Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Jataí – Goiás
1
Maio/2011
SUMÁRIO
1. Introdução...............................................................................................................................03
2. Especificações de projeto.......................................................................................................04
2.1. Especificações do retificador (RMOC)..................................................................................05
2.1.1. Figura do retificador e suas formas de onda...........................................................................07
2.1.2. Observações sobre o Retificador (RMOC).............................................................................11
2.2. Especificações do Conversor Boost........................................................................................11
2.2.1. Seleção do Indutor (L)............................................................................................................13
2.2.1.1.Determinação do Núcleo do Indutor.......................................................................................13
2.2.2. Observações sobre o conversor Boost....................................................................................16
3. Conclusão...............................................................................................................................19
4. Referências Bibliográficas.....................................................................................................20
2
1. INTRODUÇÃO
Quando se implementa um controle de tensão sobre uma carga, seja através da variação do
ângulo de disparo de um SCR, seja através dos circuitos que utilizam fontes retificadoras para
cargas que operam em tensão contínua, ou qualquer outra aplicação eletrônica, deve-se preocupar
com o surgimento de harmônicos na rede, gerados através da distorção da forma de onda da
corrente. Isto é bastante indesejável, pois afeta o fator de potência.
A figura abaixo representa um conversor boost, na qual temos a fonte do sistema (Vin), a
chave MOSFET (CH), o diodo (D), o capacitor (C ), o indutor (L), a carga (R ), com tensão Vs.
3
2. Especificações de projeto
O circuito Boost possui duas etapas de funcionamento, podendo ser em modo contínuo ou
descontínuo. A primeira etapa inicia-se quando o transistor entra em condução e o indutor é
alimentado pela fonte chaveando o circuito através do próprio transistor. A segunda etapa começa
com o desligamento do transistor, fazendo com que a corrente faça agora o caminho restante do
circuito passando pelo diodo e, consequentemente, carregando o capacitor e alimentando a carga.
Os modos de operação são definidos durante a segunda etapa do funcionamento do
conversor. Durante essa etapa, o indutor deve repassar a energia armazenada para o restante do
trecho. Caso a corrente no indutor chegue a zero durante esse período diz-se que o conversor está
operando em modo descontínuo, senão em modo contínuo.
A imagem abaixo apresenta as formas típicas de onda do conversor elevador de tensão
Boost.
4
2.1. Especificações do Retificador (RMOC)
Além destes dados, vamos levar em consideração o Vcmin, que é a tensão mínima do
capacitor. Como o ripple na freqüência de 120 Hz é de 20% temos:
2
Vp k 2 ( 14,27 )
R= = =1,61 [ Ω ]
Pout 126.3
Pout 126,3
Pin= = =168,4 [ W ]
η 0,75
c) Capacitor (C):
5
Pin 168,4
C= = =38,3 [ mF ]
f . ( Vp k −Vcmi n ) 60. ( 14,272−11,422 )
2 2
∆ Vnominal 2,4
RSE= = =8,06 [ Ω ]
∆ Icef 0,29
Vc=2. Vnominal=2.12=24 [V ]
Vcmin 11,42
tc=
arc cos(
Vpk
) arc cos
=
(
14,27 )
=1,7[ms]
2 πf 120 π
g) Valor eficaz da corrente drenada pela carga alimentada pelo capacitor (I2ef):
Pin 168,4
I 2 ef = = =14,74 [ A ]
Vcmin 11,42
6
tc 1,7 m
Idef =Ip .
√ T
=64,21.
√16,667 m
=20,51 [ A ]
Pin 168,4
Idmed= = =7,37 [ A ]
2.Vcmin 2.11,42
Idp=Ip=64,21[ A ]
D3 D4
DIODE_VIRTUAL DIODE_VIRTUAL
V1
2
3
C1
38.3mF
D112 Vrms D2 R1
60 Hz DIODE_VIRTUAL 1.61Ω
0°
DIODE_VIRTUAL
0
7
Figura 4 – Formas de onda da tensão AC e da tensão no Capacitor
8
Figura 6 – Corrente no diodo D1
9
Figura 8 – Corrente no Capacitor C1
10
E ainda, de acordo com os valores obtidos na simulação, podemos calcular a carga recebida
pelo capacitor:
Ipk . tc 1,89.1,88 m
∆ Q= = =1,701 mC
2 2
Vimos uma grande diferença entre o valor calculado de Ipk e o valor medido na simulação.
Percebemos que o valor medido na simulação da corrente de pico no diodo D1 é muito inferior ao
valor calculado. Acreditamos que isso ocorreu em virtude de um erro no simulador utilizado, o
Multisim, que não consegue medir o pico da corrente em um intervalo de tempo pequeno (1,7
[ms]). Além disso, considera-se nos cálculos uma corrente retangular e o que temos na prática é
uma corrente quase triangular.
Como vimos nos nossos cálculos, devemos utilizar no nosso retificador diodos que suportam
uma tensão de ruptura reversa de 18,67 [V] e uma corrente nominal de 20,51[A]. Devemos utilizar
também um capacitor de 39 [mF], que é o primeiro valor comercial acima do calculado, que suporta
uma tensão de 24 [Vdc].
11
Tempo de Hold-up (th): 18 [µs]
Ton
Sabemos que D= =¿Ton=0,36.50 µ=18[µ s].
T
2 . Po √ 2.120
Ipk= √ = =15,71 [ A]
Vin min 10,8
∆ I =0,1.15,71=1,57[ A ]
e) Indutância (L):
12
∆ Vnominal 4,8
RSE= = =3,06 [ Ω ]
∆ Ip k 1,57
Vc=2. Vnominal=2.24=48[V ]
Para determinar a máxima densidade de fluxo magnético utiliza-se o gráfico de perdas por
densidade de fluxo e freqüência do material ferromagnético do núcleo, entrando com a
freqüência de operação e a perda máxima permitida, determinando assim a máxima densidade
de fluxo. A figura abaixo mostra o referido gráfico:
13
Figura 10– Gráfico de perdas no núcleo de ferrite.
Portanto, para uma freqüência de 20 kHz e uma perda máxima de 100 mW/cm³ (esse valor é
empírico, determinando uma estimativa para um valor aceitável de perda no núcleo) tem-se um
Bm = 0,2T.
Bm 0,2
∆ Bm= .∆ I= .1,57=0,0 2[T ]
Ipk 15,71
14
De acordo com a tabela a seguir, deve ser utilizado o núcleo EE-42/21/20. Para tal núcleo
tem-se os seguintes dados:
Ae = 2,40 [cm²];
Aw = 2,56 [cm²];
Ie = 9,70 [cm];
MLT = 9,27 [cm];
Ap = 6,14 ¿];
Al = 4750 [nH];
Ve = 23,28 [cm³]
15
d) Cálculo do número de espiras (N):
e) Cálculo do “gap”:
Ae 2,4
lg ¿ 4. π . 10−7 . N 2 . 6
.10 4=4. π . 10−7 .58 2 . 6
. 104=0,58 [ cm ]
L .10 175 μ .10
f) Cálculo do condutor:
Is 5 2
Acobre= = =1,11 [ m m ]
4,5 4,5
Como não existe um fio com esta seção transversal, pegaremos a primeira seção transversal
superior (1,3 mm²), que equivale a um fio 16AWG ou dois fios 19AWG.
Como vimos nos nossos cálculos, no nosso conversor devemos utilizar um diodo que
suporta uma tensão de ruptura reversa de 25 [V] e uma corrente nominal de 15,97 [A]. Além disso,
nosso capacitor deve ser de 820 [ μF ], que é a capacitância superior mais próxima dos nossos
cálculos, que suporta uma tensão de 48 [Vdc]. Temos ainda as características do nosso indutor:
58 espiras – 2 x AWG 19 – 175 H – EE 42/21/20 – gap 0,58 cm
A partir dos dados obtidos através dos cálculos acima descritos, simulamos o nosso
conversor CC-CC elevador (Boost) conforme mostra figura a seguir.
L1 D5
4
175uH
D3 D4 8 DIODE_VIRTUAL 5
DIODE_VIRTUAL DIODE_VIRTUAL Q1
V1
C1 C2 R2
39mF 820uF 9.6Ω
2 3 V2 IRFP462
D2 12 Vrms D1 0 V 20 V
60 Hz
DIODE_VIRTUAL DIODE_VIRTUAL 18usec 50usec
0
0° 1
A partir da figura 14 podemos avaliar que o nosso transistor deve suportar uma corrente de
4,8 [A], e deve suportar uma tensão de 52,8 [V], visto que:
Vt =2.1,1. Vo=2.1,1.24=52,8 [V ]
18
3. Conclusão
19
4. Referências Bibliográficas
AHMED, Ashfaq. Eletrônica de Potência. Trad. Bazán Tecnologia e Linguística. Ed. 2. São Paulo:
Editora Pearson Prentice Hall, 2000. 480p.
20