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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __VARA DO TRABALHO DE

GOIÂNIA – GOIÁS

PEDRO HENRIQUE FERREIRA DA COSTA FRANÇA, brasileiro, casado,


comerciário, portador da RG nº 4465330-SSP/GO, inscrito no
CPF nº007.176.521-22, PIS nº 13147349313, CTPS nº 1414383,
série 0001/GO, nascido em 03/09/1985, filho de Terezinha
Lucio da Silva residente na Rua 10-E, quadra 26, lote 12,
Garavelo Residencial Park, Aparecida de Goiânia, Goiás, CEP:
74932-290, por seu bastante procurador que a presente
subscreve (o.i.), com escritório profissional na Av. T-1, nº
1508, quadra 68, lote 8, Setor Bueno, Goiânia, Goiás, CEP
74.215-022, fone 3093-3296, vem à presença de Vossa
Excelência mover a presente AÇÃO TRABALHISTA em face de HNK
BR INDÚSTRIA DE BEBIDAS LTDA, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ 50.221.019/0008-02, estabelecida
na Rua Serra Dourada, nº 211, setor Empresarial, Goiânia,
Goiás, CEP: 74.583-360, pelos fatos e fundamentos abaixo
expendidas:

1. PEDIDO DE GRATUIDADE JUDICIÁRIA E APLICAÇÃO DA


SUSPENSÃO DA COBRANÇA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS À
RECLAMADA NO CASO DE SUCUMBENCIA DO AUTOR E ISENÇÃO
DE HONORÁRIOS PERICIAIS – CONDENAÇÃO DA RECLAMADA EM
HONORÁRIOS SUCUMENCIAIS AOS PATRONOS DO RECLAMANTE

Inicialmente, o Autor requer a concessão do benefício da


justiça gratuita, consoante o disposto na Lei nº 1.060/50 artigos
98 e 99 do NCPC e art. 790 da CLT.

O autor declara para os devidos fins e sob as penas da


lei que não possui condições de arcar com o pagamento de custas e
demais despesas processuais, sem prejuízo do próprio sustento e
de sua família, conforme prevê o artigo 4º da Lei nº. 1.060/50, e
artigo 4º da Lei nº 7.510/86.

Os dispositivos do Código de Processo Civil de 2015,


deixam claros que se presume verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida por pessoa natural (conforme declaração de
hipossufiência junto com a procuração), vejamos os artigos 98 e
99 do NCPC, onde demonstra a tese do reclamante.

Note-se que o item I da SUM-463/TST consagra o


entendimento de que “A partir de 26.06.2017, para a concessão da
assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta a
declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou
por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes
específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015, sendo que a
procuração e declaração encontram-se em anexo em documento
único).
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No caso em exame, o reclamante junta a declaração de
pobreza/hipossuficiência, bem como não recebe atualmente salário
igual ou superior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social, fazendo jus ao
benefício da justiça gratuita, nos termos da CLT, art. 790, § 3º,
ademais, a declaração de pobreza anexa com a procuração atende
aos requisitos da SUM-463, I/TST, o qual goza presunção relativa
de veracidade, na forma do CPC, art. 99, § 2º, de aplicação
subsidiária – CLT, art. 769) e nesse sentido, há julgado da Eg.
6ª Turma do C. TST, cuja fundamentação ora se incorpora como razão
de decidir:

(…) mantém-se no Processo do Trabalho, mesmo após a Lei n.º


13.467/2017, o entendimento de que a declaração do interessado, de que
não dispõe de recursos suficientes para o pagamento das custas do
processo, goza de presunção relativa de veracidade e se revela suficiente
para comprovação de tal condição (99, § 2º, do CPC de 2015 c/c art. 790,
§ 4º, da CLT). Harmoniza-se esse entendimento com o princípio da
inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da Constituição Federal). 7 -
De tal sorte, havendo o reclamante prestado declaração de hipossuficiência
e postulado benefício de justiça gratuita, à míngua de prova em sentido
contrário, reputa-se demonstrada a insuficiência de recursos a que alude o
art. 790, § 4º, da CLT. 8 - Recurso de revista de que se conhece e a que
se dá provimento" (RR-10607-91.2018.5.18.0171, 6ª Turma, Relatora
Ministra Kátia Magalhães Arruda, DEJT 13/03/2020).

Dessa forma, requer os benefícios da justiça gratuita,


pelos motivos já alinhavados, e, por ser a única forma de
proporcionar ao autor o mais amplo acesso ao Poder Judiciário,
garantia essa, que a Constituição Federal elegeu no inciso LXXIV,
do artigo 5º e o artigo 790 parágrafos 3° e 4° da CLT, alterado
pela recente lei 13.467/2017.

Caso o juízo entenda pelo indeferimento da gratuidade de


justiça, o que admite apenas por cautela, requer que seja
oportunizado prazo razoável ao reclamante para comprovar gastos
mensais que demonstrará que não tem condições de arcar com as
custas processuais, sob pena de configurar o cerceio de defesa
(afronta a Constituição Federal).

Quanto à questão dos honorários de sucumbência para o


advogado da Reclamada, no caso de eventuais pedidos julgados
improcedentes ou ainda não acolhidos no valor requerido na
exordial, com a concessão dos benefícios da justiça gratuita,
requer a aplicação do entendimento exarado pelo C. Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADI 5.766, onde houve o
entendimento que a cobrança de honorários de sucumbência
concomitante com acolhimento da miserabilidade (assistência
judiciaria gratuita) implicaria em avanço sobre verbas
trabalhistas de natureza alimentar e afrontaria a CF quanto ao
princípio da não discriminação negativa (art. 3º IV CF/88),
princípio de acesso à justiça (art.5 CF/88) e princípio da
dignidade da pessoa humana (mínimo existencial) (art. 1°, Inciso
III), crivando o feito de inconstitucionalidade.

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Ademais, o mero acolhimento parcial pretensões deduzidas
em Juízo não retira a condição de miserabilidade econômica do
empregado, razão por que a aplicação da hipótese do artigo 791-
A, parágrafo 3º da CLT, deve ser feita em consonância ao disposto
no parágrafo 4º do mesmo dispositivo legal e na remota
possibilidade do juízo não reconhecer as benesses da gratuidade
de justiça, o que se admite apenas por argumentação, o reclamante
desde já pugna que seja arbitrado a condenação aos horários
advocatícios ao percentual não superior a 5% (mínimo legal).

2. CONTRATO DE TRABALHO

O Reclamante foi admitido em 08 de setembro de 2014,


última função de vendedor, salário mensal médio de R$ 3.761,27
(três mil, setecentos e sessenta e um reais e vinte sete centavos),
conforme o item 66 do TRCT, a demissão foi a pedido em 01 de
fevereiro de 2021.

O Autor requer desde já, que o valor da remuneração supra


indicada, depois de acrescido de todas as demais parcelas de
natureza salarial, seja utilizado como base de cálculo das verbas
ora requeridas.

3. DOENÇA OCUPACIONAL - ACIDENTE TRABALHO –


RESPONSABILIDADE OBIJETIVA - DANO MORAL –
PENSIONAMENTO E DEMAIS PEDIDOS

O Reclamante foi admitido em 08 de setembro de 2014,


sua ultima função, segundo a Reclamada era de vendedor, tendo
pedido demissão em 01 de fevereiro de 2021, consoante consta
dos inclusos documentos.

Ao ingressar nos quadros da Reclamada o empregado foi


submetido a todos os tipos de exames, sendo que nenhuma patologia
foi constatada, contudo, o mesmo não ocorreu com a demissão. O
autor foi demitido doente em função do trabalho inadequado e
acidente típico sofrido na reclamada

O reclamante era vendedor e para conseguir fazer sua rota


diária era obrigado a trabalhar em motocicleta da empresa, pois
atendia diversos pontos de venda por dia, exposto ao risco
constante, portanto, quanto a questão da culpa, na forma já
pacificada pela jurisprudência dominante, requer que seja aplicada a
responsabilidade objetiva na forma prevista no artigo 927, do CCB e
demais legislações, posto que este sempre esteve exposto a riscos
maiores que os demais trabalhadores, especialmente ter de laborar em
transito com diversos perigos, vejamos a jurisprudência do Tribunal
Superior do Trabalho:

Processo: RR 242001620095090411 24200-16.2009.5.09.0411


Relator(a): Luiz Philippe Vieira de Mello Filho
Julgamento: 05/06/2013
Órgão Julgador: 7ª Turma
Publicação: DEJT 07/06/2013

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Ementa
RECURSO DE REVISTA - ACIDENTE DE TRABALHO -
MOTOCICLISTA - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
EMPREGADOR - ATIVIDADE DE RISCO. É aplicável à reparação
de dano decorrente de acidente de trabalho a responsabilidade objetiva
prevista no art. 927, parágrafo único, do Código Civil quando a
atividade exercida revestir-se de risco superior ao existente na média das
relações de trabalho. A atividade de vendedor pracista motociclista é
reconhecida por esta Corte como atividade de risco. Assim, pelos danos
morais e materiais decorrentes do acidente de trânsito que lesionou a
perna direita do reclamante, vendedor pracista motociclista, no exercício
de sua atividade, responde objetivamente a reclamada. Recurso de
revista conhecido e provido.

Logo, em 5 de janeiro de 2018, o autor sofreu acidente


de trabalho típico no trânsito no exercício da função com fratura
de costelas múltiplas, membros superiores e outros, tendo afastado
do trabalho, inicialmente por 30 dias, conforme documentos anexos
e em função do acidente de trabalho, sente fortes dores e nunca
se restabeleceu completamente.

Em virtude das dores e dos riscos diários que era exposto


e em função do trauma vivido, o autor desenvolveu depressão, sofre
com ansiedade, insônia, crises nervosas, angustia e palpitações
cardíacas e não tem condições de trabalho e foi demitido doente e
sofre ainda com doença ocupacional em função do trabalho, laborava
em motocicleta, com postura inadequada e desenvolveu problemas de
coluna e outros.

Logo, as atividades desenvolvidas, sem descanso durante


a jornada, com carga excessiva de repetição de movimentos, postura
inadequadas por longos períodos de forma ininterrupta e extenuante
em cima de motocicleta, sem ginástica laboral foram preponderantes
para o surgimento e agravamento do quadro doentio.

O autor é jovem, não tem histórico familiar e em virtude


do trabalho sofre com problemas na coluna, dores nas pernas,
braços, joelhos e de todo quadro relacionado ao trabalho já
narrados associado ao acidente de trabalho e risco diário de novo
evento (acidente), também desenvolveu depressão, sente dores
constantemente no tórax, pernas, braços, lombar e toma medicação
controlada que reduz sua capacidade laboral (juntamente com o
quadro doentio já narrado). O autor está incapacitado para o
mercado de trabalho, não pode trabalhar dirigindo no trânsito o
dia todo e foi demitido doente.

O autor não se recuperou totalmente tanto do acidente


quanto da depressão e da coluna (doença ocupacional), continua em
tratamento e não tem condições plenas de trabalho por culpa da
reclamada, tendo o médico psiquiatra recomendado à empregadora que
o Reclamante foi readaptado em outra função que não continuasse a
trabalhar em moto no trânsito, o que foi ignorado pela empresa
que teria ocasionado o pedido de demissão.
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A reclamada foi negligente, conhecia o quadro
doentio do Autor e o manteve em condições inadequadas, não o
mudou de função e ainda o demitiu doente, portanto, as atitudes
da reclamada geraram/agravaram as doenças ocupacionais
narradas, o autor não estaria em estado doentio tão grave sem
a contribuição direta da reclamada e do trabalho.

O psiquiatra que atendeu o autor, em razão do seu


quadro doentio, o orientou a pedir mudança de função para que
não trabalhasse na rua com moto e que tal fato foi levado ao
conhecimento da empresa que ignorou o pedido, ou seja, a
reclamada que não obedeceu a recomendação médica e o seu quadro
agravou ainda mais.

Atitude negligente da reclamada em não obedecer o


pedido do médico psiquiátrico expos o autor e terceiros a risco
grave de novos acidentes de trânsitos e contribuiu
significativamente para a piora do quadro depressivo do autor,
portanto, requer perícia médica a ser designada pelo juízo, com
especialista em ortopedia e psiquiatria, o que fica desde já
requerida.

É de suma importância que a perícia seja realizada por


profissional especialista na área a qual o reclamante apresenta
lesões (ortopedista e psiquiatra ou psicólogo), posto que se
trata de área bastante delicada na medicina e clinico geral ou
mesmo especialistas em outras áreas, poderá deixar passar
despercebido diversos aspectos de suma importância para o
deslinde da lide, bem como a busca da verdade real.

Apesar do quadro doentio estar ligado ao trabalho, a


Reclamada ignorou tal quadro e não quis emitir o comunicado de
acidente do trabalho – CAT para o trauma psiquiatra e emitiu o
CAT para o acidente típico, mas não o constou no PPP, o que
certamente será constatado pelo perito judicial especialista em
ortopedia.

Com fulcro nos artigos 396 e sob as penas do artigo 400,


ambos do NCPC requerem que a empregadora junte aos autos atestados
e ficha médica completa, sob pena de não o fazendo ser considerado
verdadeiro todos os argumentos acima descritos.

É de se considerar, que a descrição do quadro


clínico, a evolução do tratamento, afastam qualquer dúvida,
quanto ao estabelecimento do nexo causal entre a função do
Reclamante e o desenvolvimento das doenças apresentadas, o
que comprova veracidade e ao reconhecimento judicial, posto
que as condições fáticas autorizativas estão todas presentes.

Assim, requer e faz jus em receber indenização por


danos morais, no importante mínimo de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) e a retificação do PPP para constar a CAT emitida no
prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de multa diária
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
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Requer o pagamento de pensão vitalícia que deverá ser
calculada com base na remuneração do trabalhador, com termo inicial
deverá ser a data do acidente e como final vitalícia,
correspondente à inabilitação/incapacidade adquirida, pois o dano
suportado causou o Reclamante desequilíbrio patrimonial e diminui-
lhe a capacidade para o trabalho, devendo, para tanto, referido
pensionamento ser pago de uma só vez (ex vi do parágrafo único do
art. 950, do CC).

No que se refere a idade limite para fins de fixação do


pleito a doutrina e a jurisprudência, vinha sempre se pautando
pela expectativa de vida do brasileiro, que era estabelecida em
sessenta e cinco (65) anos, contudo, é bom lembrar, que no último
levantamento realizado em 2019 pelo IBGE, constatou que a
expectativa de vida no Brasil é de, passou para 76,6 anos de idade,
mas a jurisprudência deste Egrégio Tribunal tem fixado pensão
vitalícia, o que se requer.

Registre-se, ainda, que in casu deverão incidir correção


monetária e juros legais - art. 398 e sgts, e art. 950 do Código
Civil e requer, ainda, a imobilização de capital a fim de assegurar
o cumprimento da obrigação ex vi do art. 520, do NCPC, mesmo que
seja determinado a inclusão em folha, pois a situação econômica do
pais sugere que empresas solidas podem deixar de existir e o
trabalhador não pode ficar desassistido, portanto, faz jus e requer
a formação de capital para a garantida do pensionamento, exceto se
deferido para o pagamento único da pensão.

Por outro lado, desnecessário demonstrar a


verossimilhança das alegações expendidas, considerando a
comprovação irretorquível da deformidade adquirida na execução do
contrato de trabalho, tudo conforme pode se aferir pelos inclusos
documentos.

Com efeito, as prestações vencidas deverão ser


acrescidas de correção monetária e juros legais - art. 398 e 950
do Código Civil; de outro, a pensão ora requerida deverá ser
convertida em salário mínimo, a fim de que não sofra aviltamento
em seu valor, ou ainda, caso não seja este o entendimento do juízo,
deverá ser anualmente corrigida pelos índices de reajustes da
categoria, ou na sua ausência, os mesmos índices de correção do
salário mínimo.

O autor, por não conseguir continuar o trabalho em moto


por medo de novos acidentes pediu demissão ainda doente, conforme
demonstram documentos juntados em anexo e ainda foi diagnosticado
com diversas patologias quando ainda era empregado da reclamada,
o que veio a agravar devido às condições de labor, jornadas
extenuantes entre outros.

Mesmo a reclamada tomando conhecimento do estado doentio


do reclamante e que este não conseguia manter o trabalho em moto
na rua, aceitou o seu pedido de demissão sem ao menos observar
que o trabalhador tinha se recuperado, haja vista que até o
presente momento o trabalhador continua em tratamento médico,
doente e tomando medicação controlada.
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Os laudos e atestados médicos juntados em anexo,
deixam claro que o pedido de demissão do reclamante ocorreu
quando o trabalhador ainda estava doente e que pelo trauma
psiquiátrico não conseguia continuar trabalhando em moto no
trânsito, portanto, requer a nulidade da demissão, pagamento de
todas as parcelas devidas no período de afastamento, inclusive
salário.

Requer a readmissão/reintegração aos quadros de


empregados da reclamada, haja vista que o pedido de demissão do
Autor foi quando este ainda estava doente/em tratamento médico em
razão de sequelas oriundas do trabalho e que por problemas
psicológicos/psiquiátrico não conseguia manter o trabalho em moto
nas ruas com medo de novos acidentes de trânsito.

Requer igualmente o retorno ao labor após a liberação


médica em função compatível com as atuais limitações, sob pena de
não o fazendo, ser condenada no pagamento, na forma indenizada,
das parcelas devidas durante o período de afastamento, inclusive
verbas deste período (pagamento de aviso prévio com integração e
reflexos, 13º salário, férias + 1/3 e FGTS+40%).

FACE AO EXPOSTO, com base na Constituição Federal, CLT,


REQUER a notificação da Reclamada no endereço já mencionado para
comparecer à audiência a ser previamente designada, contestar as
obrigações se quiserem, sob pena de revelia, e condenação ao
pagamento das parcelas seguintes, devidamente atualizadas:

► O reclamante esclarece por oportuno e segundo


entendimento do e. TST que os cálculos a seguir se
tratam de mera estimativa:

CÁLCULO ESTIMADO
- Dano moral; R$ 20.000,00
- Nulidade da dispensa, reintegração ao trabalho sob pena de R$ 184.302,23
indenização, pagamento de pensão e demais pedidos e calculo na forma
do §2º, do artigo 292, do CPC;
TOTAL (calculado até o momento) R$ 204.302,23

Requer ainda,

Realização de perícia em ortopedia e psiquiatria, com a


readmissão ao trabalho em função compatível e a retificação do PPP para
constar a CAT emitida, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais) após o prazo de 24 (vinte e quatro) horas, por todo o exposto
na exordial;

A aplicação do disposto no artigo 467 da CLT, caso as parcelas


incontroversas não sejam pagas em primeira e a intimação da testemunha
na forma do artigo 825 da CLT;

Os benefícios da assistência judiciária gratuita, nos termos


da Lei 1.060/50, c/c lei 7.510/86, por ser o Autor pessoa pobre de
poucos recursos financeiros e não ter condições de arcar com as despesas
processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família;

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O Autor admite a dedução de qualquer valor quitado ao
mesmo, desde que comprovado nos autos, a fim de afastar a
litigância de má fé e o enriquecimento ilícito;

Em função da assistência judiciária, o reclamante requer


a isenção da cobrança de honorários advocatícios sucumbências aos
advogados da Reclamada e pagamento destes honorários aos patronos
do Autor , conforme determinou o C. STF na ADI 5.766 e Lei
13.467/2017, ou caso sejam mantidos os honorários de sucumbência
aos advogados da Reclamada, o que não se espera, que seja aplicada
a suspensão da exigibilidade, pois tal crédito deverá ser
suspenso pelo prazo de 2 anos, já que nesse prazo, o credor deverá
demonstrar que deixou de existir situação de insuficiência de
recursos do trabalhador que justificou a concessão da gratuidade,
na forma legal e pacificado pelo entendimento jurisprudencial dos
Tribunais acima transcrito;

Protesta por todos os meios de provas em direito


admitidas, testemunhas, juntadas posterior de documentos,
depoimento pessoal da Reclamada, o que desde já requer e sob pena
de confesso;

Dá-se a presente o valor de R$ 204.302,23 (duzentos e


quatro mil, trezentos dois reais e vinte três centavos), para os
fins de alçada fiscais, uma vez que o rito é ordinário.

Nestes termos,
Pede deferimento. Goiânia, 29 de dezembro de 2021.

Wellington Alves Ribeiro Lana Patrícia da Silva Corrêa


OAB/GO nº 14.725 OAB/GO nº18.003

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