Você está na página 1de 11

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO

CAMPUS MORRINHOS
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
QUÍMICA INORGÂNICA EXPERIMENTAL – 4º PERÍODO
PROF.°. DR.°. ANTÔNIO CARLOS CHAVES RIBEIRO

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA


RELATÓRIO 04
VIDRARIAS DE LABORATÓRIO

MORRINHOS – GO
2021
Leonardo Eleutério da Costa
João Vitor Gomes Paulino Carvalho
Leonardo Eleutério da Costa
Mariana Assunção da Silva

FENÔMENOS QUÍMICOS
SÍNTESE DE COMPLEXOS TETRA E HEXACOORDENADOS DE COBALTO
FENÔMENOS FÍSICOS

Relatório apresentado ao Curso de


Licenciatura em Química, do Instituto
Federal Goiano – Campus Morrinhos como
exigência parcial para aprovação na
disciplina de Química Inorgânica
Experimental do 4º Período, ministrada
pelo Prof.°. Dr.°. Antônio Carlos Chaves
Ribeiro.

Morrinhos – GO
2021
1 INTRODUÇÃO
O ramo da Química Inorgânica responsável pelo estudo dos comportamentos das
combinações metal-ligante é chamado “Química de coordenação”. Os compostos de
coordenação exercem um papel importante na Química Inorgânica, os quais apresentam
um átomo metálico ou íon central rodeado por vários átomos, íons ou moléculas ligantes.
De maneira geral, um complexo metálico se forma mediante ligações entre um
ácido e uma base de Lewis. Neste caso o centro metálico é um ácido de Lewis que age
como um receptor de pares de elétrons, enquanto os íons, átomos ou moléculas, que atuam
como ligantes, agem como uma base de Lewis funcionando como doadores de pares de
elétrons (JONES, 2002).
O metal cobalto (Co), de aspecto duro, branco-azulado brilhante, ferromagnético
e solúvel em ácidos minerais diluídos, ocorre na natureza associado aos elementos níquel
(Ni), arsênio (As) e enxofre (S). Os minerais fontes de Co são a Esmaltita (CoAs2), a
Linneíta (Co3S4) e a Cobaltita (CoAsS). Os estados de oxidação +2 e +3 são de longe os
mais importantes para o Co (LEE, 1999).
Sob o ponto de vista histórico, a teoria de Werner, de 1893, foi a primeira tentativa
de explicar a ligação existente em complexos de coordenação. Na época Werner não tinha
à sua disposição nenhuma das modernas técnicas instrumentais, de modo que todos os
seus estudos foram realizados mediante interpretação de simples reações químicas.
Como explicado em Lee (1999), Werner conseguiu esclarecer a natureza das
ligações nos complexos, e concluiu que o metal nos compostos de coordenação apresenta
duas valências.
“Valências primarias: São não direcionais. O complexo
geralmente existe na forma de um íon positivo e sua
valência primária é o número de cargas no íon complexo,
consequentemente deve ser compensada por um número
igual de cargas provenientes de íons negativos. Valências
secundárias: São direcionais. Pode-se dizer que o número
de valências secundárias é igual ao número de átomos
ligantes coordenados ao metal” (LEE, 1999).

As reações de formação de complexos ocorrem pela substituição de moléculas de


água (H2O) por outros ligantes (moléculas neutras como NH3 e etilenodiamina, ou ânions
como Cl– e OH–) presentes na solução, seguida geralmente pela oxidação do íon metálico
(Co2+). Há uma reação inicial de substituição das moléculas de água e a seguir, o
complexo formado é oxidado pelo oxigênio do ar ou então pela ação da água oxigenada
(Ayala e De Bellis, 2003). Desse modo, as moléculas de amônia (NH3) estão coordenadas
ao centro metálico, e quando existem menos de seis moléculas de NH 3, a esfera de
coordenação é completada pelos íons cloreto (Cl–). Werner propôs compostos como
[Co(NH3)6]Cl3 e [Co(NH3)5]Cl2 e afirmou que os íons cloreto que estavam coordenados
ao metal estariam tão fortemente ligados que não se tornavam livres quando os compostos
eram dissolvidos em água. Portanto, a dissolução de [Co(NH3)5Cl]Cl2 em água se ioniza
para formar o íon [Co(NH3)5Cl]2+ e dois íons Cl-.
Muitos compostos de coordenação são coloridos, com exceção dos compostos dos
grupos s e p, que tem orbitais d vazios e não apresentam energia de estabilização do
campo cristalino, sendo quase sempre brancos. A cor dos complexos deve-se a presença
de orbitais d e f incompletos. A coloração pode variar em função da natureza e do número
de ligantes e até mesmo da geometria do complexo. No entanto, certos compostos de
coordenação contento metais de transição são brancos, como por exemplo, compostos
contendo íons Zn2+, que não apresenta transição de elétrons dentro do nível d, pois possui
configuração d10.
A seguir, será apresentado mais detalhadamente vias de sínteses e caracterização
das estruturas de complexos de Co (III).

2 OBJETIVO
Assimilar algumas técnicas de laboratórios necessárias para sintetizar complexos
hexacoordenados de cobalto (III) e sugerir propostas de estruturas para os complexos
através de técnicas de caracterização como espectroscopia eletrônica e medidas de
condutividade.

3 MATERIAIS
3.1 Reagentes • Carvão ativo.
• Cloreto de amônio sólido. • Água gelada.
• Água destilada. • Acetona.
• Gelo.
• NH4OH concentrado.
• H2O2 30 volumes.
• HCl concentrado.
• [Co(OH2)6]Cl2 sólido.
3.2 Vidarias, equipamentos e outros • Funil de Buchner.
• Béqueres. • Papel de filtro.
• Placa de aquecimento. • Espátulas metálicas.
• Agitador magnético. • Estufa.
• Vasilha para banho de gelo. • Kitassato.
• Termômetro. • Balança digital.
• Bomba de vácuo.

4 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
4.1 Preparação do Complexo 01
• Em balança analítica digital pesou-se separadamente 4,0 g de cloreto de amônio
e 6,0 g de cloreto de cobalto (II) hexaidratado e dissolveu-se ambos em 8,5 mL de
água fervendo.
• Resfriou-se a mistura, em banho de gelo, até 10° C e em seguida foi adicionado
13,5 mL de hidróxido de amônio concentrado.
• 11,7 mL de água oxigenada 30 volumes foi adicionada lentamente sob agitamento
vigoroso em placa de agitação.
• Aumentou-se gradualmente a temperatura, em banho-maria de 50–60° C,
buscando manter o recipiente na temperatura recomendada, com agitação
frequente, por 90 minutos.
• 1,8 mL de ácido clorídrico concentrado foi adicionado em meio reacional e
resfriou-se a mistura em banho de gelo.
• Realizou-se filtração a vácuo e deixou o material retido em papel de filtro na
estufa durante uma semana.
• Pesou-se a massa do material obtido e registrou-se os dados e análises pré e pós
prática para discussões futuras.

4.2 Preparação do Complexo 02


• Em um kitassato contendo 8,5 mL de água fervendo foi dissolvido 4,0 g de cloreto
de amônio e 6,0 g de cloreto de cobalto (II) hexaidratado.
• Pesou-se e adicionou-se, neste mesmo kitassato, 0,4 g de carvão ativo e esfriou-
se a mistura em banho se gelo.
• Em seguida foi adicionado 13,5 mL de hidróxido de amônio concentrado e buscou
manter, usando um banho de gelo, a solução sob temperatura de 10° C.
• Montou-se o sistema para borbulhamento de ar e iniciou-se o borbulhamento na
solução.
• Durante o borbulhamento foi deixado o kitassato imerso em um banho maria e
aumentou-se gradualmente a temperatura do banho até 50–60° C, com agitação
frequente, até o desaparecimento dos últimos traços de coloração rosa.
• Esfriou-se a solução em banho de gelo e filtrou a mesma usando o funil de
Buchner.
• Lavou-se o precipitado obtido com água gelada.
• Transferiu-se o material sólido obtido para um béquer contendo 1,8 mL de ácido
clorídrico concentrado e 40 mL de água em ebulição, e adicionou-se 0,4 g de
carvão ativo.
• Após filtrou-se novamente a mistura a quente e em seguida resfriou-se o filtrado
em banho de gelo.
• Por filtração a vácuo, recolheu-se os cristais de cor castanho amarelado e secou-
se os mesmos lavando-os com acetona.
• Pesou-se o sólido obtido em balança analítica e registrou-se os dados e análises
pré e pós prática para discussões futuras.

5 RESULTADOS & DISCUSSÃO


Como os compostos de metais de transição exibem belas cores, a química desses
elementos fascinava os químicos mesmo antes que a Tabela Periódica fosse desenvolvida.
No final do século XVIII até o século XIX, muitos compostos de coordenação foram
isolados e estudados. Esses compostos apresentavam propriedades que pareciam não estar
de acordo com as teorias disponíveis na época para explicar a formação da ligação
química. Em 1893, o químico suíço Alfred Werner propôs uma teoria que explicou com
sucesso as observações experimentais destes complexos. O mesmo propôs que os íons
metálicos exibem tanto valências primárias quanto secundárias. As ideias de Werner
explicaram também por que existem duas formas distintas de representar certos
complexos e duas maneiras diferentes de arranjar seus ligantes, denominando formas cis
e trans. Devido as suas contribuições para a química de coordenação, Werner foi
agraciado com o Prêmio Nobel de Química em 1913.
5.1 Síntese do Complexo de Coordenação 01
Os complexos de cobalto com aminas foram extensivamente estudados por
Werner e foram muito importantes para o desenvolvimento das primeiras teorias sobre os
complexos.
Complexos de Co (III) com diversos outros ligantes são mais estáveis que
complexos de Co (II). Como exemplo pode-se citar o íon [Co(NH3)6]2+ que é facilmente
oxidado quando exposto ao ar, produzindo o íon [Co(NH3)6]3+. Além de estáveis, muitos
complexos de Co (III) são inertes e podem ser sintetizados por métodos indiretos. Uma
das principais técnicas consiste na utilização de sais contendo o íon [Co(H2O)6]2+, que
reage mais rapidamente (e é menos inerte), com posterior oxidação do complexo formado.
O íon [Co(H2O)6]2+ é estável em solução, mas a adição de outros ligantes facilita
a oxidação a Co3+. Por outro lado, o íon [Co(H2O)6]3+ é um agente oxidante forte,
oxidando H2O a oxigênio e sendo reduzido a Co2+. Contudo, ligantes contendo átomos de
nitrogênio (como NH3 e etilenodiamina = NH2CH2CH2NH2) estabilizam o estado de
oxidação +3 em solução aquosa.
Na primeira parte do processo de síntese, antes da adição de HCl, foi obtida uma
solução de coloração roxa. Essa coloração deve-se a presença do composto
[Co(NH3)5Cl]Cl2, como descreve a reação química balanceada abaixo.
2 [Co(H2O)6]Cl2 + 2 NH4Cl + 8 NH4OH + H2O2 → 2 [Co(NH3)5Cl]Cl2 + 22 H2O

Posteriormente, com a adição do HCl concentrado, houve uma reação de dupla


troca, produzindo o composto trans-Cloreto de Tetramindiclorocobalto (III) –
[Co(NH3)4Cl2]Cl, que apresentou coloração verde em solução, como delineia a reação
química balanceada abaixo.
2 [Co(NH3)5Cl]Cl2 + HCl → 2 [Co(NH3)4Cl2]Cl + NH4Cl

Enfatizando os estudos de Werner, o mesmo verificou que o CoCl3.5NH3 poderia


ser obtido do CoCl3.6NH3 por perda de uma molécula de NH3, com a simultânea
transformação de um cloro de valência primária para um cloro de valência secundária.
Assim somente dois Cl– são iônicos e podem precipitar, portanto, cinco moléculas de NH3
e um íon Cl– formam valências secundárias (ligações coordenadas) a um íon Co3+,
formando o íon complexos [Co(NH3)5Cl]2+. Analogamente, no CoCl3.4NH3, um íon
cloreto forma uma valência primária, ao passo que dois íons cloretos e quatro moléculas
de NH3 formam as ligações coordenadas com o íon Co3+, formando o íon complexos
[Co(NH3)4Cl2]+.
O [Co(NH3)4Cl2]Cl sintetizado, pode ser classificado como Trans-
[Co(NH3)4Cl2]Cl, pois, apesar de exibir a mesma fórmula do Cis-[Co(NH3)4Cl2]Cl, é
diferenciado por sua coloração, uma vez que o último apresenta cor violeta.
Como existem duas maneiras diferentes de arranjar os ligantes do íon complexo
[Co(NH3)4Cl2]+, temos as chamadas formas cis e trans. No cis-[Co(NH3)4Cl2]+, os dois
ligantes cloretos ocupam os vértices adjacentes (lado esquerdo) do arranjo octaédrico, no
trans-[Co(NH3)4Cl2]+, os cloretos estão opostos entre si (lado direito), como mostra a
Figura 01 abaixo.

Figura 01 – Formas espaciais cis e trans do íon complexo [Co(NH3)4Cl2]+.

Fonte: Makmur (2019).

A partir de 4,0 g de NH4Cl e 6,0 g de [Co(H2O)6]Cl2 foram obtidos 7,85 g do sal


[Co(NH3)4Cl2]Cl sintetizado. Com uma conta de equivalência temos que:
4,0 + 6,0 → 100% rendimento
7,85 → x% rendimento
.∙. x = 78,5% de rendimento

5.2 Complexo de Coordenação 02


Os complexos de Co (III) sempre partem de algum sal de Co (II), pelo fato do
estado de oxidação comum do Co em seus sais simples ser +2, uma vez que os compostos
simples são mais estáveis neste estado de oxidação, enquanto nos complexos o estado
mais simples é o +3.
O complexo sintetizado nesta etapa se formou por meio de uma reação de
oxirredução, onde o cloreto de cobalto (II) hexaidratado é solúvel em água, porém sua
solubilidade aumentou usando água fervente no processo. Com este sal dissolvido em
água obteve-se uma solução de coloração rosa escuro e a reação que procedeu é
apresentada abaixo.
CoCl2(s) + 6 H2O(l) ↔ [Co(H2O)6(aq)]2+ + 2 Cl–

Já a reação entre o cloreto de amônio e o cloreto de cobalto (II) geraram o seguinte


produto, como descreve a reação química balanceada a seguir.
[Co(H2O)6]Cl2 + 6 NH4Cl ↔ [Co(NH3)6]3+ + 2 Cl–(aq) + 6 Cl–(aq) + 6 H2O(l)

A adição de cloreto de amônio em meio a solução não provocou alteração de cor,


mas com o acréscimo do catalisador, carvão ativo, a solução escureceu. O catalisador é
uma substância que acelera a velocidade de uma reação, sem ser consumido, durante o
processo.
O Co (II) tem grande afinidade com o grupo ligante amônia, preferindo este ao
invés da água. A reação do íon formado anteriormente com a ligante amônia é
representada pela equação química abaixo.
[Co(H2O)6(aq)]2+(aq) + 6 NH4Cl(aq) ↔ [Co(NH3)6]2+(aq) + 6 Cl–(aq)

O hidróxido de amônio foi adicionado antes do peróxido de hidrogênio, pelo fato


do nitrogênio ser menos eletronegativo que o oxigênio, doando assim mais facilmente
elétrons ao cobalto, no qual se oxidou de +2 para +3. Já a adição do peróxido de
hidrogênio foi feita em banho de gelo para garantir que a amônia presente não evaporasse
já que no meio reacional a reação libera calor e há efervescência por conta do oxigênio
provindo do peróxido.
[Co(NH3)6]2+(aq) + 2 NH4OH(aq) + 2 H2O2(aq) → [Co(NH3)6]3+(aq) + 2 NH4+(aq) + 4
H2O(l) + 2 O2(g)

Seguindo os procedimentos propostos, observou-se que a mistura obteve


precipitados depositados ao fundo do recipiente de coloração no tom de castanho
amarelado (ou alaranjados) quando adicionado HCl concentrado, produzindo assim o
composto Cloreto de Hexamincobalto (III) – [Co(NH3)6]Cl3, como delineia a reação
química balanceada abaixo.
[Co(NH3)6]3+(aq) + 3 HCl(aq) → [Co(NH3)6]Cl3(s) + 3 H+(aq)
A partir de 4,0 g de NH4Cl e 6,0 g de [Co(H2O)6]Cl2 foram obtidos 8,45 g do sal
[Co(NH3)4Cl2]Cl sintetizado. Com uma conta de equivalência temos que:
4,0 + 6,0 → 100% rendimento
8,45 → x% rendimento
.∙. x = 84,5% de rendimento

5.3 Medidas de Condutividade dos Complexos Sintetizados


Outro estudo de grande importância para a Química de Coordenação consiste na
medida das condutividades de soluções destes compostos.
De acordo com Ayala (2003), a condutividade elétrica de uma solução depende
da concentração do soluto e do número de cargas presentes. Desta forma, usando
condutividades molares e mantendo a concentração constante, o número de cargas
existentes em um complexo pode ser deduzido por comparação com dados tabelados.
As medidas de condutância eletrolítica envolvem a determinação da resistência de
um segmento de solução compreendido entre dois eletrodos paralelos. Estes eletrodos são
de platina metálica, revestida de um depósito de negro de platina, para aumentar a área e
reduzir a resistência de polarização.
As primeiras medidas de condutância molar, em solução aquosa, foram feitas por
Werner e Miolati, com o objetivo de desvendar a estrutura de vários compostos contendo
aminas. Estas medidas mostram que a condutância cresce com o aumento da concentração
dos íons livres, e para os compostos de coordenação essa correlação também é válida.
Como consequência, pode-se dizer que, nos complexos sintetizado trans-Cloreto
de Tetramindiclorocobalto (III) – [Co(NH3)4Cl2]Cl e Cloreto de Hexamincobalto
(III) – [Co(NH3)6]Cl3, as coordenações se fazem entre as espécies colocadas dentro dos
colchetes e analisando-os percebe que no primeiro caso ([Co(NH3)4Cl2]Cl) que os quatro
grupos NH3 e os dois grupos de Cl2 estão situados na esfera de coordenação, enquanto o
único cloreto (espécie fora do colchete) fica de fora da esfera de coordenação, ligando-
se, portanto, fracamente ao átomo central, dissociando-se facilmente quando em solução
e consequentemente gerando condutividade elétrica, porém fraca ou comparar com o
segundo caso, o qual se tem seis grupos de NH3 ligados diretamente a esfera de
coordenação e três cloretos ligados fracamente ao átomo central, gerando assim
condutividade elétrica três vezes maior que o primeiro caso....
6 CONSIRAÇÕES FINAIS
Os complexos envolvendo cobalto como ácido de Lewis e o grupo NH3 como base
tiveram um importante papel no desenvolvimento da chamada Química de coordenação,
e no experimento realizado a foi possível realizar a síntese de dois deles, o trans-Cloreto
de Tetramindiclorocobalto (III) – [Co(NH3)4Cl2]Cl e Cloreto de Hexamincobalto (III) –
[Co(NH3)6]Cl3. Do ponto de vista acadêmico, a síntese de sais inorgânicos é de vital
importância para melhor entendimento dos processos químicos e diferenciação de
reações. As sínteses laboratoriais procuram a obtenção de novos produtos com
propriedades mais acentuadas, e mais concentradas do que as existentes na natureza ou
compostos com propriedades inexistentes nos produtos naturais ou ainda produtos em
quantidade superiores àquelas que são possíveis extrair de fontes naturais, desse modo,
compreender as etapas dos processos de síntese é verdadeiramente importante para a
formação acadêmica, proporcionando habilidades e competências para gerenciar
trabalhos laboratórios. E vale ressaltar que o cuidado no manuseio dos produtos e
reagentes são essenciais para um melhor aproveitamento e rendimento final, já que a fata
de cuidado para com os mesmos acarreta na perda do produto sintetizado.

REFERÊNCIAS
AYALA, José Danilo; DE BELLIS, Vito Modesto. Química Inorgânica
Experimental. 2003. Disponível em:
http://qui.ufmg.br/~ayala/matdidatico/apostila_inorg_exp.pdf. Acesso em: 08/11/2021.

LEE, John David. Química inorgânica não tão concisa. Editora Blucher, 1999.

MAKMUR, Liana. Coordination Chemistry – compounds made up of metals that are


covalently bound to other molecules or ions Ligands – molecules (or ions) that donate,
p. 17, 2019. Disponível em: https://slideplayer.com/slide/14885141/. Acesso em:
12/11/2021.

Você também pode gostar