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Conceito de paper

O paper, é um pequeno artigo científico a respeito de um tema pré-determinado. Sua elaboração


consiste na discussão e divulgação de idéias, fatos, situações, métodos, técnicas, processos ou
resultados de pesquisas científicas, relacionadas a assuntos pertinentes a uma área de estudo.

A elaboração de artigos estimula, ainda, a análise e a crítica de conteúdos teóricos e de idéias de


diferentes autores, contribuindo para que o estudante aprenda a sintetizar conceitos, fazer
comparações, formular críticas sobre um determinado tema à luz de evidências empíricas já
sistematizadas. Com o paper, o autor desenvolve análises e argumentações, com objetividade e
clareza, podendo considerar, também, opiniões de especialistas. Por sua reduzida dimensão e conteúdo,
o paper difere de trabalhos científicos, como monografias, dissertações ou teses.

O paper deve ser redigido com estrita observância das regras da norma culta, objetividade, precisão e
coerência. Devem ser evitadas as gírias, expressões que contenham juízos de valor ou adjetivos
desnecessários. Também é preciso evitar explicações repetitivas ou supérfluas, ao mesmo tempo em
que se deve cuidar para que o texto não seja compacto em demasia, o que pode prejudicar a sua
compreensão. A definição do título do artigo deve corresponder, de forma adequada, ao conteúdo
desenvolvido.

Ao produzir o artigo, o estudante inicia uma aproximação aos conceitos e à linguagem científica que
necessitará desenvolver no momento da elaboração de um trabalho.

3- Elaboração do paper

Para que o conteúdo do paper seja bem trabalhado e fundamentado sugere-se que o mesmo contenha
entre 10 e 15 págs¹, outros autores ainda dizem 5 págs e um mínimo de 3 págs² Como o paper deve ser
sempre fundamentado cientificamente, deve-se utilizar no mínimo 3 autores na pesquisa.

Antes de começar a escrever o artigo, é preciso que o autor primeiro reúna as informações e
conhecimentos necessários por meio de livros, revistas, artigos e outros documentos de valor científico.
Em seguida, deve-se organizar um esqueleto ou roteiro básico das idéias, iniciando com a apresentação
geral do assunto e dos propósitos do artigo, seguidos da indicação das partes principais do tema e suas
subdivisões e, por fim, destacando os aspectos a serem enfatizados no trabalho.

Estruturação

O paper, como todo artigo científico deve apresentar a estrutura básica que caracteriza os tipos de
trabalhos científicos ou acadêmicos:

Introdução

¹Cf. Paper – O que é e como fazer; Prof. Sergio Enrique Faria; págs. nº2.

²Cf. MACHADO, H. B. Curso de direito tributário. 20. ed. São Paulo: Malheiros, 2002. 468 p.
É o primeiro contato do leitor com a obra. É na introdução onde o leitor entende com clareza o contexto
da pesquisa, de forma didática. A introdução do paper tem, geralmente, uma ou duas páginas e deve
abordar os seguintes elementos:

- Assuntoedo artigo e seus objetivos;

- Justificativa do trabalho e sua importância teórica ou prática;

- Síntese da metodologia utilizada na pesquisa;

- Limitações quanto à extensão e profundidade do trabalho;

- Organização do artigo.

Desenvolvimento

O desenvolvimento é o delemento essencial da pesquisa, concentra de 80 a 90% do total de páginas do


artigo. É no desenvolvimento onde o estudante deverá dividir o tema em discussão para uma maior
clareza e compreensão por parte do leito; e apresentar os dados do estudo, incluindo a exposição e
explicação das idéias e do material pesquisado, para confrontar os dados obtidos na pesquisa com
conteúdos abordados nos referenciais teóricos. É preciso evitar o excesso de subdivisões, para que
títulos sejam curtos e adequados aos conteúdos do artigo, para motivar a leitura.

Conclusão

Em termo formais, a conclusão é uma exposição factual sobre o que foi investigado, analisado,
interpretado; é uma síntese comentada das idéias essenciais e dos principais resultados obtidos,
explicitados com precisão e clareza. Assim, a leitura da conclusão deve permitir ao leitor o
entendimento de todo o trabalho desenvolvido. A conclusão apresenta as informações que vão finalizar
o trabalho buscando-se integrar todas as partes discutidas.

Acta é uma palavra que deriva da língua latina «acta», significa 'registo de sessão de corporações', isto é,
registo escrito epitomado daquilo que se tratou numa assembleia, reunião e, como no nosso caso numa
sala de aula. Ela é rigorosamente redigida por um/a secretário/a efectivo/a ou por alguém indicado na
sua ausência. Neste sentido, a acta permite certificar e tornar válido aquilo que se tratou numa reunião
¹Cf. Paper – O que é e como fazer; Prof. Sergio Enrique Faria; págs. nº2.

²Cf. MACHADO, H. B. Curso de direito tributário. 20. ed. São Paulo: Malheiros, 2002. 468 p.
ou sala de aula. Por hábito, estes documentos são guardados num livro, e pode ser manuscrita em livro
próprio ou digitada. Nesse caso, será impressa e todos os presentes devem rubricar todas as páginas e
assiná-la ao final. Se necessário, a ata pode ser colada ao livro próprio para que os arquivos estejam
devidamente salvos em uma secretaria ou em um computador em que o Agente responsável pelas atas
tenha livre acesso.

Os elementos que compõem uma ata são: abertura da reunião (sendo discriminada a data, hora e o
local, por exemplo), legalidade dessa reunião, o expediente dela, ordem do dia e encerramento (quando
todos os pontos necessários são tratados). A acta é um documento crucial para se saber os pontos mais
importantes de uma reunião, conseguindo acessar taus informações facilmente.

Algumas das regras para a elaboração de uma ata são: não se pode fazer uso de abreviaturas, quando
for mencionado algum número ele deve ser escrito por extenso, é necessário que haja separação por
parágrafos, os verbos utilizados precisam estar no pretérito perfeito, nesse documento não deverá
constar rasuras ou corretivos, entre outras exigências necessárias.

Existem dois modelos de ata: Formal e Informal

– Ata Informal / Simples: São os aspectos informais que se caracteriza como uma espécie de súmula na
qual serão registradas apenas as informações mais relevantes e que posteriormente poderá ser enviado
ao Recursos Humanos, ou lido para o director/docente.

Principais tópicos que devem constar na acta informal: Data, local, horário de início e fim da reunião: é
necessário saber onde e quando as pautas foram discutidas; Pessoas presentes e seus cargos: É preciso
informar por quem as decisões foram tomadas;Pauta da reunião: É uma das principais informações que
deve constar na ata a fim de saber o propósito para o qual as pessoas se reuniram;

Discussões: parte fundamental para registro das discussões para esclarecer porque as decisões foram
tomadas e porque algumas ideias foram abandonadas a fim de evitar que a mesma discussão ocorra
várias outras vezes;

Registro das decisões: outra parte fundamental para registrar o que de fato foi acordado entre os
integrantes e listar quais serão os próximos passos;

Compromissos: essencial para registrar os prazos para execução de cada tarefa e é onde se estabelece o
dia, horário, local e participantes da próxima reunião;

Ata Formal / Oficial: Aspecto extremamente formal, sendo assinada por todos os integrantes e
registrada em cartório. Ex: alteração contratual, alteração de diretoria.

A ata formal é constituída por 5 partes:

Abertura: indica a data, horário, local e o nome da entidade que está reunida;

¹Cf. Paper – O que é e como fazer; Prof. Sergio Enrique Faria; págs. nº2.

²Cf. MACHADO, H. B. Curso de direito tributário. 20. ed. São Paulo: Malheiros, 2002. 468 p.
Legalidade: declaração de legalidade da reunião por existir quórum, conforme os estatutos. Não
havendo quórum, a reunião não poderá ser realizada, mas a ata deverá ser lavrada para que o fato fique
registrado;

Expediente: registro informativo no qual constam os nomes dos presentes e as ausências justificadas,
além de avisos e outros assuntos;

Ordem do dia: parte central do texto, corresponde ao registro das discussões e decisões ocorridas
durante uma reunião, devendo ser narrados em ordem cronológica e também registrados os quesitos, a
forma de votação e o resultado;

Encerramento e desfecho: quando todos o acontecimentos foram registrados.

Em suma, por mais informal que seja um ambiente de trabalho, as decisões tomadas em reuniões
devem ser registradas, formalizadas, e divulgadas a todos a quem as informações puderem interessar
por meio de um documento chamado “ata de reunião”

Como se faz uma Recensão Crítica

Designa-se como recensão crítica o texto que emite juízos críticos de apreciação, de valorização ou de
rejeição, sobre uma determinada obra escrita, quer seja livro ou ensaio. O autor da recensão é, em
suma, um crítico especializado que estabelece uma apreciação criteriosa e com profundo rigor científico.
Da sua análise deve resultar uma avaliação global do texto em apreço. Portanto, uma recensão é uma
avaliação, e o seu autor é um crítico, especializado, experimentado e idóneo.Vejamos agora, e em
síntese, os diversos passos que devem conduzir até ao produto final, isto é, à recensão em si.

¹Cf. Paper – O que é e como fazer; Prof. Sergio Enrique Faria; págs. nº2.

²Cf. MACHADO, H. B. Curso de direito tributário. 20. ed. São Paulo: Malheiros, 2002. 468 p.
O Crítico, que passamos a designar por recensor, passo o neologismo, deve ser, tanto quanto possível,
um perito na matéria em apreço ou, pelo menos, um estudioso dos assuntos em discussão.O recensor
só pode pronunciar-se ou emitir juízos críticos depois de ler atentamente a obra, dissecando o seu
conteúdo nas partes mais relevantes. Nesse aspecto torna-se fundamental incluir no início da recensão
um breve resumo da obra. Todavia, uma recensão não é propriamente um resumo dos conteúdos da
obra, pois que o seu objectivo principal perspectiva-se na apreciação da mesma, por forma a distinguir o
seu valor científico e a motivar o interesse do leitor a quem a mesma possa vir a ser útil.

Uma recensão é um texto síntese, pelo que não deve ser longo nas suas apreciações sob pena de se
tornar enfadonho e maçador. Caso contrário corre o risco de se transformar num ensaio e não numa
recensão crítica. O tamanho aconselhável será de três a quatro páginas, impressas de um só lado, em
Times New Roman 12 e num entrelinhado a espaço e meio. Recomenda-se que não exceda as 3500
palavras ou os 25000 caracteres, tudo dependendo do espaço público a que se destinam.

Deve notar-se que uma recensão não é um texto científico, mas deve ser rigoroso, objectivo e conciso.
Não raras vezes uma recensão crítica, quandoelaborada por um especialista, pode ajudar ao avanço da
ciência, pois que dela se podem extrair correcções e, sobretudo, novas ideias ou sugestões para o
progresso do conhecimento científico.Resumidamente, uma recensão crítica deve abrir com um
parágrafo descritivo da obra em análise, enunciando o nome do autor, o título do livro, o local da
edição, a editora, o ano de edição e o número de páginas. Não esquecer de indicar o nome do tradutor
quando a obra pertença a autor estrangeiro.Seguidamente a recensão deve obedecer aos seguintes
pontos e conter as indicações que passamos a enunciar:

1.º O recensor deve ler atentamente a obra em análise, do princípio ao fim, se possível sem
interrupção.Em seguida deve reiniciar a leitura da obra, um ou dois dias depois da primeira leitura, de
forma pausada, ao mesmo tempo que procede à anotação das ideias basilares da mesma, assim como
das afirmações que lhe pareçam geniais ou fundamentais para o alicerçamento teórico do texto em
análise. Serão essas frases e citações objecto de transcrição para a relevância crítica do texto analítico da
recensão.

Deve apontar as impressões críticas que lhe forem ocorrendo ao longo da leitura. No final da leitura
deve apagar ou corrigir as notas que lhe pareçam confusas ou menos claras, assim como os juízos
críticos que estiverem repetidos.

Evitar o discurso redondo, isto é, o raciocínio que não progride de forma rectilínea e na construção
objectiva do texto crítico.

2.º O recensor (depois do parágrafo descritivo do livro em análise) deve elaborarum breve resumo da
obra para que o leitor da sua recensão crítica se aperceba do seu conteúdo geral. Só depois é que deve
passar à análise crítica.

¹Cf. Paper – O que é e como fazer; Prof. Sergio Enrique Faria; págs. nº2.

²Cf. MACHADO, H. B. Curso de direito tributário. 20. ed. São Paulo: Malheiros, 2002. 468 p.
3.º O recensor deve definir claramente qual é o assunto fundamental da obra,

subdividindo a sua análise pelos diversos conteúdos em que a mesma se decompõe. Não importa falar
de todos os assuntos ou capítulos da obra (isso está

contido no resumo inicial), mas apenas dos mais relevantes, isto é, daqueles que se distinguem pela sua
qualidade, rigor e aprofundamento científico.

4.º O recensor deve salientar, com rigor e imparcialidade, a forma como a obra está estruturada,
definindo os critérios desse ordenamento. Deve apontar as vantagens ou desvantagens de que se
reveste para o leitor a formulação sequencial dos capítulos, nomeadamente se existe ou não uma
perspectiva evolutiva do conhecimento científico.

5.º O recensor deve criticar a orientação ideológica do autor da obra, quando esta influencie a
objectividade da mesma e prejudique a isenção ou clarividência da sua exposição teórica. Sempre que
possível deve também comparar a obra com outras já anteriormente editadas no âmbito da mesma
especialidade, de forma a avaliar as diferenças e os progressos evidenciados.

6.º O recensor deve salientar qual o público-alvo a atingir com a obra em análise, isto é, a quem poderá
ser necessária, indispensável ou apenas útil, a sua leitura.

Mas também pode apontar a que tipo de público pode a mesma vir a ser prejudicial.

Em suma, o recensor para garantir a objectividade da sua recensão terá que interrogar a obra em
apreço, formulando, por exemplo as seguintes questões: Qual

foi a intenção do autor ao escrever esta obra? Logrou alcançá-la? Tem qualidade científica para ser
referenciada numa bibliografia da sua especialidade? Qual o seu significado, importância, carácter ou
possibilidade de permanência no seio da bibliografia de recomendação pública ou universitária?

Não obstante tudo quanto ficou dito, e que consideramos imprescindível para a elaboração duma
recensão crítica (tanto para a obra científica como, com as devidas alterações, para a obra literária)
importa ter em linha de conta mais alguns aspectos que consideramos importantes.

a) Exactidão, Rigor e Objectividade. Isto é, a recensão deve ser exacta na forma como expõe as ideias
contidas na obra. Deve ser rigorosa nos juízos críticos que tece acerca da obra em análise – o que
implica da parte do recensor um forte domínio das matérias contidas nessa obra ou nesse ensaio. Quem
não possuir conhecimentos básicos de Sociologia, de História, de Filosofia ou de Psicologia, dificilmente
conseguirá escrever um texto expositivo com recurso a juízos críticos que assegurem a objectividade das
suas afirmações, dos seus valores e das suas apreciações.

b) Imparcialidade. A crítica para ser justa tem de obedecer a esta característica, pois o crítico não pode
atender nem só às virtudes, nem só aos defeitos: deve-se ter em atenção todo o conjunto da obra.

¹Cf. Paper – O que é e como fazer; Prof. Sergio Enrique Faria; págs. nº2.

²Cf. MACHADO, H. B. Curso de direito tributário. 20. ed. São Paulo: Malheiros, 2002. 468 p.
Obviamente o recensor deve abster-se de todo o tipo de preconceitos, favoráveis ou desfavoráveis, em
relação à temática da obra e ao autor.

c) Elegância, escrúpulos e delicadeza. São atributos do recensor educado e bem intencionado. Embora a
recensão deva, na sua objectividade e isenção crítica, apontar as fragilidades, inexactidões e
incongruências da obra em análise, aconselha-se a que não o faça de forma agressiva, arrogante e
depreciativa.

O recensor deve ser acima de tudo uma pessoa educada, elegante na escrita, escrupulosa na crítica,
mas acima de tudo delicada e polida na forma como enuncia as suas discordâncias. Deve ser prudente
para não atacar de forma ríspida e delegante a obra, e muito menos o autor, ainda que para isso tenha
irrefutáveis fundamentos. É preferível ser-se indulgente do que demasiadamente severo. Por isso a
recensão dever ser objectiva e rigorosa, alheia a quaisquer paixões ideológicas ou políticas, procedendo
sempre que possível a comparações com outras obras da mesma área científica ou da mesma temática.

d) Clareza, evidência e perspicácia. O recensor deve impregnar a sua recensão de uma absoluta clareza,
de forma a dar ao seu leitor uma nítida perspectiva do valor e importância da obra em análise. A falta de
perspicácia e de clarividência das suas afirmações pode tornar a recensão num texto inútil. Por vezes os
pruridos de elegância e delicadeza podem deixar dúvidas ao leitor e criar confusões desnecessárias.
Acima de tudo o recensor é um ser Crítico que deve pugnar pelo progresso da ciência ou da literatura,
através do seu distanciamento da obra e do autor, fazendo da isenção e da objectividade a sua bandeira
e o seu lema de trabalho. Basta estes dois atributos para que a sua recensão possa ser credível e
respeitada.

Em suma, uma recensão crítica é uma avaliação e como tal deve ser operada com rigor e isenção,
unicamente por especialistas na matéria cuja apreciação deve ser chancelada por uma instituição
científica, para que a mesma possa ter credibilidade e ser objecto de referência.

¹Cf. Paper – O que é e como fazer; Prof. Sergio Enrique Faria; págs. nº2.

²Cf. MACHADO, H. B. Curso de direito tributário. 20. ed. São Paulo: Malheiros, 2002. 468 p.

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