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AV1 DIREITO IMOBILIÁRIO

Aluna: Dâmaris Lívia Pinheiro Damasceno (1711929/0)


Profa.: Ana Vládia Araújo Lima – Turma EAD

1. Conforme o artigo 22 da Lei 8935/94 são responsáveis pelas atividades delegadas


a notários e registradores, os notários e oficiais de registro que assim os designarem;
ou ainda, os escreventes que assim autorizarem. Salienta-se que tal responsabilidade
apresenta-se no aspecto civil e possui caráter de responsabilidade subjetiva, ou seja,
pautada na culpa pu dolo. Ademais, a reparação civil, contar-se-á em três anos da
reparação civil no prazo de data de lavratura do ato registral ou notarial.

2. Não, nesse sentido a doutrina e a jurisprudência mostra-se cada vez mais


consolidada. Dentre os diversos argumentos que impossibilitam a aplicação do
Código de Defesa do Consumidor, três são objetos de destaque. Primeiramente, os
emolumentos pagos pelos serviços notariais, possuem caráter tributário e não
comercial, entendimento aplicado pelo STF no ADC 5 MC/DF e pela doutrina:

CONSTITUCIONAL – REGISTROS PÚBLICOS – COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA


LEGISLAR SOBRE A MATÉRIA – GRATUIDADE CONSTITUCIONALMENTE
GARANTIDA. Inexistência de óbice a que o Estado preste serviço público a título gratuito.
A atividade que desenvolvem os titulares das serventias, mediante delegação, e a relação
que estabelecem com o particular são de ordem pública. Os emolumentos são taxas
remuneratórias de serviços públicos. (..) O direito do serventuário é o de perceber
integralmente, os emolumentos relativos aos serviços para os quais tenham sido fixados.
(STF, ADC 5 MC/DF – Rel. Min. Nelson Jobim – Tribunal Pleno – DJ 19.09.2003)

Aceite-se, sem disceptação, que as custas e os emolumentos são taxas pela prestação dos
serviços públicos ora ligados à certificação dos atos e negócios, ora conectados ao aparato
administrativo e cartorial que serve de suporte à prestação jurisdicional. Nada impede que o
legislador cobre taxas pela prestação dos serviços públicos, específicos e divisíveis, ligados
à certificação de atos e negócios ou ligados à prestação jurisdicional. Nada o impede de
destinar a outros fins o produto arrecadado (Sacha Calmon Navarro Coelho, Curso de
Direito Tributário Brasileiro, 4ª edição, Ed. Forense, RJ, 1999, pág. 424 e 425).
O segundo motivo está no fato de que não há uma relação de consumo, nem de
clientela, como definido no artigo 3º do CDC. De mesmo modo entendeu o Supremo
Tribunal Federal no RE nº 178.236 e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios. Por fim, o STJ no RESP nº 478958/PR entendeu que o Código Tributário
Nacional, caracterizar-se-ia como a lex specialis, derrogando assim, o CDC.

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