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Economia Internacional - Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

O Investimento direto estrangeiro em


economias internacionais.

Maria da luz de Aguiar


Nº: 57324
Subturma 3 TA
Economia Internacional - Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

ABSTRACT
Based on this paper, it’s supposed to understand the concept of foreing direct
investment and how it influences the host country. The main goal of this
paper is to understand how the investment made by China affects Angolan
economic situation, on its negative and positive aspects.

KEYWORDS

Foreign direct investment; Angola; China


Economia Internacional - Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Considerações gerais
Este trabalho tem como finalidade principal o estudo do conceito de investimento direto
estrangeiro, nomeadamente as suas modalidades e, de que forma o mesmo se pode
afigurar como negativo ou positivo consoante o meio, leia-se numa determinada
economia especifica, onde está a ser aplicado.

Enquadramento e conceito de investimento direto estrangeiro


De acordo com a noção dada pelo Banco de Portugal, o investimento direto estrangeiro
tem por objetivo a obtenção de laços económicos estáveis e duradouros, dos quais, deva
resultar direta ou indiretamente, um efetivo poder de decisão por parte de quem está a
investir. A detenção pelo menos de pelo menos 10% do capital social de uma empresa de
investimento residente1 . Os prazos de permanência do investimento tendem a ser longos
pelo objetivo, em si, de participação ou constituição de empreendimentos, cuja maturação
é tao indefinida quanto o tempo de subsistência de uma empresa. A incerteza quanto ao
retorno do capital investido e quando à rentabilidade desse investimento, fazem com que
o investimento direto estrangeiro seja visto como um investimento dotado de um certo
risco (Henning, C. Randall)2. A área e a análise dos setores, onde o investidor irá investir
o seu capital, releva na medida em que é possível aferir maior ou menor instabilidade do
investimento realizado, relativamente à atividade que se tem em vista ao investir (o que
também se afigura como importante, na medida em que, quanto mais estável for o
investimento feito em determinado pais, mais fácil será para se poder captar mais
investimento proveniente do estrangeiro)3.

Pode ser abordado por uma perspetiva que tem como elemento principal o seu objetivo,
se tem em vista o mercado nacional, como forma do investidor conseguir aceder a um
determinado mercado, ou a exportação, onde o investidor pretende usufruir de

1 Conceito adotado pelo Banco de Portugal, que vai de acordo com o conceito dado pela OCDE e pelo FMI (OCDE -
2013) “o investimento realizado por uma entidade residente numa economia,
com o objetivo de obter um interesse duradouro numa entidade residente noutra
economia. O interesse duradouro implica por um lado a existência de uma relação de
longo prazo entre o investidor direto e a empresa, e por outro lado um grau
significativo de influência por parte do investidor direto na gestão da empresa”
2 “Determinantes do investimento direto externo (IDE) na américa latina: uma perspetiva institucional
3 Cunha, Tânia Meireles de “O Investimento Directo Estrangeiro e a Fiscalidade” Edições Almedina SA (2006)

Coimbra.
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determinadas condições que são dadas por um determinado país, podendo essas condições
limitar-se: à mão-de-obra; aos incentivos existentes (Ex: incentivos fiscais) ou
`quantidade de recursos naturais existentes. Pode assumir vertentes distintas, ser
orientado para um mercado de produção de bens ou serviços ou pode ser orientado para
uma comercialização desses mesmos, de forma a criar uma rede de distribuição. De
acordo como uma perspetiva que tem como elemento fundamental o destino do bens ou
serviços, subdividindo-se entre o investimento feito que se destina ao mercado de países
terceiros ou se o investimento feito se destina ao mercado do pais recetor (este tipo de
investimento afigura-se como sendo um tipo de investimento mais móvel, na medida em
que ele só visa a redução de custos de uma determinada empresa, o que implicará que nos
momento posterior, se os custos aumentarem, que haja uma nova deslocalização desse
investimento)4.

O investimento direto estrangeiro distingue-se de duas figuras que lhe são semelhantes:

i. O investimento indireto estrangeiro, que engloba todo o tipo de investimento que


não pode ser enquadrado como investimento direto e que não seja de
financiamento oficial. Com especial relevo para o investimento de carteira ou
portfolio investment, que consiste em operações de aquisição/venda (mercados
primário e secundário) e amortização de títulos em que umas das partes da
transação se afigura como um não residente5, tendo assim como finalidade a
extração de um ganho pelas participações por via da respetiva negociação.
Distingue-se do IDE6 na medida em que não existe um poder de decisão
conferido ao investidor. Esta distinção implica respetivas diferenças ao nível de
tratamento, por configurarem situações distintas.
ii. Financiamento oficial ou ajudas ao investimento, configura as transferências de
capital, em dinheiro ou em espécie, feitas por administrações publicas ou pelo
resto do mundo para outras unidades institucionais residentes ou não residentes
para financiar a totalidade ou uma parte dos custos de aquisição de ativos fixos7.
Ele distingue-se do IDE, na medida em que o potenciam no futuro, pois criam

4
Idem Cunha.Tânia
5 Conceito adotado pelo Banco de Portugal
6 Investimento direto estrangeiro
7 Conceito adotado pelo INE
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condições para a sua efetivação, são de carácter temporário e pressupõem a


estimulação do próprio investimento.

Sempre que um investidor decide envergar num investimento no estrangeiro, deve sempre
ter presente que uma decisão como a de se internacionalizar acarreta muitos riscos e
potenciais obstáculos que o poderão dificultar, pelo que deve ser feita com cautela8. Há
vários obstáculos que devem ser considerados em relação ao IDE, nomeadamente a língua
e a diferença cultural entre países, como aspetos mais óbvios, a mudança de fronteira ou
até mesmo a instabilidade de alguns países pode pôr em risco o negócio, ou mesmo afetar
a segurança do negócio em si9. Uma das variáveis mais importantes para que um
investimento direto estrangeiro seja feito num dado país por parte de empresas
multinacionais, é, pois, a estabilidade política desse mesmo pais, uma análise feita aos
determinantes do investimento privado em 4 países, situados na América latina
(Argentina, Chile, México e Venezula) mostra que a taxa de juros de cariz internacional
e o crescimento do PIB ao ano são as variáveis mais tidas em conta para a determinação
de um IDE por parte dessas mesma empresas. Concluindo desse estudo que, mesmo
havendo condições macroeconómicas estáveis, há elementos externos que se afiguram
como de extrema importância quando os privados ponderam investir num país estrangeiro
(Estudo realizado por Serven e Solimano - 1993; Milman - 1996)10

De acordo com o economista britânico John Harry Dunning (2002) existem 4 tipos de
motivações para a realização de IDE11:

i. Procura de recursos: constitui-se como a determinante mais importante. Tem


como objetivo utilizar ou adquirir recursos que não estejam disponíveis no país
de origem, ou a um baixo custo. Consequentemente possibilita que as empresas
se tornem mais rentáveis e competitivas;
ii. Procura de mercados: tem como objetivo o aumento das quotas de mercado e
entrar em novos espaços económicos (investimento horizontal).

8 Rao, D.N - Head of Economic & Investment Research at the Consulting Center for Finance & Investment, Riyahd,
Kingfom of Saudi Arabia (2007) “Analysing Risks of Foreign Direct Investment in Emerging Economies: A Case-Study
of Saudi Arabia”
9 Idem Rao, D.N
10 Amal, Mohamed e Seabra, Fernando “Determinante Do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) Na América Latina:

Uma Perspetiva Institucional” Departamento de Economia da Universidade Regional de Blumenau; Departamento


de Economia Universidade Federal de Santa Catarina
11Pedroso, Ângela Físico (2015). "As determinantes do investimento directo estrangeiro chinês : uma comparação

entre a Ásia e a África". Dissertação de Mestrado, Universidade de Lisboa. Instituto Superior de Economia e Gestão.
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iii. Procura de eficiência: este investimento é associado a investidores que procuram


regiões de baixo-custo para a realização das suas operações, surgindo o processo
de fragmentação do processo produtivo, associando-se cada etapa de produção a
um local diferente (investimento horizontal);
iv. Procura de ativos estratégicos: normalmente um investimento realizado pelas
multinacionais com o objetivo de aumentar a competitividade internacional a
longo-prazo. Este investimento permite que estas empresas possam reforçar as
vantagens que as diferenciam das restantes, de forma a enfraquecer a capacidade
competitiva dos seus concorrentes.

Aspetos positivos do investimento direto estrangeiro


Em primeiro lugar, e como constitui um dos maiores benefícios, deve-se atender ao facto
de que o IDE tem sido visto como uma forma de transferência de tecnologia e de “know
how” para muitas economias em desenvolvimento, permitindo que estas possam ter os
meios para se tornarem mais competitivas internacionalmente, ou que possam começar a
competir a nível internacional com as restantes12, promovendo um crescimento
económico a longo-prazo. Ele permite que haja uma liberalização de capital, ou seja que
o capital internacional possa circular e que seja canalizado para promover um crescimento
económico13. A expansão para mercados estrangeiros pode minimizar o risco de uma
empresa perder as suas quotas de mercado (neste caso no seu mercado de origem) para
clientes que se aproveitam da concorrência global para adquirir bens e serviços em
mercados estrangeiros, provocando essa mesma ocorrência no mercado onde irá investir
o seu capital14. Os fluxos internacionais privados de recursos financeiros tornaram-se
cada vez mais importantes para os países com economias emergentes, ou países em
desenvolvimento, na medida em que constitui um forte incentivo para que essas mesmas
economias cresçam e se tornem mais competitivas em termos globais15.

12Artigo económico: Jonathan D. Ostry, Prakash Loungani, and Davide Furceri “Neoliberalism Oversold?” (2016).
Finance and development
13 Obstfeld. Maurice
14 Idem Amal, Mohamed e Seabra, Fernando
15 Neumayer, Eric * Spess, Laura ** (2005) “Do Bilateral Investment Treaties Increase Foreign Direct Investment to

Developing Countries?” London School of Economics and Political Science* London School of Economics -
Department of Geography and Environment**
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De acordo com o economista Stephen Hymer, o IDE ocorre exclusivamente se os


benefícios da exploração de vantagens especificas de uma dada empresa superarem os
custos relativos das operações no exterior, ou seja, trata-se de um fenómeno lucrativo
tanto para o investidor como para o país que vai captar esse mesmo investimento16.

O IDE, leva a que muitos países adotem medidas para o atrair, fundamentando-as na
possibilidade de vir a adquirir os potenciais efeitos positivos que daí decorrem, que se
repercutiriam na economia nacional. O IDE aumentaria a produtividade, haveria a
transferência de tecnologia não existente, habilidades em termos de uma efetiva boa
gestão, o já falado “know how” e as redes internacionais de produção, tal como o acesso
aos mercados externos e a redução da taxa de desemprego, que teria efeitos também ao
nível social do bem-estar17.

Aspetos negativos do investimento direto estrangeiro


O IDE pode levar a que as empresas locais, competitivas unicamente dentro do seu
mercado nacional, que podem não possuir qualquer tipo de impacto ao nível do mercado
internacional, falando-se mais precisamente das pequenas e médias empresas, possam ser
afastadas, devido a uma melhor e mais eficaz produtividade, vendo a sua atividade a ser
afetada devido às decorrências desse mesmo investimento, e consequentemente, levar a
um surgimento de um impacto negativo no desenvolvimento económico18.

O crescimento e o benefício de partilha de risco do fluxo de capital, depende do tipo de


fluxo que é considerado, da mesmo forma de depende da natureza das instituições onde
o investimento será feito e das políticas que irão ser aplicadas nesse contexto19. Que
conduzirá a que um investimento mal calculado levará a que não surjam benefícios para
ambas as partes objeto do IDE, mais precisamente a prejuízos20.

É possível referir que de acordo com um estudo feito, desde 1980, sugiram mais de 150
episódios de surtos de entrada de capital em países estrangeiros, em que mais de 50
ocorreram em economias emergentes. Deste estudo pode-se retirar a conclusão de que,

16 “Foreign direct Investment Theories: Na Overview of the Main FDI Theories”


17 E. Caves. Richard (1996)
18 Hanson. Robin Dale (2001)
19 Hirshman. Albert (1958)
20 Idem. Jonathan D. Ostry, Prakash Loungani, and Davide Furceri
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cerca de 20% desses casos acima referidos, acabaram em crises financeiras, e que muitas
desses crises podem ser associadas a um grande declínio da produção21.

Vários economistas inclusive, como Jeremy Greenwood, chegam a afirmar que a maior
parte dos efeitos de IDE chegam a ser negativos, ou como Richard Lipsey, que conclui
que chega a haver efeitos positivos mas que não se consegue figurar uma relação
consistente entre o relacionamento do IDE e o crescimento económico22.

Investimento direto estrangeiro: O caso Angolano


Como exemplo prático de um caso de investimento direto estrangeiro, decidi optar pelo
caso dos investimentos feitos pela China nos países do continente africano,
nomeadamente em economias que se caracterizam como emergentes. Esse investimento
teve maioritariamente como impulso a exploração dos recursos naturais existentes nessas
zonas e a dimensão do mercado local.

A China, como uma economia de maior destaque atualmente, tem sido uma economia
emergente fortemente marcada no âmbito de IDE, desde o momento em que se deu a sua
abertura para o mercado internacional. Esse fenómeno ocorreu devido a uma medida
implementada pelo Governo chinês intitulada de “Going global”23, que
consequentemente teve como objetivo da expansão das empresas nacionais para
mercados exteriores. No momento posterior ao final da guerra civil angolana, a principal
prioridade do Governo angolano era a reconstrução do país, dessa forma a China viu uma
oportunidade de criar relações, devido essencialmente ao facto de Angola concentrar
vários recursos necessários que a China necessitava para poder continuar a exportar para
vários mercados.

Desde sensivelmente do ano de 2002 que a China e Angola têm vindo cada vez mais a
criar fortes laços de cooperação económica. Esta relação acaba por se centrar
especialmente no financiamento, por parte da China, à reconstrução e reabilitação de
infraestruturas em troca de petróleo proveniente de Angola. O método de intervenção
chinês em Angola não diverge daquele que é aplicado ao longo dos países do continente

21 Estudo presente no texto idem (2007)


22 “Foreign Direct Investment Theories: An Overview of the Main FDI theories”
23 Idem. Pedroso, Ângela Físico
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africanos com os quais a China tem relações comerciais, que se traduz na troca de
infraestruturas, necessárias à reconstrução africana, por recursos naturais, necessários
para a produção chinesa. De acordo com o ITC24, no ano de 2011 a China foi considerada
o principal destina das exportações Angolanas25, com cerca de 37,7%, em resultado do
aumento das aquisições de petróleo26.

É das relações comerciais entre a China e Angola que surge o denominado “Modo
Angola” que se traduz num mecanismo que visa o abatimento de empréstimos feitos para
o desenvolvimento de infraestruturas a partir dos recursos naturais existentes. É um
método típico utilizado por países que não conseguem conferir as garantias financeiras
necessárias para restituição dos empréstimos concebidos. Desta forma possibilita-se que
o país que investe, em troca desse investimento possa explorar os recursos naturais
existentes.

Conclusões
Apesar de se poder considerar que o investimento chinês se afigura como positivo ao
desenvolvimento do continente africano, mas o modo como este é efetuado suscita
algumas criticas, nomeadamente surge uma comparação feita ao neocolonialismo
praticado pelas potências ocidentais no período entre o século XIX e inícios do século
XX, na medida em que ao negociar a China muitas das vezes ignora as boas práticas
comerciais (provenientes de acordos de instituições internacionais) e as regras de
transparência.

Outro ponto a tocar, é o facto de no caso chinês não haver uma preocupação em relação
às questões sociais e ambientais, havendo preocupações meramente comerciais, o que
pode ser retirado a partir de um estudo feito aos trabalhadores e à população angolana de
onde se conclui27:

• As empresas chinesas não respeitam as condições de trabalho, existindo condições


precárias (não respeitam a clausula de subcontratarem 30% dos serviços locais,
que leva a que se crie pouco impacto na criação de emprego no mercado nacional)

24 Internacional Trade Centre’s


25 https://atlas.media.mit.edu/pt/visualize/tree_map/hs92/export/ago/chn/show/2011/ Exportações Angolanas
para a China em termos de produtos em 2011 OEC (consultado a 03.12.2018)
26 Gráfico 1 em anexo
27“ Mitos e percepções sobre as empresas chinesas entre trabalhadores angolanos” (Volume I nº15. 2011) Centro

de estudos e investigação científica da Universidade Católica Angolana


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e não desenvolvem responsabilidade na proteção do ambiente, o que leva a que


haja impactos negativos a nível social;
• O facto de se assistir a uma substituição da mão-de-obra nacional pela chinesa,
que leva a que as famílias nativas sejam prejudicadas, porque não havendo
rendimento o seu acesso às necessidades básicas fica fortemente condicionado,
havendo uma descida considerável no nível de vida da população, que impede o
desenvolvimento;
• O mercado de trabalho sofre, na medida em que se praticam baixos salários e o
nível de instrução da mão-de-obra é baixa, não dando lugar a uma situação de
desenvolvimento, nem a um aumento de produtividade e baixando o rendimento
médio das famílias.28
• Tem-se vindo a notar cada vez mais uma proliferação dos produtos chineses no
mercado, que aniquilam a produção nacional e os pequenos produtores, visto que
se afiguram como produtos muito mais baratos
• A existência de uma prática chinesa em empregar os seus próprios trabalhadores,
uma prática que tem sérias implicações a nível económico social e político.

Talvez a questão mais pertinente que se possa colocar ao finalizar este trabalho é a
situação em que a economia angolana é caracterizada maioritariamente por depender do
setor petrolífero29, mesmo com a entrada massiva de receitas provenientes do petróleo e
os esforços realizados para a reconstrução interna, perto de 80% das receitas fiscais
publicas provêm do petróleo, que representa praticamente toda a percentagem de
exportação angolana (Jover 2012), precisamente levando a que se caracterize a economia
angolana como uma economia em desenvolvimento, na medida em que só possui
vantagens comparativas em pouquíssimos produtos, o que poderá levar a que ao haver
uma qualquer variável negativa nessas produções que se possa facilmente constituir uma
situação de crise a nível económico (como se sucedeu com o choque petrolífero). Uma
última consideração altamente importante relaciona-se com o poder económico que a
China tem vindo a conquistar e a exercer nos últimos anos, nesse sentido Angola poderá
ter aqui presente uma relação de alta dependência face a outro país, que nunca se afigura
como um ponto positivo.

28Gráfico 2 em anexo
29Carmo, Catarina Maria Raminhos do. 2013. "Modo Angola : o impacto da Intervenção da China no
desenvolvimento socioeconómico de Angola". Dissertação de Mestrado. Universidade de Lisboa. Instituto Superior
de Economia e Gestão.
Economia Internacional - Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

BIBLIOGRAFIA
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(http://www.anpec.org.br/encontro2005/artigos/A05A076.pdf)

Artigo económico: Jonathan D. Ostry, Prakash Loungani, and Davide Furceri


“Neoliberalism Oversold?” (2016). Finance and development “

Banco de Portugal, acedido dia 26.11.2018


(https://www.bportugal.pt/sites/default/files/anexos/documentos-
relacionados/nie_9_2015%20bop.pdf)

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Carmo, Catarina Maria Raminhos do. (2013). "Modo Angola : o impacto da Intervenção
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Cunha, Tânia Meireles de “O Investimento Directo Estrangeiro e a Fiscalidade” Edições


Almedina SA (2006) Coimbra. páginas de 19 a 28.

Dados estatísticos: (consultado a 03.12.2018)


https://atlas.media.mit.edu/pt/visualize/tree_map/hs92/export/ago/chn/show/2011/

Rao, D.N - Head of Economic & Investment Research at the Consulting Center for
Finance & Investment, Riyahd, Kingfom of Saudi Arabia (2007) “Analysing Risks of
Foreign Direct Investment in Emerging Economies: A Case-Study of Saudi Arabia”
(https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=955264)

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Countries” Stockholm School of Economics - Department of Economics; National
Economia Internacional - Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Bureau of Economic Research, at New York; Centre for Economic Policy Research*;
Stockholm School of Economics; National Bureau of Economic Research**
(https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=620572)

Mitos e percepções sobre as empresas chinesas entre trabalhadores angolanos” (Volume


I nº15. 2011) Centro de estudos e investigação científica da Universidade Católica
Angolana (https://www.cmi.no/publications/file/4018-mitos-e-percepcoes-sobre-as-
empresas-chinesas.pdf)

Neumayer, Eric * Spess, Laura ** (2005) “Do Bilateral Investment Treaties Increase
Foreign Direct Investment to Developing Countries?” London School of Economics and
Political Science* London School of Economics - Department of Geography and
Environment** (https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=616242)

Pedroso, Ângela Físico (2015). "As determinantes do investimento directo estrangeiro


chinês : uma comparação entre a Ásia e a África". Dissertação de Mestrado, Universidade
de Lisboa. Instituto Superior de Economia e Gestão.
(https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/10617/1/DM-AFP-2015.pdf)
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ANEXOS

Gráfico 1: Exportações Angolanas no ano de 201130

Gráfico 2: Preferências dos trabalhadores angolanos 31

30
Carmo, Catarina Maria Raminhos do. 2013. "Modo Angola : o impacto da Intervenção da China no desenvolvimento
socioeconómico de Angola". Dissertação de Mestrado. Universidade de Lisboa. Instituto Superior de Economia e
Gestão.
31 “Mitos e percepções sobre as empresas chinesas entre trabalhadores angolanos” (Volume I nº15. 2011) Centro de

estudos e investigação científica da Universidade Católica Angolana

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