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Glossário
Coeteris paribus – Expressão latina, utilizada pela Economia com o significado de “tudo
o mais permanece constante”, isto é, havendo uma variável, as expressões de valores
ou quantidades permanecem invariáveis.
Cut off – utilizada na contabilidade para referir-se a corte de inventário, ou seja, o dia a
que se refere o inventário, dentre outros eventos operacionais.
Escrituração - Deve ser uma prática realizada em obediência à legislação vigente e aos
princípios de contabilidade geralmente aceitos, mantidos na empresa e em cuja prática
devem ser observados os métodos ou critérios contábeis uniformemente praticados ao
longo do tempo, objetivando registrar as mutações patrimoniais, segundo o regime de
competência.
Link – Ligação.
Passivo –
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Permanente (Ativo) –
Imobilizado – Aqui são classificados todos os direitos que tenham por objeto
bens destinados à manutenção das atividades da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os de propriedade industriam ou comercial.
Spread – diferença entre uma taxa de um valor tomado a juros, junto ao Banco que dá
suporte à cooperativa, por exemplo, e os juros efetivamente cobrados do cooperado.
Stakeholders – são todos aqueles envolvidos com uma instituição (cooperativa), seus
empregados, diretoria, conselhos, associados, fornecedores e clientes externos.
Tesouraria – (T) – Trata-se dos bens patrimoniais representados pelo dinheiro existente
em caixa e bancos mais os elementos do capital circulante que rapidamente podem ser
transformados em numerário.
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SUMÁRIO
DEDICATÓRIA.............................................................................................................................................................10
PREFÁCIO.....................................................................................................................................................................11
CONSIDERAÇÕES INICIAIS....................................................................................................................................13
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6. INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS.................................................................................................36
6.1 ÍNDICE QUE REFLETE O NÍVEL DO COMPROMETIMENTO DO CAPITAL PRÓPRIO DA COOPERATIVA, EM RELAÇÃO AO CAPITAL DE
TERCEIROS (ENDIVIDAMENTO):...........................................................................................................................................37
6.1.2 Participação do Capital de Terceiros – PCT. ...............................................................................................37
6.2 ÍNDICE QUE REFLETE O NÍVEL DAS IMOBILIZAÇÕES DA COOPERATIVA:..................................................................................37
6.2.1 Índice de Imobilizações – Im..........................................................................................................................37
6.3 ÍNDICES QUE REFLETEM A CAPACIDADE DA COOPERATIVA EM QUITAR SEUS COMPROMISSOS:....................................................38
6.3.1 Liquidez imediata – LI....................................................................................................................................38
6.3.2 Liquidez Corrente – LC.................................................................................................................................38
6.3.3 Liquidez Seca – LS.........................................................................................................................................39
6.4 ÍNDICES INDICATIVOS DE MARGENS:..............................................................................................................................39
6.4.1 Margem Operacional Bruta – MOB. .............................................................................................................39
6.4.3 Margem Operacional Líquida – MOL...........................................................................................................40
6.5 TAXAS DE RENTABILIDADE:.........................................................................................................................................40
6.5.1 Rentabilidade do Capital ..............................................................................................................................40
6.5.2 Lucro Líquido (LL) sobre o Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) ................................................................43
6.5.3 Giro sobre o Ativo ........................................................................................................................................43
6.5.4 Retorno sobre o Ativo (RSA) – Também chamado de Retorno Sobre Investimento (RSI) ou de “Return On
Investiment” (ROI) .................................................................................................................................................44
7. CONTROLE E ADMINISTRAÇÃO DA CARTEIRA:........................................................................................44
7.1 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE CRÉDITOS (PMRC) ...............................................................................................44
....................................................................................................................................................................................45
7.2 PRAZO MÉDIO DE PARTICIPAÇÃO DOS DEPÓSITOS (PMPD) ............................................................................................45
ESTUDO DE CASO – APLICAÇÃO DAS FÓRMULAS VISTAS E RELATIVAS AOS ÍNDICES
ECONÔMICO-FINANCEIROS. ................................................................................................................................46
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2. FONTES OPERACIONAIS DE CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO.......................................................................63
4) CÁLCULO DA TESOURARIA...............................................................................................................................73
5. GASTOS ..................................................................................................................................................................101
A) COM INVESTIMENTOS..................................................................................................................................................101
B) COM CONSUMO.........................................................................................................................................................101
C) CUSTOS DIRETOS.......................................................................................................................................................102
D) CUSTOS INDIRETOS.....................................................................................................................................................102
6. MÉTODOS DE CUSTEIO.....................................................................................................................................103
6.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO...........................................................................................................................................103
6.2 CUSTEIO DIRETO/VARIÁVEL, OU AINDA CUSTEIO PARCIAL,............................................................................................103
6.3 CUSTEIO PELO MÉTODO ABC (ACTIVITY BASED COSTING)..........................................................................................106
7. CONSTRUÇÃO DO MODELO ECONÔMICO DE ANÁLISE DE CUSTOS/RESULTADOS.....................106
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ESTUDO DE CASO – A COOPERATIVA DE CRÉDITO DO VALE DA PROMISSÃO APÓS O FINAL DE
EXERCÍCIO APRESENTOU OS SEGUINTES RESULTADOS..........................................................................111
1. DEMONSTRAÇÃO MATEMÁTICA...................................................................................................................122
A ELABORAÇÃO DA FÓRMULA DUPONT.............................................................................................................................122
CAPÍTULO X – OUTROS INDICADORES IMPORTANTES.............................................................................128
1. CONCEITOS...........................................................................................................................................................128
- PONTO DE EQUILÍBRIO (BREAK EVEN POINT);.................................................................................................................128
- MARGEM DE SEGURANÇA..............................................................................................................................................128
- ALAVANCAGEM OPERACIONAL........................................................................................................................................128
2. O CÁLCULO DO PONTO DE EQUILÍBRIO - PE (BREAK EVEN POINT – BEP) ....................................128
(-) CUSTO VARIÁVEL (CV) = 285.202,61 322.982,41 (=) MARGEM BRUTA OPERACIONAL (MBC) =
294.405,20 377.444,89.................................................................................................................................................136
MS = 0,5848 0,6333.....................................................................................................................................................138
OU,...............................................................................................................................................................................138
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................................................165
LIVROS:....................................................................................................................................................................165
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FITAS DE VIDEO:...................................................................................................................................................165
APOSTILAS:.............................................................................................................................................................166
LEGISLAÇÃO:.........................................................................................................................................................166
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado, primeiro à minha esposa, que muito tem
influenciado em minhas ações, através de incentivos continuadamente
dados a mim.
Dedico-o ainda aos meus filhos: Glauce e César Augusto
– Arquitetos – e Victor Hugo – Contador e Auditor
– como incentivo aos mesmos
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na produção de trabalhos técnico-científicos
PREFÁCIO
O capital cultural do autor o credencia para palmilhar pelos campos das ciências
econômicas, contábeis, matemáticas e administrativas. A sua formação universitária,
aliada às atividades didáticas, às práticas desenvolvidas no setor público municipal e
estadual, bem assim no segmento empresarial, máxime na área do cooperativismo,
juntamente com a atuação de Conselheiro Fiscal em organização privada e Conselheiro
do Conselho Regional de Economia de Mato Grosso, se completam nesse patrimônio de
conhecimentos.
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demonstrações contábeis enfatiza forma da Contabilidade das Instituições Financeiras
preconizadas pelo Banco Central do Brasil. No desenvolvimento dos itens da Análise
das Demonstrações Contábeis, além do Balanço Patrimonial, evidencia o Balancete
como instrumento de trabalho para acompanhar e administrar mensalmente os negócios
da organização; demonstra como realizar a análise horizontal e a análise vertical;
registra as origens dos recursos para as operações de crédito e apresenta os
indicadores econômicos e financeiros para entendimento dos elementos qualitativos
divulgados na contabilidade.
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2º. – A Cooperativa deve ter sempre uma Missão Social, procurando a promoção
social, para o bem estar dos cooperados. Isto passa por uma boa remuneração dos
investimentos em capital, gerando solidez necessária para o desenvolvimento dos
negócios, assim como a instituição de convênios e promoções sócio-culturais que
venham a favorecer tanto ao associado como à sua família.
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giro do dinheiro na economia, causando com suas atividades, reflexos na sociedade
aproximando cooperativismo e sociedade que antes apenas se tangenciavam.
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As Cooperativas de Crédito, no Brasil, ainda estão com áreas de atuação
bastante restritas, algumas já ensaiaram alguma expansão dentro do Estado onde se
localiza, mas tudo dependendo ainda de muitos fatores tais como estruturais, objetivos,
gerenciamento, orientação, estratégia e muitos outros fatores. Dessa forma, as fronteiras
organizacionais, apesar das restrições legais a que estão subjugadas, conseguem
sempre visualizar um meio de se conseguir alguma expansão.
Entretanto, situando-se em uma estrutura, a mais ideal possível, para atender aos
interesses dos nossos Cooperados, tem-se que, cooperativas grandes ou não devem
sempre atinar para um modelo de gestão que contempla o seguinte:
a) Não ter uma “escada” com muitos degraus em sua organização interna, ou
seja, ter em mente sempre a redução de barreiras verticais, que certamente ocorre, com
muita freqüência, quando se tem um nível hierárquico com muitas gerências
intermediárias;
Por outro lado, constitui-se ainda em problema, a falta de mercado para uma
economia com excesso de produção ou que esta seja insuficiente para o abastecimento
do interno, bem como o mau funcionamento de uma empresa com grandes montantes
de recursos disponíveis ou uma situação de inadimplemento de uma empresa
desprovida de Capital de Giro.
Apesar da análise em questão poder ser empregada tanto para cooperativas (ou
empresas em geral), de grande, médio ou pequeno porte, para as que visam ou não
sobra (lucro), este trabalho analítico e de pesquisa visa um enfoque especial às
Cooperativas de Crédito.
Em cada capítulo deste livro foi procurado relatar experiências vividas dentro do
cooperativismo, bem como conhecimentos científicos obtidos em cursos de graduação
em Economia, pós-graduação lacto sensu, em Finanças de Empresas, Controladoria e
Auditoria; Organização, Sistemas e Métodos; MBA em Administração de Cooperativas,
bem com em curso de pós-graduação stricto sensu de Mestrado em Gestão Financeira
de Empresas.
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O Capítulo V enfoca as formas de aplicação dos recursos existentes no Ativo
Circulante e sistema de cálculo do Capital Circulante Líquido e do Capital de Giro, bem
como suas origens.
O Capítulo VII empreende uma análise dos principais produtos trabalhados por
uma cooperativa de crédito, bem como a fórmula de cálculo do Preço Unitário para cada
um deles.
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CAPÍTULO I – DE ONDE VEM O DINHEIRO DE UM SISTEMA ECONÔMICO
Y=C+S
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Com isso, a equação que exprime o fluxo de bens e serviços produzidos e
ofertados, nessa economia, fica assim expressa:
Yo = C + I
Yo = Yd e, também, Yd = C + I
Por outro lado se toda a renda gerada (Y) é aplicada, parte em consumo (C) e
parte em poupança (S), teremos aí verificado uma igualdade que poderá ser expressa,
matematicamente, pela seguinte equação:
Y = Yd
Ou, considerando:
Y=C+S e Yd = C + I,
Tem-se:
C+S=C+I
Essa poupança formada, sendo igual aos investimentos efetuados nas empresas,
também chamado de investimento nacional privado, pode ser constatada no mercado
produtivo e financeiro, com certa facilidade, observando a natureza das origens dos
recursos que entram e são utilizados nas empresas e a origem do capital próprio que
forma o seu patrimônio líquido (PL).
Os recursos podem entrar nas empresas, tanto pelo exigível como pela formação
de capital e são oriundos, conforme legislação brasileira, tanto do mercado financeiro
como de outras empresas, formando holding (Sociedade Limitada ou Sociedade por
Ações, criada para participar de outras empresas como sócia ou acionista, passando a
controlá-la) ou coligada (de conformidade com o artigo 1097 do Código Civil Brasileiro,
consideram-se coligadas as sociedades que, em suas relações de capital são
controladas, filiadas, ou de simples participação no capital e ainda, conforme art. 1099
do mesmo Código, diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo capital outra sociedade
participa com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem controlá-la), como também
podem ser formados por investimentos de pessoa física, a exemplo das cooperativas,
apesar destas também poder ser constituídas por pessoas jurídicas (cooperativas de
lojistas, por exemplo).
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operacional desse mercado, considerando uma economia de livre concorrência, sem
governo.
Yd = C + I Yo = C + I
NEGOCIAÇÃO DE
PRODUTOS
FAMÍLIAS EMPRESAS
RECURSOS
PRODUTIVOS: Utilização dos
- Terra
No equilíbrio: Recursos
- Capital Yd = Yo = Y Produtivos no
- Trabalho Processo de
Produção
- Capacidade
Gerencial
Y=C+S
NEGOCIAÇÃO DE
FATO
Legenda:
= Fluxo de bens e serviços.
= Fluxo de dinheiro.
O fluxo de dinheiro nas empresas, conforme ilustração acima, tem origem tanto
pela remuneração dos produtos demandados pelas famílias (bens ou serviços
adquiridos), como pela injeção de recursos, na forma de capital, por aplicação da
poupança por parte de famílias, podendo ainda este ocorrer por financiamento da
atividade produtiva. É nesta última, que se depara com as instituições financeiras, onde
estão inclusas as cooperativas de crédito.
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sente mais a saída da folha de pagamento de uma empresa, devido ao seu pequeno
volume de negócios (estudado no Capítulo XI), podendo ser causa de grandes
problemas com inadimplências dos cooperados.
PASSIVO
ASSOCIADOS
10 MERCADO 6 CIRCULANTE
FAMÍLIAS /
PASSIVO NÃO
CIRCULANTE
1 2 4 7 8 9
10-A Exigível a Longo
Prazo
CONSUMO (C)
5
POUPANÇA (S)
12
6 5 PATRIMÔNIO
(11)
LÍQUIDO
OUTRAS
EMPRESAS /
(Capital Próprio)
3
COOPERATIVAS
11
Ilustração 2 – Representação gráfica da aplicação da poupança gerada na economia.
Fonte: Autor.
Código Descrição
1 Parcela de Consumo da renda.
2 Parte poupada (não consumida) da renda nacional.
3 Aplicação direta de famílias, no capital de uma empresa.
4 Aplicação no mercado financeiro, através de seus instrumentos
como caderneta de poupança, CDB, fundos, etc.
5 Aplicação poupança de famílias/ associados, em outras empresas.
6 Empréstimo de uma instituição financeira à empresa.
7 Subscrição de capital social de uma empresa por uma instituição
Financeira, onde se inclui as cooperativas de créditos.
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8 Empréstimo ou subscrição de capital em outras empresas.
9 Aplicação de outras empresas no mercado financeiro.
10 Underwriting de capital: Um banco (ou cooperativa de crédito) capta
poupança no mercado para aplicá-la em créditos: bônus, títulos,
commercial papers, debêntures de empresas.
11 Subscrição de capital social da cooperativa, pelos associados.
12 Empréstimo entre empresas/cooperativas, através de contrato de
mútuo.
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CAPÍTULO II – ANÁLISE ESTRUTURAL DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A lei determina que ao cabo de um exercício fiscal (social), devem ser elaboradas
as demonstrações financeiras de forma a exprimir com clareza a situação patrimonial e
financeira da empresa, bem como as mutações ocorridas durante esse exercício.
Uma análise gerencial inicia-se pelos Atos e Fatos registrados pela Contabilidade
e as peças que condensam registros finais de cada período são, para efeito do presente
trabalho, as seguintes:
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O Balanço Patrimonial, como peça exigida pela lei 6.404/76, é processada ao final
de cada exercício fiscal ou período pré-determinado por autoridade controladora
competente, como é o caso das Instituições Financeiras em que o Banco Central do
Brasil exige as demonstrações contábeis definam períodos de apuração de resultados,
de seis em seis meses. Esse instrumento, segundo Marion (1985: p. 43), “demonstra a
saúde financeira da empresa” e contém todas as contas patrimoniais em ordem
decrescente de liquidez.
– De conformidade com a Lei 11.638/2007, que alterou, dentre outros, o art. 176
da Lei 6.404/1976, traz como novidade a extinção do Demonstrativo de Origem e
Aplicação de Recursos – DOAR e, em seu lugar, a exigência do que trata os incisos:
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CAPÍTULO III – DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE DO BALANÇO
PATRIMONIAL/BALANCETE.
25
Janeiro/X1 Fevereiro/X1 Janeiro/X1 Fevereiro/X1
CONTAS CONTAS
Val. em R$ Val. em R$ Val. em R$ Val. em R$
ATIVO CIRCULANTE 9.864.394 11.755.205 PASSIVO CIRCULANTE 9.021.978 10.762.095
Disponibilidade 2.888.247 3.476.031 Depósitos 8.188.468 9.746.049
Caixa 888.144 855.055 Depósitos à Vista 7.961.236 9.522.092
Bancos 2.000.103 2.620.976 Depósitos à Prazo 224.225 220.950
Títulos e Valores Mobiliários 242.863 234.220 Outros Depósitos 3.007 3.007
Relações Interfinanceiras 3.263.982 4.103.646 Relações Interdependentes 252.716 256.920
Operações de Crédito 1.585.696 1.893.579 Obrigações por Empréstimos 182.664 165.494
(-) Oper. Cred. L. Duvidosa (126.856) (151.486) Outras Obrigações 398.130 593.632
Outros Créditos 1.920.061 2.134.694 Cobrança e Arrec. Tributos 3.577 3.178
Outros Valores e Bens 90.401 64.521 Sociais e Estatutárias 0 0
Bens não de uso próprio 0 0 Fiscais e Previdenciárias 53.007 90.171
Almoxarifado 50.811 41.718 Diversas 341.545 500.283
Despesas Antecipadas 39.589 22.803
SUBTOTAL 6.976.147 8.279.173 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Exigível a Longo Prazo 0 0
ATIVO NÃO CIRCULANTE 690.392 654.232
Realizável a Longo Prazo 0 0 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.532.808 1.647.341
Capital Social 885.964 895.539
Investimentos 106.890 101.490 Reservas de Lucros 0 0
Imobilizado 583.502 552.742 Sobras não distribuídas 507.411 507.411
Imobilizações em Curso 260.000 260.000 Prejuízos Acumulados 0 0
Instalações, Móv., Eqpt. 206.863 175.690 Resultado do Exercício 139.433 244.391
Outros 116.640 117.052 Receitas 983.293 1.234.337
Intangível 0 0 Despesas 843.860 989.946
TOTAL DO ATIVO 10.554.786 12.409.436 TOTAL DO PASSIVO 10.554.786 12.409.436
– Índice;
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– Objetivo da Análise;
– Informações e Dados Básicos;
– Indicadores Selecionados;
– Planilha de Informações - Conclusões Específicas;
– Conclusões Gerais;
– Anexos (Quadros, Tabelas, Gráficos, etc.)
1.1 O Índice
1.7 Anexos
Vale ressaltar que analisar resultados por intermédio de índices nos parece uma
preocupação com uma situação muito particular em determinado período. Com certeza
isto nos faz perceber a necessidade de uma visão mais globalizada, ou seja, a de indicar
como a cooperativa (empresa) evoluiu nesse período, bem como, quanto cada item de
controle analisado, representa no total geral ou parcial, conforme se pretende analisar.
Esta análise é feita entre contas e o total das mesmas ou se uma seqüência,
informando, portanto o total de participação de cada uma delas, no contexto geral. Por
outro lado, comparando esses resultados, entre períodos, pode-se concluir pelas
tendências e evoluções dos elementos analisados.
Como exemplo tem o Ativo, como um bloco de contas, que é composto de: Ativo
Circulante e o Ativo Não Circulante, este último composto por Realizável a Longo Prazo,
investimentos, imobilizado e intangível. Essa análise pode demonstrar qual a proporção
de cada um desses componentes, no total do Ativo, facilitando a análise, por exemplo,
do nível de imobilizações efetuadas entre todas as aplicações do Ativo.
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4. Cálculo do valor do Patrimônio de Referência Exigível
30
Neste cálculo levamos em conta como fator de risco, todo o volume de recursos
de posse da Instituição Financeira (Cooperativa de Crédito) e retratado nas contas
abaixo, definidas pela Circular 1273, de 29 de dezembro de 1987, do Banco Central do
Brasil, a qual tornou obrigatória a adoção do Plano Contábil das Instituições do Sistema
Financeiro Nacional – COSIF, são elas:
a) - Disponibilidades;
b) - Relações Interfinanceiras;
c) - Operações de Crédito;
d) - Provisão para Operações de Crédito com Liquidação Duvidosa;
e) - Outros Créditos e
f) - Outros Valores e Bens.
a) Disponibilidades
O administrador financeiro deve estar sempre atento caso seus caixas ou suas
tesourarias estiverem com crescentes estoques de valores. Há possibilidade de que
esses recursos estarem sendo desviados e, por conseqüência, não depositados e
utilizados fora do contexto da cooperativa, por apropriação indébita do tesoureiro
responsável pelo depósito desses valores.
Além disso, vale ainda ressaltar, por questão de segurança, não se deve ter nem
muito dinheiro em tesouraria, dentro ou fora do expediente, e muito menos em caixa
visto que os mesmos ficam à mercê da observação pública.
31
b.1 Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis – Trata-se dos
registros dos cheques e outros papéis compensáveis, enviados ou não alcançaram a
sessão de troca da Câmara de Compensação (Sistema de Liquidação), para tal fim.
32
lançamentos correspondentes não representem alterações nas posições de direitos ou
obrigações em relação a terceiros.
c) Operações de Crédito
33
OPERACIONAIS, se já transitados em balanço. Informação esta veiculada na Carta-
Circular 2.899, item 12 – III do Banco Central do Brasil.
e) Outros Créditos
- O subgrupo Outros Créditos deve registrar, nos subtítulos abaixo, por nome de devedores,
todos os valores dos créditos da cooperativa, junto a seus clientes, não enquadrados nas contas
descritas nos itens anteriores. Compõe-se dos seguintes desdobramentos, cujos títulos são auto-
explicativos:
34
f.7 Provisão para Desvalorização de Outros Valores e Bens – Nesta conta, a
cooperativa deve proceder a avaliação dos valores e bens, observando definidos na
Circular 1273 do Banco Central do Brasil – BCB.
4.3 Índice do Ativo Ponderado pelo Risco – APR, atual (Apuração do Risco).
35
– Calcula-se esse valor, subtraindo o valor do Patrimônio Líquido Atualizado, do
Patrimônio de Referência Exigido. Se o resultado for negativo, significa que a
cooperativa necessita daquele valor para complementar seu Patrimônio de Referência
Exigido, se o resultado for positivo, significa que a cooperativa tem um Patrimônio
Líquido Atualizado maior que o Exigido.
5.2 - Recursos de depósito a prazo (depósitos dos associados cuja análise das
condições contratuais para se tornarem líquidos, disponíveis, deve ser levada em
consideração para se ter uma idéia do quanto desse valor pode ser aplicado no crédito e
por quanto tempo);
5.4 - Recursos de depósitos à vista que são todos os depósitos dos associados
da cooperativa que podem ser requeridos a qualquer momento. Trata-se de recursos
cuja utilização em crédito é muito perigosa dada a grande volatilidade do mesmo, deve-
se trabalhar a média dos dias de maiores requisições (saques) desses valores,
utilizando média diária desses dias e mesmo assim, utilizando apenas parcialmente essa
média, na razão de no máximo 80 % da referida média, ficando os outros 20 % como
margem de segurança.
6. Indicadores Econômico-Financeiros
36
6.1 Índice que reflete o nível do comprometimento do Capital Próprio da
cooperativa, em relação ao Capital de Terceiros (endividamento):
PCT = CT x 100
PL
Legenda,
Legenda,
Im = Índice de Imobilizações;
ANC = Ativo Não Circulante;
RLP = Realizável a Longo Prazo;
37
PL = Patrimônio Líquido.
Disponível
LI =
Passivo Circulante
Legenda,
LI = Liquidez Imediata
Disponível = Soma das disponibilidades da cooperativa, ou seja, o
que ela tem em tesourarias e bancos.
Passivo Circulante = Tomado do Balanço Patrimonial, no grupo de igual
denominação.
LC = AC
PC
Legenda,
Isto nos remete a quanto do valor do Ativo Circulante temos para cobrir as
obrigações evidenciadas no Passivo Circulante.
38
6.3.3 Liquidez Seca – LS.
Abre-se aqui, ainda, um parênteses para dizer que a cooperativa (empresa) pode
contar com fornecimento de material (de expediente) de que precisa, bastando para
tanto celebrar contrato de fornecimento com um ou mais fornecedores, por tempo
determinado, depois de realizada tomada de preços na praça local ou fora dela, se for o
caso. Em vista disso não vislumbra nenhuma necessidade de se formar estoques,
empatando Capital de Giro muito importante para realização dos negócios.
LS = AC - E
PC
Legenda,
MOB = LB
Rec
Legenda,
39
– Obtido relacionando o Lucro Operacional com as Receitas obtidas.
MO = LO
Receitas
Legenda,
LO = Lucro Operacional
Receitas = Total das vendas de produtos da cooperativa, no período.
– Relaciona o Lucro Líquido com o total das Receitas. É um índice que mede,
sobremaneira, se a cooperativa (empresa) teve, no período (exercício), rentabilidade que
comparada com rentabilidade de outras cooperativas (empresas), ou na falta do
conhecimento da realidade de outras cooperativas (empresas), com a inflação
adicionada à taxa média dos juros praticada pelo mercado, adicionando-se ainda a
perspectiva de retorno esperada. O resultado obtido, mediante aspirações da Diretoria,
pode ser tido ou não como satisfatório.
MOL = LL
Receitas
Legenda,
40
vários autores, trata-se de mais um dos Fatores de Produção ou Recursos Produtivos) e
pela escolha e risco de participação no negócio.
RC = LL
CS
Legenda,
RC = Rentabilidade do Capital;
LL = Lucro Líquido;
CS = Capital Social.
41
Cód. Conta Conta Contabil
RBT RECEITABRUTATOTAL
RECEITAS OPERACIONAIS
(-) CPF CUSTOS PROPORCIONAIS AOFATURAMENTO
DESPESAS DE CAPTACAO
DESPESAS PARAOBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES
(=) RLT RECEITALÍQUIDATOTAL
(-) CFP CUSTOS DEFORMAÇÃODOPRODUTO
DESPESAS DE MATERIAIS
DESPESAS DE SERVIÇODOSISTEMAFINANCEIRO
DESP DE TRANSPORTE
DESP TRIBUTARIAS
APROVISIONAMENTOS E AJUSTES PATRIMONIAIS
DESPESAS DE PROVISOES OPERACIONAIS
(=) MBC MARGEMBRUTADECONTRIBUIÇÃO
(-) CFT CUSTOFIXOTOTAL
AGUAENERGIAE GAS
ALUGUEIS
COMUNICACAO
HONORARIOS
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS
PESSOAL BENEFICIOS
PESSOAL - ENCARGOS SOCIAIS
PESSOAL - PROVENTOS
SERVICOS DE TERCEIROS
SERVICOS DE VIGILANCIA E SEGURANCA
SERVIÇO TECNICO ESPECIALIZADO
VIAGEM NO PAIS
OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS
DEPRECIACAO
OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS
(=) LO LUCROOPERACIONAL
(+/-) RECEITAS / DESPESAS FINANCEIRAS
(=) LUCROANTES DOIMPOSTODERENDA
(-) IMPOSTODE RENDAPESSOAJURÍDICA
(=) LUCROLÍQUIDOADISTRIBUIR
(-) CORREÇÃOMONETÁRIADOCAPITAL PRÓPRIO
(-) VALORES DESTINADOS AOSFUNDOS ESTATUTÁRIOS
(=) LUCROECONÔMICO
42
6.5.2 Lucro Líquido (LL) sobre o Patrimônio Líquido Ajustado (PLA)
LL s/PLA = LL x 100
PLA
Legenda,
LL = Lucro Líquido;
– Indica quantas vezes o Ativo está contido no volume total das Receitas, de
forma que essa relação expressa, por conseguinte, em trocadilho, quantas vezes o valor
da Receita supera o valor do Ativo, dando, conseqüentemente, a quantidade de vezes
em que o Ativo girou, no período (exercício).
GA = Receitas
AT
Legenda,
43
Receitas = Total das vendas de produtos da cooperativa, no período.
AT = Ativo Total - Do Balanço Patrimonial/Balancete de Verificação.
Simplificando teremos,
RSA = LL
Ativo
44
Legenda,
– Este índice tem uma importância vital para se ter, em média o retorno do capital
exigido pelos depositantes e, conseqüentemente, a precaução de utilização de parte
desse valor em período pertinente à indicação do índice.
Legenda,
45
ESTUDO DE CASO – Aplicação das fórmulas vistas e relativas aos índices
Econômico-financeiros.
46
Endividamento % = CT/PL x 100
Legenda,
CT = Capital de Terceiros
PL = Patrimônio Líquido
Legenda,
3) - A Liquidez Corrente e Liquidez Seca têm por diferença entre si, o estoque.
Tendo em vista que este último, na Cooperativa, é formado apenas de material de
escritório e algumas peças de reposição para equipamentos de processamento de
dados (Hardware), os estoques não deverão ter valores elevados e caso isto aconteça,
fica patente algum procedimento incorreto. No caso em questão, os dois índices são
semelhantes, pois o valor dos estoques (conta Almoxarifado) deve ser irrisório.
Legenda,
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
Legenda,
AC = Ativo Circulante
E = Estoque
PC = Passivo Circulante
Legenda,
LL = Lucro Líquido
6) - Giro sobre o Ativo – GA, obtido através da relação entre a Receita Total – RT
e o Ativo Total – AT, mostra a proporção do volume de recursos retornados à
cooperativa, em relação ao total dos investimentos efetuados. O volume de recursos
também define a lucratividade uma vez que em um produto com demanda elástica, ou
seja, cuja quantidade negociada corresponde um percentual maior de variação que a
atratividade proporcionada, que pode ser uma redução de preço do mesmo, É sabido
que o preço do capital é o juro, portanto, uma pequena redução percentual na taxa deste
pode proporcionar um percentual maior na demanda do crédito, por exemplo.
GA = RT / AT
RSA = MOL / GA
Observa-se ainda que esse cálculo possa ser feito com o total dos depósitos,
conforme acima ou particularmente com cada um dos diversos tipos de depósitos
existentes quando se pretende atentar para particularidades.
49
CAPÍTULO IV – O CAPITAL PRÓPRIO E O CAPITAL DE TERCEIROS –
INSTRUMENTOS DE ORIGEM DE RECURSOS
Com relação ao Capital próprio, pensa erradamente quem julga que este não tem
custo. O seu custo se compõe do seguinte:
50
a) - Cobertura da inflação do período – todo dinheiro que não estiver aplicado em
algum processo que obtenha rendimentos, está perdendo, pelo menos para a inflação;
a) Depósitos à vista
51
Colocando o ponto de vista de que na cooperativa de crédito o seu principal
produto de negociação é o próprio dinheiro, advém daí a necessidade de se ter um
“Capital Líquido” (disponível) maior do que nas empresas de outros gêneros, uma vez
que a mercadoria a ser vendida na instituição financeira é o próprio dinheiro.
ATIVO PASSIVO
Encaixe 100 Depósitos 100
ou seja
ATIVO PASSIVO
Encaixe 100
Depósito inicial 100
53
Total dos depósitos.
Importante é observar que como Total de Depósitos, das equações acima, deve-
se levar em conta, também, os vencimentos dos Depósitos à Prazo, citados a seguir. Em
se tratando do movimento global de uma cooperativa, todo valor arrecadado para
terceiros, após cumprimento do float, além de outros compromissos assumidos que
envolvam pagamentos, deverão ser acrescidos no Total dos Depósitos e, seus
repasses, como saques efetuados, ou simplesmente efetuar os cálculos de
disponibilidades para tal, em separado.
b) Depósitos a prazo
b.2 Remuneração extra, fixa – Trata-se de um valor extra, estipulado por faixa de
depósito efetuado, a saber: de R$ 500,00 a R$ 999,00 depositados, o associado terá
creditado ao final de cada mês de vigência do contrato por prazo determinado, além dos
juros contratados, o valor de R$ 2,50. Esse valor corresponde a 0,5 % do limite mínimo e
corresponde ainda a 0,25 % do valor máximo da faixa acima. Idêntico critério poderá ser
utilizado para faixas superiores de depósitos, além de se esperar a criatividade da
Diretoria e às condições de obtenção de “spread” compensatório para se efetuar as
variações possíveis dessa técnica para atração de recursos. Adotando-se uma
remuneração em percentual, o valor final crescerá e, portanto se tornará mais atraente à
medida que cresce o valor depositado.
b.3 Pagamento de taxa de juros maiores que as dos bancos – É mais uma prática
que pode ser adotada, entretanto tem o inconveniente do crescimento do custo do
dinheiro e a cooperativa, para ter uma maior eficiência econômica, deve primar por
reduzir outros custos internos, minimizando-os sem, contudo afetar a qualidade mínima
necessária ao bom atendimento aos associados.
54
c) Empréstimos tomados para suprimento de caixa ou financiamentos
O “spread” para cada aplicação deve ser bem calculado para que todas as
operações venham a cobrir custos e as remunerações previstas como custos
econômicos.
2.1 Taxa de juros mensais (i) = taxa da inflação mensal (TIM) + taxa
correspondente ao Custo do Dinheiro (CD), que deverá ser sempre igual aos juros
pagos nos depósitos a prazo + rentabilidade prometida aos associados (RP) +
percentual para fundo de investimentos (FI) + “spread” relativo a taxa de lucratividade
(TL) aquela efetivamente possível, objetivando o beneficio aos associados com juros
finais abaixo do mercado (importante ressalte quando se trata de cooperativismo), mas
que vise a maximização de lucros (ML). Ante essa possibilidade, ou seja, a utilização e
prática de taxa de juros menores em relação ao mercado deve-se primar por uma
escolha de uma taxa não tão reduzida a ponto de começar uma avalanche de associado
para o crédito, endividando-se ao máximo ou mesmo alguns deles tomando
empréstimos para atender uma demanda, não sua, mas de familiares e parentes em
geral.
Com esse conceito sob a formulação matemática, podemos afirmar que o fato de
se estar procurando dar vantagens financeiras com juros abaixo do ofertado pelo
mercado, não significa estabelecer uma taxa de juros em um patamar inconseqüente,
sem nenhum fundamento objetivo, mas sim, baixo o menos possível.
55
Ou seja,
i = TIM + CD + RP + FI + TL
Legenda,
TIM = 0,6 %
CD = 1,2 %
RP = 0,5 %
FI = 0,5 %
TL = 1,0 %
SOMA = 3,8 %
Esse somatório pode parecer elevado à primeira vista, mas se for observado que
as taxas de juros da cooperativa poderão ser compostas da seguinte forma:
Se fizermos uma ponderação para as taxas acima, pelo percentual que cada uma
representa na receita da cooperativa, em função de resultados obtidos pela cooperativa
utilizada aqui como exemplo, podemos obter taxas como as seguintes:
Com os percentuais acima, obtidos pela Análise Vertical (AV), pode-se fazer a
ponderação necessária:
56
i = (2 x 65) + (4 x 12) + (7 x 17) + (12 x 6)
65 + 12 + 17 + 6
donde,
Portanto a taxa de juros média praticada por essa cooperativa é ainda menor que
os 3,8 % da soma de taxas pretendidas feitas anteriormente, devendo, para alcançar o
objetivo proposto, reduzir o custo do dinheiro e/ou majorar as taxas de juros cobradas.
TIM = 0,55 %
CD = 1,05 %
RP = 0,50 %
FI = 0,60 %
TL = 0,80%
DESENVOLVIMENTO DO EXERCÍCIO:
Em primeiro lugar, deve-se fazer uma Análise Vertical (AV) das receitas obtidas
com crédito, da seguinte maneira:
57
Origem da Receita Valor AV (%)
Crédito Pessoal 165.000 62,98
Hot Money 32.000 12,21
Cheque especial 44.000 16,79
Inadimplência 21.000 8,02
SOMA 262.000 100,00
Em segundo lugar, deve-se tomar o critério de formação das taxas de juros para
os diversos tipos de créditos com os quais a cooperativa trabalha.
Em terceiro lugar deve ser feita uma ponderação entre as taxas encontradas com
a Análise Vertical das receitas auferidas com créditos e as taxas praticadas com os
diversos tipos de crédito para encontrar a taxa de juros mensais.
i = TIM + CD + RP + FI + TL
ou seja,
i = 388,57
100,00
i = 3,89%
TIM = 0,55 %
CD = 1,05 %
RP = 0,50 %
FI = 0,60 %
TL = 0,80%
SOMA = 3,50 %
58
CAPÍTULO V – ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO (CDG), CAPITAL DE GIRO
LÍQUIDO (CDGL) ou CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (CCL)
Por outro lado, vale lembrar que o Capital de Giro ou Capital de Giro Próprio,
oriundo da capitalização dos associados, é apenas uma parte dos recursos empregados
na operacionalização dos produtos da cooperativa, tais como: crédito pessoal,
consignações e cheque especial. A outra parte refere-se aos recursos de associados
(depósitos à vista ou a prazo e outras aplicações); de terceiros (empréstimos obtidos
junto a Cooperativa Central/Banco à qual a cooperativa está vinculada, ou ainda
utilização de recursos de Relações Interdependentes, de conformidade com a média de
tempo em que os recursos de arrecadação ficam na posse de uma instituição financeira,
no caso, cooperativa de crédito, antes de serem repassados - float).
59
O Capital Circulante Líquido (CCL) é obtido subtraindo o Ativo Circulante do
Passivo Circulante. Para melhor entendimento vejamos as contas desses itens do
Balanço Patrimonial ou do Balancete de Verificação.
1.1 - Em estoques
1.2 - Em créditos
A carteira de crédito dado a cooperados, essa sim deve ser muito bem lastreada
por cadastros bem elaborados e completos, de forma que ao se efetuar uma operação
de crédito, esta deve ser calçada informações precisas de cadastro, além de
atualizadas. Além disto, necessário se faz o processo conter garantias reais tais como
garantias hipotecárias, notas promissórias com avais de associados com bons históricos
de movimentação financeira e cujo desconto em folha de pagamento não ultrapasse os
30% do rendimento total.
60
1.4 - Outras Obrigações
Devemos alertar para o fato de que existem duas formas de calcular o Capital de
Giro, a saber:
CGL = CCL = AC – PC
61
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponibilidade Depósitos
Caixa Depósitos à Vista
Bancos Depósitos à Prazo
Títulos e Valores Mobiliários Outros Depósitos
Relações Interfinanceiras Relações Interdependentes
Operações de Crédito Obrigações por Empréstimos
(-) Oper. Cred. L. Duvidosa Outras Obrigações
Outros Créditos Cobrança e Arrec. Tributos
Outros Valores e Bens Sociais e Estatutárias
Bens não de uso próprio Fiscais e Previdenciárias
Almoxarifado Diversas
Despesas Antecipadas
Com relação ao Capital de Giro Líquido (ou Capital Circulante Líquido), espera-se
ser o resultado da operação demonstrada anteriormente sempre positivo, mas em caso
de ser negativo, isto demonstra que a cooperativa tem compromissos com terceiros,
maiores do que os valores aplicados no Ativo Circulante.
CONTAS CONTAS
Ativo não Circulante Patrimônio Líquido
Realizável a Longo Prazo Capital Social
Reservas de Lucros
Investimentos Sobras ou Perdas Acumuladas
Imobilizado Resultado do Exercício
Instalações, Móv., eqtos. Receitas
Outros Despesas
Intangível
62
Observa-se que a diferença entre o Capital de Giro Próprio e o Capital Circulante
Líquido envolve o Realizável a Longo Prazo (parte do atual Ativo Não Circulante), se
houver. Caso este não exista, os dois se igualam (CDG = CCL).
Estas fontes, em primeira instância e com uma taxa de juros sempre mais barata,
é representada pelos recursos disponibilizados pelo Banco ao qual a cooperativa está
vinculada e com a intermediação de sua Cooperativa Central. Esses recursos são
realmente mais acessíveis e com juros módicos para que a cooperativa se organize
financeiramente e também ofereça créditos a seus associados, além das condições
permitidas por seu Capital de Giro Próprio.
A necessidade de se tomar recursos para capital de giro deve ter uma avaliação
muito criteriosa e deve ainda ser objeto de um plano estratégico desenvolvido para cada
tipo de aplicação (dentro da mesma estratégia de créditos, ou seja, crédito objetivando
adiantamento do 13º salário aos empregados da empresa à qual a cooperativa está
vinculada; crédito para adiantamento de devolução de IRPF – Imposto de Renda Pessoa
Física; crédito para custeio de safra agrícola, dentre outras possibilidades a serem
exploradas pela Diretoria). Para tanto, um bom gerenciamento deve dar especial
enfoque e importância para as garantias de retorno desse dinheiro, pois ao tomá-lo
emprestado e utilizá-lo na aplicação definida, este poderá se tornar uma armadilha em
vez de solução, por conta de possíveis descasamentos entre os prazos de retorno e
pagamento.
63
ESTUDO DE CASO: A Cooperativa de Crédito “JUROS BAIXOS” apresentou ao
final de um período os seguintes valores em seu balancete patrimonial:
Balancete de Janeiro/X1 Balancete de Fevereiro/X1
CONTAS
Val. em R$ AV AH Val. em R$ AV AH
Ativo Circulante 9.864.394 93 100 11.755.205 95 19
Disponibilidade 2.888.247 27 100 3.476.031 28 20
Caixa 888.144 8 100 855.055 7 (4)
Bancos 2.000.103 19 100 2.620.976 21 31
Títulos e Valores Mobiliários 242.863 2 100 234.220 200 (4)
Relações Interfinanceiras 3.263.982 100 4.103.646 26
Operações de Crédito 1.585.696 15 100 1.893.579 15 19
(-) Oper. Cred. L. Duvidosa (126.856) (1) 100 (151.486) (1) 19
Outros Créditos 1.920.061 18 100 2.134.694 17 11
Outros Valores e Bens 90.401 1 100 64.521 1 (29)
Bens não de uso próprio 0 0 100 0 0
Almoxarifado 50.811 0 100 41.718 0 (18)
Despesas Antecipadas 39.589 0 100 22.803 0 (42)
SUBTOTAL 6.976.147 100 8.279.173 67 19
64
Balancete de Janeiro/X1 Balancete de Fevereiro/X1
CONTAS
Val. em R$ AV AH Val. em R$ AV AH
Passivo Circulante 9.021.978 85 100 10.762.095 87 19
Depósitos 8.188.468 78 100 9.746.049 79 19
Depósitos à Vista 7.961.236 75 100 9.522.092 77 20
Depósitos à Prazo 224.225 2 100 220.950 2 (1)
Outros Depósitos 3.007 3.007 0
Relações Interdependentes 252.716 2 100 256.920 2 2
Obrigações por Empréstimos 182.664 2 100 165.494 1 (9)
Outras Obrigações 398.130 4 100 593.632 5 49
Cobrança e Arrec. Tributos 3.577 0 100 3.178 0 (11)
Sociais e Estatutárias 0 0 100 0 0
Fiscais e Previdenciárias 53.007 1 100 90.171 1 70
Diversas 341.545 3 100 500.283 4 46
Passivo Não Circulante
Exigível a Longo Prazo 0 0 0 0 0 0
Como primeira observação, denota-se que a cooperativa não tem nada registrado
no longo prazo. Dessa forma, vamos obter os seguintes resultados para o Capital de
Giro:
65
Mês de janeiro/X1:
Mês de fevereiro/X1:
Mês de janeiro/X1:
Mês de fevereiro/X1:
Fica, portanto, patente que o CGL e o CDG são iguais tendo em vista a ausência
de atividades operacionais de longo prazo.
Respondendo à segunda questão e apenas com uma rápida olhada nas contas
do Ativo e do Passivo circulantes, tem-se o seguinte:
Quanto a terceira questão, fica demonstrado que ao imobilizar mais uma parte do
capital próprio, a Diretoria estará reduzindo ainda mais o seu Capital de Giro Próprio,
passando dos atuais R$ 993.110, para (R$ 993.110 – R$ 880.000,00 = R$ 113.110) um
valor muito pequeno para o porte da cooperativa e isto estará colocando em maior risco
ainda a possibilidade da cooperativa não ter como cumprir suas obrigações com a
demanda de moeda para fins transacionais, de seus cooperados.
Ou seja,
Período janeiro/X1:
= 47.570.880 / 260.037
= 183 dias
Período fevereiro/X1:
= 146 dias
= 4 meses e 26 dias
Para ter uma idéia média de como fazer para se ter um valor médio de retorno por
período, faz-se o seguinte:
Período janeiro/X1:
Período fevereiro/X1:
Portanto, este último é o valor que a Diretoria pode contar como retorno médio por
mês, nas condições dos contratos atuais, salientando as medidas já tomadas para
redução do prazo de retorno.
68
CAPÍTULO VI – ANÁLISE DAS NECESIDADES LÍQUIDAS DE CAPITAL DE GIRO
69
- Fatores cíclicos da economia,
- Políticas praticadas pela rede bancária,
- Outros fatores que possam influenciar no volume do Capital de Giro Líquido.
Dessa forma o melhor e mais eficiente indicador que permite de maneira mais
fácil conhecer e avaliar a estrutura financeira da cooperativa, no Curto Prazo, é mais
conhecido por Necessidade Líquida de Capital de Giro (NLDCG).
70
RECLASSIFICAÇÃODOATIVO março X 0 abril X 0
71
Faz-se observar, no cálculo da Necessidade Líquida de Capital de Giro, a
indicação da necessidade de cobertura total de recursos de terceiros, pela geração de
novos recursos próprios através da atividade operacional, pelo incremento na
capitalização ou ainda pela obtenção de resultados positivos.
Por outro lado, há de se considerar que parte dos depósitos a prazo e à vista, é
utilizada na operação com créditos. Dessa forma, uma Necessidade Líquida (premente)
de Capital de Giro (NLCG), teria que descontar essa parcela.
Fatores positivos:
Fatores negativos:
- Fontes de Capital de Giro, as quais devem ser cobertas visto que se referem a
capital de terceiros na cooperativa e uma possível corrida, dos associados, para se obter
liquidez dos seus depósitos.
Essa necessidade de capital de giro se deve como pode ser observado, pela
composição da formulação, ao aumento do capital de terceiro e utilização do mesmo.
Não é uma coisa ruim, pois o capital de terceiro ao qual não se paga juros
(exemplificando: depósitos à vista e arrecadação de valores, com float para pagamento),
constitui-se em uma fonte de recurso barato, necessitando, entretanto, de muito
controle.
Fatores positivos:
72
- Aplicações em Capital de Giro com aumento do volume de depósitos indicando
grande confiança dos cooperados em sua cooperativa.
Fatores negativos:
4) Cálculo da Tesouraria.
Ou seja,
73
formação da Tesouraria ter como componente maior a Conta Relações Interfinanceiras,
indicando um pequeno descompasso de liquidez, devendo ser regularizado.
Dessa forma a Tesouraria tem mantido, para fazer face a outras necessidades de
liquidez exigida para diversas obrigações, os recursos acima, apresentados a seguir em
percentuais:
A seguir, gráfico que representa a relação normal que define o Capital de Giro.
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
PASSIVO NÃO
CIRCULANTE
Capital de Giro
= 65,38 %.
= 65,37 %.
ATIVO
76
Balancete de março de X0 Balancete de abril de X1
CONTAS
Val. em R$ AV AH Val. em R$ AV AH
Ativo Circulante 7.292.953 94 100 8.873.951 95 22
Disponibilidade 1.888.247 25 100 2.476.031 27 31
Caixa 888.144 12 100 855.055 9 (4)
Bancos 1.000.103 13 100 1.620.976 17 62
Títulos e Valores Mobiliários 242.863 3 100 234.220 200 (4)
Relações Interfinanceiras 1.137.126 100 2.057.685 81
Operações de Crédito 2.038.547 27 100 1.954.012 21 (4)
(-) Oper. Cred. L. Duvidosa (24.292) (0) 100 (47.212) (1) 94
Outros Créditos 1.920.061 25 100 2.134.694 23 11
Outros Valores e Bens 90.401 1 100 64.521 1 (29)
Bens não de uso próprio 0 0 100 0 0
Almoxarifado 50.811 1 100 41.718 0 (18)
Despesas Antecipadas 39.589 1 100 22.803 0 (42)
SUBTOTAL 5.404.706 100 6.397.920 69 18
PASSIVO
77
Balancete de março de X0 Balancete de abril de X1
CONTAS
Val. em R$ AV AH Val. em R$ AV AH
Passivo Circulante 6.619.650 85 100 8.063.027 87 22
Depósitos 5.786.140 75 100 7.046.981 76 22
Depósitos à Vista 5.558.909 72 100 6.823.024 73 23
Depósitos à Prazo 224.225 3 100 220.950 2 (1)
Outros Depósitos 3.007 100 3.007 0
Relações Interdependentes 252.716 3 100 256.920 3 2
Obrigações por Empréstimos 182.664 2 100 165.494 2 (9)
Outras Obrigações 398.130 5 100 593.632 6 49
Cobrança e Arrec. Tributos 3.577 0 100 3.178 0 (11)
Sociais e Estatutárias 0 0 100 0 0
Fiscais e Previdenciárias 53.007 1 100 90.171 1 70
Diversas 341.545 4 100 500.283 5 46
DESENVOLVIMENTO:
1) Com relação a questão 1, vale ressaltar quais as contas que compõem o fator
de risco:
- Disponibilidades;
- Relações Interfinanceiras;
- Operações de Crédito;
- Provisão para Operações de Crédito com Liquidação Duvidosa;
- Outros Créditos e
- Outros Valores e Bens.
78
Sabe-se também, conforme informado anteriormente que o Fator de APR é
definido pelo Banco Central do Brasil em 11 %.
Comentários:
2) Para os cálculos dos indicadores econômicos, será feito uso das fórmulas
utilizadas, cujos resultados serão apresentados de forma sintetizada, no quadro abaixo:
79
Dentre os dados necessários para obtenção dos resultados, destaca-se a
necessidade de lembrar que a participação de capital de terceiro se localiza no Passivo
Circulante. A cooperativa não tendo valores de Longo Prazo, a nossa análise se
restringe ao Curto Prazo.
CT = Capital de Terceiros
PL = Patrimônio Líquido
ANC-RLP = Ativo Não Circulante menos Realizável a Longo Prazo
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
AC-E = Ativo Circulante menos Estoque
LL = Lucro Líquido
MOL = Margem Operacional Líquida
Comentários:
80
- O Índice de Liquidez Corrente aponta que a cooperativa tem R$ 1,10 para cada
R$ 1,00 de obrigações com terceiros no Curto Prazo.
Análise:
Das contas acima, a única variação não muito bem vinda é o crescimento do valor
da conta de provisionamento para Operações de Crédito com Liquidação Duvidosa.
Com o crescimento da carteira é de se esperar que isto aconteça em valor absoluto,
mas não é interessante o crescimento em percentual.
82
Balancete de março de X0 Balancete de abril de X0
CONTAS
Val. em R$ AV AH Val. em R$ AV AH
Passivo Circulante 6.619.651 85 100 8.063.027 87 22
Depósitos 5.786.140 75 100 7.046.981 76 22
Depósitos à Vista 5.558.909 72 100 6.823.024 73 23
Depósitos à Prazo 224.225 3 100 220.950 2 (1)
Outros Depósitos 3.007 100 3.007 0
Relações Interdependentes 252.716 3 100 256.920 3 2
Obrigações por Empréstimos 182.664 2 100 165.494 2 (9)
Outras Obrigações 398.130 5 100 593.632 6 49
Cobrança e Arrec. Tributos 3.577 0 100 3.178 0 (11)
Sociais e Estatutárias 0 0 100 0 0
Fiscais e Previdenciárias 53.007 1 100 90.171 1 70
Diversas 341.546 4 100 500.283 5 46
Mesmo nas boas condições com que se depara a cooperativa, nunca se deve
esquecer da necessidade de se ficar amiúde, calculando e observando as tendências da
demanda de recursos líquidos para fins transacionais, por parte dos associados.
83
O Capital Social teve um aumento inferior ao dos Depósitos à vista e isto motivou
uma redução de sua representatividade, no contexto geral do Passivo.
Boas informações são obtidas ainda com a análise das contas Cobrança e
Arrecadação de Tributos e de Obrigações por Empréstimos, ambas com redução do seu
montante, significando que a cooperativa vem cumprindo suas obrigações, no sentido de
pagar as parcelas vencidas, reduzindo o montante dessas contas as quais também
representam parcelas de recursos de terceiros na empresa.
84
RECLASSIFICAÇÃODOATIVO março X 0 abril X 0
85
4.1 – Com os dados do Balancete acima, reclassificado, pode-se efetuar o cálculo
da Necessidade Líquida de Capital de Giro (NLCG), utilizando a fórmula para tal:
= 0,0561 ou 5,61 %
86
Fórmula:
T (Tesouraria) = Outras Contas do Ativo Circulante (-) Outras Contas do Passivo
Circulante
Período abril Xo
T = 4.767.936 – 165.494 = 4.602.442
CGL = CCL = AC – PC
88
CGL = 7.292.953 – 6.619.650 = 673.303
89
CAPÍTULO VII – UMA ANÁLISE DOS PRINCIPAIS PRODUTOS DA COOPERATIVA
Certos produtos que, nos bancos são criados para atendimento ao público em
geral, na cooperativa são exclusivamente para atendimento ao cooperado. Desses
destaca-se a abertura de conta corrente e qualquer atividade de crédito. Existe ainda a
possibilidade de a cooperativa celebrar convênio com a empresa à qual os seus
cooperados encontram-se vinculados e prestar esse mesmo serviço específico,
extensivos a outro público, devendo, para tanto, fazer distinção no tratamento contábil
dessas operações, o que for operacionalizado com os cooperados não é tributado, os
demais, sim.
- Adiantamento a Depositantes
- Aplicação em Fundos de Investimentos
- Aplicações Financeiras
- Crédito Pessoal
- Depósitos Bancários
- Descontos de Títulos
- Financiamentos
- Ingressos de Depósitos
- Rendas de Cobrança
- Rendas de Outros Serviços
- Rendas de Receitas Operacionais
90
Ante a essa diversidade de unidades de produtos (ressaltando que ao citar a
expressão “produtos” sempre estaremos nos referindo a bens e serviços), há
necessidade de se efetuar uma simplificação necessária e, portanto, a unidade mais
adequada nessa hora é trabalhar com a quantidade de itens desses produtos.
Vale ressaltar ainda que, quer em seu montante total, quer no total por item, ou no
total por unidade de produto, esses valores indicam quais os principais produtos
trabalhados na cooperativa, principalmente se os ordenarmos por ordem decrescente de
valores, demonstrando dessa maneira, quais produtos são os expoentes na formação da
receita total da instituição.
Valor
DISCRIMINAÇÃO VALOR Quantidade Unidades
Unitário
Rendas de Adto a Depositante 2.692,00 22.492 R$ 0,120
Rendas de Empréstimos 57.345,00 142.826 R$ 0,402
Rendas de Financiamento 750,00 16.667 R$ 0,045
Rendas de Aplicação Fundos de Investimentos 2.691,00 179.400 R$ 0,015
Rendas de Cobranças * 223.576,00 279.470 UN. 0,800
Rendas de Outros Serviços 9.512,05 5.734 UN. 1,659
Rendas de Receitas Operacionais 10.291,36 1.723 UN. 5,973
Ingressos de Depósitos 53.167,00 4.431 R$ 12,000
RECEITAOPERACIONAL BRUTA(SOMA) 360.024,41
91
Assim sendo, o preço unitário do dinheiro é o percentual relativo à taxa de juros (i)
cobrada e a renda daí resultante decorre da aplicação de fórmula específica de
capitalização composta.
Reiterando que ‘i’ é a taxa de juros e ‘n’ é o número de meses que o capital
permanecerá emprestado. Obviamente que os empréstimos tomados, normalmente têm
sistema de amortização mensal e, dessa forma tem também sua fórmula específica, mas
não cabe aqui fazer demonstrações de matemática financeira, apesar de o autor ser
Tutor, dentre outras, da disciplina de Gestão Financeira do Curso de MBA –
Manegement Business Administration da UFMT-INEPAD.
93
Unidades de
operacionali- Preço
Item RUBRICAS Rendimentos
zação do Unitário
Produto (q)
94
3.1 O cálculo do Preço Médio dos produtos
Pm = ∑ RT
∑q
Donde que,
Pm = ∑Pxq
∑q
Donde que,
Ou seja,
Pm = 360.024,41 = R$ 0,19
1.938.043
95
A transformação dos montantes de receitas de diversos produtos em um preço
unitário único (receita por unidade produzida) é de muito proveito para simplificação da
elaboração de um Planejamento Estratégico de Longo Prazo. As cooperativas de
créditos, fundamentadas em possibilidades de crescimento da demanda por produtos,
dada a capacidade embrionária do mercado desta e apesar de suas limitações de
atuação, terão sempre um espaço a mais a ser explorado e conquistado.
Caso o preço unitário encontrado (Preço Médio dos Produtos – Pm) se altere de
R$ 0,19 para R$ 0,25, a variação foi de:
R$ 0,19 = R$ 0,80
R$ 0,25 R$ X,00
Logo,
96
A mesma correção pode ser obtida por intermédio da aplicação pura e simples do
percentual de 31,58 % ao preço de R$ 0,80, a saber:
Observação: Para trabalhar com o percentual de 31,58 %, este foi dividido por
100, transformando-o um número índice e acrescentado 1 (um) inteiro. Esta unidade
dada de acréscimo representa o valor original ou 100% deste. A parte decimal do índice
representa, portanto, o quanto será acrescido ao valor tomado inicialmente, no caso R$
0,80, ou melhor dizendo, o quanto representa a sua variação.
97
CAPÍTULO VIII - ANÁLISE DE CUSTOS E RESULTADOS E DE INDICADORES DO
NÍVEL DE EXPANSÃO DO NEGÓCIO.
Uma das formas de concorrência direta dos bancos para com as cooperativas é
exigindo das empresas o depósito dos salários de seu quadro de pessoal, naquele
banco, Essa medida torna, de forma impositiva, os cooperados correntistas do banco,
este lhes proporciona, de início, as vantagens de créditos mais fáceis, obtidos até por
terminais de pronto atendimento.
Uma forma de atenuar essa concorrência seria permitir que a empresa também
fosse associada da cooperativa, podendo efetuar suas transações financeiras de
pequeno e/médio porte, de conformidade com o capital de giro da cooperativa.
98
Nesse ambiente competitivo há necessidade de que a cooperativa haja de forma
profissional, pois a sua sobrevivência depende de boa eficácia no desenvolvimento de
suas atividades.
– Neste caso, por se tratar de cooperativas de crédito, pode-se ainda pensar que
suas missões se restringem ao bem estar econômico e financeiro do associado. Mais
uma vez incorre em erro quem assim pensa, pois a cooperativa como uma empresa,
deverá ainda estender essa satisfação de forma bem mais ampla, ou seja, para os
stakeholders (todos aqueles que têm alguma relação direta com a cooperativa), quais
sejam seus cooperados, cooperativários (empregados associados), seus dirigentes,
fornecedores e clientes de arrecadação de boletos, não cooperados mas que procuram
a cooperativa para efetuar seus pagamentos, quer por proximidade do trabalho, da
residência ou por conhecimento com algum dos associados ou cooperativários. Por
certo, todos, uníssonos, devem estar satisfeitos com a cooperativa e com as realizações
alcançadas por esta.
Além disso, a cooperativa precisa gerar sobras (lucros) necessárias não só para a
remuneração do capital dos associados, fator este incluso nos estatutos, como também
como condição “sine qua non” para os reinvestimentos necessários, ao se objetivar
continuidade do negócio.
Observa-se que tanto sob o aspecto conceitual como sob o aspecto da prática
contábil, a sobra (o lucro) é o resultado entre o que se obteve de receita, subtraindo-se
desta os custos praticados.
Dessa forma:
LT = RT - CT
Ou seja,
Lucro Total (LT) é igual à Receita Total menos o Custo Total. Dessa forma
podemos, portanto, conceituar o Lucro como realmente o que sobrou da receita depois
de retirado o valor do custo. O Lucro é, portanto, a realização de uma Sobra.
99
estes se tornam um consumidor em potencial do mercado que o cerca, injetando através
do consumo efetuado nesse mercado, o valor correspondente à sua Propensão Marginal
a Consumir (PMC).
4. Custo de Oportunidade
5. Gastos
a) Com Investimentos
b) Com Consumo
101
b.2) os gastos posteriores com o desenvolvimento desse processo.
c) Custos Diretos
c.2) Aqueles que executam o processo, mas não são responsáveis diretos pela
quantidade produzida, são as máquinas, equipamentos, iluminação do espaço físico,
refrigeração do ambiente, segurança das instalações de produção, etc., estes são
chamados de custos fixos diretos.
d) Custos indiretos
Custos? Despesas?
Que confusão!
102
Ilustração 17 – Preocupação com Custos
Fonte: Apostila de Gestão Financeira do Curso de Desenvolvimento Regional
Sustentável (DRS) – UFMT/INEPAD.
6. Métodos de Custeio
Para efeito do presente trabalho, será feito enfoque maior e mais detalhado
acerca dos dois outros métodos de custeios, pois serão apenas esses os objetos de
estudo deste trabalho de gestão.
103
Entradas Processo Saídas
Com a ilustração acima, fica patente serem os custos obtidos dentro do processo
produtivo conforme evidenciado, custos diretos e têm as seguintes classificações;
CV = CFP + CPF
104
Já os Custos Fixos que podem ser denominados de:
a) dos Custos Fixos que no processo de produção são chamados de Custos Fixos
Diretos (CFD) e
Diz-se ainda que uma cooperativa de crédito tem ‘suas agências’ (filiais)
denominadas de PAC’s (Postos de Atendimento aos Cooperados). Dessa forma, para
efeito de controle e apuração de resultado, no geral e nas partes (cooperativa, como um
todo e os PAC’s, no particular), considera-se, portanto, a existência destas agências,
como processos produtivos participantes de outro mercado (bairros ou cidades
diferentes).
105
Agência Mercado I
Central
PAC 1 Mercado II
Cooperativa
(Adm. Central)
PAC 2 Mercado
III
Caixa Mercado
Eletrônico IV
Central PAC CE
RTB RTB RTB
( -) CPF* ( -) CPF ( -) CPF
(=) RTL (=) RTL (=) RTL
(-) CFP* (-) CFP (-) CFP
(=) MBC (=) MBC (=) MBC
106
Este é o primeiro estágio da apuração do resultado, para no qual se destaca a
seguinte legenda:
Obtém assim, o primeiro resultado a ser considerado e analisado, o qual pode ser
trabalhado pela economia de escala: aprimoramento de técnicas de trabalho, motivação
de pessoal, obtenção de material necessário ao processo a um custo menor e aumento
da quantidade de cada produto, tornando os custos fixos unitários minimizados (isto
pode ser conseguido simplesmente com a apresentação de um trabalho eficiente e
regular ou, com persistência, redundando em aumento do quadro de associados).
Por outro lado, observa-se pelo seu comportamento que tanto os Custos
Diretamente Proporcionais ao Faturamento (CPF) como os Custos de Formação do
Produto (CFP), são todos, na verdade, simplesmente Custos Variáveis (CV) e a
expressão do demonstrativo de resultado poder-se-ia ser representada da seguinte
forma:
RT – CV = MBC,
ou seja,
Cooperativa
Agência Central PAC CE
(=) MBC (=) MBC (=) MBC
(- ) CFD (- ) CFD (- ) CFD
(=) MSBC (=) MSBC (=) MSBC
Legenda,
107
CFD = Custos Fixos Diretos (ligados ao processo de produção de
serviços financeiros – que é o produto da cooperativa)
MSBC = Margem Semi-Bruta de Contribuição
Neste estágio, deduzimos os Custos Fixos Diretos (CFD) para obter outro estágio
de resultados que é denominado de Margem Semi-Bruta de Contribuição (MSBC).
Muitas vezes os fatores de produção que geram os Custos Fixos Diretos (CFD)
são utilizados de forma conjunta, por exemplo, a segurança e a iluminação de um PAC e
a do Caixa Eletrônico (CE) nele existente, pois ambos estão instalados em um único
local. Dessa forma, os custos oriundos desses fatores empregados conjuntamente
poderão ser calculados por rateio do total de cada um deles, proporcional ao volume de
negócios em cada unidade produtiva (PAC ou CE).
Cooperativa
Agência Central PAC CE
(=) MSBC (=) MSBC (=) MSBC
(-) CFD (-) CFD (-) CFD
(=) MSBC (=) MSBC (=) MSBC
Ou,
Cooperativa
Agência Central PAC CE
(=) MSBC + (=) MSBC + (=) MSBC
(=) MSBC Total
(-) CFD Total
(=) MSBC
Este último para o caso de não se operar com rateio do CFD e preferir trabalhar
com esse custo, pelo seu total.
108
Obtém-se com isto a margem oferecida por cada unidade produtiva após o
período considerado, podendo daí se ter uma análise da performance de cada uma
delas.
Cooperativa
Agência Central PAC CE
(=) MSBC + (=) MSBC + (=) MSBC
(=) MSBC total
(-) DFG
(=) Lucro Operacional (LO)
Cooperativa
(=) Lucro Operacional (LO)
(-) Custo de oportunidade oferecida pelas aplicações no mercado (CO).
(=) Lucro Econômico (LE).
Por outro lado, a cooperativa pode estar operando com lucro contábil e o Banco
Central estar satisfeito, mas ao término do exercício, do ano fiscal, os associados
poderão não estar satisfeitos visto que o empreendimento poderá não atender ao anseio
pela distribuição de sobras (lucros) em nível das determinações estatutárias e, ainda,
manter recursos para novos investimentos.
Então esse aluguel deverá constar como despesa econômica e ser também
subtraído do Lucro Líquido contábil para compor um fundo de reinvestimento.
110
Estudo de caso – A Cooperativa de Crédito do Vale da Promissão após o final de
exercício apresentou os seguintes resultados.
Operações =
Serviços Análise
Preço
RUBRICAS Rendimentos Executados / Vertical
Unitário
Contas (AV -%)
Arrecadadas
RENDAS DE ADIANTAMENTO A DEPOSITANTES 3.473,35 28.945 0,120 0,6906
- Rendas de Adiantamento a Depositantes 3.473,35 28.945 0,120 0,6906
111
Operações =
Serviços Análise
Preço
RUBRICAS Rendimentos Executados / Vertical
Unitário
Contas (AV -%)
Arrecadadas
RENDAS DE ADIANTAMENTO A DEPOSITANTES 2.605,02 21.708 0,120 0,6906
- Rendas de Adiantamento a Depositantes 2.605,02 21.708 0,120 0,6906
112
Operações =
Serviços Análise
Preço
RUBRICAS Rendimentos Executados / Vertical
Unitário
Contas (AV -%)
Arrecadadas
RENDAS DE ADIANTAMENTO A DEPOSITANTES 1.573,66 13.114 0,120 0,6892
- Rendas de Adiantamento a Depositantes 1.573,66 13.114 0,120 0,6892
113
Essa informação servirá para quando se desenvolver um planejamento
estratégico, fazendo a adequação dos custos à receita total, com os percentuais obtidos
na Análise Vertical pode-se calcular os ajustes necessários em cada item, em termos de
custos, bastando para tanto aplicar o percentual de variação do Custo Total, em cada
item. Caso os custos forem trabalhados por item, utiliza-se o percentual de expansão ou
retração destes, para se obter a variação correspondente, no Custo Total.
PAC I = 295.374,37
PAC II = 209.910,28
TOTAL = 899.117,14
O Preço Unitário Único, ou seja, o preço médio unitário calculado por item de
produto trabalhado pela cooperativa, demonstrados nos quadros de Receitas anteriores
e conforme capítulo anterior fica sendo tão somente o resultado do quociente entre a
Receita Total proporcionada em cada unidade de atendimento, pelo total de itens
trabalhados pela cooperativa (Operações realizadas), como se segue:
A soma dos preços unitários acima passa a se constituir em Receita Total por
unidade produzida, em todas as dependências da cooperativa.
114
Custos e Agência PAC I PAC II
Despesas Central
CPF 42.476,40 26.298,00 19.828,80
CFP 223.001,10 138.064,50 104.101,20
CFD 37.166,85 23.010,75 17.350,20
CFG 35.715,60
SOMA 338.359,95 187.373,25 141.280,20
Legenda,
CPF = Custos Proporcionais ao Faturamento
CFP = Custos de Formação do Produto
CFD = Custo Fixo Direto
CFG = Custos Fixos Gerais
Outras informações:
Capital social da cooperativa = R$ 1.286.435,80
Remuneração anual prevista em estatuto = 12% ao ano.
Remuneração no mercado financeiro (valor acima de R$ 500.000,00) = 1,8 % ao
mês, valor estipulado para efeito deste exercício.
Desenvolvimento,
115
Operações AC PAC I PAC II TOTAL
RTB = 393.832,49 295.374,37 209.910,28 899.117,14
(-)CPF = 42.476,40 26.298,00 19.828,80 88.603,20
(=)RTL = 351.356,09 269.076,37 190.081,48 810.513,94
(-)CFP = 223.001,10 138.064,50 104.101,20 465.166,80
(=)MBC = 128.354,99 131.011,87 85.980,28 345.347,14
(- ) CFD = 37.166,85 23.010,75 17.350,20 77.527,80
(=) MSBC = 91.188,14 108.001,12 68.630,08 267.819,34
(=) MSBC total = 267.819,34 267.819,34
(-) CFG = 35.715,60 35.715,60
(=) LO = 232.103,74 232.103,74
(-) RCP = 154.372,30 Calculados dentro dos 154.372,30
(-) CO = 23.155,84 %informados. 23.155,84
(=) LE = 54.575,60 54.575,60
Legenda:
RTB = Receita Total Bruta
CPF = Custos Proporcionais ao Faturamento
RTL = Receita Total Líquida
CFP = Custo de Formação do Produto
MBC = Margem Bruta de Contribuição
CFD = Custo Fixo Direto
MSBC= Margem Semi-Bruta de Contribuição
CFG = Custos Fixo Gerais (Administração)
LO = Lucro Operacional
RCP = Remuneração do Capital Próprio
CO = Custo de Oportunidade
LE = Lucro Econômico
116
rendimentos dos quadros de Receitas apresentados, totalizando R$ 899.117,14, pode-
se calcular o Retorno Efetivo.
Onde,
117
Divide-se as informações do quadro de custos, logo acima, pelo total das
quantidades do primeiro (R$ 5.172.142,00), resultando;
Obs.: Os custos da Agência Central são divididos pelo total das Operações
efetuadas pela cooperativa, com objetivo de se ter um custo unitário único com o qual
pode-se elaborar projeções de preços, por exemplo, podendo se ter a qualquer
momento uma correspondência desses preços projetados, bastando para tal utilizar do
critério de proporcionalidade. Em elaboração de aplicativos para Sistemas, isto facilita,
sobremaneira a montagem de programas.
118
A participação dos custos econômicos denominados de Retorno sobre o Capital
Próprio – RCP e Custo de Oportunidade – CO, deve ser calculada a partir do quociente
entre os valores de cada uma dessas rubricas e o total das operações efetuadas,
conforme apuração dos demais custos unitários, a saber:
119
Receita Bruta Total = R$ 0,522 de Receita Total obtida por unidade de
produto.
Além das medidas de minimização dos custos, deve-se ter sempre em mente as
perspectivas de ampliação das receitas, através de lançamento de novos produtos;
ampliação de mercado, instalando novos PAC’s ou ainda em locais onde se encontrem
cooperados em potencial com dificuldades de acesso à cooperativa, contratando
correspondentes; campanhas para atrair novos associados bem como campanhas de
premiação pela utilização dos produtos da cooperativa.
120
Vale aqui ressaltar, diante da situação enfocada no segundo parágrafo anterior,
que a direção da cooperativa deve sempre estar cobrando posicionamento de sua
Central, quanto a situação econômico-financeira das cooperativas que fazem parte do
mesmo grupo, objetivando não ser pego de surpresa com desajuste financeiro de
qualquer uma delas.
121
CAPÍTULO IX – A REPRESENTATIVIDADE DAS RECEITAS E DAS SOBRAS
1. Demonstração matemática
PRIx = RTx
RT
Legenda,
122
CONTAS Valor em R$ AV CONTAS Valor em R$ AV
Ativo Circulante 12.363.998,60 96,3 Passivo Circulante 11.480.129,01 89,5
Disponibilidade 4.241.192,79 33 Depósitos 10.671.721,22 83,2
Caixa 817.691,73 6,37 Depósitos à Vista 9.831.571,94 76,6
Bancos 3.423.501,06 26,7 Depósitos à Prazo 836.492,71 6,5
Títulos e Valores Mobiliários 212.062,84 1,65 Outros Depósitos 3.656,57 0,03
Relações Interfinanceiras 3.759.820,53 Relações Interdependentes 206.199,93 1,6
Operações de Crédito 2.000.061,44 15,6 Obrigações por Empréstimos 182.664,32 1,4
(-) Oper. Cred. L. Duvidosa (30.566,01) -0,2 Outras Obrigações 419.543,54 3,3
Outros Créditos 2.080.575,07 16,2 Cobrança e Arrec. Tributos 7.998,51 0,1
Outros Valores e Bens 100.851,94 0,79 Sociais e Estatutárias 0,00 0,0
Bens não de uso próprio 0,00 0 Fiscais e Previdenciárias 50.964,12 0,4
Almoxarifado 48.517,35 0,38 Diversas 360.580,91 2,8
Despesas Antecipadas 52.334,59 0,41
SUBTOTAL 8.122.805,81 Passivo Não Circulante 1.353.904,80 10,5
Ativo Não Circulante 470.035,21 3,66 Exigível a Longo Prazo 0,00 0,0
Realizável a Longo Prazo 0,00
Investimentos 190.075,93 1,48 Patrimônio Líquido 0,00 0,0
Imobilizado 279.959,28 2,18 Capital Social 874.317,74 6,8
Imobilizações em Curso 0,00 Reservas de Lucros 0,00 0,0
Instalações, Móv., Eqpt. 164.194,27 1,28 Sobras/Prejuízos Acumulados 307.411,25 2,4
Outros 115.765,01 0,9 Resultado do Exercício 172.175,81 1,3
Diferido 0,00 0
TOTAL DO ATIVO 12.834.033,81 100 TOTAL DOPASSIVO 12.834.033,81 100
123
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ( Custeio por absorção)
124
O DRE, acima, é o modelo elaborado pela contabilidade e, obviamente, pelo
Método do Custeio por Absorção que é o método admitido pela Receita Federal.
125
Análise de Índices - Fórmula DuPont
Receitas
579.607,81
Custos CF Diretos
407.432,31 249.074,36
IRPJ
0,00
Receitas
579.607,81
Giro do Ativo
0,05 (:) Caixa/Bancos
4.241.192,79
Contas Receber
4.161.281,40
Outros AC
3.913.007,06
Ativo Permanente
470.035,21
126
individualmente. Entretanto, verificando o Giro Sobre o Ativo (GSA), este aconteceu, no
exercício apenas 0,05 vezes (este cálculo não está em percentual, mas em quantidade
de rotações). Tendo em vista o Ativo Não Circulante ser muito pequeno e que a Receita
obtida representa apenas 5 % do Ativo Total, pode-se esperar que, com um revisão de
planejamento de gestão, conseguir-se-á melhores resultados pois o Ativo Circulante dá
condições para isso.
O Retorno Sobre Investimento – RSI de apenas 1,34 % pode ser alcançado com
aplicações no mercado financeiro, não necessitando de grandes esforços dentro do
processo produtivo, ou seja, a cooperativa está sendo, nesse momento, um negócio com
rentabilidade muito baixa, ante ao volume de aplicação de recursos apresentado.
Entretanto, por se tratar de cooperativa, a sua Diretoria deve com urgência fazer uma
análise dos objetivos desta, objetivando beneficiar os associados com produtos de
preços mais acessíveis, mas sem que isso implique em um baixo retorno de
rentabilidade.
127
CAPÍTULO X – OUTROS INDICADORES IMPORTANTES.
1. Conceitos
- Margem de Segurança
- Alavancagem operacional
128
mais o Custo de Formação do Produto (CFP), dividido pelo total de produtos produzidos,
além de se ter conhecimento do Preço (P) desse produto, como se segue:
BEP = CFT
Índice do MBC
BEP = CFT
P – CVM
MS = RTB - RTBe
RTB
Onde,
MS = Margem de Segurança
RTB = Receita Total Bruta
RTBe = Receita Total Bruta no ponto de equilíbrio.
129
cálculo demonstrado no Capítulo anterior, uma vez que Receita Total (RT) é igual ao
Preço (P) multiplicado pela quantidade produzida (q).
Por outro lado, em termos de resultados, a margem de segurança pode ser assim
calculada.
Onde,
MS = Margem se Segurança
q = Quantidade produzida
qe = Quantidade no ponto de equilíbrio
MBCunit = Margem Bruta de Contribuição Unitária
CFD = Custo Fixo Direto
RES = Resultado seguinte, no modelo econômico, ou seja, MSBC.
MS = q – qe
q
Donde que,
MS = Margem de Segurança
q = Quantidade produzida
qe = Quantidade produzida no ponto de equilíbrio (é a mesma utilizada no
cálculo anterior)
130
Apuração do Resultado de “Y” Apuração do Resultado de “Z”
RES “Z”
RES “Y”
∆ MBC “Z”
∆ MBC “Y” ∆ RES “Y” ∆ MBC “Z” ∆ RES “Z”
Legenda:
MBC = Margem Bruta de Contribuição.
CFD = Custo Fixo Direto,
RES = Resultado.
∆ = Variação
Exemplo:
MBC = R$ 2.000,00 + R$ 200,00 = R$ 2.200,00
CFD = R$ 1.000,00 = R$ 1.000,00
RES = R$ 1.000,00 + R$ 200,00 = R$ 1.200,00
131
Por outro lado, o gráfico logo acima, representa a variação do MBC dos dois
produtos, iguais, apesar dos resultados alcançados serem diferentes. Aquele produto
com menor resultado tem a relação MBC/RES, maior que a relação efetiva do outro.
Produto “Y”
RES = R$ 1.000,00
∆ RES = R$ 200,00
% ∆ RES = R$ 200,00 / R$ 1.000,00 = 0,20 ou 20 %
Produto “Z”
RES = R$ 500,00
∆ RES = R$ 200,00
% ∆ RES = R$ 200,00 / R$ 500,00 = 0,40 ou 40 %
Demonstração Gráfica.
Receita/
Custos RT
RES ∆ RES CT
RES
MBC
CV
CFT
CV
CF
CFT
0 qe q q + ∆q Quantidade (q)
Legenda,
q = Quantidade produzida
qe = Quantidade produzida no Ponto de Equilíbrio (PE)
∆q = Variação da quantidade produzida
CFT = Custo Fixo Total (Custo Fixo Direto - CFD mais Custos Fixo Gerais - CFG)
MBC = Margem Bruta de Contribuição
RES = Resultado apresentado
∆RES = Variação do Resultado
CT = Custo Total = Custo Variável (CV) + Custo Fixo Total (CFFT)
CV = Custo Variável = Custos Proporcionais ao Faturamento (CPF) + Custos
de Formação do Produto (CFP)
133
Considerando agora que o resultado do setor produtivo da cooperativa, excluindo-
se a administração geral, é igual à Margem Bruta de Contribuição menos o Custo Fixo
Direto, ou seja,
Essa fórmula pode ainda ser escrita de outra maneira, como se segue:
∆RES = ∆q x MBCunit
∆q x MBCunit
q x MBCunit - CFD
GAO =
∆q
q
GAO = MBC
RES
134
ESTUDO DE CASO – Cooperativa de Crédito Mútuo dos Empregados na Indústria
RECICLA TUDO Ltda.
Exercício X0 Exercício X1
Receita Operacional Bruta 579.607,81 700.427,30
Custo Variável 285.202,61 322.982,41
Custo Fixo Direto 81.486,46 92.280,69
Custos Fixos Gerais 40.743,23 46.140,35
Custo Fixo Total 122.229,69 138.421,04
Custo Total 407.432,30 461.403,45
Sobras Líquidas 172.175,51 239.023,85
1) O Ponto de Equilíbrio
2) A Margem de Segurança
3) O Grau de Alavancagem Operacional
DESENVOLVIMENTO
135
que é a Margem Bruta de Contribuição - MBC. Assim sendo, utilizando as fórmulas
abaixo:
BEP = CFT
Índice do MBC
Onde,
CFT = Custo Fixo Total
BEP = CFT
P – CVM
Obtenção do MBC:
Exercício X0 Exercício X1
Receita Total Bruta (RTB) = 579.607,81 700.427,30
Exercício X0 Exercício X1
Índice do MBC = MBC = 294.405,20 377.444,89
RTB = 579.607,81 700.427,30
Exercício X0 Exercício X1
Exercício X0 Exercício X1
BEP = CFT = 122.229,69 138.421,04
Índice de MBC 0,50794 0,53888
Exercício X0 Exercício X1
BEP = 240.638,05 e 256.868,02
136
NOTA: O Ponto de Equilíbrio, representado pela Receita Total Bruta de
equilíbrio (RTBe) e pela quantidade de equilíbrio, se verifica no momento em que a
cooperativa está produzindo certa quantidade de produtos cuja Receita correspondente
se equipara, em valor, com o total dos Custos realizados até então.
RTB = Pxq
Logo,
q = RTB
q
Isto posto, considerando quantidade de equilíbrio = qe, tem-se:
Onde,
qe = 420.696 e 449.070
Exercício X0 Exercício X1
MS = RTB – RTBe = 579.607,81 – 240.638,05 e 700.427,30 – 256.868,02
RTB 579.607,81 700.427,30
Onde,
MS = Margem de Segurança
RTB = Receita Total Bruta
RTBe = Receita Total Bruta no ponto de equilíbrio.
Exercício X0 Exercício X1
MS = 0,5848 e 0,6333
Ou,
Exercício X0 Exercício X1
MS = 58,48% e 63,33%
137
Esses percentuais indicam que a cooperativa está com boa Margem de
Segurança e de um Exercício para o outro ainda aumentou um pouco mais essa
margem.
Donde que,
MS = Margem de Segurança
q = Quantidade produzida
qe = Quantidade produzida no ponto de equilíbrio
Exercício X0 Exercício X1
MS = 0,5848 0,6333
Ou,
Exercício X0 Exercício X1
MS = 58,48% 63,33%
GAO = MBC
RES
Isto posto,
Exercício X0 Exercício X1
GAO = 294.405,20 = 377.444,89
172.175,51 239.023,85
138
GAO = 1,7099 ou 1,5791
Exercício X0 Exercício X1
Receita Operacional Bruta 579.607,81 700.427,30
(-) Custo Variável 285.202,61 322.982,41
(=) Margem Bruta de Contribuição 294.405,20 377.444,89
Exercício X0 Exercício X1
GAO = MBC = 294.405,20 377.444,89
RES 172.175,51 239.023,85
Exercício X0 Exercício X1
GAO = 1,7099 1,5791
139
CAPÍTULO XI – PROCEDIMENTOS RELATIVOS À TRILOGIA: CUSTO – VOLUME –
LUCRO, COM A AMPLIAÇÃO DOS NEGÓCIOS DA COOPERATIVA DE CRÉDITO.
- PAC’s;
- Caixas Eletrônicos (CE) e
- Terceirização de serviços – Correspondentes Cooperativos (COCOOP’s).
Com isto, os Custos Fixos vão ser ampliados, mas devido ao aumento da Receita
Total, o PAC poderá ser perfeitamente viável, caso a quantidade de produtos
operacionalizada e o volume da Receita Total, ultrapasse o novo Ponto de Equilíbrio de
produção da Cooperativa.
A cooperativa também poderá optar por instalar Caixas Eletrônicos - CE. Como
fazer a opção entre PAC e CE? Não é tão simples assim porque para instalação de um
Caixa Eletrônico também há necessidade de se ter rentabilidade suficiente para cobrir
custos de manutenção da máquina (eletromecânica), das instalações onde vai ficar o CE
(aluguel, luz, segurança), do transporte de valores. Como podemos observar, não fica
muito barato. Entretanto, um Caixa Eletrônico deve ser instalado em locais onde se faz
140
necessário a operacionalização, pelos associados, em horários diferentes do expediente
bancário.
Isto, na prática significa: se produzir tem custo senão não tem. Na verdade a
manutenção de máquina fica maior se tiver grande movimentação e aí, haverá,
certamente, rentabilidade necessária para mantê-la.
141
2. Comparação de custos ente um PAC e um COCOOP.
CPF = R$ 17.485,00
CFP = R$ 102.270,00
CFT = R$ 17.045,00
SOMA= R$ 136.800,00
Legenda:
CPF = Custos Proporcionais ao Faturamento (Custos Variáveis não
realizadas juntamente com a produção – Tributos e Marketing premiado,
como exemplo).
CFP = Custo de Formação do Produto, aquele realizado com o processo de
produção dos produtos.
CFT = Custos Fixos Totais, estão relacionados à manutenção dos bens de
capital e a serviços, dentro das agências (local de produção) que não
fazem parte na composição do produto (Iluminação de fachada, corredores,
segurança, dentre outros), além de serviços de controle e gerenciamento
administrativos da administração central da cooperativa.
142
custos, na quase totalidade passam a ser variável, ou seja, os custos são proporcionais
ao faturamento do correspondente.
P
RT
Novo CT
CT
Custo Variável
Custo Fixo
Fica patente que a ampliação do Custo Fixo Total faz objetivando o aumento de
Lucros (Sobras), deve necessariamente trazer um aumento do volume de negócios
(associação de mais cooperados), traduzida em aumento da Receita Total, necessária
para cobrir esse acréscimo nos custos e a diferença entre eles, resulta em sobras
(lucro). Pode-se ganhar ampliando os negócios dessa maneira, entretanto, deverá ser
muito bem estudado o mercado a fim de que não se faça investimentos em um local sem
retorno suficiente para a cobertura de custos.
5.2 A qualidade dos produtos que devem ser objeto de marketing necessário e
evidenciado em qualquer anotação e/ou comunicação feita aos cooperados e ao público
em geral;
5.5 O papel social é feito desde a satisfação dos cooperados com produtos que
atendam às suas necessidades mais prementes e com menores custos, dos
empregados (cooperativários) com remuneração equivalente àquela oferecida pelo
mercado e pelo conjunto dos “stakeholders” com convênios os quais beneficiam aos
associados, empregados e às próprias empresas conveniadas que também estão
ampliando seus negócios.
6.1 Sobras (Lucros) – Não só o sobra deve ser objetivado, mas também a sua
maximização, por intermédio de atividades que não vão sobrecarregar os associados
com custos de serviços muito elevados, relembrando ser a cooperativa uma empresa
como outra qualquer e como tal deve objetivar sobras mesmo porque terá, para sua
sobrevivência, necessidade de produzir recursos para reinvestimentos.
No Custeio Pleno todos os custos são alocados ao produto, quer sejam diretos ou
indiretos. Este último entra no custo do produto através de um critério de rateio. Nesta
146
categoria de custeio encontram-se destacados, dentre outros, os métodos de Custeio
por Absorção e Custeio Baseado em Atividade (Custeio ABC).
Receitas
(-) Custo dos Produtos Vendidos
Depósitos a prazo
Obrigações por empréstimos e repasses.
(=) Lucro bruto
(-) Despesas Administrativas
Água, energia elétrica e gás;
Aluguéis;
Comunicação;
Honorários;
Manutenção e conservação de Bens;
Materiais;
Pessoal – Benefícios;
Pessoal – Encargos sociais;
Pessoal – Proventos;
Pessoal – Treinamentos;
Processamento de dados;
Promoção e relações públicas;
Propaganda e publicidade;
Publicações;
Seguros;
Serviços do Sistema Financeiro;
Vigilantes;
Seguros;
Serviço do Sistema Financeiro;
Serviço de Terceiros;
Vigilantes;
Serviços técnicos especializados;
147
Transporte;
Tributárias;
Viagens no País;
Outras Despesas Administrativas:
Depreciação;
Provisão para crédito de liquidação duvidosa;
Outras despesas operacionais.
(=) Receita Operacional Líquida.
(+/-) Receita (Despesa) Financeira.
(=) Resultado Operacional.
(+/-) Receita (Despesa) não Operacional.
(=) Resultado antes do IR e da Contribuição Social.
(-) IR e contribuição Social.
(=) Resultado Líquido do Exercício.
(+-) Receitas/Despesas Financeiras
(=) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
(-) Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)
(=) Lucro Líquido a Disposição da AGO
(-) Montante de Juros e Correção Monetária que o Capital Próprio e de Terceiros
receberia em outra melhor aplicação do mercado.
(-) Reinvestimentos (Custo/Benefício).
(=) Lucro Puro ou Lucro Econômico (LE)
a) Depósito a Prazo
b) Obrigações por empréstimos e repasses
148
c) Seguros de valores;
d) Promoção e relações públicas;
e) Propaganda e Publicidade;
f) Tributárias;
Por outro lado justificamos a colocação desse item como DPF (Despesas
Proporcionais ao Faturamento), uma vez que o faturamento (juros cobrados na
aplicação do dinheiro) é efetuado em cima dos valores aplicados e os juros pagos são
também cobrados em cima do mesmo valor, tomados emprestado.
Vale ressaltar que uma boa participação da cooperativa no contexto social, trará,
com certeza, aumento no volume de negócios, na proporção dessa participação.
149
tarefa de criar, promover e fornecer bens e serviços a clientes individuais e
empresariais”.
Ou seja,
RL = RB – DPF
150
ii) Provisão para crédito de liquidação duvidosa – tratando-se de uma garantia
patrimonial, refletida em ajuste financeiro do custo, com influência direta nos resultados,
que permitem a garantia de minimização dos efeitos nocivos do risco da carteira.
Legenda:
VCVA = Valor da Carteira Vigente Atual
VPM = Valor da Perda Média dos últimos 24 meses
VCVM = Valor da Carteira Vigente Média dos últimos 24 meses
Toma-se o valor relativo a toda operação com uma ou mais parcelas vencidas a
mais de 180 dias, ou seja, todo saldo em aberto com esse prazo de inadimplência e o
mesmo deve ser lançado como perda e simultaneamente lançados também nas contas
respectivas contas de compensação, mesmo quando o empréstimo ainda tenha parcelas
não vencidas. Não deve haver qualquer tipo de correção em operações lançadas como
perdas nas contas de compensação.
151
estas são feitas, normalmente por meios de comunicação convencionais a exemplo da
utilização dos serviços dos Correios.
v) Material – Quanto a este item, deve-se levar em conta que se trata do material
de escritório utilizado diretamente pelos PAC’s e pela gerência comercial, onde acontece
o processo produtivo da cooperativa.
vii) Depósitos a Prazo – Essa parte dos custos é paga sobre o principal produto
de uma instituição financeira: o dinheiro. O aumento desse gasto subentende um maior
volume de dinheiro captado dos associados e empregado no sistema de crédito da
cooperativa, ou seja, implica em aumento do produto (dinheiro) operacionalizado dentro
do sistema.
Portanto,
RL – CV = MBC
Onde,
RL = Receita Líquida.
CV = Custo Variável (soma do Custo Proporcional do Faturamento e do Custo de
Formação do Produto).
MBC = Margem Bruta de Contribuição.
152
Legenda
MSBC = Margem Semi Bruta de Contribuição
MBC = Margem Bruta de Contribuição
CFD = Custo Fixo Direto
As contas acima, são auto explicativas, o que vale ressaltar aqui é apenas que os
gastos com essas contas devem se referir apenas àqueles efetuados na administração
dos locais considerados de produção (Agências, PAC’s, CE’s ou Terceirizados).
MBC
(-) CFD
(=) MSBC
Legenda,
MBC = Margem Bruta de Contribuição
CFD = Custo Fixo Direto
MSBC= Margem Semi Bruta de Contribuição
MSBC
(-) CFG
(=) LO
153
Legenda,
MSBC = Margem Semi Bruta de Contribuição
CFG = Custos Fixos Gerais
LO = Lucro Operacional (LO) ou Resultado Operacional (RL) ou
ainda, Sobra Operacional (SO)
Com isso fica demonstrado o sistema de cálculo do DRE, pelo Método do Custeio
Direto/Variável. A complementação para se chegar ao Lucro Puro (LP) ou Lucro
Econômico (LE) basta seguir a orientação da forma esquemática abaixo:
RB = Receita Bruta
(-) CPF = Custo Proporcional ao Faturamento
(=) RL = Receita Líquida
(-) CFP = Custo de Formação do Produto
(=) MBC = Margem Bruta de Contribuição
(-) CFD = Custo Fixo Direto
(=) MSBC = Margem Semi Bruta de Contribuição
(-) CFG = Custo Fixo Geral
(=) LO = Lucro Operacional
(+-) R/D Financeiras = Receitas/Despesas Financeiras
(=) LAIR = Lucro Antes do Imposto de Renda
(-) IRPJ = Imposto de Renda Pessoa Jurídica
(=) LL = Lucro Líquido (Sobra Líquida)
(-) DE = Despesas Econômicas
(=) LE = Lucro Econômico ou Lucro Puro
Normalmente não intervém nos custos diretos dos produtos, seu foco está na
distribuição dos custos indiretos pelas diversas atividades que os geram.
O criador do método, professor Robert Kaplan, diz ser falsa a premissa utilizada
pelo método do custeio por absorção, uma vez que os custos indiretos também têm
variação proporcional com o volume de produção e, de acordo com o efeito que esses
custos provocam nas atividades produtivas, Kaplan (ATKINSON e KAPLAN, 2000)
classificou-os em:
154
a) Custos Indiretos orientados a volume – Trata-se daqueles custos indiretos que
têm sua variação dentro de uma proporção da quantidade de produto elaborado, ou
seja, tem também proporcionalidade por unidade produzida.
b) Custos indiretos que variam por lote de produção e não por unidade de
produto. Pode-se dar exemplo da quantidade de formulários de Contratos e outros
papéis emitidos para cada grupo de financiamentos específicos, tais como,
adiantamento de 13º salário, adiantamento do Imposto de Renda, campanha de
capitalização, etc.
c) Custos indiretos que variam com o produto e não com o lote ou com a unidade
do mesmo. Trata-se de custos indiretos que existem porque se criou aquele produto, ou
seja, porque o produto existe ou ainda qualquer atividade que de criação e manutenção
específica dessa atividade pela existência do produto. Exemplo: Reunião de Diretores
e/ou Gerentes para criar um novo produto e as atividades posteriores para mantê-lo.
d) Custos indiretos voltados para o cliente – são aqueles gerados pelas atividades
para obter ou cativar os clientes, ou seja, atividades voltadas para o bom relacionamento
com o cooperado (cliente).
e) Custos indiretos para sustentação da organização – Inclui neste item aqueles
custos representados pela estrutura operacional e administrativa da cooperativa. Como
exemplo bem característico pode-se citar a Depreciação de Móveis, Máquinas e
Utensílios, parte dessa estrutura de produção de serviços financeiros e benefícios outros
aos cooperados, tais como alguns convênios que venham a facilitar a atividade sócio-
cultural desses.
Atividade 1
Comunicações
Produto “A”
Atividade 2
Manutenção Central
Produto “B’
Atividade 3
Combustível e Lubrificantes
Produto “C”
Mais “n” Atividades
“n” Produtos
155
ATIVIDADE IDENTIFICADA PELO DISTRIBUIÇÃO DE CUSTOS DAS
MÉTODO “ABC” ATIVIDADES PARA OS PRODUTOS
(Activity Based Costing) Produto A Produto B Produto C
Atividade 1 – Comunicações 2.500 3.000 2.500
Atividade 2 – Manutenção Central 1.500 2.000
Atividade 3 – Combustível e Lubrificantes 1.000 1.500
TOTAL 5.000 5.000 4.000
156
ESTUTO DE CASO – A expansão da Cooperativa de Crédito Mútuo dos
empregados da Empresas Vitoriosas S.A.
Pequeno Histórico
A Empresa Vitoriosa opera nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e Rondônia. A Administração Central da empresa se localiza em Cuiabá-MT e
possui as filiais abaixo relacionadas:
Em Goiás:
- Goiânia
- Anápolis
Em Mato Grosso:
- Cuiabá,
- Primavera do Leste,
- Barra do Garças,
- Rondonópolis,
- Guiratinga,
- Cáceres,
- Tangará da Serra,
- Sinop
- Sorriso
Em Rondônia:
- Porto Velho
- Vilhena
157
Valor saldo no Valor saldo no Valor saldo no
Cód. Conta Conta Contabil mês X1 mês X2 mês X3
RBT RECEITA BRUTA TOTAL
RECEITAS OPERACIONAIS 581.410,01 679.557,00 695.675,50
(-) CPF CUSTOS PROPORCIONAIS AO FATURAMENTO 3.934,73 4.622,20 22.506,59
CAPTACAO DE RECURSOS 2.936,54 2.941,38 3.230,30
OBRIGAÇÕES POREMPRÉSTIMOS E REPASSES 0,00 399,48 0,00
TRIBUTARIAS 998,19 1.281,34 19.276,29
(=) RLT RECEITA LÍQUIDA TOTAL 577.475,28 674.934,80 673.168,91
(-) CFP CUSTOS DEFORMAÇÃO DO PRODUTO 155.744,95 199.201,73 170.425,58
MATERIAIS 12.177,59 11.702,32 13.563,84
SERVIÇO DO SISTEMA FINANCEIRO 11.520,82 13.372,17 12.946,31
TRANSPORTE DE VALORES 23.273,87 26.256,49 23.212,85
APROVISIONAMENTOS E AJUSTES PATRIMONIAIS 59.624,49 79.112,63 65.501,58
PROVISOES OPERACIONAIS 49.148,18 68.758,12 55.201,00
(=) MBC MARGEM BRUTA DE CONTRIBUIÇÃO 421.730,33 475.733,07 502.743,33
(-) CDF CUSTOS E DESPESAS FIXAS 342.710,75 365.928,95 416.400,82
DESPESAS DE AGUA ENERGIA E GAS 6.705,97 7.130,44 5.451,40
DESP. DE AGUA ENERGIA E GAS 6.705,97 7.130,44 5.451,40
DESPESAS DE ALUGUEIS 5.744,23 5.073,67 9.338,71
DESPESAS DE COMUNICACAO 23.245,22 30.996,42 32.912,12
DESPESAS DE HONORARIOS 6.588,00 6.588,00 6.588,00
DESPESA DE MAN. E CONS. DE BENS 3.139,55 4.083,98 5.380,94
DESPESAS DE PESSOAL BENEFICIOS 31.176,62 33.559,89 38.810,50
DESP. DE PESSOAL - ENCARGOS SOCIAIS 40.656,55 49.519,77 70.688,35
DESPESA DE PESSOAL - PROVENTOS 125.641,58 119.502,78 126.750,77
DESP. DE SERVICOS DE TERCEIROS 11.796,69 13.472,60 12.764,29
DESP. DE SERVICOS VIGILANCIA E SEGURANCA 4.096,85 3.053,37 5.151,87
DESP. DE SERV. TECNICO ESPECIALIZADO 2.490,00 2.190,00 2.198,40
DESP. DE VIAGEM NO PAIS 431,00 4.657,99 2.335,21
OUTRAS DESP. ADMINISTRATIVAS 59.471,91 64.265,43 77.948,12
DESP. DE DEPRECIACAO 10.476,31 10.354,51 10.300,58
OUTRAS DESP. OPERACIONAIS 4.344,30 4.349,66 4.330,16
(=) LO LUCRO OPERACIONAL 79.019,58 109.804,12 86.342,51
(-) DESP. NAO OPERACIONAIS 1.611,41 1.611,41 2.456,79
(=) LUCRO LÍUIDO 77.408,17 108.192,71 83.885,72
MÉDIA 77.408,17 92.800,44 84.698,11
DESENVOLVIMENTO
158
Plano de Trabalho que possibilite a visualização da “Situação Problema” ao “Resultado
Esperado”
Objetivo
Com base nos recursos disponíveis, estabelecer a melhor forma de fazê-lo, com
maior rapidez e menor custo.
Área de atuação
VISÃO
159
MISSÃO
Metodologia
161
O Planejamento Financeiro de Execução
Recursos Humanos
Recursos Materiais
No segundo mês:
o Pessoal (por mês) R$ 14.560,00
o Materiais e equipamentos (2ª parcela) R$ 80.067,00
o SOMA R$ 94.627,00
No terceiro mês
162
o Pessoal (por mês) R$ 14.560,00
o Materiais e equipamentos (3ª parcela) R$ 80.067,00
o SOMA R$ 94.627,00
Observa-se ainda que à partir do quarto mês não mais há necessidade de cobrar
essa tarifa do associado, passando a cobrar apenas a taxa de manutenção de conta
normal.
164
REFERÊNCIAS
LIVROS:
FITAS DE VIDEO:
165
SUMA ECONÔMNICA – Como Calcular Custos, Break-Evens e Margens de
Contribuição. São Paulo, www.suma.com.br.
APOSTILAS:
LEGISLAÇÃO:
166