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ARTIGO – RELATO DE CASO


Professor Fernando
22.11.2021

O artigo vai cair na prova!!!!

Resumo do caso:
Este caso é uma descrição de uma paciente que tinha uma doença de
base (osteoporose) foi agravada pela presença de doença celíaca.
Acima temos o resumo do caso clínico.
É comum em mulheres idosas. A taxa de estrógeno cai, a densidade
óssea cai mesmo. A manutenção óssea é garantida pela presença de
estrógeno e patologia tendem a surgir.
Essa mulher em uso de cálcio e vitamina D. Ela tinha baixa densidade
óssea e tinha que manter o que estava em quantidade baixa.
Foi detectado que ela tinha hipertireoidismo – hormônios T3 e T4 em
baixa intensidade. Tinha que repor esses hormônios.

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Osteoblasto (constrói uma nova massa óssea) e osteoclasto (célula que


destrói a matriz óssea). Temos que reconstituir o ósseo de forma gradativa.
O ósseo vai estar sempre se renovando. A mulher na ausência de estrógeno
causa fragilidade na renovação. Utilizou o alendronato de cálcio (reposição
do cálcio – impede o ataque de osteoclasto).
Indicações: O alendronato de sódio é indicado para o tratamento da osteoporose em
mulheres após a menopausa para prevenir fraturas, inclusive do quadril e da coluna
(fraturas por compressão vertebral). alendronato de sódio é indicado para o
tratamento da osteoporose em homens para prevenir fraturas.

A paciente estava com a densidade óssea baixa. Ela teve recuperou um


pouco da massa óssea deficitária. Após de 5 anos de acompanhamento, do
uso de alndronato, ela apresentou emagrecimento e piora do aumento da
densidade óssea.
Por que houve a piora?
Teve 12% na lombar e 20% no fêmur. Isso tem que ser investigado.
Há 2 anos, ela tem relatado episódios de diarreia frequente, levando a
suspeita de doença celíaca. Foram investigados a presença de anticorpos que
resultou positivos. A bioquímica com cálcio e fosforo normal.
Hiperparatireoidismo secundário. Doença celíaca com fator agravante. O
objetivo foi analisar se a doença celíaca estava agravando o caso.
DISCUSSÃO DA PATOLOGIA

Doença celíaca: reação do organismo a uma alguma partícula


estranha. O organismo reage contra ele mesmo, pois os anticorpos acabam
lesionando comprometendo o organismo no qual essa manifestação imune

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se observou. É provocada pelo glúten (proteína encontra em alguns


alimentos: derivados do trigo, da cevada, etc).

Essa reação acaba comprometendo o próprio intestino. Este glúten vai


ter a reação do intestino. A reação do glúten é tão forte que acaba destruindo
as vilosidades no intestino delgado. Este processo autoimune, que em tese
era para reagir somente contra o glúten, mas acaba reagindo contra o
intestino delgado. Diminui a quantidade de vilosidade, causando síndrome
absortiva. Se destrói as vilosidades, acaba comprometendo o intestino
delgado.

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A doença celíaca acaba comprometendo o intestino delgado. Ocorre


na parede interna do interno delgado, gerando a diminuindo a absorção dos
nutrientes. A pessoa deixa de absorver cálcio, pois houve o
comprometimento das vilosidades. Com isso, a tendência é piorar a
osteosporose.
Há uma restrição dos alimentos: deve evitar o glúten.

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O glúten é esta proteína. Ele vai ser divido em duas subunidades


menores: gliadina + glutenina = proteína no alimento. Os celíacos
manifestam uma sensibilidade a esse alimento e manifestam uma reação
contra o glúten.

Anticorpo angliadina: a anglidina é um dos componentes do glúten.


Ela começou a produzir anticorpos contra a angliadina.
Essa reação fez com que se lesionassem também a parede interna do
intestino delgado.
A doença celíaca consiste numa patologia para toda a vida, na qual a ingestão de
glúten, gliadina do trigo insolúvel em água, prolaminas do centeio e cevada
provocam uma inflamação crônica, causando lesões na mucosa do intestino delgado.

A doença celíaca resulta da intolerância ao glúten, evidenciada pela atrofia da


vilosidade do intestino, subseqüente a uma absorção ruim e uma nutrição deficiente.

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PARTE TEÓRICA
Essa proteína que o sistema imunológico que a paciente reagiu é o
glúten. Foi perceptível no sangue da paciente. Se percebeu que no sangue
existia um anticorpo antigliadina. Ela produzia anticorpos contra partículas
do alimento.

Como a reação do glúten se dá no intestino delgado, há um desarranjo


desse órgão. Houve uma destruição maciça das vilosidades. A musculatura
causa o peristaltismo. Quando tem uma lesão tecidual, houve uma
desorganização tecidual.
Lesão muscular: pode dosar a presença de enzimas musculares.
Enzimas que eram para estar no músculo e estar na corrente sanguínea.

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No sangue dessa paciente se encontrou o anticorpo anti-endomísio (é


um anticorpo contra essa partícula).
Membrana que cobre o músculo: epimísio. O endomísio está muito
bem escondido no músculo. Para encontrar esse endomísio: esse tecido
muscular foi destruído e foi encontrado no sangue. Essa lesão chegou até a
musculatura lisa das vilosidades, expondo o tecido da musculatura lisa na
corrente sanguínea e a paciente produziu esse anticorpo, pois ela teve essa
lesão. Isso ocorreu porque partículas do endomísio estava na corrente
sanguínea. Portanto, essa lesão ocorreu em razão da doença celíaca.
Sangue: foi encontrado os anticorpos antigliadina e anti-endomisio
(reage contra a membrana protetora).

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- Diarreia: A doença celíaca compromete a absorção de agua. Se


acumula água no intestino, a tendência é que as fezes fiquem mais aquosas.
- Prisão de ventre: excesso de material que não é absorvido. Quanto
mais se acumula materiais vai prejudicar a evacuação.
- Perda de peso: a pessoa absorve bem menos cálcio, proteínas,
fósforo. Ela perdeu seu grau melhor de absorção. Se ela perde o grau de
absorção, ela perde peso, pois não absorve nutrientes. O acúmulo gera ciclo
de doença patológica.
Há situações que a pessoa consegue absorver água. É algo cíclico:
diarreia e prisão de ventre. Às vezes, acontece uma coisa, em outros casos
acontece outro: ou seja, hora acontece diarreia, ora acontece prisão de ventre.
A perda de vilosidade gera a perda da capacidade de absorver água.
Esses anticorpos são parâmetros laboratoriais: antigliadina e anti-
endomísio. A paciente apresentou positividade para os dois anticorpos.
A doença celíaca estava em uma situação acuda.
- Anemia: não absorve ferro, vitamina B12.
- Estofamento: não consegue absorver e o material se acumula no
abdômen.

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- Cólica: excesso de material no intestino, a tendência é ter crise de


peristaltismo.

É uma perda da densidade óssea. A fragilidade óssea é cada vez mais


perceptível. Se a massa óssea perde resistência, ela está mais sujeita a sofrer
fratura. Isso ocorre muito em idoso por conta da fragilidade óssea.

Faz-se a densitometria óssea. É um mapeamento da estrutura óssea.


Esse parâmetro (T-score) vai dizer se é osteoporose ou não.
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A região lombar e o cólon do fêmur foram analisados. Se o score T for


menos que 1: normalidade óssea. Se for entre 1 e 2 (fraqueza óssea –
osteopenia óssea). Se este score for abaixo de -2,5 (osteoporose).
A paciente fez esse exame e deu o score T. No início, foi bem baixo.

É um mapeamento da estrutura óssea.


A densidade mineral óssea é para analisar o teor de minerais na
estrutura óssea. O osso tem uma parte proteica e de sais minerais
(hidroxiapatita - importante para a mineralização do osso). O valor da
densidade do osso por gramas por centímetros cúbicos.
DMO (densidade mineral óssea): analisa o nível de calcificação do
osso. Para cada região do osso tem um parâmetro.
Tem um valor de referência para o colo do fêmur e região lombar.
Há limites inferiores. Abaixo dos valores menores estaria com
osteoporose. Ex: abaixo de 0,88 g/cm².
Qualquer exame laboratorial tem valores de referência.

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Hipotireoidismo: baixa produção dos hormônios. Quando a tirosina,


recebe 4 iodos T4 e 3 iodos T3. Na falta deles é necessário a reposição dos
hormônios que a tireoide não produz mais.

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Devido a pouca produção dos hormônios, o metabolismo estav lento.

Essa curva vermelha tem a ver com o paratormônio. Quando o


paratormônio causa aumenta, o paratormônio diminui a produção. É
produzida pelas glândulas paratireoides.

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Essas glândulas produzem isso quando o cálcio plasmático baixa.


Paratormônio: é um hormônio garantidor da calcitemia. Se a concentração
de cálcio está baixa, prejudica, por exemplo, a contração muscular.
Temos muito cálcio no osso. O nível de paratormônio está muito alto,
ou seja, ela está retirando cálcio do osso. O paratormônio aumenta a sua
produção quando o cálcio está baixo. O cálcio pode estar baixo pela
diminuição de vilosidades disponíveis.

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O paratormônio induz a reabsorção óssea. Se a calcitemia está baixo,


ele vai fazer com que ocorre o aumento da retirada de cálcio no osso e colocar
na corrente sanguínea. Ele vai ter também receptor no rim (o cálcio foi
filtrado, mas pode ser reconduzido para a corrente sanguínea). Ele quer
garantir a quantidade de cálcio, ou seja, ele vai aumentar a absorção de
cálcio.
Esse papel do paratormônio nesta paciente está restrito, pois ela perdeu
grande parte das suas vilosidades.
Se o paratormônio não consegue atuar, haverá o aumento da
reabsorção renal ou intestinal. Na paciente, foi o aumento da absorção
intestinal.

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A vitamina D é importante pois haverá o banho de sol convertendo a


molécula inativa em ativa. Colecalciferol: vitamina D ativa.
Alendronato: evita o ataque da matriz óssea.
Objetivo: tentar repor o que a osteroporose estava fazendo com que
ocorre a perda.
A osteoporose é mais prevalente na mulher idoso: ela entra na
menopausa (os níveis de estrógeno cai bastante – é um hormônio produzido
nos homens e nas mulheres). Esse hormônio é garantidor da estabilidade
óssea.

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O osso tem receptor para estrógeno. Quando o osso recebe estrógeno,


ele tem sinal para manter o osso estável. O estrógeno é um dos principais
garantidores da estabilidade óssea. A mulher que entra na menopausa
diminui bastante a produção de estrógeno.
O metabolismo ósseo é garantido pela presença do estrógeno (possui
receptores). O principal indutor para a estabilidade óssea é o estrógeno.

Retirada do cálcio do osso para a corrente sanguínea  a massa óssea

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diminuir. Alendronato vai tentar impedir a reabsorção óssea. Ele vai inibir a
ação dos osteoclastos (célula que destrói a matriz óssea).

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DEBATE DO CASO
- Menopausa: diminuição da produção de estrógeno (garante a
quantidade de cálcio para a densidade ósseo). A taxa desse hormônio há 8
anos estava baixa (menopausa: 55 anos). Ela deveria ter feito reposição
hormonal.
- Hipotireoidismo: diminuição da produção de hormônio da tireoide
causa a diminuição da produção do metabolismo ósseo. É mais fácil tratar o
hipo do que o hipertireoidismo. Muitas vezes, o clínico induz o hipo para ter
medicamento para tratar, pois os medicamentos de hiper tem muitos efeitos
adversos.

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Abaixo de 0,88  osteosporose; A paciente tinha 0,766 (abaixo).

Score T: - 3,5 (abaixo)


Colo do fêmur: paciente (0,716)  tecnicamente, é um osteopenia.
Ela está no limite mínimo.

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Os parâmetros da densimetria percebeu-se que é osteoporose.


Fosfatase alcalina: normal.
Hipocalciuria: baixa total de urina da paciente e dividiu pelo peso.
Para cada 1 kg da paciente, eliminou meio 0,5. O normal é 0,2. Ela está
eliminando pouco cálcio na urina. Isso é um sinal que está faltando cálcio.
Apesar de usar a suplementação, ela tinha uma calciuria baixa,
provavelmente porque não tem cálcio suficiente para eliminar.
Creatinina: 0,7 – normal. É um parâmetro renal. Quer dizer que os
rins estão normais.
Ela não tem distúrbio hematológico diagnostico.
A paciente tem baixo nível de cálcio e baixa densidade óssea: o clínico
prescreveu alendronato para tentar aumentar densidade óssea. Ele bloqueia
a destruição da densidade óssea.

Após 1:
- Houve uma parcial recuperação da densidade óssea: 6,1%. Com isso,
a terapia teve resultado.
- Ela continuou tendo acompanhamento.
Após 5 anos, do início do alendronato, o controle do hipertireoidismo
foi difícil de controle.

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A lombar teve a densidade constante. O colo do fêmur, aumentou,


baixou e depois se manteve constante. Após 5 anos, houve uma queda do
aumento da densidade óssea.

Se a hemácia tem tamanho menor, ocorre a dificuldade das trocas


gasosas, causando anemia.

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Hemoglobina normal: 12 a 15. A paciente está com quadro anêmico,


pois as suas hemácias estão baixas. Para ser a hemácia ser adequadamente
funcional, precisa de vitamina B12 e ferro. Talvez ela estava absorvendo
pouca quantidade de vitamina B12 e ferro.

Queda dos índices densitométricos: diminuição na densidade da


lombar e do colo do fêmur, apesar de está usando o alendronato.
Hepatomegalia: crescimento do fígado de forma homogenia. O
quadro metabólico deficitário não tinha nada a ver com neoplasia.

Paratormônio aumentado: baixo nível de cálcio, levando a tireoide


a alta produção paratormônio. Com a coleta de sangue, percebe-se que a
quantidade de cálcio está normal porque está tendo a alta produção de
paratormônio. Essa alta produção está roubando o cálcio do osso.
Fosfatase alcalina: normal.
Osteocalcina: um pouco acima.
São fatores associados à construção da matriz óssea: fosfatase alcanina
e osteocalcina. Ambos são parâmetros de manutenção óssea.

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Hidroxiprolina: degeneração óssea.


No caso da paciente, percebe-se que há uma grande mobilização do
osso para manter esses parâmetros, apesar da função renal está normal.
Houve um aumento da atividade óssea devido ao aumento da atividade óssea.
O paratormônio aumentou e tem uma intensidade atividade óssea de
construção e reconstrução óssea. A principal atividade é a perda de cálcio do
organismo.

O paciente está com anemia, diarreia e baixa densidade óssea.


Solicitou a pesquisa de anticorpos.
Anti-gliadina: é para ser menor que 20.
Anti-endomísio: não tem que ter endomísio no sangue. Isso quer dizer
que tem endomísio no sangue decorrente de uma lesão.
A biopsia não foi feita pois a paciente já estava muito debilitada e os
parâmetros apresentados já dava para confirmar o diagnóstico.
O clínico entendeu que era doença celíaca e recomentou a paciente
não consumir mais alimentos ricos em glúten.
A doença celíaca fez com que ocorresse a diminuição da absorção de
vários nutrientes. Houve a perda das vilosidades que faz com que até os
medicamentos sejam menos absorvidos.

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Após um ano da dieta isenta de glúten, ela teve melhora do quadro


malabsortido.

Ela começou a ter uma dieta isenta de glúten, aumentando a densidade


óssea. Houve uma reconstrução das vilosidades, aumentando a sua
capacidade absortiva (nutrientes), voltando a absorção de cálcio e de
medicamento.

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Nesse caso, a produção de paratormônio diminuiu.


Hiperpatireoidismo secundário.
O artigo indicou a melhora do quadro da paciente quando a paciente
diminui a consumação de glúten.
OBS: Procurar os termos desconhecidos (ex: hiperpatiroidismo).

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