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MANUAL DE

INCOTERMS
ANTRAM – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias

ANTRAM
Centro de Estudos Técnicos
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Ref.: CET/CP /INC/JB/2016


Versão 2/2016

Actualização e alteração do Manual da Antram


realizada por:
Fernando José Bandeira - ADVOGADO
Nádia Correia – ADVOGADA-est.

INCOTERMS 2 CP
ANTRAM – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias

Índice:

1 –Aproximação ao tema …………………………………………………………….. 4-5

2 – História ……………………………………………………………………………..….. 6

3 – Aplicação ……………………………………………………….……………………… 7

4 – O que os incoterms não regulam………………………………………………… 8

5 - Estrutura dos incoterms……………………………………… 9-11

5.1-Regras para qualquer modo de transporte;

5.2-Regras para transporte marítimo e vias navegáveis interiores;

6 - Incoterms 2010…………………………………………………………. 12

7 – Análise dos Incoterms…………………………………………. 13-21

8- Exemplo de factura ……………………………………………………. 22

9 – Bibliografia……………………………………………………………. 23

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1 – Aproximação ao tema

Incoterms, nome dado às regras oficias da CCI- Câmara de Comércio


Internacional para a interpretação de termos comerciais de contratos de
compra e venda internacionais, tendo como objectivo facilitar o
desenvolvimento comercial internacional.

Os Incoterms ou termos comerciais referem-se a várias situações


relacionadas com a entrega da mercadoria.

Definem as obrigações de cada uma das partes no contrato de compra e


venda internacional (importação e exportação) e visam diminuir os
litígios emergentes deste contrato.

Na prática, as partes de um contrato regra geral não definem nem


identificam questões relacionadas com o desalfandegamento da
mercadoria, sobre quem deverá pagar os custos com a carga ou descarga
da mercadoria, ou qual das entidades deve fazer o seguro e etc.

Tradicionalmente, as regras de interpretação dos termos comerciais mais


comuns estavam contidas nas leis nacionais de cada País, relativas à venda
das mercadorias.

Com a evolução das trocas comerciais, estes termos tiveram também de


ser actualizados, de modo a corresponder à prática comercial dos nossos
dias. Neste âmbito os legisladores foram deixando esta tarefa de elaborar

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as regras de interpretação para Organizações Internacionais, como a


Câmara de Comércio Internacional ( ICC ).

Por isso que a Convenção das Nações Unidas sobre os Contratos de


Compra e Venda de Mercadorias, assinada em 1980, não define o
significado dos vários termos comerciais, remetendo tal tarefa para os
Incoterms.

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2 - História

Desde 1936 que os Incoterms são reconhecidos mundialmente como


instrumentos práticos indispensáveis à melhor clarificação de contratos
internacionais.

Os Incoterms têm vindo a conhecer algumas alterações ao longo dos anos,


com efeito surgiram revisões em 1953, 1976, 1980, 1990, 2000 e 2010. A
revisão de 90 introduziu uma inovação, teve em conta a necessidade de
compatibilizar os anteriores Incoterms com a prática da EDI1. Esta revisão
manteve-se em vigor até Dezembro de 1999.

A revisão de 2000 manteve os mesmos termos (Incoterms) da revisão de


1990, procurou afastar algumas dificuldades de aplicação e interpretação,
que foram sentidas ao longo desses anos, sobretudo quanto ao termo FCA
– Free Carrier (Franco Transportador), e aos termos FAS - Free Alongside
Ship (Franco ao longo do navio) e DEQ – Delivered ex Quay (Entregue no
Cais).

A última revisão data de 2010.

Os Incoterms 2010, que entraram em vigor a 1 de Janeiro de 2011, não


revogam as versões anteriores (se as partes quiserem utilizar termos da

1
EDI – Electronic Data Interchange – Transmissão Electrónica de Dados

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versão de 2000, podem fazê-lo, bastando que acordem e citem os termos


de forma expressa).

3 - Aplicação

Os Incoterms, abreviatura de International Commercial Terms, não fazem


automaticamente parte de um contrato de compra e venda de
mercadorias, necessitando que as partes no contrato o manifestem
expressamente.

Conhecendo na prática a dificuldade de estabelecer um conjunto de


cláusulas que abarquem todo o conjunto de situações de vária ordem que
envolvem qualquer contrato, muitas vezes com recurso a sistemas
jurídicos distintos e leis diversas, a remissão para os Incoterms poderá
ajudar ao esclarecimento e clarificação dos conflitos que possam ocorrer,
que contudo não esgotam as eventuais dúvidas de interpretação e
integração que possam suscitar as cláusulas contratuais.

Os Incoterms são termos aplicáveis aos contratos de compra e venda


internacionais e não aos contratos de transporte.

Importa ainda referir que as partes para utilizarem as regras de Incoterms,


deverão sempre mencionar expressamente a versão a que se referem,

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que por razões lógicas deverá ser a mais recente, in casu, as regras de
Incoterms 2010. Adiante exemplificamos a sua inserção em documento
integrante do contrato de compra e venda.

4 - O que os Incoterms não regulam

Na prática comercial, é muitas vezes entendido, erradamente, que os


Incoterms estabelecem regras de propriedade da mercadoria.

Com efeito, os Incoterms apenas regulam questões relacionadas com a


divisão, entre vendedor e comprador, do risco de perda ou danos sobre
a mercadoria, da divisão dos custos do transporte das mercadorias a
suportar por vendedor e comprador e da responsabilidade pelo
desembaraço aduaneiro na exportação e na importação.

Nada tem a ver, pois, com questões relacionadas com a transferência da


propriedade da mercadoria, pois não foi possível acordar regras uniformes
sobre esta questão.

Enquanto que para os exportadores e importadores é essencial considerar


a relação prática entre os vários contratos subjacentes numa transacção
comercial internacional – para além do contrato de compra e venda,
importa considerar o contrato de transporte, de seguro, de financiamento
da mercadoria – os INCOTERMS visam um único desses contratos, o
contrato de compra e venda internacional.

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5 – Estrutura dos Incoterms

Os Incoterms 2010 têm algumas diferenças em relação aos Incoterms


2000, introduz novos conceitos como segurança “security”, documentos
electrónicos e preambulo que destaca em especial cada termo sendo
deste modo mais fácil a sua análise.

Eliminou alguns termos anteriormente utilizados e adicionou novos


termos, alterou profundamente no termo FOB o conceito de amurada do
navio que constituía o ponto de passagem do risco do vendedor para
comprador. Nestes novos termos o risco do vendedor passa para o
comprador desde que a mercadoria esteja a bordo do navio.

Os Incoterms 2010 são agora constituídos por 11 regras em vez das 13


regras (Incoterms 2000). As regras DAF, DES, DEQ e DDU foram
substituídas por duas novas regras a DAT (Delivered at Terminal) e DAP
(Delivered at Place).

A estrutura dos Incoterms 2000 baseava-se exclusivamente nos 4 grupos


de Incoterms com identificação inicial pelas letras E,C,F e D. Na revisão de
2010, mantêm-se as letras iniciais na identificação das siglas, mas cria-se a
divisão base que assenta em duas classes distintas:

5.1-Regras para qualquer modo de transporte;

5.2-Regras para transporte marítimo e vias navegáveis interiores;

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5.1-Regras para qualquer modo de transporte

Incluem sete Incoterms que podem ser utilizadas indistintamente do


modo de transporte utilizado:

- EXW

-FCA

- CPT

-CIP

-DAT

-DAP

-DDP

5.2- Regras para transporte marítimo e vias navegáveis interiores

Tanto o ponto de entrega como o local para onde as mercadorias são


transportadas são ambos “portos” daí o titulo “transporte marítimo e vias
interiores navegáveis”. Incluem quatro Incoterms:

-FAS

-FOB

-CFR

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-CIF

O termo “amurada do navio” utilizado nas regras FOB, CFR e CIF


(Incoterms 2000) é substituído pelo termo “a bordo do navio”.

Quando forem utilizados estes Incoterms no comércio internacional a


mercadoria só será considerada entregue quando tiver sido colocada a
bordo do navio (desaparece assim a confusão que por vezes o termo
amurada do navio criava anteriormente).

É errado num contrato de compra e venda internacional em que o


transporte seja efectuado por via rodoviária o emprego de quaisquer
dos termos, acima indicados, específicos do transporte marítimo.

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6- Incoterms 2010

As alterações introduzidas com a revisão de 2010 foram essencialmente as


seguintes:

1- O número de Incoterms foi reduzido de 13 para 11 termos;

2- Os termos DAF (Delivered at Frontier), DES (Delivered Ex-Ship), DEQ


(Delivered Ex-Quay) e DDU (Delivered Duty Unpaid) que integram os
Incoterms revisão de 2000 foram eliminados;

3- Os termos DAT (Delivered at Terminal) e DAP(Delivered at place) foram


introduzidos;

4- Determinação da responsabilidade sobre custos incidentes sobre a


cadeia de custódia e segurança da carga;

5- Ampliação dos preâmbulos de cada termo, como notas explicativas


(Guidance Notes), de modo a informar os usuários de maneira mais
completa sobre o termo pretendido.

Se as partes num contrato pretenderem utilizar os INCOTERMS, deverão


sempre mencionar expressamente a versão a que se referem, como já
havia sido dito, que por razões lógicas deverá ser a mais recente, ou seja
INCOTERMS 2010.
Na utilização dos Incoterms, qualquer que seja o termo, é importante
que seja feita sempre referência ao local combinado ou porto, para além
da indicação INCOTERMS 2010.

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7 – Análise dos Incoterms

 EXW – (Ex Works)

A mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento


do vendedor, ou noutro local nomeado (fábrica, armazém, etc.), sem estar
pronta para exportação ou carregada num qualquer veículo de transporte.

O vendedor cumpre a sua obrigação de entregar a mercadoria quando a


tiver colocado à disposição do comprador nas suas instalações.

Principalmente não é responsável pelo carregamento da mercadoria no


veículo fornecido pelo comprador nem pelo desalfandegamento da
mercadoria na exportação.

Significa o mínimo de obrigações para o vendedor.

O comprador suporta todos os custos e o risco inerente ao transporte da


mercadoria desde as instalações do vendedor até ao destino desejado.

No entanto, se as partes definirem que o vendedor é responsável pelo


carregamento das mercadorias e deverá suportar todos os custos e riscos
de tal carregamento, deverá ser feita uma adenda no contrato de compra
e venda.

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 FCA – (Free Carrier)

O vendedor cumpre a sua obrigação de entregar a mercadoria quando


a tiver colocado desalfandegada na exportação à responsabilidade do
transportador nomeado pelo comprador no ponto ou local combinado.

Se a entrega tiver lugar nas instalações do vendedor, o vendedor será


responsável pelo carregamento. Se a entrega ocorrer noutro lugar (por
exemplo no terminal da empresa transitária) o vendedor não é
responsável pelo descarregamento.) 2

Transportador significa qualquer pessoa que no contrato de transporte se


encarrega de efectuar o transporte. Se o comprador nomeou outra pessoa
que não seja o transportador para receber a mercadoria, considera-se que
o vendedor cumpriu a obrigação de entregar a mercadoria quando for
entregue a essa pessoa.

 FAS – (Free Alongside Ship)

O vendedor completa as suas obrigações no momento em que coloca a


mercadoria, pronta para exportação, ao lado do navio transportador
no porto de embarque designado (no cais ou em embarcações
utilizadas para carregamento).

2
A presente definição vem esclarecer os muitos problemas ocorridos com este termo na versão anterior
(1990)

INCOTERMS 14 CP
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A partir deste momento, o comprador deve suportar todos os custos e o


risco de perdas ou danos à mercadoria.

Com este termo, que surgiu na versão 2000, cabe ao vendedor proceder
ao desalfandegamento da mercadoria na exportação.

 FOB – (Free on Board)

O vendedor dá por concluídas as suas obrigações quando a mercadoria


transpõe a amurada do navio (ship's rail) no porto de embarque indicado
e, a partir daquele momento, o comprador assume todas as
responsabilidades quanto a perdas e danos (franco a bordo);

A partir desse ponto (a bordo do navio) o comprador tem de suportar


todos os custos e todos os riscos de perdas ou danos à mercadoria.

O termo FOB exige que seja o vendedor a proceder ao


desalfandegamento da mercadoria na exportação

 CFR – (Cost and Freights)

O vendedor é responsável pelo pagamento dos custos necessários para


colocar a mercadoria a bordo do navio, pelo pagamento do frete até o
porto de destino designado e pelo despacho para exportação (custo e
frete).

O vendedor deve pagar os custos e o frete necessários para levar a


mercadoria até ao porto de destino combinado, mas o risco de perdas ou

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danos à mercadoria, devidos a acontecimentos ocorridos depois do


momento em que a mercadoria tiver sido entregue a bordo do navio, é
transferido do vendedor para o comprador.

O termo CFR exige que seja o vendedor a desalfandegar a mercadoria na


exportação.3

 CIF - (Cost Insurance and Freight)

Além das responsabilidades inerentes ao Incoterm anterior, o vendedor


deve pagar o prémio de seguro do transporte principal.

Este termo significa que a entrega se cumpre efectivamente quando a


mercadoria tiver transposto a amurada do navio (de fora para dentro) no
porto de embarque.

O vendedor deve pagar os custos e frete necessários para o transporte da


mercadoria ao porto de destino combinado.

Neste termo, contudo, o vendedor tem de fazer o seguro que cubra o


transporte marítimo contra perda ou dano da mercadoria.

Assim, o vendedor faz o seguro, e paga o respectivo prémio.

3
Termo só aplicável ao transporte marítimo. Sempre que a amurada do navio nada signifique na prática
( ex: Roll-on/Roll-off, ou por contentores), é preferível usar o termo CPT

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O comprador deve atender que neste termo só é exigido ao vendedor um


seguro com o mínimo de cobertura; se o comprador pretender uma
cobertura maior, poderá acordar expressamente com o vendedor ou
então fazê-lo por sua iniciativa.

Neste termo é exigido ao vendedor que efectue o desalfandegamento da


mercadoria na exportação4.

 CPT – (Carriage paid to …)

O vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local


de destino designado, sendo responsável pelo despacho das
mercadorias para exportação. A partir do momento em que as
mercadorias são entregues à custódia do transportador, os riscos por
perdas e danos são transferidas para o comprador, assim como
possíveis custos adicionais que possam incorrer.

Significa que o vendedor entrega a mercadoria ao transportador por ele


indicado, e paga o frete relativo a entrega da mercadoria até ao destino
combinado.

Isto quer dizer que o comprador suporta o risco de perdas ou danos na


mercadoria devido a acontecimentos ocorridos depois da altura em que a
mercadoria tenha sido entregue ao transportador.

4
Idem, apenas para transporte marítimo.

INCOTERMS 17 CP
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Transportador é qualquer pessoa que num contrato de transporte se


encarregue de efectuar quem faça o transporte (por qualquer modo ou
combinação destes).

O desalfandegamento da mercadoria na exportação cabe ao vendedor.

 CIP – (Carriage and Insurance Paid to ..)

As responsabilidades do vendedor são as mesmas descritas no CPT,


acrescidas da contratação e pagamento do seguro até o destino.

Com este termo o vendedor cumpre a sua obrigação quando entrega as


mercadorias ao transportador por ele indicado, mas deve pagar
adicionalmente o custo do transporte necessário para a entrega da
mercadoria no local de destino combinado.

O comprador suporta todos os riscos e custos adicionais que ocorram


após a entrega da mercadoria ao transportador indicado.

O vendedor tem de fazer o seguro da mercadoria contra o risco de perdas


ou danos nesta durante o transporte.

A exemplo do que já dissemos no termo CIF, o comprador tem de ter em


atenção que só é exigido ao vendedor um seguro com o mínimo de
cobertura.

Se o comprador quiser uma cobertura superior é necessário que acorde


esse facto expressamente com o vendedor, ou o faça por sua iniciativa.

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O desalfandegamento da mercadoria na exportação cabe ao vendedor.

 DAP – (Delivered At Place)

A responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria à


disposição do comprador, pronta para ser descarregada, não tratando das
formalidades para importação, no terminal de destino designado, ou
noutro local combinado, assumindo os custos e riscos inerentes ao
transporte até ao local de destino.

 DAT - (Delivered at Terminal)

O vendedor termina a sua responsabilidade quando coloca a mercadoria


à disposição do comprador no terminal de destino designado, não
tratando das formalidades para importação, assumindo os custos e riscos
inerentes ao transporte até o terminal de destino e incluindo a descarga
da mercadoria.

 DDP – (Delivered Duty Paid)

É o Incoterm que estabelece o maior grau de compromisso para o


vendedor, na medida em que o mesmo assume todos os riscos e

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custos relativos ao transporte e entrega da mercadoria no local de


destino designado. O vendedor entrega a mercadoria ao comprador,
tratando das formalidades de importação, no local de destino
designado.

Entregue com direitos pagos significa que o vendedor cumpre a sua


obrigação ao colocar a mercadoria, desalfandegada na importação e não
descarregada de quaisquer meios de transporte, à disposição do
comprador no local combinado no país da importação.

O vendedor tem de suportar o risco e os custos pela entrega da


mercadoria nesse local incluindo, quando aplicável, quaisquer direitos
exigíveis na importação no país de destino.

Enquanto o termo EXW representa o mínimo de obrigações para o


vendedor, o termo DDP representa o máximo de obrigações.

Este termo não deve ser usado se directa ou indirectamente o vendedor


não puder obter a licença de importação.

No entanto se as partes desejarem excluir das obrigações do vendedor


alguns dos custos exigíveis na importação da mercadoria – o valor do IVA,
por exemplo, deverão fazer constar expressamente do contrato tal
situação.

Contudo se as partes desejarem que seja o comprador a suportar todos os


custos com a importação da mercadoria deve ser utilizado o termo EXW.

INCOTERMS 20 CP
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Como em EXW o DDP afasta uma regra genérica dos Incoterms (cada
operador económico deve pagar as despesas aduaneiras e os impostos no
seu país).

Em DDP o vendedor paga todos os custos até entregar a mercadoria no


local convencionado no interior do país de destino.

Quadro resumo:

Incoterm’s
s

E - partida F- transporte principal C- transporte principal D- chegada


não pago pago

EXW 1- FCA 1- CPT 1-DAT


2- FAS 2-CIP 2-DAP
3- FOB 3-CFR 3-DDP
4-CIF

INCOTERMS 21 CP
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8- Exemplo de Factura
Camião Agência
FACTURA Nº

_____________________(ENTIDADE)

____________________________________
Saída Destino
____________________ (MORADA)

C.M.E Tipo de Moeda Incoterm 2010

Euro Coimbra - EX WORKS

ENCOMENDA COD. ART. MODELO UNI. MONTANTE

CONDIÇÕES DE PAGAMENTO:

VENCIMENTO (S):

TOTAL:

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9 - BIBLIOGRAFIA

 INCOTERMS 2010 , ICC official rules for the interpretation of trade


terms - ICC publication nº 560, - ICC – 2000

 Eisemann, Frederic “ La Pratique des Incoterms “, Jupiter Exporter –


ICC Publishing SA

 Combalia Palmés,Remigi ‘ Cómo usar bien los incoterms ‘ Marge


Books - 1ª Edição –Janeiro 2005

 Rogério Alves Vieira « Incoterms 2010- Novas regras para o comércio


internacional » - janeiro 2011

 Omar Rached e António Carlos Cordeiro Cortês « Incoterms 2010-


Principais modificações »- 4 de outubro de 2010

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