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(4) No ato de ser separado, Paulo estava seguro de ter recebido duas
coisas. No v5 nos diz quais são
b. Paulo recebeu uma tarefa. Foi separado para ser o apóstolo dos
gentios. Ele se reconhece eleito, não para receber uma honra especial,
mas uma responsabilidade especial. Sabia que Deus o tinha apartado
não para sua glória, mas para realizar uma ação laboriosa. Pode ser
que haja aqui um trocadilho. Antes Paulo tinha sido fariseu (Filipenses
3:5). O mesmo nome fariseu pode muito bem significar o separado. É
possível que os fariseus fossem chamados assim porque se separaram
deliberadamente do povo comum, pois nem sequer permitiam que o
bordo de seu manto roçasse a um homem comum. Os fariseus se
teriam estremecido com apenas pensar que o oferecimento de Deus
pudesse ser dado aos gentios. Para eles os gentios eram "o
combustível para os fogos do inferno". Antes Paulo tinha sido como
eles, havia-se sentido separado, de tal maneira que não tinha senão
desprezo para com todo homem comum. Agora se reconhece
separado, de tal maneira que lhe é imposto dedicar toda sua vida a
levar as novas do bom amor a todos os homens de todas as raças. O
cristianismo sempre nos separa; mas não por privilégio, nem para a
própria glória, nem o orgulho, mas para o serviço, a humildade e o amor
para com todos os homens.
Além de apresentar seus créditos, nesta passagem Paulo apresenta em seus
esboços essenciais o evangelho que prega. Um evangelho centrado em Jesus
Cristo (vs. 3 e 4). Com dois elementos em particular:
a. Um evangelho da encarnação. Paulo fala de um Jesus que era real
e verdadeiramente homem. Um dos maiores pensadores da Igreja
primitiva o resumiu quando disse de Jesus: "Ele se fez o que nós
somos, para nos fazer o que Ele é." Paulo pregava a respeito de
alguém que não era uma figura legendária de uma história imaginária,
que não era um semideus, metade Deus e metade homem. Ele
pregava de alguém que era real e verdadeiramente um com os
homens que veio para salvar.