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Id.: EN-21
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Diante do panorama mundial, a energia nuclear está sendo cada vez mais visada, devido
ao gradual esgotamento dos combustíveis fósseis e aos esforços globais para combater as
mudanças climáticas. A utilização de fontes energéticas consideradas “limpas” contribui
para a redução da emissão de gases agravadores do aquecimento global, sendo a energia
nuclear uma das que menos causam impactos ambientais e que pode ser o ponto de virada
na corrida pela descarbonização. Assim, para uma redução expressiva desses gases, uma
associação de energias renováveis e nuclear seria imprescindível, já que, por exemplo, a
energia solar e eólica ficam dependentes de recursos como sol e o vento, e a nuclear pode
ser a chave no preenchimento dessa lacuna. Enquanto a energia nuclear produz emissão
zero de gases em sua geração, há produção desses no processo de extração, transporte e
processamento do urânio necessário para abastecimento da usina. No entanto, uma análise
da Comissão Europeia concluiu que as emissões da energia nuclear são aproximadamente
baixas ou inferiores às fontes renováveis, quando o ciclo de produção é levado em
Semana Nacional de Engenharia Nuclear e da Energia e Ciências das Radiações – VI SENCIR
Belo Horizonte, 8 a 10 de novembro de 2022
consideração [1]. Assim, esses sistemas nucleares estão entre os mais favoráveis e
sustentáveis ao meio ambiente pautados nesse quesito.
Dessa maneira, o trabalho tem como objetivo destacar as vantagens e desvantagens dos
reatores refrigerados a chumbo, mostrando os principais modelos de tecnologias já
existentes e em desenvolvimento, além de transparecer como a energia nuclear pode
contribuir para o futuro da geração de energia elétrica global e uma alternativa viável para
auxiliar na descarbonização mundial.
a alta temperatura para a fusão de núcleos leves. No entanto, com a descoberta dos
nêutrons em 1932 e a fissão induzida por nêutrons, abriu-se possibilidades para o
desenvolvimento da energia nuclear que se tornou viável em princípios de física e
engenharia [5]. Com o passar dos anos e o aperfeiçoamento da tecnologia nuclear, novos
modelos de reatores vêm surgindo com a proposta de otimizar os sistemas nucleares
preexistentes, introduzindo maneiras mais eficazes de se utilizar a fonte nuclear. Dentre
esses modelos os reatores refrigerados a chumbo (LFR) podem ser citados, uma vez que
adotam chumbo ou chumbo-bismuto como refrigerante, podendo operar sob pressão
atmosférica e alta temperatura. Além disso, o chumbo tem uma propriedade pobre de
moderação, o que pode empregar matrizes de combustível de urânio empobrecido para
maximizar a utilização de recursos e minimizar a produção de combustível queimado, de
maneira mais econômica e sustentável [4].
O reator refrigerado a chumbo tem muitas vantagens em relação aos outros cinco reatores
da geração IV. Primeiramente, seu uso não produz hidrogênio ou outros gases explosivos,
além do refrigerante ser difícil de reagir com água e com o ar. Mas também, o grande
coeficiente de expansão térmica associado ao chumbo resulta na possibilidade de um
sistema de circulação natural, de modo a ter melhores atributos de segurança passiva.
Ademais, o LFR garante a sustentabilidade da fonte de energia a longo prazo, o que torna
a quantidade de urânio exigida pelas tecnologias atuais seja aproximadamente de 50 a
100 vezes menor que as reservas disponíveis do mundo.
Não obstante, algumas desvantagens precisam ser levadas em consideração, uma delas se
deve ao fato de que o aço é corrosivo em contato com o refrigerante, o que danifica o
material base do reator. Limitações quanto ao tamanho do reator são previstas associadas
ao suporte estrutural, devido ao peso do chumbo. Além disso, em razão do seu alto ponto
de fusão, há a possibilidade de solidificação do refrigerante e entupimento nas tubulações.
Não somente, o Po-210 será produzido a partir da liga chumbo-bismuto, que em contato
com a água forma-se H2Po, assim pode ocorrer vazamento do 210Po para o gerador de
vapor e turbina, ou seja, além de acarretar corrosão nos revestimentos de aço, corre o
risco de contaminar todo o sistema refrigeração. Ademais, é necessário um sistema de
aquecimento auxiliar para manter o refrigerante em sua fase líquida. Dessa maneira, os
reatores refrigerados a chumbo são sistemas ainda em desenvolvimento com suas
vantagens e desafios a serem superados. Dentre as várias propostas desses reatores, os
principais sistemas serão apresentados a seguir.
2.1. BREST-300
2.2. SVBR-100
2.3. CLEAR
útil do núcleo contribuirão com um melhor desempenho do reator, mas também para a
resistência à proliferação. A nova proposta do reator terá relativamente menor volume,
menos equipamentos e requisitos de manutenção, sendo mais flexível e seguro.
Cabeça de Acionamentos
fechamento da haste de
controle
Bocal de saída
Tubos de guia da
de CO2 (1 de 8)
haste de controle
e linhas de
Bocal de entrada transmissão
de CO2 (1 de 4)
Defletor
Trocador de calor térmico
Pb-TO-CO2 (1 de 4)
Vaso de
Blindagem de fluxo proteção
Distribuidor de fluxo
2.5. ELECTRA
2.6. ENHS
Estrutura de
suporte em
isoladores
sísmicos
Vaso
primário
Região da do
estrutura módulo
de suporte ENHS
embutida
Núcleo Vaso
reator piscina
2.7. ALFRED
2.8. SEALER
2.9. MYRRHA
3. CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[4] A. Alemberti, The Lead Fast Reactor: An Opportunity for the Future?, Elsevier engineering
journal, volume 2, Itália (2016).
[5] International Atomic Energy Agency (IAEA), Liquid Metal Coolants for Fast Reactors Cooled
By Sodium, Lead, and Lead-Bismuth Eutectic, IAEA Nuclear Energy Series, pp. 4-6 (2012).
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Belo Horizonte, 8 a 10 de novembro de 2022
[6] Chen Wang, A Preliminary Design Study for a Small Passive Lead-bismuth Cooled Fast
Reactor, Stockholm, Sweden (2019).
[7] International Atomic Energy Agency (IAEA), BREST-OD-300, “IAEA Report”, Rússia
(2013).
[8] International Atomic Energy Agency (IAEA), SVBR-100, “IAEA Report”, Rússia (2013).
[9] International Atomic Energy Agency (IAEA), ELECTRA, “IAEA Report”, Suécia (2013)
[10] Yican Wu, Design and R&D Progress of China Lead-Based Reactor for ADS Research
Facility, Elsevier engineering journal, Vol. 2 (2016).
[11] International Atomic Energy Agency (IAEA), ALFRED, “IAEA Report”, Itália (2013)
[12] International Atomic Energy Agency (IAEA), SEALER-UK, “IAEA Report”, Suécia/Reino
Unido (2013)