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Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos

PROJETO “OBSERVATÓRIO VIOLÊNCIA LGBTI+


MINISTRA DE ESTADO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS
HUMANOS

Damares Alves 
(61) 2027-3043
E-mail: agenda.gab@mdh.gov.br

DIRETORA DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DE LÉSBICAS, GAYS,


BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS
MARINA REIDEL - Currículo
(61) 2027-3283
E-mail: marina.reidel@mdh.gov.br

CONTRATANTE
ARTICULAÇÃO E MOVIMENTO PARA TRAVESTIS ETRANSEXUAIS DE
PERNAMBUCO – AMOTRANS/PE
DiretoraPresidenta
ChopellyGlaudystton Pereira dos Santos

INSTITUTO PRIOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS E DIREITOS


prios@prios.org.br

CONSULTORA
SueliFrancisca Vieira
E-mail: suelivieiraf7@gmail.com
Índice – Em construção

1. Apresentação
Dados, pesquisas e matérias divulgadas atualmente e há anos, escancaram um grave
cenário brasileiro de violência por motivação homofóbica, situações essas que tem colocado o
Brasil no ranking de um dos lugares mais perigosos para a população LGBTI+ (lésbicas, gays,
bissexuais, transexuais e intersexuais). Como exemplo dessa fatídica informação, no Brasil tem-
se uma morte a cada 23 horas, sendo que é o país que mais mata transexuais e travestis no
mundo, só no ano de 2019 foram 124 mortes. Desse modo, haja visto tais dados, se tem
colocado em cheque a efetividade das políticas públicas brasileira da defesa e garantia de
direitos humanos desse público.

A ausência de pesquisas e materiais informativos, inclusive de violação de direitos


humanos ou de acesso a políticas públicas existentes na esfera Federal, Estadual e Municipal,
deixam pessoas (LGBTI +) ainda mais vulneráveis. A subnotificação de registros de violência
contra a população LGBT, impede o país de mensurar a real gravidade da situação. Alguns
Estados, como o Rio de Janeiro, produzem relatórios sobre violência motivada por LGBTfobia,
mas essa não é uma prática comum e não existe em níveis Municipais e Estaduais. Portanto, é
importante voltar as atenções ao trabalho de organizações não-governamentais para fins de
adquirir dados sobre LGBTfobia no Brasil. Segundo dados do Grupo Gay da Bahia - GGB a
cada 20 horas, um (a) LGBT morre no Brasil por serem LGBTs – ou seja, por conta da
LGBTfobia. O grupo também registrou um aumento de 30% nas mortes de LGBTs em 2017,
quando 445 pessoas foram mortas, em relação a 2016, ano em que 343 mortes foram motivadas
por LGBTfobia. Já em 2018 esse número caiu, mas ainda se manteve alto, com 420 mortes.

Este cenário contribui para naturalizar a negação dos direitos previstos na própria
Constituição Federal, normativo esse que em seu Preâmbulo assegura o exercício dos direitos
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o desenvolvimento, o bem-estar, a justiça e a
igualdade como valores de uma sociedade pluralista, sem preconceitos e fraterna. Ademais, em
seu art. 3ª, inc. IV preconiza promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Com o intuito de solidificar o preceito constitucional, a Lei 7.716/89 criminaliza o


preconceito de raça ou de cor. O Estatuto do Idoso e do Estatuto da Criança e do
Adolescente atentam contra o preconceito em razão da idade. O Estatuto da Igualdade
Racial visa evitar a discriminação em face da cor. Contudo, a proibição infraconstitucional de
discriminação em decorrência de sexo - que se delimita pela orientação sexual ou identidade
sexual – continua sem uma legislação que criminalize atos de homofobia, fato esse que
contribui de forma significativa para a prática delitiva com motivação homofóbica.

De fato, Instituições e Organizações em prol da defesa e garantia de direitos humanos


de LGBTI+ ( lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais), tem contribuído para o
alcance de importantes conquistas sociais como a inclusão de redesignação sexual no Sistema
Único de Saúde (SUS) em 2008, a permissão para adoção de crianças por casais homoafetivos
em 2010, o casamento civil igualitário em 2013, e em especial, no dia 13 de junho de 2019, o
STF (Supremo Tribunal Federal) enquadrou a homofobia e a transfobia na Lei dos crimes de
racismo até que a Câmara dos Deputados e do Senado aprovem uma Lei sobre o tema.

Sem dúvida tais conquistas são uma resposta concreta e importante ao avanço do
conservadorismo que transforma o Brasil no reflexo de sua própria intolerância e da fragilidade
de enfrentamento e prevenção da violência motivada por homofobia e a transfobia. De acordo
com o documento produzido por Alexandre Araripe Fernandes “as expressões de preconceito,
discriminação e violência contra esta população ainda são alarmantes, reforçadas por discursos
de setores conservadores da sociedade. A decisão importante do STF, apesar de não atingir o
cerne do problema, é um avanço para o enfrentamento a situações de violência LGBTI+,
podendo ser utilizado para atualização dos fluxos de encaminhamento das denúncias registradas
no âmbito do Disque Direitos Humanos (Disque 100) envolvendo pessoas LGBTI+ vítimas de
violência”.

Entretanto, é imprescindível a formalização e aprovação de legislações específicas


voltadas para esta população, com o intuito de garantir a sua inserção nas esferas Legislativas,
Executivas mas principalmente no Sistema Jurídico com normativos que tipifiquem a conduta
delitiva, bem como se faz necessário a construção de políticas integradas e articuladas,
intersetoriais, multidimensionais e participativas e de promoção da cidadania e dos direitos
humanos da população  da população LGBT+.

Entende-se que a violência contra a população LGBTI+ tem sido constante e de


gravidade cada vez maior. Os números divulgados só crescem. Evidentemente que esse
crescimento tem a ver com o maior empoderamento dessa comunidade no sentido de denunciar
as violências sofridas, mas também tem a ver com a situação política no Brasil, onde existe uma
incitação enraizada à discriminação. Os números demonstram que essa violência tem
aumentado e isso está relacionado com os discursos de ódio, de discriminação e de preconceito
que vêm sendo reproduzidos nas ruas e pelas mídias sociais e que recebem estímulo inclusive de
parte de autoridades públicas.

Nesse sentido, todo esforço culmina, na construção desse documento que busca
estruturar uma análise concreta dos fluxos utilizados pelo Disque Direitos Humanos – 100 para
encaminhar denúncias de violação de direitos de pessoas LGBTI+, procurando compreender os
padrões utilizados e procedimentos para direcionamento as instituições e órgãos que integram o
sistema de garantia de direitos da população em questão.
2. Introdução

O presente documento trata-se de produto de consultoria que tem como


objetivo geral, desenhar uma metodologia de acompanhamento das denúncias sobre
violações de direitos sofridas pela população LGBTI+ ( lésbicas, gays, bissexuais,
transexuais e intersexuais) recebidas pelo Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos (MMFDH) por meio do serviço Disque 100 e de análise da qualidade
da atuação dos órgãos do Estado (nas esferas municipal, estadual e federal e nos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário) frente às violações denunciadas e aplicar a
metodologia em unidades da federação selecionadas (Amazonas, Pará, Pernambuco, Rio
Grande do Norte, Maranhão, DF, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande
do Sul), contratado pela Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de
Pernambuco - AMOTRANS/PE e INSTITUTO PRIOS.

Conforme proposto, o produto em questão tem como objetivo avaliar o


fluxo atualmente utilizado pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos - ONDH do
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), quanto ao
recebimento e encaminhamento das denúncias recebidas pelo Disque 100 relativas à
violência sofrida pela população LGBTI+ ( lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e
intersexuais), sobretudo nas unidades da federação selecionadas (Amazonas, Pará,
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, DF, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São
Paulo e Rio Grande do Sul).

Para tal feito considerou – se dados publicado da ONDH, mais


especificamente os balanços semestrais e anual , bem como material disposto no
Anexo(I), disponibilizado pela Contratante.

Assim sendo, importa destacar que a Ouvidoria Nacional de Direitos


Humanos (ONDH), enquanto unidade subordinada diretamente ao Ministério da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) compete coordenar o serviço de
atendimento telefônico gratuito conhecido como Disque Direitos Humanos, destinado a
receber denúncias e reclamações sobre violações de direitos humanos. Também
compete à ONDH receber, examinar e encaminhar denúncias e reclamações sobre
violações de direitos humanos; coordenar ações que visem à orientação e à adoção de
providências para o adequado tratamento dos casos de violação de direitos humanos,
principalmente os que afetam grupos sociais vulneráveis; atuar diretamente nos casos de
denúncias de violações de direitos humanos e na resolução de tensões e conflitos sociais
que envolvam violações de direitos humanos, em articulação com o Ministério Público,
com os órgãos dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo federal, com os demais
entes federativos e com as organizações da sociedade civil; bem como solicitar aos
órgãos e às instituições governamentais informações, certidões, cópias de documentos
ou volumes de autos relacionados com investigações em curso, em caso de indício ou
suspeita de violação dos direitos humanos. A Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos
poderá agir de ofício quando tiver conhecimento de atos que violem os direitos
humanos individuais ou coletivos.  

O Disque Direitos Humanos É comunicação do Estado com a sociedade,


disponível 24 horas, todos os dias, por meio do tridígito 100. As chamadas são gratuitas
e podem ser originadas de qualquer terminal telefônico (fixo ou móvel), em todo o
território nacional. Trata-se de serviço de utilidade pública, considerado o “pronto
socorro” dos direitos humanos, por meio do qual podem ser relatadas violações que
acabaram de ocorrer ou que ainda esteja em curso, essencial para se romper o ciclo de
violência.

Com a expansão do serviço em 2010, o Disque Direitos Humanos deu início


ao atendimento de novos grupos populacionais, para além de crianças e adolescentes,
tais como: Pessoa Idosa, População LGBT, População em Situação de Rua, Pessoas
com Deficiência e Outros Grupos Populacionais em Situação de Vulnerabilidade Social,
que contemplam comunidades quilombolas, ciganos, indígenas, denúncias de
intolerância religiosa, violência policial, entre outros.

Assim sendo, dada as fragilidades das políticas públicas direcionadas ao


atendimento a população LGBTI+, faz-se necessário o direcionamento de esforços no
sentidode aperfeiçoar a metodologia de atendimento e fluxos de encaminhamento e
monitoramento das denúncias encaminhadas de modo a garantir maior objetividade e
celeridade no processo de proteção às vítimas.

Dessa forma, considerando a análise realizada da nota metodológica - anexo


(), bem como do documento de boas práticas – anexo () e dados de registro,
encaminhamento e monitoramento publicados sentiu-se a necessidade de formular
questionamentos, uma vez que, as informações disponíveis restou-se insuficientes para
análise mais aprofundada a cerca dos fluxos atualmente utilizados pelo Disque Direitos
Humanos – 100. Isto posto, considerando os materiais já nominados os quais nortearam
o trabalho passamos a analisar as informações alcançadas, buscando responder os
seguintes questionamentos dispostos a seguir e que serão respondido posteriormente:

1. Com base nos dados analisados é possível identificar critério para


aplicação dos Fluxo(s) específicos por tipo de violência?
2. Qual o padrão do fluxo aplicado?
3. O tipo de violência tem vinculação com a competência dos órgãos
acionados?
4. Qual órgão é acionado com maior frequência?
5. Os dados possibilitam analisar o tipo de situações destinadas a
Segurança Pública, aos órgãos da Assistência Social e ao Sistema
de Justiça?
6. Considerando o volume de resposta é possível identificar o tempo
transcorrido entre o encaminhamento e a efetiva proteção das
vítimas?
7. O que é possível apontar quanto ao Monitoramento?
8. Como ocorre o retorno quanto a atuação da rede acionada ao
Disque 100?
3. ASPECTOS METODOLÓGICOS

Quanto a metodologia utilizada para a elaboração da análise requerida, foi


executada em 05 etapas, conforme descrição abaixo.

I. Identificação dos relatórios de dados dos Estados (Amazonas, Pará,


Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Distrito Federal, Mato Grosso,
Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul), oriundos da Ouvidoria Nacional
de Direitos Humanos, mais especificamente do Disque – 100 publicados
referente ao ano 2018 e 2019;
II. Análise do material de apoio disponibilizados pela AMOTRANS/PE,
relacionado ao Observatório da Violência LGBTI+ e INSTITUTO PRIOS,
mais especificamente Nota metodológica, respostas dos órgãos estaduais aos
pedidos de informação, entrevistas com os gestores e gestoras; mapa de fluxo
utilizado pelo Disque Direitos Humanos -100;
III. Realização da análise dos dados disponíveis;
IV. Organização e tratamento dos dados;
V. Elaboração da análise e encaminhamento do produto.

A primeira etapa da análise configurou-se a partir do levantamento e


agrupamento de dados e informações disponibilizadas em planilhas de Excel publicadas
pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos – ONDH, relacionadas ao ano de 2018 e
2019. A segunda etapa consistiu na leitura e análise de todo o material de apoio
disponibilizado, conforme anexos ();A terceira etapa exigiu um trabalho manual
oneroso, dado à ausência de acesso a base de dados do Serviço em questão o qual foi
necessário analisar os arquivos publicados no site (https://www.gov.br/mdh/pt-
br/acesso-a-informacao/disque-100-1), relacionados aos dados de registro,
encaminhamento e monitoramento de denúncias dos Estados apontados do Módulo
LGBT; Relacionada à quarta etapa foi constituída, compilação e tratamento dos dados e
informações; A quinta e última etapa, trata-se da construção do documento em si,
unificação de todas as informações reunidas e apontamento dos principais achados.
( realizar ajuste)

Importa destacar que a indisponibilidade de dados qualitativos organizados,


impactou sobremaneira o trabalho em questão, fato esse que exigiu a dedicação de
tempo além do previsto. Além disso, faz-se mister explicitar que os prazos estipulados
para a realização desse trabalho, não colaboraram para um maior adensamento crítico e
analítico, tanto em relação ao cronograma temporal, quanto a inexistência de um banco
de dados prévio que pudesse desde o início facilitar a organização das informações sem
a interferência institucional. O acesso integral as informações facilitaria o trabalho e
poderia possibilitar achados importantes para a mudança de procedimentos que
resultasse benefícios as vítimas de violências, ajuste de fluxos junto ao sistema de
garantia de direitos LGBTI+, tal qual a necessidade de formalização institucional de
fluxos mais céleres e mais efetivos.

Porém, a quantidade e a qualidade de dados talvez não permita a


compreensão integral dos fluxos aplicados, bem como outros apontamento como o lapso
temporal entre o registro e a efetiva proteção da vítima, atuação da Rede, resposta a
ONDH e rompimento do ciclo de violação ( realizar Ajuste)

Apesar dessas dificuldades, conseguimos levantar dados suficientes para


explorar e analisar os fluxos utilizados pelo Disque -100, frente às denúncias de
Violação de Direitos da população LGBTI+ nos Estados indicados de forma pontual.
4. DOS DADOS DE DENÚNCIAS

Importa primeiramente destacar que os dados dos Balanços Anuais e


Semestrais dos Disque Direitos Humanos – 100, utilizados para tal análise não refletem
índices de violência, mas, sim, o quantitativo de denúncias registradas e o conhecimento
da população acerca dos canais de denúncia, fornecendo indicativos para a organização
e a atuação dos órgãos e das entidades de proteção de direitos humanos no país. Cada
denúncia registrada pode envolver mais de um tipo de violação de direitos humanos. A
análise é organizada por grupo vulneráveis, destacando-se a observação dos seguintes
dados: violações mais recorrentes; perfil da vítima (gênero, orientação sexual,
identidade de gênero, raça/cor e faixa etária); relação do suspeito (violador) com a
vítima; local da violação e encaminhamentos e respostas.

Nos últimos anos muitos dados publicados evidenciam o aumento de forma


alarmante de violência contra a população LGBTI. Os grandes veículos de comunicação
têm mostrado constantemente esse ciclo relacionado ao crime de ódio e discriminação.

Comparando 2019 com ano anterior é possível observar uma drástica


redução nos registros de denúncias, valor superior a 50% de queda. Apesar do
indicativo, não se pode afirmar se houve uma diminuição no índice da violência contra a
população LGBTI ou se o esse recuo se deve a diminuição da procura ao serviço
disponível a comunidade. Espera-se também que tenha havido procura de atendimento
por esses cidadãos em outros canais de apoio com as delegacias, os CRAS, CREAS, etc.

Em 2018 foram registradas mais de 1.600 denúncias pelo canal de


atendimento do Disque 100. No gráfico abaixo podemos observar as evoluções ano a
ano no registro de denúncia.

Conforme apresenta tabela abaixo, é possível observar que 2012 foi o ano
de maior número de registros pelo Disque 100. O ano de 2015 apresentou um aumento
significativo e desde então esses números vem caindo, sendo o ano de 2019 o maior
recuo. No gráfico é possível identificar as curvas de aumento e recuo de forma clara e
objetiva.

Tabela 1 – Dados de denúncias por ano


Ano 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Total de denúncias 1159 3031 1695 1013 1983 1873 1720 1685 833

A diminuição progressiva no número de registros de denúncia ocorridas apartir


2015, precisa ser melhor analisada, pois os dados divulgados em todo o cenário
Nacional relacionados à violência contra pessoas LGBTI+, apresentam aumento
significativo e se relaciona com o discursos de ódio, de discriminação e de preconceito
que vêm sendo incitado nas ruas, nas redes sociais e que recebem estímulo inclusive de
parte de autoridades públicas conservadoras. Dado a vulnerabilidade desta população,
bem como a ausência de normativo específico é essencial a construção de estratégias de
divulgação e estimulo a denúncia.

Gráfico 1 – Dados de denúncias por ano

Dados de denúncias por ano

3031

1983
1873
1720 1685
1695

1159
1013
833

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

Dados divulgados pelo Ministério da Família, da Mulher e dos Direitos


Humanos mostram o volume de denúncias registradas pela Central do Disque 100. Em
2019 foram registradas 833 denúncias contra a população sendo São Paulo/SP o Estado
com maior índice de registros, seguido do Rio de Janeiro/RJ, Goiás/GO e Minas
Gerais/MG em quarto lugar. Houve um aumento nos registros somente em 4 estados –
Goiás/GO, Espírito Santo/ES, Alagoas/AL e Maranhão/MA; O Amapá/AP manteve o
número de denúncias e os demais estados tiveram diminuição dos casos, conforme
tabela abaixo.

Tabela 2 – Dados de denúncias por ano (% de aumento e recuo)


Disque 100 - Comparativo 2018/2019
UF 2018 2019 % de
aumento
GO 53 87 64,15%
ES 16 23 43,75%
AL 16 18 12,50%
MA 18 19 5,56%
AP 1 1 0,00%
SP 274 227 -17,15%
PR 46 34 -26,09%
BA 65 48 -26,15%
RJ 144 98 -31,94%
MS 12 8 -33,33%
CE 47 31 -34,04%
SC 26 17 -34,62%
PE 50 31 -38,00%
PB 55 34 -38,18%
MG 103 58 -43,69%
DF 39 21 -46,15%
RS 51 26 -49,02%
AM 24 11 -54,17%
RN 23 10 -56,52%
PI 24 10 -58,33%
MT 22 7 -68,18%
PA 29 9 -68,97%
RO 10 2 -80,00%
SE 10 2 -80,00%
TO 7 1 -85,71%
AC 2 0 -100,00%
RR 2 0 -100,00%
NA 516 0 -100,00%
TOT 1685 833 -50,56%
AL

Analisando alguns estados,em específico, como citado anteriormente (AM, MA,


MT, PA, PE, RJ, RN, RS, SP e o DF) é possível observar que o estado de São Paulo/SP
está no topo dos índices de registros e logo em seguida o Rio de Janeiro/RJ. Dos dez
estados citados, o Maranhão/MA apresentou aumento de mais de 5% nos registros,
sendo o único a apresentar acréscimo nas denúncias. E o maior recuo se deu ao estado
do Pará/PA com quase 69% de queda no índice, seguido do Mato Grosso/MT com mais
de 38% e Rio Grande do Norte/RN com mais de 56%. Vale citar que dos 3 Estados que
apresentarem recuo significado, somente o Pará não possui órgão específico vinculado
ao Poder executivo Estadual respectivamente Secretaria de Estado de Segurança Pública -
Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH)/MT e Coordenação da
política LGBTQIA+ da Secretaria de estado das Mulheres, Juventude, Igualdade Racial e
Direitos Humanos /RN).

Tabela 3 – Dados de denúncias


UF 2018 2019 % de aumento
MA 18 19 5,56%
SP 274 227 -17,15%
RJ 144 98 -31,94%
PE 50 31 -38,00%
DF 39 21 -46,15%
RS 51 26 -49,02%
AM 24 11 -54,17%
RN 23 10 -56,52%
MT 22 7 -68,18%
PA 29 9 -68,97%

Nessa subseção, passamos a analisar especificamente informações dos 10


Estados selecionado, relacionadas ao perfil da vítima (Sexo biológico, Identidade de
gênero, faixa etária, cor/raça, relação suspeito x Vítima) e perfil do suspeito.

Gráfico 2 – Perfil da vítima _ Sexo biológico


Perfil da vítima - sexo biológico
171

75
63

18 21 22 22
16 13
8 4 5 6 5 5
1 3 2 3 1
AM DF MA MT PA PE RJ RN RS SP

Feminino Masculino

Quanto ao perfil das vítimas que sofrem homofobia, os dados apontam que 347
vítimas são do sexo masculino e 117 feminino e 47 não informaram. Do total de vítimas
24% das vítimas não têm sua identidade de gênero revelada. Dessas que se
identificaram 42% são gays, 20% são pessoas trans, 9% que sofrem violência são
lésbicas e 4% bissexual, conforme gráfico abaixo. No estado de São Paulo/SP onde
temos a maior recorrência de violência 36% são vítimas gays e o segundo grupo que
mais sofre discriminação são as pessoas trans com 24%.

Gráfico 3 – Perfil da vítima _ Identidade de Gênero


Perfil da vitima - Identidade de Gênero

Gay 42%

Não informado 24%

Transexual 15%

Lésbica 9%

Travesti 5%

Bissexual 4%

Heterossexual 2%
Nas 10 unidades da federação a grande maioria das vítimas de crimes homofóbicos são
homens gays (do sexo biológico masculinos). Há pouca informação sobre a ORIENTAÇÃO
AFETIVO-SEXUAL da população Transexual e Travesti. No entanto, o indicador “não informado”
merece atenção, pois no total alcançou 24%, mesmo o módulo sendo específico para a
população LGBT. Assim, vale apena considerar os relatos registrados e atestar se os
responsáveis pelo registro compreendem as diferenças e as definições de “sexo biológico”,
“gênero”, “identidade de gênero” e “orientação afetivo-sexual”.

AM DF
9% 4%
9%

Gay 18% 36% Gay 9%


39%
Não informado Não informado
Transexual Transexual
Lésbica Lésbica
Travesti Travesti
Bissexual Bissexual
Heterossexual Heterossexual

27% 9% 39%

MA MT
14%

Gay 9% Gay 38%


Não informado Não informado
Transexual 45% Transexual
Lésbica 5% Lésbica 50%
Travesti Travesti
Bissexual Bissexual
Heterossexual Heterossexual

27%
13%
PA PE
11% 6%

14%
11%
Gay Gay
Não informado Não informado
Transexual Transexual 8%
Lésbica Lésbica 50%
Travesti 11% 56% Travesti
Bissexual Bissexual
Heterossexual Heterossexual

11% 22%

RJ RN
2% 4% 1%
8%
9%
Gay
Gay 27%
9% Não informado
Não informado
Transexual
Transexual
Lésbica 27%
Lésbica 51%
Travesti
Travesti
Bissexual
Bissexual
Heterossexual
Heterossexual
Total
18%
25%

18%

RS SP
7% 5% 2%
4% 6%

Gay Gay 9%
15% 36%
Não informado Não informado
Transexual Transexual
48%
Lésbica Lésbica
Travesti Travesti
Bissexual Bissexual
Heterossexual Heterossexual 19%

26%

24%

No que se refere à idade das vítimas as faixas etárias de 18 a 24 anos e 25 a 30


anos somam mais de 47% das vítimas, em seguida estão as vítimas de 31 a 35 anos com
quase 13%. De 36 a 40 anos são 11,7% e de 41 a 45 anos 6,5%. De 511 vítimas 12,5%
não informaram a faixa de idade e as demais faixas etárias somam 9,4%, conforme
aponta o gráfico abaixo. Em todos os estados a faixa etária predominante quanto à
recorrência das violações é de 18 a 35 anos e de 36 a 50 anos, nessa ordem.
Gráfico 4 – Perfil da vítima _ Faixa Etária
Perfil da vítima - Faixa Etária
18 a 24 anos 23.9%
25 a 30 anos 23.3%
31 a 35 anos 12.7%
Não Informado 12.5%
36 a 40 anos 11.7%
41 a 45 anos 6.5%
46 a 50 anos 3.3%
56 a 60 anos 2.5%
51 a 55 anos 2.0%
15 a 17 anos 0.8%
4 a 7 anos 0.4%
12 a 14 anos 0.2%
61 a 65 anos 0.2%

Quanto à cor/raça das vítimas 40% são brancas, 28% se declaram pardos e 10%
pretos. As vítimas que não informaram representam 21%. O estado de São Paulo/SP
aparece no topo do ranking no que tange raça/cor com maior número de vítimas. Em
seguida temos o Rio de Janeiro/RJ e Pernambuco. Importante frisar que a cor preta está
em 3º lugar no ranking, deixando subtendido que não há ligação direta da cor da vítima
com a violação sofrida, ou seja, as violações recorrentes independem da cor da vítima.
Quanto ao indicador Cor/Raça é auto declarado e o atendente registra a verbalização do
demandante.

Gráfico 5 – Perfil da vítima _ Cor/Raça


Perfil da vítima - Cor/Raça

Branca 40%

Parda 28%

Não informado 21%

Preta 10%

Amarela 1%

Indígena 0%
No que se refere aos locais de maior incidência das violações, os dados apontam
que casa da vítima é o principal local violador com 34% dos registros. Em seguida os
dados apontam a rua como segundo local onde mais ocorrem violações com mais de
20% dos registros. Em terceiro lugar no ranking está o local de trabalho e casa do
suspeito, 6% e 5% nessa ordem. Nas escolas ocorrem quase 3% das violações e hospital
2,3%. Delegacias de polícia e ônibus também aparecem nos dados com 2,1% e 0,8%,
respectivamente. Outros lugares que inclui igrejas, albergues, ILPI´s, etc somam 27%.
No gráfico abaixo é possível visualizar outros locais de maior recorrência.
Gráfico 6 – Local de violação

Local de violação
Casa da Vítima 34.2%

Rua 20.8%

Local de trabalho 5.6%

Casa do Suspeito 4.5%

Escola 2.9%

Hospital 2.3%

Delegacia de Polícia 2.1%

Ônibus 0.8%

Outros lugares 27.0%

Gráfico 7 – Relação suspeito x vítima

Relação suspeito x vítima


Não informado 52%
Vizinho (a) 14%
Irmão (ã) 7%
Desconhecido(a) 4%
Mãe 3%
Ex-Companheiro (a) 2%
Pai 2%
Primo(a) 2%
Empregador 2%
Tio (a) 1%
Cunhado (a) 1%
Empregado (a) 1%
Professor(a) 1%
Outras relações 8%

Inseri análise ()

Considerando que mais de 40% das vítimas possuem algum tipo de vínculo com
suposto autor sejam familiares, demais conhecidos e vizinhos e que tal violação de
direito ocorre na casa da vítima, com mais de 34% de incidência, conforme gráfico já
apresentado é de suma importância compreender tal dinâmica para pensar na efetividade
do fluxo de encaminhamento, proteção da vítima, bem como, para formulação eficaz de
políticas públicas nas esferas Federal, Estadual e Municipal para a população LGBTI+.
Dessa forma, analisando o perfil dos agressores é possível constatar que, 43%
são do sexo masculino, sendo que, 14% dos registros apontam os vizinhos como
principais suspeitos. Irmãos aparecem com 7% em segundo lugar, pessoas
desconhecidas são contadas com 4%, seguido de mãe com 3% e ex-companheiro e pai
ambos 2%. Desses suspeitos as três faixas etárias mais violadoras são: de 36 a 40 anos
com mais de 10%, 25 a 30 anos com 9,3% e de 31 a 35 anos com 7,6%. Do total 302
suspeitos não têm suas faixas de idade informadas, representando um total de 45%. A
maior parte dos suspeitos – 29% não informaram o sexo e 28% são do sexo feminino.
(Realizar ajuste).

Gráfico 8 – Perfil do suspeito _ Faixa Etária

Perfil do suspeito - Faixa Etária


Não Informado 45.1%
36 a 40 anos 10.5%
25 a 30 anos 9.3%
31 a 35 anos 7.6%
41 a 45 anos 6.0%
18 a 24 anos 5.4%
56 a 60 anos 4.8%
46 a 50 anos 4.6%
51 a 55 anos 3.3%
15 a 17 anos 1.3%
66 a 70 anos 0.9%
61 a 65 anos 0.4%
71 a 75 anos 0.3%
85 a 90 anos 0.3%
12 a 14 anos 0.1%
Gráfico 9 – Perfil do suspeito _ Sexo
Perfil do suspeito - sexo biológico

291

187 191

Feminino Masculino Não informado

Gráfico 10 – Perfil do suspeito/UF

Perfil do suspeito - sexo biológico por UF


126

102

76

36
24
16 17 16
10 10 12
4 4 5 7
3 3 2 3 2
AM DF MA MT PA PE RJ RN RS SP

Feminino Masculino

No que se refere à cor/raça dos suspeitos, 33% são da cor branca, parda e preta
vem em seguida com 13% e 6%, respectivamente.
Gráfico 11 – Perfil do suspeito _ Cor/Raça

Perfil do suspeito - Cor/Raça


Não informado 47%

Branca 33%

Parda 13%

Preta 6%

Amarela 1%

Indígena 0%

Importante apontar também a relação do demandante com a vítima. Os dados


marcam que a maioria dos demandantes, ou seja, aqueles que ligam para registrar a
denúncia não se identificam - 83%. Daqueles que se identificam a própria vítima que na
maioria das vezes ligam registrando a violação sofrida – 14%, filhos com 0,6% e irmãos
e vizinhos vêm logo em seguida com 0,4% cada um.

Gráfico 12 – Relação demandante x vítima

Relação demandante x vítima


Não informado 83.1%
Própria vítima 13.9%
Filho (a) 0.6%
Irmão (ã) 0.4%
Vizinho (a) 0.4%
Amigo (a) 0.2%
Companheiro (a) 0.2%
Cunhado (a) 0.2%
Empregado (a) 0.2%
Familiares 0.2%
Genro/Nora 0.2%
Madrasta 0.2%
Sobrinho(a) 0.2%
Tio (a) 0.2%
ANÁLISE DO FLUXO
Nesta subseção

Considerando a onsiderantEm se tratando atsnental para que exista um


funcionamento ideal das redes de saúde, assistência, educação, geração e renda e defesa
social. A comunicação entre os mais diversos setores e serviços potencializa a qualidade de
atendimento ao/à usuário/a. Norteados por essa diretriz, é fundamental que o recebimento de
denúncias esteja a serviço da população LGBT como ferramenta importante para visibilidade
das violações contra o segmento, e a realização do trabalho em prol do fortalecimento,
empoderamento e superação da situação conflituosa.

A coordenadoria LGBT também vislumbra a ideia de realizar um mapeamento


de todos os instrumentos do estado de Pernambuco, identificar onde cada um deles atua
e, a partir daí, fazer uma readequação das sistemáticas, com o propósito de inserir o
recorte de população LGBT. “Nós, enquanto coordenadoria LGBT, já fomos acionados
pela SecMulher na realização de um atendimento específico e desejamos que esta
prática seja ainda mais comum. Uma vez que o governador Paulo Câmara visualiza a
importância da atenção aos segmentos sociais”, explica o coordenador da política LGBT
da Seses, Marcone Costa.

O gráfico abaixo indicará os tipos de violações e as violações mais recorrentes


sofridas pelas vítimas de homofobia. Em destaque está à violência psicológica,
discriminação e violência física. Importante destacar também a violência institucional,
ou seja, violência no ambiente do trabalho representando 9% do total geral. Em
construção
Gráfico 13 – Tipo de violação

Tipo de Violação
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
DISCRIMINAÇÃO
VIOLÊNCIA FÍSICA
VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL
NEGLIGÊNCIA
SSUNTOS RELACIONADOS A DIREITOS HUMANOS
NCEIRO E ECONÔMICO/ VIOLÊNCIA PATRIMONIAL
VIOLÊNCIA SEXUAL
TRÁFICO DE PESSOAS
PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES

2018 2019

Inserir porcentagem e separa gráficos por ano

No que se refere ao tipo de violação contra pessoas LGBT mais recorrente nos 10 , a
violência Psicológica ( xingamentos, injúria, hostilização, humilhação, entre outros) aparece em
1º lugar no ranking com %, seguido da discriminação , , com 28%. A violência física também
aparece entre as mais cometidas (16%), violência institucional 6,7%, negligência e outras
violações com 1,7% e 6%, respectivamente.

ANÁLISE DAS VIOLAÇÕES DENTRO DE DISCRIMINAÇÃO


ANÁLISE DO FLUXO

Inserir texto introdutório e análise crítica dos fluxos utilizado com base nos
levantamentos e material de apoio.

Tabela 4 – Tipo de violação por UF


TIPO DE VIOLAÇÃO - 2018 A D M M P PE RJ R RS SP TOT %
M F A T A N AL
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA 17 28 11 10 15 37 100 17 35 202 472 34,40%
DISCRIMINAÇÃO 13 26 13 10 14 36 78 13 33 180 416 30,32%
VIOLÊNCIA FÍSICA 12 15 8 11 15 22 60 12 15 86 256 18,66%
VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL 2 6 3   4 7 18 3 15 46 104 7,58%
OUTRAS VIOLAÇÕES / OUTROS 1 12     1   18 2 1 13 48 3,50%
ASSUNTOS RELACIONADOS A
DIREITOS HUMANOS
NEGLIGÊNCIA 4 1 1 2   1 1 1 3 19 33 2,41%
ABUSO FINANCEIRO E 1 2   3   2 3   1 10 22 1,60%
ECONÔMICO/ VIOLÊNCIA
PATRIMONIAL
VIOLÊNCIA SEXUAL 1 1       1 1   3 8 15 1,09%
TRÁFICO DE PESSOAS                   3 3 0,22%
TRABALHO ESCRAVO                   2 2 0,15%
TORTURA E OUTROS             1       1 0,07%
TRATAMENTOS OU PENAS CRUÉIS,
DESUMANOS OU DEGRADANTES
TOTAL 51 91 36 36 49 106 280 48 106 569 1372 100,00
%

Tabela 5 – Tipo de violação por UF


TIPO DE VIOLAÇÃO - 2019 A DF M M PA PE RJ R RS SP TOTA %
M A T N L
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA 8 11 17 6 7 26 86 7 21 172 361 37,45%
DISCRIMINAÇÃO 7 12 17 6 7 23 68 9 20 155 324 33,61%
VIOLÊNCIA FÍSICA 1 11 7   4 13 22 1 9 53 121 12,55%
VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL 1 3 4 1   5 14 1 5 50 84 8,71%
NEGLIGÊNCIA   2 2 1   1 7   3 29 45 4,67%
ABUSO FINANCEIRO E 1 2     1   2   1 6 13 1,35%
ECONÔMICO/ VIOLÊNCIA
PATRIMONIAL
VIOLÊNCIA SEXUAL     1     2 2   1 6 12 1,24%
OUTRAS VIOLAÇÕES / OUTROS           1       1 2 0,21%
ASSUNTOS RELACIONADOS A
DIREITOS HUMANOS
TORTURA E OUTROS     1               1 0,10%
TRATAMENTOS OU PENAS
CRUÉIS, DESUMANOS OU
DEGRADANTES
TRÁFICO DE PESSOAS                   1 1 0,10%
TOTAL 18 41 49 14 19 71 201 18 60 473 964 100,00
%
Monitoramento Geral Encaminhamento % encaminhamentos Respondid %
s o respondido
Conselho Tutelar 1 0% 1 100%
Conselhos de Direitos 200 11% 6 3%
Corregedorias 68 4% 3 4%
Órgãos da Segurança Pública 194 11% 25 13%
Órgãos Socioassistenciais 164 9% 9 5%
Outros Serviços 13 1% 1 8%
Ouvidorias 45 2% 15 33%
Poder Executivo Estadual 414 23% 17 4%
Poder Executivo Federal 2 0% 0%
Sistema de Justiça 717 39% 265 37%
Total geral 1818 100% 342 19%
Tabela 6 – Tipo de violação por UF

Tabela 7 – Tipo de violação por UF


AM Encaminhamento % encaminhamentos Respondid %
s o respondido
Corregedorias 2 4%   0%
Órgãos da Segurança Pública 5 9% 1 20%
Órgãos Socioassistenciais 23 43%   0%
Ouvidorias 1 2%   0%
Sistema de Justiça 22 42% 2 9%
Total geral 53 100% 3 6%

Tabela 8 – Tipo de violação por UF


DF Encaminhamento % encaminhamentos Respondid %
s o respondido
Conselho Tutelar 1 1% 1 100%
Corregedorias 11 12% 0%
Órgãos da Segurança 16 17% 1 6%
Pública
Outros Serviços 1 1% 1 100%
Ouvidorias 2 2% 1 50%
Poder Executivo Estadual 37 39% 0%
Sistema de Justiça 26 28% 21 81%
Total geral 94 100% 25 27%
Tabela 9 – Tipo de violação por UF
MA Encaminhamento % encaminhamentos Respondido %
s respondido
Corregedorias 1 2% 0%
Órgãos da Segurança 5 10% 0%
Pública
Ouvidorias 1 2% 0%
Poder Executivo Estadual 11 23% 0%
Sistema de Justiça 30 63% 6 20%
Total geral 48 100% 6 13%

Tabela 10 – Tipo de violação por UF


MT Encaminhamento % encaminhamentos Respondido % respondido
s
Conselhos de Direitos 9 20% 2 22%
Órgãos da Segurança 9 20% 2 22%
Pública
Órgãos Socioassistenciais 9 20% 0%
Sistema de Justiça 18 40% 9 50%
Total geral 45 100% 13 29%

Tabela 11 – Tipo de violação por UF


PA Encaminhamento % encaminhamentos Respondid %
s o respondido
Conselhos de Direitos 28 33% 0%
Corregedorias 1 1% 0%
Órgãos da Segurança 22 26% 1 5%
Pública
Sistema de Justiça 34 40% 2 6%
Total geral 85 100% 3 4%

Tabela 12 – Tipo de violação por UF


PE Encaminhamento % encaminhamentos Respondid %
s o respondido
Conselhos de Direitos 6 5% 0%
Corregedorias 1 1% 0%
Órgãos da Segurança 17 15% 0%
Pública
Órgãos Socioassistenciais 4 4% 4 100%
Ouvidorias 7 6% 2 29%
Poder Executivo Estadual 49 45% 4 8%
Sistema de Justiça 26 24% 9 35%
Total geral 110 100% 19 17%
Tabela 13 – Tipo de violação por UF
RJ Encaminhamento % encaminhamentos Respondid %
s o respondido
Conselhos de Direitos 136 38% 1 1%
Corregedorias 25 7% 1 4%
Órgãos da Segurança 32 9% 1 3%
Pública
Órgãos Socioassistenciais 7 2% 2 29%
Ouvidorias 6 2% 0%
Poder Executivo Estadual 2 1% 0%
Poder Executivo Federal 1 0% 0%
Sistema de Justiça 153 42% 62 41%
Total geral 362 100% 67 19%

Tabela 14 – Tipo de violação por UF


RN Encaminhamento % encaminhamentos Respondid %
s o respondido
Conselhos de Direitos 6 11% 2 33%
Corregedorias 1 2% 0%
Outros Serviços 11 20% 0%
Ouvidorias 3 5% 2 67%
Poder Executivo Estadual 15 27% 10 67%
Sistema de Justiça 19 35% 11 58%
Total geral 55 100% 25 45%

Tabela 15 – Tipo de violação por UF


RS Encaminhamento % encaminhamentos Respondid %
s o respondido
Conselhos de Direitos 4 3% 0%
Corregedorias 8 6% 1 13%
Órgãos da Segurança 11 9% 0%
Pública
Ouvidorias 7 6% 2 29%
Poder Executivo Estadual 44 35% 2 5%
Poder Executivo Federal 1 1% 0%
Sistema de Justiça 49 40% 5 10%
Total geral 124 100% 10 8%
Tabela 16 – Tipo de violação por UF
SP Encaminhamento % encaminhamentos Respondid %
s o respondido
Conselhos de Direitos 11 1% 1 9%
Corregedorias 18 2% 1 6%
Órgãos da Segurança 77 9% 19 25%
Pública
Órgãos Socioassistenciais 121 14% 3 2%
Outros Serviços 1 0% 0%
Ouvidorias 18 2% 8 44%
Poder Executivo Estadual 256 30% 1 0%
Sistema de Justiça 340 40% 138 41%
Total geral 842 100% 171 20%
5. CONCLUSÃO

Após análise dos dados, percebe-se que os fluxos de encaminhamento de


denúncias de violação de Direitos de pessoas LGBT, do Disque 100, pois
seguem o mesmo padrão mesmo existindo órgãos que integram o sistema de
garantia de direitos diferentes no citados Estados bem como ferramentas jurídicas
Estaduais diferentes. Em construção
O material analisado disponibilizado pela Ouvidoria Nacional de Direitos
Humanos (inserir como anexo), evidencia uma replicação de fluxos a despeito
das realidades dos territórios, a ausência de mapeamento de rede atualizada, de
procedimento para definição do fluxo com base nas exceções, gravidade e
natureza da denúncia e competência do órgão, corroboram que a aplicação do
fluxo para o direcionamento da denúncia na maioria das vezes fica sob a
responsabilidade da empresa contratada, sem a validação da Rede de proteção e
garantia constituída nos Estados listados já que não há formalização por meio de
qualquer instrumento a qual atribui a responsabilidade de cada parte na recepção,
averiguação, proteção, monitoramento e devolutiva quanto a efetividade do fluxo
aplicado, ou seja, não há evidencia de procedimentos institucionais a serem
seguidos para além da forma de recepção e registro das denúncias. Em
construção – pontuações preliminares sem conclusão da análise pontual de
todas as informações e materiais disponíveis, sobretudo fluxos, boas práticas.

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