Você está na página 1de 9

ESTADO DA BAHIA

COLÉGIO ESTADUAL MARIA OTÍLIA LUTZ


Aluno (a):_____________________________________________________________________ Professora: _________________
Série: __________________ Turma: ___________ Turno: _________________________ Data: ______/______/2023

ATIVIDADE AVALIATIVA DE LEITURA E INTERPRETAÇÃO

Instruções:

• Leia e interprete sua avaliação com muita atenção;

• Não esqueça de identificar sua avaliação com nome e sobrenome.

• Todas as questões deverão ser respondidas adequadamente no gabarito para que sejam consideradas válidas;

• Utilize caneta azul ou preta para as respostas;

• Rasuras serão descontados;

• Não será permitido o uso de corretivo;

• Desligue e guarde seu celular na mochila;

• Sua atividade avaliativa é composta de 15 questões.

"A maior dádiva para o estudante é o saber adquirido, nenhum


outro dom faria valer a pena tanto esforço e dedicação."
Jéni Quintal
Questão 1.
O ouro da biotecnologia

Até os bebês sabem que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como a
Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica - ou o que restou dela - são invejadas no mundo todo
por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o da caatinga têm mais
riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar. A quantidade de água doce, madeira,
minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas escolas, nos jornais e nas conversas. O
problema é que tal exaltação ufanista (“Abençoado por Deus e bonito por natureza”) é
diretamente proporcional à desatenção e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas
riquezas.
Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais (quando pau-
brasil, ouro, borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa), a exploração comercial
da natureza deu um salto de intensidade e refinamento. Essa revolução tem um nome:
biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo, deixará em breve de ser uma enorme fonte
“potencial” de alimentos, cosméticos, remédios e outros subprodutos: ela o será de fato - e de
forma sustentável. Outro exemplo: os créditos de carbono, que terão de ser comprados do Brasil
por países que poluem mais do que podem, poderão significar forte entrada de divisas.
Com sua pesquisa científica carente, definição quanto à legislação e dificuldades nas
questões de patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa riqueza natural em riqueza
financeira. Diversos produtos autóctones, como o cupuaçu, já foram registrados por estrangeiros -
que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem original daqui, caso queiramos (e saibamos)
produzir algo em escala com ele. Além disso, a biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios
deixam que plantas e animais sejam levados ilegalmente para o exterior, onde provavelmente
serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a nova realidade
econômica global, ou continuará perdendo dinheiro como fruta no chão.

Uma frase que resume a idéia principal do texto é:

(A) A Amazônia deixará de ser fonte potencial de alimentos.


(B) O Brasil não transforma riqueza natural em financeira.
(C) Os Índios deixam animais e plantas serem levados.
(D) Os estrangeiros registraram diversos produtos.

Questão 2.

Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos campeões da fraude de
medicamentos

É um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e
crianças doentes — presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde perdida. A
máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes. Quando
alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciência do que coloca no corpo adentro. Às
vítimas dos que falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha. Para o doente, o
remédio é compulsório. Ou ele toma o que o médico lhe receitou ou passará a correr risco de
piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com tanta reserva.
PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, nº 27. São Paulo: Abril,
8 jul. 1998, p. 40-41.
Segundo a autora, “um dos piores crimes que se podem cometer” é:
(A) à venda de narcóticos.
(B) à falsificação dos remédios.
(C) à receita de remédios falsos.
(D) à venda abusiva de remédios.
Questão 3.
Dicas para prevenir dores nas costas
Para não agredir a coluna, é preciso evitar movimentos bruscos, ao levantar pela manhã.
Espreguiçar e usar os braços para suspender o tronco, enquanto apóiam-se os pés no chão, são
atividades indicadas.

Essa “dica” aconselha o leitor a evitar:


(A) Andar de tamancos ou chinelos.
(B) Engordar demais.
(C) Levantar-se da cama repentinamente.
(D) Usar colchões muito duros ou macios demais.
Questão 4.
Realidade com muita fantasia
Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar é um homem versátil: médico e escritor, igualmente
atuante nas duas áreas. Dono de uma obra literária extensa, é ainda um biógrafo de mão cheia e
colaborador assíduo de diversos jornais brasileiros. Seus livros para jovens e adultos são sucesso de
público e de crítica e alguns já foram publicados no exterior.
Muito atento às situações-limite que desagradam à vida humana, Scliar combina em seus textos
indícios de uma realidade bastante concreta com cenas absolutamente fantásticas. A convivência entre
realismo e fantasia é harmoniosa e dela nascem os desfechos surpreendentes das histórias.
Em sua obra, são frequentes questões de identidade judaica, do cotidiano da medicina e do mundo
da mídia, como, por exemplo, acontece no conto “O dia em que matamos James Cagney”.
Para Gostar de Ler, volume 27. Histórias sobre Ética. Ática, 1999.
A expressão sublinhada em “é ainda um biógrafo de mão cheia” (ℓ. 2) e (ℓ. 3) significa que Scliar é:
(A) crítico e detalhista.
(B) criativo e inconsequente.
(C) habilidoso e talentoso.
(D) inteligente e ultrapassado.

Questão 5. Leia o texto do cartaz ao lado e responda:

Nesse texto, a palavra: “Previna-se”, indica:

(A) Um elogio.
(B) Um protesto.
(C) Uma ordem.
(D) Uma orientação.

Questão 6.

A antiga Roma ressurge em cada detalhe


Dos 20.000 habitantes de Pompéia, só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio em
24 de agosto de 79 d.C. Varrida do mapa em horas, a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6
metros de cinzas. Por ironia, a catástrofe salvou Pompéia dos conquistadores e preservou-a para o futuro,
como uma joia arqueológica. Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.
A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual Avançada da
Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, criar imagens minuciosas, com apoio do instituto
Americano de Arqueologia. Milhares de detalhes arquitetônicos tornaram-se visíveis. As imagens mostram
até que nas casas dos ricos se comia pão branco, de farinha de trigo, enquanto na dos pobres comia-se
pão preto, de centeio.
Outro megaprojeto, para ser concluído em 2020, da Universidade da Califórnia, trata da restauração
virtual da história de Roma, desde os primeiros habitantes, no século XV a.C., até a decadência, no século
V. Guias turísticos virtuais conduzirão o visitante por paisagens animadas por figurantes. Edifícios,
monumentos, ruas, aquedutos, termas e sepulturas desfilarão, interativamente. Será possível percorrer
vinte séculos da história num dia. E ver com os próprios olhos tudo aquilo que a literatura esforçou-se para
contar com palavras.
Revista Superinteressante, dezembro de 1998, p. 63.
A finalidade principal do texto é:
(A) convencer.
(B)relatar.
(C)descrever.
(D)informar.

Questão 7.
Mar morto

Para quem não sabe nadar, entrar na água do mar ou na piscina é sempre complicado. Precisa de
colo de alguém ou de boia de plástico.
Mas existe um mar em que nada afunda, de tanto sal que existe em sua água. Esse mar fica entre
dois países do Oriente, Israel e a Jordânia, e se chama Mar Morto. Na verdade, não é um mar: é um
grande lago, onde deságua o rio Jordão. Ele está 392 metros abaixo do nível do mar, e é o ponto mais
baixo de toda a superfície do planeta. De tão grande, parece mesmo um mar: tem 85 quilômetros de
comprimento e 17 quilômetros de largura. É tanto sal em suas águas que não tem peixe, alga ou camarão
que consiga viver ali dentro.

Por isso o nome de Mar Morto.


A lama que existe no fundo faz muito bem para a pele e tem propriedades medicinais. As pessoas
vão ao Mar Morto também para fazer tratamento de beleza com lama! Não é preciso mergulhar no sal para
ir atrás dessa poção mágica de beleza. Perto dali, existem lojinhas que vendem sabonete feito com a lama
do fundo do lago. O Mar Morto é realmente um lugar diferente!
Só vendo para acreditar.
Disponível em: <www.recreioonline.com.br> Fragmento.
*Adaptado: Reforma Ortográfica.
No trecho “... que consiga viver ali dentro”, a palavra destacada indica:
A) Tempo.

B) Modo.
C) Lugar.
D) Intensidade.

Questão 8.
Observe a tirinha e responda à questão.
O desespero da mãe do Menino Maluquinho se
justifica pela:
(A) Pergunta do Menino Maluquinho.

(B) Ação do Menino Maluquinho.


(C) Maldade do Menino Maluquinho.

(D) Distração do Menino Maluquinho.

Questão 9.
Aleijadinho

Antônio Francisco Lisboa nasceu em 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto), Minas Gerais e viveu 84
anos. Filho de Manoel Francisco Lisboa, português e de uma escrava africana, de nome Izabel, tornou-se
o maior escultor do Brasil, tendo trabalhado até as vésperas de sua morte. Deixou uma obra vastíssima e
de grande valor artístico.
Sua formação se deu no próprio meio familiar, aprendendo com o pai, que era, junto com o irmão,
mestre na arte em cantaria e na talha do estilo Barroco. Sua vida muda completamente a partir do
momento em que uma grave doença deformante o acomete. A doença se agrava com o correr do tempo, a
ponto de caírem-lhe os dedos das mãos. Daí o apelido de Aleijadinho.[...].
COELHO, Ronaldo Simões. Pérola torta.
Dimensão. Fragmento.

O trecho que expressa uma opinião é:


A) “... nasceu em 1730 em Vila Rica, Minas Gerais”.

B) “Deixou uma obra de grande valor artístico.”.

C) “Sua formação se deu no próprio meio familiar,”.

D) “A doença se agrava com o correr do tempo,”.

Questão 10.
Internetês: modismo ou real influência sobre a escrita?

[...] Nosso estudo investe neste último questionamento, por trabalharmos com a hipótese de que os
usuários do Orkut sabem adequar-se ao contexto e ao ambiente em que praticam o exercício da escrita de
forma que não prejudica nem a norma culta, nem o desempenho escolar.

Sobre isso, Caiado (2007) acredita que o internetês afeta os adolescentes que ainda não têm total
domínio sobre a língua padrão. Assim como Komesu (2005) que também acredita que em parte o
internetês impede o aluno do reconhecimento das normas aprendidas na escola. [...]

Contudo, Araújo (2007) e Xavier (2005) não apontam consequências negativas no que se refere à
aprendizagem da escrita ideal, pois consideram o internetês como uma modificação das ínguas naturais.
Acreditam que os alunos conseguem adequar-se à escrita dos gêneros sem prejudicar a aprendizagem
das normas gramaticais...
ALMEIDA, Anna Larissa et alii. Disponível em:
<http://www.julioaraujo.com/chip/internetes.pdf>. Acesso em: 16 mar.
No trecho “Contudo, Araújo (2007) e Xavier (2005)..” (ℓ. 8), o termo destacado estabelece, com o
parágrafo anterior, uma relação de:
A) adição.

B) conclusão.

C) consequência.
D) oposição.

Questão 11.
Maneira de amar
O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas
a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque
não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não
ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam.
Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros,
aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho.
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o
girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do
homem. "Você o tratava mal, agora está arrependido?" "Não, respondeu, estou triste porque agora não posso
tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava".
ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. Rio de Janeiro:
Record, 1997.
No trecho “Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças” (2° parágrafo), o termo em destaque refere-
se ao seguinte termo do 1° parágrafo:
(A) cravina.
(B) Gerânio.

(C) Girassol.
(D) homem bonito.

Questão 12.
Aulas com pipas!
Sabia que é possível aprender muita coisa enquanto você se diverte com esse brinquedo?
Papagaio, pandorga, arraia, cafifa ou, simplesmente, pipa. Não importa o nome que receba esse
brinquedo, feito com varetas de madeira leve, papel fino e linha: qualquer pessoa tem tudo para se
encantar com ele! Pudera: colocar uma pipa para bailar no ar é a maior diversão! E sabia que, na sala de
aula, a pipa tem muito a ensinar?
Nas aulas de português, as pipas inspiravam poesias e redações e a professora de história
aproveitava para, obviamente, falar um pouco sobre a história das pipas. Quer saber o resultado de tanta
integração? Excelentes notas no final do ano e um grande festival de pipas para comemorar!
Ah! E se você há muito tempo gosta de soltar papagaios por aí, responda depressa: está tomando os
cuidados necessários para não sofrer um acidente?
Então, anote algumas dicas: nunca use cerol – uma mistura de cola e vidro moído, extremamente
cortante e perigosa – e procure soltar suas pipas em lugares apropriados, longe de fios elétricos.
Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/ Adaptado.
Ao terminar o ano, a consequência de tanto entusiasmo pelo brinquedo foi:
A) a melhoria da disciplina na escola.
B) a pesquisa de outros nomes para pipa.
C) o crescimento das notas dos estudantes.

D) o aumento de cuidados com as pipas.

Questão 13.

Prezado senhor,
A primeira coisa que me vem à cabeça para lhe dizer hoje não é muito original...
No entanto, se estas palavras pecam pela falta de originalidade, não pecam pela falta de sinceridade:
Feliz Aniversário!
O meu sentimento mais puro é para que você possa realizar, nos anos vindouros, todos os seus
projetos mais caros e preciosos, pois isso é o mínimo que uma pessoa justa e honesta como você merece.
Saiba que eu me sinto muito privilegiada por ser subordinada a alguém tão bom e sensível, que não
se vale de hierarquia para humilhar ou ser arrogante com os outros profissionais.
Por tudo isso que você é, receba os meus mais sinceros votos de felicidade e o meu desejo de que o
seu dia de aniversário transcorra em paz e alegria.
Um Abraço.

Rosângel
a
Nesse texto, os interlocutores são:
(A) Chefe e funcionária.

(B) Namorado e namorada.

(C) Pai e filho.

(D) Professor e aluno.

Questão 14.
O mercúrio onipresente
(Fragmento)
Os venenos ambientais nunca seguem regras. Quando o mundo pensa ter descoberto tudo o que é
preciso para controlá-los, eles voltam a atacar. Quando removemos o chumbo da gasolina, ele ressurge
nos encanamentos envelhecidos. Quando toxinas e resíduos são enterrados em aterros sanitários,
contaminam o lençol freático. Mas ao menos acreditávamos conhecer bem o mercúrio. Apesar de todo o
seu poder tóxico, desde que evitássemos determinadas espécies de peixes nas quais o nível de
contaminação é particularmente elevado, estaríamos bem. [...]
Mas o mercúrio é famoso pela capacidade de passar despercebido. Uma série de estudos recentes
sugere que o metal potencialmente mortífero está em toda parte — e é mais perigoso do que a maioria
das pessoas acredita.
Jeffrey Kluger. IstoÉ. nº 1927,
27/06/2006, p.114-115.
A tese defendida no texto está expressa no trecho:
(A) as substâncias tóxicas, em aterros, contaminam o lençol freático.
(B) o chumbo da gasolina ressurge com a ação do tempo.
(C) o mercúrio apresenta alto teor de periculosidade para a natureza.

(D) o total controle dos venenos ambientais é impossível.

Questão 15.
Dois e Dois são Quatro

Ferreira Gullar
Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro

E a liberdade pequena

Como teus olhos são claros


E a tua pele, morena
Como é azul o oceano
E a lagoa, serena

Como um tempo de alegria


Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia

No seu colo de açucena

— sei que dois e dois são quatro


sei que a vida vale a pena mesmo
que o pão seja caro

e a liberdade pequena.

A repetição da expressão “como dois e dois são quatro” no primeiro verso das estrofes 1 e 4 e no título do
poema reforça a ideia de:
(A) certeza absoluta de que vale a pena viver.
(B) esperança frente às dificuldades da vida.
(C) facilidade para conseguir o pão de cada dia.
(D) certeza da necessidade de lutar pela liberdade.

GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Você também pode gostar