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Por
Levi Déchirer.
Bem, muitos provavelmente não ligam para o que está escrito aqui, ou então
não vão sentir de fato o que está aqui. Antes de tudo, isso provavelmente vai
lhe causar uma repulsão pelo vasto horror ocasionado na obra, caso tenha a
mente fraca, peço que não leia — por mais que eu deseje que todos a quem é
teatro, sim, um teatro de algo muito maior e mais significativo do que podem
superar a morte desse ente querido. Eu me enxergo naquela mulher que caiu
personagem desse conto. Dou a vocês o espaço para sentir essa obra com
tempo mortos, agora carregava um corpo rolante; corpo este de uma linda
mulher. Ela ao chegar no fundo daquele buraco, não podia ver nada, estava
desesperada.
— Está tudo bem, ainda tenho as doces e boas memórias, e elas nunca irão
Nem mesmo eu sei, mas suponho que sejam de um tempo vivido ao lado de
— Está tudo bem, ainda me restam as boas memórias, e elas nunca irão me
acabou me deixando curioso, porém morto nada posso fazer. Não havia vida lá
dentro, a luz não era capaz de alcançar as sedentas plantas que acabavam por
— Boas memórias, elas nunca vão me deixar — novamente ela disse, tendo o
nítido seria visto. Tudo o que podia fazer era lembrar daquelas doces memórias
por suas pernas e todo o seu íntimo se enchia dessa sensação bizarra. Os
toques indicavam somente algo: larvas malditas, que haviam devorado a pele e
se alojaram naquele corpo que havia caído e como tudo que acaba ali, parecia
jogado para morrer. — Memórias e larvas, elas nunca irão me deixar — dizia
fígado descascado. Ver que existia vida naquele lugar horrível foi mais incrível
e feliz que o sorriso alegre se esboçava rente ao sangue e lágrima que ainda
escorria pela dor não mais tão notável, mas que ainda era desesperadora.
Capítulo II.
de sua pequena família; sim, a rainha das larvas tinha súditos e serviçais, que
se alojavam no reino daquela mulher tão incrível. Aquilo a matava, mas nada
disso importava para alguém que já havia perdido sua própria vida ao cair no
E nada encontrava, nada digno de ser chamado de vida, tudo ali era simples
ao desespero eterno e acabar acabando com o seu próprio sufoco, uma hoste
de pássaros surgia no fundo daquele lugar. O cântico angelical reverberou por
no maldito mar de lágrimas e gritos de alívio, a vida enfim residia ao seu lado.
todo servo descarado que habitava nela. Infelizmente a felicidade durava pouco
miravam nas tripas expostas da mulher, mas por incrível que pareça, aquilo
não abalou sua alegria que ainda era imensurável — por mais que aquelas
Capítulo III.
garota, mas ela ainda não ligava para seu próprio corpo. Ela gritava feito uma
e buscando salvar a vida que restava ainda. Sangue escapava por todo o seu
migalhas de algum plantio era carregado por um último pássaro — que ainda
acabava por atravessar sua cabeça, mas nada disso era suficiente para tirar o
enquanto olhava a moldura que cercava uma foto de sua esposa. Ele ainda a
procurava.
A vida iria presentear aquela mulher incrível; uma árvore acabava por brotar
abismo enorme, não parando por aí, e continuando a crescer. Se criou com
tanta vida e amor, que a ela foi dada o nome da esposa ainda desaparecida do
orgânica nasceu, com suas raízes fortes e inundando o abismo com sua luz, o
propósito de sua rainha era o de morrer, sim, esse era seu propósito. Seu
objetivo era parir uma criança que levasse graça ao abismo, em meio aos
súditos fiéis que habitavam na mulher chorosa, poderia descansar em paz, mas