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A Medida da Função Motora Grossa (GMFM) é a uma medida avaliativa que observa a

função motora. Foi desenvolvida para quantificar mudança nas habilidades motoras
grosas de crianças com Paralisia Cerebral (PC) e é usada amplamente em todo o
mundo, o que tem melhorado cada vez mais a compreensão do desenvolvimento motor
nesses indivíduos.
Esta medida pode ser utilizada tanto de forma avaliativa identificando habilidades
em que a criança se encontra realizando, como quantificar as mudanças de forma que
possa acompanhar as fases em que essas mudanças acontecem. Dessa forma, podendo
realizar a avaliação durante o tratamento periodicamente, e tendo um parâmetro ao
longo do tempo, assim o terapeuta consegue se guiar no tratamento adequado para
cada um dos pacientes. Dessa mesma forma, ainda que não haja tratamento adequeado,
há como avaliar de forma periódica o próprio desenvolvimento natural da criança.
A escala é um sistema de avaliação meramente quantitativo, deixando de lado a
performance da habilidade avaliada. Em sua primeira versão eram avaliados 85 itens
se baseando em revisões de literaturas e estudos clínicos realizados em 1989. Já em
1990 foi observada a necessidade de acrescentar mais três itens ao questionário,
permitindo-se que o GMFM-88 substituísse o manual original.
Damiano e Abel estudaram a comparação entre o artigo de Drouin e equipe (que
estudou a relação entre a STM e a GMGM a respeito da marcha) e os parâmetros de
marcha nas crianças com PC (displásicas diplégicas e hemiplégicas) e confirmaram a
deambulação é avaliada no status motor global da escala, principalmente o ritmo e a
velocidade.
Em relação a avaliação do fortalecimento muscular nestas crianças portadoras de
PC, foi observado que em pacientes com função motora inferior, tinham um escore
menor na escala de GMFM e que a medida foi eficaz para a avaliação após o
tratamento de ganho de força, demonstrando um aumento do escore de força e função
motora dessas crianças.
A GMFM ajudou a perceber que quanto maior a intensidade da fisioterapia motora em
pacientes portadores de paralisia cerebral, melhor o ganho de habilidades motoras
nessas crianças, principalmente quando o foco são metas específicas.
Alguns autores perceberam também que a aquisição dessas habilidades motoras em
crianças com PC (hemiplégicas, diplégicas ou quadriplégicas) que realizavam
fisioterapia funcional enfatizando as atividades funcionais melhoraram mais do que
as que realizavam fisioterapia convencional, que se baseava na melhoria da
qualidade de movimentos. Porém para a GMFM os dois grupos não diferiram em nada na
esvala avaliativa e ambos evoluíram igualmente nas dimenções D e E.
A GMFM além de ser utilizada para avaliação de crianças com PC também vem sido
utilizada para pacientes com Síndrome de Down e em menor frequência em outras
patologias. É um instrumento que vem sendo utilizado amplamente para avaliar
técnicas e procedimentos clínicos e fisioterapêuticos, complementando outros
modelos avaliativos.
Apesar de ser uma ótima escala avaliativa ela não demonstra melhora na qualidade
de habilidades existentes, a exemplo da postura, se uma criança está em sedestação
porém com compensações, e ela melhora esta habilidade de forma a aumentar o tônus
muscular, a GMFM não seria uma forma de avaliar esta melhoria. Uma criança
normalmente utiliza de todos os itens da escala aos 5 anos em média, logo ela não é
eficaz para crianças menores.

Referências:

http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2011/03/avaliacao-motora-do-
pcsomente-leitura.pdf

https://mariaclarafisio.blogspot.com/2016/05/gmfm-mensuracao-da-funcao-motora-
grossa.html

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