• Extremismos nas defesas dos posicionamentos teóricos.
• Ambientalismo;
• Inatismo. Século XX:
• Primeiras críticas exigem novos posicionamentos.
• No século XX surgem concepções sobre Psicologia do desenvolvimento enquanto disciplina científica que propunha explorar, descrever e explicar os padrões comportamentais de estabilidade e mudança. Ainda assim, partia-se do positivismo. Século XX:
• Dados construídos com base em entrevistas e observações;
• Investigações desde a concepção até a adolescência.
Atualmente:
• A partir da segunda metade do século XX:
• Novo paradigma: relativista, integrador e contextual, enfatizando o papel da cultura. • Relevância do contexto social na investigação de fenômenos. • Ótica do pluralismo, coexistência de explicações de diferentes naturezas. Atualmente:
• Desenvolvimento não é linear, mas dinâmico e complexo de interação
entre fatores biológicos e culturais. • Os paradigmas interdisciplinares buscam estudar complexidade e totalidade do fenômeno. • Pesquisadora(e)s passaram a escrever sobre o desenvolvimento desde a concepção até a velhice, incluindo realidade cognitiva e a social. Concepções críticas do desenvolvimento humano: • Consenso sobre a necessidade de considerar: • A dinâmica do curso de vida em sua totalidade incluindo as gerações anteriores e posteriores; • Os indivíduos dentro de suas redes e sistemas de interação; • O interjogo entre bagagem genética e adquirida; • A dialética entre os sistemas biopsicossociais inseridos no contexto histórico- cultural e; • As influências bidirecionais presentes entre todos os sistemas envolvidos no processo de desenvolvimento humano. Ciência do desenvolvimento humano: • Conjunto de estudos interdisciplinares sobre os fenômenos de desenvolvimento humano.
• Cairns e cols. defendem que a ciência deve ser composta por
uma síntese das teorias sociais, psicológicas e biocomportamentais visando orientar pesquisas sobre desenvolvimento. Algumas perspectivas na ciência do desenvolvimento humano: • Elder - perspectiva do curso de vida: • considerar a interdependência entre as trajetórias de vida e as condições presentes nas micro e macroestruturas do sistema social. • considera o impacto das interações e das mudanças sociais no desenvolvimento ao longo da vida. • Trajetória de vida: conjunto de estados e transições de padrões comportamentais ligadas entre si dão um significado distinto à história de vida dos indivíduos. • Padrões e trajetórias relativos às idades estão embutidos nas estruturas sociais, que variam desde os pequenos núcleos até os grandes. Conceitos de estágios, transição e trajetória. • Estágio: conjunto de padrões comportamentais e habilidades características de uma determinada idade ou fase do ciclo de vida. • Transição: períodos de passagem de um estágio para outro. • As transições estão sempre imbuídas de escolhas que influenciarão as trajetórias, que dão distintos significados ao curso de vida. • A trajetória do desenvolvimento forma-se com base nos elos comportamentais estabelecidos entre um período antecedente e outro consequente. • Os estágios não são definidos a partir das idades, mas dos papeis assumidos entre os membros da família, das tarefas de desenvolvimento a serem cumpridas. • “A dinâmica de demanda e as pressões ambientais são percebidas de forma diferente pelos indivíduos que compartilham um mesmo ambiente familiar. Mesmo havendo pontos de transição e ciclos de vida comuns às famílias, as características particulares de cada indivíduo e contexto, estarão influenciando os ciclos e a trajetória de vida dos indivíduos”. Interações e relações sociais: • Maneira como o indivíduo se constrói se relaciona à forma como constrói o outro. • Interação social incluí no mínimo o comportamento X emitido pelo A direcionado para o B e a resposta Y de B para A. • Relação social incluí as interações estabelecidas durante um longo período de tempo, possui características próprias de intimidade e compromisso, têm caráter de consistência e intimidade. • “As pessoas precisam sentir que possuem algum grau de controle sobre os acontecimentos e, para isto, elas precisam ver o mundo como previsível”. Continuidade e mudança no desenvolvimento:
• Continuidade: padrões relacionais transferidos de uma situação anterior
para uma nova e que sempre geram uma resposta nos outros que fazem parte do novo contexto e que apoiarão ou validarão os padrões iniciais para adaptá-los. • Ponto fundamental da ciência do desenvolvimento humano: elucidar origem das novas capacidades adaptativas nos indivíduos. Coação e bidirecionalidade:
• É no interjogo entre equilíbrio e desequilíbrio que se processa o
desenvolvimento humano. • Mudança ou emergência de novas propriedades: consequências de tensões criadas nos níveis estruturais e funcionais. Às tensões chama-se coação. • Experiência: refere-se à função ou atividade tanto do ambiente quanto do organismo. • Bidirecionalidade: dialética Experiências e desenvolvimento: • Experiências indutivas: desenvolvimento canalizado mais em uma direção do que em outra. • Experiências facilitadoras: aceleram o aparecimento de novos estágios. Operam em conjunto com as experiências indutivas. • Experiência de manutenção: sustentar a integridade de sistemas comportamentais ou neurais já formados. Questão do normal e do patológico: • Dificuldade de definição do que seria normal ou patológico. • Situações de risco: situações desencadeadoras de comportamentos comprometedores da saúde, do ajustamento ao contexto, do bem-estar e do desempenho social. Vulnerabilidades podem ser demonstradas em situações de tensão e essas vulnerabilidades, se ocorrem em momentos de crise, aumentam a predisposição de agir de maneira menos adequada. • Prevenção de situações de risco. Padrões universais: • Estudar diferenças traz a necessidade de conhecer propriedades comuns. • Analisar características individuais e universais pelo foco da diversidade e da complexidade social. • Nenhuma característica por mais universal que seja, é absoluta e constante entre os indivíduos. Há sempre um grau de variação. Necessidades de consolidação na ciência do desenvolvimento • Buscar responder ao questionamento: como os complexos herdados e adquiridos constroem-se mutuamente? • Interdisciplinaridade e multimetodológica. • O todo possui sua subjetividade peculiar por ser um processo de relações tecidas em uma trama singular de níveis e subníveis, em um dado contexto. • Construir métodos de pesquisa integrados e interdisciplinares.