Você está na página 1de 10

ESTUDO DE UM SISTEMA HÍBRIDO EMPREGANDO

CÉLULA DE COMBUSTÍVEL DE ÓXIDO SÓLIDO (SOFC) E


TURBINA A GÁS

ANTONIO CARLOS CAETANO DE SOUZA


GIULLIANO BATELOCHI GALLO
JOSÉ LUZ SILVEIRA

Departamento de Energia - Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá - Universidade Estadual


Paulista (UNESP), Guaratinguetá, São Paulo, Brasil

RESUMO
Neste trabalho é analisado um sistema híbrido que contém uma Célula de Combustível de Óxido
Sólido (SOFC) e é aplicado um ciclo combinado utilizando turbina a gás para uma produção
racional e descentralizada de energia. São mostrados os conceitos relativos a esta célula, análises
químicas e técnicas como a mudança da energia livre de Gibbs por oxidação isotérmica do
combustível estudado diretamente em eletricidade. Isto representa uma grande fração do poder
calorífico inferior (PCI) de um combustível. Em um próximo passo é desenvolvida uma
metodologia para o estudo da SOFC e da turbina a gás, para a produção de eletricidade e vapor
para o Hospital das Clínicas do Barão Geraldo (Campinas - SP). Esta metodologia é aplicada para
a análise energética. O combustível utilizado é o gás natural. Um diagrama de Sankey destaca
que o sistema híbrido composto pela SOFC é uma boa oportunidade para a descentralização da
produção de energia no Brasil. Para isto, é necessário considerar que a cogeração também é um
boa alternativa técnica, sendo necessários métodos especiais de projetos, seleção de
equipamentos e acordos contratuais associados à produção de eletricidade e suprimento de
combustível.

ABSTRACT
In this paper a hybrid solid oxide fuel cell (SOFC) system, applying a combined cycle using gas
turbine for rational decentralized energy production is analyzed. The relative concepts about the
fuel cell are presented, followed by some chemical and technical informations such as the change
of Gibbs free energy in isothermal fuel oxidation directly into electricity. This represents a very high
fraction of the lower heating value (LHV) of a hydrocarbon fuel. In the next step a methodology for
the study of SOFC and gas turbine system is developed, considering the electricity and steam
production for a hospital. This methodology is applied to energetic analysis. Natural gas is
considered as a fuel. A Sankey Diagram shows that the hybrid SOFC system is a good opportunity
to strengthen the decentralized energy production in Brazil. It is necessary to consider that the
cogeneration in this version also is a good technical alternative, demanding special methods of
design, equipment selection and contractual deals associated to electricity and fuel supply.

PALAVRAS-CHAVE
Cogeração, SOFC, Análise Termodinâmica, Turbinas a Gás, Ciclo Híbrido, Gás Natural.

Correspondência deverá ser enviada ao Antonio Carlos Caetano de Souza:


Tel.: (12) 3123-2800 ramal 1903; e-mail: caetano@feg.unesp.br

1
1. INTRODUÇÃO
O início do século 21 está sendo caracterizado pelo crescimento de tecnologias menos danosas
ao meio ambiente. O aquecimento global combinado com a consciência pública de preocupar com
o impacto gerado pelos gases que contribuem com o efeito estufa tem estimulado a procura por
tecnologias mais eficientes de produção de energia como os sistemas de produção de calor e
potência combinados ou cogeração.

A célula de combustível produz, através da energia química dos combustíveis, eletricidade através
de reações eletroquímicas nos eletrodos, nos eletrólitos, etc. (as mais utilizadas em processos de
cogeração são óxidos sólidos, ácido fosfórico e carbonatos fundidos) pela reação química entre o
H2 da combustão (ou oxidação) e O2 do ar ou dos gases de exaustão, sem a necessidade de
conversão de energia em calor.

Esta tecnologia permite a recuperação do calor residual (dependendo do material disponível nos
dispositivos das células), que pode ser utilizada na produção de vapor, água quente ou gelada e
(ou) ar quente ou gelada [1,2].

As células de combustível de altas temperaturas são mais utilizadas em sistemas de cogeração


porque elas estão disponíveis para produzir vapor a altas temperaturas para os reformadores de
gás natural. Nesta configuração, a célula de combustível é otimizada para produzir uma máxima
eficiência térmica e uma temperatura máxima ao calor útil [3].

Quando elas produzem eletricidade, a vantagem aparente é a eliminação da limitação da


eficiência de Carnot [4,5]. Entretanto, a razão fundamental do interesse nas células é a redução da
irreversibilidade da combustão.

Este trabalho destaca a análise energética de um sistema de cogeração aplicada no Hospital das
Clínicas do Barão Geraldo (Campinas - SP). Este utiliza gás natural e opera em paridade elétrica.
O desempenho da planta foi avaliado trabalhando com a eficiência de uso do combustível e cada
componente do sistema é avaliado através da eficiência calculada com base na primeira lei da
termodinâmica.

2. CÉLULA DE COMBUSTÍVEL
A célula de óxido sólido (SOFC) pode ser utilizada na geração de potência em larga escala em
indústrias. Ela é menor e mais durável que uma MCFC, produzindo a mesma potência elétrica.

O íon conduzido através do eletrólito é o O2-. No catodo, o oxigênio do ar é combinado com


elétrons (do anodo) para formar um íon de oxigênio (reação 1, abaixo). Este íon se desloca pelo
eletrólito. No anodo, ele é consumido pela oxidação do hidrogênio para formar vapor d’ água com
a distribuição dos elétrons ao íon do circuito externo (reação 2) [6]:

½ O2 + 2 e - → O2- (1) H2 + O2- → H2O + 2e- (2)

3. CÉLULA DE COMBUSTÍVEL DE ÓXIDO SÓLIDO


As SOFCs. são dispositivos que operam em temperaturas maiores, oferecendo grandes
desempenhos, principalmente aos processos de cogeração. Esta célula apresenta um sistema
eletrolítico no estado sólido, trabalhando em temperaturas entre 800 e 1200ºC. As eficiências na
produção de eletricidade, utilizando a energia química oriunda de um combustível pode ser maior
que 50%.

São dois os principais tipos de configuração: tubular e plano. A figura 1 mostra estes modelos e
seus elementos que envolvem as suas estruturas físicas e o fluxo de ar e de combustível.

2
Figura 1. Configurações das SOFCs [7].

A maioria das células de combustível utiliza hidrogênio como vetor energético devido a sua alta
reatividade eletroquímica, mas algumas células também podem consumir monóxido de carbono
(CO), utilizando gás natural (GN) ou propano como combustível. Hidrogênio e CO podem ser
obtidos pela reforma a vapor destes combustíveis, podendo ser de duas formas: reforma interna e
externa. A primeira detém uma boa eficiência e simplicidade [8].

4. OS GASES NA SOFC
A oxidação do hidrogênio nos eletrodos produz água, como mostra esta equação [9]:

H2 + Ox0 = H2O + V0 + 2e- (3)

A reação de redução do oxigênio no catodo do SOFC é descrita desta forma [10]:

O2 + 2V0 + 4e- = 2Ox0 (4)

A velocidade destas reações é controlada pela difusão de oxigênio no eletrodo e no eletrólito,


dissociação de moléculas de oxigênio nos átomos, difusão de elétrons no eletrólito, pressão
parcial do oxigênio e variação de temperatura e características do eletrodo. Mas a cinética das
reações não é bem conhecida. A fronteira das três fases (gases, eletrodo e eletrólito) é o local
onde ocorrem as transferências de carga.

5. TURBINAS A GÁS
Os gases produzidos na câmara de combustão são expandidos na turbina e lançados na
atmosfera em uma temperatura entre 400 e 600ºC [11,12]. A eficiência térmica na produção de
eletricidade por uma turbina a gás de ciclo simples está entre 15 e 38% [13]. É possível injetar
vapor na câmara de combustão para aumentar a eficiência. A razão de compressão e a
temperatura da entrada da turbina também influenciam a eficiência térmica. Altas temperaturas na
entrada da turbina são desejáveis para aumentar a eficiência térmica, mas diminuem o seu tempo
de vida [11,14].

6. O SISTEMA HÍBRIDO CÉLULA DE COMBUSTÍVEL - TURBINA A GÁS


Quando este sistema é utilizado, a eficiência na produção de eletricidade é maior que 60% e a
emissão de poluentes é eliminada [11].

A pressurização das SOFCs. aumenta a tensão e, conseqüentemente, a eficiência elétrica.


Associando célula de combustível e turbina, esta eficiência aumenta, também. Neste sistema, o ar
é pressurizado no compressor antes de entrar na SOFC. Então, os gases de exaustão da célula
criam um fluxo pressurizado e quente, utilizado na combustão para acionar a turbina. A vantagem
do ciclo combinado ou híbrido é que a célula de combustível e o turbogerador a gás produzem
energia utilizando o mesmo combustível e a mesma corrente de ar.
Uma SOFC operando a 3 atm aumenta a produção de energia em aproximadamente 10% se
comparada com a operação a 1 atm. Mas o aumento da pressão pode não justificar os custos da
pressurização. O sistema célula / turbina a gás pode compensar este custo e este sistema
necessita de calor e gás pressurizado à operação [8].

7. PRINCÍPIO DE OPERAÇÃO DE UM CICLO HÍBRIDO


Durante a operação, o ar passa pelo compressor, onde é pressurizado a 3 atm. Posteriormente,
este ar vai ao recuperador de calor para ser pré-aquecido e consumido pela SOFC. O combustível
pressurizado é conduzido à esta célula, também, e as reações químicas ocorrem na célula de
combustível. Os gases de exaustão deixam a SOFC e atingem a turbina a gás, ativando o
compressor de ar e o gerador elétrico. Os gases da turbina vão ao recuperador de calor e depois
são lançados na atmosfera a 190ºC.

A eletricidade gerada pela célula de combustível é em corrente contínua e a eletricidade gerada


pela turbina é em corrente alternada. Utilizando o mesmo combustível e ar, duas fontes de energia
são abordadas. Estudos mostram que em plantas de potência que produzem potência elétrica
menor que 250kW o sistema híbrido obtém uma eficiência elétrica próxima a 58%, para plantas
que obtém potências maiores que 1 MW a eficiência é de aproximadamente 60% e para as que
produzem entre 1 e 3 MW a eficiência pode ser superior a 70% [8].

8. ESTUDO DE CASO
8.1. Introdução
Este trabalho simula um sistema híbrido utilizando uma SOFC com reforma a vapor direta interna.
Foi realizada uma análise energética deste sistema, instalado em hospital.

De acordo com Silveira et al. [11], os equipamentos de refrigeração e ar-condicionado e seus


acessórios como chillers, ventiladores, caldeiras e bombas de água, consomem 60% da energia
térmica e 65% da energia elétrica. O custo dos combustíveis e da eletricidade é de
aproximadamente 8 a 15% do custo total da operação em um hospital [11,13].

8.2. A energia necessária a um hospital


Há três subestações de energia elétrica no Hospital das Clínicas do Barão Geraldo (Campinas -
SP), cuja energia é fornecida pela Companhia Paulista de Força e Luz a uma tensão de 11,9 kV. A
potência instalada nas subestações é de 5800 kW e a potência contratada é de 2000 kW. Estas
subestações fornecem eletricidade em dois níveis de tensão: 220V e 380V.

Em casos de corte de eletricidade na rede, o hospital pode utilizar dois geradores a diesel que
produzem no total 400 kW. Estes geradores consomem 90l/h a 100l/h de óleo diesel. Eles operam
de 15 a 20 minutos semanais em manutenções preventivas e em caso de interrupção de
fornecimento de eletricidade pela rede, automaticamente [11]. Nos 12 meses de 1995, o consumo
mensal de eletricidade neste hospital foi de 77268 kWh no horário de pico e de 763030 kWh fora
do horário de pico e o seu fator de potência é 0,85. A figura 2 mostra o perfil da demanda de
eletricidade em um dia de verão.

8.3. O sistema proposto


Foi proposto um sistema que utiliza uma SOFC por reforma a vapor direta, associada com uma
turbina a gás, para alcançar a produção necessária de eletricidade (paridade elétrica). A figura 3
mostra o sistema proposto [15].

2
Figura 2. Demanda elétrica em um hospital [11].

Figura 3. O sistema proposto.

A água, que atravessa o ponto 2, atinge a célula de combustível para realizar o resfriamento,
absorvendo calor do trocador de calor, vaporiza e atinge o ponto 6. As condições do ponto 3 são
as mesmas do ponto 1.

8.4. Análise termodinâmica:


A análise energética de um sistema térmico é baseada na primeira lei da termodinâmica. Os
balanços de massa e de energia são ferramentas úteis no presente estudo, mas quando um
sistema envolve o consumo de um ou mais reagentes ou a formação de um ou mais produtos, é
necessário um balanço nas reações.

3
A eficiência na geração de eletricidade pode ser escrita como:

&
Ep célula + Ep turbina − W &
comp , ar − Wcomp , GN
η GE = (5)
E comb.

Os trabalhos consumidos pelos compressores de gás natural e de ar podem ser calculados


utilizando as seguintes fórmulas:

&comp, ar = mar (h 9 − h 8 ) η comp


W (6)

&comp, GN = mGN (h 4 − h 3 ) ηcomp


W (7)

A energia fornecida pelo combustível pode ser descrita como:

Ecomb. = mcomb. PCIcomb. (8)

O cálculo da energia fornecida pela turbina a gás é descrita na equação 9:

Ep turbina = mgases(13) (h 14 − h 13 ) η turbina (9)

O cálculo do Epcélula segue a equação de Gibbs.

A eficiência térmica é calculada assim como segue:

m V (h 19 − h 18 )
η GC = (10)
E comb.

A eficiência total deste sistema é:

ηG = ηGE + ηGC (11)

As considerações a seguir são assim analisadas:

- Gás natural como combustível, cuja composição é mostrada na tabela 1.

Tabela 1. Composição do Gás Natural [18].

COMPONENTE MASSA MOLECULAR % VOL. PCI [kJ/kg]


CH4 16,042 89,35 50.000
C2H6 30,068 8,03 47.525
C3H8 44,094 0,78 46.390
C4H10 58,120 0,07 45.775
C5H12 72,048 0,01 45.400
CO2 44,009 0,48 -
N2 28,016 1,28 -
Total - 100,00 47.966

- A razão vapor / carbono é igual a 3 [17];

- A temperatura média de operação da célula de combustível é igual a 1000ºC [17];

- 85% do gás no anodo é consumido [17];

- A eficiência isoentrópica do compressor é igual a 78% e da turbina, 80% [18,19];

4
- A eficiência do inversor (C.C. / C.A.) é igual a 78% [16,20];

A tabela 2 mostra o fluxo de massa, temperaturas, pressões e entalpias, dados estes calculados
em cada ponto da figura 4. A tabela 3 mostra os resultados do desempenho energético do
sistema.

Tabela 2. Dados dos pontos indicados na figura 9.

PONTOS m (kg/s) T (ºC) P (MPa) h (kJ/kg) PONTOS m (kg/s) T (ºC) P (MPa) h (kJ/kg)
1 0,065 25 0,101 643,27 10 1,984 400 0,304 702,49
2 0,215 25 0,101 104,87 11 1,779 1200 0,304 1671,55
3 0,065 300 0,101 1774,99 12 2,265 1440 0,304 2394,13
4 0,065 500 0,304 2915,18 13 2,265 1200 0,304 2009,68
5 0,065 800 0,304 4896,76 14 2,265 837 0,101 1565,01
6 0,215 800 0,304 4158,00 15 2,265 833 0,101 1447,91
7 0,485 1200 0,304 4506,63 16 2,265 637 0,101 1164,14
8 1,984 25 0,101 307,65 17 2,265 150 0,101 452,61
9 1,984 150 0,304 434,45 18 0,366 95 0,700 398,40
19 0,366 95 0,700 2668,00

Tabela 3. Desempenho Energético.

PARÂMETROS VALORES
Fornecimento de Potência Elétrica (Célula de Combustível) [kW] Epcélula 1.610,9
Fornecimento de Potência Elétrica (Turbina a Gás) [kW] Epturbina 805,70
Potência Consumida pelo Compressor de Gás Natural [kW] Wcomp,GN 95,01
Potência Consumida pelo Compressor de Ar [kW] Wcomp,ar 321,59
Potência Elétrica Líquida [kW] Eplíquido 2.000,02
Fornecimento de Potência pelo Combustível[kW] Ecomb. 3.249,75
Eficiência Elétrica [%] η GE 75
Eficiência Térmica [%] η GC 25,56
Eficiência Global [%] ηG 87,10

Os desempenhos obtidos do sistema (tabela 3) mostram que o sistema híbrido é tecnicamente


praticável, possibilitando uma eficiência de produção de eletricidade igual a 75%. A figura 4 mostra
o diagrama de Sankey do sistema proposto para este hospital. Neste diagrama, não consta o
Gerador de Vapor por Recuperação de Calor (HRSG) que fornece vapor saturado ao processo
(1370 kg/h a 0,7 MPa). A tabela 4 mostra o balanço de energia deste sistema.

Tabela 4. Balanço energético do sistema estudado.

COMPONENTE ENTRADA SAÍDA PERDAS


Célula de Combustível 7.110,8 6.773,2 337,7
Câmara de Combustão 5.442,0 5.422,5 19,5
Recuperador de Calor 5.486,8 5.262,9 223,9
Turbina a Gás 4.551,8 4.350,3 201,4
Pré-aquecedor - Gás Natural 3.734,1 3.597,7 136,4
Pré-Aquecedor - Ar 4.141,5 4.030,6 110,9
Compressor - Gás Natural 210,4 189,5 20,9
Compressor - Ar 932,1 862,1 70,0

5
9. CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS
A alta eficiência e a baixa emissão de poluentes em comparação com outras tecnologias faz do
sistema híbrido SOFC / Turbina a gás uma tecnologia atraente à geração de potência elétrica.
Este sistema apresenta alta eficiência de geração de eletricidade.

Idealmente, as células de combustível convertem a energia livre de Gibbs por oxidação isotérmica
de um combustível diretamente em trabalho eletroquímico. Mas os combustíveis devem ser
reformados para a produção de hidrogênio e de outros produtos.

No caso do hospital estudado, o sistema fornece todas as necessidades de eletricidade e


aproximadamente 38% do vapor saturado (1370 kg/h a 0,7 MPa) do processo. Então, a eficiência
global é aproximadamente igual a 87%. Observando a Diagrama de Sankey, as menores perdas,
baseadas na Primeira Lei da Termodinâmica são observadas na célula de combustível (10%),
trocador de calor (7%) e na turbina a gás (6,2%).

10. NOMENCLATURA
Ecombustível - Potência suprida pelo combustível (Gás Natural) [kW]
Epcélula - Potência elétrica fornecida pela célula de combustível [kW]
Epturbina - Potência elétrica fornecida pela turbina [kW]
Eplíquida - Potência elétrica líquida [kW]
mar - Vazão mássica de ar [kg/s]
mgases - Vazão mássica dos gases de exaustão [kg/s]
mGN - Vazão mássica do gás natural [kg/s]
PCIgás natural - Poder Calorífico Inferior do gás natural [kJ/kg]
Wcomp,ar – Potência consumida pelo compressor de ar [kW]
Wcomp,GN - Potência consumida pelo compressor de gás natural [kW]
ηcomp - Eficiência do compressor
ηG - Eficiência global
ηGC - Eficiência na geração de calor
ηGE - Eficiência na geração de eletricidade
ηturbina - Eficiência da turbina

10.1. Subscrito
comb. - Combustível
comp. - Compressor
G - Eficiência Global
GC - Geração de Calor
GE - Geração de Eletricidade
GN - Gás Natural
P - Potência
T - Turbina
V – Vapor

10.2. Abreviações
C.A. - Corrente Alternada
C.C. - Corrente Contínua
CCo - Câmara de Combustão
FC - Célula de Combustível
GN - Gás Natural
HRSG - Heat Recovery Steam Generator (Gerador de Vapor por Recuperação de Calor)
MCFC - Molten Carbonate Fuel Cell (Célula de Combustível de Carbonato Fundido)
PCI - Poder Calorífico Inferior
SOFC - Solid Oxide Fuel Cell (Célula de Combustível de Óxido Sólido)
T.C. - Trocador de Calor
TG - Turbina a Gás

6
Figura 4. Diagrama de Sankey do sistema estudado da figura 6

7
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1]- BRANDON, N.; HART, D.; An introduction to Fuel Cell Technology and Economics; Center
for Energy Policy and Technology; Imperial College; Londres; Inglaterra; 1999; Disponível em:
http://www.iccept.ic.ac.uk/pdfs/fuelcell.pdf
[2]- DRENCKHAHN, W.; LEZUO, U. M.; REITER, K.; Technical and Economic Aspects of Using
Fuel Cells in Combined Heat and Power (CHP) Cogeneration Plants; VGB Conference;
Siemens Power Cogeneration; Essen; Alemanha; Setembro; 1990.
[3]- LEAL, E. M.; SILVEIRA, J. L.; Study of a Fuel Cell Cogeneration Systems Applied to a
Dairy Industry; Journal of Power Sources; vol. 106; pp. 102-108; 2002.
[4]- DUNBAR, W. R.; LIOR, N.; GAGGIOLI, R.A.; Combining Fuel Cells with Fuel-Fired Power
Plants for Improved Exergy Efficiency ; Energy; vol. 16; nº. 10; pp. 1259-1274; 1991.
[5]- SRINIVASAN, S.; MOSDALE, R.; STEVENS, P.; YANG, C.; Fuel Cells: Reaching the Era of
Clean Power Generation; Annual Review of Energy and Environment; vol. 24; pp. 281-328; 1999.
[6]- HIRSCHENHOFER, J. H.; STAUFFER, D. B.; ENGLEMAN, R. R.; Fuel Cells: A Handbook
(3rd revision); Philadelphia: Gilbert and Commonwealth, Inc., U.S. Department of Energy, contract
nº. DE-AC01-88FE61684; Philadelphia; Estados Unidos; 1994.
[7]- LARMINIE, J.; DICKS, A.; Fuel Cell Systems Explained; John Wiley & Sons, Ltd.; 308p;
Inglaterra; 2002.
[8]- WESTINGHOUSE ELECTRIC CORP.; Solid Oxide Fuel Cell Power Generation System.
The Status of the Cell Technology - A Topical Report; Rep. No. DOE/ET/17089 - 15, U.S. Dept.
Of Energy; Washington; Estados Unidos; 1984.
[9]- GARDNER, F.J.; Thermodynamics Process in Solid Oxide and other Fuel Cells; Journal of
Power and Energy; Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers; vol. 211; pp.367-380;
1997.
[10]- LEAL, E. M.; Análise Técnica-Economica de Sistemas de Co-geração Empregando
Célula de Combustível: Estudo de Casos; Dissertação de Mestrado; p.191; Universidade
Estadual Paulista (UNESP); Guaratinguetá; 2000.
[11]- SILVEIRA, J. L.; Cogeração Para Pequenos Usuários: Estudo de Caso Para o Setor
Terciário; Tese de Doutorado; Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); p.193;
Campinas; 1994.
[12]- TUNA, F.; Temperature Fuel Cells. Part 2: The Solid Oxide Cell; nº 21; pp. 120-126;
Chemtech; 1998.
[13]- SILVEIRA, J. L.; Cogeneration for Small Users: Case Studies for Brazilian Tertiary
Sector; Proceedings of 1995 ASME COGEN TURBO; Agosto; 1995.
[14]- VAN WYLEN, G. J.; SONNTAG, R. E.; BORGNAKKE, C.; Fundamentos da
Termodinâmica; 6ª edição; p.577; Editora Edgard Blücher Ltda.; São Paulo; 2003.
[15]- GALLO, G. B.; Análise Técnica de um Sistema Híbrido Célula de Combustível / Turbina
a Gás; Trabalho de Graduação; Universidade Estadual Paulista (UNESP); p.59; Guaratinguetá;
2002.
[16]- WARK JR., G.; Development and Demonstration of Solid Oxid Fuel Cell System; In:
Blomen, L. J. M. J.; Mugerwa, M. N. (Eds.); Fuel Cell Systems; Capítulo 3; pp. 465-492; New York:
Plenum Press; New York; Estados Unidos; 1995.
[17]- MURUGESAMOORTHI, K. A ; SRINIVASAN, S.; APPLEBY, A . J.; Development and
Demonstration of Solid Oxid Fuel Cell System; In: Blomen, L. J. M. J.; Mugerwa, M. N. (Eds);
Fuel Cell Systems; Capítulo 3; New York: Plenum Press; pp. 465-492; 1993.
[18]- SILVEIRA J. L.; GOMES, L. A.; A Case Study of a Fuel Cell Cogeneration System:
Techno Economic Analysis; Proceedings of Powergen in Europe 97; 1997.
[19]- COHEN H.; ROGERS G. F. C.; SARAVANAMUTTOO H. I. H.; Gas Turbine Theory; 3ª
edição; pp. 1-28; 1989.
[20]- CASANOVA, A.C.; VEYO, S.E.; Pre-commercial Demonstration Projects for SOFC
Simple-Cycle and SOFC/turbine Hybrid Systems; Power Journal; 2001; Disponível em:
http://www.pg.siemens.de/download/pool/3_PJ_1_01_e_casanova_neu.pdf

Você também pode gostar