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Pascal Fontaine
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José Barros Moura
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ÍNDICE . m
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A Construção
Pref ácio de Má rio Soares 7
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Europeia
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1. Os fundamentos históricos da integração
1
europeia ( 1945-50 ) 9

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de 1945 aos
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; 2. Da CECA à CEE ( 1951 57 ) 14

3. A Comunidade Europeia dos Seis ( 1957-72 ) 20


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4. Os alargamentos ( 1972-95 )
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25 r

Nossos Dias
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5. O sistema institucional da União Europeia 36


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t 6.0 Parlamento Europeu
7. O Conselho 55 piBSf"»
8. A Comissã o e as outras instituições

9. As políticas comuns
58
64 .
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Pref ácio de M ário Soares

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10. O Mercado Único

11. A Uniã o Económica e Monetá ria ( UEM )


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í Cronologia da constru çã o europeia 78
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Sugestões de leitura

Bibliografia
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Organismos de informação europeia ( OIEs )
em Portugal 82
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ISBN 972 662- 539- 4 i

gradiva
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Ediçã o patrocinada pela Ediçã o patrocinada pela ?


Representação em Portugal . Representaçã o em Portugal r
da Comissã o Europeia â da Comiss ã o Europeia
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Colecção
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PASCAL FONTAINE

1 As Grandes Correntes da Filosofia Modema


Alain Graf
2 A An álise da Narrativa
Jean- Michel Adam e Françoise Revaz
i
3 A Constru ção Europeia de 1945 aos Nossos Dias l
if
Pascal Fontaine
4 Introdu ção à Linguística
A CONSTRUÇÃO EUROPEIA II

Dominique Maingueneau

5 As Grandes Correntes da Filosofia Antiga


DE 1945 AOS NOSSOS DIAS a
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Alain Graf
h
6 As Relações Internacionais desde 1945
!
:i : Philippe Moreau Defarges EDIÇÃO REVISTA E
ACTUALIZADA POR
JOSÉ BARROS MOURA
}
7 Os Termos-Chave da Análise do Discurso
Dominique Maingueneau DEPUTADO DO PARLAMENTO EUROPEU

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Jean Lefranc

8 A Filosofia Textos Explicados, Assuntos Analisados


Prefácio de Mário Soares
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Título original francês: La construction européenne de 1945


à nos jours INDICL i
© Editions du Seuil , 1996
Tradução: José Gabriel Brasil
Edição revista e actualizada com as referências ao Tratado Siglas 6
de Amsterdão por José Barros Moura Pref ácio 7
Colaboração de João Faria, Rosa Mesquita e Paulo Correia 1 Os fundamentos históricos da integração europeia
Capa: Armando Lopes (1945-50) 9
Fotocomposição: Gradiva 2 Da CECA à CEE (1951 57)- 14
Impressão e acabamento: Tipografia Guerra ; Viseu 3 A Comunidade Europeia dos Seis (1957-72) 20 L

4 Os alargamentos (1972-95) 25
Reservados os direitos para Portugal a:

Gradiva Publicações, L,ia 5 O sistema institucional da União Europeia 36 I
1350 Lisboa
l .a edição: Janeiro de 1998

Rua Almeida e Sousa, 21, r/c, esq. Telefs. 397 40 67/8 6 O Parlamento Europeu
7 O Conselho
48
55
58
i

8 A Comissão e as outras instituições ii


Depósito legal n.° 108 027/97 9 As políticas comuns 64
70
Ei
10 O Mercado Ú nico
11 A Uni ão Econ ó mica e Monetá ria (UEM) 74
Cronologia da construção europeia 78
Sugestões de leitura 80
Bibliografia 81
Organismos de informação europeia (OIEs) em Portuga!• ••
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As actualizações referentes ao Tratado de Amsterdã o , designa a!L
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5 sabilidade de José Barros Moura .
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damente as do texto em itálico das pp 35 36 e 43 48 são da respon
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SIGLAS PRLFACIO

ACP Estados de África, Caraíbas e Pacífico associa-


Num momento em que Portugal se prepara para entrar t
no grupo restrito dos países europeus com acesso à moeda t
dos à CEE pela Convenção de Lomé.
BEI Banco Europeu de Investimento.
ú nica, o «euro»— que, necessariamente, vai dar um novo
vigor e dinamismo à União Europeia, que, em consequên- si
CECA Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. cia , virá a ter um papel mais consistente na cena interna-
COREPER Comité dos Representantes Permanentes.
CSE Conferência sobre a Segurança e Cooperação —
cional , toma-se extremamente oportuna a publicação,
divulgação e leitura do pequeno grande livro que ora se
!
S
na Europa. i
apresenta, A Construção Europeia de 1945 aos Nossos 3
r
ECU European Currency Unit (Unidade de Conta
Dias, da autoria do professor francês , do Instituto de Estu- íi
Europeia).
dos Políticos de Paris, Pascal Fontaine, numa edição revista
FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. ÍJ
a
e actualizada pelo deputado europeu José Barros Moura,
FEOGA Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agr í- í
publicada, com o esclarecido patrocínio da Representação
cola.
em Portugal da Comissão Europeia, pela prestigiosa editora P
FSE Fundo Social Europeu. Gradiva.
'•
IME Instituto Monetário Europeu . Trata-se de um livro intencionalmente did áctico, bem
: OCDE Organização de Coopera çã o e Desenvolvi- ordenado, sinté tico, que constitui, ao mesmo tempo, uma
mento Económico. excelente introdução à temá tica europeia, desde o imediato
l PAC Política Agrícola Comum.
pós-Segunda Grande Guerra até hoje, e um livro de referên-
PE Parlamento Europeu.
cia, claro e actualizado, onde o leitor poderá encontrar, por
L
PECO Países da Europa Central e Oriental.
entre o emaratnhado das siglas (que são, aliás, descodifica-
PESC Política Externa e de Segurança Comum.
das), das datas e das instituições, o fio condutor dos acon-
SME Sistema Monetário Europeu . tecimentos e das realizações que, segundo o método dos
UE União Europeia. pequenos passos, tã o caro a Jean Monnet, nos conduziram
UEM União Econ ómica e Monetária. ao ponto onde nos encontramos agora, exaltante e proble-
UEO Uniã o da Europa Ocidental. má tico, face a um novo e decisivo salto em frente: o tão
necessário aprofundamento institucional e o alargamento
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inevitá vel, dada a pressão (legítima) dos países europeus, I
do Sul e do Leste, que, impacientes, nos batem à porta.
it O livroi além de dar uma visão completa do sistema insti- !
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ii
*

tucional da União e das chamadas «polí ticas comuns »,


contém uma boa cronologia, excelentes sugestões de lei-
s
tura, para quem queira aprofundar os seus conhecimentos I
comunitários, e uma bibliografia sum ária. E, assim , um %
li
i precioso instrumento de trabalho e de conhecimento actua- É

i lizado. íI
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Resta-me felicitar o autor e o revisor da tradução, que
se encarregou igualmente com o maior cuidado da actua- OS ITJN DAM UNTOS HISTÓ RICOS
lização da obra, e, sobretudo, a Gradiva, que, com o apoio DA IN PI • ORA ÇÃ O H UR O PH IA ;
I
da Representaçã o em Portugal da Comissã o Europeia, ( 1945-50 ) \
y
promoveu uma divulgação massiva desta pequena obra,
prestando um enorme serviço à cultura polí tica portuguesa.

——
Sonho de visionários e de poetas Victor Hugo evoca )
os «Estados Unidos da Europa» , o projecto de unir eco-
MARIO SOARES nómica e politicamente o continente só se tomará uma S

Presidente do Movimento Europeu realidade institucional após o fim da segunda guerra mun-
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dial. .-1
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1. A EUROPA DEPOIS DA GUERRA í


1-i
A. RECONSTRUÇÃ O E RECONCILIAÇÃO
a. O apelo de Winston Churchill
s A 19 de Setembro de 1946, em Zurique, Churchill faz um
t apelo à reconciliação franco-alemã e à unidade do conti-
nente. São criados agrupamentos federalistas, muitos dos
r quais oriundos dos movimentos da Resistência, de. inspira-
çã o socialista, democrata-cristã ou liberal. De 7 a 11 de Maio
I
de 1948 realiza-se, na Haia, o Congresso da Europa, onde se
propõe a criação de uma Assembleia Constituinte Europeia.

.
b Do Plano Marshall à OECE a
A 5 de Junho de 1947, o general Marshall propõe o
i
auxílio à Europa por parte dos Estados Unidos, ao declarar iri!
r.
i
guerra « à fome, à pobreza, ao desespero, ao caos ». A Eu - y
ropa libertada está na pen ú ria e precisa do apoio económico I
americano para a reconstru ção do continente. Em 27 de li
K
Junho de 1947 inicia-se em Paris uma conferência que cul- h
mina a 16 de Abril de 1948 com a assinatura de uma con-
venção que institui a Organização Europeia de Cooperação £
4 J:
4 Económica. A OCDE (que lhe sucedeu ) agrupa actual- *
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mente dezasseis paises da Europa ocidental. í
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B. A GUERRA FRIA a . O Conselho da Europa


a , A Europa dividida • A cooperação parlamentar e os direitos humanos: na
sequência do Congresso da Haia, a França propõe instituir
A Europa liberta do nazismo volta a fragmentar-se. uma Assembleia Europeia. O Conselho da Europa nasce da
A junção, no rio Elba, das forças americanas e soviéticas, Convençã o de 5 de Maio de 1949, assinada por dez Estados. i

em 1945, simboliza o enfraquecimento da Europa e A sua sede fica em Estrasburgo. Sob influê ncia britânica, a
prefigura a sua divisão em duas grandes zonas de influê n- instituição parlamentar não dispõe de reais poderes.
cia. Mas o acordo entre os vencedores não irá resistir à • A Assembleia , composta por deputados nacionais,
vontade expansionista de Estaline. vota, por maioria de dois terços, resoluções que são trans-
?!
4
í
mitidas ao Comité de Ministros. V

b. O problema alemão • O Comité de Ministros decide por unanimidade. r


r 6
O fracasso da conferência de 25 de Abril de 1947, em • <9 Tribunal Europeu dos Direitos do Homem surgiu da i
Moscovo, sobre a Alemanha , o bloqueio de Berlim em «Convenção Europeia para a Salvaguarda dos Direitos do !:

1948, o «golpe de Praga », ao confirmarem o domí nio dos Homem e das Liberdades Fundamentais» ( 4 de Novembro de :í
;

partidos comunistas sobre os países ocupados pelo Exército 1950). Este importante mecanismo jurisdicional garante um 4
s
Vermelho, fazem recear a ameaça de um novo conflito em ní vel mínimo de respeito dos direitos fundamentais por parte 2

solo europeu . A Alemanha passa a estar no centro da guerra das administrações e dos tribunais das democracias europeias
fria . Os Estados Unidos querem rearmar a parte ocidental e permite que sejam examinados os recursos individuais dos
da Alemanha, de forma a inseri-la no esforço colectivo de cidad ãos contra a sua própria jurisdição nacional.
!- defesa dos Ocidentais. Mas o governo francês opõe-se a um • O novo papel do Conselho da Europa
rearmamento descontrolado da Alemanha e quer conservar
Apesar de numerosas convenções intergovemamentais
uma tutela sobre o Sarre e o Rur. relativas à saúde, ao ambiente, à cooperação regional, aos
transportes , etc., a actividade do Conselho da Europa foi
!;• modesta quando comparada com o desenvolvimento da
ii .
2. AS PRIMEIRAS ORGANIZAÇÕES Comunidade Europeia desde o início dos anos 60. I
EUROPEIAS: A PERSPECTIVA A decomposição do bloco comunista, a partir de 1989,
permite a essa instituição jogar uma cartada pan-europeia
INTERGOVERNAMENTAL E A e tomar-se a primeira estrutura de acolhimento das novas
PERSPECTIVA COMUNITÁRIA democracias. O Conselho da Europa contribui para a «se- ;!
gurança democrá tica » do continente e conta, em 1995,

r
li -. .
A A PERSPECTIVA INTERGOVERNAMENTAL: trinta e quatro Estados .
ii :
CONSELHO DA EUROPA E UNI Ã O I
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1
OCIDENTAL b. A União Ocidental Íf
;

r, . As primeiras organizações europeias são marcadas pela • A primeira organização de defesa europeia: a França *
3 perspectiva intergovemamental: os Estados cooperam, mas e a Grã-Bretanha propõem alargar o pacto de consulta
ri : conservam integralmente a sua soberania. mú tua assinado em Dunquerque a 4 de Março de 1947. Os íi
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três países do Benelux juntam-se-lhes e os cinco assinam, nomista, de Gaulle qualificá-lo-á de « inspirador ». A sua
a 17 de Março de 1948, para um período de 50 anos, o influência será determinante junto do mundo polí tico euro-
Tratado de Bruxelas, que cria a Uni ão Ocidental (a qual peu, que será por ele guiado na constru ção da Europa co -
passará a ser a UEO em 1954). O tratado prevê um estado- munitária. Após ter desempenhado um papel no decurso da
-maior comum às cinco potências, instalado em Fontaine- —
primeira guerra mundial criou as primeiras organizações
bleau , um comité permanente em Londres e um plano de
integração das forças militares.

franco-britânicas de reabastecimento é nomeado secretá
rio-geral adjunto da Sociedade das Nações. Rapidamente
-
• Uma cooperação militar abortada; a organização deci- verifica a impptência das organizações internacionais de
dida pelos Europeus, destinada a coordenar os seus meios de natureza intergovernmental. Colocado no coração do dis - >

defesa, convence os Americanos da vontade de união dos seus positivo de guerra americano que elabora o «Victory Pro-
aliados e leva o Senado a votar a resolução Vandenberghe -
gram», é nomeado, em 1945, comissário geral do Plano.
(11 de Junho de 1948), que autoriza o governo americano a Conhecedor dos limites da modernização da Fran ça num ií
]
*

celebrar uma aliança em tempo de paz. As negociações entre


os Estados Unidos , o Canadá, a Noruega, a Dinamarca, a
quadro estritamente nacional, verifica igualmente que nem
o Conselho da Europa nem a OECE seriam capazes de i
Islândia, Portugal e os cinco Estados do Pacto de Bruxelas integrar económica e politicamente a Europa . Lança a ideia } •

terminaram em 4 de Abril de 1949 com a assinatura do pacto de uma «Comunidade Europeia do Carvão e do Aço». >:

que instituiu a Aliança Atlântica (a Grécia e a Turquia juntar- " ROBERT SCHUMAN (1886-1963): de origem Iorena e i
1.
-se-lhe-ã o em 1952). A organização militar integrada da homem de fronteira, ministro dos Negócios Estrangeiros
i
Aliança, a OTAN, absorve os comités militares da União francês, foi encarregado, pelas potências aliadas , de encon- \
Ocidental, a qual deverá esperar por 1955 e pela sua trans- trar uma solu ção para a quest ão alemã. Assume a res -
formação na União da Europa Ocidental ( UEO) , com a ponsabilidade polí tica do plano redigido por Jean Monnet .
adesão da Alemanha e da Itália, para voltar a ter uma razão
de existir.
" KONRAD ADENAUER (1876-1967): chanceler da Alema - I
nha Federal, de origem renana , quer igualdade de direitos
! A UEO, por alguns apelidada de «Bela Adormecida das para o seu país. Deseja igualmente «ancorar » a Alemanha ao 3
L Ii
organizações europeias», deverá, de acordo com o Tratado Ocidente europeu e favorecer a reconciliação franco alemã.
da União Europeia, assinado em Maastricht a 7 de Fevereiro
-
Estes três homens, assim como, em Itália, o presidente J
de 1992, tomar-se o «braço armado» da União Europeia. do Conselho Alcide de Gasperi ( 1881-1954), são inspirados
!, : I
por um ideal de paz e estão determinados a criar laços que '

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B A PERSPECTIVA COMUNIT Á RIA: O PLANO tomarão definitivamente impensável o regresso aos confli-
tos intra-europeus.
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SCHUMAN (1950)
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Ao aceitarem fundir uma parte da sua soberania, os .
b A declaração de 9 de Maio de 1950
ir Estados criam uma primeira comunidade integrada. V.

11: Uma resposta aos problemas imediatos: o Plano iii


8v:
Schuman propõe colocar o carvão e o aço da França e da
a. O papel dos «pais fundadores» £
í:
Alemanha sob uma alta autoridade comum . A livre circu- 8
i " JEAN MONNET (1888-1979): ocupa um lugar muito lação dos dois produtos resolve a questão dos níveis de
ii

especial na história contemporânea; nem político, nem eco - produção do Rur. v.
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• A invenção do sistema comunitário: o método do países aderentes, o desenvolvimento da exportação comum
Plano Schuman é revolucionário no â mbito das relações para os outros países, a igualização no progresso das con-
internacionais: instaura uma autoridade independente dos dições de vida da mão-de-obra dessas ind ústrias ». !
governos, cujas decisões obrigarão os Estados. Actuando • O Conselho de Ministros: representante dos Estados,
num «domí nio limitado mas decisivo», Schuman e Monnet dispõe de um poder limitado; emite pareceres relativa-
optam pelo método funcionalista . A «supranacionalidade » mente a determinadas decisões da Alta Autoridade. É com-
é o ponto de partida de uma construção mais vasta, que posto pelos seis ministros dos Negócios Estrangeiros dos
-
erige, sobre a base de «solidariedades de facto» , «as primei Estados da CECA .
ras bases de uma federação europeia indispensá vel à preser- • A Assembleia: é composta por 78 membros, delegados i
vação da paz». dos parlamentos nacionais. Mas os deputados não se agru-
ç

i
pam em delegações nacionais: estão organizados por grupos

D
í
políticos europeus (democratas-cristãos, socialistas, liberais),
DA CECA A CEE ( 1951 -57 ) antecipando a estrutura do futuro Parlamento Europeu.
;

«
1. AS PRIMEIRAS COMUNIDADES .
b A supra nacionalidade i
5
I EUROPEIAS A CECA é a primeira organização europeia a dispor de
poderes supranacionais. Estes resultam da delegação de so-
)
.
A UM SUCESSO: A COMUNIDADE EUROPEIA
berania acordada pelos Estados através de um processo de
DO CARV ÃO E DO AÇ O (1951) negociação de textos ratificados pelos parlamentos nacio-
nais. A supranacionalidade só se aplica a sectores limitados:
O Plano Schuman, imediatamente aceité pela Alema - a Alta Autoridade só tem competência para a gestão do
nha, pela Itália e pelos três países do Benelux, é submetido
I mercado comum do carvão e do aço. A CECA , cujos órgãos

il a uma negociação iniciada a 24 de Junho de 1950 e con - se fundiram com os da CEE através do «tratado de fusão dos
6
cluída a 18 de Abril de 1951. O Tratado de Paris, insti - executivos» que entrou em vigor em 1967, é a mais su -
tuindo a Comunidade Europeia do Carvã o e do A ço pranacional das instituições da União. O mérito da CECA é
(CECA ), é celebrado por 50 anos.
duplo: no plano político, estimulou a reconciliação e a co -
ii Í operação franco-alemãs e abriu caminho à Europa comu-
i
a. As instituições nitária; no plano económico, contribuiu para a recuperação ^

r-:
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• A Alta Autoridade: é o órgão mais inovador, de es- da Europa, ao libertar a produção e as trocas de matérias-
\\ sência supranacional , composto por nove membros, desig - -primas (carvão e aço) fundamentais para a ind ústria.
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.
nados de comum acordo pelos governos por um período de I
6 anos. É independente dos Estados, pol í tica e financeira-
>

iH! B. UM REV ÉS: A CED (1954) 3


mente. Segundo a declaração Schuman, a missão atribuída
à Alta Autoridade é «assegurar, o mais rapidamente possí- a. O Plano Pleven e o debate político em França IK
vel, a moderniza ção da produ ção e a melhoria da sua qua- í:

lidade, o fornecimento, em condições idê nticas, do carvão


• Origem do plano do exército europeu: a 25 de Junho s
íw e do aço nos mercados francês e alemão, bem como nos dos
de 1950, o desencadeamento das hostilidades na Coreia
agrava a guerra fria. Os Estados Unidos exercem pressã o
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para que a Alemanha Ocidental seja rapidamente rearmada. estabelecem o princí pio de uma nova comunidade fundada
Hostil ao renascimento de um exército alem ão sem con- num mercado comum industrial.
trolo, a Fran ça propõe integr á-lo num exército europeu O recuo da ambição federal: o objectivo de uma «fede -
(declaraçã o do presidente do Conselho, René Pleven, a 24 ração europeia » constante da declaração Schuman não é
de Outubro de 1950). retomado no novo Tratado. A 10 de Setembro de 1952, com
Para René Pleven e Jean Monnet é imperativo responder base no artigo 38.° do Tratado da CED, uma assembleia ad
à preocupação dos Americanos de envolver a Alemanha no hoc tinha adoptado um projecto de «comunidade política
esforço de defesa ocidental sem, simultaneamente, pôr em europeia », tendo por ambi çã o organizar um quadro
perigo o projecto embrion ário da comunidade do carvão e institucional reforçado, incluindo a união económica e po- ii
do aço. O governo francês recusa o rearmamento unilateral lítica. Este projecto caducou após o revés da CED. A partir
da Alemanha , apenas concebendo o regresso a uma certa de 1957, os Estados acordam em liberalizar o comércio e É

l
soberania militar de Bona no quadro de uma organização harmonizar as condi ções de concorrência entre as suas eco-
comum, segundo o modelo de uma comunidade suprana- nomias. Mas as instituições a criar disporão de menores
cional como a CECA. poderes. E o preço a pagar, um compromisso aceite pelos
«europeístas », para que o comboio da integraçã o europeia
í
• O debate político: a proposta francesa é objecto de seja reposto nos carris. Na verdade, o sucesso da Comuni-
r uma negocia ção que se inicia em Paris a 15 de Fevereiro 6
de 1951. O Tratado que institui a Comunidade Europeia de dade Económica Europeia ultrapassa rapidamente as ex- í

i
Defesa (CED) é assinado pelos seis Estados membros da pectativas dos seus fundadores. A CEE tornar-se -á a única
CECA a 28 de Maio de 1952. Mas a classe polí tica francesa concretização económica e política a estruturar a Europa
divide-se profundamente quando a Assembleia Nacional é ocidental e a atrair outros países, através de uma série de
chamada a ratificar o tratado. Após longos debates apai- alargamentos , tanto para sul como para norte e para leste do
xonados e desestabilizadores da vida política da IV Rep ú- continente.
blica, os adversários do exército europeu triunfam: o Tra-
; tado da CED é recusado pela Assembleia a 30 de Agosto
de 1954. A querela entre os «cedistas » e os «anticedistas » 2. A COMUNIDADE ECON ÓMICA
fi \ criou fortes tensões no interior das formações polí ticas. EUROPEIA (1957)
j À excepção dos republicanos populares (MRP), que se man-
v

i tiveram fiéis à CED, os socialistas (SFIO), os radicais e os A. OS TRATADOS DE ROMA


1‘
independentes (CNI) dividiram-se quanto ao tratado, en-
! ;
r . quanto os comunistas e os gaulistas ( RFP) se juntaram numa A 25 de Março de 1957, no Capitólio, em Roma , os
aliança de circunstâ ncia para o combaterem com ardor. representantes da RFA, da Bélgica, da França, da Itália, do
i, Luxemburgo e dos Pa íses Baixos assinam solenemente os
li *
m.! , .
b O relan çamento de Messina tratados que instituem a CEE e a CEEA. ji

O rev és da CED, primeiro retrocesso da ideia europeia O Tratado da CEE estabelece objectivos ambiciosos, r
=
que são enumerados no preâ mbulo. Os Estados membros

1
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desde o final da guerra, teve duas consequ ências:
r* •
A perda moment ânea da influ ência francesa: são esta- declaram-se: I;
S
*
distas do Benelux (P. H. Spaak e J. Beyen) que vão retomar • Determinados a estabelecer os fundamentos de uma f
! .

uni o cada vez mais estreita entre os povos europeus; i:


a iniciativa. Em Messina , a 1 de Junho de 1955, os Seis ã
A

16 17 <
• Decididos a assegurar, mediante uma acção comum, b. O Tratado que institui a Comunidade Europeia da
o progresso económico e social dos seus povos, eliminando Energia Atómica (EURATOM)
as barreiras que dividem a Europa;
• Determinados a fixar como objectivo essencial dos O objectivo do EURATOM é: «Criar as condições de
seus esforços a melhoria constante das condições de vida e desenvolvimento de uma poderosa ind ú stria nuclear.»
de trabalho dos seus povos; O Tratado prevê acções comuns em dom í nios tão varia- .
• Preocupados em reforçar a unidade das suas econo- dos como:
mias e assegurar o seu desenvolvimento harmonioso pela • A investigação e a difusão de conhecimentos;
redução das desigualdades entre as diversas regiões e do • O aperfeiçoamento de tecnologias industriais;
atraso das menos favorecidas; • O investimento e a criação de empresas comuns;
• Resolvidos a consolidar, pela união dos seus recursos, • Os aprovisionamentos; ?
a defesa da paz e da liberdade, apelando para os outros • A segurança; í

i
povos europeus que partilham dos seus ideais para que se • O estabelecimento de um mercado nuclear. :
\
associem aos seus esforços. i

! O EURATOM teve rapidamente de limitar as suas f


i
f a. O Tratado que institui a Comunidade Económica acções. Os Estados, nomeadamente a França, nã o deseja-
Europeia (CEE) vam abrir m ão de prerrogativas num sector t ão sensí vel
como o do á tomo, com as suas aplicações militares.
i

Estes objectives políticos traduzerri-se na definição de


políticas concretas:
B. A RATIFICAÇÃO EM FRANÇA
• Uma união aduaneira industriai através da elimina-
Si
ção dos direitos alfandegários intracomunitá rios e da A ratificação em França do Tratado da CEE provoca vivos
supressão dos contingentes quantitativos. Uma união adua debates na Assembleia Nacional. A perspectiva de um mer-
*
Si -
neira distingue-se de uma zona de comércio livre principal- cado comum choca com a tradição proteccionista de uma LI
::
mente pela criação de uma protecção pautai externa uni parte importante do patronato francês. Os representantes do
EB •
forme (pauta aduaneira comum). A realização da União
- RPF, próximo do general de Gaulle, ainda na oposição,
3
Aduaneira foi programada para um período transitório de manifestam -se em geral contra o Tratado. Este é finalmente
ii i

12 anos, dividido em 3 etapas de 4 anos; ratificado nos seis países da CECA entre 5 de Julho e 26 de
Novembro de 1957. Entra em vigor a 1 de Janeiro de 195S.
Li ;
Si - • Uma política agrícola comum; Os Tratados de Roma instituem a Comunidade Econó-
ii
ii :
• • Uma política comercial comum; mica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia
• Uma política da concorrência. Atómica (CEEA). Estas comunidades baseiam-se num S1S- I
iii
tema institucional próximo do da CECA: o Conselho de !í
ii .
ii
O Tratado da CEE tem um sucesso evidente e rápido. Ministros, a Comissão, o Parlamento Europeu e o Tribunal de íi
ii
Acompanha e acelera a fase de relançamento do cresci- Justiça. A 8 de Abril de 1965, os Seis assinam um tratado de
fusão dos executivos, que entra em vigor a 1 de Julho de 1967.
0
mento que caracterizou os anos 60. E sobre o alicerce da 5
A partir dessa data, as três Comunidades dispõem de um [í
% economia, que fez da Europa uma grande potência comer-
*
ciai, que as Comunidades Europeias se afirmam. quadro institucional ú nico (um Parlamento, um Conselho, %
í

s
S 18 19
uma Comissão, um Tribunal), mas que aplica de forma A 1 de Julho de 1968, com 18 meses de avanço em
distinta os três Tratados; enquanto o Tratado CECA é válido relação ao ritmo previsto pelo Tratado da CEE, os Seis
por 50 anos, os Tratados CEE e CEEA têm vigência ilimitada. desmantelaram a totalidade dos direitos aduaneiros intra-
comunitários aplicáveis aos produtos industriais. *

f
A COM UNI DA Dl
DOS SUIS (
-
1957- 72
EUROPEIA
)
b. Os resultados
De 1958 a 1970, os efeitos do desmantelamento adua-
j
neiro sã o espectaculares: o comé rcio intracomunitá rio
multiplicou -se por 6, enquanto as trocas da CEE com os
1. OS AVANÇOS DA EUROPA países terceiros triplicaram. A percentagem de trocas de l
ECONÓMICA cada um dos seis Estados membros com os seus cinco
parceiros passou de 30 % em 1958 a 52 % em 1973.
A. A UNI Ã O ADUANEIRA Durante o mesmo per íodo, o PNB médio da CEE pro- r

grediu 70 %. Estes resultados foram possíveis graças à


li
a. As etapas
abertura das fronteiras. As economias de escala na produ -
i
I
ção permitiram a especialização e a exportação, essencial-
2
Prevêem-se três etapas para a realização da União l
5
|; Aduaneira: mente nos sectores dos bens de consumo.
«

Primeira etapa: 1958-61


• Redução em pelo menos 25 % dos direitos aduaneiros B. O FRACASSO DA GRANDE ZONA
! internos; DE COM ÉRCIO LIVRE
« i • Aumento em pelo menos 60 % dos contingentes glo-
bais de importação; a . A hostilidade dos Britânicos ao Mercado Comum
• Aproximação das legislações aduaneiras. Apesar de os Seis terem, em Messina, convidado os Bri-
í! :
Segunda etapa: 1962 -66 tâ nicos a associarem -se aos trabalhos preparatórios dos Tra- F.
tados de Roma, Londres considerou que os objectivos pre- 1
• Nova redução em 25 % dos direitos aduaneiros; tendidos, nomeadamente a criação de novas comunidades I

• Aumento em 80 % dos contingentes de importação; segundo o modelo da CECA, n ão correspondiam à sua po- $
• Redução em 30 % do desnível existente entre os di- -
lítica europeia. A união aduaneira separaria a Grã Bretanha
J reitos aduaneiros nacionais e a pauta aduaneira externa da Commonwealth e levaria à criação de polí ticas comuns, ií
nomeadamente agrícolas, incompatíveis com os seus pró- !
!•; j comum, calculada de acordo com a média aritmética dos
il ;
prios interesses. Ausentes da negociação, os Britâ nicos ten-
I
!iu* direitos aplicados por cada país a 1 de Janeiro de 1957.
[: :

1*
:i !
• Terceira etapa: 1967 -69 tam, mesmo assim, fazê-la falhar a partir do exterior. !-
&•
B
• Eliminação dos direitos. aduaneiros internos, dos con- E

tingentes e de todos os entraves à liberdade comercial no b. Do comité Maudling à Associaçã o Europeia r


: •! interior da Comunidade; de Comé rcio Livre (AECL EFTA)- &
Vr -

ií • Aplicação generalizada da pauta aduaneira comum; Por iniciativa da Grã Bretanha , a OECE criou , em
- 5
-

• Livre circulação de pessoas e bens. Outubro de 1957, um comité intergovernamental presidido lti
til -

B 20 21
i
ir
por Reginald Maudling, ministro britânico dos Assuntos
Europeus. Este comité tenta diferir a ratificação dos Trata- —A 11 de Maio de 1966, o Conselho chega a acordo
a respeito do financiamento da PAC e do calend ário da
dos de Roma, propondo a constituição de uma vasta zona livre circulação dos produtos agrícolas;
de comércio livre que incluiria a CEE. Os Seis resistem a
essa manobra, que faria naufragar as comunidades nascen- dos
— A 1 de Janeiro de 1971, entrada em vigor do regime
recursos pró prios e do regime definitivo de financia-
tes. Os Britâ nicos viraram-se entã o para a constituição da mento da PAC.
Associação Europeia de Comércio Livre ( AECL-EFTA ), à j

qual associaram a Á ustria, a Suécia, a Dinamarca e a No


ruega (Tratado de Estocolmo, assinado a 4 de Janeiro de
- b. As outras pol í ticas comuns
1960) e a que Portugal aderiu posteriormente. •A política social:

C. AS POLÍTICAS COMUNITÁ RIAS —


peu;
11 de Maio de 1960: criação do Fundo Social Euro- 1
i

a. A Pol í tica Agrícola Comum (PAC) — 25 de Fevereiro de 1964: directivas do Conselho


sobre o direito de estabelecimento e a prestação de servi- i
i
• Os fundamentos: os artigos 38.° e 39.° do Tratado da ços; %
:
CEE formulam a base jur ídica da PAC. Precisa-se neles que
o estabelecimento do Mercado Comum se aplica igual
— 29 de Julho de 1968: adopçã o de textos sobre a livre
circula ção dos trabalhadores.
í
V
i
*

mente aos produtos agr ícolas e que os Estados membros


- i
\
l
devem implantar uma política comum nesse sector. A política regional: mais tardia , surge em 1967 com a
A Conferência de Stresa, que reuniu os Estados mem- criaçã o do FEDER ( Fundo Europeu de Desenvolvimento
) bros de 3 a 12 de Julho de 1958, traça as grandes linhas da Regional).
PAC, a qual não deixa de beneficiar de uma aliança objectiva As relações exteriores: os acordos de Yaoundé (1963 e
entre o governo francês, que a considera o instrumento pri
- 1969) e de Lomé (1975) estabelecem la ços estreitos entre :

a CEE e os países da Á frica , das Caraíbas e do Pací fico ( v.


;l
vilegiado da modernização da sua agricultura, e a Comissão, ;}
que faz dela a principal política de integração comunitária. cap. 9).
A PAC contribuiu fortemente para o processo de unificação
3
[-
europeia nos anos 60. Ví tima do seu sucesso e do seu custo
:!i :! •
I3
!i ? financeiro, volta a ser posta em questão nos anos 80. 2. AS DIFICULDADES DA EUROPA
• As etapas: POLÍTICA !

!!
— Entrada em vigor , a 30 de Julho de 1962, de regula-
mentos sobre a organização comum dos mercados agr ícolas
A. A OPOSIÇÃ O DO GENERAL DE GAULLE
À SUPRANACIONALIDADE
>
ã

li
íi ;
(cereais, carne de porco, fruta, legumes, carne de aves, ovos
e vinho); Chegado ao poder em 1958, o general de Gaulle não
U.
g
iii — As « maratonas » agrícolas de Dezembro de 1963 e volta a pôr em causa a participação da França na CEE, cujo
( -

•d :

t
Dezembro de 1964 alargam a lista de produtos que bene-
ficiam de uma organização comum de mercado;
Tratado acabara de ser assinado, apesar da sua oposição.
Favorável à Política Agr ícola Comum e à concorrência
\
L
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22 23 7

I 1I!
ri
Ç
i

industrial, que acelerará a recuperação económica da Fran- • A 30 de Junho de 1965, a França recusa-se a aplicar as
ça, de Gaulle vai entrar em conflito com os seus parceiros cláusulas do Tratado CEE que consagram o voto por maioria
a propósito do plano de união política. qualificada do Conselho. É a crise da «cadeira vazia», que só
terminará a 30 de Janeiro de 1966, no Luxemburgo. Segundo
.
B AS CONCEPÇÕES EUROPEIAS DO GENERAL o «compromisso do Luxemburgo», a França considera que, :
!
DE GAULLE em certos casos de interesse nacional maior, um Estado pode
• Os Estados-nações são as ú nicas entidades que dis- -
recusar submeter se ao voto maioritário. Os outros Estados f

membros continuam a defender a aplicação do Tratado.


põem, ao contrário das organizações supranacionais, de • Em Janeiro de 1963 e Novembro de 1967, de Gaulle
legitimidade: «Quais são as realidades da Europa? Quais -
opõe-se à candidatura da Grã Bretanha, que tinha apresen- 2
são os pilares sobre os quais podemos edificar? Na verdade tado o seu pedido em 31 de Julho de 1961. A coesão dos Seis
. são . os Estados: muito diferentes, é certo, uns dos outros, no seio da CEE e os primeiros sucessos do Mercado Comum
:•
•5
r com a sua alma e a sua história, mas são as ú nicas entidades haviam, com efeito, convencido Londres a aderir à Comu - 3
com o direito de ordenar e a autoridade para agir.» (Con- nidade. Mas a ambiguidade que marca a atitude dos Britâ-
i
ferência de imprensa de 5 de Setembro de 1960.) nicos quanto à integração europeia e os receios expressos i
i
• As nações, actores da sociedade internacional , devem -
pelo general de Gaulle de que a Grã Bretanha desempenhe 5
í
t
cooperar e organizar -se em concertação. o papel de «cavalo de Tróia» dos Estados Unidos no seio da
!
• O concerto das nações europeias poderia conduzir a CEE levam a França a fazer valer o seu direito de veto, por
uma confederação. Este conceito é aqui essencialmente duas vezes, contra a opinião dos seus cinco parceiros.
apresentado como a ant ítese da federação, objectivo dos ;

; pais fundadores, que a tinham inscrito na declaração de 9


de Maio de 1950.
OS ALARGAMENTOS ( 1972 -95 )
t • A Europa deve ser independente, em particular dos
Estados Unidos. De Gaulle fala da «Europa europeia »,
distinguindo-a da Europa atlântica. Denuncia os partid ários A Comunidade Europeia, fundada pelos seis Estados
signatários dos Tratados da CECA, em 1951 , e da CEE, em ni ;
da Europa comunitária, suspeitos de quererem colocá-la
sob a direcção pol ítica dos Americanos: «A Europa inte- 1957, conhece um processo de alargamento contí nuo, o !
r
>
grada, como se diz, onde não haveria polí tica, dependeria qual, estimulado em 1972 com a adesão da Grã -Bretanha, i
então de algu ém de fora, que teria uma. Haveria talvez um da Dinamarca e da Irlanda , se virá a acelerar depois de a
-
i
1
:
queda do comunismo ter posto fim à divisão do continente.
federador, mas n ão seria europeu. » (Conferência de im-
1
prensa de 15 de Maio de 1962.)
?

1. A EUROPA DE SEIS A DOZE ( 1972) 1


C. AS CRISES: 1963 67 -
i.i • A 15 de Maio de 1962 De Gaulle denuncia a Europa
.
A O ALARGAMENTO A NORTE [
a. O trí ptico da Haia
Vi - ! '

do volapúk e dos «apá tridas », depois do falhanço das nego - r


ciações de um tratado de união dos Estados (Plano Fou-
14 chet);
• O levantamento do veto francês: a eleição de Georges Sr

f:
Pompidou, a 15 de Junho de 1969, permite uma abertura
'

24
I- Sr .
&
4 25
rr
r

polí tica da França em relação aos seus parceiros. Depois do burgu ês, Pierre Wemer, a redacção de um plano de acção
veto oposto por duas vezes pelo general de Gaulle à ade- neste domínio, plano que é apresentado ao Conselho a 9 de
\
são da Grã- Bretanha, a França coloca esse primeiro alarga- Junho de 1970 e que contempla a criação de um centro de
mento no quadro de um relanç amento global da construção decisão ú nico para a política econ ómica e a de um sistema i
europeia. Existe també m uma vontade francesa de comunitário dos bancos centrais.
reequilibrar as suas relações com a Alemanha e de desen- f

volver uma política estrangeira comum com uma outra


potê ncia nuclear, membro permanente do Conselho de
. -
b A adesão da Grã Bretanha: vantagens e inconvenientes V

Segurança da ONU. As vantagens: acusada pelos seus detractores de


\
não ser mais do que a «pequena Europa », a CEE de seis
• Os painéis do tr íptico: a cimeira da Haia de 1 e 2 de membros adquire uma nova dimensão ao passar a nove. '

Dezembro de 1969 adopta três orientações: O Mercado Comum alarga-se, o seu peso internacional
i —- A conclusão do Mercado Comum: a França mostra
-se muito empenhada em obter um regulamento financeiro
- aumenta, as suas relações com os Estados Unidos melho-
-
ram e abrem se novas perspectivas nas relações comerciais ?:
definitivo para a Polí tica Agrícola Comum. É conclu ído um com os países da Commonwealth; 4
i acordo pol ítico, o qual se traduzirá pela decisão, de 27 de i
t
Abril de 1970, relativa à substituição das contribuições
• Os inconvenientes: tanto o governo trabalhista de s
I
í Harold Wilson como o conservador de Margaret Tatcher
financeiras nacionais por recursos próprios, alimentados,
para além dos direitos da pauta aduaneira comum e dos
procuraram , com sucesso, renegociar as condições finan -
ceiras da adesão do seu país. O « mecanismo corredor»,
direitos niveladores agrícolas, por uma parte do IVA co - adoptado a 26 de Junho de 1984 no Conselho Europeu de
brado em cada Estado membro, até ao montante de 1 %.
— O alargamento: o princípio do alargamento, adqui-
-
rido desde Haia, concretiza se através dos tratados de 22 de
Fontainebleau, põe fim a uma longa querela orçamental
-
entre Londres e os seus parceiros. Mas a Grã Bretanha de
John Major mantinha -se fiel às posições particularmente
3

Janeiro de 1972. Os tratados de adesão são submetidos a



reservadas do Reino Unido em matéria de desenvolvimento i
referendo na Irlanda e na Dinamarca, onde são aprovados i
il europeu. Londres não hesita em fazer uso do seu direito de í

pela população, enquanto a Noruega não reú ne as condi - veto para defender os interesses nacionais britânicos, sem
:•

ções para entrar na CEE com os opositores a reunirem
consideração pelos dos seus parceiros.
íf:
rt

11 J
54 % dos sufrágios. A Grã-Bretanha ratifica a sua adesão
*
1
: por uma votação na Câmara dos Comuns, mas a vitória do
Partido Trabalhista em 1974 torna necessá ria a negociação
i.J
ti :
SI
\h
de um mecanismo corrector que diminua a contribuição da
.
B O ALARGAMENTO A SUL (1981 86) -
Grã Bretanha para o orçamento comunitá rio. Com base
- ;V
nUi VI
nestas disposições, o governo Wilson pede por referendo, a
O primeiro alargamento deslocou o centro de gravidade r-
da Europa dos Seis para o Norte do continente. O alarga- —
«V

j;
5 de Junho de 1975, a confirmação da adesão britânica, o mento mediterrâ nico, que se desenvolve no decé nio se- r?
ri que consegue, com 67 % dos votos contra 32 %. guinte, corrige o movimento, dando assim à França o seu i
:!

— O aprofundamento: o terceiro painel do tr íptico de


Haia previa o aprofundamento da CEE no domí nio econó-
lugar no coração geográfico dos Doze .
A adesã o de três países « mediterrâ nicos» que saem, em
&

;
mico e monetário. E confiada ao primeiro-ministro luxem - meados dos anos 70, de um longo período de regimes
3
1
26 27 g
w
í
autoritários reforça o carácter democrá tico da CEE. Não 1978, constitu ída por 17 regiões autónomas, preconiza uma
obstante, esta terá de fazer frente aos problemas de desen- Europa descentralizada no plano pol ítico e solid ária no
plano económico. Se bem que tenha, graças à confiança dos :
volvimento de economias menos avançadas. i
investidores e ao dinamismo das suas empresas, recuperado :
'
em parte o atraso que a separa do resto da Europa, a 3
i
a. À adesão da Grécia Espanha continua a precisar da solidariedade comunitária j

A Grécia , associada à CEE desde 1 de Novembro de (subdesenvolvimento do Sul e regiões perif éricas , taxa de i
1962, teve as suas relações congeladas durante o «per íodo .
desemprego próxima dos 20 % ) Por causa disso, Madrid •
i

: dos coroné is » ( 1967-74), apresentando a sua candidatura à obteve, por altura da negociaçã o do Tratado de Maastricht, i

adesão a 12 de Julho de 1975. O tratado é assinado a 28 a criação de um Fundo de Coesão, destinado a financiar a
de Maio de 1979 e entra em vigor a 1 de Julho de 1981. realização de projectos no domí nio do ambiente ou da
Apesar das importantes transferê ncias financeiras de que a constituição das redes transeuropeias. O Fundo completará 1
Grécia beneficiou a tí tulo dos fundos estruturais, este país os aux ílios de que já beneficia a Espanha a título dos fundos
continua afectado por deficiê ncias económicas que fazem estruturais da CEE (fundo regional , fundo social, fundo
:
dele a «lanterna vermelha » da CEE: uma taxa de inflação agrícola) e que contribuem para acelerar a modernização *
l próxima de 20 %, um sector privado pulverizado, um sector económica do país . %

pú blico hipertrofiado e pouco produtivo, endividamento e


subdesenvolvimento fazem da Grécia um Estado com difi-
culdades em guindar -se ao nível dos seus parceiros da c. Portugal
i
Comunidade. A sensibilidade balcâ nica e mediterrâ nea da Portugal, que conheceu o mesmo isolamento diplo-
í
i:
. Grécia, o diferendo que a opõe à Turquia quanto à questão mático que a Espanha devido a um regime autoritário do- 8
1! ’
cipriota e a sua proximidade da zona explosiva da Mace- I
minado, desde 1928, por Salazar, junta -se igualmente à *
r. donia, do Kosovo e da Bosnia impregnam profundamente
CEE a 1 de Janeiro de 1986. A «revolu ção dos cravos », iff
a diplomacia de Atenas, seja o país governado pelos socia-
I :

levada a cabo em 1974 por oficiais do Movimento das


1 listas do PASOK , seja pelos conservadores da Nea 1
Forças Armadas e durante algum tempo .dominada por
Demokratia.
J - uma visão marxista e terceiro-mundista, termina em 1976.
i 1 O Partido Socialista, de Mário Soares, a que sucede no
b. A Espanha poder, em 1987, o Partido Social -Democrata, de Aníbal
3
í.
1, Cavaco Silva ( posteriormente filiado no Grupo Liberal í-
*H . A Espanha, marcada pela guerra civil e mantida à i
í
margem da Europa sob o domí nio do general Franco, volta Europeu ), faz o país entrar, a marcha forçada, na Europa ..

ti : comunitária. Trata-se tanto de estabilizar a jovem democra- si

-
l-{ . ao campo das democracias em 1975. fr
U A sua adesão à CEE, a 1 de Janeiro de 1986, ao cabo cia na sua ligação às democracias ocidentais como de P.
de longas negociações marcadas pela atitude reservada da desenvolver uma economia arcaica , dominada por uma r
&.
França, que temia a concorrência dos produtos agrícolas lógica agrária e estatizante. A orientaçã o radicalmente libe- i
u espanhóis , d á o sinal do novo f ôlego da polí tica europeia de ral dada pelo governo de centro-direita no final dos anos FJ
Madrid , que ocupa agora um lugar à sua medida no seio das 80 insere progressivamente Portugal no mercado interno Ig .

instituições comunitárias. A Espanha regionalizada desde comunitário.


*
é
I fl
28 29 R.


f
-3
u
de 1994; Noruega: 27 e 28 de Novembro de 1994), entrando
2. DA EUROPA DOS DOZE À DOS em vigor a 1 de Janeiro de 1995. Apenas o referendo norue-
QUINZE OU À DOS VINTE E QUATRO guês teve um resultado negativo (52 % de « nãos»).
• Vantagens do terceiro alargamento :?

A. A EUROPA DOS QUINZE


a. Da AECL (EFTA) ao EEE
— Os novos países membros são economicamente de-
senvolvidos e não pesarão fmanceiramente no orçamento
LI

a4
da Uniã o;

——
II
Os países da AECL (EFTA), principais parceiros co- São democracias antigas e está veis;
merciais da CEE, receiam ser afastados do grande mercado A União aumenta a sua esfera geopolí tica, o seu peso
interno que se constitui no seio da Europa dos Doze. Por económico e a sua irradiação pol ítica; '5

isso se negoceia entre os dois conjuntos um Espaço Econó-


mico Europeu (o EEE: Tratado do Porto de 2 de Maio de
— Este alargamento confirma a atracçã o da União
Europeia e a sua função estabilizadora no coraçã o de um
1992). Mas os países da AECL (EFTA) pedem e obtêm , continente em busca de uma nova arquitectura. Para certos
dois anos depois, a sua plena adesã o à CEE (com a excep- países membros, em particular a Alemanha, o alargamento
çã o da Su íça, que, por referendo, rejeitou o Tratado sobre à Á ustria e aos países escandinavos é uma etapa obrigat ória
o EEE a 6 de Dezembro de 1992). que levará, ulteriormente, à adesão dos países da Europa
!>
central e dos Estados bálticos. '
1
!

b. Os novos Estados membros • Inconvenientes do terceiro alargamento '


I
tli • Porquê um novo alargamento? — A passagem da União de 12 para 15 membros ocor-
reu sem reforma institucional. Os riscos de paralisia da
It
E
if


3

Razões de ordem política: o fim do comunismo e a capacidade de decisão aumentam;


aceleração da união entre os Doze, na sequ ência do Tratado — Os novos países não manifestaram claramente a sua r.
h
de Maastricht, fazem a Á ustria e os países escandinavos vontade de fazer progredir a União no sentido dos objecti
vos fixados pelo Tratado de Maastricht;
- &
e
recearem ver -se à margem desse movimento hist órico. *
t
O fim do antagonismo Leste-Oeste toma caduco o apego à — Existe, em particular, uma incerteza quanto à vonta-
de dos Estados neutros (Á ustria, Su écia, Finlâ ndia) de par-
I
il
, ! i neutralidade que ainda separava estes pa íses do sistema de
M aliança militar que ligava os Doze. ticiparem plenamente nas organizações europeias (UEO) e
! :•!

H
I il

i \i
— Razoes de ordem económica: ao juntarem se ao
mercado interior no quadro do EEE, os países da AECL
-
( EFTA) beneficiam do pleno efeito económico da sua apro-
atlânticas de segurança. Será possí vel, sem a participação
de quatro ou cinco Estados membros da União, o funciona-
mento de uma verdadeira pol í tica estrangeira e de defesa
15
X
Sf

£
i comum, sobretudo nos casos em que os Estados neutros 1 '

ximação dos Doze . Mas, sem serem membros de corpo assumissem a presid ê ncia semestral da União?
ii :
inteiro da Uni ã o, não podem participar dç pleno direito nos f
:• seus mecanismos institucionais e de decisão.
i B. A NOVA CARTADA EUROPEIA: A CAMINHO %
• Calendário do terceiro alargamento DE UMA UNI ÃO DOS « DUAS VEZES DOZE»? i:
Os Tratados de adesão foram assinados com a Á ustria, a
a. Os novos candidatos declarados l
ftJ*
Mi Suécia, a Noruega e a Finl â ndia em 30 de Março de 1994. • •

3:
I13
Foram submetidos a referendo ( Á ustria: 12 de Julho de 1994; As candidaturas à adesã o de Chipre e de Malta, apresen-
tadas respectivamente a 4 e a 16 de Julho de 1990, colocam
i
i;:!
'

'
Finlâ ndia: 16 de Outubro de 1994; Suécia: 13 de Novembro a0
S!

30
31 I
§
p
Li
i

dois tipos de problemas: o do lugar dos Estados com muito importantes, que respeitam ao comércio, preparam a realiza-
pouca população numa Comunidade alargada e o das suas ção, a prazo, de uma verdadeira zona de comércio livre para
consequ ê ncias institucionais; al é m disso, a divisão de os produtos industriais e concessões importantes para os
Chipre e a ocupação de mais de um terço do seu território produtos agr ícolas. Finalmente, os acordos comportam ou - i
pela Turquia supõem a resolução do contencioso que opõe tras disposições relativas à livre circulação dos trabalhado-
a Turquia e a Grécia sobre esta questão desde 1974.
í
res, à liberdade de estabelecimento, à aproximação das legis-
• A Turquia, associada à CEE desde 1964, apresentou a lações, à cooperação técnica e financeira e às trocas culturais.
sua candidatura a 14 de Abril de 1987, recebendo da Comis - Esta zona de comércio livre deverá ser criada no fim de
são um parecer cauteloso. A participação da Turquia no um per íodo de transição com duração má xima de 10 anos.
Conselho da Europa, na OCDE e na OTAN ( NATO) faz dela O Conselho Europeu de Copenhaga de 22 de Junho de
um parceiro ao mesmo tempo antigo e leal no seio da Europa 1993 concluiu que «os países associados da Europa central
ocidental. A estabilização democrá tica do regime de Ancara e oriental que o desejem poderão tomar-se membros da
parece um dado adquirido, não obstante a questão curda, União Europeia. A adesão terá lugar assim que o país
que continua a suscitar preocupações quanto ao tratamento membro associado estiver em condições de cumprir as
dos direitos humanos e ao respeito pelas minorias. Apesar obrigações que dela decorrem , satisfazendo as condições
de um crescimento económico acelerado, nomeadamente económicas e polí ticas requeridas».
;
; à volta das suas grandes metrópoles , a Turquia continua *5
a ser um pais de situação intermédia entre o mundo em b. Os candidatos potenciais !
5
desenvolvimento e o mundo industrializado. À sua grande • Europa até onde? 5
L-

: população, em rápido crescimento, e as suas caracter ísticas No futuro, o conjunto dos países da Europa central e
í
I culturais marcadas por um islamismo maioritário e tolerante oriental, os Estados bálticos e as repú blicas da ex -Jugoslávia
J

fazem dela, aos olhos da CEE, um parceiro importante, mas poderão valer-se da sua pertença ao continente europeu
•ji
a-
?.
difícil de integrar como membro de pleno direito num futuro para se juntarem à União. A R ú ssia, potê ncia euro-asiática, ?

5 próximo. nã o poderá ser integrada na União sem a desequilibrar
&
$
$&
• Os candidatos da Europa central profundamente e sem lhe mudar a natureza. Assim, a União
• : . A Hungria e a Polónia entregaram, respectivamente a 1 está decidida a aprofundar as suas relações com Moscovo
no quadro de acordos comerciais e de coooperaçao que
í0
liii ! e a 8 de Abril de 1994, as suas candidaturas. A integração
H :
pol ítica e económica das novas democracias no quadro favoreçam o seu desenvolvimento económico e consolidem
a estabilidade política do novo regime.
I
cl europeu constitui, para a Uniã o Europeia, um imperativo de íf

segurança e estabilidade. Acordos de associação reforça- • As condições da adesão: o Tratado da União Euro- í
[;
I; . dos, os « acordos europeus», foram celebrados com os peia (artigo O) prevê que apenas os países da Europa que 5'
M-
15[ i
R:
PECO ( Países da Europa Central e Oriental): Pol ó nia, pratiquem a democracia pluralista e a economia de mer- I£
\ ‘ Hungria, Repú blica Checa, Eslováquia, Bulgária, Roménia, cado possam aspirar à adesão. As negociações só serão S
N-
< - bem como com os Estados bálticos. conclu ídas com a unanimidade dos Estados membros. Os 5Í
fív
:•
Tais acordos preveem a instauraçã o de um di álogo tratados devem ser submetidos a um voto de aprovaçã o por
polí tico oficial e de procedimentos de concertação, bem maioria absoluta dos membros do Parlamento Europeu t
V
£n como a criação de estruturas institucionais. As disposições, ( parecer favorá vel). &

í
I
$
£ 32 33 I
ar
L>
*
£
'
5

c. O debate sobre a Europa diferenciada • Uma Europa «com um núcleo duro» , organizada em
A perspectiva de uma União Europeia com mais de redor de um n ú mero restrito de países ligados estreitamente
vinte e cinco membros daqui até ao fim do século coloca entre eles: segundo um modelo quase federal e conservando
»
a questão da sua capacidade de funcionamento e da sua laços flexíveis com os outros Estados que não estejam em
'

homogeneidade. A conferência intergovernamental reali- condições ou nã o tenham vontade polí tica de participar
zada por força do Tratado de Maastricht e da qual resultou num grau tão elevado de integração. i

o Tratado de Amsterdão enfrentava a necessidade de intro - —


d. Nenhuma das hipóteses anteriores aliás , de legi - I

duzir profundas mudanças nos Tratados com vista a adaptá- timidade e utilidade muito duvidosas, do ponto de vista do
-los a uma União alargada. princí pio da igualdade entre os Estados membros e das
f
Vá rias hipóteses eram formuladas quanto à futura arqui- necessidades ponderosas de aprofundamento da UE foi —
consagrada. Isto apesar de o Tratado de Amsterdão prever
tectura da União:
• Uma Europa «à la carte », onde os Estados membros a possibilidade de « cooperação mais estreita» ou «flexibi-
escolheriam as políticas de acordo com a sua vantagem lidade» (v. infra ). li
.! imediata, o que teria como efeito reduzir o papel das ins- 5
r tituições e limitar ao m í nimo a uniã o política (igualmente O Conselho Europeu de Amsterdão ( 16 - 17.06.97 ) C
5
confirmou o calendário do início das negociações com i:
chamada «Europa de geometria variá vel »).
»

• Uma Europa «a várias velocidades» , ou «de cí rculos vista ao alargamento ( Chipre , países da Europa central
e de Leste ): «o mais cedo possível após Dezembro de
í
concêntricos », distinguindo o nível de integração conforme í

os agrupamentos entre Estados nos domí nios económico, 1997 » , depois de um novo Conselho Europeu r;

( Luxemburgo , Dezembro, 1997 ) ter apreciado os pare -


i
polí tico ou militar.
ceres da Comissão sobre as candidaturas, bem como a í
p
S
« Agenda 2000 », comunicação global , também da Co-
missão, sobre o desenvolvimento das políticas da União,
I
incluindo a política agrícola e os fundos estruturais , as I
í
questões horizontais relacionadas com o alargamento e K
5
o quadro financeiro posterior a 1999. Dela constam **
ii propostas sobre o lançamento do processo de adesão e I
-
sobre a estratégia de pré adesão , incluindo um reforço i. y

s:
das ajudas aos países candidatos ( Programa PHARE ).
As propostas são polémicas , não só quanto aos aspectos V
• n
financeiros ( manutenção do limite máximo dos recursos i*
f
i
próprios em 1 ,27% do P1B comunitário e em 0 ,46% a .? •

ti
"i
ii
dotação dos fundos estruturais , o que implica financiar ir
o alargamento à custa da redução , embora gradual , .?.•
1
i

i —
dos apoios aos « países da coesão» Espanha , Grécia ,
Irlanda , Portugal ), mas ainda quanto à PAC ( qualquer
fl :
rr ;
í: “
v:

reforma que reequilibre regional e socialmente os


apoios e limite os gastos tem a oposição dos países •
i'

’V
I u
34 35
tradicionalmente beneficiários ) e , finalmente , quanto à • Os Tratados de Adesão (22 de Janeiro de 1972: Reino
«I t
:
escolha , nada clara, deu 5 países de Leste ( Hungria, Unido, Irlanda, Dinamarca; 28 de Maio de 1979: Grécia; 12
! Polónia, Estónia, República Checa e Eslovénia ) que, de Junho de 1985: Espanha e Portugal ; 25 de Junho de 1
;i
a/em efe Chipre , iniciarão primeiro as negociações de 1994: Á ustria, Suécia, Finlândia). •i
i

adesão. Será convocada uma Conferência Europeia • O Acto Único Europeu, assinado a 17 e 28 de Feve- i!

sobre as questões do alargamento envolvendo, a /é/n dos reiro de 1986 e em vigor desde 1 de Julho de 1987. i :

Estados membros da UE , todos os países andidatos a • O Tratado da União Europeia, assinado em Maast- ri

ela ligados por um acordo de associação. richt a 7 de Fevereiro de 1992 e em vigor desde 1 de
Sobre as implicações institucionais, v. infra. Novembro de 1993. !•

Tendo especialmente em vista a situação nos países • Outros tratados: tratados de fusão dos executivos de |:i
candidatos , o novo Tratado prevê a suspensão de direi- 8 de Abril de 1965, tratados financeiros de 22 de Abril de
tos de um Estado membro que tenha violado grave e 1970 e de 22 de Julho de 1975. i -

í
persistentemente os direitos do homem , as liberdades • O Tratado de Amsterdão, assinado em 2 de Outubro 2
F

fundamentais , os princípios democráticos que são re - de 1997, que altera o Tratado da União Europeia e os "
1
=*l
quisito para a adesão ( por não os respeitar está a Tratados .das Comunidades Europeias. í
i.

: Eslováquia fora da lista dos admissíveis ). £


)
l
b. O direito derivado I
í As instituições da União dispõem da legitimidade polí - l
E
O SI STH MA INSTITUCIONAL tica e da autonomia jurídica necessárias para publicar nor- 5- :

(
f:
mas jurídicas. Segundo o artigo 189.° do Tratado da CEE: Vi

i DA UNI Ã O HUROPEIA • O regulamento tem «carácter geral, é obrigatório em fiff'.

todos os seus elementos e directamente aplicável em todos


1. O DIREITO DA UNIAO os Estados membros»; Tf.
!f;
li A União Europeia é uma comunidade de direito. A sua • A directiva é uma «lei quadro» que vincula os Esta-
- i
!:
I;
legitimidade e o seu funcionamento são garantidos pelo dos membros destinat ários quanto ao resultado a alcançar, I ru
: •

deixando, no entanto, às instâ ncias nacionais a competência


respeito que cada um dos seus Estados membros atribui ao £
quanto à forma e aos meios;
I!
81
direito e à democracia representativa.
• A decisão é obrigatória em todos os seus elementos,
mas apenas para os destinatá rios que designar: particulares
~
lií
1
Í
t
1

í A. AS FONTES DO DIREITO
t
(empresas) ou Estados membros, individualmente conside - Ã

a . Os textos institutivos rados;



• O Tratado que institui a Comunidade Europeia do • As recomendações, pareceres e resoluções não têm *
í

ÍM
T! carácter vinculativo.
Carvão e do Açò (CECA), assinado em Paris a 18 de Abril Ir
de 1951 e em vigor desde 23 de Julho de 1952. Estas normas de direito são tomadas pelo Conselho de
1:
- i • Os Tratados que instituem a Comunidade Económica Ministros, por proposta da Comissão, após consulta ou com
Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Ató- a participação do Parlamento Europeu (co-decisão, parecer
.\!r
'
v
s
*
mica (CEEA ), assinados em Roma a 25 de Março de 1957. favorá vel , cooperaçã o legislativa). :

:#-
5
36
'

Sí : • •
37
I o!
-ai t
B . A JURISPRUDÊNCIA A. A ESTRUTURA DO TRATADO
Ir
ji I
a. O papel do Tribunal de Justiça a. Os três pilares
; !,
:
i
-
Pode comparar se o Tratado de Maastricht a um templo I
O Tribunal de Justiça da União Europeia é competente assente sobre três pilares e encimado por um frontão. u
para aplicar o direito europeu e permitir uma interpretação I

uniforme do mesmo, que se impõe às jurisdições nacio-


• O frontão enumera os objectivos: cidadania, mercado .A
:

ú nico, integração económica, polí tica externa. A


nais. Os acórd ãos do Tribunal, segundo o artigo 177.° do 3
Tratado da CEE (recursos prejudiciais), constituem um • O pilar central , «Comunidade Europeia», inclui o
corpo de doutrina jurídica que fez prevalecer os princípios mercado interno, as políticas económicas comuns (social ,
;
seguintes: regional, agrícola, ambiental, etc.) e a uniã o monetária. ií

;•
• Os dois pilares laterais referem-se à política externa I
e de segurança comum (PESC), por um lado, e à coopera- í
ri-
b. Os grandes princí pios da jurisprudência 3"
ção judici ária e policial , por outro. i
$
i • O princí pio da «aplicação directa e imediata» do i
'

direito comunitário, que estipula que a aplicação de uma


ii
i
' norma obrigatória europeia n ão pode ser atrasada ou alte-
I1 rada pela intervençã o do legislador nacional.
• O princí pio do « efeito directo.», segundo o qual um
particular pode invocar, perante o seu juiz nacional, direitos !f
decorrentes da aplica ção de um tratado, de um regulamento
f ou de uma directiva comunitária. Como a Comunidade foi iP
institu ída para criar direitos em beneficio dos cidad ã os , I
-
estes, consequentemente, viram ser lhes reconhecida pela 55
u
E1 •.
.

r jurisprud ê ncia do Tribunal a possibilidade de os invocar e E


fazer reconhecer pelas jurisdições nacionais.
(I : s
• O princí pio do « primado» do direito comunitário so- LT«:
XP -
r bre o direito nacional constitui a contribuição mais deter-
i
i
i
minante do Tribunal de Justiça, pois não figura expressa-
mente nos Tratados e é a condiçã o sine qua non da
1r K
3 -1
111 -
autonomia e do respeito do direito comunitá rio. i

>
; ?
i
i
b. Os processos comunitá rios e a cooperação
r,
-i
' 2. O TRATADO DE MAASTRICHT (1992) intergovernamental £
*
J

L 1
• O pilar central continua fundado nos processos comu- ÈL
ií;
H -i
O Tratado da União Europeia (Tratado de Maastricht)
é o ponto culminante da vontade polí tica de transformar a nitários (participação da Comissão, do Conselho, do Parla- 1
5
sy CEE, entidade económica , numa união que dispõe de com- mento, do Tribunal), votos por maioria qualificada no seio
!•
petências pol í ticas. do Conselho de Ministros (v. cap. 7). iíí *
fj 3 L- . • •

i
!?
38 39 1 £. : '

.i•
ij
£-

K • •
í ?

• Os pilares da PESC e da cooperação judiciária são re- • Modalidades :

' gidos por processos intergovernamentais (decisões por una-


nimidade, fraca participação da Comissão e do Parlamento) . — O Conselho Europeu é a autoridade suprema que, por
consenso, define as orientações gerais da pol ítica externa;
mas é consagrado o princípio de acções comuns vinculando 1
í

c. A subsidiariedade a Uni ão. Essas acções comuns podem ser objecto de mo-
O artigo 3.° B do Tratado prevê que: dalidades de aplicação aprovadas por maioria qualificada. !
« A Comunidade actuará nos limites das atribuições que
lhe são conferidas e dos objectivos que lhe são cometidos
— A política estrangeira e de seguran ça deverá poder
conduzir, a prazo, a uma defesa comum. A formulação
Uri
£
íí

.
pelo presente Tratado Nos domí nios que n ã o sejam das preserva as preocupa ções dos Estados que consideram íí
suas atribuições exclusivas , a Comunidade intervé m apenas necessá ria a afirmação de uma identidade europeia em 4!
1
de acordo com o princípio da subsidiariedade, se e na me- matéria de defesa e aqueles que não querem correr o risco
'
n! ‘

dida em que os objectivos da acção encarada não possam de uma diluição dos laços de solidariedade contraídos no :« ? •

£
I
ser suficientemente realizados pelos Estados membros e quadro da Aliança Atlâ ntica. Mas o conceito de «defesa i
comum » representa um esforço na ambição de avançar na *
possam pois, devido à dimensão ou aos efeitos da acção ii 1

prevista, ser melhor alcançados ao nível comunitário.» via de uma união completa, incluindo a dimensão estraté- í
gica e militar. :
A subsidiariedade é um mé todo de regulação dos pode-

! i;
í*
res, destinado a pôr fim à tentação de excessiva regulamen- Ao pedir à « União da Europa Ocidental (UEO), que 9
à
tação por parte das instituições . faz parte integrante do desenvolvimento da União Euro - §
i:
peia, que prepare e execute as decisões e as acções da t
Uni ão que tenham repercussões no domí nio da defesa », a £
B. AS POLÍTICAS DA UNI ÃO QUE NÃO SÃ O "

i.
í
,
REGIDAS PELO DIREITO COMUNITÁRIO Uni ão lan ça uma ponte para a ú nica organização europeia 1
ír
competente em matéria de defesa. I§
;
a . A PESC ei .
>
!

• Objectivos: o Tratado da União Europeia funda uma fh


! b. A cooperação no domínio dos assuntos internos m
!
Í
-. verdadeira união polí tica que doravante se apoia no estabe-
e da justiça í
1 lecimento de uma polí tica externa e de seguran ça comum
(PESC) cujos objectivos são: A cooperação no domí nio dos assuntos internos e da m.
I
i; t tulo vi do Tratado da União Europeia) é re- gida
justiça (í iim
> \

t
— « A salvaguarda dos valores comuns, dos interesses
fundamentais e da independ ê ncia da União;
pelo princípio da cooperação intergovernamental . Este título
do Tratado cobre essencialmente quatro sectores: Il
— O reforço da segurança da Uni ão e dos seus Estados
membros, sob todas as suas formas; • A harmonização no domínio do direito de asilo;

*l
i
— A manutençã o da paz e o reforço da segurança
internacional
• O estabelecimento, à escala da União, de regras relati-
vas à imigraçã o aplicá veis aos nacionais de países terceiros;
=
1

í /
— OO desenvolvimento
fomento da cooperação internacional; • A cooperação policial destinada a lutar eficazmente Ú
rí '
4
y,
— e o reforço da democracia e do
Estado de direito, bem como o respeito dos direitos do
contra a criminalidade transfronteiriça;
• A elaboração de acordos de cooperação nos domínios
I
f,
r

homem e das liberdades fundamentais.» do direito civil e do direito penal.


!f.
40 41
sí ; ,;í

I • •
• :
A !
i f. I
*
r.
.

As novas disposições do Tratado relativas à coopera - i


ção nos domí nios dos assuntos internos e da justiça de - 3. O TRATADO DE AMSTERDAO :

veriam, em particular, fazer desaparecer os obstáculos à ( 1997)


livre circulaçã o das pessoas. Assim , seriam alargadas a
todos os Estados membros as medidas estipuladas entre O Tratado de Amsterdão é o resultado da Conferên
cia Intergovernamental ( CIG ) que decorreu entre Março
- r
:

os Estados signatá rios do Acordo de Schengen ( ver qua - de 1996 e Junho de 1997 e que deveria , não tocando na
dro). r
r
moeda única , completar Maastricht , aprofundando a UE
na perspectiva de maior democracia, legitimidade e efi -
S
&
mmm cácia, preparando assim o novo alargamento. O balanço

OES. é mitigado: avanços reais ao encontro dos interesses dos S


cidadãos em questões de direitos fundamentais , liberda- :li
IP

fernlp mm
iil
a . |U<
de e segurança, emprego e política social ; progressos
limitados na pol ítica externa e defesa ; reforma

ís
í

-
lE&i
BSHBHHK li
m t '

MBilIli institucional insuficiente. 3.


í:
í:

m wÊm jgSSji&Sgoj
A. A ESTRUTURA DO TRATADO
t:
i
íI do pe«
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| |l
|
| P
l pt«P| | pwL Ui ma;
wm
gtosma SSntéifs wm


-
pslcon
$
»» Si>

-
O Tratado de Amsterdão decompõe se em três par-
ir
a

i
reSili tes e em numerosos protocolos e declarações anexas
í;
l àá onais dos Estados sitnat nos. dos outios Ficados da que procedem , por um lado, a alterações substantivas
^
Comunidade ou de países terceiros Esta cooperação indiii
cotuS “
É
" aos Tratados da UE e das CE e , por outro lado, ã

i
W -
X

/ Q -
uma pol í tica de âsilo c de imigraçad
íde; Junho de 99éãã
| ,
iBêSmMMM
:. ÍjSura pelos
etnco
: T *£
Estados ds
i convenção complementar que define as condi ções de ap í
,

icf
^ 5-v
simplificação formal dos mesmos , a fim de suprimir dis
posições caducas , adaptando em consequência o texto
de algumas disposições , e renumerando o conjunto das
disposições assim alteradas. Ainda com o objectivo de
-
I
1:
I

t;V

:• |
' ad;

l
Ç
^^^
garantias;Í3e{acdvaçâo*dessa
çnvençãG, ç.Qrnpp
| 1ivre^ circu
gWiliBiliMl
tornar mais acessível e compreensí vel a leitura da
« floresta » dos textos será publicada uma consolidação
&
t
r
e está sajeit
nais dos Tratados , um trabalho de carácter técnico e infor-
!
úí organiza uma coò pe
* .. ~
|
mativo. i-

1 lit AJ alterações substantivas mantêm a estrutura dos


três pilares , embora alarguem a competência da CE
Ir çom .
transferindo para ela várias matérias do 3 ° pilar ( justi-
li
!i

II ça e polícia ). í
!:
!I

wÊÈ mmW
. kméí ui w$min
á
,

íD K m .
B CONTEÚ DO
r .
Àustríá, Dinâmica , Finlândia . Sucia e . ai.
t[ h
Islândia e a Noruega , apesar de não serem membros daM ÊK .
a Liberdade, segurança e justiça
v
M
K
r4 <

:
m -irani
SU rvo & de Schengen na União —Direitos fundamentais e n ão discriminação: o Tra-
it
m
m
K
a: \ / •
'
'
tado reforça a garantia dos direitos fundamentais na
i:f;

ã: 42 43 m
1
Q I
5 r
VE , através do recurso directo dos cidadãos ao Tribunal problema do desemprego e estabelecer uni certo parale-
r
de Justiça , e baseia neles a dimensão ética da União ao lismo institucional entre a política económica e monetá
ria, por um lado, e a política de emprego como questão de
- V
í
I
prever a suspensão de Estados que violem gravemente os
direitos do homem. Entre vários outros avanços , consa
gra uma proibição geral de discriminação ( sexo , raça ,
- interesse comum. Além disso , incorpora o Protocolo sobre
a Polí tica Social, que o Governo inglês antes recusara, e
I
origem étnica , religião , crença , deficiência, idade ou proclama o respeito pelos direitos sociais fundamentais
orientação sexual ) e o princí pio da igualdade entre mu- consagrados nas duas Cartas Sociais Europeias. Desse
lheres e homens. modo, alargam- se as possibilidades de uma política social li
europeia de harmonização no progresso. Melhora-se o í!

livre
—circula
Questões policiais e judiciárias: para assegurar a
ção de pessoas no espaço comum , sem lesar
regime da política de ambiente e defesa dos consumido-
res. Regulam-se outros aspectos relevantes, tais como:
9
f

»te
a segurança e as liberdades dos cidadãos , o Tratado
'

cidadania europeia , línguas e culturas nacionais , acesso £


procede à incorporação na competência da CE de várias ao ensino, desporto, regiões udraperiféricas , serviços de :í!í
i matérias antes no 3.° pilar: passagem das fronteiras interesse geral, serviço público de rádio e televisão, Ifia
externas , supressão de controlos fronteiriços , vistos , voluntariado, protecção dos anitnais, etc.
5
asilo, refugiados , imigração , cooperação judiciária em §
*
?
matéria civil , fraude contra os interesses financeiros da c. Transparência e proximidade aos cidadãos
i
í
í
UE , cooperação aduaneira. Durante 5 anos decide -se li
por unanimidade no Conselho. Depois , poderá vir a Garante -se a publicidade no funcionamento das ins- »; -

decidir-se por maioria qualificada , em conjunto com o tituições e o acesso dos cidadãos aos documentos; cla
rifica - se o alcance do princí pio da subsidiariedade;
- ?

Parlamento Europeu. i;

Aí matérias não comunitarizadas, que continuam no obriga-se à simplificação , codificação e melhoria da i


k
:
:
3.° pilar ( cooperação policial e judiciária no combate à qualidade e legibilidade da legislação. 1
!
criminalidade transnacional, incluindo o combate ao ra- ir.. .
cismo e xenofobia, ao tráfico de seres humanos e aos d. PESC
I
I •

! '
crimes contra as crianças ), passam a aplicar-se processos As alterações aqui introduzidas , quer as referentes
de decisão mais eficazes e permite-se a uma maioria

;
r
aos objectivos políticos, que foram clarificados no refe- iU
qualificada de Estados autorizar uma « cooperação refor-
'

.
çada» ( v infra).
rente à salvaguarda da União e das suas fronteiras exter
nas e completados com a introdução de uma cláusula de
- a

A\
%
:

if Passa a existir , embora com limitaçõesy um controlo


solidariedade política, quer as referentes aos mecanismos
E J
; de legalidade perante o Tribunal de Justiça. 5
1 • O acervo de Schengen é integrado no Tratado para
institucionais e processos de decisão ( nomeadamente a
i impedir o retrocesso , em consequência da exig ência
abstenção positiva para evitar o veto e a possibilidade de i
continuada de unanimidade para as decisões sobre ques - decidir por maioria qualificada as «acções» e « posições
a s.:
A -.
comuns» ), vão no sentido de dotar a UE de uma verda-
tões policiais e judiciárias.
deira política externa. Mas são insuficientes face às con- m
: &
;[
í! !
Kl
tradições que continuam a fazer- se sentir entre os Estados ííi
b. Responder aos interesses concretos dos cidadãos í! &
E
membros e à falta de uma clara vontade política. A una-
nimidade continua a ser exigida para as decisões funda-
m
l l-i
£ O Tratado introduz um capítulo novo sobre o emprego :i
:.
visando dotar a União de meios para fazer frente ao grave -
mentais ( « princípios » e «orientações gerais » , «estraté
i!
I
1mt- .
i, i
t' .
S! i :
i
44 45
-

£
V
ir
m
1

Sl!.: gias comuns » ) e a invocação de um «interesse nacional ção e coordenação política do Presidente, cujo acordo wSS- : \

importante» permite impedir a tomada de decisões. A UE possa a ser exigido para a escolha dos comissários.

r £

‘ continua sem personalidade jurídica, o que significa que Foram adiadas as reformas de fundo sobre as regras l
só pode exprimir - se na ordem internacional através dos de voto no Conselho e sobre o número de comissários , 1 r
v; -

Estados membros , sem qualquer representatividade pró - que se consideravam indispensáveis para preparar a UE l .- r .

.
L

. pria da Comissão. Nas relações económicas externas não para o alargamento Um protocolo anexo prevê a redução *n r
há mudanças, tendo os Estados membros recusado ampli- do número de comissários a 1 por país logo que se con - W
ar a competência da Comissão a novos domínios.
:
cretize a adesão dos primeiros candidatos e obriga a uma 8 E

Relativamente à Defesa , também não são significati - revisão do Tratado quanto ao voto no Conselho ( que
poderá incluir uma nova ponderação dos votos em função
!a! ea

i vos os avanços , prevendo-se mesmo a convocação de K


uma nova CIG para dotar a UE dos mecanismos que da população de cada Estado , ou a exig ência de uma I
:
agora não foi possível estabelecer. Consagra-se o refor - dupla maioria de votos e de população ), em ligação com m-
: !E
ço da cooperação com a UEO com vista a uma eventual a questão do número de comissários, para compensar os ir .

integração desta. Aj «missões de Petersberg » ( missões ; 5 maiores Estados da perda do segundo comissário — »

-
íi humanitárias de evacuação , missões de manutenção da antes de a UE passar a ter mais de 20 Estados membros.
O que está em jogo é, portanto , a redefinição das posições
r-
paz , missões de forças de combate para gestão de crises ,
;
p -.
1
compreendendo missões de restabelecimento da paz ) são relativas dos grandes e pequenos Estados num momento V
Ê-.-
incluídas na política de segurança da União. em que , devido aos sucessivos alargamentos a vários
pequenost a manutenção da actual ponderação dos votos
teria por consequência enfraquecer o peso decisório dos
e. Instituições grandes , que representam a maioria da população, impe - wsLy.
2 dindo-os , desde logo , de aceitarem a generalização das s-
:
' Correspondendo aos propósitos de democratização da votações por maioria, necessária para evitar a paralisia
UE, o Tratado reforça significativamente os poderes do a£-.:. -
Parlamento Europeu , nomeadamente ao alargar o pro-
decisional numa UE alargada a mais de 20 membros . !S
%
- • 3

Além de alguns benefícios no estatuto dos Comités


| -
cesso de co decisão a 23 novos domínios, simplificando Económico e Social e das Regiões , foram incluídas dis - -:
e abreviando a sua tramitação. Alargam-se também os
i r
i
posições visando melhorar a informação aos Parlamen - !
- fh:-
• •

I t casos de obrigatoriedade de consulta prévia ao Parla - tos nacionais , dando-lhes a possibilidade de acompa-
A

gv
mento sobre decisões importantes ( por exemplo , sobre a
? r
i!
'

nharem , desde o início , a tomada de decisões e as l


r.
« cooperação mais estreita» ). A indigitação do Presidente fc - :
ni
I
*
.

da Comissão pelos Governos dos Estados membros passa


posições dos respectivos Governos no Conselho , e refor
çar o seu papel na construção europeia.
-
Í! 1
\ i1 a depender de aprovação prévia do Parlamento.
íi!l ! Pelo seu lado , o objectivo de maior eficácia só muito ULT

i insuficientemente foi realizado, através de um alarga - f. Coopera ção mais estreita/flexibilidade


I
Ii mento limitado das votações por maioria qualificada no
Conselho ( a , apenas , 5 dos 48 casos exigindo unanimi- Trçita-se de definir as condições em que uma parte dos
m
* %
¥
H; ; Estados membros poderá avançar sem os restantes para
H
f:
dade no Tratado anterior , e a mais 11 do novo Tratado , a
.'l em geral , de menor importância política ). O estatuto da etapas de maior integração , respeitando os objectives e -
r
í Comissão não tem mudanças muito importantes , a não interesses comuns da União, não pondo em causa a sua vi* r.-
í ser no que se refere a um reforço dos poderes de direc - unidade institucional, nem comprometendo o princípio da it
Sin
;i
[1
i
£ !:
:•
46 47 r * •• -
: i*Er ;
!
5:
í
rr
As eleições de 9 e 12 de Junho de 1994 designaram 567
igualdade entre os Estados membros. A possibilidade de t -
a decisão ser tomada por maioria qualificada impede a deputados vindos dos doze países:
s; •
pura e simples obstrução por parte de Estados pouco em -
penhados. A definição apertada dos requisitos permitirá Alemanha 99 if
salvaguardar o acervo comunitário e impedir a fragmen- França, Reino Unido, Itália 87 í
tação da União em « núcleos duros» ou «directórios » fface Espanha 64 i; *

a Estados com estatuto dependente , numa « Europa a i Países Baixos 31 L


iA
*
L
várias velocidades». Invocando «importantes e expressas n
!

i Bélgica, Grécia, Portugal 25 if


»
razões de política nacional» , os Estados membros podem Dinamarca 16 !• r
I

-
opor se a que a decisão seja tomada por maioria quali - Irlanda 15 vai

ficada. O mecanismo poderá ter a maior importância nos


r !:£
Luxemburgo 6 f
domínios da justi ça e assuntos internos ( Shengen é , aliás , í

;
um bom exemplo de uma « cooperação mais estreita» ) e
nos da política externa e defesa ( este com regras pró- • Desde 1995: o Parlamento Europeu conta 626 depu - w-
I
;

prias ), mas poder á aplicar-se também ao L° pilar. A Co - tados, com a chegada de: ÍB
!
missão e o Parlamento intervêm na decisão , garantindo
? a compatibilidade com os princípios indicados. Su écia i
*
22 i
Austria 21
r Finlândia 16
O PARLAMENTO EUROPEU 3
íf
•O Tratado de Amsterdão fixa em 700 o número m
i máximo de deputados , na perspectiva do alargamento , i
'
f; s
1 . A ÚNICA ASSEMBLEIA EUROPEIA o que implicará uma redistribuição do número por n £

'
i
ELEITA POR SUFR ÁGIO país. (

UNIVERSAL
'
j

A. COMPOSIÇÃO b. Os diferentes modos de escrutínio 2 tter-


i
j ’ * í
a . Modo de eleição Todos os países procedem por escrutí nio proporcional I tr .

a uma volta, em listas nacionais (Fran ça, Espanha, Portu- 2


• Até 17 de Julho de 1979 , data da reunião constitutiva gal, etc.) ou regionais ( Bélgica, Itá lia). Apenas o Reino r-r
do novo Parlamento eleito por sufrágio universal directo, o
Unido conserva o escrutí nio maioritá rio por cí rculos I
! Parlamento Europeu contava 198 membros, todos designa- uninominais. ;1 I-
c •

dos pelos Parlamentos nacionais (decisã o dos Estados í


l
£
fi
1 '


membros de 20 de Setembro de 1976, em conformidade • O Tratado de Amsterdão simplifica o processo de >

com o artigo 138.° do Tratado da CEE). decisão com vista à aprovação de um sistema eleitoral 1£
uniforme. O Governo de Blair anunciou a introdução do
1
t L
• De 1979 a 1994: o Parlamento Europeu é eleito de 5 sistema proporcionai
5
em 5 anos, simultaneamente em todos os países da União. !r
í
;
49
s

I
• *!
48

5
: K -
I
3
[

i *-
| «

B . MODO DE FUNCIONAMENTO
:!

r.
a. Os órgãos
• A mesa é composta pelo presidente, 14 vice-presiden-
tes e 4 questores. A mesa é responsá vel pela organização
interna da instituição.
• A conferência dos presidentes dos grupos políticos \I
fixa a ordem do dia das sessões.
i
• O secretariado-geral está sediado no Luxemburgo e ;
! em Bruxelas. !• -

• Os parlamentares repartem-se por 20 comissões per-


manentes (agricultura, ambiente, negócios estrangeiros,
económica, regional , etc.).
íI
f • Os deputados não se agrupam em delegações nacio- t
m
nais, mas em grupos políticos que constituem a verdadeira i
i
ossatura do Parlamento ( v. quadro). i-
}
• As sessões plenárias são mensais e repartem-se por i

uma semana (em Estrasburgo) e períodos adicionais de 2 Até agora nenhuma moção de censura foi votada contra a
i

dias (em Bruxelas). Comissão.


m
1


i
• As outras três semanas são consagradas aos trabalhos Poder de investidura desde 1 de Janeiro de 1995: o [ir

das comissões parlamentares e aos grupos políticos. Tratado da União Europeia, através do artigo 158.°, reforça
1
a autoridade polí tica do Parlamento Europeu sobre a Co- .

: .! i r.
b. A sede missão. J

——
!
'

A sede de Estrasburgo foi confirmada ( explicitamente Quitação sobre a execuçã o do orçamento. I pv X

i
:
no Tratado de Amsterdão ) como local das doze sessões ; Perguntas escritas e orais. 3!f >

plenárias no Conselho Europeu de Edimburgo (Dezembro • Em relação ao Conselho:


í

j
de 1992). As comissões e os grupos políticos re ú nem-se em i
Bruxelas, bem como as sessões plená rias adicionais. —

: Perguntas escritas e orais.
O presidente do Conselho presta contas no termo do
li

s>
:

respectivo semestre de presid ência sobre os resultados do


-
7


Conselho Europeu . O Conselho de Ministros (representado : -=V£-Í M
'

i
ií :: 2. O PAPEL DO PARLAMENTO EUROPEU pela sua Presid ê ncia) est á presente em todas as sessões do
Parlamento Europeu. ». •

A. PODERES - •

v.
a. Controlo democrá tico b. Participaçã o no processo legislativo fc'
!
• Em relação à Comissão: ií
5! v -: •

•A
—Voto de uma moção de censura por maioria quali-
ficada de dois terços dos votos expressos que representem
consulta pelo Conselho, sobre uma proposta da
Comissão ( parecer n ão vinculativo).
• A co -decisão, um processo novo introduzido no Tra-
?
í
r
V

:•

a maioria dos membros que o componham (artigo 144.°). tado de Maastricht (artigo 189.° B). A co-decisão, que ins- I
! *50
51
"
:L

. •.
r
7
I
taura uma verdadeira partilha do poder legislativo com o \ texto comum), rejeitar por maioria absoluta dos seus mem- í?
Conselho , está consagrada nos domí nios seguintes: mercado *
bros a posição comum adoptada pelo Conselho.
interno, programas-quadros de investigação, ambiente, con- Esta rejei ção tem como efeito pôr fim ao processo. t
sumidores, redes transeuropeias, sa ú de, certos aspectos da • O parecer favorável, dado pelo Parlamento por maio-
cultura e da educação. O Tratado de Amsterdão aplica a ria absoluta dos seus membros e que é requerido para a
-
co decisão a cerca de 15 matérias do Tratado anterior ( pra - adesão de um novo Estado membro (artigo do Tratado da
UE), para os acordos de associaçã o (artigo 238.°) e, desde
ir
ticamente , com excepção das decisões no âmbito da UEM , i!
i
todas aquelas a que se aplicava o processo de cooperação ) í Maastricht, para a cidadania, para os fundos estruturais
e a mais 8 das novas disposições. A co-decisão caracteriza- (artigo 130.° D), para o procedimento eleitoral (artigo 138.°) í
e para os acordos internacionais (artigo 228.°).
-se pelo direito de o Parlamento, depois da segunda leitura , :
• Os Tratados orçamentais de 22 de Abril de 1970 e de :?

l

e no caso de falhar o procedimento de conciliação (o qual i


22 de Julho de 1975 fizeram do Parlamento uma verdadeira *
vi .
reú ne quinze membros do Conselho e quinze membros do j.
Parlamento e tem por finalidade chegar a acordo sobre um co-autoridade orçamental, em igualdade com o Conselho. !
í

;
r


O Parlamento tem a ú ltima palavra sobre uma categoria
importante de despesas (ditas « n ão obrigat órias ») que cor- lie
ÊM 1 responde à metade dos créditos; pode, por maioria absoluta , *t •

WÈÈÊ
itSWf ís ^
VÃ' mm/ m
SS:
UTAD
yA
MIMff rejeitar o orçamento por motivos importantes e exigir que
o Conselho lhe apresente um novo projecto. É o Parlamento
7* í
'

mmm ELOiPAR Jí MPTí : <


que, no fim do procedimento, durante a sessão de Dezem - it
í I '
rz ;;
Is2
bro, aprova definitivamente o orçamento. i

i
£ aLvacão d
^ B. PAPEL POLÍTICO
IS ê n é
i

— - = o’ de censura Podem ser reconduzidos

-
!?
ií Si
nf í
;v a. A voz democrá tica da Uni ã o
:!
j U :

^
i; :
y) T Vnos
Estados membros designam de
Governos dos kM ** • Local de debates e de impulso pol í tico, o Parlamento ;« v

nnm ar é iti .
° ' pers ã-11o; 1essa designa . exerce uma função motriz na unificação europeia. Corrige
'
^
aCOr ..
'

. :.

Presidente |
da Comiss f
ção sera apro- as tentações burocrá ticas da Comissã o e incentiva o Con- E
!!
vada jy etEm
I
r i selho dos Ministros, cujo programa aprecia no início e no ¥
i Mtã
íi
lm m fim de cada Presid ência semestral. íI
I!
i\ :
i
;
m s m ML
M
.' A?
I • Representativo da opinião pú blica, o Parlamento es- h í:
- -

4 « força se por ser a vox populi da União Europeia. Designa o &


11

g
í •

1 provedor de Justiça encarregado de receber as queixas dos íl r

-
ilsiilÊ
cidad ãos. Organiza audições p ú blicas e est á aberto às asso i
Al • '

ciações, movimentos dos cidad ã os e representantes de inte -


i
resses.
O Parlamento é um fórum internacional que, através das
u V:
3 mm
petos Governos dos Estados membros. M
* P4
suas delegações interparlamentares, mant é m laços com os
parlamentos de pa íses exteriores à Uniã o. Recebe em ses -

ij w
. 52 53 F.
K’»
*

i
a
I
rr
?
\
são solene as comunicações qiie lhe sã o dirigidas pelos O CONSIiLHO
Chefes de Estado.
i
1. O CONSELHO DE MINISTROS
b. Um Parlamento sui generis
• O Parlamento partilha com o Conselho os poderes A. COMPOSIÇÃ O n¥ -
i i .
.

rV :.
legislativos e orçamentais. O Tratado de Maastricht aumen- O Conselho de Ministros, composto por ministros que r
tou-lhe consideravelmente os direitos, nomeadamente i
:

representam os Estados membros, é a principal instituição


quanto ao poder de propor alterações às propostas que lhe de decisão da Comunidade Europeia e da União, no seio
-
i
são submetidas e em relação à Comissão.
t‘ . •

das quais se exprimem essencialmente os interesses nacio-


•Não obstante, o Parlamento Europeu não pode ser equi- nais. 55 3
r
f -
"
.

I
parado a um parlamento nacional no sistema parlamentar
clássico, já que não existe um verdadeiro governo europeu ; r
í : t
i que ele próprio investisse e que fosse representativo de uma a. O Conselho de «Assuntos Gerais»
maioria polí tica . Os dois principais grupos ( PSE e PPE) são Compõe-se dos Ministros dos Negócios Estrangeiros
5i z

levados , pela sua importâ ncia, a celebrar acordos técnicos


!
f

(designação do presidente do Parlamento) e compromissos


dos Estados membros. Cada país exerce a Presidência \l
rotativamente, por um per íodo de 6 meses. O Conselho
políticos.
L í
1

reú ne-se em alternâ ncia em Bruxelas e 3 vezes por ano no i

Luxemburgo. É assistido por um Secretariado-Geral , 3

SiiiiSi sediado em Bruxelas.


I
a Ím 8 a > í l
!

:
i

;! j
IHHMiÉR Wm b. Os Conselhos especializados &v
S:: -=
í

\‘
!ri 1
São- convocados quando a ordem do dia implica o tra- I *- -
i tamento de questões de carácter mais técnico: os Conselhos l
"

7' "
"

-

*JKC
• da Agricultura, da Economia e Finanças (ECOFIN), do d
!
••

Ambiente, dos Transportes, da Ind ústria, etc., reú nem os


N as peia Assembleia Plenana ministros competentes de cada país. W"
t*

:
W f
'

§ tiÇÔes exaipiéliás ílS


:

- |
:
c. O COREPER
il
{1
F
^ rgií fitas escritas
^ !
« <: .
- :,.

^^^^
A- .
ormàis t 410 ; prioritárias ) ;- i
'
. v Nas suas actividades quotidianas, o Conselho é assistido
mginas (por l íngua) do relato
M
integral d ós
Hl por um órgã o administrativo essencial, o Comité dos Re-
?
f1
4 •
1: Ipbates WJÈã
. ..
presentantes Permanentes (COREPER ). Composto por
I

r
h
i
;
;
.

l|plená rias ^
Minas (f lÉf úa) das actas ; das sessões
Documentos de si são
^ ^ ifxluzidos
> 4898
272
•í?: :

m
diplomatas com a categoria de embaixadores dos Esta -
dos membros, actua como órgão auxiliar do Conselho.
O COREPER é a correia de transmissão entre as diferentes Pv :
ys-.

. . administrações nacionais e as instituições comunitárias.


)
Dos quais 45 em segunda leitura e 10 em terceira leitura. ( N do T ) ; V ; V. v

55 1i fc ll #y1
54 a
mm :

— ~. . :.. :
m • * ^
I
I
fI
\
B. FUNCIONAMENTO manifeste reservas . A França do general de Gaulle contes- £
tou o voto por maioria e defendeu um direito de veto
a . Poderes
O Conselho aprova os actos jurídicos formais (regula- j
sempre que um Estado invocasse um interesse nacional
muito importante. A utilização arbitrária e descontrolada
í
ir
V -
*i§:
'

mentos, directivas , decisões) e celebra os acordos interna- do veto conduziria, porém, à paralisia do processo de de- •
;
cionais negociados pela Comissão. Só pode decidir com base j cisão. I
numa proposta formal da Comissão. Certos actos são execu- j • Q voto por unanimidade é necessário nos domí nios J:
r
tados , em conformidade com o Tratado de Maastricht, em j onde os Tratados o preveem: ades ão de um novo Estado • I
lt -.

co-decisão com o Parlamento Europeu. O Conselho de Mi - membro, revisão do Tratado, harmonização fiscal , lanç a -
nistros é ao mesmo tempo um dos órgãos do triângulo mento de uma nova pol í tica, programas -quadros, etc . !
&
i
decisório da União (Comissão, Conselho, Parlamento) e o ’
r
t
\ lugar onde são elaborados os compromissos entre os diferen- ! E-
; £
tes interesses nacionais. As deliberações do Conselho Agr í- ;
2. O CONSELHO EUROPEU i-
cola (as «maratonas » agr
i
\
ícolas chegam a durar mais de um >
i.
dia) têm a obrigação de fixar os preços anuais dos produtos A. ORIGENS r'
- i;
que beneficiem de uma organização comum de mercado. j;
O Conselho Europeu nasceu da prá tica , inaugurada em ?

i b. Modo de decisão
1974, de reunir regularménte os Chefes de Estado e de
f Governo e o presidente da Comissão. Esta prática foi
i

;
:
II • O voto por maioria (artigo 148 . ° do Tratado da CEE) institucionalizada pelo Acto Único, em 1987. O Tratado de
é o procedimento habitual: as decisões são tomadas por Maastricht confirma o papel director do Conselho Europeu
maioria qualificada, correspondendo a cada país um voto no quadro da União: «O Conselho Europeu dará à União os
ponderado: impulsos necessários ao seu desenvolvimento e definirá as
respectivas orientações pol í ticas gerais . »
3
í
w-

v
-I
•f
Alemanha, França, Itá lia , C- i l X -.

-i . Reino Unido 10 votos í\


] .. B. FUNCIONAMENTO
;
Espanha 8 votos
i .
Bélgica, Grécia, Países Baixos, Os Chefes de Estado e de Governo, aos quais se junta o
Portugal 5 votos presidente da Comissão, reú nem-se pelo menos duas vezes
> *
Suécia, Austria 4 votos &
: por ano. O Conselho Europeu aprova «conclusões » que
8 i
3 votos
, : -
>:. -
ú V /.:>.í

% ?;
i :
Dinamarca , Irlanda , Finl ândia I constituem o quadro de impulso para o Conselho de Minis - 1 ' •••
1 Luxemburgo 2 votos : tros e a Comissão. Não se trata de um órgão de decisão no
i r.
a -. í
! Total 87 votos :
sentido formal do Tratado, mas as suas conclusões , toma- 4.-
das geralmente por consenso, impõem-se às outras insti -
!
tuições. Lugar de arbitragem e de compromisso, o Conse-
-i -
i • O voto por maioria é um elemento essencial do sis - lho Europeu é muitas vezes chamado a resolver certas r - w»7*
'
tema comunitário
decisões , mesmo
de
que
decis
um
ão
n ú
. Permite
mero
que
limitado
se
de
chegue
Estados
a
;
quest
acordo
ões relativamente às quais não tinha sido possí vel o
dos ministros. ..1í
'
-
a
!i
!
IL. r 56 57
* :í
a :
i
f i
i
:
f
B. A ADMINISTRA ÇÃ O
A COMISS ÃO 1 - AS OUTRAS
i

r
i
!

i
INSTITUICÒ I S•> - O colégio apoia-se numa forte administração com 16 000
funcionários, que se consagram aos serviços de concepção
1

(nível A ), de execução (níveis B e C) e de tradu ção, repar-


i
uIS
1. A COMISSÃO j
tidos por 24 direcções-gerais. A maioria dos serviços encon- ;S|
:
; tra-se instalada em Bruxelas, com uma importante extensão !•

%
Em aplicação dos Tratados de fusão dos executivos, que j no Luxemburgo e gabinetes de representaçã o exterior em
entraram em vigor a 1 de Julho de 1967, a Comissão é o todas as capitais dos Estados membros. Os funcion ários
:
organismo comum às três Comunidades europeias: a comunitários estão submetidos a um estatuto que assegura a • : •

•<
CECA , a CEE e o EURATOM. Desde 1 de Novembro de sua independência relativamente aos Estados membros. r-

1993 tem o nome de Comissão da União Europeia. I


i

1 P.,
* !
! :

; ::
.
f
E
f

:
! A . O COLÉGIO í.
£
i
i
a. Os comissários i
i
?

— —
O colégio na União de quinze membros é formado
pelos 20 comissários (2 para a Alemanha, a França, a Itá lia,
m
j

;
'

o Reino Unido e a Espanha e 1 para cada um dos outros n r


:
países), os quais são nomeados de comum acordo pelos
Estados membros. Desde 1 de Janeiro de 1995, os membros
i

! da Comissão sã o nomeados por 5 anos, sendo submetidos • 1•


a um voto de investidura do Parlamento Europeu .
r-
*
b. Repartição das competências ;
B*r \ -
! !

C. ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
• O presidente é designado por unanimidade pelos :.
• " •

;• . .. ..
£.V
i . .•
a2 [ }? Avr
T '
. : :v.
'
'

Estados membros, antes de se submeter, com o conjunto do ? a. Iniciativa •


'
r;
-.-•••
=
colégio por si escolhido de acordo com os governos dos : A independê ncia da Comissão em relaçã o aos Estados i
;•
Estados membros, ao voto de investidura do Parlamento é um elemento-chave do sistema comunitário. Garante do L!
lí •
Europeu . Primus inter paris, exerce uma importante função interesse comum, a Comissão tem o monopólio da inicia- i;
> •£ vi:
de representação exterior. Participa no Conselho Europeu , ; tiva legislativa. Transmite as suas propostas de regulamen-
i

na cimeira do G7 (países mais industrializados), encontra : tos e de directivas ao Conselho e ao Parlamento. i


i
í i
regularmente o presidente dos Estados Unidos. Apresenta o 1

seu programa anual perante o Parlamento Europeu. - /\ v;..:-


b. Execução >i
: • Os comissários repartem entre si as diferentes «pas- !
i

V
tas » que correspondem às principais direcções-gerais da
Comissã o. L
A Comissã o dispõe de um poder regulamentar no qua-
dro das competê ncias que lhe sã o atribu ídas pelos Trata -
Wgyr. X A A A- A V
1 "
- ' -: v ";
'

V.

58 í4! ^ :=
]
I 59 ' !i
%
i % . • v -
í
- vACA
r
=;i
:
!
1

dos: executa o orçamento comunitário, gere a política agrí - b. Um organismo aberto ao exterior
cola, a política comercial , o mercado interno. Dispõe de | y.

fortes poderes na polí tica de concorrê ncia: autorização de


• Abertura às representações nacionais: a Comissão
V.
exerce as suas competê ncias em associaçã o com comités
acordos entre empresas, formação do capital de empresas compostos de representantes das administrações nacionais:
:
p ú blicas, etc. comités consultivos, comités de gestão e comités de regu- i
i
i
i lamentação. £
i c. Controlo • Abertura ao mundo económico e social: a Comissão
[ é informada das necessidades e dos projectos das empresas
\ A Comissão é a guardiã dos tratados . Dispõe de poderes i através dos diferentes gabinetes de representação das fir-
de sanção sobre as empresas que não respeitam a legislação ni
1
mas e dos consultores internacionais estabelecidos em Bru -
comunit ária no domí nio da livre concorrência. Pode pro- :
:= !

xelas. Consulta o Comité Econ ómico e Social da Comuni- :


-

j cessar um Estado ou outra instituição por não cumpri dade Europeia .


f
mento, omiss ão ou violação do Tratado.
• l
! i
3
Í
Á

!r ! <
i rí
i D, QUE «EUROCRACIA»? 2. AS OUTRAS INSTITUIÇÕES it
* *!
\I !•
.

i
•»
a. Um organismo técnico ou pol í tico?
1

J
i
í • Os Tratados de Roma e de Maastricht distinguem
• A Comissão tem competência para tomar muitas de- as « instituições» , peç as centrais do equil í brio comu - 14
. V

cisões de ordem técnica (mais de 6000 por ano). Essas : nitá rio, dos órg ã os especializados ou auxiliares que
> ‘. V

i
i

;
decisões
— nomeadamente as que respeitam aos mercados

agrícolas e ao mercado interno são tomadas pela Comis-
são em substituição das administrações nacionais, as quais,

participam apenas indirectamente no processo de deci-


são.
• O Conselho, o Parlamento e a Comissão colaboram
li
r
:

na sequê ncia de delegações de soberania, já não intervêm | com outras duas instituições: o Tribunal de Justiça e o L?
nestes domí nios. Tribunal de Contas.
• Mas as responsabilidades técnicas da Comissão não I
•f

4 J:. :
fazem dela uma administração mais tecnocrática do que
qualquer outra administraçã o nacional. Investida e contro- A. O TRIBUNAL DE JUSTIÇA
m
Irv
tf I
: i lada pelo Parlamento Europeu , a Comissão deve respeitar I i
imperativos de transparência e proximidade. A complexi- [ a Composição
:
i
#
J
dade do sistema de decisão comunitário e a transferê ncia de : i
competências servem muitas vezes de álibi para as catego- . Instalado no Luxemburgo, o Tribunal é composto por

^
*ii p®ts3f ííisf «c
1 :: ,

-
rias socioprofissionais interessadas denunciarem a « buro- ! 15 ju ízes, assistidos por 9 advogados gerais. São nomeados
cracia de Bruxelas». No entanto, esta exerce uma função de comum acordo pelos Estados membros por um per
insubstitu í vel na procura do interesse comum e na sua de 6 anos: é garantida a sua independ ência. O Tribunal de
i
íodo

capacidade para servir de intermediária entre os Estados Justi ça é assistido, desde 1988, por um Tribunal de Primeira
>

i! - membros para facilitar os compromissos. : Instâ ncia .


:• .
60 i
• .
5;
'
í
i I
*-
i

b. Papel í

l
l : '

Em virtude do artigo 164.° do Traiado da CEE, o Tri - !


PRINCIPAIS SEDES DAS INSTITUIÇÕES
! • bunal deve assegurar «o respeito do direito na interpretação :
E OUTROS ORGANISMOS DA UNIÃO
!
e aplicaçã o do Tratado». L
i
(DECIS Ã O DO CONSELHO EUROPEU DE 29 DE
.1
;V

• Recurso prejudicial (artigo 177.° do Tratado da CEE):


!

r OUTUBRO DE 1993 E TRATADO DE AMSTERDÃ O ) ri


;
d
quando uma jurisdição nacional tem d ú vidas quanto à va- Bruxelas Conselho de Ministros V
|

!
lidade ou à interpretação de uma norma comunitária. Este Comissão
r1

recurso tem como objectivo unificar a aplicação do direito Comité Económico e Social Li
•í

comunitário em toda a CEE. Comité das Regiões


Parlamento Europeu { grupos políticos e comissões )
• Função contenciosa: recurso de anulação por incom- !
;

petê ncia , v ício de forma , violação dos tratados ou desvio de Estrasburgo Parlamento Europeu ( sessões plenárias )
I poder de uma instituição.

r
?
t
-
Provedor de Justiça Europeu
l \
i • Recurso por omissão: sanciona a inacçao do Conse- r Luxemburgo Parlamento Europeu { Secretariado-Geral ) .> • .
lho ou da Comissã o na implementa ção de uma polí tica Conselho { Abril, Junho e Outubro )
í
prevista nos Tratados. .
Tribunal de Justiça e Tribunal de l a Instância
3
i Tribunal de Contas 1
?
l Banco Europeu de Investimento í; '3
!
r
B. O TRIBUNAL DE CONTAS V
r Frankfurt Instituto Monetário Europeu e Banco Cen- »;: . • . .
tral Europeu I

a . Composiçã o • :
v
i T . N Haia EUROPOL ( Serviço Europeu de Polícia ) ! *v ‘
"
!i
f : Criado pelo tratado financeiro de 22 de Julho de 1975, o * . \

. Copenhaga Ag ência Europeia do Ambiente 4


; Tribunal de Contas é elevado ao nível de instituição pelo
Tratado de Maastricht. Compõe-se de 15 membros nomea- Malaga Ag ência Europeia de Marcas i :•
..
dos por 6 anos pelo Conselho, após consulta do Parlamento.
• •:
r S\
Bilbau Ag ência para a Saúde e Segurança no Trabalho
1í :. K \
*
í
Salónica Centro Europeu para o Desenvolvimento da
b. Papel ; Formação Profissional r
-
-
1
i
i

O Tribunal examina as contas da totalidade das receitas


;

Turim Fundação Europeia para a Formação


í &
fc‘ •:r ;

v SP®
e despesas da Comunidade e de qualquer organismo por ela ?

; -. V- - •

:
criado. Assiste o Parlamento e o Conselho no exercício da Dublin Fundação Europeia para a Melhoria das Condi - !
i

1
--
;
sua fun ção de controlo da execução do orçamento. ções de Vida e de Trabalho e Instituto de Ins
pecção e ' Fiscalização Veterinária e Fitos sani x-'

; V í O w i v l i í.
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r tária
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. mmi.Mi
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..
7
v C. OS ÓRG ÃOS DA UNI Ã O !
Alicante Instituto de Harmonização do Mercado Interno
i
:
•:

a . O Comité Económico e Social Florença Instituto Universitário Europeu


3
. : V; . !

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í • i
: Formado por 222 membros (12 para Portugal) nomea - ;
Lisboa Observatório Europeu da Droga e Toxicodepen-
- E ;i---
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dos por 4 anos pelo Conselho, é composto por representan - dência j

v •! >r?• : .
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1
: K
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tes dos meios profissionais e da vida econ ómica e social. i A. DESENVOLVIMENTO REGIONAL ?

ii i É consultado pelo Conselho e pela Comissão antes da apro- a. Os objectivos •?


I
s: -
vação de certos actos comunit ários. Os seus pareceres não
'
1
::I . t.
i . O desequilí brio regional entre o Norte e o Sul e entre as
!
são vinculativos.
zonas centrais e as perif éricas da União constitui um obs- &
táculo à convergência económica. Este desfasamento au -
V

b. O Banco Europeu de Investimento (BEI) !


mentou com a adesão de países como a Irlanda e o Reino *•

Unido, em 1972, a Grécia, em 1981 , a Espanha e Portugal,


Financia , a partir de capitais recolhidos nos mercados ; em 1986. O preâ mbulo do Tratado de Roma fixa como ív
KV *• • .
-
mundiais, projectos estruturais ( infra estruturas e ind ú s- objectivo «assegurar o desenvolvimento harmonioso pela
r'

\
trias) nos Estados membros e em certos Estados terceiros. í
redução das desigualdades entre as diferentes regiões e do
atraso das menos favorecidas ». W
c. Banco Central Europeu ! ;

i ; v b. As realidades a•
Previsto pelo Tratado de Maastricht, o Banco Central [ :

5 irá gerir com total independê ncia a União Econ ómica e
i
f Cerca de 20 % da populaçã o da União vive em zonas i
- .
*
i

T
Monetária. A sua activação corresponde à terceira fase da onde o rendimento por habitante é inferior a 75 % da média
comunitária. A União Aduaneira contribuiu, em parte, para
5
i
UEM. O instituto Monetário Europeu , instalado em Fran-
1
r
: i 1 V
r
coforte desde 1994 , constitui o embriã o do futuro BCE. acentuar os desequilí brios regionais ao favorecer a concen-
1 traçã o econó mica nas zonas mais bem dotadas em termos : li v‘
:•
.

7
- v -
de vantagens naturais , de mão-de-obra qualificada, de redes L2

i1
; -
d. Comité das Regiões : de transportes ou de fixaçã o de capital.
'’. ÇS V:

! f-

í .
i : :
!

'
Composto por 220 representantes das autarquias regio-
nais e locais ( 12 para Portugal ), nomeados pelo Conselho, c* As acções comunitá rias r ^ - .V.

{
í
i:
sob proposta dos Estados membros, por um per íodo de 4 : • O FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento I
i •• ?
.• •

.
••

anos Poder consultivo. Regional ) foi fundado em 1975. Desde a sua criação, ~

I
1 1
: 24 000 milhões de ecus foram concedidos pelo orçamento iW
m
comunitário às regiões desfavorecidas.
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m
1, -
i
'

11-
:•
'

AS POL Í TICAS COMUNS


i
• Os fundos estruturais (FEDER, Fundo de Orientação
Agrícola , Fundo Social) intervêm, desde a reforma de 1988 /
em benef ício de três tipos de regiões:
r

p
* 3

•:

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-
í '
:-

———
-
.

1
!
Regiões com atraso de desenvolvimento (objectivo 1 ); i p v ÍSS
Regi ões industriais em decl í nio (objectivo 2) ;

i
p Av 7: ;

l 1. AS POLÍTICAS DE SOLIDARIEDADE Zonas rurais (objectivo 5 ). . r.


I: Contrapartidas necessárias à livre circulação dos bens,
-
j ;n
•O financiamento decidido no Conselho Europeu de
i.
r -: Hl
dos serviços e dos capitais na União Europeia, as polí ticas
de solidariedade visam favorecer o desenvolvimento har-
i Edimburgo (Dezembro de 1992) estima em 176 000 mi-
lhões de ecus o volume das acções estruturais para o pe-
:

TITST
JtesSMssi
monioso dos factores de produçã o e igualizar as condições ríodo de 1993-99. A Espanha, a Grécia , Portugal e a Irlanda
JÍpl§ÉíÉS
;

li
de concorrê ncia .
i
beneficiarão de perto da metade dessas somas. ,
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semprego. O Conselho Europeu Extraordinário do Luxem -


burgo ( 20 e 21 de Novembro ) ocupou- se especificamente
das medidas a tomar sobre esta questão de interesse co-
mum. ;j

B. A POLÍTICA SOCIAL
a, O Tratado de Roma
• O Tratado de Roma previa que o melhoramento das I
>

condições de vida e de trabalho, bem como a harmonização


dos diferentes sistemas sociais, deveriam resultar , antes
de mais , do próprio funcionamento do mercado comum. \

A crise económica e social que assola a Europa levou os


governos a tomarem medidas mais voluntaristas.
• O Fundo Social Europeu (FSE) foi criado em 1960,
tendo sido várias vezes alterado. As suas intervenções con-
;
centram-se sobre os desempregados de longa dura ção e
sobre os jovens à procura do primeiro emprego. -N -i
y"

b. O Tratado de Maastricht
• A Cárta Europeia dos Direitos Sociais Fundamentais,
adoptada pelo Conselho Europeu de Estrasburgo a 9 de
Dezembro de 1989, define um programa de acção desti- jA -* - , . '

ft..

nado a aprofundar a dimensão social do mercado interno.


.
O Tratado de Maastricht consagra a maior parte desses
;

ft
.

objectivos. ( O Tratado de Amsterdão incluiu o capítulo :r


:;K
social que o Reino Unido tinha recusado subscrever em . I
?

Maastricht. É uma consequência da mudança resultante dã


eleição do Governo trabalhista que, assim , dá um impulso % y y y y^ y
à Europa Social.) ' _ -
• O livro branco da Comissão sobre o Crescimento, a t
tt - Competitividade e o Emprego, adoptado no Conselho Eu-
ropeu de Bruxelas de Dezembro de 1993, propõe uma série

. £

:
j
= a m
í * i
2. AS POLÍTICAS COMUNS MM y
i
? •
de grandes obras no domínio dos transportes e comunica-
ções destinadas a relançar o crescimento.
• O Tratado de Amsterdão inclui um novo capítulo
sobre emprego, visando dotar a UE de competências para
A. A POLÍTICA AGR ÍCOLA COMUM (PAC)
A PAC é a mais antiga e mais integrada das políticas :
*
X
mmHl \T1V
(Sa

;


• fazer frente ao grave problema económico e social do de -
comuns. A Comissão, sustentada pela França, desempe- i liilii»
5’ i i :

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I i. . - 66 67 t* .

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.
i

nhou um papel determinante na sua criação e desenvolvi- mas-quadros quinquenais que fixam as respectivas priori-
mento. dades:
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-
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.
:
— ESPRIT ( tecnologia da informação); * >
i
rr-
5;

a. Os princí pios — RACE (tecnologia das comunicações);


-

———
ÍV :
ír. -
Ambiente.;
: r
• Unidade dos mercados: liberdade de trocas de pro- Ciêncbs e tecnologias da vida;
P. .

dutos agrícolas, harmonização dos regulamentos sanitários e E


g
veteriná rios, regras comuns de gestão, preços comuns. Tecnologias energé ticas; *. -
— Prevenção e segurança nucleares;
':
1 ••

l
• Preferência comunitária: direitos aduaneiros aplica-
dos às importações dos países exteriores à CEE.
• Solidariedade financeira: a secção «Garantia» do
— Fusão termonuclear controlada. !

.?
1
$
&
»s*
b. O financiamento
? i
FEOGA (Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agr íco- ’ È; ::
K
i las) tem a seu cargo as despesas necessárias às organizações
comuns do mercado (cerca de 50 % do orçamento da Uni ão
O programa proposto pela Comissão para o período de
1994-98 implica um montante de 13 000 milhões de ecus . \
I
SV;
‘m
r
.
em 1994). A polí tica comunitária de investigação completa os esfor- ?!
i ços nacionais, concentrando-se sobre certos sectores estra- Fr - :
'

b. Os resultados tégicos para o futuro europeu. li h: H .


"

i .
;
• Segurança dos aprovisionamentos para os consumidores; !J F -
vi-

• Garantia de preços compensadores para os produtores; C. O AMBIENTE ii-r/ :


B
"
T

• Modernização da profissão agrícola.



:
!
i
ri Criada em 1982, a política europeia do ambiente figura i &-
m
li
c. As reformas no Acto Ú nico de 1987 com base nos princípios seguintes: I-
i
H" - 1’

! '

acçã o preventiva, consideraçã o das exigê ncias em matéria


• A sobreprodução observada no início dos anos 80, ao -
.
implicar excedentes estruturais custosos, implica também
de ambiente nas outras pol í ticas da Comunidade. O Tratado
de Maastricht alarga as competê ncias do Parlamento Euro-
fc
;
"

• *í -
7

. - •

; i
uma polí tica de preços mais prudente e medidas de restri -
ção da produção: terras em pousio, quotas , etc.
peu em matéria de ambiente, por via do processo de co-
f
:
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'
- _
-decisão. MkWym
• A reforma de Junho de 1992 visa aproximar progres- «

Principais domínios de acçã o da Uniã o Europeia: m


m
sivamente os preços europeus dos preços mundiais, prote-
'

:!
: ger o ambiente e inserir a agricultura europeia no mercado
.
s
{
;

mundial (acordo do GATT, incluindo a agricultura, assi -


'
!
— Polui
Poluição atmosf érica;

r
nado em Marráquexe em Abril de 1994). —
detritos;
ção das águas, eliminaçã o e tratamento dos
•j fitei
!5 V..
;
. 1 i — Riscos industriais;
í !

i :

B . A INVESTIGAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO :
— Ru Biotecnologia; '
fe ' - -

r
:

a . Os programas — ído. \
I

-!
A partir de 1986 , os diferentes projectos de pes-
quisa financiados pela CEE são agrupados em progra- !
:
i

68 69 :5
iMÈKgíÊ mÊã

. •

.- - r. • - v -F- Fj :-. > "


;
í i:
O MERCADO UNICO — Tradu ção jurídica do livro branco, o Acto Único
Europeu é assinado em Fevereiro de 1986 e entra em vigor
t.
h a 1 de Julho de 1987. Prevê:
• íi!

1. A REALIZAÇAO DO OBJECTIVO — A extensão das competências comunitárias a novas


polí ticas (social, investigação, ambiente);
i
? 1993 — O estabelecimento progressivo do mercado interno
no decurso de um período que expiraria a 31 de Dezembro
A. REALIZAÇÃO DO GRANDE MERCADO ÚNICO de 1992;
a. Os limites do Mercado Comum — O uso mais frequente do voto por maioria no Com
selho de Ministros.
• O Tratado de 25 de Março de 1957, que instituiu a
Comunidade Económica Europeia , permitiu a supressão das
barreiras aduaneiras intracomunitárias e o estabelecimento B. O BALANÇO DO MERCADO Ú NICO
i
de uma pauta aduaneira comum em relação aos países fora a. Os entraves físicos
da CEE. Este objective foi atingido a 1 de Julho de 1968.
• Mas os direitos aduaneiros são apenas um aspecto do • Todos os controlos sobre as mercadorias foram supri-
\ '

midos nas fronteiras intracomunitá rias, bem como os


í proteccionismo. Outros entraves às trocas impediram, nos
i
controlos aduaneiros sobre as pessoas.
t- anos 70, a completa realização do Mercado Comum. As
:

especificações técnicas , as normas de sa úde e de segurança, • Os controlos policiais (luta contra a criminalidade e r
a droga) subsistem pontualmente. A Convenção de Schen-
a regulamentaçã o nacional respeitante ao exercício das pro-
gen, conclu ída em Junho de 1985 entre nove dos doze
fissões, bem como o controlo dos câmbios, restringiam a !
»
J
I
livre circulação das pessoas, das mercadorias e dos capitais. Estados membros (o Reino Unido, a Dinamarca e a Irlanda
;

:U não o assinaram), organiza a cooperação policial, assim


:
ÊF 1
, como uma política de asilo e de imigração comum, de
; b* O objectivo 1993 forma a tomar possível a abolição total dos controlos de 1? !i
!•

íEi ?
! 1 • O livro branco: o presidente da Comissã o, Jacques pessoas nas fronteiras intracomunitárias. í ír
l!
f ;
Delors, torna pú blico, em Junho de 1985, um livro branco !i •
>

:
que prevê a supressão, em 7 anos, de todos os entraves b. Os entraves técnicos
físicosf técnicos e fiscais à livre circulação no espaço da
í Comunidade. O seu objectivo é aumentar as possibilidades
• Os Doze adoptaram, para a maior parte dos produtos,
; o princípio de reconhecimento mutuo das regulamentações
de expansã o industrial e comercial no interior de um grande i
nacionais. Qualquer produto legalmente fabricado e comer-
espaço económico unificado, à dimensão do grande merca - cializado num Estado membro deve poder ser colocado no
í.

- do americano.
: r
i } mercado de qualquer outro Estado membro.
• O calendário e o método: • A liberalização do sector de serviços é conseguida
!; : — O Conselho Europeu de Milão de 29 de Junho de
1985 aprova o livro branco, que comporta 280 medidas
graças ao reconhecimento mú tuo ou à coordenaçã o das
regulamentações nacionais de acesso ou de exercício de
;

: ( directivas comunitá rias) necessá rias para suprimir os certas profissões ( advogados , médicos, turismo , bancos, !
!: controlos nas fronteiras. seguros...).
i
70 71 1:
í
1
:
í
!
>

c. Os entraves fiscais para as infra-estruturas dos transportes, das telecomunica-


Í-: ções e da energia.
rr Foram reduzidos graças à harmonização das taxas de
IVA, mas a fiscalidade sobre os rendimentos dos capitais e
o volume de negócios não se encontra ainda harmonizada. b. As realizações
A actividade da Comunidade concentrou-se sobre a li-
d. Mercados públicos vre prestação de serviços no domí nio dos transportes ter-
restres, nomeadamente o livre acesso ao mercado dos trans-
Concluídos em nome das administrações à escala cen - portes internacionais e das actividades de cabotagem, ou
tral , regional ou local, representam 10 % do PIB comuni-
tário. São agora objecto de uma concorrência em todo o seja a admissão de transportadores não residentes no mer-
territ ório da União, graças às directivas sobre a adjudicação cado dos transportes nacionais de um Estado membro.
dos mercados p ú blicos de serviços, de fornecimentos e de • Foram tomadas decisões para harmonizar as condi-
obras p ú blicas , incluindo em sectores tais como a água ções de concorrência para os transportes rodoviários, no-
potá vel , a energia e as telecomunicações. meadamente as condições de acesso à profissão e ao mer-
cado, a liberdade de estabelecimento e de prestaçã o de
serviços, os tempos de condu ção e a segurança.
s
2. AS POLÍTICAS DE ACOMPANHAMENTO • A política comum dos transportes aéreos deve enfren-
tar os efeitos da desregulamentação do transporte aéreo ame-
DO MERCADO ÚNICO ricano: a liberalização do céu europeu efectua -se por etapas
e incide sobre uma partilha mais flex ível das capacidades
A . OS TRANSPORTES entre grandes companhias, o acesso recíproco aos mercados
a. Uma activação tardia e a liberdade de fixação das tarifas, acrescentada de cláusulas
?:= - }
de salvaguarda para tomar em consideração as obrigações do
> \
f
• A política comum dos transportes, prevista no artigo serviço pú blico e os imperativos da ordenação do território.
í 75.° do Tratado da CEE, correponde a uma dupla função: a
i de eliminar todas as discrimina ções e disparidades em ma -
• Os transportes marítimos estão submetidos às regras
de concorrê ncia que se aplicam tanto aos armadores euro-
téria de política de transportes nos Estados membros , e que
peus como àqueles que navegam sob o pavilh ão de pa íses
i entravam o funcionamento do Mercado Comum, e a de criar,
terceiros. Estas regras tentam controlar as prá ticas tarif árias
nesses sectores, um mercado comum de transportes que
assegure uma verdadeira liberdade de prestação de serviços. desleais ( bandeiras de conveniência), mas igualmente fazer
face às graves dificuldades que atingem a ind ú stria de
Y • Esta política comunitária progrediu muito lentamente. construçã o e reparaçã o naval da Europa.
Assim, o Tribunal de Justiça, a 22 de Maio de 1985, com
i:
base num recurso por omissão introduzido pelo Parlamento
!i ‘ '

Europeu , condenou o Conselho por n ão ter satisfeito as B. A CONCORR ÊNCIA


; ;
exigências do Tratado. A assinatura do Acto Ú nico, em
a. A base jurídica : os artigos 85*° e 86.° do Tratado
1986, e a perspectiva da supressão das fronteiras intraco- da CEE
?!
munitárias , em 1993, deram a essa política um novo im-
ít pulso, confirmado pelo Tratado de Maastricht, que, nomea - Presente no Tratado de Roma, a política comunitária da
i damente, consagrou a importância das redes transeuropeias concorrência é o corolá rio indispensá vel da aplicação das

72 73
;

regras de liberdade de trocas comerciais no seio do mercado A Europa beneficia, nos anos 60, graças ao sistema de
i
5 interno europeu. E aplicada pela Comissão Europeia, que é, câmbios fixos instaurado pelos acordos de Bretton Woods, de
;
.!
sob controlo do Tribunal de Justiça, o seu ú nico garante. estabilidade monetária. Esta estabilidade levou os então seis
. 3
3 O princípio dessa política é evitar que qualquer acordo Estados membros da CEE a comprometerem-se, em 1970, na
r via do plano Wemer, que deveria levar à UEM em 1980.
entre empresas, qualquer ajuda p ú blica ou monopólio
r abusivo falseiem o livre jogo da concorrência no seio do
Mercado Comum. Numerosas excepções são no entanto b. A crise monetária de 1971 e o nascimento
previstás (para acordos de investigaçã o e desenvolvimento, da «serpente»
PME, ajudas de finalidade regional, etc.).
-
Na sequê ncia da decisão norte americana de suprimir a
relação fixa entre o d ólar e o padrão-ouro, a crise põe fim ao
í b. A activaçao sistema de taxas de câ mbio fixas. Os governadores dos ban-
• Qualquer acordo q úe caia sob a alçada das regras do cos centrais da CEE decidem reduzir a 2,25 % as margens de
Tratado é objecto de uma notificaçã o junto da Comissão Eu- flutuaçã o entre as moedas comunitárias e o dólar. A «ser-
ropeia, que pode impor directamente uma multa para empre- pente» monetária é reforçada, a 3 de Abril de 1973, com a
c : sas que não respeitem a sua decisão, ou que não tenham criação do FECOM (Fundo Europeu de Cooperação Mone -
li j procedido à notificação. No que respeita às ajudas não no- tária). No entanto, o choque petrol ífero de 1973 e a recessão
tificadas ou ilegais, a Comissão pode exigir o seu reembolso. que se lhe segue enfraquecem o sistema, que só vem a
• Qualquer concentração de empresas que possa criar consolidar-se na sequ ência da decisão, tomada em Brema em
v
uma situação de abuso de posiçã o dominante ( mais de 20 % Julho de 1978, de criar o Sistema Monetário Europeu.
do mercado comunit á rio) deve ser notificada à Comissão.
f
c: c. O funcionamento do SME
ii :!
• t. :
ni
. ?
i
í
Entrado em vigor a 13 de Março de 1979, o SME
í;
i

D
repousa sobre três elementos:
A UNI AO ECONOMIC A
*
T
E MONET Á RIA ( UEM )
• O ecu: cabaz composto pelas moedas de todos os
i
Estados membros. O ecu é a unidade de conta no meca-
nismo de câ mbio; serve de base para o estabelecimento dos
|
1. AS FASES HISTÓRICAS DA indicadores de divergê ncia; é o denominador nos meca-
nismos de intervenção e de crédito; serve como meio
I.
COOPERAÇÃO MONETÁRIA de regulação entre as autoridades monet á rias dos Estados,
? ;
!i!
- :
.
A O SISTEMA MONETÁRIO EUROPEU • Os mecanismos de câmbio: cada moeda tem um valor
de referência ligado ao ecu. São permitidas margens de
i

!
r:
a. O Tratado de Roma (1957) flutuação de 2,25 % para cima ou para baixo do valor
!
:
i;
médio. Quando um « limiar de divergê ncia» é franqueado
í

Não prevê uniã o económica e monetária enquanto tal,


mas já enuncia os princípios relativos à coordenação das por uma moeda, as autoridades monetárias devem intervir.
n i
.
políticas monet á rias, conjunturais e macroeconómícas en- • Os mecanismos de crédito: os Estados transferem
tre os Estados membros. para o FECOM 20 % das suas reservas de divisas e de ouro.
::
}
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74 75

u
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!
r
i •
f
• .
B. DO SME À UEM • O aumento dos meios destinados a corrigir os í
i
desequil í brios entre as regiões europeias (fundos estrutu-
.

i .. a. Os limites do SME perante a crise económica dos


rais); I.
anos 80 i

?
i: '
• A convergência económica , através da vigilância i
• Os realinhamentos sucessivos e o reforço de certos multilateral das políticas económicas dos Estados.
mecanismos (acordos de Bâle-Nyborg em Setembro de i
1987) permitem, até ao início dos anos 90, um bom fun - b. Fase II. Novas estruturas i

cionamento do SME. A CEE constitui uma zona de esta- :

bilidade monetá ria propícia ao desenvolvimento econó- A segunda fase iniciou-se a 1 de Janeiro de 1994: »

mico. • Criação do Instituto Monetário Europeu em Franco- i

forte. O IME é composto pelos governadores dos bancos


i
!
• A' crise económica e a reunificação alemã acarretam, centrais da União;
a partir de 1990, uma subida das taxas de juro. O marco
fortalece-se e a lira e a libra abandonam o SME em 1992. • Independência dos bancos centrais nacionais;
Em Agosto de 1993, os Estados membros do SME decidem • Regulamentação da proibição dos défices orçamen-
alargar temporariamente as margens de flutuação para 15 %. tais excessivos. .
i

c. Fase m. Transferência das responsabilidades


\
i; b. O Plano Delors
• O Tratado de Maastricht prevê a passagem à união
• O relançamento da UEM concretiza-se pela adopção, monetária no início de 1997, ou, o mais tardar, a 1 de
ii '•
em Junho de 1989, pelo Conselho Europeu de Madrid , do Janeiro de 1999 para os Estados que satisfaçam os critérios
relatório Delors, propondo um plano em três etapas, asso- de convergência .
ciando o monet ário ao económico.
ur • A 10 de Dezembro de 1991, os Chefes de Estado e de
• A terceira fase implica a fixação irrevogável das taxas
de câmbio e o estabelecimento da moeda ú nica.
í

! Governo celebram em Maastricht o Tratado sobre a UEM. I


:

B. OS CRITÉRIOS DE CONVERG ÊNCIA

r; ;
2. A UNI ÃO ECONÓMICA As condições de passagem à terceira fase encontram se - S

fixadas num protocolo que enumera quatro critérios de ! '

|: : E MONETÁRIA SEGUNDO ,

converg ência:
r-

O TRATADO DE MAASTRICHT L

ii .7 • Estabilidade dos preços: a taxa de inflação não pode


Si ; ultrapassar em mais de 1 ,5 % a média dos três Estados com
A . AS TR ÊS FASES
] •

a inflação mais baixa;


a. Fase i. Coordenação e liberaliza ção financeira
• Taxas de juro: as taxas de juro a longo termo não $( •

A primeira fase iniciou -se a 1 de Julho de 1990. podem variar mais de 2 % em relação à m édia das taxas dos X
;

;• .
Engloba: três Estados com as taxas mais baixas;
i-
• A liberdade total de circulação dos capitais na União • Défices: o défice pú blico nacional deve ser inferior a í
(fim do controlo dos câmbios); 3 % do PIB; a d ívida pú blica não pode exceder 60 % do PIB;
i
3 V
{
'

;
;
76 77 i
i
f.
.

• Estabilidade monetária: as taxas de câmbio deverão 1981 • (1 de Janeiro) Passagem da Europa dos Nove à dos •:
Dez, com a entrada da Grécia na Comunidade.
i
i? : ter-se mantido na margem de flutuação autorizada durante I-

! ! í
os dois anos precedentes. 1986 • (1 de Janeiro) Entrada oficial da Espanha e de
i: Portugal na Comunidade Europeia. 5'
;
.
\ * C. O PACTO DE ESTABILIDADE • (17-18 de Fevereiro) Assinatura, no Luxemburgo, i

do Acto Único Europeu . t


!
1990 • (3 de Novembro) Unificação alemã.
!
O Conselho Europeu de Amsterdão ( 16 e 17 de Junho
de 1997 ) aprovou um Pacto de Estabilidade, completado 1991 • ( 9 - 10 de Dezembro ) Conselho Europeu de L

por uma Resolução sobre o Crescimento e o Emprego, ten- Maastricht.


1 dentes a definir as obrigações dos Estados membros nos 1992 • (7 de Fevereiro) Assinatura do Tratado da União,
:
: domínios macroeconómico e orçamental após a passagem em Maastricht.
à moeda única, de modo a não comprometer as disciplinas • (20 de Setembro) Aprovação em França, por refe-
f
visadas pelos critérios de converg ência. rendo, do Tratado de Maastricht (51,04 %).
- 3993 • (1 de Janeiro) Entrada em vigor do Mercado Único.

Em aberto está agora a questão do «governo econó


mico» da União , da regulação e controlo democráticos da • (1 de Novembro) Entrada em vigor do Tratado de
economia depois da passagem ao euro , com perda de pode - Maastricht.
res dos Estados membros. 1994 • (1 de Janeiro) Criação do Instituto Monetá rio Eu- .

S ' 1

ropeu segunda fase da UEM.
• (9-12 de Junho) Quarta eleição do Parlamento
Europeu por sufrágio universal.
Ir
i.

'

- A: CRONOLOGIA DA CONSTRU ÇÃ O • (24-25 de Junho) Conselho Europeu de Corfu.


í -

I- EUROPEIA • Assinatura dos actos de adesão à União Europeia


i da Á ustria, da Finl â ndia, da Suécia e da Noruega.
i:
*
:
1950 • (9 de Maio) Plano Schuman fundando a CECA. • (28 de Novembro) Rejeição, por referendo, da f
:r

adesã o da Noruega.
: -i
1957 • (25 de Março) Assinatura, em Roma, dos Tratados 1995 • (1 de Janeiro) Entrada oficial de Á ustria, da Finlân- ;
i •

que instituem a CEE e o EURATOM.




; • • I:
dia e da Suécia na Uni ão Europeia.
it • . 1969 • (1 -2 de Dezembro) Cimeira de Haia. Adopção do • (18 de Janeiro) Investidura, por cinco anos, da 5,
tríptico «acabamento, aprofundamento, alargamen- Comissão da União Europeia, após o voto do Par-
to ». lamento Europeu.
1972 • (22 de Janeiro) Assinatura, em Bruxelas, dos trata- • (26 de Março) Entrada em vigor, entre sete Esta-
dos de adesão dos novos membros da CEE (Dina- dos, da Convençã o de Schengen. 1 '

i
marca, Reino Unido, Irlanda, Noruega). • (26-27 de Junho) Conselho Europeu em Cannes.
1974 • Criação do Conselho Europeu. • (5 de Dezembro) Relatório do Grupo de Reflexão K
1975 • (28 de Fevereiro) Assinatura, em Lomé, de uma sobre a Conferência Intergovemamental para Revi-
i -;
fI: !
! Conven ção (Lomé I) entre a Comunidade e 46 são dos Tratados (CIG). i
!. :
Estados da África, Caraí bas e Pacífico ( ACP). • (15-16 de Dezembro) Conselho Europeu de Madrid
^: 1979 • ( 13 de Março) Entrada em funcionamento do SME. que marcou a data de início da CIG e definiu o i
:
• (7-10 de Junho) primeira eleição, por sufrágio uni- calend ário para a passagem à moeda ú nica em 1 de f
i
í versal, dos 410 membros do Parlamento Europeu. Janeiro de 1999. t.
í:


78 79 f
I-
q
;

\
1996 • ( 29 de Março) Conselho Europeu de Turim que
! £b; fixou a agenda da CIG.
• (5 de Dezembro) Projecto de Tratado apresentado
BIBLIOGRAFIA .

i
pela presidência irlandesa. 1. Tratados
!: i
• (6-7 de Dezembro) Conselho Europeu de Dublim
II, que aprovou o «Pacto de Estabilidade » para a
passagem ao euro.

Das várias edições portuguesas, a mais acessível é a da In -
teuropa Associação Portuguesa para o Estudo da Integração
Europeia, desde que actualizada. Recomendá vel é, ainda, a edi-
ção abreviada do Serviço de Publicações Oficiais das CE.
í

1997 • ( 16 - 17 de Junho ) Conselho Europeu de Amsterdão


i
que aprovou o novo Tratado e a versão final do
Pacto de Estabilidade. -
2. Obras de carácter histórico político i

• ( 2 de Outubro ) Assinatura do Tratado de Amsterdão. • Allan M. Williams, A Comunidade Europeia. AJ Contradi


ções do Processo de Integração, Celta Editora, Oeiras, 1992.
- V

i • ( 20 -21 de Novembro ) Conselho Europeu Extraor - • A Europa após Maastricht , Imprensa Nacional , Lisboa, 1992.
!j dinário sobre o emprego . í.

?
. • «Portugal e a integraçã o europeia: balanço e perspectivas»,
in Análise Social , n. !18-119, vol . xxvu, Lisboa , 1992. (

• Francisco Lucas Pires, O Que É Europa, prefácio de Eduardo


4
'
r
SUGESTÕES DE LEITURA Lourenço, Difusão Cultural , Lisboa, 1994. I
• Idem, Tratados que Instituem a Comunidade e a União !'
1
BOURLANGES , Jean-Louis, Le Diable est-il européen? t Paris, Europeias, Editorial Notícias, Lisboa , 1994.
Stock , 1992, 183 pp. • Idem, Portugal e o Futuro da União Europeia. Sobre a Revi- 5.
BUCHAN, David, Europe, T étrange superpuissance, Apogee, são dos Tratados em 1996 , Difusão Cultural, Lisboa, 1995,
I Nft - 1993, 206 pp. >

-
BURBAN, Jean Louis, Le Parlement européen, Paris, PUF, 3. Publicações oficiais
col. « Que sais-je?», n .° 858, 1991. ] '

;s
Í
•i v
li!
:
*

DELORS , Jacques , 1992


245 pp.
— Le D éfi , Paris, Fiammarion, 1989,
,
• —
Compreender Maastricht o Tratado da União Europeia ,
Secretariado Europa, Lisboa, 1992.
í*
í
y
.
FONTAINE, Pascal, UUnion Européerme, Paris, Ed du Seuil , • Jean Victor Louis, A Ordem Jurídica Comunitária, Serviço de
Publicações Oficiais das CE, 5.a edição, Luxemburgo, 1994.
;

col. « Points Essais », 1994, 240 pp.


I l :; i -> FRIES, Fabrice, Les Grands débats européens, Paris, Ed. du \ -

é ;; Seuil, 1995, 529 pp. 4. Obras jurídicas


r.
fm GERBET, Pierre, La Construction de VEurope , Notre siècle, • João Caupers, Introdução ao Direito Comunitário, AAFDL, ’
:
1994, 538 pp.
1

Lisboa, 1988 (Sumários).


-
GERBET, Pierre, La Naissance du Marché commun Com , - • Ana Maria Guerra Martins, Direito Comunitário, LEX , Lis-'
. •

I
i
plexes, 1987, 189 pp. boa, 1994 (Sumá rios).
MONNET, Jean, Mémoires , Paris , Le Livre de Poche, 1990, •
i

:
Jo ã o Mota Campos, Direito Comunit ário , Funda çã o !
t.
I !£ ; ? 800 pp. Gulbenkian, Lisboa (4 volumes).
!K TOULEMON , Robert, La Construction européenne , Paris, Le
í
F-
-
Livre de Poche, 1994, 286 pp.
t :
5. Revisão do Tratado da União Europeia í.
•:
i
í:
"

VEurope des communautês, Paris , La Documentation Fran - • Relatório do Grupo de Reflexão, 5 de Dezembro de 1995.
çaise, 1992. 7

« L’Europe dans le monde », in Cahiers français , 257, Setem - • Curso de Estudos Europeus, A Revisão do Tratado da União 1
rL
,
Europeia , Almedina, Coimbra , 1996.

*

?
3' bro de 1992. y.
Ã
« L’Europe économique » , in Cahiers français, 264, Fevereiro
• Tratado de Amsterdão Versão Final, Secretariado-Geral
do Conselho, Bruxelas, Agosto de 1997.
de 1994 .
= i;
80 81
: í • 5

a
i

ORGANISMOS DE INFORMAÇÃ O EUROPEIA —


CDE Universidade de Évora CDE — Universidade Lusíada
-
i

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•r

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Vi
1

f $
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3
CIE
— Comissão de Coordenação da Re-
giã o do Algarve
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Centro Cultural de Belé m
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CDE Universidade Cat ólica Portuguesa
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iii

- Fax: (089) 80 35 91
-
E mail: sabino@ccr- alg.pt
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1
CDE — Universidade Técnica de Lisboa
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Faculdade de Direito

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; V-
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i :-
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4300 PORTO
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!k Tel. (01 ) 383 36 24 i
4710 BRAGA Fax: (039) 339 29 Fax: (02) 548 79 72
E-mail: cdeuc@cygnus.ci.uc.pt
.
Tels (053) 67 63 76 / 60 42 28
- _
Fax: (01 ) 385 68 81
E mail: CDE UNL@feunl.fe. unl. pt
E-mail: cde@ por.ulusiada.pt ! -
Fax: (053) 676 375
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CDE Universidade da Beira Interior
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— Universidade de Lisboa CDE —Universidade Católica Portuguesa
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i-
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CDE

Branco
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nas
Estrada do Sineiro
6200 COVILH Ã
Alameda das Universidades
versitária —
Edif ício da Faculdade de Direito
Cidade Uni-
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4150 PORTO
Tel. (02) 618 02 36
Tels. (075) 31 42 07 / 32 77 70 / 32 77 71 1600 LISBOA Fax: (02) 610 16 18
?
6000 CASTELO BRANCO
Fax: (075) 310 16 01 Tel. (01 ) 793 15 66 E- mail: ajcc@ porto.ucp.pt
Tel. (072) 330 06 00
Fax: (072) 330 06 02 E- mail: cde.ubi@ ubi.pt Fax: (01) 793 15 66 r
r i
E- mail: ipcbsc@ telepac pt . E- mail: maria.leal@ reitoria . ul.pt
i *
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.
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CENTROS DE INFORMAÇÃO E ANIMAÇÃO RURAL (CIRs)
(também conhecidos como « Carrefours » , estão mais vocaciona-

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!

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.
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lí -: '

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ria de Bragan ç a
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Quinta de Santa Apolónia Rua Actor Nascimento Fernandes, 26, 3." Fax: (01 ) 364 67 86
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5300 BRAGANÇA Tels. (089) 250 63 / 250 32 Eurogabinete Comissã o de Coordena-
Website: http:// www.aip.pt i.
Tels. (073) 330 33 07 / 330 32 82 Fax: (089) 271 75 ção da Região do Algarve
E mail: inloco@ mail.telepac. pt
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Fax: (073) 33 1 6 83 / 254 05
-
E mail: cirbrdgn@ mail.ipb.pt
Praça da Liberdade, 2
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Eurogabinete Câmara de Comércio e

CIR do Oeste
— Centro Europeu de Infor-

CIR de Mé rtola Associação de Defesa
.
Td (089) 80 27 09
Fax: (089) 80 66 87 / 80 35 91
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mação e Desenvolvimento da Região
Oeste CEIDRO
D. R . de Agricultura do Ribatejo e Oeste,
do Património dc Mértola
Rua da Repú blica, 2
7750 M ÉRTOLA
. .
E-mail: euroalgarve@ mall telepac pt 9500 PONTA DELGADA
.
Tel (096) 270 73


i
Zona Agrária das Ca í das da Rainha Tel. (089) 61 00 00 Fax: (096) 242 68
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Fax: (089) 61 00 01 E-mail: Eurogab.acores@ mail.telepac.pt
Apartado 114 E-mail: ew.adiwna@ mail.telepac.pt industriai do Funchal
!• .
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., I ;
2500 CALDAS DA RAINHA
Tel. (062) 84 19 68
Fax: (062) 84 19 69
E-mail: ceidro@ mail.telepac. pl
CIR IDARN
—— Instituto para o Desenvol-
vimento Agrário da Regi ão Norte
Câmara de Comércio e Ind ústria da Madeira
Avenida Arriaga, 41
9000 FUNCHAL
Td. (091) 23 01 37
Eurogabinete

Portuense
Exponor
Associaçã o Industrial

:•

h: > F
. : v

- —
CIR da Beira Litoral Direcçã o Regional
de Agricultura da Beira Litoral
Avenida Femão de Magalhães, 465
Rua do Monte Crasto
Vai rio
4480 VILA DO CONDE
Fax: (091 ) 22 20 05
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Td . (02) 998 15 80
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3600 COIMBRA Td . (052) 66 23 99

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í
Í
Tel. (039) 241 45
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Fax: (052) 66 17 80
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E mail: cir.norte@ mail.telepac.pt —
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Caixa Gera) dc Depósitos
Praç a de Goa, Damã o e Diu
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E mail: eurogab@ telepac.pt

Eurogabinete
— Antena Caixa Geral de
i Dep ósitos
is 2402 LEIRIA CODEX
Tel . (044) 81 21 95 -
Rua de Cam ões, 139 155
if .:v-‘!j Fax: (044) 81 21 97 4000 PORTO
!
l :£• >
.• ; •
-
E mail: cgdgeele@ mail.tdepac.pt Tel. (02) 200 45 99 u
?•
*•

Fax: (02) 200 45 96


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.
E-mail: eurogpto@ mail telepac.pt

• :
fj =:
para apoiarem pequenas e médias empresas) Eurogabinete Caixa Geral de Depósitos
Avenida João XXI, 63, 5.°

Eurogabinete Antena de Setú bal

'
L-v
WL'

Eurogabinete Câ mara de Comé rcio de
Angra do Heroísmo

Eurogabinete Comissã o de Coordenaçã o
da Região Centro
Apartado 1795
1017 LISBOA
Tels. (01) 790 50 47 / 790 53 89
Caixa Geral de Depósitos
Travessa Frei Gaspar, 2
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íV .
Rua da Palha, 32 34- Rua Luís de Camões, 150 Fax: (01 ) 790 50 97 2900 SETÚ BAL r

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Fax: (095) 271 31 * Fax: (039) 40 56 88 I

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íi " :
: Alto da Relvinha
'
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Tel. (039) 49 24 02
Td. (034) 200 95 \
i Fax: (034) 240 93 Fax: (039) 49 20 64
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- Tels. (02) 610 33 59/ 60
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Business Innovation Center)
— Centro de Informação Tecnológica (BICs

Tels. (01) 727 16 21 / 727 16 77
Fax: (01) 727 17 33
E-mail: jperdigoto@ adi.pt
Fax: (02) 610 33 61
E- mail: bdantas@ adi.pt
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do Alentejo NET, S. A . —
Business Innovation Center)
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Rua dos Salazares , 842
Website: http:// www.adi.pt/adi/ Website: http:// www.adi.pt

= r- Rua da Barbarala, l
Parque Industrial e Tecnol ógico de Évora 4100 PORTO !
r Apartado 479 Tels. (02) 617 05 79 / 617 98 51
Fax: (02) 617 76 62 CENTROS DE INFORMAÇÃO AO CONSUMIDOR (CICs)
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Fax: (066 ) 74 42 74

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m Centro de Informação Tecnológica ( BICs
— Centro de Informação Tecnol ógica (BICs
Business Innovation Center)
— CIC
—Agência Europeia de Informação
sobre o Consumo
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Tels. (053) 421 24 00 / 51 82 35
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Madeira Tecnopolo —
DET Desenvolvimento Empresaria! e
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Ave
Fax: (053) 421 24 24/25
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Calçada de Santa Clara Rua Conde da Ribeira Grande, lore 2 Rua Capit ão Alfredo Guimarães, 1 .
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9000 FUNCHAL Zona Industrial de Santaré m
% Tel. (091 ) 74 14 54 Apartado 445
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Fax: (091 ) 74 14 20
E- mail: ejardim@dragoe í ro.uma.pt
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A AQUISIÇÃO DE PUBLICAÇÕES É FEITA ATRAVÉS DE:
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Centro dè Informação Tecnol ógica (BICs
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-- Fax: (065) 53 53 56
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Centro de Informação Tecnológica (BICs — .
E-mail: cetset@ cpsi pt Grupo Bertrand, S. A.

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CP1N Centro Promotor de Inovação e
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Centro de Informação Tecnológica (BICs
Business Innovation Center)

NITSA Negócios Inovação e Tecnologia
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