INVESTIGAÇÃO DO PROCESSO DE HIDROGENAÇÃO DIRETA DA

MISTURA GASOSA (CO₂ + O₂), VISANDO OTIMIZAR A SEGURANÇA

DE OPERAÇÕES EM CÉLULAS A COMBUSTÍVEL (PEMFC) E
MOTORES A COMBUSTÃO

NELSON DA S. CINTRA NETO† , RAQUEL LIMA OLIVEIRA ‡ , RAPHAEL N. C. BRANCO ROCHA §

†
Engenharia Elétrica – INPTS
‡
Engenharia Química – INPTS
§ Engenharia Elétrica – INPTS

Instituto Nacional de Pesquisa em Tecnologias Sustentáveis – INPTS

Rio de Janeiro, Brasil

nelsoncintra@gmail.com, quell_2008@yahoo.com.br, raphael.dkreng@poli.ufrj.br

Resumo - Este artigo teve como objetivo
investigar, por meio de ensaios experimentais e
documentais, a possibilidade de estabilizar a
inflamabilidade do gás Hidrogênio (H₂), por
meio do processo de hidrogenação direta da
mistura gasosa (CO₂ + O₂), utilizando a platina
presente nos sensores de gás MQ e eletrodos da
célula a combustível de hidrogênio (H₂)
(PEMFC) como catalisador, tornando o
hidrogênio (H₂) parte integrante de um
composto temporário e instável que possibilite
inibir sua inflamabilidade nesse sistema fechado
despressurizado. Este feito visa de forma
despretensiosa, fornecer dados relevantes para o
desenvolvimento de novas tecnologias que
possibilitem armazenar energia elétrica com
segurança. Com foco no objetivo deste artigo,
foi construído um protótipo utilizando a
plataforma de prototipagem Arduíno Uno
(microcontrolador Atmega328pu), para realizar
o processamento dos dados obtidos através dos
sensores eletrocatalíticos MQ-2 (gases
inflamáveis), MQ-5 (gases GLP e Natural), MQ-
8 (gás Hidrogênio) e MQ-135 (gases tóxicos) e do
sensor DHT (temperatura e umidade), que
juntos constituíram um equipamento analisador
de gases, que auxiliou como teste complementar
na obtenção dos resultados finais deste.
Palavras-chave: PEMFC, Armazenamento,
Segurança, Estabilização, Energia.
Abstract - This paper aimed to investigate,
through experimental and documentary tests,
the possibility of stabilizing the flammability of
Hydrogen gas (H₂), through the process of direct
hydrogenation of the gas mixture (CO₂ + O₂),
using the platinum present in the MQ gas
sensors and electrodes of the hydrogen (H₂) fuel
cell (PEMFC) as a catalyst, making the
hydrogen (H₂) an integral part of a temporary,
unstable compound that makes it possible to
inhibit its flammability in this depressurized
closed system. This achievement aims
unpretentiously to provide relevant data for the
development of new technologies that make it
possible to store electrical energy safely.
Focusing on the objective of this article, a
prototype was built using the Arduino Uno
prototyping platform (microcontroller
Atmega328pu), to process the data obtained
through the electrocatalytic sensors MQ-2
(inflammable gases), MQ-5 (LPG and Natural
gases), MQ-8 (Hydrogen gas) and MQ-135 (toxic
gases) and the DHT sensor (temperature and
humidity), which together constituted a gas
analyzer equipment, which helped as a
complementary test in obtaining the final results
of this one.
Index Terms: PEMFC, Storage, Safety,
Stabilization, Energy.
I. INTRODUÇÃO
O Brasil, está passando por um período de níveis
historicamente baixos nos reservatórios das
hidroelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, o
mais baixo na primavera desde o ano 2000,
conforme apresentado na reportagem [1]. Porém
esse devidamente não é o mais crítico dos
problemas a serem resolvidos, como será exposto
nesse trabalho.
O país possui dimensões continentais e sua matriz
energética é composta de grandes usinas hidráulicas
distantes dos centros consumidores, por este motivo
possui grande expertise em transmitir energia
elétrica a longas distâncias. Segundo [2], diretor da
ANEEL em 2015.
Historicamente o país apresenta uma matriz
energética renovável, devido à, 59,9% das usinas
serem hidrelétricas ligadas ao SIN - Sistema
Interligado Nacional.
O Sistema tem procurado integrar diversas outras
fontes de geração de energia para somar a matriz
energética nacional, de modo a reduzir a
dependência das usinas hidrelétricas, para que em
momentos de escassez hídrica o país não tenha que
utilizar fontes não renováveis de energia, como é
caso das termoelétricas, mais poluentes e caras na
geração.
O país segue a tendência mundial dando
prioridade as energias renováveis. No entanto, essas
energias causam problemas no sistema de geração
centralizada devido a serem usinas de energia
renováveis intermitentes, conforme informado pelo
Operador Nacional do Sistema (ONS).
Geram instabilidade na rede, pois são uma fonte
de energia que flutua conforme a disponibilidade de
recursos, necessitando que as concessionárias
tenham uma reservar de capacidade de produção
das centralizadas para estabilizar o sistema em
momentos de baixa geração das
intermitentes. Então efetivamente o sistema não
tem como despachar toda sua capacidade instalada,
pois senão operaria fora da margem de segurança
estabelecida pela ANEEL [3].
A geração de energia descentralizada no
consumidor final seria uma excelente alternativa,
pois ela conseguiria reduzir a demanda para as
distribuidoras. Porém, essa alternativa causa outros
problemas, mas de via geral ela consegue amenizar
o problema em sua totalidade, pois ela gera energia
que será consumida localmente, que em vias de
fato, também gera uma instabilidade na rede, mas
em menor escala que as grandes injetoras de solar e
eólica do sistema.
A solução não necessariamente mais prática, mas
a ideal para esse problema, seria conseguir gerar o
máximo de energia das renováveis e armazenar o
excedente em grandes sistemas de armazenamento
de energia, sendo elas por sistemas mecânicos
(Flywheel, etc.), sistemas físicos (hidroelétricas,
hidroelétricas reversíveis, etc.) e sistemas químicos
(baterias de lítio, seja por baterias de ferro-ar,
alumínio-ar e célula combustível, etc.).
Atualmente os bancos de baterias tem um custo
inicial de adoção muito alto para o consumidor
comum. A escassez de lítio (por ser um metal raro)
e a atual forma de construção das baterias, torna o
processo de estocagem de sistemas estabilizadores
de alta potência difícil de ser implementado em
qualquer ambiente geográfico. Tornando necessário
o desenvolvimento de outras formas de
armazenamento de energia para sanar a
dependência destes tipos de tecnologias.
De modo a aumentar as opções e criar um
equilíbrio maior, globalmente esse desafio tira o
sono de muitos pesquisadores, que buscam
desenvolver tecnologias capazes de gerar ou
armazenar energia elétrica com mais eficiência e
segurança.
O gás Hidrogênio tem se mostrado muito
promissor como um vetor energético, testado
amplamente na utilização em células a combustível
e motores a combustão. Conforme dito por [4].
II. DESENVOLVIMENTO
II.A. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
II.A.1. Os Reagentes Utilizados nos Experimentos:
● Dióxido de carbono (CO₂), adquirido
no processo sublimação do Gelo Seco;
● Água destilada (H₂O), de onde serão
obtidos o H₂ e O₂ através do processo de
eletrólise da água.
II.A.1.1. O Hidrogênio (H₂)
Em 1948: George Gamow e Ralph Alpher
introduziram a teoria Alpher-Bethe-Gamow que diz
que o hidrogênio surgiu no início da formação do
universo. Com a expansão provocada pelo Big
Bang, os valores de elétrons e prótons foram
suficientes para se combinarem, formando átomos a
partir do hidrogênio, bem como hélio e lítio. A
maneira mais comum de encontrar o elemento é em
sua forma molecular (H₂), como explicado por [5].
Entretanto, achado semelhante foi obtido
misturando metais com ácidos fortes, onde a
liberação do gás ocorreu de uma simples reação de
troca. O hidrogênio é o elemento químico de menor
densidade e maior quantidade no universo (estima-
se em 75% da massa de toda matéria), mas é
encontrado principalmente em compostos como os
hidrocarbonetos e a água da Terra. Na forma de
gás, é extremamente raro na atmosfera porque é
mais fácil escapar da atmosfera do que outros gases
devido à sua baixa densidade. O planeta Terra é o
nono mais abundante em Hidrogênio.
Dados importantes sobre o Hidrogênio: A chama
do hidrogênio é muito quente e sua densidade de
energia é 38 kWh / kg em relação à densidade da
gasolina, sendo de apenas 14 kWh / kg. A energia
necessária para a ignição da mistura de hidrogênio-
ar é de apenas 0,04 mJ, enquanto a dos
hidrocarbonetos é 0,25 mJ. O hidrogênio é muito
fácil de queimar no ar, precisando de 4% a 75% por
volume de ar. A energia necessária para acendê-lo é
tão pequena que, em alguns casos, pode ocorrer
combustão espontânea. Segundo [6].
Conforme explica em sua [6] tese:
Para se utilizar o hidrogénio em larga
escala de maneira segura, os sistemas de
armazenamento ainda têm de sofrer
alguma evolução, devendo ser mais
práticos, especialmente para os
automóveis. Apesar de o hidrogénio poder
ser armazenado no estado líquido, este
processo requer um elevado gasto de
 energia, cerca de 25 ou 30% de sua energia
total, pois o hidrogénio tem de ser
arrefecido até -253 °C, e exige materiais e
manipulação especiais. O arrefecimento de
0,5 kg de hidrogénio necessita cerca de
5KWh de energia eléctrica.
II.A.1.2. O Oxigênio (O₂)
Há cerca de 2 bilhões de anos, o oxigênio
apareceu pela primeira vez na atmosfera terrestre
sendo acumulado por meio da fotossíntese de algas
verde azuladas. A fotossíntese usa a energia do sol
para separar a água em oxigênio e hidrogênio. O
oxigênio entra na atmosfera e o hidrogênio se
combina com o dióxido de carbono para produzir
biomassa [7].
● Gás incolor, inodoro, insípido gás; ● Muda do
estado gasoso para o líquido a uma temperatura de -
182,96 °C (-297,33 °F); ● quando em estado
líquido tem uma cor ligeiramente azulada; ●
quando líquido pode, em seguida, ser solidificado
ou congelado a uma temperatura de -218,4 °C (-
361,2 °F); ● Sua densidade é de 1,429 gr. / litro.
Em comparação, o ar tem densidade de cerca de
1,29 gr./ litro. ● O Oxigênio é facilmente solúvel
em água, o que torna possível a vida aeróbia
marinha. ● Existem em 3 formas alotrópicas que
são: Oxigênio normal ou dioxigênio (O₂); Oxigênio
nascente ou atômico (O); Oxigênio triatômica ou
Ozônio (O₃).
II.A.1.3. O Dióxido de carbono (CO₂)
O dióxido de carbono é uma molécula que leva
esse nome por ser formada por dois átomos de
oxigênio (O₂) e um átomo de carbono (C). Sua
fórmula molecular é CO₂ e apresenta geometria
linear e caráter apolar. A nomenclatura na química
é dióxido de carbono (Co₂), todavia é mais
conhecido como gás carbônico.
O dióxido de carbono foi descoberto em 1754 por
um escocês chamado Joseph Black. O CO₂ tem
grande solubilidade na água por esse motivo ele
participa de diversos processos naturais e
industriais, sendo muito presente no ciclo do
carbono. Para a realização dos experimentos nesse
trabalho será utilizado o (Co₂) retirado do "gelo
seco", que é o nome popular para o (Co₂) que foi
solidificado (congelado) ao ser resfriado a uma
temperatura inferior a -78 °C, porém retorna
diretamente ao estado gasoso em temperaturas
maiores a esta (processo conhecido por sublimação)
(CO2 GELO SECO).
Ele é liberado no meio ambiente de diversas
maneiras entre elas estão:
●Processos biológicos: respiração e fotossíntese; ●
Processos químicos: combustão e algumas
reações; ● Entre outros.
A formação de CO₂ ou CO na combustão:
[9]. Quando uma combustão é realizada em
ambiente com muito oxigênio disponível (exemplo:
ao ar livre) os átomos de carbono (C), se fixam aos
de oxigênio formando o dióxido de carbono (CO₂);
agora quando é realizada em ambiente com pouco
oxigênio disponível os átomos de carbono (C), se
fixam aos de oxigênio que conseguirem formando o
monóxido de carbono (CO). Sendo esse último
extremamente tóxico. Após a revolução industrial
os níveis deste gás na atmosfera só têm aumentado,
causando diversas alterações climáticas e efeitos
indesejáveis com:
● O aumento da temperatura do planeta (Efeito
Estufa); ● Aumento da quantidade de ácido nas
chuvas; ● Acidificação dos oceanos rios e lagos; ●
Entre outros.
Atualmente o dióxido de carbono é amplamente
utilizado nos mais diversos setores da economia
moderna como: bebidas, cirurgias, extintores de
incêndio, gelo seco, controle de pH da água, em
estruturas metálicas, entre outras…
Porém, sua concentração no ar atmosférico
continua aumentando. [8]
Gráfico 1 — Média mensal de CO2 global
Fonte: (Global Monitoring Laboratory Earth
System Research Laboratories).[19]
Estudos indicam que apareceu no planeta a cerca
de 4,5 bilhões de anos atrás, é dois átomos de
hidrogênio e um átomo de oxigênio. É abundante
no universo, incluindo a Terra, cobre a maior parte
da superfície do planeta onde é essencial a vida por
ser o maior componente dos fluidos biológicos.
Já a água destilada, como nome já diz ela passa
pelo processo de destilação ou por membranas que
retiram todos seus sais minerais deixando apenas o
H₂O puro, sendo muito utilizada na produção de
medicamentos e produtos químicos.
II.A.2. Os Equipamentos
II.A.2.1. Célula a Combustível PEM (PEMFC)
Sir William Grove inventou a primeira célula de
combustível em 1839. Grove sabia que, ao enviar
eletricidade para a água (um processo chamado
eletrólise), a água pode ser dividida em hidrogênio
e oxigênio. Ele presume que, revertendo esse
processo, você pode produzir eletricidade e
água.[10]
Criou uma célula de combustível primitiva e a
chamou célula de gás voltaica. Após experimentar
sua nova invenção, Grove provou sua hipótese.
Cinquenta anos depois, os cientistas Ludwig Mond
e Charles Langer cunharam o termo "célula de
combustível" ao tentar construir um modelo prático
de geração de energia.
Seu princípio de funcionamento: como na
eletrólise, existem dois eletrodos, um positivo e um
negativo. Neste caso enquanto o Cátodo recebe
oxigênio ou ar ambiente, no Ânodo um eletrólito
sólido em forma de membrana Nafion™ (PEM —
membrana condutora de prótons) separa as
moléculas de hidrogênio (H₂) em prótons e
elétrons.
Quando o elétron se movimenta pelo eletrodo e
gera uma corrente elétrica, o próton se move em
direção ao eletrodo com o oxigênio (O). Lá, esses
prótons se misturam com o oxigênio (O) e
produzem água (H₂O) e calor ao contrário da
eletrólise.
É assim que esse tipo de célula combustível
produz energia sem queimar e produzindo apenas
vapor d'água.[11]
Ao contrário dos motores de combustão interna, o
combustível não queima, então o processo é
silencioso, livre de poluição e mais eficiente. [12]
Diagrama 1 — Diagrama de funcionamento: Célula
Combustível PEM
Fonte: The Chemours Company FC, LLC.[11]
Equação da reação interna da Célula a Combustível
II.A.2.2. A membrana Nafion™ (Proton Exchange
Membrane PEM)
Nafion™ é marca registrada de um
fluoropolímero sulfonado baseado em um
copolímero de tetrafluoroetileno, que após sua
hidratação (H₂O), se separa em escala nanométrica,
formando uma rede interconectada de domínios
hidrofílicos, permitindo que a água e os cátions se
movam livremente, mas a membrana não conduz
ânions ou elétrons o que obriga os mesmos a
procurem outro caminho para atravessar a
membrana em busca de seus prótons como pode ser
observado no (Diagrama 1 - Diagrama de
funcionamento: Célula Combustível (PEMFC)).
Analisando melhor a estrutura molecular do
Nafion™, podemos observar que a película contém
flúor, carbono, oxigênio, enxofre e hidrogênio
organizado como um polímero de moléculas
repetidas.
O átomo de hidrogênio (H) na parte SO₃H da
molécula pode ser saltar de sua posição original.
O H+ libera prótons, que podem saltar de um local
de SO₃ para outro SO3 através da estrutura do
material e aparecer no outro lado da membrana.
É por isso que é chamada membrana de troca de
prótons.
Figura 1 — Estrutura química do Nafion™
Fonte: The Chemours Company FC, LLC.[11]
II.A.2.3. O Equipamento Analisador de Gases
Com o intuito de aumentar a veracidade dos
dados obtidos nos experimentos deste trabalho, a
necessidade da presença de algo capaz de fornecer
informações precisas sobre os gases analisados nos II.B. PESQUISA EXPERIMENTAL
testes não poderiam ignoradas.
O desenvolvimento de um equipamento capaz de II.A.1. O Sistema Fechado Proposto (SFP)
preencher essa lacuna se faz necessário. Intitulado
apenas como "equipamento analisador de gases" ele
fornecerá as informações complementares
pertinentes aos testes. Este equipamento é
composto por um Arduino Uno (microcontrolador
ATmega328P-PU), um conversor DC/DC Step
Buck/Boost MOD. XL6019, quatro sensores de
gases MQ (MQ-2, MQ-5, MQ-8 e MQ-135), um
sensor DHT11, um sensor NTC e um cooler.

Figura 4 — Sistema Fechado Proposto

II.A.2. Os Testes Realizados (externos ao SFP)

Foram realizados os pré-testes dentro do

Figura 2 — Equipamento Analisador de gases
II.A.2.4. O Equipamento Eletrolisador
O Eletrolisador é um dispositivo inverso a uma
Célula Combustível PEM (PEMFC), pois ele é
desenvolvido somente para a geração dos gases
Hidrogênio (H2) e Oxigênio (O2) da quebra das
moléculas de água (H2O) através da passagem de
uma tensão de corrente continua (DC) externa entre
seus eletrodos. [13]
analisador de gases adicionando diferentes volumes
e tipos de gases juntos do gás hidrogênio (H₂) e
comparando seus resultados.
Durante os testes com a admissão de (CO₂ E O₂)
os sensores se demostraram detectar um novo gás.
Esse composto foi submetido aos testes de
funcionalidade na célula combustível e de
inflamabilidade num circuito externo.
II.A.3. Teste de Inflamabilidade
As etapas do teste foram definidas em duas partes:
Parte 1 - Preparação Prévia:

1. Colocar 2ml de detergente líquido num

recipiente (como uma placa de Petri);
2. Adicionar 20ml de água destilada;
3. Homogeneizar bem a mistura;
4. Deixar conforme mostrado no Esquema 4.

Figura 3 — Equipamento Eletrolisador

Figura 5 — Teste de Inflamabilidade (Parte 1)

 Parte II - Prática experimental:
1. Imergir na solução a ponta da agulha da seringa
(contendo a amostra retirada) e pressionar
lentamente o êmbolo para baixo de modo a formar
uma bolha de sabão com cerca de ~ 2 cm de
diâmetro;
2. Com um palito de fósforo previamente aceso,
aproximá-lo da bolha observando e registrando os
resultados obtidos.
3. Realizar a prática como mostrado no (Figura
6), obedecendo principalmente o ângulo de entrada.
Figura 6 — Teste de Inflamabilidade (Parte 2)
III. CONCLUSÃO
Análise e a Interpretação dos resultados dos testes:
Durante os testes pode ser observado que ao ser
inserido a mistura gasosa (CO₂ + O₂) no sistema
(após o mesmo já estar com os reservatórios e
linhas cheias de H₂) os níveis dos 3 gases foram
diminuindo após alguns segundo de injetados.
Após relatado este fato no diário de pesquisa, foi
realizando uma pesquisa bibliográfica intensa em
busca do real motivo dos níveis diminuírem e
posteriormente ficaram oscilando alguns sensores.
O sensor de gases inflamáveis MQ-2[14] apagou
(indicando que ali não continha mais um gás
inflamável como indicava anteriormente, o sensor
de GLP e gás natural MQ-5[15] continuou apagado
como desde o início do experimento), já o sensor de
gases tóxicos MQ-135[17] acionou durante a
inserção da mistura gasosa (CO₂ + O₂) no sistema
apagando algum tempo depois, porém o sensor de
hidrogênio MQ-8[16] ficava oscilando entre aceso e
apagado.
Com estes dados relevantes levantados pelos
sensores, foi possível descobrir que composto
resultante possuía as seguintes características:
● Era instável, pois inicialmente reduziu os níveis
de todos os 3 gases e depois deixou o sensor MQ-
8[16] detector de hidrogênio oscilado entre aceso e
apagado; ● não era inflamável, devido ao sensor de
gases inflamáveis MQ-2[14] ter apagado; ● não era
GLP nem Gás Natural, pois o sensor MQ-5[15]
responsável pela detecção desses gases continuou
apagado; ● acionou o sensor de gases tóxicos MQ-
135[17], inicialmente apagando, acendeu e após
alguns minutos apagou; ● Conteúdo do sistema: 3
gases (H₂, O₂ e CO₂), esse composto deveria
obrigatoriamente conter somente esses elementos. ●
Metal presente platina (Pt) dos eletrodos da célula
combustível (PEMFC).
Inicialmente, foi cogitada a hipótese, que poderia
ser a formação de Ácido Fórmico, por ser formado
exclusivamente por estes 3 elementos adicionados
no sistema, porém logo depois foi descartada essa
hipótese, devido ao não cumprimento dos requisitos
básicos para a formação deste ácido.
Uma segunda hipótese foi criada, considerando as
características da análise do composto gasoso
gerado, chegando à conclusão através de uma
análise comparativa, se tratar do Ácido Carbônico
ou Carbonato de hidrogênio (H₂CO₃).[18]
Então foram estudadas as características deste
composto gerado, como mostrado a seguir:
● Muito instável, se decompor facilmente, sobrando
poucas moléculas para se ionizarem; ● é um ácido
fraco; ● pH em torno de 5,0; ● não inflamável.
Todas as características confirmam ser iguais às
do Ácido Carbônico conhecido como Carbonato de
hidrogênio (H₂CO₃).
Figura 7 — Estrutura do ácido Carbônico
III.A. A POSSIBILIDADE DA ESTABILIZAÇÃO
DO HIDROGÊNIO
Durante os testes o composto resultante se
comportou como o desejado, deixando o hidrogênio
totalmente estabilizado (não inflamável) enquanto
integrante do composto em sistema fechado,
cumprindo assim um dos objetivos deste trabalho.
Os resultados obtidos, levaram a concluir que o
composto resultante é o ácido carbônico ou
Carbonato de hidrogênio (H₂CO₃) em forma gasosa,
considerando as características apresentadas [18],
 O Carbonato de hidrogênio (H₂CO₃) é altamente
instável e não inflamável, fatos este que favorecem
o processo de estabilização do hidrogênio.
Para ser comprovado definitivamente e definir
realmente qual é composto gasoso formado, essa
amostra deve ser submetida a uma análise em
equipamento de espectrometria gasosa de massas
acoplada (MS/MS).
III.B. COMO OCORREM AS INTERAÇÕES
GASOSAS NO SISTEMA
Pode-se concluir que quando o H₂ entrar em
contato com à mistura gasosa (CO₂ + O₂) ele forma
uma ligação temporária ácida, intitulada de, pela
literatura, ácido carbônico (H₂CO₃), tornando
possível que o H₂ se integre ao composto e desfaça
a integração fazendo com que ele permeie
(atravesse) através do composto sem maiores
dificuldades.
A interação no sistema acontece como demonstrado
no esquema abaixo:
Esquema 1 — Interação dos gases dentro sistema
As dissociações do ácido carbônico formam íons
hidrogênio (H+) e íons carbonato (CO₃-2).[18]
Fenômeno análogo a este, é a atuação da
membrana Nafion™, formula essa sendo:
C7HF13O5S·C₂F₄ que é basicamente um hibrido do
Teflon (C2F4)n e ácido sulfúrico (H₂SO₄), conforme
pode ser observado na fórmula da membrana no
tópico (II.A.2.2. A membrana Nafion™ (Proton
Exchange Membrane PEM)
É de interesse da pesquisa, buscar um método de
controle para a estabilização do ácido carbônico,
para permitir a dissociação deste em íons de
carbonato (CO₃-2) e íons de hidrogênio (H+) de
forma estável e controlada.
Dessa forma em estudos futuros o autor terá como
meta o estudo e o desenvolvimento da tecnologia
que permitam o controle da taxa de liberação de
íons de hidrogênio, permitindo assim o controle
sobre a geração de energia.
Sendo suas características (H₂CO₃): ● Não
Inflamável; ● inodoro; ● levemente ácido; ●
incolor; ● Massa molecular de 62,025 g/mol; ●
Composição: 2 átomos de Hidrogênio, 1 de
Carbono e 3 de Oxigênio.
III.C. O MODELO PRÁTICO DA TECNOLOGIA
DE ESTABILIZAÇÃO DO H₂, APLICADO A
CÉLULAS COMBUSTÍVEL (PEMFC)
Conforme fora concluído nos resultados dos
testes, a estabilização do gás hidrogênio se
demostrou ser possível, desde que seja realizada em
sistema fechado e sejam atendidos alguns
parâmetros específicos.
Visando demostrar uma futura aplicação prática
de como seria a tecnologia já desenvolvida, abaixo
segue o esquema de operação do sistema com a
tecnologia de estabilização do H₂ desativada.
Esquema 2 — Sistema sem a Tecnologia de
Estabilização
O objetivo prático desta tecnologia é tornar
seguro os processos envolvendo a produção,
armazenamento, transporte e utilização do gás H₂.
O esquema abaixo, demostra de maneira
simplificada o processo de estabilização operando.
Esquema 3 — Sistema com a Tecnologia de
Estabilização ATIVA
 REFERÊNCIAS
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hidrelétricas é o mais baixo para esta época do ano
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https://editorabrasilenergia.com.br/regulacao-e-os-
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