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A lenda do guaraná
Conta a Lenda que em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e
saudável. Ele era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe
guerreiro. Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Por isso resolveu matá-lo.
Então, Jurupari transformou-se em uma enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo
frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança.
Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela volta do indiozinho, até que o sol foi embora. Veio a
noite e a lua começou a brilhar no céu, iluminando toda a floresta. Seus pais já estavam desesperados com a demora
do menino. Então toda a tribo se reuniu e saíram para procurá-lo. Quando o encontraram morto na floresta, uma
grande tristeza tomou conta da tribo.
Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um
raio veio atingir bem perto do corpo do menino. Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse: "...É Tupã que
se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa
felicidade". E assim foi feito. Os índios plantaram os olhos do indiozinho imediatamente, conforme o desejo de Tupã,
o rei do trovão. Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não conheciam. Era o
Guaranazeiro. É por isso que os frutos do guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito
semelhante a um olho humano.
Curiosidades:
- A palavra guaraná é de origem indígena, pois deriva da palavra tupi wara’ná. É o termo dado pelos índios tupis para
esta planta
https://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/lenda_guarana.htm
2. Por que os surfistas têm 3 vezes mais chances de ter bactérias super-resistentes no
corpo
Aumento da resistência de organismos a antibióticos é um problema global, segundo a Organização Mundial de
Saúde. Poucos sabem disso, mas a prática do surfe pode expor atletas a bactérias difíceis de eliminar.
Um estudo da Universidade de Exeter, no Reino Unido, aponta que os surfistas têm três vezes mais possibilidade de
carregar bactérias super-resistentes a antibióticos que o resto da população. Estudos anteriores já haviam
demonstrado que os praticantes do esporte engolem dez vezes mais água que outras pessoas que nadam no mar
habitualmente. A partir disso, os autores dessa nova pesquisa quiseram averiguar eles eram mais vulneráveis às
bactérias que contaminam as águas.
A contaminação de extensas áreas de praias do litoral brasileiro com resíduos de esgotos é uma triste realidade, que
nas temporadas de Verão ganha contornos dramáticos – milhões de turistas buscam lazer e diversão nas praias,
normalmente alheios aos riscos de contaminação.
Super-resistentes
A equipe de pesquisadores analisou as fezes de 143 surfistas e de 130 pessoas que nadam regularmente na costa
do Reino Unido. O objetivo era examinar se seus estômagos abrigavam a bactéria E.coli resistente a cefotaxima,
antibiótico muito usado clinicamente.
Os resultados, publicados na revista científica Enviroment International, revelaram que 9% dos surfistas tinham essa
bactéria resistente, versus 3% dos demais nadadores que participaram do estudo. Isto significa que a E. coli
continuaria em seus estômagos mesmo se eles tomassem o antibiótico mais usado para combatê-la.
A coordenadora da pesquisa, Anne Leonard, acredita que como os surfistas são "geralmente jovens, estão em
forma e se sentem saudáveis, é pouco provável que se preocupem com sua saúde". A cientista acredita que as
bactérias chegam até o mar sobretudo por meio de resíduos de esgoto e de fazendas em épocas de chuva forte.
Uma forma de evitar a ingestão dessas bactérias, recomenda ela, é que os surfistas e nadadores permaneçam fora
da água durante dois dias, mais ou menos, de forma regular e que evitem entrar na água depois de uma chuva forte.
Alerta global
Segundo os pesquisadores, os riscos a que os surfistas estão expostos podem se estender para grupos mais
vulneráveis da população, como idosos e crianças. No final do ano passado, a Organização Mundial de Saúde
(OMS) advertiu que a resistência aos antibióticos é hoje uma das maiores ameaças para a saúde mundial, a
segurança alimentar e o desenvolvimento. Trata-se de um problema que pode afetar qualquer pessoa, de qualquer
idade, em qualquer país.
O uso indevido desses medicamentos no ser humano e nos animais está fazendo com que as bactérias fiquem cada
vez mais resistentes, tornando mais difícil tratar infecções como pneumonia, tuberculose, gonorreia e salmonela.
"A resistência a bactérias tem sido reconhecida como uma das maiores ameaças do nosso tempo. E há agora uma
grande atenção ao fato de como a resistência pode se espalhar pelos ambientes naturais. Nós precisamos,
urgentemente, saber mais sobre como os seres humanos estão expostos a essas bactérias e como elas colonizam
nossos estômagos", avalia a coordenadora da pesquisa com surfistas.
Um detalhe importante da pesquisa merece destaque – as taxas de coleta e de tratamento de esgotos nas cidades
do Reino Unido estão bem próximas de 100%: as maiores fontes de bactérias são os dejetos animais das fazendas
da ilha, que são arrastados para as calhas dos rios nos períodos de chuva e, assim, conseguem chegar até o mar.