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Distribuição de Energia

Elétrica
TEE00145 – 2021.2

Resenha ANEEL 414/2010

Bia Fernanda Verly Martins


I. Introdução fornecimento em tensão inferior a 2,3 k e é divido entre
os subgrupos subgrupo B1 sendo estas unidades
Muitas das vezes os direitos e deveres dos
consumidoras do tipo residencial subgrupo B2 rural
consumidores não são claros para os mesmos. Existem
subgrupo B3 demais classes e subgrupo B4 Iluminação
fontes de informações que são cruciais quando se diz
Pública.
respeito as diretrizes dos consumidores.
De acordo com os grupos de consumidores são
A resolução normativa da ANEEL Nº 414/2010 visa
aplicadas as modalidades tarifárias, que refere-se as
estabelecer as condições gerais de distribuição de
tarifas aplicadas em cima dos componentes de
energia e esclarece as obrigações e deveres do
consumo de energia e da demanda de potência ativa e
consumidor para utilização dos serviços da
são divididas em; modalidade tarifária horária branca
distribuidora corretamente e acompanhar a qualidade
aplicada às unidades consumidoras do grupo B, exceto
da energia entregue.
para o subgrupo B4 e para as subclasses Baixa Renda
do subgrupo B1, caracterizada por tarifas diferenciadas
II. Definições de consumo de energia elétrica, de acordo com as horas
Inicialmente são abordadas as definições básicas de utilização do dia; modalidade tarifária convencional
um melhor entendimento da resolução. binômia: aplicada às unidades consumidoras do grupo
A carga desviada é apresentada como a potência A, caracterizada por tarifas de consumo de energia
que está conectada ao ramal de ligação, porém não elétrica e demanda de potência, independentemente das
entra na contabilização da energia consumida. A carga horas de utilização do dia; modalidade tarifária
instalada, por sua vez, é a soma das potências nominais horária verde: aplicada às unidades consumidoras do
dos equipamentos que podem entrar em grupo A, caracterizada por tarifas diferenciadas de
funcionamento. Ambas são expressas em kW. consumo de energia elétrica, de acordo com as horas de
utilização do dia, assim como de uma única tarifa de
Em relação aos consumidores podemos dividir em demanda de potência; e modalidade tarifária horária
3 modalidades. Consumidor, sendo este o consumidor azul: aplicada às unidades consumidoras do grupo A,
comum, pessoa física ou jurídica que adquiri energia caracterizada por tarifas diferenciadas de consumo de
diretamente da distribuidora local, sem opção de energia elétrica e de demanda de potência, de acordo
escolha. Consumidor especial quando este pode optar com as horas de utilização do dia.
por adquirir energia incentivada e o consumidor livre
que pode optar por adquirir energia em ambiente de As tarifas podem ser aplicadas de formas diferentes
contratação livre. durante o dia. Caso isso aconteça o período de tempo,
em horas, para aplicação das tarifas ao longo do dia é
A razão entre a demanda media e a demanda conhecido como posto tarifário. Que pode ser divido
máxima da unidade consumidora é retratada como em; posto tarifário ponta período composto por 3 (três)
fator de carga. O fator de demanda já é a razão entre a horas diárias consecutivas definidas pela distribuidora
demanda máxima e a carga instalada e o fator de considerando a curva de carga do sistema elétrico não
potência é a razão entre a energia ativa e a raiz aplicada aos sábados, domingos, terça-feira de
quadrada da soma dos quadrados das energias elétricas carnaval, sexta-feira da Paixão, Corpus Christi, e
ativa e reativa. alguns feriados; posto tarifário intermediário período
de horas conjugado ao posto tarifário ponta, sendo uma
No que se refere aos agrupamentos das unidades
hora imediatamente anterior e outra imediatamente
consumidoras temos o Grupo A, que é quando a tensão
posterior, aplicado para o Grupo B; e posto tarifário
de fornecimento é igual ou superior a 2,3 kV, ou
fora de ponta período composto pelo conjunto das
atendidas a partir de sistema subterrâneo de
horas diárias consecutivas e implementares àquelas
distribuição em tensão secundária. Este grupo também
definidas nos postos ponta e, para o Grupo B,
é dividido em subgrupos, onde o subgrupo A1 possui
intermediário;
tensão de fornecimento igual ou superior a 230kV,
subgrupo A2 com tensões entre 88kV e 138kV, A potência disponibilizada, potência que o sistema
subgrupo A3 tensão de 69kV, subgrupo A3a tensão de elétrico da distribuidora deve dispor para atender aos
fornecimento de 30 kV a 44 kV, subgrupo A4 tensão de equipamentos elétricos da unidade consumidora, segue
fornecimento de 2,3 kV a 25 kV e subgrupo AS tensões parâmetros específicos de acordo com cada grupo. Do
de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir de sistema grupo A a demanda contratada, expressa em quilowatts
subterrâneo de distribuição. Grupo B que possui unidade consumidora do grupo B que é resultante da
multiplicação da capacidade nominal de condução de classificáveis como serviço público de irrigação rural,
corrente elétrica do dispositivo de proteção geral da escola agro técnica, iluminação pública e serviço
unidade consumidora pela tensão nominal, observado público.
o fator específico referente ao número de fases,
A classe iluminação pública, de responsabilidade de
expressa em quilovolt-ampère (kVA).
pessoa jurídica de direito público ou por esta delegada
O faturamento da energia é baseado em uma tarifa mediante concessão ou autorização. Exceto o
por unidade de energia elétrica ativa ou da demanda de fornecimento de energia elétrica que tenha por objetivo
potência ativa. A tarifa de energia é o valor monetário quais queres interesses econômicos.
unitário determinado pela ANEEL, em R$/MWh,
Quando o consumidor exercer mais de uma
utilizado para efetuar o faturamento mensal referente
atividade econômica na mesma unidade consumidora,
ao consumo de energia e a tarifa de uso do sistema de
a classificação deve ser a de maior carga instalada.
distribuição o valor monetário unitário determinado em
Podendo ele solicitar a medição separada caso seja
R$/MWh ou em R$/kW, utilizado para efetuar o
viável tecnicamente.
faturamento mensal de usuários do sistema de
distribuição de energia elétrica pelo uso do sistema. II. Sazonalidade
Essas tarifas podem ser aplicadas de duas maneiras; A sazonalidade deve ser reconhecida pela
tarifa binômia de fornecimento aquela que é distribuidora, para fins de faturamento, caso haja
constituída por valores monetários aplicáveis ao solicitação.
consumo de energia elétrica ativa e à demanda
faturável; e tarifa monômia sendo ela por valor A cada 12 ciclos consecutivos de faturamento, a
monetário aplicável unicamente ao consumo de energia partir do mês em que for reconhecida a sazonalidade, a
elétrica ativa, obtida pela conjunção da componente de distribuidora deve verificar se permanecem as
demanda de potência e de consumo de energia elétrica condições requeridas, devendo, em caso contrário, não
que compõem a tarifa binômia. mais considerar a unidade consumidora como sazonal.
Caso desconsiderado consumidor sazonal após 12
Com relação as tensões quando temos tensões com novos ciclos consecutivos de faturamento a partir da
valores padronizados iguais ou superiores a 2,3 kV nos suspensão do reconhecimento da sazonalidade, o
referimos a tensões primarias de distribuição já consumidor pode solicitar à distribuidora a uma nova
quando temos padrões inferiores a este chamamos de análise.
tensão secundária de distribuição.
III. Serviços essenciais
São considerados serviços ou atividades essenciais
III. Unidade consumidora aqueles cuja interrupção coloque em perigo iminente a
I. Classificações sobrevivência, a saúde ou a segurança da população.
Para aplicação da tarifa bancária as unidades
consumidoras são divididas em classes e subclasses. IV. Tensões de fornecimento
Salvo algumas exceções, a distribuidora é obrigada
A classe residencial é caracterizada por residências a informar a tensão de fornecimento para o
de baixa renda ou não. As de baixa renda, podem ser consumidor.
indígenas, quilombola ou multifamiliar.
V. Ponto de entrega
Classe industrial e comercial. Onde a classe A conexão do sistema elétrico que fica no limiar da
comercial abrange templos religiosos, transportes via pública com a propriedade do consumidor é
iluminação em rodovias, equipamentos de trânsito chamada de ponto de entrega. Existem algumas
dentre outros. ressalvas por exemplo, prédios.
Classe rural caracteriza-se pelo fornecimento à De acordo com condições presentes na legislação e
unidade consumidora que desenvolva atividades de regulamentos. Antes do ponto de entrega a
agricultura, pecuária ou aquicultura. responsabilidade financeira para viabilizar o projeto é
A classe poder público, independente da atividade da distribuidora.
a ser desenvolvida, caracteriza-se pelo fornecimento à
unidade consumidora solicitado por pessoa jurídica de
direito público que assuma as responsabilidades
inerentes à condição de consumidor, exceto aqueles
VI. Subestação compartilhada estendido em casos especiais ou de ausência de
A distribuição de energia para mais de uma unidade informação do cliente.
consumidora do grupo A pode ser feita através de uma
O cliente pode optar por fazer a obra de acordo com
subestação compartilhada.
padrões impostos pela distribuidora e desde que a
VII. Empreendimento com múltiplas unidades mesma aceite o projeto. Uma vez executada a
consumidoras distribuidora tem até 3 meses para ressarcir o valor da
Caso tenha um estabelecimento com várias obra ajustado pelo IGP-M sendo passível de multa caso
unidades consumidoras, o responsável pelo ocorra o atraso.
condomínio é responsável pelo gerenciamento da
É de responsabilidade da distribuidora obras de
energia. A distribuidora apenas leva a energia ate o
aumento de carga para as unidades consumidoras
ponto de entrega.
atendidas por meio de sistemas individuais de geração
VIII. Transporte Público por meio de Tração de energia elétrica com fontes intermitentes ou
Elétrica microssistemas de geração de energia elétrica isolada
Prestadores de serviços relacionados a transporte ou não, onde haja restrição na capacidade de geração,
publico por meio de traço elétrica podem operar seguindo regulamento.
eletricamente interligados desde que respeitem alguns
V. Fornecimento provisório ou fora da área de
pontos como os requisitos de segurança mínimo e a
concessão
instalação de medidores independentes.
Caso existam eventos temporários, por exemplo, a
IX. Iluminação pública distribuidora pode realizar um fornecimento
Não é responsabilidade da distribuidora a temporário assim como mediante situações especificas
elaboração de projeto, a implantação, expansão, pode fornecer energia fora da sua área de concessão.
operação e manutenção das instalações de iluminação
pública.
O consumo diário de iluminação é baseado em uma V. Modalidades tarifárias
janela de 11:52:00 horas, exceto para logradouros que
I. Convencional
usam 24 horas, tendo sua tarifa apoiada em B4a.
Para o grupo A, na forma binômia e constituída por
tarifa única para demanda (R$/kW) e tarifa única para
IV. Atendimento inicial consumo de energia. Já para o grupo B, na forma
I. Solicitação binômia com tarifa única aplicável ao consumo de
A distribuidora deve informar o interessado em energia(R$/kW).
contratar o fornecimento sobre suas obrigatoriedades e
II. Horárias
necessidades.
A horária azul é aplicada uma tarifa para demanda
II. Vistoria de potência dentro do horário de ponta e uma hora. Já
Depois da solicitação a vistoria deve ser feita em até para o consumo de energia são aplicadas as mesmas
3 dias uteis, para área urbana e 5 dias uteis para área tarifas, mas horários úmidos e não úmidos há tarifas
rural. diferentes.
III. Prazos ligação A horária verde utiliza uma tarifa única para
Após a aprovação das instalações a unidade demanda de potência e para consumo de energia aplica-
consumidora deve ser ligada com prazos de; 2 dias uteis se uma regra similar a da azul.
para grupo B em área urbana; 5 dias uteis para grupo b
A horária branca A modalidade tarifária horária
em área rural; e 7 dias uteis para grupo A.
branca é aplicada às unidades consumidoras do grupo
IV. Obras B, exceto para o subgrupo B4 e para as subclasses
Caso não seja possível realizar o fornecimento, a Baixa Renda do subgrupo B1, sendo caracterizada por
distribuidora deve dar um parecer em até 30 dias com tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica de
o projeto para viabilização da mesma tendo o acordo com as horas de utilização do dia e segmentada
consumidor também 30 dias para responder. em três postos tarifários, considerando 3 tarifas
diferentes baseadas no posto tarifário.
Após realizado o aceite do cliente, a distribuidora
tem até 45 dias para iniciar as obras. Podendo ser
III. Enquadramento IX. Cobrança e pagamento
Para consumidores do grupo A caso a tensão de
fornecimento seja igual ou superior a 69kW a tarifa I. Período faturado
horaria azul é aplicada caso tensão de fornecimento Caso período de medição seja maior do que 33 dias,
seja inferior a 69 kV, demanda contratada igual ou o consumo deve ser registrado proporcional ao máximo
superior a 300 kW existe a opção entre a tarifa verde de dias permitido, ajustando-se a leitura atual com base
ou azul, na modalidade tarifária convencional binômia no consumo resultante
também de acordo com a opção do consumidor, Na hipótese do medidor for retirado por algum
aquelas com tensão de fornecimento inferior a 69 kV e motivo plausível, a cobrança pode ser feita baseada em
demanda contratada inferior a 300 kW. meses anteriores.
Quando pertencente ao grupo B, é convencional Uma vez que a tarifa alterar durante o ciclo de
monomia compulsoriamente exceto na modalidade faturamento uma tarifa proporcional deve ser aplicada.
tarifária horária branca, de acordo com a opção do
consumidor. II. Ultrapassagem
Visto que a demanda contrata não seja suficiente um
valor deve ser adicionado a fatura.
VI. Contratos
A contratação da distribuidora só pode ser realizada III. Perdas de transformação
mediante contrato podendo este ser alterado de acordo Para as unidades consumidoras atendidas em tensão
com situações especificas. primária com equipamentos de medição instalados no
secundário dos transformadores, a distribuidora deve
Caso não haja relação contratual a distribuidora
acrescer aos valores medidos de energia e de demanda,
deve interromper o fornecimento.
ativas e reativas excedentes compensação de perda.

VII. Medição para faturamento IV. Fator de potência e do reativo excedente


A distribuidora é obrigada a instalar equipamentos O fator de potência tem o limite mínimo de 0,92
de medição nas unidades consumidoras, exceto quando tanto indutivo quanto capacitivo.
o fornecimento for provisório destinado para Ambos os fatores possuem cálculos específicos.
iluminação pública, semáforos, iluminação de vias
internas de condomínios dentre outros. V. Custo de disponibilidade
O custo de disponibilidade do sistema elétrico,
Os medidores devem conter lacres e aplicável ao faturamento mensal de consumidor
necessariamente tem que medir o fator de potência para responsável por unidade consumidora do grupo B, é o
unidades consumidoras do grupo A. valor em moeda corrente baseado no tipo de fase. Ele
deve ser aplicado sempre que o consumo medido ou
VIII. Leitura estimado for menor do 30, exceto para baixa renda.
A distribuidora deve efetuar as leituras em
VI. Opções de faturamento
intervalos de aproximadamente 30 dias, sendo o
Caso se encaixe nos critérios, uma unidade do grupo
máximo 33 dias e o mínimo 27. Salvo o caso que seja
A pode optar por faturamento através da tarifa do grupo
o primeiro faturamento ou remanejamento de rota.
B.
Caso o consumidor permita pode ser realizada a
VII. Faturamento grupo A
leitura através da média de valores antigos assim como
O faturamento do grupo A é realizado levando em
existe a opção de acordo em relação as leituras.
consideração diversos fatores como demanda faturável,
Em unidades consumidoras do grupo B localizadas energia elétrica ativa.
em área rural, a distribuidora pode efetuar as leituras
VIII. Faturamento do grupo B
em intervalos de até 12 (doze) ciclos consecutivos.
Realizado com base no consumo de energia elétrica
Caso não exista a opção de medir o faturamento a ativado e incluindo cobranças caso exceda os limites de
distribuidora pode realiza-la de outras maneiras de potência.
acordo com restrições impostas.
IX. Descontos
Irrigantes, aquicultores e baixa renda são passiveis
de desconto mediante a enquadramento nos requisitos.
X. Faturamento incorreto da retirada podendo este ser analisado em laboratórios
Caso ocorra o faturamento incorreto a distribuidora credenciados.
deve ressarcir o consumidor dentro do prazo
Uma vez comprovada a excedência dos limites
estabelecido.
admissíveis é responsabilidade da distribuidora as
despesas para análise.
X. Fatura
Existem diversas informações que são de III. Diretrizes para a prestação de serviço
obrigatoriedade constar na fatura. adequada
A distribuidora tem obrigação de fornecer energia
A entrega deve ser feita pela distribuidora no para unidades consumidoras que estejam interessadas
endereço da unidade consumidora a não ser mediante em contratar o serviço desde que se encaixe nos
solicitação da alteração pelo cliente. padrões propostos.
O vencimento deve ser no mínimo 5 dias uteis após Caso haja alteração nos padrões técnicos estes
a data da apresentação. devem ser comunicados publicamente.
Ademais é obrigação da distribuidora implementar
medidas de informar e orientar o consumidor de
XI. Inadimplemento aspectos essenciais como de cadastro e atualização de
Caso não ocorra o pagamento pode ser cobrada uma dados do cliente, divulgação de direitos e deveres e até
multa com base no IGP-m e juro de mora podendo ser mesmo a realização de combates a ações irregulares.
no máximo 2% incidido sobre o total da fatura.
IV. Atendimento comercial e tratamento de
Se ocorrer o atraso de mais de 1 ano de reclamações
inadimplência a distribuidora pode condicionar É de competência da distribuidora apurar os padrões
diversos fatores a quitação da divida como privar de de atendimento comerciais por meio de procedimentos
troca de titularidade. auditáveis tendo que manter registros de um período de
no mínimo 5 anos.
XII. Procedimentos irregulares Caso haja descumprimento dos prazos regulados ou
Na condição de suspeita de irregularidades a suspensão indevida de fornecimento deve ser calculado
distribuidora deve notificar o consumidor e realizar o um crédito a ser descontado na fatura do consumidor
apuramento técnicos dos equipamentos envolvidos. de acordo com resoluções especificas.
Comprovada a ocorrência, dentro dos conformes da
norma, a distribuidora deve apurar o consumo faturado Mensalmente deve ser enviado um relatório com a
inadequadamente considerando um período de duração apuração dos padrões dos indicadores comerciais das
da irregularidade através da avaliação ou histórico de unidades consumidoras para ANEEL.
consumo de energia podendo este ser de no máximo 36 Todas as reclamações recebidas devem ser
meses. classificadas, guardadas e apuradas pelas
distribuidoras. Sendo usadas posteriormente para
XIII. Responsabilidade distribuidora cálculos de indicadores que devem espeitar padrões
I. Período de testes anuais estabelecidos. Sujeito a pagamento de multa
Diante do inicio do fornecimento, mudança de caso descumpridas.
faturamento ou acréscimo de carga maior do que 5% da
demanda contratada, a distribuidora deve aplicar
períodos de testes com duração de 3 ciclos
consecutivos e completos de faturamento, sujeito a XIV. Responsabilidade consumidor
cobrança de ultrapassagem de demanda. O consumidor, caso provoque distúrbios, danos na
rede ou em equipamentos, deve ser responsável pela
II. Aferição de medidores adequação da unidade consumidora. Sendo subjugado
Se solicitado pelo consumidor a distribuidora deve a ressarcimento a distribuidora por qualquer
aferir os medidores em até 30 dias após a solicitação. danificação.
Caso o medidor tenha que ser retirado para
averiguação o mesmo deve ser envolto por lacres no ato
Se necessário o aumento de carga o mesmo deve XVII. Ressarcimento de danos
informar a distribuidora previamente. Sendo o mesmo
responsável pelas instalações após o ponto de entrega. elétricos
Na condição de danos elétricos a equipamentos da
unidade consumidora atendida por tensão inferior a
2,3kV a distribuidora deve ressarcir o cliente.
XV. Suspensão do fornecimento
O cliente tem até 90 dias para solicitar o
O corte do fornecimento de energia deve ser
ressarcimento seguindo diretrizes da distribuidora.
interrompido caso não haja o cadastro e/ou contrato do
cliente. Uma vez solicitado a empresa é obrigada a
investigar a solicitação dentro de prazos estabelecidos
É de escolha da distribuidora a interrupção da
de acordo com o equipamento danificado.
distribuição da unidade consumidora caso haja razoes
técnicas ou de segurança. Porém é necessário a Após a analise a distribuidora deve emitir um
notificação previa respeitando com condições parecer e responder por quaiqueres danos causados.
específicas.
Considerando um religamento, o mesmo deve
respeitar prazos de acordo com a prioridade e área, XVIII. Disposições gerais
exceto quando a suspensão for indevida.
A contagem dos prazos deve ser feita de forma
continua pela distribuidora. Assim como o tratamento
de valores das grandezas elétricas e monetárias
XVI. Atendimento ao publico envolvidas durante os processos.
As distribuidoras devem contar com estruturas de Consumidores potencialmente livres, livres e
atendimento aos consumidores de usa área de especiais o contrato de fornecimento deve ser o de
concessão que possibilite a apresentação solicitações e compra de energia regulada respeitando prazos
reclamações, assim como o pagamento da fatura de impostos.
energia elétrica, sem ter o consumidor que se deslocar
de seu Município. As estruturas físicas só são Caso haja alteração contratual os consumidores
obrigatórias caso haja mais de 2.000 unidades devem ser informados.
consumidoras no município com um tempo máximo de Qualquer descumprimento das disposições pode
espera para o atendimento de 45 minutos com horário resultar em penalidades.
de funcionamento variado de acordo com a quantidade
clientes presentes.
XIX. Conclusão
O atendimento telefônico, por outro lado, é Para se atingir uma melhor compreensão acerca das
obrigatório para distribuidoras com mais de 60.000 condições gerais de fornecimento de energia elétrica a
unidades consumidoras devendo este ser gratuito com ANEEL dispõe da resolução normativa nº 414/2010.
horário de funcionamento de 24 horas. As chamadas
devem ser gravadas para fins de fiscalização e São englobadas informações referentes ao direito e
monitoramento. deveres dos consumidores e distribuidoras de energia.
Estipulando também prazos e condições a serem
Os atendimentos devem cumprir metas baseadas em respeitadas para o aperfeiçoamento dos serviços e
índices como nível de serviço, índice de abandono e de consumo de energia elétrica. Tornando-se uma
chamadas ocupadas. Para análise dos mesmos, um resolução essencial paras distribuidoras e unidades
relatório mensal deve ser enviado a ANEEL. consumidoras.
Toda solicitação deve gerar um número de
protocolo que deve ser informado ao cliente e possuir
um prazo para análise. Caso seja indeferida a
solicitação a distribuidora deve apresentar as razões
para tal. Se não for emitido nenhum parecer dentro dos
prazos estipulados a distribuidora deve possuir uma
ouvidoria que deve retornar o cliente em até 30 dias.

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