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Anotações 07/12/21

*Sala de aula baseada em RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Registro da epígrafe do capítulo proposto para leitura nesse tópico-aula

"A aprendizagem natural (...) não ocorre em um esquema de


horários e em geral requer mais tempo do que as escolas estão
organizadas para oferecer. As experiências em resolução de pro#blemas levam tempo.
É essencial que os professores forneçam o
tempo necessário para as crianças trabalharem nas atividades
por si mesmas e que os professores não terminem retornando ao
ensino expositivo para assegurar eficiência". Burns (1992, p. 30)

A citação acima é interessante por estabelecer uma tensão entre INVESTIGAÇÃO (do
aluno)
e TRANSMISSÃO POR EXPOSIÇÃO (do professor). Às vezes uma resposta ou o "decreto" de

necessidade de se aprender pode esmagar a curiosidade e a vontade de desenvolver o


pensamento.

O capítulo fornece dicas práticas para aplicar a Resolução de Problemas à sala de


aula,
EM ETAPAS:

"O esquema apresentado aqui é um possível formato para o pla#nejamento:


● A matemática ou objetivos.
● A tarefa e as expectativas.
● Os materiais e a preparação necessários.
● As atividades da fase “antes”.
● As sugestões da fase “durante” e as extensões para os que
completarem as tarefas primeiro.
● O formato das discussões da fase “depois” da lição.
● As anotações de avaliação (quem e como você quer avaliar)"

"Além de usar uma abordagem baseada na resolução de pro#blemas, há coisas específi


cas que você pode fazer para atender à
diversidade em sua sala de aula.
● Verifi que se os problemas têm múltiplos pontos de par#tida.
● Planeje tarefas diferenciadas.
● Forme grupos heterogêneos.
● Faça acomodações e modifi cações para os aprendizes de
língua inglesa.
● Escute os estudantes com cuidado."

* Relações INTERATIVAS em sala de aula

"... a chave de todo ensino: as relações que se


estabelecem entre os professores, os alunos e os conteúdos de aprendizagem."

No capítulo de livro referente a esse outro tópico-aula, o autor Antoni Zabala


discorre sobre a construção de uma prática baseada na concepção construtivista
para a educação escolar. "Segundo esta concepção, ensinar envolve estabelecer uma
série de
relações que devem conduzir à elaboração, por parte do aprendiz, de
representações pessoais sobre o conteúdo objeto de aprendizagem. A
pessoa, no processo de aproximação aos objetos da cultura, utiliza sua
experiência e os instrumentos que lhe permitem construir uma
interpretação pessoal e subjetiva do que é tratado."
"A interação direta entre alunos e professor tem
que permitir a este, tanto quanto for possível, o acompanhamento
dos processos que os alunos e alunas vão realizando na aula".
"na boa lógica construtivista, parece mais adequado
pensar numa organização que favoreça as interações em diferentes
níveis: em relação ao grupo-classe, quando de uma exposição; em relação
aos grupos de alunos, quando a tarefa o requeira ou o permita; interações
individuais, que permitam ajudar os alunos de forma mais específica; etc."

"É imprescindível prever propostas de atividades articuladas e


situações que favoreçam diferentes formas de se relacionar e interagir:
distribuições grupais, com organizações internas convenientemente
estruturadas através de equipes fixas e móveis com atribuições de
responsabilidades claramente definidas; espaços de debate e comu#nicação
espontâneos e regrados, como resultado da resolução de um
conflito determinado nas assembléias periódicas; trabalhos de campo,
excursões e visitas que situem os alunos frente à necessidade de resolver
situações de convivência diferentes das que habitualmente lhes oferece a
escola, a família ou o grupo de amigos; conjuntos de atividades e tarefas
que gerem e favoreçam uma multiplicidade de situações comunicativas e
de inter-relação que possam ser orientadas e utilizadas educativamente
por parte dos professores."

"um planejamento como previsão das intenções e como


plano de intervenção, entendido como um marco flexível para a orien#tação do
ensino, que permita introduzir modificações e adaptações, tanto
no planejamento mais a longo prazo como na aplicação pontual, segundo
o conhecimento que se vá adquirindo através das manifestações e
produções dos alunos, seu acompanhamento constante e a avaliação
continuada de seu progresso."

"Para poder estabelecer os vínculos entre os novos conteúdos e os


conhecimentos prévios, em primeiro lugar é preciso determinar que
interesses, motivações, comportamento, habilidades, etc., devem cons#tituir o ponto
de partida. Para conseguir que os alunos se interessem é
preciso que os objetivos de saber, realizar, informar-se e aprofundar
sejam uma conseqüência dos interesses detectados; que eles possam
saber sempre o que se pretende nas atividades que realizam e que sintam
que o que fazem satisfaz alguma necessidade. Mas para isso é
indispensável que os meninos e meninas tenham a oportunidade de
expressar suas próprias idéias e, a partir delas, convém potencializar as
condições que lhes permitam revisar a fundo estas idéias e a ampliar as
experiências com outras novas, fazendo com que se dêem conta, também,
de suas limitações, situando-os em condição de modificá-las se for
necessário, ao mesmo tempo que se buscam outras alternativas."

"Formar na liberdade supõe considerá-la como uma possibilidade de


expressão e ação (exercício responsável ao direito à liberdade); portanto,
será necessário poder viver sensações em que se tenha cada vez mais a
possibilidade de exercê-la. Trata-se de criar um clima em que os meninos
e meninas percebam que são levados em conta; em que haja espaços onde
possam atuar sentindo que o fazem segundo seus próprios critérios. São
atividades em que as relações pessoais e coletivas são entendidas como
vínculos de reciprocidade que fomentam a elaboração de projetos
pessoais adequados às próprias necessidades e interesses em comple#mentaridade com
os dos demais. Neste sentido, convém evitar situações
enganosas em que se dá liberdade aos alunos para que decidam o que
convém que decidam; em que não se deixa que se enganem. Com os
limites necessários para assegurar sua formação pessoal, educar na liber#dade supõe
assumir alguns riscos: os que decorrem de ter que renunciar
à regulação externa exaustiva das decisões e dos comportamentos dos
alunos. Portanto, educar na liberdade é educar nos critérios que tornam
possível seu exercício responsável e respeitoso em relação aos demais".

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