas Edital a ser Gerência da UC
Proteção
publicado pela
SEMAD
Comunicar ao
Adquirir/Confeccionar
Previncêndio as
materiais e recursos Subprograma de
necessidades de Gerência da UC
para combate a Proteção
materiais e
incêndios florestais
recursos para

285
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
combate a
incêndios
florestais
Elaborar material de
cunho educativo Programa de
Verificar temas
sobre o PESOB para Educação e
prioritários no Gerência da UC /IEF
veiculação em mídia Interpretação
Plano de Manejo
impressa, internet, Ambiental
rádio e televisão
Realizar manutenção
Realizar capina,
dos sítios
Subprograma de retirada do lixo,
arqueológicos
Manejo dos limpeza de
prioritários
Patrimônios canaletas, Gerência da UC
(Caminhos do
Histórico e bueiros, muros e
Passado, Muro de
Arqueológico pontes.
Pedra e Ponte da
Biquinha)
Formar, no
âmbito do
Elaborar regimento Conselho, uma
Subprograma de Gerência da UC / Conselho
interno do Conselho comissão para
Relações Públicas Consultivo
Consultivo elaborar minuta
do Regimento
Interno
Subprograma de Seguir manual de
Implementar sistema
Administração e organização e Equipe da UC
de gestão à vista
Manutenção procedimentos
Definir ações
conjuntas com Agendar
Subprograma de
instituições parceiras encontros e Gerência da UC
Proteção
para prevenção e reuniões
combate a incêndios

286
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
florestais
Orientar moradores
do entorno sobre
Subprograma
procedimentos para Realizar visitas Coordenação de visitação e
Controle Ambiental
queima controlada, aos proprietários integração com o entorno
do Entorno
CAR e outorga do
uso da água
Definir locais
prioritários e
Subprograma de
Construir aceiros promover a Coordenação de Proteção
Proteção
retirada da
vegetação
Conforme
Ampliar equipe de
Subprograma de recomendações
funcionários para o Gerência / DIUC
Recursos Humanos do Plano de
PESOB
Manejo
Desenvolver
Verificar
estratégias de
Diretrizes para
relacionamento com Subprograma de
Programa de Gerência
o público a partir de Relações Públicas
Comunicação
redes sociais na
Interna e Externa
internet
Elaborar plano de
Seguir
trabalho para Subprograma de
procedimento
captação de recursos Administração e Gerência
padrão definido
de compensação Manutenção
pelo IEF
ambiental
Orientar moradores Através de
do entorno sobre visitas, Coordenação de Proteção/
Subprograma de
combate e prevenção divulgação em Coordenação de visitação e
Proteção
de incêndios mídias regionais, integração com entorno
florestais palestras em

287
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
escolas e
associações
Definir locais para
Subprograma de implantação,
Instalar placas de
Manejo dos quantidade de
advertência para
Patrimônios placas e layout. Coordenação de Proteção
proteção dos sítios
Histórico e Solicitar produção
arqueológicos
Arqueológico das placas.
Instalar as placas
Subprograma de Tomar como
Organizar material
Manejo dos base as
informativo sobre Coordenação de visitação e
Patrimônios informações
patrimônio cultural do integração com o entorno
Histórico e levantadas no
PESOB
Arqueológico Plano de Manejo
Elaborar projeto
técnico de Subprograma de
Solicitar ao IEF
sinalização Infraestrutura e Gerência / IEF
Sede
indicativa, educativa Equipamentos
e interpretativa
Vistoriando,
Cercar áreas críticas
quantificando e
para impedir a Subprograma de
solicitando Coordenação de Proteção
entrada de animais Proteção
material para
domésticos
cercamento
Subprograma de Seguir
Eliminar espécies Coordenação de Pesquisa e
Manejo dos orientações do
exóticas do Parque Monitoramento
Recursos Naturais Plano de Manejo
Elaborar projeto de Contratar
Programa de
Interpretação e consultoria
Educação e
Educação Ambiental especializada por Gerência/IEF
Interpretação
para as trilhas meio de Edital ou
Ambiental
atrativos parceria

288
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
Analisar as
demandas de
Desenvolver projeto Subprograma de cada
Gerência / Coordenações
de Incentivo ao Recursos Humanos coordenação;
Voluntariado Observar a Lei do
Voluntariado
Subprograma
Atualizar cadastro de Realizar visitas Coordenação de visitação e
Controle Ambiental
moradores da ZA aos proprietários integração com o entorno
do Entorno
Aplicar
Recuperar erosões Subprograma de
recomendações
da estrada do alto da Manejo dos Coordenação de Proteção
do plano de
serra Recursos Naturais
manejo
Estudar alternativas
de gestão Seguir
Programa de
compartilhada com orientações do Gerência/IEF/Conselho/Parceiros
Visitação Pública
entidades do Plano de Manejo
Terceiro Setor
Elaborar e
implementar Programa de Verificar diretrizes
Gerência/Coordenação de
programação de Educação e para Plano de
Visitação e Integração com o
eventos culturais, Interpretação Comunicação
Entorno
pedagógicos, Ambiental Social
científicos, etc.
Organizar acervo de
imagens, textos e
outros materiais Programa de
sobre os aspectos Educação e Compilar material Coordenação de Visitação e
ecológicos e culturais Interpretação existente Integração com o Entorno
com potencial para Ambiental
utilização na
educação ambiental

289
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
Verificar
Elaborar e Diretrizes para Gerência/ IEF/ Conselho
Subprograma de
implementar plano de Plano de Consultivo / Demais atores
Relações Públicas
comunicação social Comunicação sociais
Social
Verificar
Desenvolver projeto
Diretrizes para Gerência/ IEF/ Conselho
de identidade e Subprograma de
Programa de Consultivo / Demais atores
comunicação visual Relações Públicas
Comunicação sociais
da UC
Interna e Externa
Confeccionar e
Subprograma de Contratar
instalar sinalização Equipe da UC / Empresa
Infraestrutura e empresa
indicativa, educativa contratada
Equipamentos especializada
e interpretativa
Implementar sistema Subprograma de Contratar
de informações Administração e consultoria IEF
geográficas Manutenção especializada
Desenvolver e
implementar Sistema
de Gestão de Subprograma de Contratar
Resíduos integrado a Administração e consultoria IEF
proposta de Manutenção especializada
conservação da
Unidade
Elaborar Relatórios
Subprograma de
de Ocorrência de Escrever relatório Coordenação de Proteção
Proteção
Incêndios (ROI)
Identificar Verificar
Subprograma de
responsáveis por "Desenvolvimento Gerência / Coordenação de
Incentivo às
projetos e ações em de Atividades visitação e integração com o
Alternativas de
execução no entorno Econômicas entorno
Desenvolvimento
da UC relacionados Sustentáveis no

290
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
às ações e Entorno do
programas de PESOB"
extensão propostos
no Plano de Manejo
Elaborar Plano
Operativo Subprograma de
Preencher
Administrativo e Administração e Gerência
formulário padrão
Financeiro Anual Manutenção
(POA)
Estabelecer parceria
com universidades,
Embrapa, Emater,
Epamig, IMA,
Verificar
Secretarias
"Desenvolvimento
municipais, Subprograma de
de Atividades Gerência / Coordenação de
empresas e ONGs Incentivo às
Econômicas visitação e integração com o
com atuação na Alternativas de
Sustentáveis no entorno
Zona de Desenvolvimento
Entorno do
Amortecimento da
PESOB"
UC para
potencialização de
ações de extensão
no entorno
Promover visitas
técnicas em outras Identificando
UCs como forma de experiências
interagir com outros desenvolvidas em
Subprograma de
profissionais da área, outras UCs que Gerência / IEF
Relações Públicas
ampliando e possam ser
aprofundando o implementadas
conhecimento no PESOB
profissional

291
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
Elaborar e divulgar
Consultando o
relatório anual de Subprograma de
registro de Gerência
atividades da UC do Relações Públicas
atividades da UC
ano anterior
Realizar o depósito
Subprograma de Depositar valor
em juízo dos valores
Regularização em conta SEPLAG
das áreas a serem
Fundiária específica
desapropriadas.
Através de
Subprograma de
Elaborar e publicar reuniões Equipe da UC / IEF / Conselho
Administração e
Regulamento Interno específicas para Consultivo
Manutenção
tratar o tema
Adquirir
equipamentos Subprograma de Conforme
essenciais para Infraestrutura e orientações do IEF
implantação do Plano Equipamentos Plano de Manejo
de Manejo
Negociar com as Seguir
empresas Subprograma de orientações do
proprietárias a Regularização Subprograma de Gerência / IEF
desapropriação das Fundiária Regularização
áreas Fundiária
Analisar pedidos de Conforme
anuência para solicitação do
Subprograma
licenciamento de órgão licenciador,
Controle Ambiental Gerência
atividades em prazo
do Entorno
potencialmente estabelecido por
impactantes lei
Realizar rondas Subprograma de Elaborando rotina
Coordenação de Proteção
semanais Proteção de rondas
Participar das Subprograma de Ter
Gerência
reuniões do Relações Públicas representação no

292
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
CODEMA e suas CODEMA
câmaras técnicas
Realizar parcerias
com
Verificar item
empreendedores e
"Divulgação como Gerência / Coordenação de
educadores da Subprograma de
forma de buscar visitação e integração com o
região aumentando Relações Públicas
apoios à gestão entorno
as atividades
da UC"
turísticas e
educativas na UC.
Registrar as
Elaborar e divulgar atividades
periodicamente desenvolvidas na Gerência / Coordenação de
Subprograma de
releases sobre as UC; Divulgar visitação e integração com o
Relações Públicas
atividades releases na entorno
desenvolvidas na UC página do
SISEMA
Promover articulação
interinstitucional Verificar
Município / Estado, "Divulgação como Gerência / Coordenação de
Subprograma de
amarrando ações forma de buscar visitação e integração com o
Relações Públicas
conservacionistas apoios à gestão entorno
nas políticas públicas da UC"
(Plano de Metas)
Solicitar aos
pesquisadores
Organizar e atualizar
Programa de cópia de projeto e
acervo digital e
Pesquisa e devolução dos Gerência / Coordenação de
impresso sobre as
Monitoramento resultados da Pesquisa e Monitoramento
pesquisas realizadas
Ecológico pesquisa;
na UC
Realizar
pesquisas

293
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
periódicas na
Rede Mundial de
Computadores
visando obter
publicações
sobre a UC
Consultar
periodicamente
Identificar e divulgar
meios de
no entorno políticas
Subprograma de comunicação
públicas, parcerias e Gerência / Coordenação de
Incentivo às para atualização
editais que podem Visitação e Integração com o
Alternativas de de informações;
ser acessados pelas Entorno / Conselho Consultivo
Desenvolvimento Usar mídias de
organizações e
abrangência
moradores
regional para
divulgação
Orientar
pesquisadores
quanto a normas
Programa de e procedimentos
Promover a pesquisa Pesquisa e para realização Gerência / Coordenação de
científica na UC Monitoramento de pesquisas; Pesquisa e Monitoramento
Ecológico Oferecer apoio
logístico aos
pesquisadores,
quando possível
Tomar como
Subprograma de base o
Organizar escalas de
Administração e planejamento Gerência
trabalho
Manutenção mensal (metas e
atividades)
Realizar reuniões Subprograma de Seguir manual de Equipe da UC

294
PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL
Meses
O QUE Programa COMO QUEM
J F M A M J J A S O N D
periódicas de Administração e organização e
planejamento, Manutenção procedimentos
monitoramento e
avaliação
Implementar práticas
Seguir
gerenciais para
Programa de recomendações
melhoria contínua do
Qualidade no do Programa de Gerência
desempenho dos
Serviço Público Qualidade do
processos finalísticos
Serviço Público
e de suporte
Número de ações planejadas = 200 21 24 26 21 22 25 22 24 24 24 23 22

295
4. MANUAL DE ORGANIZAÇÃO E PROCEDIMENTOS

296
296
4.1. APRESENTAÇÃO
Uma vez aprovado o Plano de Manejo, o desafio é alcançar na prática as metas propostas
para os objetivos pretendidos e avançar na direção da visão de futuro e missão da UC. As
ações previstas nos Programas de Manejo variam em termos de sua complexidade e
exigirão processos de detalhamento de ações específicas de execução, checagem e
aperfeiçoamento. Para o sucesso da implementação do planejamento é necessário girar o
ciclo PDCA, passando da fase do Planejar para as fases do Desenvolver as ações
planejadas, Checar o resultado das ações e o desempenho da execução do plano e Agir
corretivamente corrigindo eventuais desvios de percurso, iniciando um novo ciclo. Isto exige
uma equipe capacitada, organizada, motivada, comprometida e com recursos materiais e
humanos suficientes para executar as tarefas planejadas.

O objetivo deste Manual é fornecer caminhos à equipe gestora do PESOB para a execução
da estratégia através da operacionalização dos procedimentos necessários para que o
sistema de gestão funcione e dê resultados para a melhoria do desempenho da UC. São
apresentadas as orientações para se organizar o uso público e sugeridas normas para as
diversas modalidades de uso previstas na UC. As normas descrevem detalhadamente
parâmetros importantes a serem considerados pelo órgão gestor a fim de se resguardar
legalmente e garantir qualidade e segurança tanto para o visitante como para o PESOB.

4.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL


São propostas para o PESOB quatro áreas ou unidades de competência atuando de forma
interligada: gerência e administração, pesquisa e monitoramento, proteção e manejo e
visitação e integração com o entorno (Figura 4.1), cada qual com funções e atividades
específicas, tendo no centro da organização a missão, a visão e os valores da UC.

Figura 4.1. Estrutura organizacional proposta para o PESOB.

297
Na fase atual da gestão, devido ao número reduzido de colaboradores, o que se tem na
prática é um grupo que executa junto as atividades na UC cada um focalizando ações mais
alinhadas com seu perfil e função. Com o desenvolvimento do Plano de Manejo a
organização irá crescer organicamente aumentando gradualmente a sua complexidade e
capacidade de ação. Neste cenário, cada área de competência deverá ter um ou dois
focalizadores que irão representá-la em reuniões com as demais áreas. A gerência e
administração é a base da organização e sustenta o funcionamento das demais áreas e por
isso sua estruturação deve ser prioritária na fase inicial do plano pois ela é que deve garantir
os recursos humanos, infraestrutura e equipamentos para que as demais áreas se
desenvolvam.

4.2.1. Funções das áreas de competência propostas para o PESOB


As áreas de competência servem para orientar a organização da força de trabalho para
implementação das atividades necessárias para a gestão da UC. A seguir têm-se as
principais atribuições de cada área. A partir destas pode-se estabelecer indicadores para
que cada área possa monitorar seu desempenho e progresso

GERÊNCIA E ADMINISTRAÇÃO

 Fazer a gestão global da UC.


 Administrar processos junto ao escritório regional e sede do IEF.
 Coordenar atividades administrativas, financeiras, recursos humanos e serviços de
manutenção do parque visando operacionalizar as demais áreas.
 Elaborar POA anual
 Negociar com proprietários de áreas no interior do Parque visando à regularização
fundiária;
 Planejar, orientar e monitorar atividades administrativas e referentes ao quadro de
funcionários.
 Gerenciar o sistema de informações geográficas da UC
 Coordenar o sistema de comunicação interno.
 Coordenar a execução das atividades de manutenção da frota de veículos,
manutenção dos equipamentos, infraestrutura, estrutura e atividades de serviços
gerais do PESOB.
 Monitorar o cumprimento de metas visando às pontuações pré-estabelecidas no
Programa de Qualidade do Serviço Público
 Firmar e acompanhar convênios e parcerias
 Garantir atividades de capacitação da equipe da UC

PESQUISA E MONITORAMENTO

 Monitorar e disponibilizar pesquisas realizadas na UC


 Emitir pareceres para aprovação de projetos de pesquisa cientificas
 Apoiar atividades de campo dos pesquisadores
 Disponibilizar informações sobre o parque para subsidiar a pesquisa cientifica

298
PROTEÇÃO E MANEJO

 Planejar, orientar e monitorar atividades referentes à fiscalização, prevenção e


combate a incêndios;
 Implementar as atividades de fiscalização e vigilância no parque e entorno.
 Implementar as ações de monitoramento e recuperação de trilhas;
 Realizar vistoria e emitir pareceres técnicos, combater as práticas ilegais contra o
meio ambiente, entre outros.
 Implementar projetos de recuperação e controle de processos erosivos;
 Implementar ações de remoção de espécies exóticas.

VISITAÇÃO E INTEGRAÇÃO COM ENTORNO

 Promover ações periódicas com o entorno buscando a co-responsabilidade da


comunidade com a proteção do parque e sua zona de amortecimento;
 Garantir a representatividade das comunidades e dos diversos segmentos da sociedade
na gestão do PESOB
 Divulgar o PESOB através de comunicação formal (rádio, cartilhas, reuniões, folders,
etc.);
 Incentivar o desenvolvimento de atividades artesanais e de turismo local;
 Organizar e implementar as atividades de recreação, educação e interpretação
ambiental nos diversos atrativos do Parque.
 Realizar, coordenar e participar de campanhas regionais voltadas para a educação
ambiental.
 Desenvolver materiais para interpretação e educação ambiental
 Promover e realizar palestras, oficinas educativas e blitz ecológica.
 Integrar as ações de educação ambiental promovida pelos parceiros locais.
 Planejar, organizar e supervisionar as atividades de uso público assegurando que todas
as tarefas sejam executadas dentro das normas e políticas estabelecidas pelo parque.

4.3. IMPLEMENTANDO, MONITORANDO E APERFEIÇOANDO A ESTRATÉGIA

A partir da compreensão das estratégias (objetivos, indicadores, metas e ações) e das


orientações propostas nos Programas de Manejo devem ser elaborados os Planos
Operativos Anuais (POA), detalhando as metas e tarefas do ano. A execução do POA por
sua vez exigirá ações mensais, semanais e diárias e devem ser monitoradas e avaliadas
através de indicadores pré-definidos, sistemas de gestão à vista e reuniões periódicas, para
que possa haver a rápida correção de possíveis desvios. Anualmente deve ser feita a
avaliação geral do desempenho e uma apreciação pela equipe das atividades, resultados e
aprendizados visando a melhoria da gestão como um todo no próximo ciclo anual. Para que
tudo isto aconteça é necessário um grupo de pessoas motivado e determinado.

299
Para orientar a execução dos inúmeros processos necessários para potencializar o
processo de gestão descrito acima e rodar o ciclo PDCA no dia-dia da UC, é proposto o
modelo desenvolvido por Croft (1991; 2011) e detalhado em Simas (2013) e RDDB (2015)
(Figura 4.2). O modelo baseia-se no pensamento sistêmico aplicado a sistemas vivos
(Bateson, 2000; Bertalanfy, 2012; Bohmm, 1996) e na gestão de organizações que
aprendem (Senge, 1990; Scharmer, 2009) e em princípios Paulo Freirianos (Freire, 1974),
tendo sido desenvolvido para apoiar projetos para a sustentabilidade comunitária,
mostrando-se bastante adequado para o manejo adaptativo e gestão de UCs. Busca-se
alcançar um clima organizacional, a partir de processos de comunicação colaborativa
(Simas, 2013) que favoreça a liberação da sabedoria coletiva e promova a capacidade de
adaptação e rápida realimentação (feedback), permitindo que indivíduos, grupos, empresas,
comunidades e órgãos do governo se ajustem de forma criativa e positiva às situações de
mudanças rápidas e potencialmente caóticas.

Figura 4.2. Modelo sistêmico proposto como mapa orientador para o desenvolvimento dos
processos de gestão do PESOB (adaptado de Croft, 1991).

Assim como o PDCA são descritas quatro etapas para o ciclo de um projeto: Sonhar,
Planejar, Realizar e Celebrar (Tabela 4.1). A diferença é que o modelo proposto por Croft
inclui e destaca a importância dos fluxos entre indivíduo – ambiente e teoria-prática para o
sucesso de qualquer ação, desde uma simples tarefa até um planejamento complexo.

O modelo é composto por doze etapas e tem início na fase do Sonhar com a tomada de
consciência pelo indivíduo sobre o que se deseja alcançar, seguida pela motivação e coleta
de informações. A partir disto tem-se a fase do Planejar onde se deve considerar

300
alternativas possíveis para se realizar o sonho é definida a estratégia. Antes de colocar a
estratégia em prática é importante e feito um teste para checar se a estratégia está correta.
Na fase do Realizar tem-se a implementação e administração das estratégias planejadas
bem como o monitoramento do progresso das ações. O objetivo é garantir a atitude e o
comprometimento necessário da equipe em relação à execução do que foi planejado. A fase
do Celebrar consiste no retorno do ambiente para o indivíduo sendo consideradas as
habilidades adquiridas, os resultados transformadores obtidos.

Tabela 4.1. Descrição geral das fases do modelo de Croft e sua aproximação com o ciclo
PDCA
Fase Aproximação Descrição
com o PDCA
Momento de se criar a visão de futuro coletiva (sonho) do
Sonhar Planejar grupo em relação ao que se quer fazer e onde se quer
chegar com aquele projeto ou ação. Importante que todos
sejam ouvidos em relação ao que sentem que seria a
melhor forma de realizar a tarefa. O resultado desta fase é
a equipe unida, motivada e focada para iniciar o
planejamento em si.
Nesta fase o objetivo é que todos os envolvidos na
Planejar Planejar implementação da tarefa possam propor como deve ser
organizado o trabalho. Para isso é necessário se conhecer
o ambiente e considerar as alternativas possíveis. O
produto final é um plano de ação com as tarefas,
responsáveis, prazos, custos financeiros e uma equipe
consciente do que cada um precisa fazer, quando e como.
Esta é o momento de se passar da teoria para a prática e
implementar do plano. Requer uma dinâmica contínua de
Realizar Desenvolver gestão e monitoramento para que se possa ajustar a
Checar estratégia a tempo de se alcançar os resultados
esperados. É necessário identificar e monitorar
indicadores de desempenho com base em reuniões
periódicas e sistemas de gestão à vista para se
acompanhar os resultados e o andamento das atividades.
O resultado esperado é uma equipe comprometida e
proativa capaz de se auto gerir para alcançar os
resultados desejados.
Nesta etapa tem-se o retorno do ambiente para o
indivíduo. É a hora de reconhecer e celebrar o que cada
Celebrar Agir um aprendeu em termos de novas habilidades, avaliar o
grau de satisfação de cada um em relação ao processo e
identificar o que deve ser mantido e o que deve ser
melhorado em uma próxima atividade. Ao final, espera-se
uma equipe com alto grau de pertencimento de grupo,
mais capacitada e com mais discernimento e sabedoria
para seguir os próximos ciclos de ação. É a etapa que
conecta o realizar de volta ao sonhar permitindo que a
organização aprenda a partir de um nova tomada de
consciência de cada indivíduo que a compõem.

A Figura 4.3 apresenta a visão geral do processo de implementação do plano de manejo


com base no modelo de Croft, considerando um ciclo anual com o POA como instrumento
orientador da gestão.

301
Figura 4.3. Principais etapas e processos gerenciais para implementação do Plano de
Manejo organizados de acordo com as fases do Sonhar, Planejar, Realizar e Celebrar
(Adaptado de Croft, 1991).

4.3.1. Desenvolvendo processos de gestão


O modelo representa o fluxo de informação, matéria e energia por trás de todo processo,
ação ou projeto. Dever ser entendido como um mapa para orientar a equipe na realização
de ações bem sucedidas. A seguir são detalhados alguns processos organizados de acordo
com o modelo proposto em Croft (1991).

Círculo de criação de projetos


Este processo permite a construção rápida e participativa da visão futura compartilhada de
um grupo de pessoas em relação a um projeto ou ação. Inspirado no conceito de temas
geradores de Paulo Freire (Freire, 1974), é utilizada uma pergunta geradora que deve ser
respondida por cada um: “O qu pr s t r st t v u pr j t p r qu f v ê
p ss st r p t s t sf t p r t r p rt p ?”. O processo pode durar alguns
minutos ou algumas horas, a depender do tamanho do grupo e complexidade da tarefa.
Trata-se de um processo lúdico para maximizar a criatividade e ativar a inteligência coletiva
de um grupo e deve ser implementado como um jogo ou brincadeira. Para dar certo é
importante que o grupo acorde sobre o cumprimento de algumas regras:
 sentar em círculo;
 definir um guardião da memória que deverá anotar cada resposta;
 escolher um objeto para ser um “bastão da fala;
 só quem estiver com ele na mão pode falar;
 cada um só pode falar uma reposta por rodada e entrega o objeto para a pessoa da
direita;
 se não tiver nada a di er, di “passo” e passa o bastão a diante;

302
 não se pode justificar suas respostas ou querer interromper ou negar a reposta outro
membro do grupo;
 se alguém já falou algo que você ia dizer, celebre! Não repita o que já foi dito na
roda;
 o jogo acaba quando todos tiverem passado o bastão na mesma rodada

Na Figura 4.4 tem-se os 12 passos para realizar este processo.

Figura 4.4. Doze passos para se realizar um círculo de criação de projetos.

303
Processo para elaboração de POA
O POA é o instrumento para se traduzir as metas e ações previstas no Plano de Manejo em
metas anuais e mensais bem como definir todas as tarefas e necessidades para a
organização cumprir um ciclo anual de gestão. Portanto o primeiro passo é buscar nos
Programas de Manejo as metas previstas e orientações gerais. A tempestade de ideias no
passo 7 deve envolver todos os que irão realizar as tarefas e visa tornar o processo lúdico e
participativo, ativando a inteligência coletiva da equipe (Figura 4.5).

Figura 4.5. Processo para elaboração do POA.

304
Processo para realização de tarefas mensais
As tarefas mensais devem ter como base o POA. Portanto o primeiro passo é definir com
clareza a meta que se quer alcançar em um determinado mês (Figura 4.6).

Figura 4.6. Processo para realização de tarefas mensais.

305
Processo para realização de reuniões produtivas
São inúmeras as reuniões que precisa ser realizadas, tanto internamente para
acompanhamento das atividades como externamente à UC, como Conselho Consultivo,
comunidades do entorno e outros parceiros (Figura 4.7).

Figura 4.7. Processo para realização de reuniões produtivas.

Elaborando outros processos


Não existe uma única maneira de se elaborar um processo. Cabe aos membros da equipe ir
aperfeiçoando esta ferramenta e através do seu uso adquirir habilidades e empoderamento
para organização de suas rotinas de trabalho considerando o fluxo de 12 etapas. Maiores
informações sobre a utilização e elaboração de processos podem ser encontrados em Croft
(2011a, 2011b e 2011c) e em RDDB (2015). O primeiro passo é ter clareza do processo que
se quer executar e dos resultados esperados.
Exemplo: Processo para elaboração de press release
O Subprograma de Relações Públicas prevê diversas ações para que a UC construa a sua
imagem e mantenha um processo ativo de comunicação com os diversos públicos. Uma das
ações previstas é a elaboração de releases para veiculação em mídias impressas locais e
regionais (Figura 4.8).
1. Como vamos aumentar o nível de consciência dos indivíduos para implementação do
processo? R: esclarecer qual o resultado esperado com o release a ser elaborado
2. Como podemos motivar os indivíduos envolvidos? R: buscar exemplo de releases
bem elaborados e que despertam motivação
3. Como vamos coletar as informações necessárias para o processo? Quais
informações são importantes? R: selecionar e organizar material de base
4. Quais são as alternativas possíveis para realização do processo? R: contactar os
veículos para onde será enviado o release, definir prazos e formatação.
5. Como, o que, onde e quando as ações serão realizadas? R: definir
responsabilidades e prazos para elaboração do release.

306
6. Como podemos testar a estratégia para saber se vai dar certo? R: solicitar que
outras pessoas leiam e revisem o texto elaborado.
7. O que é preciso fazer para colocar o plano em ação? R: enviar release no prazo.
8. Quais as ações de administração devem ser feitas ao longo da execução do
processo? R: acompanhar a publicação nos veículos.
9. Como vamos saber se o processo está sendo eficiente? R: identificar se os
resultados pretendidos com o release foram alcançados.
10. Como podemos garantir que haja aprendizado de novas habilidades no processo? R:
organizar clipping com os releases publicados pela equipe e avaliar melhorias na
qualidade.
11. Como vamos verificar as transformações provocadas pelo processo? R: consultar a
opinião da equipe, parceiros e usuários sobre as notícias veiculadas pelo do PESOB.
12. Como vamos garantir que os aprendizados melhorem a forma de realizar o
processo? R: implementar sugestões para melhoria.

Figura 4.8. Processo para elaboração de press release.

307
4.3.2. Acompanhamento de ações
O acompanhamento da implementação exige organização sistemática das informações para
que se possa fazer o monitoramento e ajustes da estratégia implementada. É importante
que a UC tenha um sistema informatizado onde os coordenadores de área possam listar as
tarefas planejadas, indicar se foram ou não realizadas, descrever os resultados alcançados
e propor ações para melhoria. Tais informações são essenciais para as reuniões de
acompanhamento e avaliação da aprendizagem da estratégia. Para isto, será
disponibilizada em meio digital um modelo de planilha para uso pela equipe gestora.

Reuniões de Acompanhamento e Avaliação

Kaplan e Norton (2008) propõem a realização de 3 modelos de reuniões nas fases de


Checar e Agir do ciclo PDCA (Tabela 4.2): i) Reuniões para análise da operação; ii)
Reuniões para análise da estratégia e iii) Reuniões de aprendizado da estratégia.

Tabela 4.2. Resumo das três reuniões gerenciais de monitoramento da gestão do PESOB

Tipo de Reunião
Tópicos
Análise das
Análise da estratégia Aprendizado da estratégia
operações
Status das ações, projetos e
programas planejados e
Status das ações, Status das ações,
resumos financeiros mensais
projetos e projetos e programas
Necessidades Indicadores e Metas
programas planejados e resumos
de estratégicas atualizadas,
planejados e financeiros mensais
Informações Estudos analíticos sobre as
resumos financeiros Indicadores e Metas
hipóteses estratégicas, análises
mensais . estratégicas atualizadas.
das condições externas e das
estratégias emergentes.

Periodicidade Mensal. Trimestral . Anual.

Gerência, pessoal chave


Gerência, pessoal Gerência, pessoal chave das
das coordenações,
Participantes chave que coordena coordenações representantes
representantes do
as operações. do Conselho Consultivo.
Conselho Consultivo.

Teste e adaptação da
Questões sobre
Identificar e resolver estratégia com base em
implementação da
problemas análises causais, mudanças no
Foco estratégia, progresso
operacionais. ambiente externo, estratégias
das iniciativas
emergentes e desenvolvimento
estratégicas.
de novas tecnologias.

Incrementar ou transformar a
Responder a estratégia; desenvolver planos
problemas de curto estratégicos e operacionais;
Sintonizar a estratégia,
prazo e promover definir metas estratégicas;
Objetivo fazer correções a meio
melhorias aprovar verbas para iniciativas
percurso.
contínuas. estratégicas e outras grandes
despesas discricionárias.

Fonte: adaptada de Kaplan & Norton (2008).

308
i) Reuniões de Análise da Operação
As reuniões de análise da operação analisam o desempenho no curto prazo e tratam de
problemas recentes que exigem a atenção imediata. Analisam o desempenho das
coordenações através dos indicadores e das metas previstas no plano de manejo. Avalia-se
a execução das atividades operacionais propostas no plano de manejo, nos projetos
específicos e no Plano Operacional Anual - POA, bem como o desempenho na execução
dos recursos financeiros disponíveis. A princípio recomendamos que essas reuniões sejam
mensais, mas com o tempo a equipe de gestão poderá ajustar a frequência das reuniões a
seus ciclos operacionais (Kaplan & Norton, 2008).

Essas reuniões devem ser breves, altamente focadas e voltadas para a ação. Os dados e os
gráficos de acompanhamento de metas devem estar disponíveis e serem enviados com
antecedência para todos que irão participar da reunião. Os participantes deverão analisar de
antemão os relatórios e dados enviados de modo a dedicar o tempo que passam juntos a
análises, soluções de problemas e tomada de decisões. Os grandes objetivos dessas
reuniões são resolver problemas recentes e aprender com os dados operacionais (Kaplan &
Norton, 2008).

As reuniões de análise da operação consistem no acompanhamento da implantação do


Plano de Manejo e devem ser registradas em atas para permitir a execução das demais
reuniões de análise da estratégia e de teste e adaptação da estratégia. Para facilitar a
realização dessas reuniões sugere-se seguir os procedimentos descritos na Tabela 4.3.

309
Tabela 4.3. Procedimentos para reuniões de análise da implantação do Plano de
Manejo.

Monitoramento e avaliação do alcance das metas estabelecidas no plano


de manejo.
QUÊ
Verificação da situação de execução das ações estratégicas descritas no
plano de manejo e desdobradas em tarefas no POA.
QUEM Gerência da UC, coordenadores e técnicos operacionais
QUANDO Mensalmente conforme cronograma de reuniões de acompanhamento.
Cada participante deve disponibilizar com antecedência os seus resultados
seguindo a sequência:
 meta;
 plano de ação proposto (POA);
 situação de implementação das tarefas listadas no POA (ações
tomadas, ações em atraso, ações previstas, etc.);
 resultados obtidos até o momento;
Caso a situação de implementação do POA não esteja adequada: ações
em atraso, ações consideradas desnecessárias deve-se apresentar:
COMO  a análise das causas relacionadas ao problema e,
 as propostas de ações corretivas necessárias.
Caso os resultados obtidos até o momento sinalizem ou evidenciem o não-
atingimento da meta, devem ser apresentados:
 a análise realizada com seu grupo sobre o não-atingimento ou
superação da meta, bem como as causas encontradas;
 o novo plano de ação (atualização do POA) proposto para garantir o
atingimento das metas.
 Debate-se se as soluções apresentadas para os problemas são
suficientes ou se há necessidade de novas ações.
- Assegurar a implementação das ações propostas.
- Promover a comunicação entre os diversos setores da UC.
POR QUÉ
- Registrar, analisar e discutir as ocorrências e dificuldades encontradas
possibilitando uma reflexão sobre a Gestão Estratégica da UC.
ONDE No local onde estiver o painel de gestão à vista da UC.

ii) Reuniões de Análise da Estratégia


Nessas reuniões, os gestores das UCs e o conselho consultivo se juntam para
monitorar e discutir o progresso da estratégia proposta. De modo geral, não se
questiona a validade da estratégia. As discussões se concentram em se a execução
da estratégia está no rumo certo, identificam-se os entraves à execução bem sucedida
de estratégia, detectam-se onde as dificuldades na implementação ocorrem,
identificam as causas dos problemas, adotam providências para eliminar esses
obstáculos e definem responsabilidades para a o alcance dos resultados almejados.
Os participantes devem ser o chefe da unidade, os coordenadores e membros do
conselho consultivo (quando necessário). Como nas reuniões de análise da operação,
o tempo dos participantes não deve ser desperdiçado com apresentação de relatórios.
Estes devem ser disponibilizados de antemão para todos os participantes, o que
permitirá que eles se concentrem no debate de questões importantes, na resolução de
problemas e na proposição de planos de ação para correção de rumos. Os gráficos de
acompanhamento de metas para os indicadores estratégicos devem ser divulgados
antecipadamente para promover o afloramento nítido de questões referentes à
implementação da estratégia e criar condições para que os gestores explorem dados
operacionais minuciosamente, antes da reunião, a fim de compreender as possíveis
causas do mau desempenho (Kaplan & Norton, 2008).

310
Nos primeiros anos de implementação do plano de manejo e consequentemente do
balanced scorecard – BSC deve-se estimular uma ampla discussão sobre os seus
indicadores em cada reunião de análise da estratégia.

A princípio recomenda-se que as reuniões de análise da estratégia sejam realizadas


trimestralmente. Com o tempo, a equipe poderá ajustar essa frequência de acordo
com as suas necessidades. O grande objetivo será avaliar o desempenho recente da
estratégia e fornecer orientação contínua para a sua implementação

Para facilitar a realização dessas reuniões sugere-se seguir os procedimentos


descritos na Tabela 4.3.

Tabela 4.3. Procedimentos para realização das reuniões de análise da estratégia.

QUÊ Análise crítica da execução da estratégia


Gerência da UC, responsáveis pelas ações estratégicas,
QUEM
representantes do Conselho Consultivo
QUANDO Trimestralmente
Cada participante (responsável por um Objetivo Estratégico) deve
apresentar o resumo do desempenho dos Objetivos Estratégicos sob
sua responsabilidade:
 o objetivo estratégico;
 a sua meta;
 atividades estratégicas propostas;
 a situação de implementação das atividades estratégicas (ações
tomadas, atividades em atraso, atividades previstas, etc.);
 os resultados obtidos até o momento;
COMO  as ações tomadas para correção e adequação dos rumos
durante as reuniões de monitoramento;

O grupo deve analisar ainda de forma sistêmica o desempenho


global da UC através do conjunto de indicadores estratégicos listados
no painel de gestão à vista;
Dificuldades encontradas durante a implementação das ações e
acompanhamento das metas deverão ser analisadas para verificar
necessidade de alterações na metodologia.

Realizar o acompanhamento da execução da estratégia do Plano de


POR QUÉ
Manejo.

311
iii) Reuniões de Aprendizado da Estratégia
O Mapa Estratégico e o Balanced Scorecard – BSC explicitam as hipóteses
interligadas subjacentes à estratégia do PESOB. Porém, mesmo com um bom mapa
estratégico e um bom BSC, o sucesso da estratégia ainda é incerto. Além da
capacidade de executar a estratégia, nada garante a validade das premissas e das
hipóteses estratégicas básicas. Devemos relembrar que a formulação da estratégia
continua sendo uma arte, que ainda não se converteu em ciência. No entanto, o uso
do BSC permite que a gerência use os dados dessa ferramenta para analisar
periodicamente se as hipóteses da estratégia continuam válidas (Kaplan & Norton,
2008).

Essa análise da validade é diferente das avaliações das operações e da


implementação da estratégia realizadas nas reuniões recomendadas anteriormente. O
propósito das reuniões de aprendizado da estratégia é proporcionar condições para
que a equipe gestora aprenda sobre a validade da estratégia – não só sobre a
execução – e modifique e adapte a estratégia ao longo do tempo. Essa representa a
quinta fase do Sistema de ciclo fechado de gestão da estratégia.

A cadeia de hipóteses interligadas do mapa estratégico e do BSC bem formulados


geralmente começa com a perspectiva de aprendizado e crescimento. Assume-se que
a realização de objetivos estratégicos referentes ao capital humano, ao capital
informacional e ao capital organizacional acarretará melhorias nos processos
estratégicos críticos. As premissas seguintes são de que a excelência no desempenho
desses processos estratégicos desenvolverá e cumprirá a proposta de valor almejada
para os usuários e para o ambiente e impulsionará melhorias na produtividade, o que
se refletirá na perspectiva financeira. Assim, o mapa estratégico bem elaborado, com o
correspondente BSC, compõe um conjunto interligado e abrangente de pressupostos
sobre como a estratégia gerará e sustentará valor duradouro para usuários e para o
meio ambiente.

No entanto, pode ocorrer que as premissas em que se baseiam o mapa estratégico e


o BSC estejam obsoletas e tenham perdido a validade. Nesse caso, o Plano de
Manejo estará operando com uma estratégia inadequada, sobretudo se tiverem
ocorrido mudanças nos ambientes macroeconômico, político, regulatório e tecnológico
desde a criação ou última revisão da estratégia. Portanto, deve-se, pelo menos
anualmente, realizar reuniões para analisar o desempenho da estratégia e considerar
as consequências de mudanças no ambiente externo. Essa reunião deve seguir os
mesmos passos demonstrados para a elaboração da estratégia (Kaplan & Norton,
2008)

O produto da reunião de aprendizado da estratégia pode ser a revalidação da


estratégia em curso, caso em que a equipe gestora atualiza metas, reformula algumas
das prioridades de ação dentro dos programas temáticos e transmite novas
expectativas de desempenho para as coordenações. Pode ocorrer também da equipe
gestora constatar que sua estratégia tem falhas significativas ou se tornou obsoleta.
Nesse caso, se deve retroceder para o processo de desenvolvimento da estratégia, a
fim de elaborar uma nova estratégia transformacional. Isso implicará na revisão mais
aprofundada do plano de manejo. Ao testar e avaliar a atual estratégia, a equipe
gestora deve considerar as mudanças nas condições externas e internas e avaliar se
essas mudanças exigem a substituição ou apenas a adaptação da estratégia ao novo
contexto.

No futuro, com o acúmulo de dados sobre medição do desempenho será possível


examinar estatisticamente os elos entre melhorias nas perspectivas do BSC. O mapa
estratégico estabelece hipóteses de melhorias nos indicadores de aprendizado e

312
crescimento, que geram aprimoramento nos indicadores de processos internos, os
quais, por sua vez, resultam em avanços nos indicadores das perspectiva dos
usuários e do ambiente. Assim será possível realizar testes estatísticos formais das
relações causais previstas como hipóteses no BSC (Kaplan & Norton, 2008).

Deverão participar da reunião de aprendizado da estratégia a gerência da UC, os


funcionários e representantes do Conselho. Se constatar-se a necessidade de
formulação de uma nova estratégia e consequentemente uma revisão aprofundada do
plano de manejo, a proposta final de revisão deverá ser enviada para aprovação do
IEF.

Supervisão em duplas
A implementação das tarefas requer um gerenciamento cuidadoso do tempo, estresse
e recursos. Esta fase pode envolver a cuidadosa coordenação do trabalho de muitas
pessoas. Para alcançar os objetivos do projeto, na gestão e administração, muitas
vezes se requer um processo de supervisão. Para tanto propõe-se um processo de
supervisão em duplas na qual os participantes se revezam no papel de supervisor e
supervisado. Este processo permite que haja maior integração da equipe, capacidade
de auto-organização e dispensa o papel de um supervisor que controla todas as
atividades da organização.

O primeiro passo neste processo é definir dentro da equipe os pares para supervisão e
explicar o objetivo e procedimentos deste processo. A dupla se encontra em horário e
local mutuamente satisfatório com uma frequência semanal ou quinzenal. Inicialmente
uma pessoa assume o papel do supervisor e faz 12 perguntas para o supervisado
anotando as repostas em uma folha de papel que será entregue ao supervisado.
Depois trocam de papel e é hora da primeira pessoa responder as perguntas e receber
depois sua folha com as respostas.

Perguntas para a supervisão:


1. Você conseguiu executar as tarefas previstas em seu plano de ação? Em caso
negativo, esta tarefa ainda deve ser realizada?
2. Qual tarefa você espera concluir até a nossa próxima reunião?
3. Quem deve estar envolvido? Quem são os interessados nessas atividades?
4. Como você pode garantir o envolvimento das pessoas necessárias?
5. Quais são os recursos (humanos, logísticos e financeiros) que são necessários
para que você possa completar a tarefa?
6. Como estes recursos serão obtidos? Como deveria ser realizado o trabalho? Quais
são os melhores processos para esta parte do projeto?
7. Até quando a tarefa deve ser concluída? Quando deve começar?
8. Como você pode tentar sabotar, se distrair ou impedir a si mesmo de alcançar as
tarefas?
9. Como você pode evitar de se sabotar? Que tipo de apoio você precisa? Onde os
produtos do trabalho devem ser entregues? Onde o trabalho pode ser melhor
feito?
10. O processo de supervisão em duplas tem ajudado a cumprir as tarefas? Como?
11. Como você tem comunicado à equipe o desempenho das suas tarefas?
12. Quando e onde podemos nos encontrar de novo? Como você se sente agora?
Existe alguma coisa que você precisa acrescentar?

Gestão à vista

Para facilitar o acompanhamento dos resultados obtidos propõe-se a utilização de


gráficos de acompanhamento de metas e o painel de gestão à vista, ferramentas já
utilizadas por outras UCs Estaduais (Figura 4.9). Trata-se de uma forma de

313
comunicação visual contendo as áreas de competência (proteção e manejo, gerência
e administração, visitação e integração com entorno), os indicadores e o plano de
ação para o gestor monitorar e avaliar o desempenho da equipe no manejo eficaz do
parque.

INDICADORES DE DESEMPENHO
PARQUE ESTADUAL DO BRIGADEIRO

INTEGRAÇÃO COM ENTORNO PROTEÇÃO AMBIENTAL MANEJO ADMINISTRATIVO

Missão: proteger o patrimônio natural e cultural do maior conjunto de maciços montanhosos e pontões
com Mata Atlântica e campos de altitude em Minas Gerais, conciliando fins científicos, educativos e
ecoturísticos e contribuindo para o processo de integração das comunidades do entorno.

Figura 4.9. Exemplo de painel de gestão à vista utilizado no Parque Estadual da


Serra do Brigadeiro (PESB), MG.

A Figura 4.10 demonstra o modelo de gráfico de acompanhamento de metas. A linha


pontilhada representa as metas e as barras, o valor realizado. Quando a meta não é
atingida a barra assume a cor vermelha, o que demonstra a necessidade de tomada
de ações corretivas imediatamente. Quando a meta é atingida, a barra assume a cor
verde. Periodicamente a meta planejada é confrontada com o valor realizado, o que
determina a tomada ou não de ações corretivas.

314
Figura 4.10. Exemplo de gráfico de acompanhamento de metas do Plano de Manejo.

Os gráficos de acompanhamento de metas para os resultados estratégicos devem ser


reunidos no chamado painel ou quadro de gestão à vista (Figura 4.11).

Figura 4.11. Painel de Gestão à Vista utilizado no PESB.

315
Gestão à vista de processos
Uma outra possibilidade é utilizar sistemas de mapeamento do progresso dos
processos em andamento. Para tanto as ações são expostas na forma de um tabuleiro
de jogo que indica o início e o fim da atividade (Figura 4.12). As tarefas e
procedimentos planejados para um determinado período são colocados no tabuleiro
de acordo com a sua natureza em relação aos doze passos do modelo de Croft sendo
identificadas o prazo e os responsáveis pela conclusão da tarefa. As tarefas que
envolvem apenas a equipe responsável são colocadas mais à esquerda (interno)
enquanto tarefas que envolvem relação com atores externos é são colocadas mais à
direita (externo). Cada tarefa é representada por círculo vazio e são estabelecidas as
conexões entre tarefas. Cada círculo deve conter ao menos uma linha chegando e
outra saindo.

Conforme o plano é executado cada responsável indica que a tarefa está iniciada
preenchendo parcialmente o círculo correspondente à tarefa. Círculos totalmente
preenchidos indicam que a tarefa foi concluída. Este sistema pode ser usado em
diferentes escalas temporais de planejamento e permite que todos visualizem como
está o status de cada tarefa no fluxo, permitindo verificar o plano está sendo
executado dentro dos prazos propostos. Também é possível identificar tarefas e
caminhos críticos (com muitas conexões) e quais tarefas são interdependentes.
Maiores informações sobre a construção e uso desta ferramenta são descritos em
RDDB (2015).

Figura 4.12. Exemplo de tabuleiro para gestão à vista do fluxo e status de tarefas ao
longo da implementação de um planejamento (RDDB, 2015).

316
Fluxo dos principais processos de gestão à vista

Atualizando e divulgando resultados


O QUE COMO QUEM

Levantar os dados e
atualizar as informações no
Incluindo no gráfico de itens de controle do
quadro de gestão a vista
gerenciamento da rotina os respectivos Responsáveis
itens de controle das metas relacionados ao pelas Metas
produto afim.

Consolidar status das Elaborando e atualizando mensalmente o


Responsáveis
metas status das metas do gerente e responsáveis
pelas Metas
pelos serviços.

Atualizar e divulgar os Disponibilizando informações no Painel de


resultados Gestão à Vista. Gerente da
Unidade de
Comunicando à equipe do parque nas Conservação
reuniões gerenciais.
Fim

Acompanhando os resultados das metas

O QUE COMO QUEM

Elaborar agenda de reuniões Preparar e divulgar o calendário contemplando


de acompanhamento Gerente da Unidade
reuniões, com base na agenda anual das
de Conservação
reuniões de desempenho da UC.

A pauta mínima das reuniões de


Definir pauta mínima Gerente da Unidade
acompanhamento deve conter os itens de
de Conservação
controle e metas do plano de manejo.

As reuniões devem ser conduzidas


Realizar reuniões de observando:
acompanhamento dos - as metas apresentadas com auxílio de Gerente da Unidade
resultados gráficos. de Conservação
- as pendências registradas em ata padrão
com indicação de responsável e prazo.

317
Realizar reunião semestral
para análise crítica das
metas Nessa reunião devem ser apresentados o
Gerente da Unidade
status das metas e os respectivos planos de
de Conservação
ação que irão suportar o alcance das metas.

Fim

Avaliando o sistema de gerenciamento do parque

O QUE COMO QUEM

Avaliar a eficácia do
sistema de monitoramento Acompanhando os resultados dos itens de
de resultados controle:

Gerente da Unidade de
Porcentagem de alcance das metas Conservação
(realizado x previsto)
Porcentagem de execução das ações dos
planos de ação (realizado x previsto)
Fim

Identificando e tratando os desvios e boas práticas

O QUE COMO QUEM

Identificar os desvios e Desvio é quando a meta não estiver sendo


tratá-los Gerente da Unidade de
atingida. Deve ser identificada a causa e
Conservação
corrigido os rumos com planos de melhoria.

Padronizar as “boas-
práticas” Para as metas que obtiveram sucessos,
deverão ser elaborados procedimentos das
Gerente da Unidade de
ações executadas que permitiram o alcance
Conservação
dos itens de controle e, conseqüentemente,
da meta.
Fim

4.4. Como saber se uma UC é eficaz?


Para avaliar a efetividade de gestão das Unidades de Conservação, a Comissão
Mundial de Áreas Protegidas – CMAP da IUCN, propôs um modelo de referência,
composto por seis elementos que devem ser avaliados e dentro dos quais os países
devem procurar estabelecer seus programas de monitoramento e avaliação da gestão
das UCs (Figura 4.13). Apesar de concebido para uma escala de macroplanejamento,
este modelo e os parâmetros descritos a seguir são úteis para orientar a avaliação
anual de como a UC avança para uma gestão efetiva e de classe mundial. Esse
processo cíclico possibilita o manejo adaptativo do meio ambiente de forma a adequar

318
continuamente as práticas de manejo a partir dos resultados e experiências adquiridas
pela operação dos programas e planos.

Figura 4.13. Modelo de referência proposto para embasar os programas de


monitoramento da efetividade da gestão de UCs (HOCKINGS et al., 2000, 2006).

A seguir tem-se uma série de características que descrevem uma UC com um nível
máximo de desempenho e que podem ser úteis para se monitorar o progresso da
implementação do PESOB. A avaliação periódica de como a UC vem se aproximando
ou se distanciando deste cenário desejado pode resultar em aprendizados e
estratégias para a melhoria continua, dentro da lógica do manejo adaptativo.

Conhecimento do Contexto (onde estamos agora?):


 Os mecanismos para controle dos usos da terra e das atividades inadequadas
na UC existem e são implementadas de forma efetiva.
 Os funcionários possuem capacitação e recursos suficientes para implementar
a legislação e os regulamentos da unidade de conservação.
 As informações sobre habitats, espécies e valores culturais críticos da UC são
suficientes para apoiar o planejamento, as tomadas de decisões e a gestão da
UC e a coleta de dados esta sendo cumprida.

Planejamento Estratégico (onde queremos chegar?):


 Há plano de manejo aprovado e está sendo implementado.
 A unidade de conservação possui objetivos estabelecidos e é gerenciada para
que estes objetivos sejam alcançados.
 Há plano de trabalho, as ações são monitoradas em relação aos seus objetivos
e a maior parte ou todas as ações previstas são cumpridas.

319
Insumos suficientes (que recursos necessitamos?):
 Existe um programa integrado e abrangente de coleta de dados e trabalho de
pesquisa, relevante às necessidades de gestão da UC.
 O número de funcionários é adequado para as necessidades da gestão da
unidade.
 O orçamento governamental disponível é suficiente e alcança plenamente as
necessidades de gestão da unidade de conservação (maior que 80,1% das
necessidades).
 Há equipamentos suficientes e adequados para a gestão da unidade.
 Há instalações adequadas para a gestão da unidade.

Processos bem definidos (como fazemos?):


 A capacitação/treinamento está de acordo com as necessidades de gestão da
UC e com as necessidades programadas para o futuro.
 As informações necessárias para a gestão da biodiversidade e valores sócio-
culturais são conhecidas e estão sendo bastante ou totalmente consideradas
na gestão da UC.
 Há um programa efetivo de educação e sensibilização, vinculado aos objetivos
e às necessidades da UC.
 Há contato regular entre a administração da UC e os empreendedores do
entorno e a cooperação voltada à gestão é substancial.
 A unidade possui conselho legalmente constituído, é representativo dos
diferentes setores e a participação dos membros é efetiva.
 Há um bom sistema de monitoramento e avaliação da gestão da UC e está
bem implementado e utilizado na gestão.
 Há contato entre os gerentes e as operadoras de turismo e os visitantes tem
um programa de educação/interpretação ambiental.
 A manutenção dos equipamentos é preventiva e atende a todos os
equipamentos da UC.
 A manutenção das instalações é preventiva e atende a toda a UC.

Resultados Efetivos (quais os impactos?):


 A biodiversidade encontra-se em bom estado de conservação, existindo
programas para restaurar áreas degradadas,
 Os mecanismos de segurança são efetivos no controle de acessos à UC ou
seu uso, conforme os objetivos estabelecidos.
 A UC trouxe benefícios econômicos significativos às comunidades do entorno.
 Os limites da UC são conhecidos pelos responsáveis pela gestão e por
residentes locais e são adequadamente demarcados.
 O levantamento fundiário está concluído entre 80,1 e 100%.
 Receitas são coletadas e ajudam no apoio à unidade e, ou, a outras unidades
de conservação.

320
4.5. ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO DO PESOB
As orientações a seguir visam apoiar a elaboração do regulamento interno da UC e
regulamentos específicos para gestão de diferentes setores desta. Os casos não
previstos devem ser submetidos ao IEF para avaliação.

4.5.1. Uso de recursos da UC por órgão ou empresa público ou privado


Conforme indicam os artigos 46, 47 e 48 do Capítulo VII do SNUC, a instalação de
infraestruturas por órgão públicos ou privados no interior ou na zona de amortecimento
de uma UC de proteção integral, incluindo áreas particulares não indenizadas dentro
da UC, depende de anuência prévia do órgão gestor. Além disso, aqueles que se
beneficiam de recursos protegidos pela UC devem contribuir financeiramente para a
implementação da unidade.

No PESOB tem-se a utilização por empresas para comunicações (torres), captação e


abastecimento de água. Estes usos precisam ser regularizados e formalizados. A
utilização ou substituição da infraestrutura existente, novas implantações, ampliação
ou manutenção precisam ser autorizadas pelo órgão gestor. Deve ser elaborado
regulamento específico para buscar junto às empresas que se beneficiam do PESOB
formas de contrapartida para apoiar o funcionamento do Parque.

No caso específico do complexo de torres de comunicação no alto da Serra de Ouro


Branco, não é permitida a instalação de novas torres, no entanto é possível buscar a
otimização das já existentes com a instalação de novos equipamentos ou a
substituição das mesmas.

4.5.2. Dinâmica e fluxo de visitantes


A proposta de visitação para o Parque Estadual Serra do Ouro Branco tem como
objetivo distribuir o fluxo de visitantes pelos diferentes ambientes da UC de modo a
minimizar o impacto negativo sobre os lugares e estruturas, bem como, oferecer
experiências condizentes com a proposta de criação de uma área natural protegida. O
principal desafio a ser enfrentado pela gerência da UC será o de controlar o acesso ao
interior do PESOB, uma vez que existem dezenas de entradas possíveis. Tal tarefa,
apesar de difícil, poderá ser alcançada com o tempo, a partir do momento em que a
infraestrutura proposta for implantada e os procedimentos para manejo da visitação
forem aplicados.

Para controle dos acessos, existem basicamente três públicos, a saber:

(i) Turistas “comuns” – visitam a região pela primeira vez (portanto não conhecem o
local) ou já conhecem a região pontualmente. Público mais fácil de controlar pois
seguem a sinalização, buscarão as entradas oficiais ou estarão acompanhados de
agências, operadoras ou condutores ambientais da região;

(ii) Turistas / Visitantes “aventureiros” – mesmo que visitem a região pela primeira vez,
normalmente possuem muitas informações da região conseguidas a partir de
depoimentos de pessoas que visitaram o local, possuem mapas ou detalhes sobre
trilhas e atrativos e têm a tendência, muitas vezes, de buscar o novo, fugindo das
“regras” definidas para a visitação. dificuldade de controle desse p blico será maior,
porém, com o mapeamento das entradas mais utilizadas, das informações que
circulam na internet e com ações de sensibilização, o fluxo de visitantes com esse
perfil poderá ser controlado.

(iii) Moradores do Entorno – perfil de visitante mais difícil de controlar, uma vez que
conhecem os diferentes acessos ou estarão acompanhados de pessoas que
conhecem. Esse público muitas vezes é resistente a mudanças, sendo reticente a
alterações de hábitos ou costumes já consolidados. Somente com ações de
321
sensibilização e educação ambiental o público com esse perfil seguirá as normas de
visitação definidas pela UC. Os colaboradores da Unidade de Conservação,
moradores da região, terão papel fundamental na disseminação da informação e
sensibilização dos demais moradores. É importante que o acesso tradicional, quando
fechado, traga informações que justifiquem o fechamento como, por exemplo,
recuperação de área degradada ou conservação de lugares com grande fragilidade e
risco, etc.

A partir da rede de acessos identificada no interior do PESOB, das propostas de


implantação de estruturas para apoio à visitação e da oferta de recursos turísticos
disponibilizados ao público, recomenda-se, a seguir, uma dinâmica de visitação para a
Unidade de Conservação. Tal dinâmica baseia-se na existência de uma Portaria
(localizada na estrada do alto da Serra do Ouro Branco), nove Controles de Acesso
(Fazenda Esperança, Itatiaia, Olaria, Pé do Morro, Biquinha, Carretão RPPN Gerdau,
Lagoa Seca e Bela Vista) e três Postos de Fiscalização Avançada (Morro do Gabriel,
Água Limpa e Hargrives).

O cenário proposto a seguir o “ideal” ou pró imo disso, demandando infraestrutura e


pessoal para que possa operar em sua totalidade. No entanto, enquanto as estruturas
são gradualmente implementadas, é necessário que a UC possa gerir o fluxo de
visitantes minimamente. Neste sentido o primeiro passo é manter funcionários no
interior da UC, em pontos estratégicos como: i) trevo da MG-129 com a estrada do alto
da Serra; ii) Biquinha; iii) Trilha do Paredão e Acesso por Morro do Gabriel, orientando
os usuários. Outra medida é informar ao público através de meios de comunicação
disponíveis que o acesso oficial é pela estrada do alto da Serra e que outros acessos,
até que sejam estruturados, são considerados clandestinos.

Em um cenário ideal, a visitação no interior do PESOB se dará basicamente por três


acessos principais: rodovia estadual MG-129, estrada do alto da Serra do Ouro Branco
e estrada para Água Limpa. O fluxo principal passará pela rodovia MG-129, tanto no
sentido Ouro Branco / Ouro Preto, quanto o contrário, e alcançará o alto da serra pela
estrada que leva às torres de telecomunicação. Um fluxo menor de visitantes
alcançará o interior da UC pela estrada para Água Limpa e uma parcela ainda menor
entrará na Unidade de Conservação a partir dos controles de acesso distribuídos em
pontos estratégicos.

Diante dessas possibilidades recomenda-se que o visitante seja direcionado (por meio
da sinalização implantada e de informações disponibilizadas) para a Estrutura de
Recepção MG-129 onde encontrará a estrutura de acolhimento necessária para
planejar sua permanência no interior do PESOB. No local o visitante poderá utilizar
estruturas de sanitários, encontrar informações sobre o que fazer na UC, realizar
credenciamento, fazer compras no ponto de venda, deixar seu veículo para percorrer
trilhas e estradas a pé, em bicicleta ou a partir do transporte público (quando
implantado) ou seguir a visita a bordo do veículo próprio. Como as estruturas de
alimentação, Centro de Visitantes e atrativos de mais fácil acesso estarão ao longo da
estrada do alto da Serra do Ouro Branco, é possível prever que a maior parte do
público, ao deixar a Estrutura de Recepção, se deslocará para essa região da UC. A
passagem pela Portaria será realizada após o credenciamento, ficando a mesma
responsável apenas pelo controle de entrada e saída.

A entrada no PESOB a partir do Controle de Acesso da Biquinha também poderá


ocorrer com grande frequência. É desejável que o visitante passe antes pela Estrutura
de Recepção MG-129, porém, como está prevista a implantação da Trilha do
Andarilho e do Circuito Caminhos do Passado, parte do fluxo poderá alcançar a
entrada a partir da sede de Ouro Branco. Desse modo é importante que no local
também exista o procedimento de credenciamento e a comunicação direta com as

322
Estruturas de Recepção MG-129 e Antenas. Vale ressaltar que o acesso pela Biquinha
só será permitido a pé.

Outra entrada que poderá receber demanda expressiva de visitantes será a partir do
Controle de Acesso da RPPN da Gerdau, passando pela Trilha do Paredão, a partir da
sede de Ouro Branco. Nesse local, assim como na Biquinha, será fundamental o
mecanismo de credenciamento e a comunicação direta com as Estruturas de
Recepção. Recomenda-se que o visitante seja incentivado a reservar sua entrada
pelos acessos Biquinha e RPPN da Gerdau previamente, o que facilitará a gestão do
fluxo de pessoas no interior da UC. A entrada pelos demais acessos alternativos só
deverá ser permitida após comunicação com a gerência da UC.

Uma vez no interior do PESOB o visitante utilizará as estradas como corredores que
levarão aos atrativos (poços, cachoeiras, mirantes e demais estruturas). Ao longo das
vias o usuário encontrará nos Pontos de Apoio ao Visitante a estrutura de apoio para
estacionar veículos, se proteger de intempéries e utilizar sanitários, bem como, com a
implantação do sistema de transporte público, embarcar ou desembarcar. As
travessias guiadas ou autoguiadas deverão ser precedidas de autorização por parte da
gerência da UC. Da mesma forma o uso da área de camping e de estruturas das
Praças de Convivência (ex.: churrasqueiras).

Tendo em vista que os principais acessos de visitantes no interior do PESOB serão


realizados por (i) rodovia MG-129 com estrada do alto da Serra do Ouro Branco, (ii)
controle de acesso da Biquinha, na rodovia MG-129, e (iii) controle de acesso da
RPPN Luis Carlos Jurovsky Tamassia, na Trilha do Paredão, em Ouro Branco,
propõe-se, a seguir, uma dinâmica de visitação a partir de cada um desses pontos. Tal
dinâmica visa apresentar uma sequência lógica de visitação. O manejo do fluxo nas
demais entradas, onde existem controles de acesso e postos de fiscalização
avançados, estará, em sua maioria, facultado a uma atividade específica, como por
exemplo, uma travessia para caminhantes, e deverá seguir os parâmetros já definidos
neste documento.

Dinâmica de visitação proposta a partir da Estrutura de Recepção MG-129:

01 – Estrutura de Recepção MG-129


 O visitante que se desloca pela rodovia estadual MG-129 será direcionado para
essa estrutura, localizada às margens da MG-129, no entroncamento com a
estrada para o alto da Serra do Ouro Branco;
 Nesse local ele encontrará toda a estrutura necessária para organizar sua
visita no interior do PESOB.

02 – Estacionamento
 Espaço reservado aos veículos de passeio, vans, ônibus, motos e bicicletas;
 Sinalização indicando portaria, recepção, sanitários e demais estruturas;
 Os visitantes chegarão em veículos próprios, transporte público, bicicleta ou
mesmo a pé a esse local. Os visitantes em veículos próprios serão estimulados

323
a deixarem seu veículo no estacionamento e adentrarem ao PESOB a pé, em
bicicletas ou no transporte público (quando em operação). Caso queiram
realizar a visita a bordo dos veículos, poderão fazê-lo após o credenciamento.

03 – Recepção
 Primeiro contato com o usuário da UC, boas-vindas;
 Local de acolhimento do visitante;
 Ao entrar na Estrutura de Recepção o visitante será incentivado a conhecer o
espaço destinado a apresentação do PESOB, onde encontrará mapa com os
principais atrativos, atividades e estruturas, informações sobre horários e
regras para a visitação. No local existirá ainda estrutura de sanitários.

04 – Credenciamento
 O visitante verifica atividades, horários, preços, promoções e adquire ingressos
(caso se aplique);
 Na bilheteria recebe informações sobre equipamentos obrigatórios,
preenchimento de ficha de informações pessoais, termo de conhecimento de
riscos e procedimentos anteriores às atividades oferecidas no PESOB;
 Mesmo que a UC não venha cobrar ingressos dos visitantes é fundamental que
utilize dispositivo que identifique que o visitante passou pelo credenciamento,
ex. pulseira.
 Após o credenciamento o visitante estará apto para iniciar sua visita ao
PESOB. Caso prossiga em veículos próprio ou bicicleta, seguirá em direção à
Portaria; caso utilize o transporte público (quando em operação), seguirá até o
Ponto de Apoio ao Visitante; caso siga a pé, poderá se deslocar em direção à
Portaria ou para a trilha mais próxima.

05 – Portaria
 Local de controle do fluxo, não deverá funcionar como bilheteria ou
credenciamento de visitantes;
 Deverá efetuar cadastro do veículo do visitante ou conferir identificação de
veículo de morador cadastrado;
 Deverá conferir se o visitante passou pelo Credenciamento.

06 – Estruturas
 Após passagem pela Portaria o visitante se encaminhará a uma das estruturas
existentes, a saber: Estrutura de Recepção das Antenas, Centro de Visitantes,
Área de Camping, Espaço Ecumênico, Praça de Eventos, Praça de
Convivência, Pontos de Apoio e Mirantes; como preferir;
 O visitante deverá ser incentivado a ir até o Centro de Visitantes.

07 – Atrativos
 Após passagem pela Portaria e Estruturas (caso queira) o visitante se
encaminhará aos atrativos locais de banho, gruta, mirantes, trilhas, etc.

08 – Atividades
 Com base nas informações adquiridas na Recepção e no Credenciamento o
visitante se programará para participar de atividades, eventos, percursos
guiados que forem oferecidos pelo PESOB ou por terceiros;
 Entre as atividades autoguiadas estão as trilhas lineares, circuitos e travessias
no interior do PESOB.

324
09 – Serviços
 No interior do PESOB o visitante encontrará restaurante, loja de souvenires e
outros serviços que venham a ser oferecidos.

10 – Portaria
 Antes de deixar o PESOB o visitante passará pela Portaria para controle de
saída de veículos e pedestres.
 O visitante que por ventura tenha deixado seu veículo no estacionamento da
Estrutura de Recepção, queira ir ao banheiro ou mesmo adquirir um produto na
loja de souvenires antes de ir embora, retornará à Estrutura da MG-129.

Dinâmica de visitação proposta a partir do Controle de Acesso da Biquinha

01 – Ponto de Apoio ao Visitante (PAV) Biquinha


 O visitante que se desloca pela rodovia estadual MG-129 será direcionado para
a Estrutura de Recepção MG-129, entretanto, ele poderá estar a pé passando
pelo percurso proposto “Trilha do ndarilho”, poderá vir da “Trilha da opasa”,
ou mesmo poderá acessar o PESOB a partir da Biquinha. No último caso, será
aconselhado a deixar o veículo no estacionamento da Estrutura de Recepção
MG-129 e descer caminhando até a Biquinha ou, quando o transporte público
estiver implantado, utilizá-lo, descendo no PAV Biquinha;
 No Ponto de Apoio ao Visitante Biquinha o usuário do PESOB encontrará
estrutura de abrigo e sanitários para apoiar sua atividade pela Trilha do
Andarilho ou para acessar o alto da Serra do Ouro Branco.

02 – Controle de Acesso Biquinha


 Caso o visitante chegue ao local a pé ou de bicicleta, pela rodovia MG-129,
será o primeiro contato com a UC. Local de boas-vindas e acolhimento. Caso
chegue a partir da Estrutura de Recepção MG-129, provavelmente já terá
passado pela Recepção e Credenciamento;
 O Controle de Acesso da Biquinha terá, em menor escala, que cumprir o papel
de Recepção e Credenciamento, para atender os visitantes que desejarem
acessar ao alto da serra do Ouro Branco a partir do Circuito Caminhos do
Passado;
 No Controle de Acesso Biquinha o visitante será incentivado a conhecer o
espaço destinado a apresentação do PESOB, onde encontrará mapa com os
principais atrativos, atividades e estruturas, informações sobre horários e
regras para a visitação;
 O visitante verificará atividades, horários, preços, promoções e fará a aquisição
de ingressos (caso se aplique). Receberá informações sobre equipamentos
obrigatórios, preenchimento de ficha de informações pessoais, termo de
conhecimento de riscos e procedimentos anteriores às atividades oferecidas no
PESOB;
325
 Mesmo que a UC não venha cobrar ingressos dos visitantes é fundamental que
utilize dispositivo que identifique que o visitante passou pelo credenciamento,
ex. pulseira;
 Após o credenciamento o visitante estará apto para iniciar sua visita ao
PESOB;
 É fundamental que exista comunicação entre os Controles de Acesso, as
Estruturas de Recepção e a Portaria, para que o manejo da visitação ocorra de
forma eficiente.

03 – Estruturas
 Após passagem pelo Controle de Acesso Biquinha o visitante se encaminhará
a uma das estruturas existentes, a saber: Estrutura de Recepção das Antenas,
Centro de Visitantes, Área de Camping, Espaço Ecumênico, Praça de Eventos,
Praça de Convivência, Pontos de Apoio e Mirantes; como preferir;
 O visitante deverá ser incentivado a ir até o Centro de Visitantes;
 Como o acesso a partir da Biquinha será realizado a pé, a implantação do
transporte coletivo se fará ainda mais importante, pois o usuário poderá utilizar
o serviço na chegada ao Ponto de Apoio ao Visitante Gruta do Muro (tanto para
seguir rumo a área das antenas, quanto para retornar à rodovia MG-129).

04 – Atrativos
 O Circuito Caminhos do Passado tem início na Biquinha e passa por atrativos
relevantes do PESOB, entre eles, sítios arqueológicos, a Gruta do Muro e
mirantes. O acesso pela Biquinha pressupõe a passagem por esses atrativos
ou por parte deles;
 O visitante poderá utilizar o acesso comum ao Circuito apenas para alcançar a
estrada do alto da Serra do Ouro Branco e chegar aos demais atrativos da UC.

05 – Atividades
 Com base nas informações adquiridas no Controle de Acesso Biquinha o
visitante se programará para participar de atividades, eventos, percursos
guiados que forem oferecidos pelo PESOB ou por terceiros;
 O Circuito Caminhos do Passado poderá oferecer uma programação guiada,
incluindo a interpretação do antigo caminho e dos sítios arqueológicos. O
mesmo vale para o acesso à Gruta do Muro.

06 – Serviços
 No interior do PESOB o visitante encontrará restaurante, loja de souvenires,
transporte e outros serviços que venham a ser oferecidos.

07 – Portaria
 Antes de deixar o PESOB o visitante passará pela Portaria para controle de
saída;
 O visitante que acessou o PESOB pelo Controle de Acesso Biquinha poderá
retornar pelo mesmo local, não sendo necessário passar pela Portaria.

08 – Estrutura de Recepção MG-129


 O visitante que por ventura tenha deixado seu veículo no estacionamento da
Estrutura de Recepção, queira ir ao banheiro ou mesmo adquirir um produto na
loja de souvenires antes de ir embora, retornará à Estrutura da MG-129,
passando pela estrada do alto da Serra do Ouro Branco ou pela Trilha do
Andarilho.

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Dinâmica de visitação proposta a partir do Controle de Acesso RPPN da Gerdau:

01 – Controle de Acesso RPPN Gerdau


 É comum e até mesmo tradicional o acesso ao alto da Serra do Ouro Branco, a
partir da sede de Ouro Branco, passando pela Trilha do Paredão. Esse acesso
precisará ser dotado de estruturas que gerenciem o fluxo, bem como, ofereçam
mais conforto e segurança aos visitantes. Acima de tudo exigirá uma parceria
entre a RPPN Luis Carlos Jurovsky Tamassia, de propriedade da empresa
privada Gerdau, e o PESOB, gerenciado pelo Instituto Estadual de Florestas de
Minas Gerais, para que o manejo da visitação ocorra de forma eficiente;
 O controle de acesso será local de boas-vindas e acolhimento. O visitante será
incentivado a conhecer a RPPN (caso exista interesse por parte da UC
particular) e acessar o PESOB, a partir da Trilha do Paredão. No local
encontrará informações sobre ambas as UCs, mapas com os principais
atrativos, atividades e estruturas, informações sobre horários e regras para a
visitação;
 O visitante receberá informações sobre atividades, horários, preços,
promoções e poderá adquirir ingressos (caso se aplique). Receberá
informações sobre equipamentos obrigatórios, preenchimento de ficha de
informações pessoais, termo de conhecimento de riscos e procedimentos
anteriores às atividades oferecidas na RPPN e PESOB;
 O Controle de Acesso RPPN Gerdau terá, em menor escala, que cumprir o
papel de Recepção e Credenciamento, para atender os visitantes que
desejarem chegar ao alto da serra a partir da Trilha do Paredão;
 Mesmo que as UCs não venham cobrar ingressos dos visitantes é fundamental
que utilizem dispositivo que identifique que o visitante passou pelo
credenciamento, ex. pulseira;
 Após o credenciamento o visitante estará apto para iniciar sua visita à RPPN
(caso autorizado) e PESOB;
 É fundamental que exista comunicação entre os Controles de Acesso, as
Estruturas de Recepção e a Portaria, para que o manejo da visitação ocorra de
forma eficiente.

02 – Atrativos
 A Trilha do Paredão terá início no Controle de Acesso RPPN Gerdau e subirá a
serra passando por pontos de descanso e mirantes. No alto da Serra do Ouro
Branco o visitante poderá optar pela visita aos diferentes atrativos disponíveis,
trilhas, circuitos e travessias;
 Antes de iniciar a subida propriamente dita da Trilha do Paredão o visitante
poderá conhecer a região destinada ao uso público da RPPN Luis Carlos
Jurovsky Tamassia, caso seja de interesse da empresa proprietária.

03 – Estruturas

327
 Após passagem pelo Controle de Acesso RPPN Gerdau o visitante se
encaminhará a uma das estruturas existentes, a saber: Estrutura de Recepção
das Antenas, Centro de Visitantes, Área de Camping, Espaço Ecumênico,
Praça de Eventos, Praça de Convivência, Pontos de Apoio e Mirantes, como
preferir;
 O visitante deverá ser incentivado a ir até o Centro de Visitantes;
 Como o acesso a partir da Trilha do Paredão será realizado a pé e, mesmo
com o manejo, a trilha continuará sendo um percurso com nível elevado de
dificuldade, a implantação do transporte coletivo se fará ainda mais importante.
O usuário poderá utilizar o serviço na chegada ao Ponto de Apoio ao Visitante
Paredão (tanto para seguir rumo a área das antenas, quanto para retornar à
rodovia MG-129).

04 – Atividades
 Com base nas informações adquiridas no Controle de Acesso RPPN Gerdau o
visitante se programará para participar de atividades, eventos, percursos
guiados que forem oferecidos pelo PESOB, RPPN ou por terceiros;

05 – Serviços
 No interior do PESOB o visitante encontrará restaurante, loja de souvenires,
transporte e outros serviços que venham a ser oferecidos.
 Para deixar o PESOB o visitante poderá seguir pela estrada do alto da Serra
do ouro Branco até a MG-129 (passando pela Portaria), poderá descer pelo
Circuito Caminhos do Passado até o Controle de Acesso Biquinha e chegar à
MG-129, ou retornar pela Trilha do Paredão, chegando ao Controle de Acesso
RPPN Gerdau.

Obs.: É provável que existam exceções a estas propostas de fluxo de visitação, mas
espera-se, na maioria das vezes, que este seja o comportamento do visitante no
interior da UC.

As visitas guiadas no interior do PESOB terão início em três locais, a saber: Estrutura
de Recepção MG-129, Estrutura de Recepção Antenas e Ponto de Apoio ao Visitante
Biquinha. Nesses locais os visitantes receberão o briefing, com todas as informações
necessárias para a prática da atividade, assim como, poderão adquirir equipamentos
obrigatórios para a prática ou que venham ampliar e enriquecer a experiência de
visitação.

Para disponibilização dos equipamentos obrigatórios tem-se as seguintes


possibilidades:

1 – Os equipamentos poderão ser adquiridos pelo IEF e fornecidos gratuitamente para


os visitantes;
2 – Os equipamentos poderão ser adquiridos pelo IEF e alugados aos visitantes;
3 – O IEF poderá utilizar de uma das alternativas de terceirização apresentadas no
documento para que o serviço de aluguel e venda de equipamentos seja feito por
terceiros.

Outro aspecto importante para a gestão do uso público no interior do PESOB


corresponde aos procedimentos para aquisição de ingressos, agendamentos, reservas
e pagamentos. A opção de cobrança, ou não, pela entrada deverá ser tomada pelo
Instituto Estadual de Florestas e a gerência da Unidade de Conservação. Parques
Estaduais estruturados, em geral, cobram pela visitação e por serviços específicos.
Recomenda-se a elaboração de um Plano de Negócio para a UC para que, a partir de
328
estudos de viabilidade financeira, seja definida a melhor estratégia de cobrança de
ingressos.

Caso o PESOB venha cobrar entrada ou por serviços específicos, é importante que
possua uma estrutura de bilheteria. Em geral o visitante autônomo, aquele que vai à
UC por conta própria, comprará seu bilhete no momento da visita. Agências e
operadoras de turismo terão interesse em adquirir os bilhetes antecipadamente e
agendar horários, uma vez que normalmente estão em um roteiro com programação
previamente definida. Trabalhar com agendamentos será muito importante. Com os
agendamentos será possível prever o fluxo e organizar melhor a escala de
funcionários e/ou condutores. Importante que o PESOB possua um website com
central de reservas online, onde o visitante possa fazer sua reserva e, inclusive, pagar
seu bilhete antecipadamente.

Havendo a cobrança da bilheteria, sugere-se que em alguns dias da semana os


moradores de Ouro Branco e Ouro Preto sejam isentados. É possível também que
todos aqueles que possuam um cadastro junto ao PESOB fiquem isentos da cobrança.
Atitudes como essas contribuem para a aproximação dos moradores das comunidades
vizinhas à UC. Caso a administração da Unidade opte por não cobrar entrada, alguns
serviços poderão sim ser tarifados. A estratégia a ser definida deverá levar em
consideração o perfil do visitante e a intenção de buscar empreendedores que tenham
interesse em investir na UC (terceirização de serviços).

Quanto ao controle de visitantes, independente da cobrança de ingressos, sugere-se o


uso de algo que identifique o usuário que entrou no PESOB pela Portaria ou Controles
de Acesso, como, por exemplo, pulseiras. O controle de veículos também se fará
necessário, para isso recomenda-se o uso de crachás coloridos distinguindo quem é
visitante e quem está apenas de passagem pela estrada. Tais crachás deverão ser
devolvidos à Portaria na saída do veículo ou moto. Outra ferramenta importante de
controle são os ingressos. Ingressos diferentes por atividade facilitam a visualização
dos operadores. Os mesmos podem inclusive sair com a impressão do horário de
início da atividade. Deve-se pensar também em ingressos promocionais, incentivando
a aquisição de várias atividades e serviços. Quando personalizados servem também
como ferramenta de promoção da UC.

4.5.3. Normas para visitação


As Normas para Visitação Pública no interior das Unidades de Conservação devem
seguir algumas orientações: (1) ordenar o fluxo de visitação, (2) definir parâmetros
mínimos para a realização de atividades e prestação de serviços, (3) dar melhor
aproveitamento às áreas das Unidades de Conservação destinadas ao Uso Público e
à prática de educação ambiental, (4) contribuir para o manejo de visitantes no interior
das Unidades.

As normas de Uso Público para as Unidades de Conservação devem ser compatíveis


com a regulamentação definida pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação,
bem como, estarem alinhadas com a Portaria IEF nº 173, de 19 de novembro de
2013, que “estabelece normas e diretri es para o Uso P blico em Unidades de
Conservação administradas pelo Instituto Estadual de Florestas e dá outras
provid ncias”. Para elaboração do Regulamento Interno das Unidades pode-se
considerar os seguintes aspectos:

(i) orientar usuários quanto aos horários e dias de funcionamento;


(ii) orientar usuários quanto ao valor de ingressos de entrada (caso exista) e de
atividades / serviços;
(iii) orientar usuários quanto aos horários de atividades e serviços disponibilizados no
interior das Unidades de Conservação;
(iv) proibir a prática de atividades comerciais não autorizadas;
329
(v) restringir a entrada de animais domésticos;
(vi) restringir a entrada de armas ou materiais explosivos;
(vii) restringir o uso de cigarros, fósforos e isqueiros em determinadas áreas;
(viii) restringir o uso de áreas para lanche ou piquenique diferentes daquelas previstas
e já estruturadas;
(ix) orientar quanto à importância da utilização das trilhas implementadas;
(x) orientar quanto à importância do respeito aos condutores, funcionários das
Unidades e demais visitantes;
(xi) orientar quanto à importância da manutenção e conservação do patrimônio natural,
histórico, arquitetônico e das estruturas construídas;
(xii) restringir o acesso às áreas que não são destinadas ao uso público;
(xiii) orientar quanto aos procedimentos para uso de veículos automotivos e
estacionamento dos mesmos no interior da Unidade de Conservação;
(xix) orientar sobre o destino de resíduos e uso de sanitários;
(xx) controlar retirada de madeira de forma ilegal;
(xxi) controlar entradas clandestinas;
(xxii) controlar focos de incêndio;
(xxiii) orientar sobre as atividades permitidas no interior da Unidade de Conservação,
assim como, os procedimentos para realização;
(xxiv) orientar o usuário quanto à adoção de conduta consciente em ambientes
naturais;
(xxv) evitar a aproximação de visitantes de animais silvestres;
(xxvi) evitar a alimentação de animais selvagens;
(xxvii) orientar quanto a procedimentos de reserva e agendamento prévio;
(xxviii) orientar quanto à necessidade de acompanhamento de condutores em locais
previamente definidos;
(xxix) informar sobre riscos inerentes às atividades desenvolvidas no interior das
Unidades de Conservação.

As atividades e serviços oferecidos no interior das Unidades de Conservação devem


respeitar as diretrizes estabelecidas pelo Plano de Manejo, uma vez que este traz
considerações específicas para cada uma delas. Os parâmetros para realização das
atividades, eventos e demais práticas de uso público deverão servir como base para a
decisão quanto aos usos, permissões, concessões e demais tipos de autorizações que
venham a ser dadas.

Tanto visitantes quanto colaboradores, prestadores de serviços e terceiros deverão


seguir as normas e o regulamento interno da UC. A seguir são destacadas algumas
orientações específicas:

(i) deve ser respeitada a capacidade de suporte estipulada. Em casos especiais, esta
capacidade poderá ser excedida conforme autorização da gerencia da UC com aval da
coordenação regional;
(ii) o acesso de visitantes, sozinhos ou em grupo, acompanhados ou não de
colaboradores da Unidade de Conservação ou de prestadores de serviço
terceirizados, nas dependências da UC, só poderá ser feito a partir da Portaria ou dos
acessos secundários (quando autorizado);
(iii) todas as atividades guiadas, deverão ser realizadas apenas com o
acompanhamento de condutores com competência comprovada27 e esses deverão
permanecer com o grupo durante toda a atividade. No entanto as atividades guiadas
podem se tornar autoguiadas quando tiverem condições para tal;

27
Como competência entende-se as habilidades, experiências e conhecimentos definidos pela
Unidade de Conservação como necessários à prática das atividades e/ou os parâmetros
definidos pelas Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas que se apliquem à
respectiva atividade. A comprovação se dará por documentos, por avaliações e/ou assinatura
de termos onde o prestador de serviço garanta sua competência.
330
(iv) incidentes, acidentes e não conformidades deverão receber tratamento de acordo
com o previsto, informado e treinado pelos colaboradores, a partir da definição de
procedimentos para atendimento a emergências na Unidade de Conservação;
(v) para a prática de atividades de aventura, ecoturismo, educação ambiental,
pesquisa, no interior da UC, é recomendável o uso de equipamentos de segurança
determinados à prática dos mesmos, tendo como referência de boas práticas, as
Normas Técnicas Brasileiras que melhor se apliquem à atividade realizada;

4.5.4. Gestão da segurança

O aspecto segurança deve ser um dos principais considerados no manejo do uso


público de Unidades de Conservação, afinal, a cada dia o ambiente natural se torna
mais distante das pessoas, e essas, menos adaptadas a ele. A probabilidade de
ocorrência de incidentes e acidentes, envolvendo visitantes, existe mesmo naqueles
casos onde a possibilidade seja pouco provável. Vale destacar que os gestores de
UCs são responsáveis pelo que acontece no interior das mesmas, inclusive sobre as
ocorrências envolvendo perda, dano ou morte, podendo, ou não, dividir tais
responsabilidade com usuários e terceiros (empresas de seguro, por exemplo). Para
que os gestores privilegiem a prevenção e saibam agir reduzindo as consequências de
uma situação indesejada, é necessário que existam procedimentos para Gestão da
Segurança.

Ao se pensar em Gestão da Segurança, opta-se pela prevenção, pela identificação


das possíveis situações de risco, redução das probabilidades e consequências de
eventos indesejados, e imediata resposta a situações de emergência. Para que a
Gestão da Segurança aconteça de maneira eficiente são necessários planejamento,
gestão, pessoas competentes e capacitadas, monitoramento e melhoria contínua.

A Gestão da Segurança deve ser, para a gerência da Unidade de Conservação, o


primeiro parâmetro para operacionalização de uma atividade, desenvolvimento de
novos produtos ou avaliação de solicitação para práticas recreativas, pedagógicas,
religiosas, esportivas ou de pesquisa. O Parque Estadual Serra do Ouro Branco deve
possuir processos sistemáticos para identificação de perigos, análise, avaliação,
tratamento, monitoramento e comunicação dos riscos associados às práticas de uso
público no interior da UC, tanto naquelas atividades oferecidas e conduzidas pelos
colaboradores da Unidade, quanto para empresas, associações, instituições de
ensino, organizações religiosas, clubes esportivos e visitantes autônomos que venham
realizar qualquer tipo de atividade no interior da mesma.

O processo sistemático de ampliação dos índices favoráveis de segurança passa pela


Gestão do Risco que consiste em: (1) identificar situações de perigo que possam gerar
incidentes e acidentes durante a operação de uma atividade, seja ela religiosa,
esportiva, de lazer, pesquisa, manutenção, educação ambiental; (2) identificar
potenciais causas geradoras das situações de perigo, podendo assim, ao agir sobre as
mesmas, diminuir as probabilidades de ocorrência; (3) identificar potenciais danos
gerados a partir das situações de perigo, podendo assim, ao agir sobre os mesmos,
diminuir suas consequências; (4) identificar os controles ou procedimentos
operacionais necessários ao bom andamento das atividades de uso público realizadas
no interior da UC; (5) com base na avaliação dos riscos, propor medidas de tratamento
que venham reduzir ou mesmo eliminar os riscos (quando possível); (6) utilizar a
gestão de riscos como um dos pilares da definição de competências da equipe de
colaboradores, estruturação de treinamentos e medidas para atendimento a
emergências; (7) utilizar a gestão de riscos como referência para o planejamento de
segurança da UC, definindo objetivos e metas de curto, médio e longo prazos.

Qualquer diretriz referente ao manejo de visitantes, uso público e educação ambiental,


no interior do PESOB, deverá ter como premissa a garantia da segurança, devendo:
331
(1) identificar os riscos possíveis à segurança e à saúde dos visitantes e à proteção
dos recursos da UC, colocando em prática normas, códigos, padrões e princípios
vigentes que deverão ser observados e adotados pelos atores envolvidos com a
visitação; (2) buscar diminuir a probabilidade da ocorrência de sinistros de qualquer
tipo que estejam vinculados à visitação, considerando que toda atividade em
ambientes naturais apresenta riscos intrínsecos; (3) implementar medidas de
segurança, incluindo fechamento de áreas, vigilância, instalação de placas de
advertência e outras formas de prevenção, sempre quando necessário e condizente
com os objetivos da área; (4) assegurar qualidade e condições de equipamentos e
infraestrutura disponíveis na UC, tais como: trilhas, sinalização, edificações, guarda-
corpos, entre outras; (5) estabelecer um cadastro de acidentes como forma de avaliar
a causa do evento e implementar medidas preventivas; (6) elaborar um Plano de
Operações Emergenciais (contingenciamento de risco) para assegurar uma resposta
eficaz aos principais tipos de emergência, considerando as particularidades das
atividades realizadas e com potencial de realização na UC; (7) elaborar documento
contendo todas as recomendações necessárias à segurança do visitante e que
informe os riscos inerentes a cada local e atividade de visitação, condicionando a
prática da atividade ao preenchimento e assinatura de um Termo de Conhecimento de
Riscos; (8) informar as características das atividades permitidas na UC de forma que o
usuário possa escolher aquela com a qual mais se identifica, de acordo com suas
habilidades, experiências e equipamentos; (9) disponibilizar informações que
estimulem a auto segurança, orientando os visitantes para o fato de que a melhor
prática de segurança é a prevenção e o planejamento; (10) estabelecer mecanismos
para a contratação de seguros de acidentes pessoais para os visitantes do PESOB;
(11) considerar que os acidentes podem estar associados a fatores relacionados ao
comportamento dos visitantes, como a negligência em relação à segurança, o não
cumprimento de regulamentos específicos para cada área, a ausência de
equipamentos recomendados para as atividades, entre outros; (12) trabalhar de forma
cooperativa com outras instituições para proporcionar um ambiente seguro para os
visitantes e funcionários, buscando estabelecer acordos de cooperação, treinamento e
mecanismos de comunicação com outros departamentos de governo, grupos de busca
e salvamento governamentais e não governamentais, entidades representativas de
visitantes, operadores turísticos, prestadores de serviços, voluntários, entre outros.

4.5.5. Responsabilidades, autoridades e competências para gestão

Todos os colaboradores com funções voltadas ao gerenciamento, pesquisa,


fiscalização, operação de atividades, ligadas direta ou indiretamente ao Uso Público,
devem ter suas responsabilidades e autoridades definidas e comunicadas, a fim de
facilitar a gestão da UC.

Para oferecer uma experiência de qualidade, segura e diferenciada é fundamental que


o Parque Estadual Serra do Ouro Branco conte com colaboradores competentes. No
que confere à visitação recreativa, pedagógica, de ecoturismo e aventura sugere-se
adotar, como referência para a definição de tais competências, as Normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), voltadas à Competência de
Pessoal. Além delas, são observadas as necessidades requeridas pelas próprias
atividades, o PESOB e os gestores. Importante que sejam considerados dois cenários
na definição das competências – o Possível e o Desejado. O Possível corresponde ao
mínimo necessário para a prestação de serviços de qualidade e o Desejável ao que se
busca alcançar após algum tempo, ampliando os níveis de exigência. Os padrões
mínimos evidentemente não poderão comprometer a segurança de visitantes,
colaboradores e terceiros.

A Norma ABNT NBR 15285 – Competências Mínimas para Condutores, por exemplo,
específica que os condutores devem ser capazes de:

332
(i) conhecer e aplicar requisitos legais e outros requisitos que se apliquem ao contexto
da Unidade de Conservação e da atividade a ser realizada;
(ii) planejar a atividade a ser realizada, incluindo procedimentos para atendimento a
emergências;
(iii) decidir sobre alterações na programação da atividade, caso se faça necessário;
(iv) aplicar técnicas elementares de orientação e navegação;
(v) garantir o uso adequado de equipamentos;
(vi) liderar grupos;
(vii) instruir o visitante quanto às técnicas mínimas e práticas necessárias para a
realização da atividade;
(viii) assegurar o bem-estar e a segurança do visitante;
(xix) gerenciar situações de emergência;
(xx) aplicar primeiros socorros;
(xxi) prevenir impactos ambientais e sociais decorrentes das atividades desenvolvidas;
(xxii) assegurar a satisfação dos visitantes;
(xxiii) cuidar da apresentação pessoal e postura profissional.

Além dessas capacidades, outras poderão ser exigidas. É desejado que os condutores
tenham conhecimento de todas as áreas e atividades e, se possível, seja
implementado um rodízio de funções, evitando que a repetição gere desconforto,
desestimule os condutores ou, até mesmo, propicie uma conduta insegura dos
mesmos. Sugere-se que a condução de grupos seja compartilhada ou, até mesmo, de
responsabilidade exclusiva de colaboradores externos à Unidade de Conservação,
incentivando assim, a geração de ocupação e renda para um número maior de
pessoas.

Outras competências podem ser exigidas também em relação à escolaridade, as


qualificações externas específicas, experiências anteriores e o desempenho em
treinamentos internos. Normas publicadas como ABNT NBR 15286 – Informações
mínimas aos clientes, ABNT NBR 15331 – Sistema de Gestão da Segurança, ABNT
NBR 15505-1 – Atividade de Caminhada / Produto e ABNT NBR 15505-2 – Atividade
de Caminhada / Percurso, ABNT NBR 15397 – Condutores de Montanhismo e
Escalada, devem também fazer parte das capacitações.

Para que sejam alcançados patamares mais elevados de competência, deve-se ter
como foco a realização de treinamentos. Tais treinamentos devem permear as
capacitações básicas, voltadas a todos os colaboradores e capacitações específicas,
focadas nas necessidades de cada função ou das responsabilidades e autoridades
atribuídas. Alguns dos temas que poderão ser abordados em treinamentos são:

(i) Qualidade do atendimento;


(ii) Procedimentos para atendimento a emergências;
(iii) Direção defensiva;
(iv) Educação ambiental;
(v) Gestão de conflitos;
(vi) Informações mínimas aos visitantes;
(vii) Interpretação da paisagem;
(viii) Técnicas de comunicação oral;
(ix) Suporte básico a vida;
(x) Técnicas de condução;
(xi) Gestão da segurança.

A administração do PESOB deve manter planos e procedimentos para identificação de


situações de emergência potenciais e reais, atendimento a casos de incidente ou
acidente e redução das possíveis consequências que possam estar associadas a elas.
Os colaboradores devem estar aptos a dar suporte básico às vítimas em caso de
situações indesejadas. Para isso devem realizar regularmente simulados que
333
contemplem situações com diferentes níveis de dificuldade (ex. uma remoção de
visitante obeso com fratura de tornozelo a partir de um ponto central da Trilha do
Paredão), condições de visibilidade, condições climáticas (ex.: sob chuva ou neblina
em uma das trilhas), etc. É importante contar com o apoio irrestrito dos órgãos de
segurança pública, agentes de saúde, bombeiros civis, grupos voluntários que atuem
no resgate e atendimento pré-hospitalar à vítimas, etc.

4.5.6. Controles Operacionais


Todos os procedimentos padronizados, ou seja, que devam ser executados,
independente de quem os faça, devem ser considerados Controles Operacionais.
Sendo assim, os controles operacionais contemplam todas as situações nas quais sua
ausência venha acarretar desvios em relação à legislação vigente, ao planejamento
estratégico da Unidade de Conservação e às diretrizes propostas pelo Plano de
Manejo. Procedimentos para organização e manutenção de equipamentos, instalação
e manutenção de estruturas, treinamentos, comunicação de informações aos
visitantes, atendimento a situações de emergência, manejo da visitação, entre outros,
deverão estar, sempre que possível, documentados e disponíveis aos colaboradores
para que possam estar capacitados para o melhor desempenho de suas funções. Os
controles operacionais definirão o modus operandi em que se dará o uso púbico no
interior do Parque Estadual Serra do Ouro Branco. O conhecimento e a aplicação
eficiente dos controles são indispensáveis para a eficiente e eficaz gestão do uso
público da UC. Revisões e atualizações de procedimentos devem acontecer sempre
que necessário, ou regularmente, de acordo com cronograma previamente definido.

Muitos são os controles operacionais úteis ao dia a dia de uma Unidade de


Conservação. Destacam-se entre outros: Banco de Dados de Visitantes,
Pesquisadores, Prestadores de Serviço e demais colaboradores; Preparação Diária
das Operações; Telefones Úteis; Informações a serem Comunicadas aos Visitantes;
Acionamento de Seguro de Acidentes Pessoais; Termo de Recusa de Atendimento;
Descritivo de Atividades; Termo de Conhecimento de Riscos; Check List de
Verificação dos Veículos; Controle de Quilometragem e Manutenção dos Veículos;
Procedimento para Manutenção dos Veículos; Procedimentos para Atendimento a
Emergências.

Orienta-se que as informações indispensáveis a serem comunicadas aos visitantes e,


as informações desses visitantes, que devam ser obtidas pelo PESOB, estejam
organizadas em um documento chamado Termo de Conhecimento de Riscos28. O
Termo de Conhecimento de Riscos deverá ser preenchido no momento do
credenciamento ou, em outra situação, anterior à realização da atividade. Informações
específicas, necessárias para realização de atividades, poderão ser obtidas in loco,
junto à Estrutura de Recepção e/ou Credenciamento, como também, por mecanismos
de comunicação como correio eletrônico ou formulários disponíveis no website ou
fanpage oficial do PESOB, por exemplo.

As informações a serem comunicadas aos visitantes são: (1) recursos, equipamentos


e demais facilidades disponíveis para atendimento a emergências no interior do
PESOB e em seu entorno; (2) riscos associados às atividades ofertadas pela UC; (3)
nível de dificuldade das atividades ofertadas; (4) condições ou pré-requisitos exigidos
para a prática das atividades ofertadas; (5) possibilidade de cancelamento ou
alteração de roteiros, atividades ou programações em caso de mudanças climáticas ou
caso seja observada alguma situação que coloque em risco a integridade física e a
vida de visitantes ou colaboradores das Unidades; (6) atividades que demandem

28
A Portaria 173, de 19 de novembro de 2013, faz referência ao uso do documento chamado
“Termo de Reconhecimento de Risco – TRR”. omo reconhecer significa „conhecer novamente‟
e, partindo-se do pressuposto que o usuário pode não ter o „conhecimento inicial‟, adotou-se,
neste documento, a nomenclatura “Termo de onhecimento de Riscos”.
334
contratação de seguro de acidente pessoal individual; (7) obrigatoriedade do uso de
vestuário e equipamentos adequados para a prática das atividades no interior da UC
de acordo com as especificações de cada uma delas; (8) obrigatoriedade, por parte do
visitante, de seguir o regulamento interno da UC, bem como, os procedimentos
específicos de cada atividade informados antes do início de cada uma; (9) horário de
funcionamento da UC, especificando horários de visitação aos atrativos e
funcionamento de serviços; (10) procedimentos para cancelamento e devolução de
ingressos (caso exista cobrança pela entrada ou por atividades e serviços). As
informações pessoais mínimas a serem registradas são: (1) Nome; (2) Idade; (3) Local
de Origem, (4) Telefone de contato; (5) Pessoa de contato em caso de emergência.

Orienta-se também que a administração do PESOB fortaleça a cultura interna de


registro de acidentes, incidentes e não conformidades em relação aos controles
operacionais definidos, diretrizes do Plano de Manejo e legislação aplicável. Os
registros orientam a implementação de ações preventivas e corretivas que podem
fazer com que o número de ocorrências seja reduzido e, que até mesmo algumas,
nunca venham a acontecer. Os dados registrados devem ser inseridos em planilha
eletrônicas onde possam ser tabulados. O resultado da tabulação deve ser analisado e
as conclusões devem nortear o planejamento estratégico voltado à Gestão da
Segurança.

O registro de acidentes, incidentes e não conformidades deve conter no mínimo: (1)


atividade em que se deu a ocorrência; (2) data; (3) horário; (4) local; (5) tipo de
ocorrência; (6) descrição da ocorrência (com o maior detalhamento possível); (7)
relação dos envolvidos na ocorrência; (8) consequências da ocorrência; (9) tratamento
dado a ocorrência; (10) prováveis causas que levaram à ocorrência; (11) ações
preventivas a serem adotadas; (12) ações corretivas a serem adotadas; (13) nome do
responsável pelo registro.

A seguir são descritos parâmetros e procedimentos que poderão orientar a realização


de tais atividades no interior da UC.

4.5.7. Orientação das atividades de uso público


As orientações a seguir visam auxiliar a elaboração de normas específicas para
compor o regulamento interno da UC. Tratam-se de recomendações que podem ser
alteradas pelo órgão gestor.

a) Caminhadas e Caminhadas de Longo Curso

ATIVIDADE
Caminhada e Caminhada de Longo Curso
CARACTERÍSTICA DA PRÁTICA
Lazer, recreação, ecoturismo, aventura, educação ambiental, pedagógica, esporte.
DESCRIÇÃO
Atividade onde são realizados percursos a pé, em ambientes naturais ou não. As caminhadas
autoguiadas, em geral, não envolvem relação comercial, sendo realizadas de forma autônoma,
individualmente ou em grupo. As caminhadas guiadas pressupõem a relação comercial com
condutor ambiental, guia ou agência de turismo, existindo exceção no caso de práticas
voluntárias.
OBJETIVOS
Oferecer atividade segura e padronizada com base em procedimentos operacionais eficientes e
profissionais competentes;
Ampliar o tempo de permanência do usuário no PESOB;
Ampliar a satisfação dos usuários em visita ao PESOB.
LOCAIS DE OCORRÊNCIA E APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
Trilha da Canela de Ema, Trilha do Paredão, Trilha da Copasa, Trilha Topo da Serra / 1º. Poço do

335
Rio Colônia, Circuito das Águas, Circuito Caminhos do Passado, Travessia Topo da Serra /
Itatiaia, Travessia Alto da Serra / Morro do Gabriel, Travessia Hargrives / Morro do Gabriel,
Travessia Rodeio / Morro do Gabriel. Nenhuma trilha proposta para o PESOB exige o
acompanhamento obrigatório de condutores e/ou guias, entretanto, em algumas trilhas existe a
recomendação, a saber: Travessia Topo da Serra / Itatiaia, Travessia Alto da Serra / Morro do
Gabriel, Travessia Hargrives / Morro do Gabriel, Travessia Rodeio / Morro do Gabriel.
RESTRIÇÕES
Usuários com histórico de doenças cardíacas e/ou lesões em membros inferiores, estado pós-
operatório recente, mulheres grávidas.
Crianças que não caminhem sozinhas;
Usuários que apresentem sinais de embriagues ou consumo de entorpecentes;
Condições climáticas desfavoráveis;
Praticantes que não reúnam as condições exigidas para a prática da atividade (uso de
equipamentos, limitações temporárias ou permanentes de deslocamento, etc.)
HORÁRIOS
As atividades autoguiadas devem ser realizadas de acordo com o horário de funcionamento da
UC;
Os horários de início das atividades devem estar disponíveis junto à Portaria e Credenciamento
da UC;
Caminhadas de longo curso terão horário limite de início, não sendo autorizada a saída para a
atividade após esse limite (como, por exemplo, iniciar uma travessia após as 11:00h da manhã);
As atividades devem ser realizadas diurnamente;
Atividades noturnas devem ser precedidas de estudo de viabilidade, não sendo consideradas
como padrão oferecido pela UC.
FREQUÊNCIA
Diariamente, respeitando horários e capacidade de suporte dos lugares.
CAPACIDADE DE SUPORTE
De acordo com o estabelecido para cada trilha.

b) Ciclismo (De Estrada, Mountain Bike e Cicloturismo)

ATIVIDADE
Ciclismo (de Estrada, Mountain Bike e Cicloturismo)
CARACTERÍSTICA DA PRÁTICA
Lazer, recreação, ecoturismo, aventura, esporte.
DESCRIÇÃO
Atividade esportiva que tem como elemento principal a realização de percursos de bicicleta. As
atividades de ciclismo de estrada, mountain bike e cicloturismo podem ser guiadas ou
autoguiadas, e podem ser realizadas por visitantes autônomos, grupos de excursão (comerciais
ou não), esportistas, entre outros.
OBJETIVOS
Oferecer atividade segura e padronizada com base em procedimentos operacionais eficientes e
profissionais competentes;
Ampliar o tempo de permanência do usuário no PESOB;
Ampliar a satisfação dos usuários em visita ao PESOB.
LOCAIS DE OCORRÊNCIA E APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
Travessia Alto da Serra / Morro do Gabriel, Travessia Hargrives / Morro do Gabriel
RESTRIÇÕES
Usuários com histórico de doenças cardíacas e/ou lesões em membros inferiores e superiores,
estado pós-operatório recente, mulheres grávidas.
Crianças incapazes de realizar a atividades com autonomia;
Usuários que apresentem sinais de embriagues ou consumo de entorpecentes;
Condições climáticas desfavoráveis;
Clientes que não reúnam as condições exigidas para a prática da atividade (uso de
equipamentos, limitações temporárias ou permanentes de deslocamento, etc.).
HORÁRIOS
336
As atividades devem ser realizadas de acordo com horário de funcionamento da UC ou
programação específica;
Os horários de início das atividades devem estar disponíveis junto à Portaria e Credenciamento
da UC;
As atividades devem ser realizadas diurnamente;
Percursos com maior extensão terão horário limite de saída, não sendo autorizado o início da
atividade após esse limite;
Atividades noturnas devem ser precedidas de estudo de viabilidade, não sendo consideradas
como padrão oferecido pela UC.
FREQUÊNCIA
Diariamente, respeitando horários e capacidade de suporte definidas.
CAPACIDADE DE SUPORTE
De acordo com o estabelecido para cada percurso.

c) Atividades que envolvam Técnicas Verticais

ATIVIDADE
Rapel, Cachoeirismo e Canionismo
CARACTERÍSTICA DA PRÁTICA
Lazer, recreação, ecoturismo, aventura, educação ambiental, pesquisa.
DESCRIÇÃO
Atividades que envolvem um conjunto de técnicas de subidas, descidas e movimentação em
desníveis verticais. Comumente são utilizados equipamentos e aplicadas técnicas específicas
para progressão nos ambientes verticais. As atividades verticais podem ser realizadas por
visitantes autônomos, grupos de excursão (comerciais ou não), esportistas, pesquisadores, entre
outros. Em geral, por medida de segurança e aplicação das técnicas específicas, não são
realizadas por praticantes desacompanhados. O Cachoeirismo é a prática de descida, seguindo
ou não o curso d‟água, usando t cnicas do rapel. O anionismo a descida de duas ou mais
cachoeiras, em sequência, normalmente com uso de outras técnicas além do rapel para
transposição de obstáculos como, por exemplo, saltos, flutuações, natação, etc. O relevo
acidentado e a presença de drenagens fazem com que a UC apresente um grande potencial para
a prática dessa atividade. Técnicas de Canionismo provavelmente precisarão ser utilizadas
inclusive para se fazer um inventário mais detalhado das cachoeiras existentes no PESOB, uma
ve que o acesso aos cursos d‟água restrito.
OBJETIVOS
Oferecer atividade segura e padronizada com base em procedimentos operacionais eficientes e
profissionais competentes;
Ampliar o tempo de permanência do usuário no PESOB;
Ampliar a satisfação dos usuários em visita ao PESOB.
LOCAIS DE OCORRÊNCIA E APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
Gruta do Muro, cachoeiras do Rio Colônia, Cachoeira dos Jesuítas e drenagem a oeste da
Cachoeira dos Jesuítas.
RESTRIÇÕES
Usuários com histórico de doenças cardíacas e/ou lesões em membros inferiores, estado pós-
operatório recente, mulheres grávidas.
Crianças incapazes de realizar a atividades com autonomia;
Usuários que possuam histórico de fobia com altura e/ou água;
Usuários que apresentem sinais de embriagues ou consumo de entorpecentes;
Condições climáticas desfavoráveis;
Clientes que não reúnam as condições exigidas para a prática da atividade (uso de
equipamentos, limitações temporárias ou permanentes de deslocamento, etc.)
HORÁRIOS
As atividades guiadas devem ser realizadas de acordo com programação específica;
Os horários de início das atividades devem estar disponíveis junto à Portaria e Credenciamento
da UC;
As atividades devem ser realizadas diurnamente;
337
Atividades noturnas devem ser precedidas de estudo de viabilidade, não sendo consideradas
como padrão oferecido pela UC.
FREQUÊNCIA
Diariamente, respeitando horários e capacidade de suporte dos lugares.
CAPACIDADE DE SUPORTE
De acordo com o estabelecido para cada local.

d) Atividades que envolvam Visitas às Cavidades Naturais

ATIVIDADE
Visitas às Cavidades Naturais
CARACTERÍSTICA DA PRÁTICA
Lazer, recreação, ecoturismo, aventura, educação ambiental, pedagógica, pesquisa.
DESCRIÇÃO
Atividade desenvolvida em cavernas, oferecida comercialmente ou não, em caráter recreativo,
pedagógico ou de pesquisa. As atividades poderão ser guiadas ou autoguiadas e podem ser
realizadas por visitantes autônomos, grupos de excursão (comerciais ou não), esportistas,
pesquisadores, entre outros.
OBJETIVOS
Oferecer atividade segura e padronizada com base em procedimentos operacionais eficientes e
profissionais competentes;
Ampliar o tempo de permanência do usuário no PESOB;
Ampliar a satisfação dos usuários em visita ao PESOB.
LOCAIS DE OCORRÊNCIA
Gruta do Muro e demais cavidades autorizadas pelo Plano de Manejo e Plano de Manejo
Espeleológico.
RESTRIÇÕES
Usuários com histórico de doenças cardíacas e/ou lesões em membros inferiores, estado pós-
operatório recente, mulheres grávidas.
Crianças que não caminhem sozinhas;
Usuários com histórico de fobia a lugares fechados;
Usuários que apresentem sinais de embriagues ou consumo de entorpecentes;
Condições climáticas desfavoráveis;
Praticantes que não reúnam as condições exigidas para a prática da atividade (uso de
equipamentos, limitações temporárias ou permanentes de deslocamento, etc.)
HORÁRIOS
As atividades devem ser realizadas de acordo com o horário de funcionamento da UC;
Os horários de início das atividades devem estar disponíveis junto à Portaria e Credenciamento
da UC;
Atividades noturnas devem ser precedidas de estudo de viabilidade, não sendo consideradas
como padrão oferecido pela UC.
FREQUÊNCIA
Diariamente, respeitando horários e capacidade de suporte definidas.
CAPACIDADE DE SUPORTE
De acordo com o estabelecido para a atividade.

e) Atividades de Observação de Vida Silvestre

ATIVIDADE
Observação de Vida Silvestre
CARACTERÍSTICA DA PRÁTICA
Lazer, recreação, ecoturismo, educação ambiental, pedagógica, pesquisa
DESCRIÇÃO
A observação de vida silvestre é uma atividade geralmente relacionada à observação de animais
em ambiente natural, entretanto, pode ser utilizada também para observação de flora, fauna e
paisagens que sofreram pouca ou nenhuma interferência humana. É uma atividade de interesse
338
específico sendo segmentada pelos diversos interesses do público, como, por exemplo,
observação de aves, insetos, orquídeas, etc.
A atividade pode ser realizada em percursos a pé de curta ou longa duração ou mesmo em
condições em que o veículo chega bem próximo ao local de observação. O PESOB por sua
riqueza de ambientes diferenciados e biodiversidade, oferece diversas opções para este tipo de
prática. Em geral a observação de vida silvestre é feita por praticantes autônomos, estudiosos ou
grupos acompanhados de condutores especialistas.
OBJETIVOS
Oferecer atividade segura e padronizada com base em procedimentos operacionais eficientes e
profissionais competentes;
Ampliar o tempo de permanência do usuário no PESOB;
Ampliar a satisfação dos usuários em visita ao PESOB.
LOCAIS DE OCORRÊNCIA E APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
Em todo o Parque Estadual Serra do Ouro Branco, de acordo com os parâmetros e restrições
estabelecidos pelo Zoneamento da UC.
RESTRIÇÕES
Usuários com histórico de doenças cardíacas e/ou lesões em membros inferiores, estado pós-
operatório recente, mulheres grávidas.
Crianças que não caminhem sozinhas;
Usuários que apresentem sinais de embriagues ou consumo de entorpecentes;
Condições climáticas desfavoráveis;
Clientes que não reúnam as condições exigidas para a prática da atividade (uso de
equipamentos, limitações temporárias ou permanentes de deslocamento, etc.)
HORÁRIOS
As atividades guiadas e autoguiadas devem ser realizadas de acordo com programação
específica;
Os horários de início das atividades devem estar disponíveis junto à Portaria e Credenciamento
da UC. Como os melhores horários para observação de vida silvestre são ao amanhecer e no
entardecer, as visitas, além de agendadas previamente, devem ser autorizadas pela gerência da
Unidade e informadas à Portaria do PESOB;
Atividades noturnas devem ser precedidas de estudo de viabilidade, não sendo consideradas
como padrão oferecido pela UC.
FREQUÊNCIA
Diariamente, respeitando horários e capacidade de suporte dos lugares.

f) Atividades Equestres

ATIVIDADE
Cavalgada
CARACTERÍSTICA DA PRÁTICA
Lazer e recreação, usos tradicionais, manifestações culturais.
DESCRIÇÃO
Atividade de lazer ou turística com fim comercial, ou não, que envolve passeios a cavalo. Apesar
desse estudo não recomendar a prática de tal atividade no interior do PESOB, a região onde está
localizada a UC serviu (e serve) ao longo dos anos como serventia de passagem para cavaleiros,
moradores de povoados e distritos próximos à UC, bem como, participantes de eventos
tradicionais como a Cavalgada da Inconfidência. Visando manejar essa atividade de modo a
conciliar o uso com os objetivos de criação do PESOB, são definidos alguns parâmetros a serem
seguidos. Cabe destacar que eventos que reúnam número superior a 10 cavaleiros devem
também seguir as orientações descritas no item Manejo de Eventos.
Entende-se aqui como atividade equestre a travessia da UC por estradas pavimentadas ou não.
OBJETIVOS
Oferecer atividade segura e padronizada com base em procedimentos operacionais eficientes e
profissionais competentes;
Atender à demanda existente, evitando conflitos com moradores e visitantes, durante a realização
de usos tradicionais;
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Minimizar os impactos causados prática da atividade;
Ampliar a satisfação dos usuários em visita ao PESOB.
LOCAIS DE OCORRÊNCIA E APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
Estrada do alto da Serra do Ouro Branco, estrada que liga o alto da serra à Morro do Gabriel e
Itatiaia, estrada que liga a rodovia MG-129 à região de Lavrinhas,.
RESTRIÇÕES
Usuários com histórico de doenças cardíacas e/ou lesões em membros superiores e inferiores,
estado pós-operatório recente, mulheres grávidas.
Crianças que não realizem a atividade com autonomia;
Usuários que apresentem sinais de embriagues ou consumo de entorpecentes;
Condições climáticas desfavoráveis;
Praticantes que não reúnam as condições exigidas para a prática da atividade (uso de
equipamentos, limitações temporárias ou permanentes de deslocamento, etc.)
HORÁRIOS
As atividades autoguiadas devem ser realizadas de acordo com o horário de funcionamento da
UC;
Os horários de início dos eventos devem estar disponíveis junto à Portaria e Credenciamento da
UC;
As atividades devem ser realizadas diurnamente;
Atividades noturnas devem ser precedidas de estudo de viabilidade, não sendo consideradas
como padrão oferecido pela UC.
FREQUÊNCIA
Com o objetivo de evitar concentração de grupos e praticantes e, conciliar a prática da atividade
com as demais realizadas na UC serão definidos os dias do mês em que tais atividades poderão
ser realizadas;
Recomenda-se que sejam destinados 02 (dois) dias por mês para a prática das travessias (não
se aplica a moradores que ainda vivem no interior da UC ou que precisam passar por ela para
chegar até a residência ou local de trabalho);
As datas não devem coincidir com feriados ou dias em que existam eventos ou outro tipo de uso
na UC que possam conflitar com a atividade equestre;
Os demais usuários da UC que realizarem agendamento de visita para datas comuns àquelas
com atividade equestre, devem ser comunicados de tal circunstância.
CAPACIDADE DE SUPORTE
Grupos com até 10 animais;
Até 20 animais/dia;
Frequência de até 02 eventos/mês.
Obs.: Exceções deverão ser avaliadas pela gerência da UC.

g) Manejo de Eventos (Esportivos, Religiosos, Festivos e Culturais)

ATIVIDADE
Eventos
CARACTERÍSTICA DA PRÁTICA
Lazer, esportiva, cultural, religiosa, pedagógica, ecoturismo.
DESCRIÇÃO
Atividade organizada, previamente agendada, com programação específica, com fim comercial
ou não, de porte variável e características diversas, que utiliza as dependências e/ou estruturas
do PESOB para ser realizada. Os eventos podem ser organizados pela própria gerência da UC
ou por terceiros.
OBJETIVOS
Diversificar a oferta de produtos e serviços oferecidos pela UC, bem como, ampliar o perfil de
público;
Ampliar o tempo de permanência do usuário na UC;
Ampliar a satisfação dos usuários em visita ao PESOB.
Atender às demandas da população do entorno do PESOB.
LOCAIS DE OCORRÊNCIA E APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
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Espaço Ecumênico, Praça de Eventos, Praça de Convivência e em estradas que passam pelo
interior do PESOB. Exceções poderão ser analisadas pela gerência da UC, de acordo com a
natureza do evento, respeitando-se o zoneamento da UC.
HORÁRIOS
Os horários de início e término dos eventos devem ser acordados com a gerência da UC,
evitando que exista sobreposição de agendamentos ou atrasos de programação;
As atividades devem ser realizadas preferencialmente durante o dia;
Atividades noturnas devem ser precedidas de estudo de viabilidade, não sendo consideradas
como padrão oferecido pela UC.
FREQUÊNCIA
Eventos de pequeno porte: diariamente
Eventos de médio porte: semanalmente
Eventos de grande porte: mensalmente
Obs.: Vale ressaltar que o agendamento será responsável por distribuir e desconcentrar os
eventos, evitando que sejam realizados em sequência ou com intervalos de tempo curtos.
CAPACIDADE DE SUPORTE
De acordo com o estabelecido para cada área.

h) Manejo dos Serviços Voltados ao Atendimento dos Usuários da UC

SERVIÇO
Recepção e Condução de Visitantes
DESCRIÇÃO
O PESOB deverá contar com monitores competentes para receber e conduzir visitantes em
atividades de interpretação e educação ambiental em trilhas, mirantes, Centro de Visitantes e
demais espaços da UC, onde tal atividade se faça necessária. Importante que existam pessoas
capacitadas para tal e com responsabilidades associadas ao manejo de visitantes e condução
de grupos. Vale destacar que serão monitores ou condutores e não “Guias”, uma vez que o
título de guia é conseguido após cursos com certificação específica.
Recomenda-se que o Centro de Visitantes possua um auditório com equipamentos multimídia
que valorizem a mostra de vídeos, sugere-se uma programação regular de filmes,
documentários e desenhos sobre temas ligados aos recursos hídricos, campos rupestres
ferruginosos, biomas Atlântica e Cerrado, aspectos históricos e econômicos da região onde está
inserida a UC, entre outros.
O PESOB poderá disponibilizar ao visitante equipamentos e instrumentos que ampliem o
conforto, segurança e qualidade da experiência no interior da UC. Equipamentos como
calçados, cajados, cadeiras de rodas especiais, poderão ser alugadas pelo visitante, fazendo
com que o mesmo possa acessar os atrativos da UC, dentro dos padrões de segurança
exigidos pela mesma. A existência de cadeiras de rodas especiais, por exemplo, permite que o
deficiente físico percorra trilhas com nível maior de dificuldade e chegue a lugares que não
imaginaria chegar. Instrumentos de interpretação como binóculos, pranchas e guias para
observação de vida silvestre, aparelhos mp3, mapas, entre outros, poderão também ser
alugados. Essas ferramentas tornarão a visita ainda mais interessante, agregando valor aos
atrativos e à vivência do usuário.
Importante que o PESOB possua estrutura com ponto de venda de produtos utilitários,
decorativos, souvenires, presentes e lembranças da UC. Essa loja instalada junto ao Centro de
Visitantes e Estruturas de Recepção poderá ser acessada pelo usuário que necessite de algum
produto para uso no interior da UC, bem como, servirá para aquisição de produtos na saída,
após o encantamento com a visita realizada.
Para o atendimento às necessidades de alimentação dos usuários do PESOB propõe-se a
implantação de um restaurante. Regulamentos específicos que regem esse tipo de serviço no
interior de UCs definirão as características dos produtos comercializados. É aconselhável que
tais produtos estejam alinhados com a proposta de uso sustentável dos recursos, tenham
preocupação especial com a gestão dos resíduos, ofereçam alimentos saudáveis, leves,
compatíveis com uma proposta que valorize a saúde e a qualidade de vida. Interessante ainda
que adquiram, quando possível, produtos ou gêneros alimentícios do entorno da UC e

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contratem recursos humanos locais.
Por fim, para que a UC ofereça aos seus usuários condições adequadas de atendimento,
conforto e segurança, é importante que conte com funcionários para realização de funções
básicas que darão suporte ao uso público, tais como: vigilância e fiscalização, controle de
acesso, limpeza e manutenção de estruturas, cobrança de ingressos (caso exista). Recomenda-
se que esses serviços sejam terceirizados.
OBJETIVOS
Oferecer serviços de qualidade com base em procedimentos operacionais eficientes e
profissionais competentes;
Ampliar o tempo de permanência do usuário no PESOB;
Ampliar a satisfação dos usuários em visita ao PESOB.
LOCAIS DE OCORRÊNCIA E APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
Em todo o PESOB, de acordo com os parâmetros e restrições estabelecidos pelo zoneamento
da UC.
PÚBLICO ALVO
Usuários da UC; Moradores do entorno da UC.
RESTRIÇÕES
Quando aplicável:
Identificar condições físicas e psicológicas do usuário que possam restringir sua participação;
Condições climáticas desfavoráveis;
Usuários que apresentem sinais de embriagues ou consumo de entorpecentes.
HORÁRIOS
Os serviços oferecidos aos usuários da UC devem ser realizados de acordo com os horários de
funcionamento do PESOB;
Serviços com horários específicos devem ter tal informação disponibilizada junto à Portaria,
Credenciamento, Estruturas de Recepção e Centro de Visitantes da UC.
FREQUÊNCIA
Diariamente, respeitando horários e capacidade de suporte definidas.
CAPACIDADE DE SUPORTE
De acordo com o estabelecido para cada área.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PREFEITURA MUNICIPAL DE OURO BRANCO. Projeto de recuperação, mitigação e


conservação de trechos da estrada do alto da Serra do Ouro Branco em estágios
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