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PERGUNTAS E RESPOSTAS

LEI GERAL
DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006


Associação das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo
Associação Paulista dos Municípios
Banco Nossa Caixa
Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo
Fecomércio - Federação do Comércio do Estado de São Paulo
Federação da Agricultura do Estado de São Paulo
Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo
Federação das Industrias do Estado de São Paulo
Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Ordem dos Advogados do Brasil - São Paulo
Sebrae-SP
Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assesoramento,
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LEI GERAL
DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006

PERGUNTAS E RESPOSTAS

São Paulo
Outubro - 2007
ÍNDICE

PERGUNTAS E RESPOSTAS

SIMPLES NACIONAL

CARACTERÍSTICAS .................................................................... 05

1. Noções Introdutórias .............................................................. 06

2. Opção ...................................................................................... 08

3. Parcelamento Especial para Ingresso no Simples Nacional ..... 16

4. Receita Bruta ........................................................................... 18

5. Substituição Tributária e Incentivos Fiscais ...............................21

6. Cálculo .................................................................................... 23

7. Valor Fixo, Isenção ou Redução .............................................. 27

8. Sublimites ................................................................................ 28

9. Consultas ................................................................................. 30

10. Exclusão ................................................................................. 31


Características

O Simples Nacional possui as seguintes características:


1. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Dis-
trito Federal e Municípios).
2. É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes:
quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados
e do Distrito Federal e dois dos Municípios.
3. Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das se-
guintes condições:
• enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno
porte;
• cumprir os requisitos previstos na legislação; e
• formalizar a opção pelo Simples Nacional.
4. Características principais do Regime do Simples Nacional:
• ser facultativo;
• ser irretratável para todo o ano-calendário;
• abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS,
ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência So-
cial a cargo da pessoa jurídica;
• apuração e recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento
único de arrecadação;
• disponibilização às ME e às EPP de sistema eletrônico para a realização do
cálculo do valor mensal devido;
• apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeco-
nômicas e fiscais;
• vencimento no último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente
ao do período de apuração;
• possibilidade de os Estados adotarem sublimites de EPP em função da
respectiva participação no PIB;

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 5


PERGUNTAS E RESPOSTAS

1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
1.1. O que é o Simples Nacional?
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e fa-
vorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, aplicável às
Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007.

1.2. Qual a abrangência da Lei complementar nº 123, de 2006?


A Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 estabelece normas gerais rela-
tivas às Microempresas e às Empresas de Porte no âmbito dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo, não só
o regime tributário diferenciado (Simples Nacional), como também aspectos
relativos às licitações públicas, às relações de trabalho, ao estímulo ao crédito,
à capitalização e à inovação, ao acesso à justiça, dentre outros.

1.3. A quem compete regulamentar o Simples Nacional?


Ao Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte (CGSN), instituído pelo Decreto nº 6.038, de 07.02.2007.
O CGSN, vinculado ao Ministério da Fazenda, trata dos aspectos tributários
do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte ( Lei
Complementar nº 123, de 14.12.2006) e é composto por representantes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

1.4. O que se considera como Microempresa (ME) e Empresa de Pe-


queno Porte (EPP) para efeitos do Simples Nacional?
Considera-se ME, para efeito do Simples Nacional, o empresário, a pessoa
jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
igual ou inferior a R$ 240.000,00.
Considera-se EPP, para efeito do Simples Nacional, o empresário, a pessoa

6 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta
superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00.

Nota:
Para fins de enquadramento na condição de ME ou EPP, deve-se considerar
o somatório das receitas de todos os estabelecimentos.

1.5. Os regimes especiais de tributação das Microempresas (ME) e das


Empresas de Pequeno Porte (EPP) próprios da união, dos estados e
dos municípios continuam em vigor a partir de 01.07.2007?
Os regimes especiais de tributação para ME e EPP próprios da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, tais como o Simples Federal e o
Simples Candango, cessarão a partir da entrada em vigor do Simples Nacional
(Constituição Federal, ADCT, art. 94).

1.6. O Simples Nacional abrange o recolhimento unificado de quais


tributos?
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento
único de arrecadação, dos seguintes tributos:
• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
• Contribuição para o PIS/Pasep;
• Contribuição para a Seguridade Social (cota patronal);
• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS);
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 7


Nota:
1. O recolhimento na forma do Simples Nacional não exclui a incidência de
outros tributos não listados acima.
2. Mesmo para os tributos listados acima, há situações em que o recolhi-
mento dar-se-á à parte do Simples Nacional.

1.7. O Simples Nacional é facultativo para estados e municípios?


Não. Todos os Estados e Municípios participam obrigatoriamente do Simples
Nacional.
Entretanto, a depender da participação de cada Estado no Produto Interno
Bruto (PIB) brasileiro, poderão ser adotados pelos Estados limites diferen-
ciados de receita bruta de EPP (sublimites), para efeitos de recolhimento do
ICMS ou do ISS.
Os municípios obrigatoriamente deverão adotar os sublimites dos Estados.

2. OPÇÃO
2.1. Quem pode optar pelo Simples Nacional?
As Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) que não incor-
ram em nenhuma das vedações previstas na Lei Complementar nº 123, de
14.12.2006.

2.2. Quem está impedido de optar pelo Simples Nacional?


As Microempresas (ME) ou as Empresas de Pequeno Porte (EPP):
• que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, receita
bruta superior a R$ 2.400.000,00;
• de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
• que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurí-
dica com sede no exterior;
• de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário

8 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferencia-
do nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, desde que a
receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00;
• cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra em-
presa não beneficiada pela Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, des-
de que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00;
• cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa
jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o
limite de R$ 2.400.000,00;
• constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
• que participe do capital de outra pessoa jurídica;
• que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de de-
senvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financia-
mento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de
distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de
arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de
previdência complementar;
• resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de des-
membramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-
calendário anteriores;
• constituída sob a forma de sociedade por ações;
• que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de
contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management),
compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo
ou de prestação de serviços (factoring);
• que tenha sócio domiciliado no exterior;
• de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indi-
reta, federal, estadual ou municipal;
• que preste serviço de comunicação;
• que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou
com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilida-

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 9


de não esteja suspensa;
• que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de
passageiros;
• que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de
energia elétrica;
• que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e
motocicletas;
• que exerça atividade de importação de combustíveis;
• que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alco-
ólicas, cigarros, armas, bem como de outros produtos tributados pelo IPI
com alíquota ad valorem superior a 20% ou com alíquota específica;
• que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exer-
cício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva,
artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, bem
como a que preste serviços de instrutor, de corretor, de despachante ou
de qualquer tipo de intermediação de negócios;
• que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
• que realize atividade de consultoria; e
• que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.

Nota:
As exceções à lista acima encontram-se na Pergunta 2.3.

2.3. Quais as atividades de prestação de serviços exercidas pelas Mi-


croempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) que não im-
pedem a sua opção pelo Simples Nacional?
Podem optar pelo Simples Nacional as ME e as EPP que se dediquem à pres-
tação de serviços não listados na Pergunta 2.2, bem como as que exerçam as
atividades abaixo, desde que não as exerçam em conjunto com outras ativi-
dades impeditivas:

10 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


• creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental;
• agência terceirizada de correios;
• agência de viagem e turismo;
• centro de formação de condutores de veículos automotores de transpor-
te terrestre de passageiros e de carga;
• agência lotérica;
• serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus,
outros veículos pesados, tratores, máquinas e equipamentos agrícolas;
• serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para veícu-
los automotores;
• serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e
bicicletas;
• serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório
e de informática;
• serviços de reparos hidráulicos, elétricos, pintura e carpintaria em resi-
dências ou estabelecimentos civis ou empresariais, bem como manuten-
ção e reparação de aparelhos eletrodomésticos;
• serviços de instalação e manutenção de aparelhos e sistemas de ar con-
dicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e tratamento de ar em
ambientes controlados;
• veículos de comunicação, de radiodifusão sonora e de sons e imagens, e
mídia externa;
• construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a
forma de subempreitada;
• transporte municipal de passageiros;
• empresas montadoras de estandes para feiras;
• escolas livres, de línguas estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais;
• produção cultural e artística;
• produção cinematográfica e de artes cênicas;
• cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros;

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 11


• academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;
• academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de
esportes;
• elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos,
desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante;
• licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;
• planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrôni-
cas, desde que realizados em estabelecimento do optante;
• escritórios de serviços contábeis;
• serviço de vigilância, limpeza ou conservação.

2.4. As Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP)


que exerçam atividades diversificadas, sendo apenas uma delas veda-
da e de pouca representatividade no total das receitas, podem optar
pelo Simples Nacional?
Não poderão optar pelo Simples Nacional as ME e as EPP que, embora exer-
çam diversas atividades permitidas, também exerçam pelo menos uma ativi-
dade vedada, independentemente da relevância da atividade impeditiva.

2.5. De que forma será efetuada a opção pelo Simples Nacional?


A opção pelo Simples Nacional dar-se-á somente na internet, por meio do
Portal do Simples Nacional, sendo irretratável para todo o ano-calendário.

Nota:
As pessoas jurídicas regularmente optantes pelo Simples Federal, em
30.06.2007, que não possuíam pendências fiscais e cadastrais, com exceção
das impedidas de optar pelo Simples Nacional, migraram automaticamente
para o Simples Nacional.

12 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


2.6. A opção pelo Simples Nacional poderá ser efetuada a qualquer
tempo?
Não. A opção pelo Simples Nacional somente poderá ser realizada no mês de
janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia
do ano-calendário da opção.

Notas:
1. Excepcionalmente, para o ano-calendário de 2007, a opção a que se
refere o art. 7º poderá ser realizada do primeiro dia útil de julho de 2007
até o último dia útil da primeira quinzena de agosto de 2007, produzindo
efeitos a partir de 1º de julho de 2007.
2. Na hipótese de início de atividade no ano-calendário da opção, a ME e
a EPP poderão efetuar a opção pelo Simples Nacional no prazo de até 10
dias contados do último deferimento de inscrição cadastral, seja Estadual
ou Municipal.

2.7. As Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP)


poderão optar pelo Simples Nacional em julho de 2007?
Sim. Excepcionalmente, para o ano-calendário de 2007, a opção a que se re-
fere o art. 7º poderá ser realizada do primeiro dia útil de julho de 2007 até o
último dia útil da primeira quinzena de agosto de 2007, produzindo efeitos a
partir de 1º de julho de 2007.

2.8. Uma vez feita a opção pelo Simples Nacional, as Microempresas


(ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) poderão solicitar o seu
cancelamento?
A opção pelo Simples Nacional é irretratável para todo o ano-calendário,
podendo a optante solicitar sua exclusão com efeitos para o ano-calendário
subseqüente. Excepcionalmente o cancelamento da opção pode ser efetuado
entre 02/07/2007 e 15/08/2007.

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 13


Notas:
Na hipótese de a ME ou a EPP excluir-se do Simples Nacional no mês de
janeiro, em se tratando de exclusão por opção, os efeitos dessa exclusão
dar-se-ão nesse mesmo ano-calendário.
Excepcionalmente, para o ano-calendário de 2007, a empresa poderá pedir
exclusão até 15/08/2007, produzindo efeitos desde 01/07/2007.

2.9. A Microempresa (ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP)


que não possuir Inscrição Estadual e/ou Municipal poderá optar pelo
Simples Nacional?
Todas as ME e as EPP que desejarem optar pelo Simples Nacional deverão ter
a inscrição Estadual e/ou Municipal, quando exigíveis, bem como a inscrição
no CNPJ.

2.10. A Microempresa (ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP)


que possuir débito tributário para com algum dos entes federativos
poderá ingressar no Simples Nacional?
É necessário que a empresa regularize os débitos tributários no período de
opção pelo Simples Nacional. O ente federativo pode prorrogar o prazo para
essa regularização até 31/10/2007, de acordo com o art. 21-A da Resolu-
ção nº 4, de 30/05/2007, acrescentado pelo art. 2º da Resolução nº 16, de
30/07/2007.

Nota:
Ver Pergunta 3.1 para obter mais informações acerca do Parcelamento Es-
pecial para ingresso no Simples Nacional.

14 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


2.11. Como deve proceder a Microempresa (ME) ou a Empresa de
Pequeno Porte (EPP) cuja opção pelo Simples Nacional não foi confir-
mada ao longo do mês de julho de 2007?
Quando a ME ou EPP tiver o seu pedido de opção negado, receberá, por meio
do Portal do Simples Nacional, Termo de Indeferimento da Opção. Caso o pe-
dido não seja deferido de imediato, será emitido um Aviso de Pendência.
Será emitido Termo de Indeferimento da Opção, diretamente por meio do
Portal do Simples Nacional, quando a RFB, em função das informações cadas-
trais da ME e da EPP, constatar situação impeditiva para a opção (códigos de
CNAE impeditivos, natureza jurídica não permitida etc).
Será emitido Aviso de Pendência, diretamente por meio do Portal do Simples
Nacional, quando a ME ou a EPP possuir débitos tributários junto à União,
Estados, Distrito Federal ou Municípios, ou ainda na hipótese de ausência de
inscrição estadual ou municipal, quando exigíveis.
Na hipótese de recebimento de Termo de Indeferimento, a ME ou a EPP
deverá sanar o motivo que deu causa à vedação, se possível, e efetuar nova
opção até às 20h do dia 15/08/2007.
Na hipótese de recebimento de Aviso de Pendência, a ME ou a EPP deverá
sanar a pendência junto ao ente federativo que a informou, no máximo até
15/08/2007, e aguardar o resultado da opção que somente será divulgado no
Portal do Simples Nacional em 29/08/2007.
A ME ou a EPP que receber Aviso de Pendência e não regularizar a sua situ-
ação no prazo permitido para a opção receberá Termo de Indeferimento da
Opção emitido pelo ente federativo no qual foi mantida a pendência.

2.12. As Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP)


optantes pelo Simples Federal precisarão optar pelo Simples Nacio-
nal ou essa opção será feita de forma automática?
A Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 prevê que serão consideradas
inscritas no Simples Nacional as ME e as EPP regularmente optantes pelo Sim-
ples Federal, salvo as que estiverem impedidas de optar por alguma vedação
imposta pela referida Lei Complementar.

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 15


2.13. As Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP)
optantes pelo Simples Federal que foram migradas automaticamente
para o Simples Nacional poderão solicitar o cancelamento da opção?
Sim. A ME ou a EPP poderá, até às 20h do dia 15/08/2007, solicitar o cancela-
mento dessa opção na internet, por meio do Portal do Simples Nacional. Caso
perca este prazo, a ME ou a EPP ainda poderá solicitar a sua exclusão do Simples
Nacional, porém, com efeitos tão-somente para o ano-calendário seguinte.

2.14. As Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP)


optantes pelo Simples Federal que não foram migradas automatica-
mente para o Simples Nacional poderão fazer a opção?
Sim. Poderão fazer a opção por meio da internet, no Portal do Simples Nacio-
nal (até às 20h de 15/08/2007). Após solicitarem a opção, devem regularizar
sua situação junto aos respectivos entes federativos em que possuírem pen-
dências, no máximo até 15/08/2007.
O resultado da opção será divulgado no Portal do Simples Nacional em
29/08/2007.

2.15. A Microempresa (ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP)


que iniciar sua atividade após o mês de julho de 2007 poderá optar
pelo Simples Nacional?
Conforme dispõe a Resolução CGSN nº 4, de 30.05.2007, após efetuar a inscrição
no CNPJ, bem como obter as suas inscrições Estadual e Municipal, caso exigíveis,
a ME ou a EPP terá o prazo de até 10 dias, contados do último deferimento de
inscrição, para efetuar a opção pelo Simples Nacional. Após esse prazo, a opção
somente será possível no mês de janeiro do ano-calendário seguinte.

3. PARCELAMENTO ESPECIAL PARA INGRESSO NO SIMPLES


NACIONAL
3.1. Será concedido parcelamento de débitos para ingresso no Sim-
ples Nacional?
A Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 prevê a concessão de parcela-

16 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


mento especial para ingresso no Simples Nacional, observado o seguinte:
• deve ser requerido perante cada órgão responsável pelos respectivos dé-
bitos, tão-somente no período de 02.07.2007 a 15/08/2007;
• pode ser concedido em até 120 parcelas mensais e sucessivas;
• abrange débitos não parcelados anteriormente, relativos aos tributos pre-
vistos no Simples Nacional (IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS/Pasep, Contri-
buição para a Seguridade Social patronal, ICMS e ISS) de responsabilidade
da ME ou EPP;
• o parcelamento envolve os débitos relativos a fatos geradores ocorridos
até 31.01.2006;
• o valor mínimo da parcela mensal será de até R$ 100,00 (cem reais), consi-
derados isoladamente os débitos para com a Fazenda Nacional, para com a
Seguridade Social, para com a Fazenda dos Estados, dos Municípios ou do
Distrito Federal, alcançando inclusive débitos inscritos em dívida ativa;
• o requerimento do parcelamento é condicionado à comprovação do pe-
dido da opção pelo Simples Nacional;
• o deferimento do pedido de parcelamento fica condicionado à apresen-
tação dos documentos requeridos pela respectiva legislação de cada ente
federativo e ao pagamento da primeira parcela.

Notas:
1. O indeferimento do pedido de parcelamento acarreta a exclusão do
Simples Nacional, com efeitos retroativos a 01.07.2007.
2. Relativamente aos demais tributos não incluídos no Simples Nacional
(IPTU, IPVA, II, taxas e outros), a regularização dos débitos deverá ob-
servar as condições estabelecidas pelas legislações dos respectivos entes
federativos.

3.2. Os débitos do Simples Federal, bem como dos regimes similares de


estados e municípios para Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno
Porte (EPP), podem ser parcelados para ingresso no Simples Nacional?

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 17


A Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 permite o parcelamento especial
de débitos relativos aos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples
Nacional, inclusive os originários do Simples Federal e dos regimes similares
de Estados e Municípios para ME e EPP.

3.3. Os débitos relativos aos fatos geradores ocorridos após 31.01.2006


poderão ser parcelados?
Somente poderão ser objeto do parcelamento especial previsto na Lei
Complementar nº 123, de 14.12.2006, os débitos relativos a fatos gerado-
res ocorridos até 31.01.2006. Os demais débitos tributários poderão ser
parcelados, porém nas condições estabelecidas pelas legislações dos res-
pectivos entes federativos.

3.4. Todas a Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP)


podem parcelar seus débitos tributários nas condições especiais pre-
vistas pelo Simples Nacional?
Não. Apenas as ME e EPP que comprovem pedido de opção pelo Simples
Nacional poderão parcelar os seus débitos na forma prevista na Lei Com-
plementar nº 123, de 14.12.2006. O parcelamento deverá ser requerido no
período de 02 a 15/08/2007. Em qualquer outra hipótese, os débitos tribu-
tários deverão ser parcelados nos termos das legislações dos respectivos
entes federativos.

4. RECEITA BRUTA
4.1 o que se considera receita bruta para fins do Simples Nacional?
Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas ope-
rações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas
operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos
incondicionais concedidos.

18 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


Notas:
1. Para fins de enquadramento como Microempresa e Empresa de Peque-
no Porte, deve ser considerada a receita bruta em cada ano-calendário.
2. Para fins de determinação da alíquota, deve-se considerar a receita bruta
total acumulada nos 12 meses anteriores ao do período de apuração.

4.2 no caso de início de atividade no ano-calendário da opção, qual o


limite da receita bruta a ser considerado pelas Microempresas (ME) e
Empresas de Pequeno Porte (EPP)?
Para a pessoa jurídica que iniciar atividade no próprio ano-calendário da op-
ção, os limites para a ME e para a EPP serão proporcionais ao número de
meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-
calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.
Ou seja, os limites de ME e de EPP serão, respectivamente, de R$ 20.000,00 e
de R$ 200.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre
o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as
frações de meses como um mês inteiro.

Exemplos:
1. A empresa P.A.T.T.A. Ltda inicia atividade no dia 05/09/2007. Considera-se o pe-
ríodo de 4 meses completos (setembro, outubro, novembro e dezembro), Logo,
o limite de EPP para essa empresa, nesse ano-calendário é de R$ 800.000,00.
2. A empresa de comércio de roupas infantis P.A.U.L.A. Ltda entra em ativi-
dade no dia 15/12/2007. Considera-se o período de um mês completo (de-
zembro). Logo, o limite de EPP para essa empresa, nesse ano-calendário, é
de R$ 200.000,00.
3. O restaurante F.A.F.A. Ltda iniciou atividade no mês de abril de 2007. To-
talizou receita bruta durante os meses de abril, maio e junho no valor de R$
700.000,00. Essa empresa poderá optar pelo Simples Nacional em julho de
2007? Sim. Entretanto, essa empresa não poderá ultrapassar nesse mesmo
ano-calendário o limite de R$ 1.800.000,00 (R$ 200.000,00 x 9 meses), hipó-
tese em que estaria excluída do Simples Nacional.

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 19


Notas:
1. No caso de início de atividade no ano-calendário anterior ao da opção
pelo Simples Nacional os limites também deverão ser proporcionalizados.
2. Se o valor acumulado da receita bruta no ano-calendário de início de ati-
vidade for superior a R$ 200.000,00 multiplicados pelo número de meses
do período compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo
ano-calendário, a pessoa jurídica estará obrigada ao pagamento da totali-
dade ou diferença dos impostos e contribuições devidos de conformidade
com as normas gerais de incidência, desde o primeiro mês de início de ati-
vidade acrescidos, tão-somente, de juros de mora, quando efetuado antes
do início de procedimento de ofício.
3. Na hipótese de a receita bruta no ano-calendário de início de atividade
não exceder em mais de 20% o limite de que trata o item 2, a pessoa
jurídica não estará obrigada ao pagamento da totalidade ou diferença dos
impostos e contribuições devidos de conformidade com as normas gerais
de incidência, porém estará excluída do Simples Nacional a partir do ano-
calendário subseqüente.

4.3 Para fins de enquadramento no Simples Nacional, quando da


opção pelo regime, deve-se considerar a receita bruta de qual ano-
calendário?
Deve-se utilizar a receita bruta do ano-calendário anterior ao da opção, salvo
no caso de empresa optante no ano de início de atividades, a qual possui re-
gras próprias de opção.(Ver pergunta nº 4.2 ).

4.4 Os limites de receita bruta para enquadramento como Empresa


de Pequeno Porte (EPP) poderão ser diferenciados por estados e mu-
nicípios?
Os Estados e o Distrito Federal poderão optar pela aplicação de limites
diferenciados (sublimites) de receita bruta (de até R$ 1.200.000,00 ou de
até R$ 1.800.000,00), conforme sua participação anual no Produto Interno
Bruto brasileiro, apenas para efeito de recolhimento do ICMS em seus
respectivos territórios.

20 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


Ressalte-se que para efeito de enquadramento no Simples Nacional, bem
como para recolhimento dos tributos federais, o limite é sempre de R$
2.400.000,00.

Nota:
A opção pelos Estados por sublimite implicará a adoção desse mesmo su-
blimite de receita bruta anual para efeito de recolhimento na forma do ISS
dos Municípios nele localizados.

5. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA E INCENTIVOS FISCAIS


5.1 Como deverá proceder o contribuinte que auferir receitas sujeitas
a substituição tributária ou decorrentes de exportação?
O contribuinte deverá informar essas receitas destacadamente, para fins de
cálculo do valor devido, de modo a reduzir da base de cálculo do Simples
Nacional o valor referente a essas receitas.

5.2 As Microempresas (ME) ou as Empresas de Pequeno Porte (EPP)


optantes pelo Simples Nacional poderão apropriar ou transferir cré-
ditos relativos a tributos abrangidos pelo Simples Nacional? E utilizar
ou destinar valor a título de incentivo fiscal?
As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional não poderão apropriar ou
transferir créditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos por esse
regime, nem tampouco poderão utilizar ou destinar qualquer valor a título de
incentivo fiscal.
Os Estados o Distrito Federal e os Municípios, porém. poderão conceder
isenção ou redução do ICMS ou do ISS específicos para ME ou EPP ou ainda
determinar recolhimento de valor fixo para esses tributos.

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 21


Nota:
A impossibilidade de utilização ou destinação de qualquer valor a título de
incentivo fiscal alcançará somente os tributos e contribuições abrangidos
pelo Simples Nacional. Um incentivo fiscal relativo ao IPTU, por exemplo,
poderá ser usufruído normalmente, ainda que a ME ou EPP seja optante
pelo Simples Nacional.

5.3 As Microempesas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP)


não optantes pelo Simples Nacional poderão usufruir dos benefícios
não tributários da Lei Complementar nº 123, de 2006?
Sim, uma vez que a Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006, estabelece
normas gerais, tributárias e não-tributárias, relativas ao tratamento diferen-
ciado e favorecido a ser dispensado às ME e às EPP. Entretanto, para que as
ME e EPP se beneficiem do Simples Nacional, é indispensável que sejam op-
tantes pelo referido regime.

5.4 de que forma dar-se-á a tributação do ICMS da Microempresa


(ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) optante pelo Simples Na-
cional que seja a substituta tributária (e não a substituída)?
Nas operações com mercadorias sujeitas a substituição tributária o substituto
tributário deverá recolher à parte do Simples Nacional, tanto o ICMS próprio
quanto o devido por substituição.

5.5 como será a tributação do iss de microempresa (me) optante pelo


simples nacional que presta serviço sujeito à retenção na fonte?
A tomadora do serviço recolherá o ISS à parte do Simples Nacional, de acor-
do com a legislação municipal, mesmo se optante pelo Simples Nacional.
A prestadora do serviço, optante pelo Simples Nacional, poderá segregar essa
receita de modo a reduzir da base de cálculo do Simples Nacional o valor
referente a ela.

22 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


Notas:
1. A alíquota a incidir sobre a receita bruta na fonte será sempre a corres-
pondente à legislação municipal. Não existe retenção na fonte do ISS com
alíquota do Simples Nacional.
2. As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional não poderão segregar
como receitas sujeitas a retenção aquelas recebidas pela prestação de ser-
viços que sofrerem retenção do ISS na fonte, na forma da legislação do
município, nas hipóteses em que não forem observadas as disposições do
art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 2003.

Exemplos:
1. Caso a prefeitura de Nova Prata (RS) tome um serviço de vigilância de uma
EPP sediada em Rio Grande (RS), deverá fazer a retenção na forma da lei lo-
cal. Essa EPP poderá segregar a receita já retida (ISS retido em Nova Prata) e,
conseqüentemente, quando da apuração do valor devido do Simples Nacional
não será considerado o percentual do ISS no cálculo.
2. Entretanto, se a Prefeitura de Nova Prata tomar um serviço de treinamento
de uma ME de Rio Grande, considerando que essa atividade não se encontra
dentre aquelas previstas para recolhimento no local da prestação, não deverá
efetuar a retenção do ISS. Nesse caso, essa ME não deverá segregar essa re-
ceita como sujeita a retenção na fonte (mesmo que tenha havido retenção do
ISS pela Prefeitura de Nova Prata).
3. Considerando o exemplo do item 2, se a ME de treinamento for sediada
em Nova Prata e a lei local previr a retenção, a ME deverá segregar essa recei-
ta como sendo de retenção, não sendo considerado pelo aplicativo do cálculo
o percentual do ISS no cômputo do valor devido do Simples Nacional.

6. CÁLCULO
6.1 A Lei Complementar nº 123, de 2006, determina que será dis-
ponibilizado sistema eletrônico para a realização do cálculo simplifi-
cado do valor mensal do Simples Nacional. De que forma as Micro-
empresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) terão acesso
a esse sistema?

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 23


Será disponibilizado no Portal do Simples Nacional aplicativo específico para o
cálculo do valor devido e geração do Documento de Arrecadação do Simples
Nacional (DAS).
Esse aplicativo está disponível para os cálculos a partir de 01/08/2007 no Por-
tal do Simples Nacional. A impressão e o pagamento do DAS terão início em
06/08/2007.
Sugere-se a consulta do manual contido no aplicativo, que contém informa-
ções úteis, inclusive exemplos práticos, que visam facilitar o preenchimento
das informações necessárias para o cálculo,

6.2 Como se calcula o valor devido mensalmente pelas Microempre-


sas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) optantes pelo Simples
Nacional?
Resumidamente, o valor devido mensalmente pelas ME e EPP optantes pelo
Simples Nacional é determinado mediante aplicação das tabelas dos anexos
da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006.
Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita
bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração
(RBT12).
Já o valor devido mensalmente, a ser recolhido pela ME ou EPP, será o
resultante da aplicação da alíquota correspondente sobre a receita bruta
mensal auferida.

Exemplo:
A Papelaria C.A.R.O.L. Ltda, optante pelo Simples Nacional, obteve receita
bruta resultante exclusivamente da revenda de mercadorias não sujeitas a
substituição tributária. A empresa não possui filiais.

Convenções:
PA = Período de apuração;

24 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


RBT12 = Receita Bruta dos últimos 12 meses exclusive o mês do Período de
Apuração (PA);
RBA = Receita Bruta Acumulada de janeiro até o mês do PA inclusive.

Dados da empresa:
Receita Bruta de julho = R$ 25.000,00
RBA = R$ 135.000,00
alíquota dessa faixa = 5,47% RBT12 = R$ 220.000,00 (Anexo I)

Fluxo de faturamento (valores em milhares de R$):

Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
30 20 20 10 10 25 25 =135
15 15 15 15 25 25 30 20 20 10 10 20 =220

Simples Nacional devido no mês = (R$ 25.000,00 x 5,47%) = R$ 1.367,50.

6.3 Nas hipóteses em que o ICMS e o ISS são recolhidos na forma


da respectiva legislação estadual ou municipal pode a Microempresa
(ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP) desconsiderar as receitas
referentes a esses impostos quando do preenchimento das informa-
ções prestadas no aplicativo de cálculo?
Não. Todas as receitas deverão ser informadas no aplicativo de cálculo dis-
ponível no Portal do Simples Nacional, sendo que o mesmo irá efetuar os
devidos ajustes no que se refere aos percentuais relativos ao ICMS e ao ISS
dessas receitas.

6.4 De que forma será efetuado o recolhimento do Simples Nacional pelas


Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) com filiais?
Na hipótese de a ME ou a EPP possuir filiais, o recolhimento dos tributos do
Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz.

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 25


6.5 As Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP)
optantes pelo Simples Nacional poderão adotar o critério de reconhe-
cimento de suas receitas à medida do recebimento (regime de caixa)?
As ME e as EPP poderão se utilizar da receita bruta total recebida, na forma
a ser regulamentada por Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional,
sendo essa opção irretratável para to o ano-calendário.
Enquanto não publicada a Resolução acima referida, as ME e as EPP, obrigato-
riamente, sujeitar-se tão-somente ao regime de competência. Logo, durante
o segundo semestre do ano-calendário de 2007, somente é permitida a utili-
zação do regime de competência.

6.6 Como deve proceder a Microempresa (ME) ou a Empresa de Pe-


queno Porte (EPP) que durante o primeiro semestre de 2007 era op-
tante pelo Simples Nacional e adotava o regime de caixa?
A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional que, durante o primeiro semes-
tre de 2007, foi tributada na forma do Simples Federal com o reconhecimento
de suas receitas à medida do recebimento deverá reconhecer, no mês de ju-
nho de 2007, as receitas auferidas e ainda não recebidas, conforme determina
a Instrução Normativa RFB nº 752, de 09/07/2007.

6.7 Qual o conceito de folha de salários para fins do Simples Nacional?


As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional que obtiverem receitas sujei-
tas ao Anexo V da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006 devem calcular
a relação entre a folha de salários incluídos encargos, nos 12 meses anteriores
ao período de apuração e a receita bruta total acumulada nos 12 meses ante-
riores ao período de apuração (r).
Para fins de determinação desse fator “r”, considera-se folha de salários, in-
cluídos encargos, o montante pago nos 12 meses anteriores ao do período de
apuração, a título de salários, retiradas de pró-labore, acrescidos do montante
efetivamente recolhido a título de contribuição para a Seguridade Social desti-
nada à Previdência Social e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

26 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


Nota:
Consideram-se salários o valor da base de cálculo da contribuição prevista
nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24/07/1991, agregando-se
o valor do 13º salário na competência da incidência da referida contribui-
ção, na forma do caput e dos §§ 1º e 2º do art. 7º da Lei nº 8.620, de 5 de
janeiro de 1993.

6.8 Como será calculado o valor devido da contribuição para a segu-


ridade social destinada à previdência social, a cargo da pessoa jurí-
dica, não incluído no Simples Nacional, na hipótese de a Microem-
presa (ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP) também obter
receitas de atividades cuja cota patronal para o INSS está incluída
no Simples Nacional?
Na hipótese de a ME ou a EPP auferir receitas sujeitas aos Anexos I ou II da
Resolução CGSN nº 5, de 2007, ou em decorrência do exercício das ativida-
des previstas nos incisos I a XII do § 3º do art. 12 da Resolução CGSN nº 4,
de 2007, concomitantemente com receitas previstas nos incisos XIII a XXVI e
no § 4º, todos do art. 12 da Resolução CGSN nº 4, de 2007, o valor devido da
Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social, a cargo
da pessoa jurídica, não incluído no Simples Nacional, seguirá orientação de
norma específica da Receita Federal do Brasil.

7. VALOR FIXO, ISENÇÃO OU REDUÇÃO


7.1 Os estados e municípios poderão adotar valores fixos mensais para
fins de recolhimento de ICMS e ISS?
Sim. Estados e Municípios, no âmbito de suas respectivas competências,
poderão, independentemente da receita bruta auferida no mês pelo con-
tribuinte, adotar valores fixos mensais, inclusive por meio de regime de
estimativa fiscal ou arbitramento, para o recolhimento do ICMS e do ISS
devido por Microempresa (ME) que aufira receita bruta, no ano-calendário
anterior, de até R$ 120.000,00, ficando a ME sujeita a esses valores durante
todo o ano-calendário.

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 27


Nota:
Não podem recolher o ICMS nem o ISS por meio de valor fixo, as ME que
possuam mais de um estabelecimento ou que estejam no ano-calendário
de início de atividades.

7.2 Estados e municípios podem conceder isenção ou redução de


ICMS e de ISS para as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno
Porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional?
Sim. A partir de 01/07/2007, Estados e Municípios podem conceder isenção
ou redução desde que específicas para as ME ou EPP optantes pelo Simples
Nacional, em relação ao ICMS ou ao ISS.

7.3 Há em meu estado uma isenção genérica de ICMS, aplicável às


empresas em geral. As Microempresas (ME) e as Empresas de Peque-
no Porte (EPP) fazem jus a essa isenção?
Não. Somente fazem jus às isenções específicas para as ME e EPP optantes
pelo Simples Nacional concedidas a partir de 01/07/2007.

8. SUBLIMITES
8.1 O que são sublimites?
São limites diferenciados de faixas de receita bruta para Empresas de Pequeno
Porte (EPP), que podem ser adotados pelos Estados e pelo Distrito Federal,
para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS. A adoção de sublimites depen-
de da participação do Estado ou do Distrito Federal no Produto Interno Bruto
(PIB) brasileiro, conforme abaixo:
• os Estados cuja participação no PIB seja de até 1% poderão optar pela
aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anu-
al até R$ 1.200.000;
• os Estados cuja participação no PIB seja superior a 1% e inferior a 5%
poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas
de receita bruta anual até R$ 1.800.000,00; e

28 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


• os Estados cuja participação no PIB seja igual ou superior a 5% (cinco por
cento) ficam obrigados a adotar todas as faixas de receita bruta anual.

Nota:
1. A adoção de sublimites é uma faculdade dos Estados e do Distrito Fede-
ral, que, no caso da não-opção por limites diferenciados de receita bruta,
deverão aplicar, em seus territórios, todas as faixas de receita previstas na
Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006.
2. Os Estados e o Distrito Federal devem se manifestar anualmente, até
o último dia útil de outubro, quanto à adoção de sublimites, com efeitos
para o ano-calendário seguinte. Excepcionalmente para o ano calendário
de 2007, essa manifestação aconteceu no mês de junho, sendo válida para
o mesmo ano.
3. Os sublimites adotados pelos Estados são obrigatoriamente válidos para
os Municípios neles localizados.

8.2 Quais os sublimites adotados em 2007 pelos estados e distrito


federal?
Os Estados do Acre, Amapá, Alagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande
do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins adotaram o sublimite de
receita bruta de até R$ 1.200.000,00.
Os Estados do Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Pará e Pernambuco adotaram o sublimite de receita bruta de
até R$ 1.800.000,00.
Nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais,
Bahia, Santa Catarina, Paraná e no Distrito Federal serão utilizadas todas as
faixas de receita bruta anual, ou seja, até R$ 2.400.000,00.

8.3 Os sublimites adotados pelos estados ou distrito federal são apli-


cados para o recolhimento de todos os tributos abrangidos pelo Sim-
ples Nacional?

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 29


Não. O sublimite de receita bruta aplica-se somente ao recolhimento do
ICMS e do ISS, não interferindo no recolhimento dos demais tributos, que
continuam limitados ao teto de R$ 2.400.000,00.
Em um Estado que tenha adotado, por exemplo, o sublimite de R$ 1.200.000,00,
uma empresa nele optante que acumule receita bruta no ano-calendário até
esse valor recolherá de forma unificada todos os 8 (oito) tributos abrangidos
pelo Simples Nacional.
Nesse mesmo Estado, uma empresa optante que acumule receita bruta no
ano-calendário entre R$ 1.200.000,00 e R$ 2.400.000,00 recolherá por meio
do Simples Nacional os 6 (seis) tributos federais, devendo recolher para o
Estado o ICMS, e/ou para o Município o ISS.

9. CONSULTAS
9.1. No caso de dúvida quanto à interpretação da legislação do Sim-
ples Nacional, como a Microempresa (ME) e a Empresa de Pequeno
Porte devem proceder?
Poderão formular consulta à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB),
nos termos da Resolução CGSN nº 13, de 23/07/2007.

Notas:
1. Em se tratando de consulta relativa ao ICMS ou ao ISS, a solução da con-
sulta ou a declaração de sua ineficácia competirá a Estados, Distrito Federal
ou Municípios, conforme o caso.
2. A consulta formalizada junto a ente não competente para solucioná-la
será declarada ineficaz.
3. Na hipótese de a consulta abranger assuntos de competência de mais de
um ente federativo, a ME ou a EPP deverá formular consultas em separado
para cada administração tributária.
4. A consulta será solucionada em instância única, não cabendo recurso
nem pedido de reconsideração, ressalvado o recurso de divergência, quan-
do previsto na legislação de cada ente federativo.

30 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


9.2. Quem pode formular consulta relativa ao Simples Nacional?
A consulta poderá ser formulada por sujeito passivo de obrigação tributária
principal ou acessória.
A consulta também poderá ser formulada por entidade representativa de ca-
tegoria econômica ou profissional, caso haja previsão na legislação do ente
federativo competente.

Nota:
No caso de a ME ou a EPP possuir mais de um estabelecimento, a consulta
será formulada pelo estabelecimento matriz, devendo este comunicar o
fato aos demais estabelecimentos, exceto se a consulta se referir ao ICMS
ou ao ISS.

9.3. Quais os efeitos da consulta?


Os efeitos da consulta eficaz, formulada antes do prazo legal para recolhimen-
to de tributo, observarão a legislação dos respectivos entes federativos.

10. EXCLUSÃO
10.1. Em que casos ocorrerá a exclusão da Microempresa (ME) ou da
Empresa de Peqeuno Porte (EPP) do Simples Nacional?
A exclusão do Simples Nacional será feita de ofício ou mediante comunicação
da própria ME ou EPP optante.
Será feita mediante comunicação da ME ou da EPP quando a mesma, espon-
taneamente, desejar deixar de ser optante pelo Simples Nacional (exclusão
por opção).
Deverá ser feita por comunicação quando a ME ou a EPP tiver ultrapassado
o limite proporcional de EPP no ano de início de atividade ou ainda tiver
incorrido em alguma situação de vedação prevista no art. 12 da Resolução
CGSN nº 4, de 2007 (casos de exclusão obrigatória). Para mais detalhes, ver
Pergunta 10.2.

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 31


Será efetuada de ofício quando verificada a falta de comunicação de exclusão
obrigatória ou quando verificada a ocorrência de alguma das situações previs-
tas nos incisos II a XII do art. 5º da Resolução CGSN nº 4, de 2007. Para mais
detalhes, ver Pergunta 10.5.

10.2. Quais as situações que obrigam as Microempresas (ME) e as


Empresas de Pequeno Porte (EPP) a efetuarem a sua exclusão obriga-
tória do Simples Nacional?
A exclusão do Simples Nacional deverá ser efetuada pela ME ou EPP, obriga-
toriamente, quando incorrer:
1. na hipótese do inciso I do art. 12 da Resolução CGSN nº 4, de 2007,
ou seja, tiver auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, receita
bruta superior a R$ 2.400.000,00;
2. na hipótese do § 1º do art. 3º da Resolução CGSN nº 4, de 2007, ou seja,
tiver ultrapassado o limite proporcional de EPP no ano de início de ativi-
dade (R$ 200.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendido
entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, conside-
radas as frações de meses como um mês inteiro);
3. nas hipóteses de vedação previstas nos incisos II a XV e XVII a XXV do
art. 12 da Resolução CGSN nº 4, de 2007 ;
4. na hipótese de vedação prevista no inciso XVI do art. 12 da Resolução
CGSN nº 4, de 2007, ou seja, possuir débito com o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou
Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa.

10.3. Quais os prazos para as Microempresas (ME) e as Empresas de


Pequeno Porte (EPP) comunicarem à secretaria da Receita Federal
(RFB) a sua exclusão obrigatória do Simples Nacional?
A exclusão obrigatória do Simples Nacional deverá ser comunicada à RFB, por
meio do Portal do Simples Nacional na internet:
1. a qualquer tempo, na hipótese de exclusão por opção da ME ou da EPP;
2. até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente

32 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


àquele em que se deu o excesso de receita bruta, na hipótese do inciso
I do art. 12 da Resolução CGSN nº 4, de 2007 (ou seja, ter auferido,
no ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$
2.400.000,00);
3. até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário subseqüente ao
do início de atividades, na hipótese do § 1º do art. 3º da Resolução CGSN
nº 4, de 2007 (ou seja, ter ultrapassado o limite proporcional de EPP no
ano de início de atividade);
4. até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência das situações
de vedação, nas hipóteses previstas nos incisos II a XV e XVII a XXV do
art. 12 da Resolução CGSN nº 4, de 2007 ;
5. até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência da situação
de vedação, na hipótese prevista no inciso XVI do art. 12 da Resolução
CGSN nº 4, de 2007 (ou seja, possuir débito com o INSS, ou com as
Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não
esteja suspensa).

Notas:
1. Na hipótese de o Estado adotar sublimite, caso a receita bruta auferida
durante o ano-calendário de início de atividades ultrapasse o sublimite pro-
porcional (R$ 100.000,00 ou R$ 150.000,00, conforme o caso, multiplica-
dos pelo número de meses compreendido entre o início de atividade e o
final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como
um mês inteiro), o estabelecimento da ME ou EPP neles localizado estará
impedido de recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples Nacional;
2. No caso de as ME e as EPP incorrerem na hipótese descrita no item 1,
deverão comunicar tal fato à RFB, por meio do Portal do Simples Nacional
na internet, até o último dia útil do mês de janeiro do ano-calendário sub-
seqüente ao do início de atividade.

10.4. Quem tem competência para excluir de ofício as Microempresas


(ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) do Simples Nacional?
A competência para excluir de ofício ME ou EPP do Simples Nacional é da

Simples Nacional - Perguntas e Respostas 33


RFB e das Secretarias de Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Fe-
deral, segundo a localização do estabelecimento, e, tratando-se de prestação
de serviços incluídos na competência tributária municipal, a competência será
também do respectivo Município.

10.5. Quais as situações que permitem a exclusão de ofício das Micro-


empresas (ME) e das Empresas de Pequeno Porte (EPP) do Simples
Nacional?
A exclusão de ofício da ME ou da EPP optante pelo Simples Nacional
dar-se-á quando:
1. verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória;
2. for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não jus-
tificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas,
bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimen-
tação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresen-
tar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força
pública;
3. for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de aces-
so ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde
desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;
4. a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;
5. tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto na Lei Com-
plementar nº 123, de 14.12.2006;
6. a ME ou a EPP for declarada inapta, na forma da Lei nº 9.430, de 1996, e
alterações posteriores;
7. comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;
8. houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação
da movimentação financeira, inclusive bancária;
9. for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas
supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no
mesmo período, excluído o ano de início de atividade;
10. for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de

34 Simples Nacional - Perguntas e Respostas


mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóte-
ses justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por
cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de
início de atividade;
11. for constatado, quando do ingresso no Regime do Simples Nacional, que
a ME ou a EPP incorria em alguma das hipóteses de vedação previstas no
art. 12 da Resolução CGSN nº 4, de 2007 ;
12. for constatada declaração inverídica prestada nas hipóteses do § 2º do art.
7 e do § 3º do art. 9 da Resolução CGSN no 4, de 2007 .

10.6. Quais os efeitos da exclusão do Simples Nacional?


A exclusão das ME e das EPP do Simples Nacional produzirá efeitos:
1. a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente, na hipótese de
exclusão por opção, a menos que a exclusão seja efetuada durante o mês
de janeiro, hipótese em que os efeitos da exclusão dão-se a partir de 1º
de janeiro desse mesmo ano-calendário;
2. a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente ao do que tiver
ocorrido o excesso, na hipótese do inciso I do art. 12 da Resolução CGSN
nº 4, de 2007 (ou seja, ter auferido, no ano-calendário imediatamente
anterior, receita bruta superior a R$ 2.400.000,00);
3. retroativamente ao início de suas atividades, na hipótese do § 1º do art.
3 da Resolução CGSN nº 4, de 2007 (ou seja, tiver ultrapassado o limite
proporcional de EPP no ano de início de atividade), exceto no caso de a
ME ou a EPP no ano de início de atividade não ultrapassar em mais de
20% (vinte por cento) o limite proporcional de que trata o § 1º do art.
3º da Resolução CGSN nº 4, de 2007 (nesse caso, os efeitos da exclusão
dar-se-ão a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente);
4. a partir do mês seguinte ao da ocorrência da situação impeditiva, nas hi-
póteses de vedação previstas nos incisos II a XV e XVII a XXV do art. 12
da Resolução CGSN nº 4, de 2007 ;
5. a partir do ano-calendário subseqüente ao da ciência da exclusão, na hipó-
tese de vedação prevista no inciso XVI do art. 12 da Resolução CGSN nº 4,
de 2007 (ou seja, possuir débito com o INSS, ou com as Fazendas Públicas

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Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa);
6. a partir do próprio mês em que incorridas as situações previstas nos inci-
sos II a X do art. 5º da Resolução CGSN nº 15, de 2007 ;
7. a partir da data dos efeitos da opção pelo Simples Nacional, nas hipóte-
ses previstas nos incisos XI e XII do art. 5º da Resolução CGSN nº 15,
de 2007;

Notas:
1. Na hipótese prevista no item “a”, excepcionalmente no ano-calendário
de 2007, o pedido de exclusão efetuado até 15/08/2007 produzirá efeitos
desde 01/07/2007.
2. Na hipótese prevista no item “e”, será permitida a permanência da ME
e da EPP como optante pelo Simples Nacional mediante a comprovação da
regularização do débito no prazo de até 30 (trinta) dias contado a partir da
ciência da exclusão.
3. A ME ou a EPP excluída do Simples Nacional sujeitar-se-á, a partir do
período em que se processarem os efeitos da exclusão, às normas de tri-
butação aplicáveis às demais pessoas jurídicas.

10.7. Empresa de Pequeno Porte (epp), estabelecida em estado que


adota sublimte, que auferir receita bruta no ano-calendário superior
a esse sublimite será excluída do Simples Nacional?
Não, a menos que também ultrapasse o limite de receita bruta de R$
2.400.000,00 ou incorra em alguma das demais hipóteses de vedação do Sim-
ples Nacional.
Ressalte-se que o excesso de receita bruta em relação a sublimite adotado
pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, não implica a exclusão do Sim-
ples Nacional, mas impede o recolhimento dos tributos estaduais e municipais
nesse regime, limitando-se esse impedimento aos estabelecimentos localiza-
dos nesses entes federativos.

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Notas:
1. Na hipótese de o Estado adotar sublimite caso a receita bruta auferida
durante o ano-calendário de início de atividade ultrapassar o limite de R$
100.000,00 (cem mil reais) ou R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais),
respectivamente, multiplicados pelo número de meses compreendido en-
tre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas
as frações de meses como um mês inteiro, o estabelecimento da ME ou
EPP neles localizado estará impedido de recolher o ICMS e o ISS na forma
do Simples Nacional, com efeitos retroativos ao início de suas atividades,
ressalvado o disposto no item 2.
2. O impedimento a que se refere o item 1 não retroagirá ao início das ati-
vidades se o excesso verificado em relação à receita bruta não for superior
a 20% (vinte por cento) dos respectivos sublimites referidos, hipóteses em
que os efeitos do impedimento dar-se-ão tão-somente a partir do ano-ca-
lendário subseqüente.
3. A ME ou a EPP que ingressar no Simples Nacional estando impedida de
recolher o ICMS e o ISS na forma desse regime, em função da adoção de
sublimite por ente federativo, e mesmo assim o fizer, o estabelecimento
localizado na jurisdição desse ente ficará sujeito ao pagamento da totalida-
de ou diferença desses impostos, devidos de conformidade com as normas
gerais de incidência, retroativamente à data dos efeitos de sua opção.

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