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REPERTÓRIO SOCIOCULTURAL REDAÇÃO

EIXO TEMÁTICO TRABALHO E CIDADANIA


TRABALHO INFANTIL
1-

2- Karl Marx e o Trabalho Infantil -


Karl Marx foi um filósofo, sociólogo e economista. Ele entrou para a história com seu estudo e teoria sobre o
"Capital". Ele é muito estudado em sociologia, principalmente quando estudamos força de trabalho e
capitalismo. O trabalho infantil iniciou na era da Revolução industrial, começando na Inglaterra, EUA, Bélgica
e Franca, já no Brasil iniciou na época escravocrata. O conceito de trabalho infantil é definido como toda a
pessoa que exercer esforço físico e mental realizado por pessoas que não possuem idade adequada, como
crianças e adolescentes. Nesta linha, a sociologia que é a ciência que explica a etimologia da palavra infante
– o “não falante”, define de forma clara para a compreensão e melhor análise da infância e por conseguinte o
tema trazido. O cenário é descrito por Karl Heinrich Marx quanto à situação educacional da criança
trabalhadora durante a Primeira Revolução Industrial.
https://fenunes1.jusbrasil.com.br/artigos/431372511/o-marxismo-e-o-trabalho-infantil

3. Émile Durkheim e a Educação


Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele, "a educação
é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E quanto mais eficiente for o processo, melhor
será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida. Émile Durkheim nasceu em 1858,
em Épinal, no noroeste da França, próximo à fronteira com a Alemanha. Era filho de judeus e optou por não
seguir o caminho do rabinato, como era costume na sua família. Mais tarde declarou-se agnóstico. Depois de
formar-se, lecionou pedagogia e ciências sociais na Faculdade de Letras de Bordeaux, de 1887 a 1902. A
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cátedra de ciências sociais foi a primeira em uma universidade francesa e foi concedida justamente àquele
que criaria a Escola Sociológica Francesa. Seus alunos eram, sobretudo, professores do ensino primário.
Durkheim não repartiu o seu tempo nem o pensamento entre duas atividades distintas por mero acaso.
Abordou a educação como um fato social. "Estou convicto de que não há método mais apropriado para pôr
em evidência a verdadeira natureza da educação", declarou. A partir de 1902, foi auxiliar de Ferdinand
Buisson na cadeira de ciência da educação na Sorbonne e o sucedeu em 1906. Estava plenamente
preparado para o posto, pois não parara de dedicar-se aos problemas do ensino. Dentro da educação moral,
psicologia da criança ou história das doutrinas pedagógicas, não há campos que ele não tenha explorado.
Suas obras mais famosas são “A Divisão do Trabalho Social” e “O Suicídio”. Morreu em 1917, supostamente
pela tristeza de ter perdido o filho na Primeira Guerra Mundial, no ano anterior.
https://novaescola.org.br/conteudo/456/criador-sociologia-

4. Denise Cesário - socióloga, especialista em direitos da Infância e Adolescência e MBA em Gestão de


Projetos Sociais pela ESALQ, da Universidade de São Paulo (USP).
“Imenso é o desafio da Educação brasileira e seus profissionais no combate ao trabalho infantil: identificar e
notificar os casos, sensibilizar as famílias e a comunidade, manter o interesse das crianças e dos
adolescentes na escola e somar esforços com a rede de proteção social”.
https://envolverde.cartacapital.com.br/o-papel-da-educacao-na-erradicacao-do-trabalho-infantil/

5. Constituição Federal de 1988 - O artigo 227 estabelece que a responsabilidade por assegurar à criança e ao
adolescente seus direitos é da Família, da Sociedade e do Estado. O cumprimento desta norma é dever do
Estado e de todos, estamos diante de um cumprimento com a consciência humana e a valentia de percebermos
a realidade para os devidos enfrentamentos.
5.2 Convenção 138 da OIT - Idade Mínima para Admissão ao Trabalho.
5.3 Convenção 182 da OIT - Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil.
5.4 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – 30 ANOS EM 2020.
5.5 Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil
5.6 Lei da Aprendizagem
https://fnpeti.org.br/12dejunho/2020/

LEGISLAÇÃO

1) Art 5º, XLIII, CF – A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. A partir deste inciso, a Constituição Federal de 1988 traz
duas definições importantes: (1) que leis que tratem sobre os crimes de tortura, tráfico de drogas, terrorismo e demais crimes
hediondos devem considerá-los como inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia; (2) que todos os envolvidos nesses
crimes serão processados em pé de igualdade. Isso significa que o mandante, executor e qualquer um que poderia ter
evitado o crime, mas se omitiu, será processado e não será poderá pagar fiança ou ser beneficiado por graça ou anistia.

2) A Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Decreto nº 5.948/2006) adota a expressão “tráfico de
pessoas” conforme o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional
Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial Mulheres e Crianças, conhecido como
Protocolo de Palermo, que a define como “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de
pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de

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autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o
consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração. A exploração incluirá, no mínimo, a
exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou
práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos”. Em consonância com esse importante instrumento
internacional, foi aprovada a Lei nº 13.344, de 6 de outubro de 2016, conhecida como a Lei de Tráfico de Pessoas.

3) Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave
ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:

I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo;

II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo;

III - submetê-la a qualquer tipo de servidão;

IV - adoção ilegal; ou

V - exploração sexual.

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

§ 1º A pena é aumentada de um terço até a metade se:

I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las;

II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência;

III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência


econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou

IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional.

§ 2º A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização criminosa.”

4) No plano internacional, com a missão de orientar as legislações internas dos Estados no que se refere ao enfrentamento
de tráfico de pessoas, com o objetivo de criar instrumentos comuns de atuação e cooperação internacional, e, ao mesmo
tempo, respeitar as soberanias nacionais, foi editado, como parte complementar da Convenção das Nações Unidas contra o
Crime Organizado Transnacional, o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado
Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças,
conhecido como Protocolo de Palermo. A elaboração do Protocolo – que entrou em vigor em 2003 e conta atualmente com
175 Estados Partes – iniciou-se a partir da percepção da inexistência de um instrumento universal que se destinasse a
prevenir, reprimir e punir o tráfico de pessoas.

PROTOCOLO DE PALERMO
Conceito de tráfco de pessoas Art. 3º A expressão tráfco de pessoas signifca o recrutamento, o transporte, a transferência, o
alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à
fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou de situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou
benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tem autoridade sobre outra, para fns de exploração. A exploração

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deverá incluir, pelo menos, a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou
serviços forçados, a escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a extração de órgãos.

CULTURA DO CANCELAMENTO

Enquanto alguns afirmam com veemência que a cultura do cancelamento nasceu com o #MeToo, em 2017, a pesquisadora
Anna Vitória Rocha, mestranda em Ciências da a Comunicação na USP que usa o #MeToo e o #primeiroassedio para
debater o papel das mídias sociais nas discussões de assédio sexual nas esferas públicas, pensa diferente. Para ela, o termo
pode até ter se consolidado aí, mas o ideal seria considerar a junção de uma série de fatores anteriores e esses movimentos
que permitiram criar uma atmosfera favorável aos cancelamentos virtuais.
https://guiadoestudante.abril.com.br/redacao/tema-de-redacao-como-funciona-a-cultura-do-cancelamento/

2) Levando-se em consideração o surgimento de um “tribunal da internet”, é possível observar semelhanças entre o


“cancelamento” e o termo “panóptico”, utilizado em 1785, pelo filósofo utilitarista e jurista inglês Jeremy Bentham, para fazer
referência a uma prisão ideal.

Nessa prisão idealizada, os prisioneiros ficariam instalados em celas separadas, sem nenhuma comunicação, enquanto
apenas um único vigilante observaria todos os prisioneiros em um espaço no centro, sem que estes soubessem se estariam
ou não sendo observados. Como consequência, os presos demonstrariam um bom comportamento, já que teriam a sensação
de estarem sendo vigiados constantemente.

3) Posteriormente, Michel Foucault, filósofo francês, utilizou o mesmo termo em sua obra “Vigiar e Punir” (1975), ao tratar da
sociedade disciplinar. Nas sociedades disciplinares, que tiveram seu apogeu no século XX, as instituições sociais adotam
uma postura de extrema vigilância, em que o poder é exercido cuidadosamente para impor condutas aos indivíduos. Nessa
lógica, Foucault alegou em sua obra que o indivíduo se desloca de um “meio de confinamento” para outro: a família, a escola,
a prisão, a fábrica, o exército. Na contemporaneidade, pode-se dizer que surge mais um meio de confinamento: a internet.

Dado que um número cada vez maior de indivíduos, principalmente pessoas públicas, sentem medo de serem cancelados e
vítimas do julgamento online, é esperável que optem por se comportar de uma maneira que agrade ao público, já que estão
sendo observados continuamente. Em outras palavras, o receio de ser cancelado pode inibir comportamentos naturais dos
indivíduos e fazê-los agir por conveniência.

Sendo assim, cancelar uma pessoa apenas por cancelar constitui um ato de violência e não é algo benéfico, já que esse ato
pode causar danos sérios à psique do indivíduo e condicionar seu comportamento de forma nociva. Porém, é crucial pontuar
que o fenômeno do “cancelamento” influiu diretamente na propagação de discursos importantes na sociedade, que deveriam
ser escutados e ter seu espaço para discussão. Ou seja, quando o “cancelar” é utilizado como uma forma de fazer uma crítica
social e possibilitar o avanço e desenvolvimento coletivo, o fenômeno não exerce apenas uma influência negativa na
sociedade.
http://www.usp.br/claro/index.php/tag/ideologia/

3 – O que a cultura do cancelamento se tornou?

O que acontece, segundo a pesquisadora, é que a cultura do cancelamento foi perdendo o senso de proporção. Se antes
cancelavam-se figurões de Hollywood acusados de abuso sexual, hoje se cancela alguém que usa um termo deturpado para
se referir a algum tema do universo LGBT+, por exemplo. “As pessoas confundem o que é você estar agindo por ignorância
ou estar reproduzindo um preconceito por ser parte de um grupo privilegiado”, afirma Anna.

Não que seja errado responsabilizar alguém por reproduzir falas machistas, racistas e por aí vai. questão é que o

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cancelamento não deveria ser o objetivo final, mas sim a mudança nas estruturas que geram esse tipo de comportamento.
Pelo menos foi o que defendeu a feminista negra Loretta Ross em um artigo de opinião para o New York Times. Ela, que faz
uma defesa do antipunitivismo e milita a favor de medidas educativas, chegou a trabalhar com um grupo de presos por
estupro na década de 1970 e os ajudou a criar o “Prisioneiros Contra o o Estupro”, o primeiro programa contra agressão
sexual dos Estados Unidos liderado por homens.
https://guiadoestudante.abril.com.br/redacao/tema-de-redacao-como-funciona-a-cultura-do-cancelamento/

1)
No dia 13 de junho de 2019, foi aprovada a criminalização da LGBTfobia. O dia 17 de maio é emblemático por celebrar o Dia
Internacional contra Homofobia, data escolhida para celebrar a decisão da OMS em 1990, que desclassificou a
homossexualidade como um distúrbio mental e a retirou da lista de doenças. Somente em junho de 2018, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) declarou a retirada de transgeneridades como doenças mentais da Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde.

2)
Criado pela ONU Mulheres, a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, o
movimento ElesPorElas (HeForShe) é um esforço global para envolver homens e meninos na remoção das barreiras sociais
e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial, e ajudar homens e mulheres a modelarem juntos uma nova
sociedade. O alcance da igualdade de gênero requer uma abordagem inclusiva, que reconheça o papel fundamental de
homens e meninos como parceiros dos direitos das mulheres e detentores de necessidades próprias baseadas na obtenção
deste equilíbrio. O movimento ElesPorElas (HeForShe) convoca homens e meninos como parceiros igualitários na
elaboração e implementação de uma visão comum da igualdade de gênero que beneficiará toda a humanidade.

3)
No século XVIII, a francesa Olympe de Gouges deu voz à luta pela igualdade, sendo mais tarde colocada de volta em pauta
por Simone de Beauvoir, com seu famoso livro “O segundo sexo”, na segunda metade do século XX, e refletida nos grupos
homossexuais mundo afora. Filósofa francesa, existencialista e feminista, Simone de Beauvoir escreveu “O segundo Sexo”
em 1949 a fim de investigar respostas populares para essa questão. Ela concluiu que definições comuns, como a de que
mulheres são frágeis ou de que nasceram para cuidar de tarefas domésticas, estavam sendo usadas para subjugá-las ao
longo dos tempos. Para Beauvoir, as visões dos indivíduos são socialmente e culturalmente produzidas. Não se nasce com
elas, mas se aprende através da socialização. E nesse caso, o que acontece é que as mulheres estavam sendo ensinadas
sobre seus papéis para que os homens pudessem se manter dominantes. Mas Beauvoir discordava dessas definições
populares. Ela escreveu “Não se nasce mulher, torna-se mulher”.

4)
“American way of life” vendia a imagem da mulher perfeita como a dona de casa, mãe zelosa e esposa dedicada.

5)
L – lésbica: Pessoa cis ou trans que se identifica no gênero feminino e se relaciona afetiva e/ou sexualmente com outras
pessoas do gênero feminino.
G – gay: Homens, cis ou trans, que se atraem sexualmente ou sentimentalmente por outros homens.
B – bissexual: Aquele ou aquela que se relaciona afetiva e/ou sexualmente com pessoas do gênero feminino, masculino ou
demais gêneros.
T – transgêneros (travestis ou transexuais): Pessoas que não se identificam com o sexo de seu nascimento. Exemplificando,
uma pessoa que nasceu com o sexo biológico masculino, mas se identifica como mulher, é uma mulher transgênero.
Q – Queer: Pessoas com o gênero ‘Queer’ são aquelas que transitam entre os gêneros feminino e masculino, como é o caso
das drag queens. A teoria queer defende que a orientação sexual e identidade de gênero não são resultado da funcionalidade
biológica, mas de uma construção social.

5 | │ Profª.
I – Intersex: Intersexuais antigamente chamadas de hermafroditas, são pessoas que nascem com anatomia reprodutiva e
sexual, que não conseguem ser definidas de maneira distinta em masculino ou feminino.
A – Assexual: Pessoas assexuais são aqueles que não sentem atração, seja pelo sexo oposto ou mesmo sexo. Mas, isso não
anula os assexuais desenvolverem sentimentos amorosos com outras pessoas.
D – Demissexual: Pessoas dimessexuais se movem através da conexão com o parceiro. Para eles, a atração sexual só
aparece depois de estabelecido um vínculo psicológico, intelectual ou emocional. Ou seja, a pessoa não sente atração por
uma pessoa apenas porque ela é bonita. É preciso conhecer o outro, se conectar de fato.

P – Pansexual: A pansexualidade são pessoas que sentem atração afetivo-sexual independente da identidade de gênero da
pessoa – seja mulher ou homem, cis ou trans, ou mesmo de outro gênero, como é o intersexo
+ – Cada pessoa enxerga o mundo e, consequentemente, a si mesmo de maneira distinta, pois temos nossas
particularidades como sujeito, isto reflete nos desejos, relações e percepções. Quando o assunto é sexualidade, gênero,
teremos sempre o que aprender.

6)
O que significam as cores da bandeira LGBTQIA+?
A bandeira com o símbolo da representatividade LGBT, foi criada por Gilbert Baker, em 1978. Ele era militar, mas após ser
dispensado com honras do exército, foi morar em São Francisco, na Califórnia, onde começou a se envolver mais com o
movimento LGBTQ+, que, no início dos anos 70, estava começando a ser mais discutido. Baker foi quem fez todo o design
da bandeira toda colorida, com as cores do arco-íris.
https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/

7) Além do Disque 100 e do Conselho Tutelar (no caso de quem é menor de idade), existem Delegacias Especializadas
em Crimes contra Intolerância onde é possível realizar denúncias sobre episódios de LGBTI+fobia.

RACISMO ESTRUTURAL

1- Conceitos:
O racismo não se manifesta de maneira única, podendo ocorrer, principalmente, de três maneiras:
• Quando há crime de ódio ou discriminação racial direta: essa forma de manifestação do racismo é mais evidente.
Trata-se de situações em que pessoas são difamadas, violentadas ou têm o acesso a algum tipo de serviço ou
lugar negado por conta de sua cor ou origem étnica.

• Quando há o racismo institucional: menos direta e evidente, essa forma de discriminação racial ocorre por meios
institucionais, mas não explicitamente, contra indivíduos devido a sua cor. São exemplos dessa prática racista as
abordagens mais violentas da polícia contra pessoas negras e a desconfiança de agentes de segurança e de
empresas contra pessoas negras, sem justificativas coerentes. Um bom exemplo da luta do racismo institucional
são os protestos de Charlottesville, nos Estados Unidos, em 2017, devido à conduta criminosa de policiais que
mataram negros desarmados e rendidos em abordagens, além de agirem com violência desnecessária.

• Quando há o racismo estrutural: menos perceptível ainda, o racismo estrutural está cristalizado na cultura de um
povo, de um modo que, muitas vezes, nem parece racismo. A presença do racismo estrutural pode ser percebida
na constatação de que poucas pessoas negras ou de origem indígena ocupam cargos de chefia em grandes
empresas; de que, nos cursos das melhores universidades, a maioria esmagadora — quando não a totalidade —
de estudantes é branca; ou quando há a utilização de expressões linguísticas e piadas racistas. A situação fica
ainda pior quando as ações ou constatações descritas são tratadas com normalidade.
6 | │ Profª.
2- Racismo no Brasil:
No Brasil e em outros países que utilizaram a mão de obra escrava, o racismo resulta, principalmente, da
colonização e da escravidão. No dia 13 de maio de 1888, a promulgação da Lei Áurea proibiu a escravidão,
mas não foram criadas políticas de inserção dos negros recém-libertos no mercado de trabalho e na
educação. Além dessa situação, os escravizados ainda esbarraram no problema da fome e da moradia, visto
que muitos perderam, do dia para a noite, as condições mínimas de subsistência das quais dispunham
enquanto eram escravizados. Na passagem do século XIX para o século XX, é que podemos situar, então, o
momento em que o racismo se instalou em uma sociedade que já não poderia manifestar seus anseios
racistas legalmente de maneira explícita, mas os manifestava de outras formas. Como medida de coerção da
cultura e dos hábitos dos negros, por exemplo, foi proibida, por decreto localizado no Código Penal de 1890, a
prática e a difusão da capoeira, uma arte de origem africana.

3- Três filmes que abordam o tema:

• “Corra” - “O filme traz o racismo de forma contextualizada, sabiamente, num viés de terror e suspense. É
relatado a história de um fotógrafo negro, que se relaciona com uma mulher branca, é escarnecida ao aceitar
o convite de um final de semana de apresentação, ilustre, na casa da família de sua namorada. Muitos
tópicos são exaltados, desde a erotização do corpo deste protagonista até às funções dos únicos pretos
pertences àquele lugar desconfortante, confuso e padronizado. O modo de acolhimento, trazendo a enorme
metáfora de inserção numa sociedade racista também deve pontuado à análise crítica”.

• “O menino que descobriu o vento” - “Baseado em fatos reais, traduz e ressignifica o poder da
superação e reinvenção da população negra. O protagonista, que sofre os entraves financeiros decorrentes
da realidade social a qual vive, é negligenciado até na escola, mas consegue se sobressair à realidade
auferida. Emocionante, exemplar. A fome é um dos elementos centrais da narrativa, para além das condições
de sobrevivência, um recorte claro que essa população estratificada sofre, em contextos distintos, mas
cotidianos”.

• “Cara gente branca” - “A série, baseada em um filme, conta a história de Sam White e outros jovens,
numa universidade paulatinamente branca dos EUA. São diversos temas raciais, caracterizados, cujos são
expostos em sequência, a cada episódio. Racismo reverso, solidão, feminismo negro, colorismo, “blackface”,
inclusive a realidade que os negros não são os únicos grupos a sofrerem racismo. A importância de ocupar
espaços de fala, trabalho e dentre outros é notada, numa narrativa leve e dinâmica”.

ASSÉDIO MORAL

• Interpessoal: Ocorre de maneira individual, direta e pessoal, com a finalidade de prejudicar ou eliminar o
profissional na relação com a equipe;

• Institucional: Quando a própria organização incentiva ou tolera atos de assédio. Neste caso, a própria
pessoa jurídica é também autora da agressão, uma vez que, por meio de seus administradores, utiliza-se de
estratégias organizacionais desumanas para melhorar a produtividade, criando uma cultura institucional de
humilhação e controle;

7 | │ Profª.
• Vertical: Ocorre entre pessoas de nível hierárquico diferentes, chefes e subordinados. Exemplo 01: quando
os superiores se aproveitam de sua condição de autoridade para pôr o colaborador em situações
desconfortáveis, como desempenhar uma tarefa que não faz parte de seu ofício e qualificação, a fim de puni-
lo pelo cometimento de algum erro. Exemplo 02: Quando o subordinado ou grupo de subordinados realizam
ações ou omissões para “boicotar” um novo gestor, inclusive por meio de chantagem visando a uma
promoção.

• Horizontal: Ocorre entre pessoas que pertencem ao mesmo nível de hierarquia. É um comportamento
instigado pelo clima de competição exagerado entre colegas de trabalho. O assediador promove liderança
negativa perante os que fazem intimidação ao colega, conduta que se aproxima do bullying, por ter como alvo
vítimas vulneráveis.
https://www.abkadvocacia.com.br/post/70/assedio-moral:-como-identifica-lo-no-seu-local-de-trabalho

LEGISLAÇÃO:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.

TESTEMUNHO DE AUTORIDADE:

Marie-France Hirigoyen entende o assédio moral como sendo "toda e qualquer conduta abusiva
manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à
personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, por em perigo seu emprego ou
degradar o ambiente de trabalho".

Marie-France Hirigoyen é psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta, sendo mundialmente conhecida como uma
das maiores autoridades sobre o tema Assédio Moral no trabalho. A pesquisadora francesa graduou-se em
medicina em Bourdeaux, em 1974, e é especialista em psiquiatria. Também é diplomada em vitimologia pela
The American University, Washington, D.C. Dentre inúmeras atividades, participou do grupo de reflexão sobre
a proposta de lei da Assembléia Nacional que introduziu o conceito de assédio moral no Código de Trabalho
Francês, votada em 11/1/99. Marie-France destacou-se pela concentração de suas pesquisas acerca do tema
sobre a violência psicológica, obtendo sucesso com a publicação da obra "Le harcèlement moral, la violence
perverse au quotidien", que vendeu mais de 450 mil exemplares e foi traduzida em 24 línguas.

OBRAS:

8 | │ Profª.
1. “O Capote”, de Nikolai Gógol.
Da mesma forma que observamos, horrorizados, o local de trabalho do Bartleby, neste conto longo do Gógol
também vemos um trabalhador infeliz, que gasta mais tempo no trabalho do que fora dele e lidando o tempo
todo com a falta de empatia. Ele deseja (e consegue) juntar dinheiro para comprar um capote, isto é, um tipo
de capa ou casaco que o protegerá melhor do clima chuvoso e friorento. A partir daí se desenrola a história,
com os colegas invejosos que trabalham no mesmo local.

2. “Vidas Secas”, Graciliano Ramos.


Aqui, acompanhamos a saga familiar de trabalhadores braçais, tentando sobreviver ao Sertão e, também, aos
homens. A falta de acesso à educação tem como consequência trabalhadores que não têm como contestar
sequer as contas matemáticas do patrão, que sempre deixam o nosso personagem Fabiano com menos
dinheiro no bolso. Este romance mostra de forma crua um ambiente onde, ainda hoje, as leis trabalhistas não
chegam…

3. “Stoner”, de John Williams.


A vida do professor universitário de literatura descortina a fogueira das vaidades que existe no núcleo dos
departamentos acadêmicos. Stoner é o nome do personagem principal, que só queria ter uma vida simples e
sem muitos problemas, mas que tem que lidar com um desafeto seu que vira chefe do departamento. Com
isso, seguem-se diversos abusos morais.

4. “Olhos D’água”, de Conceição Evaristo.


Não seria possível falar de apenas um dos contos aqui presentes, então vai o livro inteiro. Ele é repleto de
personagens trabalhadores, muitos dos quais informais e que não são protegidos por lei trabalhista alguma.
Vemos, também, o outro lado: o do desemprego, na figura de um morador de rua, cujo quarto de dormir é
embaixo de uma marquise, justamente num centro comercial, repleto de trabalhadores. Isso cria um forte
contraste poético…

5. “Um teto todo seu”, de Virgínia Woolf.


Este livro é fruto de duas palestras que Woolf ministrou e que a própria preparação ocasionou diversas
problematizações necessárias. A autora, já famosa, por exemplo, não podia sequer entrar na Biblioteca da
universidade sem estar acompanhada de um homem ou sem a autorização expressa do Reitor. Mais do que
isso, Woolf defende algo emblemático: para se tornar uma escritora, para se desenvolver essa função, a
mulher precisa de um teto todo seu, isto é, de um lugar onde possa escrever. Não se pode esquecer que a
mulher também precisava ter o poder legal de administrar os próprios bens.

Discurso de ódio (tradução do inglês: hate speech) ou incitamento ao ódio é, de forma genérica, qualquer ato
de comunicação que inferiorize ou incite ódio contra uma pessoa ou grupo, tendo por base características
como raça, gênero, etnia, nacionalidade, religião, orientação sexual ou outro aspecto passível de
discriminação. No direito, discurso de ódio é qualquer discurso, gesto ou conduta, escrita ou representada
que seja proibida porque pode incitar violência ou ação discriminatória contra um grupo de pessoas ou porque
ela ofende ou intimida um grupo de cidadãos. A lei pode tipificar as características que são passíveis de levar
a discriminação, como raça, gênero, origem, nacionalidade, orientação sexual ou outra característica.

9 | │ Profª.
DISCURSO DE ÓDIO

Há consenso internacional acerca do fato de que discursos de ódio devem ser proibidos pela lei, e
que essas proibições não ferem o princípio de liberdade de expressão. Os Estados Unidos são um dos
poucos países no mundo desenvolvido que não consideram a proibição do discurso de ódio compatível com a
liberdade de expressão.

Segundo o Conselho da Europa, discurso de ódio pode ser definido genericamente como
"qualquer expressão que espalha, incita, promove ou justifica ódio racial, xenofobia, anti-semitismo ou
qualquer outra forma de intolerância. Incluindo: intolerância causada por nacionalismo agressivo e
etnocentrismo, discriminação e hostilidade contra minorias, migrantes e pessoas de origem estrangeira".
Segundo o entendimento do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, o artigo 10 da Convenção Européia
garante o direito à livre expressão, mas esse direito não é absoluto, tendo em vista a existência de outros
direitos igualmente garantidos pela convenção. O tribunal afirmou em vários julgamentos que "tolerância e
respeito pela igual dignidade de todos os seres humanos constituem um dos fundamentos de uma sociedade
democrática e plural. Sendo assim, por questão de princípio, considera-se necessário que certas sociedades
democráticas penalizem e inclusive proíbam todas as formas de expressão que espalham, incitam, promovem
ou justificam ódio baseado em intolerância (incluindo intolerância religiosa)".

Segundo o atual consenso, discursos de ódio não são inócuos (como a princípio pode parecer),
mas geram danos físicos e psicológicos naqueles que sofrem a agressão (especialmente nas crianças), como
depressão, baixa estima, pressão alta, respiração acelerada e insônia - quando há depressão extrema, o
discurso de ódio recorrente pode levar a vítima ao suicídio.Nos Estados Unidos, por exemplo, a intensa
atividade de bullying homofóbico nas escolas fez com que vários jovens homossexuais se suicidassem - o
que levou ativistas, empresas (como o Facebook e o Google) e políticos a uma grande campanha contra o
bullying homofóbico, o It Gets Better Project.Além destas consequências imediatas do discurso de ódio,
dados estatísticos e históricos abundantes indicam que há forte correlação entre expressão de ódio e
violência física. Campanhas de Genocídio, segregação e discriminação social foram todas acompanhadas por
intensa promoção de expressões de ódio.

Alguns grupos políticos consideram que os discursos de ódio são contemplados pelo princípio de
liberdade de expressão. No entanto, não há país onde se possa falar de "absoluta" liberdade de expressão.
Nos Estados Unidos não é diferente: como ocorre com vários outros princípios democráticos, a liberdade de
expressão é limitada por outros direitos constitucionais, de forma que a legislação prevê uma série de
proibições e penas para atividades que, de outra maneira, poderiam ser consideradas como simples liberdade
de expressão, a saber: desrespeito às autoridades (ofender um juiz ou outra autoridade), difamação e calúnia,
plágio, desrespeito a direitos autorais, obscenidade, divulgação de informação falsa, ameaças, etc. Nos
Estados Unidos, a tolerância com discursos de ódio possui raízes históricas.

Com efeito, a proibição do discurso de ódio é vista, pelo contrário, como uma forma de garantir a

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liberdade de expressão. O discurso de ódio, ao contrário de outras expressões da sociedade democrática,
não visa ao diálogo e busca apenas silenciar, quando não suprimir, a expressão de minorias. De forma geral,
o discurso de ódio silencia a vítima e não permite que ela se expresse livremente. Vale observar que os
países que compõem o atual consenso, como o Canadá, a Noruega, a Suécia, a Austrália, a Alemanha, etc.
são países bastante democráticos, com um alto nível de debate político.

Em 31 de maio de 2016, o Facebook, a Google, a Microsoft e o Twitter, chegaram a um acordo


quanto a um código da União Europeia de conduta obrigando-se a avaliar a maioria das notificações válidas
para a remoção de discurso do ódio ilegal que seja postado em seus serviços, num prazo de 24 horas.

Antes deste acordo, ainda em 2013, o Facebook, sob a pressão de mais de 100 organizações de
direitos civis, incluindo o "Everiday Sexism Project" , concordaram em mudar suas políticas de publicações,
após a divulgação de dados associados a conteúdos que promoviam a violência doméstica e sexual contra
mulheres, que haviam acarretado o cancelamento de contratos de publicidade com 15 grandes empresas.

Organizações extremistas costumam disseminar discurso de ódio na internet através de postagens


que funcionam como incitações, como inúmeras reações igualmente eivadas de discurso de ódio. Os
algoritmos de análise de conteúdo são capazes de detectar estas ocorrências óbvias de discurso de ódio,
porém não o fazem em casos mais subtis ou ambíguos. Assim, embora uma postagem original possa está de
acordo com a política de discurso de ódio corrente, as ideias e provocações contidas poderão estimular os
leitores a usar evidente discurso de ódio em suas respostas. Estas reações não são tão intensamente
monitoradas quanto as publicações originais.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Discurso_de_%C3%B3dio

PIXAÇÃO X GRAFITE

Pixação é vandalismo?
Discutir sem preconceito é o ponto de partida para entender, junto com os adolescentes, essa forma gráfica de
contestação.

A mesma provocação que escancaramos no visual dessas páginas tomou conta das redes sociais e da cena
cultural em várias metrópoles no início deste ano, depois que galões de tinta cinza cobriram grafites e
pichações em São Paulo. A "faxina", protagonizada pela prefeitura sob o slogan Cidade Linda, acendeu a
polêmica e revelou o óbvio: alguns veem como arte urbana o que outros entendem como sujeira e desrespeito.

Em outros centros urbanos, como Barcelona, Nova York e Berlim, é passível de multa, que chega a salgados 7
mil euros. Mas essa representação visual, que deixa marcas em várias cidades brasileiras, grita por atenção e
tem potencial para o debate entre educadores e adolescentes, também nas aulas de artes.

Primeiro, vale apontar uma diferença: pichação com "ch" pode ser qualquer rabisco feito em propriedades sem
autorização. A pixação ou pixo com "x" nomeia a prática feita em São Paulo e reconhecida por ter uma
"dinâmica social estabelecida há 30 anos e um estilo de letra específico, o tag reto, de formas pontiagudas",
explica Gustavo Lassala, mestre em Educação, Arte e História da Cultura e autor do livro Pichação Não É

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Pixação.

A tipografia do pixo paulistano é mundialmente reconhecida. Mesmo assim, os pixadores não buscam esse
reconhecimento. Preferem, em vez disso, a adrenalina, o risco, a contestação e a aversão a regras socialmente
aceitas. Por isso, quanto mais repressão, mais o pixo afirma sua razão de existir (veja a frase na imagem
acima). "A pixação é uma expressão cultural da cidade. Uma abordagem para entendê-la é identificar suas
relações com a realidade de onde vivemos e a invisibilidade social e econômica da população da periferia",
descreve Danilo Oliveira, mestre em Artes Visuais e curador de arte urbana. Ele diz que é preciso olhar a
estética do pixo como uma "experiência dos sentidos", acompanhada de carros, violência, poluição, pessoas
em situação de rua, desuso de espaços públicos, tudo junto.

Muros que gritam

Na história, a pichação serviu para propagar desde o clássico "abaixo a ditadura" a críticas à Guerra Fria no
muro de Berlim. O artista norte-americano Keith Haring (1958-1990) expressava suas posições políticas em giz
colorido e deixava clara a ideia de que a arte deve ser acessível. Seus painéis pichados no metrô de Nova York
foram expostos, décadas mais tarde, em uma galeria de Paris. Um dos maiores nomes da arte urbana
americana, Jean-Michel Basquiat (1960-1988), é associado ao grafite e à pintura neoexpressionista, mas seus
rabiscos de assinatura SAMO lembram os códigos da pichação. Ambos comprovam que o feio de um
determinado momento histórico pode ser considerado belo mais tarde.

A expressão gráfica como possibilidade de questionamento da vida urbana também faz parte dessa discussão. O
grafite e a pichação "estão para o texto assim como o grito está para a voz", disse o poeta curitibano Paulo
Leminski (1944-1989), que usava o spray como faceta da poesia marginal. Na escola, a pichação costuma
começar na carteira, no banheiro, nas paredes. "Ali o jovem sente a primeira repressão", destaca Mauro Neri,
pixador, grafiteiro e ativista, que ganhou notoriedade com sua prisão em São Paulo após restaurar um grafite.
Autor da expressão urbana Ver a Cidade, Neri fala em ampliar o repertório de arte dos estudantes, sem reprimir
a ideia da pichação. O diálogo dá chance para a expressão com consentimento e incentiva a ter
responsabilidade com o espaço. Ele leva a uma "pixação consciente", conceito propagado por Neri, que não vê
sentido em garranchos incompreensíveis.

Como em qualquer debate, na sala de aula também não é preciso consenso. "Estudantes não são artistas, nem
pichadores. Eles precisam investigar o assunto, ouvir as várias vozes, construir seu ponto de vista e saber
argumentar", diz a formadora de professores de Arte Marisa Szpigel. Ela sugere que você peça aos jovens para
expor as definições deles de pichação, pixo, grafite e outras formas de arte urbana e trabalhe com eles textos,
imagens e vídeos da internet para colocar em perspectiva os contextos sociais e as intenções de quem se
manifesta dessa forma. Incentive os alunos a fotografar grafismos no caminho entre a casa e a escola (ou a
buscá-los na internet), e estimule-os a montar painéis e classificar as formas de expressão. Organize
assembleias para que todos possam opinar.

Antes de dar vazão à arte, Marisa sugere que se investigue em conjunto os modos aceitos e os não aceitos de
se manifestar na escola. "É uma negociação feita entre alunos, professores e a comunidade escolar. Após esse
acordo, conseguir um espaço para artes urbanas será uma conquista dos estudantes", conta Marisa, baseando-

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se em experiências na Escola da Vila, na capital paulista. Estêncil e lambe-lambe são as técnicas mais usuais
para colorir muros e paredes, mas dá para pixar e grafitar com giz e cal, que mostram bem o aspecto efêmero
dessa prática.

"A ideia é ajudar os alunos a identificar os limites dos espaços e intervir neles. Se a gente transgredir demais, ele
pode se perder", diz ela. Encontrar esse equilíbrio não é fácil e foge da ideia de subversão inerente à pichação.
Porém, assim como transformar uma praça pública demanda escuta e ação comunitária, o mesmo acontece na
escola. E, então, topa encarar junto com suas turmas o fenômeno da pichação?

GRAMÁTICA URBANA
Grafite X Pichação
São linguagens diferentes em um mesmo suporte - a cidade. Ambas têm presença forte dentro da cultura hip hop
e dividiam o status de expressão não autorizada. Nas últimas décadas, o grafite passou a ser apreciado em
fachadas de prédios e casas e em galerias de arte.

Estética de cada lugar


O tag reto, caligrafia famosa, é nativo de São Paulo. No Rio de Janeiro, o xarpi é um estilo de letra embolado e
curvo.

Juventude logotipada
Os códigos são mais compreendidos e identificados pelos pixadores, que se organizam em grupos e trocam
logotipos entre si usando folhas de caderno.

Atitude é crime, sim


A Lei no 12.408 diz que "pichação é crime que prevê pena de três meses a um ano de prisão mais multa". Se for
em monumento ou imóvel tombado, a pena mínima sobre para seis meses.
https://novaescola.org.br/conteudo/8759/pix acao-e-vandalismo#_=_

DIREITOS INDÍGENAS NO BRASIL

INDÍGENAS NA LITERATURA:
O Romantismo brasileiro, no Segundo Reinado, começa a se preocupar com a identidade nacional. A primeira
fase do Romantismo foi a indianista, representada por romances nacionalistas que enfatizavam as figuras
indígenas e a natureza, como os livros Iracema e O Guarani, de José de Alencar.
PÓS-COLONIZAÇÃO
Do período colonial até o Brasil República, os conflitos e massacres de povos indígenas continuavam na medida
em que o desenvolvimento se expandia para o Norte do país. Somente em 1910 foi criado o primeiro órgão do
governo destinado a assistências à população indígena, o Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Em 1967, o órgão
foi substituído pela Fundação Nacional do Índio (Funai), atuante até hoje.
MARCHA PARA O OESTE:
Durante a ditadura do Estado Novo, Getúlio Vargas colocou em prática o programa “Marcha para o Oeste”, que
visava promover a integração econômica e povoamento do Norte e Centro-Oeste do Brasil. Entre os sertanistas
que promoveram as expansões, se destacam os irmãos Villas-Bôas. Eles implantaram uma nova política em
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relação aos indígenas que consiste na preservação dos valores culturais indígenas como única forma desses
povos sobreviverem. Com ajuda deles, em 1961, foi fundado o Parque Nacional do Xingu, uma das mais
importantes reservas indígena das Américas.
TRANSAMAZÔNIA
No período da Ditadura Militar, ficaram marcadas as obras faraônicas, como a Rodovia Transamazônica e a
Rodovia Perimetral Norte que tiveram obras desastrosas e custaram a vida de cerca de 10 mil indígenas, com
expulsão dos povos, conflitos e transmissão de doenças. Além de abrir espaço para o desmatamento da Floresta
Amazônica, com a chegada de garimpos, pecuária e madeireiras ilegais.

TRANSGÊNEROS NOS ESPORTES

Obras

1- Problemas de Gênero – Feminismo e Subversão da Identidade: Judith Butler - Judith Butler propõe
observar, de maneira geral, o modo como as fábulas de gênero estabelecem e fazem circular sua denominação
errônea de fatos naturais. Os textos estão reunidos de modo a facilitar uma convergência política das perspectivas
feministas, gays e lésbicas sobre o gênero com a da teoria pós-estruturalista.

2- História da Sexualidade – A Vontade de Saber – Vol. 1.: Michel Foucault - Ao longo dos anos 1970,
Michel Foucault dedicou seu trabalho no Collège de France à análise do lugar da sexualidade na sociedade
ocidental. Sua reflexão encontrou no sexo e na sexualidade a causa de todos os acontecimentos da vida social. O
filósofo empreendeu uma pesquisa histórica, estabelecendo uma antropologia e uma análise dos discursos acerca
desse tema tão fundamental para a condição humana. É reconhecidamente um dos grandes trabalhos do
pensador e fonte de pesquisa e consulta para milhares de estudiosos.

3- Vivência transexual: O corpo desvela seu drama, de Maria Jaqueline C. Pinto e Maria Alves de T.
Bruns - Discussões sobre a sexualidade humana têm surgido frequentemente em decorrência dos avanços no
conhecimento da saúde, e por ser um assunto controverso, ou mesmo um tabu, pois quando o tema é
transexualidade, há uma busca frenética no sentido de desvendar esse fenômeno. Este livro visa contribuir para
uma reflexão mais crítica acerca da transexualidade, a fim de delinear novos horizontes e novas pesquisas,
visando colaborar com aqueles que atuam neste seguimento.

4- Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa - Utiliza pressupostos teóricos psicossociais dos estudos
de gênero e as categorias de identidade, sentido e significado. A análise do personagem Diadorim destaca os
sentidos e significados na transexualidade e travestilidade nas experiências vivenciadas. Diadorim se traveste e
adota uma identidade masculina como forma de aceitabilidade no mundo do jagunço.

Breve resumo: Diadorim, personagem-chave do romance, é tida como homem durante quase toda a narrativa.
Apenas nas últimas páginas o narrador conta que, depois de sua morte, quando o corpo é despido e lavado,
descobre-se que se tratava de uma mulher. Diadorim havia conhecido Riobaldo, quando ainda eram jovens, em
uma travessia do rio São Francisco. Nessa ocasião, ela já vivia disfarçada de menino e dizia chamar-se Reinaldo.
Esse nome era secreto no meio da jagunçagem, utilizado apenas nos momentos em que ela e Riobaldo estavam a
sós. Quando Riobaldo reencontra Reinaldo/Diadorim, tempos depois, passa para o bando de Joça Ramiro,

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motivado pela presença de Reinaldo. Riobaldo apaixona-se profundamente por Diadorim, o que provoca nele
vários sentimentos contraditórios e de repressão, já que a paixão homossexual era uma relação impossível de ser
aceita no meio jagunço.

Movimento:

1. O SWS, sigla para o nome em inglês Save Women's Sports (Salve os Esportes Femininos), surgiu nos
EUA no começo de 2019 e em um ano de atuação já tem representantes em mais de 30 países. O movimento é
formado por mulheres e homens pesquisadores em fisiologia humana, médicos do esporte, advogados que atuam
na justiça desportiva, técnicos e ex-atletas. A maioria das esportistas em atividade, embora revoltada com o que
está acontecendo no esporte feminino, tem medo de se posicionar e ser acusada de preconceito.

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