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1. Introdução
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LIBÓRIO, Renata Maria Coimbra. Exploração Sexual Comercial Infanto-Juvenil: categorias
explicativas e políticas de enfrentamento. In: LIBÓRIO, Renata Maria Coimbra; SOUSA, Sônia M.
Gomes (organizadoras). A exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil: reflexões teóricas,
relatos de pesquisas e intervenções psicossociais. SP: Casa do Psicólogo, 2004; Goiânia, GO: Universidade
Católica de Goiás, 2004.
forma de abuso contra os direitos sexuais de crianças e adolescentes que tenha um
carácter comercial, isto é, que vise determinado lucro, ganho e vantagem. A quarta seria
na verdade uma subespécie de exploração sexual de crianças, onde essas são levadas a
prostituírem-se ou como pelo art. 2.º b) do Protocolo Facultativo à convenção sobre os
Direitos da Criança relativo à Venda de crianças, prostituição e pornografia infantis
«Prostituição infantil significa a utilização de uma criança em atividades sexuais
mediante remuneração ou qualquer outra retribuição». O nosso foco é nas duas últimas,
onde pode surgir a ideia de ter havido manifestação de vontade, mas não.
Porém, muitos autores sugerem usar o termo exploração sexual comercial de
crianças e adolescentes do que prostituição infantil, pois esta última é inadequado e é
mais fácil compreender pelo primeiro, pois ficará claro a responsabilidade dos adultos
nesta espécie de crime e tira da vítima a carga de discriminação que a palavra
"prostituição" possui. Assim, identificando a exploração sexual de crianças e
adolescentes como prostituição dá a entender que existe a corresponsabilidade delas, ou
dela, pressupõe a corresponsabilidade de quem está nessa situação, não levando em
conta a real situação da pessoa com o direito violado nem o estado de vitimização
3
vivenciada pelo sujeito6.
E foi a partir de 1990 que se adoptou o termo “exploração sexual” como uma
questão de cidadania e de Direitos Humanos e sua violação passa a ser considerada um
crime contra a humanidade. E no Iº Congresso, acima referido, o termo prostituição
relacionado a crianças e adolescentes foi abolido e adoptado o termo “exploração
sexual comercial contra crianças e adolescentes”, determinado pelo entendimento da
relação e estado de quem é vitimizado por esse processo7.
Os direitos humanos das crianças fazem parte dos direitos universais da
humanidade. Entretanto, seu reconhecimento é de data recente. A legislação sobre o
tema tem sua formulação iniciada com a Declaração sobre os Direitos da Criança
(1923), seguida da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), da Segunda
Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959), convergindo na Convenção sobre
os Direitos da Criança (1989), e na Declaração de Viena (1993)8.
6
MELLO, Leonardo Cavalcante de Araújo; FRANCISCHINI, Rosângela. “Exploração sexual comercial
de crianças e adolescentes: um ensaio conceitual”. Temas em Psicologia - 2010, Vol. 18, no 1, pp. 153–
165.
7
MELLO, Op. Cit.
8
https://www.unicef.org/angola/legislacao-sobre-os-direitos-das-criancas-de-angola , consultado aos
06/02/2020.
Na raiz de tudo que se quiser dizer e fazer sobre o tema da sexualidade infanto-
adolescente estão as questões da dignidade humana, da liberdade e do direito das
crianças. A exploração da criança e de adolescentes com finalidade sexual é uma
Violação e Crime contra os Direitos Humanos que acontece mediante pagamento em
dinheiro ou qualquer outra Retribuição.
A Constituição da República de Angola, no Capítulo sobre os Direitos,
Liberdades e Garantias, consagrou, como absoluta prioridade da família, do Estado
e da sociedade, a protecção dos direitos da criança e do jovem – art. 35.º, nºs. 6 e 7 –
nomeadamente:
3. Das Causas
Uma das primeiras causas existentes é a extrema pobreza, mas de facto são
inúmeras outras causas, citando: falta de políticas públicas que respondam a todas as
demandas dos cidadãos, a desagregação da dinâmica familiar, a erotização das relações
sociais, o pouco ou nenhum investimento da sociedade no enfrentamento a este
fenómeno, a insuficiente ou falta de formação moral adequada baseada em referências
de valores e princípios, as novas tecnologias de comunicação que dão agilidade a
exploradores, permitindo a ampliação desse negócio ilegal, a tolerância social, o
analfabetismo e baixa escolaridade dos pais, o desemprego e inserção precária no
mercado de trabalho, precárias condições de moradia, rompimento de vínculos familiares,
abandono por parte dos pais decorrente das relações de gênero e baixa remuneração, etc.
Mas entre nós, não se aceita que a pobreza seja a causa de todo esse mal,
admitimos que seja apenas um factor de vulnerabilidade, pois os nossos mais velhos sem
juízo e sem moral aliciam essas meninas por causa das suas fragilidades. Por isso,
devemos deixar de associar a pobreza com este fenómeno, porque muitas dessas famílias
empobrecidas têm base de valores muito melhor construída e sedimentada do que
muitas outras de classe média ou dito “Alta”. Devemos parar de dar razão a esta
actividade só porque não há escolhas e que a pobreza impera ao ponto de se negar a
própria dignidade e valores morais.
São as condições socioe-conómicas que obrigam essas meninas a trabalhar para
ajudar a subsistência de casa, colocando-as em situações de riscos e fragilidades.
Do geral, o maior problema é a falta de auxílio dos pais que faz com que essas
crianças e adolescentes, em situações de extrema pobreza tornarem-se presas fáceis para
os pervertidos que buscam sexo fácil e barato, aliciando-as e levando-as para um mundo
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de prostituição. Assim notamos que a convivência familiar tem mais impacto para tudo
isso porque quando uma mãe maltratada e com crianças no meio, isso revolta, e o caminho
para muitas é se autonomizar ou se libertar e aí entram para o mundo da prostituição
procurando sobreviver9.
A formação das crianças e jovens como futuros membros de uma sociedade10,
exige uma família bem estruturada, porque nesta se assimila, para toda a vida, os valores
fundamentais do homem e neste relacionamento estreito, em geral, que se baseia a
conduta de cada um dos cidadãos. Tudo começa com a família, se ela é desestruturada11,
associado à miséria e ao consumismo, isso acaba afetando negativamente uma criança
ou um adolescente.
Se o educar resulta da participação de todos e há problemas como estes, significa
que a família falhou, que os pais falharam.
9
RIBEIRO, Paulo Silvino. Prostituição Infantil: uma violência contra a criança. Disponível em:
http://www.brasilescola.com/sociologia/prostituicao-infantil.htm consultado à 08/02/2020
10 GASPAR, SILVIA. Famílias desestruturadas geram indivíduos desequilibrados.- Disponível em:
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=281959. consultado à 08/02/2020.
12
In CAIXETA, Tarciso. Cartilha Direitos Humanos. Disponível em
http://www.dhnet.org.br/dados/manuais/a_pdf/003_cartilha_dh_mg_bh.pdf consultado a
10/02/2020.
13 O denominado Turismo sexual que consiste na exploração sexual comercial de crianças e adolescentes
por pessoas que saem de suas cidades, regiões ou países, em busca de atos/satisfações sexuais. Essa prática
articula-se facilmente com as descritas anteriormente. MELLO; FRANCISCHINI, 2010, op. Cit.. p. 157.
Onde por meio de dados de 2017 da Organização Mundial de Turismo, anualmente três milhões de pessoas
no mundo viajam para ter relações sexuais com um menor. Facto significativo é que, na maior parte dos
casos, os autores de tais crimes não sabem que estão a cometer um reato. cf.
https://www.osservatoriodiritti.it/2018/03/27/turismo-sessuale-minorile-nel-mondo-italia-ecpat
sua participação, pois também são sujeitos de direitos e não objectos de tutela.
Lamentavelmente, existe uma espécie particular de exploração sexual, que
intrinsecamente exploratório, é uma prostituição explorada por outrem.14
4. Caso Angolano
Vejamos que a população jovem constitui a maioria da população e diz-se até ser
a camada com maior e mais rápido crescimento proporcional de África. Assim, 65% da
população residente pertence aos grupos etários dos 0-14 anos de idade e 15-24 anos de
idade16, e maior parte deste com baixo ou nenhum nível de escolaridade, e convivem em
contextos de pobreza, vivendo nas áreas rurais e peri-urbanas.
Nesse conjunto de jovens, a idade média para o início da vida sexual está em torno
dos 13 anos e a proporção de mulheres que aos 19 anos já tiveram o primeiro filho é de
8
55%. Quanto às gravidezes, 3% ocorrem entre os 12 e 14 anos, 7% entre os 15 e 17 anos
de idade sendo que este facto contribui para cerca de 7,5% do abandono escolar.
Os dados apontam ainda que apenas 29% dos adolescentes e jovens (15-24
anos) tem conhecimentos em relação a transmissão do VIH e apenas 29% sabe quais
são as formas eficazes de evitar a transmissão17.
O que poderia estar por detrás de toda essa situação? Quem são os seus actores,
vitimas e há quem devemos culpar?
Estamos, pois, diante de um problema universal e transversal que, infelizmente,
existe em quase toda a parte. Essa maior parte da população feminina, em sua maioria
estão inclinados à prostituição. E a maioria alega a extrema pobreza e custo de vida,
afinal em termos de índice de pobreza em Angola, a nível global atingiu 40% de extrema
pobreza em municípios18, afectando 90% da população angolana.
angola?fbclid=IwAR3_eL6xV9CuztFpNdPm1CnfjJnZ9A9HqG1t3gmMwYf8S1e95g37ZQ_aeI0, lida
a 04/02/2020
16
Dados encontrados em https://ine.gov.ao/biblioteca-e-media/destaques/635-estrutura-etaria-da-
populacao-jovem a 07/02/2020.
17
https://www.ine.gov.ao/images/Populacao_Sociedade/Estudos_tematicos/Estudo_Tematico_Caracteristi
cas_dos_Jovens_em_Angola.pdf consultado a 07/02/2020
18
http://jornaldeangola.sapo.ao/economia/pobreza-extrema-em-40-por-cento-dos-municipios, consultada
a 10/02/2020
Temos em Angola, o Conselho Nacional de Acção Social (CNAS), criada em
2016 pelo Decreto Presidencial n.º 137/16 de 17 de Junho como um órgão de
concertação social e de acompanhamento das políticas públicas, de promoção e defesa
dos direitos da criança, pessoa com deficiência e outros grupos vulneráveis, dotado de
personalidade jurídica, autonomia financeira e administrativa. É o órgão a quem
competiria velar por essas situações, mas que infelizmente, não adoptou uma política
integral com foco na criança, algo conotado pelo Comité dos Direitos da Criança
aquando das Recomendações do Comité dos Direitos da Criança para Angola,
relativa a Convenção e dois Protocolos adicionais sobre Prostituição e Pornografia
Infantil e sobre as Crianças envolvidas em conflito Armado19, em 2018.
19
http://www.servicos.minjusdh.gov.ao/files/cierndh_crc e_protocolos_observ_finais_2018.pdf.
20
https://www.unicef.org/angola/sites/unicef.org.angola/files/201805/11%20compromissos%20v%2%ba%20fo
rum%20da%20crian%c3%87a%202.pdf
Nesse dispositivo está claro o princípio da protecção integral da infância como
prioridade.
Este pacto constitui um dos três instrumentos da Carta Internacional dos Direitos
Humanos junto com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Pacto
Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Cultural aprovado em 16 de dezembro
de 1966 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que consagra o seguinte:
“Artigo 24.º
§1. Toda criança terá direito, sem discriminação alguma
por motivo de cor, sexo, língua, religião, origem nacional
ou social, situação econômica ou nascimento, às medidas
de proteção que a sua condição de menor requer por
parte de sua família, da sociedade e do Estado.
10
§2…
§3...”
Quando o pacto com exactidão afirma que “Terá direito sem discriminação
alguma por motivo de (…) situação económica (…) às medidas de protecção que a sua
condição de menor requer (…), não fala apenas de um simples direito, mas de inúmeros
direitos consagrados no Direito Internacional e no Direito Interno Angolano.
21
MINAYO, M. C. S. e SOUZA, E. R. E possível prevenir a violência? Reflexões a partir do campo da
saúde publica. Ciência. Saúde Coletiva: pp. 7-32, 1999. Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/csc/v4n1/7127.pdf
que vivem em cidades e zonas de difícil acesso; é tão valido para as crianças cujas
famílias e comunidades são pobres como para aqueles que estão em melhor situaçao; e
deve beneficiar as crianças pertencendo a raças, etnias, ou minorias religiosas, bem
coma os da maioria de uma dada sociedade. A Convenção é uma Carta de Direitos para
todas as crianças, e um código de obrigações para governos, comunidades e países, no
que diz respeito aos mais novos.”
Mas infelizmente uma das inúmeras violações aos Direitos Humanos das Crianças é
exploração sexual de menores e Angola não foge essa triste realidade.
(…)
O lenocínio previsto no Código Penal em vigor foi revogado pela Lei sobre a
criminalização das infrações subjacentes ao Branqueamento de Capitais. Mas o nosso
legislador, na Proposta do Código Penal, aprovado na globalidade pela Assembleia
Nacional, porém ainda não em vigor, teve a preocupação de tratar sobre o assunto. E
apesar de a fase de criação da lei não ter terminado, porque não houve promulgação
pelo Presidente da República e nem publicação no diário da República, o nosso
legislador, sobre a matéria, prevê:
“Artigo 182.º
(Lenocínio de menores)
1. Quem promover, incentivar, favorecer ou
facilitar o exercício da prostituição de menor de
18 anos ou a prática reiterada de actos sexuais
por menor de 18 anos é punido com pena de
prisão de 6 meses a 6 anos.
2. (…)”
Artigo 22.º
(Lenocínio de Menores)
22
https://www.bna.ao/uploads/%7B41c3397d-e9db-4ea7-bdaa-524574b6f58c%7D.pdf. Acesso à
11/02/2020.
1. “Quem promover, incentivar, favorecer ou
facilitar o exercício da prostituição menor de 18
anos ou prática reiterada de actos sexuais por
menor de 18 anos é punido com pena de prisão
de 2 a 10 anos.
2. (…)”
23
AFONSO DA SILVA, José. Curso de Direito Constitucional Positivo, 198 ed., Malheiros Eclicores,
2000, p. 169.
24
Artigo 35.º - Família, casamento e filiação: (…) 6. A protecção dos direitos da criança, nomeadamente,
a sua educação integral e harmoniosa, a protecção da sua saúde, condições de vida e ensino constituem
absoluta prioridade da família, do Estado e da sociedade.
fundamentais e os da pessoa em desenvolvimento. E a materialização deste grande
principio cabe ao Estado, mas não apenas na forma de Administração Central, mas sim
local, porque são esses que mais condições têm de combater esse mal que vai
corrompendo a sociedade, podendo preservar os direitos ameaçados e violados dessas
crianças e adolescentes a nível local.
Não nos adianta termos as melhores estradas, os melhores empreendimentos, as
melhores estruturas, os melhores aeroportos, os melhores monumentos e outros que não
tocam directamente na vida do cidadão quando temos problemas com educação, faltas
de escolas, falta de sensibilização geral, deficientes postos de saúde, o nenhum
investimento às famílias carentes. Porque hoje devemos considerar esse fenómeno como
uma questão de saúde pública.
Em termos de direitos humanos, esta é o pior escândalo da nossa época, porque
nem sempre é discutível a prostituição entre adultos (trata-se em alguns países como
prestação de serviços sexuais e noutros é realmente um trabalho profissional), mas por
parte de crianças e adolescentes, por consenso global, é uma aberração à sociedade.
Porque será esta geração que vai assumir o controle do país, das finanças e da sociedade.
Precisamos nos revoltar, nos mobilizar e acima de tudo nos indignar para mudar
todo esse contexto. Para isso, é preciso mais investimento na educação, na sensibilização,
criar-se equipas governamentais para o enfrentamento desse fenómeno, mais proteção
legal de um Ser em formação, mais infraestruturas aos conselhos tutelares de crianças,
como autonomia para a sua acção (não ficando dependente apenas de Decisões e Planos 16
de nível Central), mais ocupações escolares à crianças, como jornadas escolares e
palestras.
O maior problema que o Estado tem, é falta de harmonização das suas instituições,
falta de acção das suas instituições. Mas é este que deve zelar por estas crianças que estão
em maior vulnerabilidade. O que deve fazer é aplicar penas contra os pervertidos que
procuram sexo barato com crianças fragilizadas e dar assistência para crianças que já
estão no mundo da prostituição, para pelo menos dar uma perspectiva de vida para estes.
Conclusão
25
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso a ou ver todos os dados em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/mre000064.pdf
26
ABRAPIA - Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência. Do marco
zero a uma política pública de proteção à criança e ao adolescente – 0800-99-0500. Sistema Nacional
de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantojuvenil. Rio de Janeiro: Abrapia, 2004.
combatam essas práticas), o Titular do Poder Executivo e seus auxiliares (enquanto o
executor das questões sociais, criando comissões, lares de acolhimento, programas de
combate à prostituição infantil), a sociedade civil (devendo criar programas com vista a
manifestar o seu descontentamento com o problema), aos órgãos de comunicação social
(que devem cada vez mais usar suas plataformas e dar a entender sobre os problema de
facto e porque devemos combater), os Tribunais (que não devem em momento algum,
verificado essa situação, denegar Justiça ou não tomar posição), o Ministério Público
(enquanto garante da legalidade), as administrações municipais e provinciais (sabem dos
problemas locais e muitas vezes preferem não agir, quando deveriam), e tantos outros
órgãos capazes de enfrentar esse problema.
Todo esse elenco pode, a princípio, por meio do Instituto Nacional de Estatística
ou outro órgão similar, identificar as crianças e jovens que são prostituídos e explorados
(exploração das suas fragilidades), mapeando as regiões que frequentam. Podendo em
seguida, convocar os pais e responsáveis, e fazendo estes entenderem que, por sua
omissão, poderão ser punidos criminalmente.
Acredito serem medidas urgentes, pois sem acção alguma, estamos a criar uma
geração desonrosa. Porque são essas crianças que serão analfabetas, delinquentes, uns
traficantes e viciados, do amanhã. É esta a sociedade que queremos contruir para o
amanhã?
Então como sociedade, devemos dizer não a prostituição infantil, e tal como a
transmissão do HIV/SIDA de mãe para o filho, durante a gravidez, o parto e a 18
amamentação, também devemos lutar para tolerância zero à prostituição infantil.
AFONSO DA SILVA, José. Curso de Direito Constitucional Positivo, 198 ed., Malheiros Editores, 2000;
Legislação consultada:
Sites consultados:
http://noticias.cancaonova.com
http://www.dhnet.org.br
https://www.osservatoriodiritti.it
https://angola.unfpa.org/pt/topics/jov
https://www.ine.gov.ao
http://jornaldeangola.sapo.ao
http://www.servicos.minjusdh.gov.ao
https://www.unicef.org
https://www.bna.ao
https://www.cmjornal.pt