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LEI GERAL
DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
PERGUNTAS E RESPOSTAS
São Paulo
Outubro - 2007
ÍNDICE
PERGUNTAS E RESPOSTAS
SIMPLES NACIONAL
CARACTERÍSTICAS .................................................................... 05
2. Opção ...................................................................................... 08
6. Cálculo .................................................................................... 23
8. Sublimites ................................................................................ 28
9. Consultas ................................................................................. 30
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
1.1. O que é o Simples Nacional?
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e fa-
vorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, aplicável às
Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007.
Nota:
Para fins de enquadramento na condição de ME ou EPP, deve-se considerar
o somatório das receitas de todos os estabelecimentos.
2. OPÇÃO
2.1. Quem pode optar pelo Simples Nacional?
As Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) que não incor-
ram em nenhuma das vedações previstas na Lei Complementar nº 123, de
14.12.2006.
Nota:
As exceções à lista acima encontram-se na Pergunta 2.3.
Nota:
As pessoas jurídicas regularmente optantes pelo Simples Federal, em
30.06.2007, que não possuíam pendências fiscais e cadastrais, com exceção
das impedidas de optar pelo Simples Nacional, migraram automaticamente
para o Simples Nacional.
Notas:
1. Excepcionalmente, para o ano-calendário de 2007, a opção a que se
refere o art. 7º poderá ser realizada do primeiro dia útil de julho de 2007
até o último dia útil da primeira quinzena de agosto de 2007, produzindo
efeitos a partir de 1º de julho de 2007.
2. Na hipótese de início de atividade no ano-calendário da opção, a ME e
a EPP poderão efetuar a opção pelo Simples Nacional no prazo de até 10
dias contados do último deferimento de inscrição cadastral, seja Estadual
ou Municipal.
Nota:
Ver Pergunta 3.1 para obter mais informações acerca do Parcelamento Es-
pecial para ingresso no Simples Nacional.
Notas:
1. O indeferimento do pedido de parcelamento acarreta a exclusão do
Simples Nacional, com efeitos retroativos a 01.07.2007.
2. Relativamente aos demais tributos não incluídos no Simples Nacional
(IPTU, IPVA, II, taxas e outros), a regularização dos débitos deverá ob-
servar as condições estabelecidas pelas legislações dos respectivos entes
federativos.
4. RECEITA BRUTA
4.1 o que se considera receita bruta para fins do Simples Nacional?
Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas ope-
rações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas
operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos
incondicionais concedidos.
Exemplos:
1. A empresa P.A.T.T.A. Ltda inicia atividade no dia 05/09/2007. Considera-se o pe-
ríodo de 4 meses completos (setembro, outubro, novembro e dezembro), Logo,
o limite de EPP para essa empresa, nesse ano-calendário é de R$ 800.000,00.
2. A empresa de comércio de roupas infantis P.A.U.L.A. Ltda entra em ativi-
dade no dia 15/12/2007. Considera-se o período de um mês completo (de-
zembro). Logo, o limite de EPP para essa empresa, nesse ano-calendário, é
de R$ 200.000,00.
3. O restaurante F.A.F.A. Ltda iniciou atividade no mês de abril de 2007. To-
talizou receita bruta durante os meses de abril, maio e junho no valor de R$
700.000,00. Essa empresa poderá optar pelo Simples Nacional em julho de
2007? Sim. Entretanto, essa empresa não poderá ultrapassar nesse mesmo
ano-calendário o limite de R$ 1.800.000,00 (R$ 200.000,00 x 9 meses), hipó-
tese em que estaria excluída do Simples Nacional.
Nota:
A opção pelos Estados por sublimite implicará a adoção desse mesmo su-
blimite de receita bruta anual para efeito de recolhimento na forma do ISS
dos Municípios nele localizados.
Exemplos:
1. Caso a prefeitura de Nova Prata (RS) tome um serviço de vigilância de uma
EPP sediada em Rio Grande (RS), deverá fazer a retenção na forma da lei lo-
cal. Essa EPP poderá segregar a receita já retida (ISS retido em Nova Prata) e,
conseqüentemente, quando da apuração do valor devido do Simples Nacional
não será considerado o percentual do ISS no cálculo.
2. Entretanto, se a Prefeitura de Nova Prata tomar um serviço de treinamento
de uma ME de Rio Grande, considerando que essa atividade não se encontra
dentre aquelas previstas para recolhimento no local da prestação, não deverá
efetuar a retenção do ISS. Nesse caso, essa ME não deverá segregar essa re-
ceita como sujeita a retenção na fonte (mesmo que tenha havido retenção do
ISS pela Prefeitura de Nova Prata).
3. Considerando o exemplo do item 2, se a ME de treinamento for sediada
em Nova Prata e a lei local previr a retenção, a ME deverá segregar essa recei-
ta como sendo de retenção, não sendo considerado pelo aplicativo do cálculo
o percentual do ISS no cômputo do valor devido do Simples Nacional.
6. CÁLCULO
6.1 A Lei Complementar nº 123, de 2006, determina que será dis-
ponibilizado sistema eletrônico para a realização do cálculo simplifi-
cado do valor mensal do Simples Nacional. De que forma as Micro-
empresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) terão acesso
a esse sistema?
Exemplo:
A Papelaria C.A.R.O.L. Ltda, optante pelo Simples Nacional, obteve receita
bruta resultante exclusivamente da revenda de mercadorias não sujeitas a
substituição tributária. A empresa não possui filiais.
Convenções:
PA = Período de apuração;
Dados da empresa:
Receita Bruta de julho = R$ 25.000,00
RBA = R$ 135.000,00
alíquota dessa faixa = 5,47% RBT12 = R$ 220.000,00 (Anexo I)
Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
30 20 20 10 10 25 25 =135
15 15 15 15 25 25 30 20 20 10 10 20 =220
8. SUBLIMITES
8.1 O que são sublimites?
São limites diferenciados de faixas de receita bruta para Empresas de Pequeno
Porte (EPP), que podem ser adotados pelos Estados e pelo Distrito Federal,
para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS. A adoção de sublimites depen-
de da participação do Estado ou do Distrito Federal no Produto Interno Bruto
(PIB) brasileiro, conforme abaixo:
• os Estados cuja participação no PIB seja de até 1% poderão optar pela
aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anu-
al até R$ 1.200.000;
• os Estados cuja participação no PIB seja superior a 1% e inferior a 5%
poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas
de receita bruta anual até R$ 1.800.000,00; e
Nota:
1. A adoção de sublimites é uma faculdade dos Estados e do Distrito Fede-
ral, que, no caso da não-opção por limites diferenciados de receita bruta,
deverão aplicar, em seus territórios, todas as faixas de receita previstas na
Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006.
2. Os Estados e o Distrito Federal devem se manifestar anualmente, até
o último dia útil de outubro, quanto à adoção de sublimites, com efeitos
para o ano-calendário seguinte. Excepcionalmente para o ano calendário
de 2007, essa manifestação aconteceu no mês de junho, sendo válida para
o mesmo ano.
3. Os sublimites adotados pelos Estados são obrigatoriamente válidos para
os Municípios neles localizados.
9. CONSULTAS
9.1. No caso de dúvida quanto à interpretação da legislação do Sim-
ples Nacional, como a Microempresa (ME) e a Empresa de Pequeno
Porte devem proceder?
Poderão formular consulta à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB),
nos termos da Resolução CGSN nº 13, de 23/07/2007.
Notas:
1. Em se tratando de consulta relativa ao ICMS ou ao ISS, a solução da con-
sulta ou a declaração de sua ineficácia competirá a Estados, Distrito Federal
ou Municípios, conforme o caso.
2. A consulta formalizada junto a ente não competente para solucioná-la
será declarada ineficaz.
3. Na hipótese de a consulta abranger assuntos de competência de mais de
um ente federativo, a ME ou a EPP deverá formular consultas em separado
para cada administração tributária.
4. A consulta será solucionada em instância única, não cabendo recurso
nem pedido de reconsideração, ressalvado o recurso de divergência, quan-
do previsto na legislação de cada ente federativo.
Nota:
No caso de a ME ou a EPP possuir mais de um estabelecimento, a consulta
será formulada pelo estabelecimento matriz, devendo este comunicar o
fato aos demais estabelecimentos, exceto se a consulta se referir ao ICMS
ou ao ISS.
10. EXCLUSÃO
10.1. Em que casos ocorrerá a exclusão da Microempresa (ME) ou da
Empresa de Peqeuno Porte (EPP) do Simples Nacional?
A exclusão do Simples Nacional será feita de ofício ou mediante comunicação
da própria ME ou EPP optante.
Será feita mediante comunicação da ME ou da EPP quando a mesma, espon-
taneamente, desejar deixar de ser optante pelo Simples Nacional (exclusão
por opção).
Deverá ser feita por comunicação quando a ME ou a EPP tiver ultrapassado
o limite proporcional de EPP no ano de início de atividade ou ainda tiver
incorrido em alguma situação de vedação prevista no art. 12 da Resolução
CGSN nº 4, de 2007 (casos de exclusão obrigatória). Para mais detalhes, ver
Pergunta 10.2.
Notas:
1. Na hipótese de o Estado adotar sublimite, caso a receita bruta auferida
durante o ano-calendário de início de atividades ultrapasse o sublimite pro-
porcional (R$ 100.000,00 ou R$ 150.000,00, conforme o caso, multiplica-
dos pelo número de meses compreendido entre o início de atividade e o
final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como
um mês inteiro), o estabelecimento da ME ou EPP neles localizado estará
impedido de recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples Nacional;
2. No caso de as ME e as EPP incorrerem na hipótese descrita no item 1,
deverão comunicar tal fato à RFB, por meio do Portal do Simples Nacional
na internet, até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário sub-
seqüente ao do início de atividade.
Notas:
1. Na hipótese prevista no item “a”, excepcionalmente no ano-calendário
de 2007, o pedido de exclusão efetuado até 15/08/2007 produzirá efeitos
desde 01/07/2007.
2. Na hipótese prevista no item “e”, será permitida a permanência da ME
e da EPP como optante pelo Simples Nacional mediante a comprovação da
regularização do débito no prazo de até 30 (trinta) dias contado a partir da
ciência da exclusão.
3. A ME ou a EPP excluída do Simples Nacional sujeitar-se-á, a partir do
período em que se processarem os efeitos da exclusão, às normas de tri-
butação aplicáveis às demais pessoas jurídicas.
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Fonte:
Secretaria da Receita Federal do Brasil
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