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Resumo
A era em que vivemos, desde há muito é denominada “era do petróleo”, uma vez que suas
bases ainda se fazem dependentes deste “ouro negro”. Sabe-se, entretanto, que por mais otimista
que seja a estimativa, o petróleo irá se extinguir algum dia. Basta recorrermos a esta afirmação para
justificar o fato da ciência ter lançado mão de pesquisas sobre novas fontes de energia, que se
apresentam como alternativas geralmente renováveis e com o menor impacto ambiental possível.
A arte da tecnologia do hidrogênio, crescente nos dias atuais, envolve etapas de produção
desde reações de gaseificação até decomposições térmicas e termoquímicas; armazenamento na
forma gasosa, líquida e em compostos intermediários, transporte e ainda utilização, especialmente em
células a combustível.
Abstract
The age we are, since many years ago is called “petroleum age”, because its bases are
dependents on “black gold”. It’s thought, however, that for more optimists the estimates are, the
petroleum will be over on day. It’s necessary to justify the fact science to look for new energy’s
sources, which appear as renewable alternatives and with less and possible environmental impact.
The art of hydrogen’s technology, increasing nowadays, involves production’s steps since
gasification reactions to thermal decomposition; storage in gas and liquid state, in intermediary
compounds, transport, and utilization, especially in fuel cells.
1) Introdução
O hidrogênio tem sido cada vez mais visto como uma possibilidade energética, devido ao seu baixo
impacto ambiental e seu alto valor energético. O fato de poder ser armazenado e consumido quando
necessário, além de poder ser convertido na fonte primária original (eletricidade, por exemplo), ou em
outra forma de energia, faz do hidrogênio “um excelente vetor energético, servindo de elo de ligação e
de conversão entre diferentes fontes e formas de energia”. (SILVA, 1991)
2) Geração de Hidrogênio
Hidrogênio pode ser produzido a partir de fontes primárias de energia, tais como os combustíveis
fósseis (carvão, petróleo, gás natural), a partir de intermediários químicos (tais como os produtos de
refinaria, amônia, etanol) e a partir de fontes alternativas de energia tais como a biomassa, biogás e
gás de lixo. (PIETROGRANDE; BEZZECCHERI, 1993)
Para obtê-lo é necessário extraí-lo de substâncias onde ele está presente, como a água e os
compostos orgânicos. Existem vários processos de extração do hidrogênio e todos eles requerem
energia. (TOLMASQUIN, 2003).
Abaixo na Figura 2 explicitam-se as diversas maneiras que o hidrogênio pode ser armazenado e
transportado, tendo como principal base os estudos de SILVA (1991).
Figura 2: Possibilidades de armazenamento e transporte de Hidrogênio
Combustível térmico
A utilização do hidrogênio como combustível térmico não é comum, exceto quando constitui parte
do gás produzido em gaseificadores e reformadores. O poder calorífico do gás depende da
composição do mesmo. Entretanto seu uso mais tradicional, segundo SILVA (1991), seja
residencial, para fins de cocção, uma vez que constitui cerca de 40 a 50% do “gás de rua”
distribuído nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Geração de eletricidade
Atualmente o hidrogênio, como foi dito na introdução, é muito visto como um vetor energético, a
possibilidade de ser armazenado e consumido posteriormente faz com que o hidrogênio seja um
elo de ligação entre uma forma de energia e outra. O processo onde o hidrogênio transforma-se
em eletricidade e calor ocorre nas chamadas células á combustível, as quais tem chamado a
atenção da ciência devido o alto rendimento em comparação com os motores térmicos.
Utilização na petroquímica
Segundo a PETROBRAS, a principal utilização do hidrogênio no Brasil, produzido principalmente a
partir da reforma catalítica de nafta e gás natural, é do hidrotratamento de diesel, querosene, nafta,
óleos lubrificantes, parafinas e normal parafinas. (TOLMASQUIN, 2003)
Células a Combustível
As células a combustível (Figura 3) são dispositivos eletroquímicos que produzem energia elétrica
a partir do combustível hidrogênio. O combustível hidrogênio suprido constantemente em um dos
eletrodos (anodo) reage eletroquimicamente com um oxidante (em geral, oxigênio) suprido no
outro eletrodo (catodo). Entre os eletrodos, encontra-se o eletrólito, composto de material que
permite o fluxo dos íons entre os eletrodos, mas impede a passagem de elétrons, que são
obrigados a percorrer um circuito externo, produzindo assim uma corrente elétrica. (REIS, 2003)
A classificação das células a combustível é feita principalmente de acordo com o eletrólito usado,
como também de acordo com a temperatura de operação e o catalisador empregado para
promover as reações eletródicas. As tecnologias atuais são:
- AFC (Alkaline Fuel Cell);
- PACF (Phosforic Acid Fuel Cell);
- SPFC (Solid Polymer Fuel Cell);
- MCFC ( Molten Carbonate Fuel Cell);
- SOFC (Solid Oxide Fuel Cell);
As três primeiras tecnologias são chamadas de 1ª geração, devido à razoável faixa de temperatura
que operam (até 200ºC). Já as duas últimas tecnologias são chamadas de 2ª geração, (600ºC a
1000ºC), nestas é possível fazer a reforma interna à vapor do combustível de onde se produzirá o
hidrogênio. O rendimento das células varia a partir de 45%.
5) Impactos Ambientais
O uso do hidrogênio, como combustível, provoca, em geral pouquíssimos impactos ambientais,
sendo justamente este o fator eu tem promovido os estudos que objetivam uma presença mais
significante deste elemento no consumo de energia de inúmeros países. A queima do hidrogênio
junto ao ar provoca praticamente a emissão de NOx. Mesmo assim as quantidades emitidas são
inferiores aos teores medidos no caso dos combustíveis tradicionais. No uso em células à
combustível, a baixa temperatura a emissão de poluentes é quase nula, resultando
significativamente apenas água no processo. (TOLMASQUIN , 2003)
Porém, para uma análise ambiental mais profunda do uso do combustível como um todo, deve-se
considerar as emissões provocadas na sua geração, armazenamento e transporte, enfim todo seu
ciclo de vida.
5) Conclusão
Referências
• SILVA, E.P., Introdução à Economia de Hidrogênio, 1a Ed., Editora da Unicamp, 204 p.,
1991.
• TOLMASQUIM, M.T., Fontes Renováveis de Energia no Brasil, 1a Ed., Editora
Interciência, 2003.
• PIETROGRANDE, P.; BEZZECHERI, M., Fuel Processing. In: BLOMEN, L.J.M.J.;
MUGERWA, M.N. (Eds). Fuel Cell System, 1a Ed., New York: Plenum Press, Cap 9, 1993.
• REIS, L.B., Geração de energia elétrica: tecnologia, inserção, planejamento, operação
e análise de viabilidade, 3a Ed., Manole, 2003.