O documento discute estratégias para sala de aula baseada em resolução de problemas e relações interativas. Ele descreve como a aprendizagem natural requer mais tempo do que a escola oferece, e que os professores devem fornecer tempo para que as crianças trabalhem sozinhas nos problemas. Também fornece dicas para planejar tarefas de resolução de problemas considerando diversidade de alunos. Finalmente, discute a importância de estabelecer relações entre professores, alunos e conteúdo, e como criar um ambiente que favoreça
O documento discute estratégias para sala de aula baseada em resolução de problemas e relações interativas. Ele descreve como a aprendizagem natural requer mais tempo do que a escola oferece, e que os professores devem fornecer tempo para que as crianças trabalhem sozinhas nos problemas. Também fornece dicas para planejar tarefas de resolução de problemas considerando diversidade de alunos. Finalmente, discute a importância de estabelecer relações entre professores, alunos e conteúdo, e como criar um ambiente que favoreça
O documento discute estratégias para sala de aula baseada em resolução de problemas e relações interativas. Ele descreve como a aprendizagem natural requer mais tempo do que a escola oferece, e que os professores devem fornecer tempo para que as crianças trabalhem sozinhas nos problemas. Também fornece dicas para planejar tarefas de resolução de problemas considerando diversidade de alunos. Finalmente, discute a importância de estabelecer relações entre professores, alunos e conteúdo, e como criar um ambiente que favoreça
Registro da epígrafe do capítulo proposto para leitura nesse tópico-aula
"A aprendizagem natural (...) não ocorre em um esquema de
horários e em geral requer mais tempo do que as escolas estão organizadas para oferecer. As experiências em resolução de pro#blemas levam tempo. É essencial que os professores forneçam o tempo necessário para as crianças trabalharem nas atividades por si mesmas e que os professores não terminem retornando ao ensino expositivo para assegurar eficiência". Burns (1992, p. 30)
A citação acima é interessante por estabelecer uma tensão entre INVESTIGAÇÃO (do aluno) e TRANSMISSÃO POR EXPOSIÇÃO (do professor). Às vezes uma resposta ou o "decreto" de
necessidade de se aprender pode esmagar a curiosidade e a vontade de desenvolver o
pensamento.
O capítulo fornece dicas práticas para aplicar a Resolução de Problemas à sala de
aula, EM ETAPAS:
"O esquema apresentado aqui é um possível formato para o pla#nejamento:
● A matemática ou objetivos. ● A tarefa e as expectativas. ● Os materiais e a preparação necessários. ● As atividades da fase “antes”. ● As sugestões da fase “durante” e as extensões para os que completarem as tarefas primeiro. ● O formato das discussões da fase “depois” da lição. ● As anotações de avaliação (quem e como você quer avaliar)"
"Além de usar uma abordagem baseada na resolução de pro#blemas, há coisas específi
cas que você pode fazer para atender à diversidade em sua sala de aula. ● Verifi que se os problemas têm múltiplos pontos de par#tida. ● Planeje tarefas diferenciadas. ● Forme grupos heterogêneos. ● Faça acomodações e modifi cações para os aprendizes de língua inglesa. ● Escute os estudantes com cuidado."
* Relações INTERATIVAS em sala de aula
"... a chave de todo ensino: as relações que se
estabelecem entre os professores, os alunos e os conteúdos de aprendizagem."
No capítulo de livro referente a esse outro tópico-aula, o autor Antoni Zabala
discorre sobre a construção de uma prática baseada na concepção construtivista para a educação escolar. "Segundo esta concepção, ensinar envolve estabelecer uma série de relações que devem conduzir à elaboração, por parte do aprendiz, de representações pessoais sobre o conteúdo objeto de aprendizagem. A pessoa, no processo de aproximação aos objetos da cultura, utiliza sua experiência e os instrumentos que lhe permitem construir uma interpretação pessoal e subjetiva do que é tratado." "A interação direta entre alunos e professor tem que permitir a este, tanto quanto for possível, o acompanhamento dos processos que os alunos e alunas vão realizando na aula". "na boa lógica construtivista, parece mais adequado pensar numa organização que favoreça as interações em diferentes níveis: em relação ao grupo-classe, quando de uma exposição; em relação aos grupos de alunos, quando a tarefa o requeira ou o permita; interações individuais, que permitam ajudar os alunos de forma mais específica; etc."
"É imprescindível prever propostas de atividades articuladas e
situações que favoreçam diferentes formas de se relacionar e interagir: distribuições grupais, com organizações internas convenientemente estruturadas através de equipes fixas e móveis com atribuições de responsabilidades claramente definidas; espaços de debate e comu#nicação espontâneos e regrados, como resultado da resolução de um conflito determinado nas assembléias periódicas; trabalhos de campo, excursões e visitas que situem os alunos frente à necessidade de resolver situações de convivência diferentes das que habitualmente lhes oferece a escola, a família ou o grupo de amigos; conjuntos de atividades e tarefas que gerem e favoreçam uma multiplicidade de situações comunicativas e de inter-relação que possam ser orientadas e utilizadas educativamente por parte dos professores."
"um planejamento como previsão das intenções e como
plano de intervenção, entendido como um marco flexível para a orien#tação do ensino, que permita introduzir modificações e adaptações, tanto no planejamento mais a longo prazo como na aplicação pontual, segundo o conhecimento que se vá adquirindo através das manifestações e produções dos alunos, seu acompanhamento constante e a avaliação continuada de seu progresso."
"Para poder estabelecer os vínculos entre os novos conteúdos e os
conhecimentos prévios, em primeiro lugar é preciso determinar que interesses, motivações, comportamento, habilidades, etc., devem cons#tituir o ponto de partida. Para conseguir que os alunos se interessem é preciso que os objetivos de saber, realizar, informar-se e aprofundar sejam uma conseqüência dos interesses detectados; que eles possam saber sempre o que se pretende nas atividades que realizam e que sintam que o que fazem satisfaz alguma necessidade. Mas para isso é indispensável que os meninos e meninas tenham a oportunidade de expressar suas próprias idéias e, a partir delas, convém potencializar as condições que lhes permitam revisar a fundo estas idéias e a ampliar as experiências com outras novas, fazendo com que se dêem conta, também, de suas limitações, situando-os em condição de modificá-las se for necessário, ao mesmo tempo que se buscam outras alternativas."
"Formar na liberdade supõe considerá-la como uma possibilidade de
expressão e ação (exercício responsável ao direito à liberdade); portanto, será necessário poder viver sensações em que se tenha cada vez mais a possibilidade de exercê-la. Trata-se de criar um clima em que os meninos e meninas percebam que são levados em conta; em que haja espaços onde possam atuar sentindo que o fazem segundo seus próprios critérios. São atividades em que as relações pessoais e coletivas são entendidas como vínculos de reciprocidade que fomentam a elaboração de projetos pessoais adequados às próprias necessidades e interesses em comple#mentaridade com os dos demais. Neste sentido, convém evitar situações enganosas em que se dá liberdade aos alunos para que decidam o que convém que decidam; em que não se deixa que se enganem. Com os limites necessários para assegurar sua formação pessoal, educar na liber#dade supõe assumir alguns riscos: os que decorrem de ter que renunciar à regulação externa exaustiva das decisões e dos comportamentos dos alunos. Portanto, educar na liberdade é educar nos critérios que tornam possível seu exercício responsável e respeitoso em relação aos demais".