Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Evolução Biológica
Evolução Biológica
A vida na Terra foi evoluindo, de forma lenta e gradual, sofrendo diversas modificações que
deram origem à grande diversidade de seres vivos que podemos observar atualmente no
nosso planeta.
Ao longo de vários milhões de anos, os seres procariontes eram os únicos seres constituintes e
habitantes da Terra, apenas em locais aquáticos. Porém, ao longo de vários anos, estes foram-
se diversificando, especialmente em relação ao seu metabolismo.
Alguns desses seres começaram a realizar o processo metabólico da fotossíntese, que como
sabemos, libertava oxigénio para a atmosfera.
Posteriormente este oxigénio começou-se a acumular na atmosfera, o que causou um impacto
brutal na vida dos procariontes, que eram os únicos habitantes da Terra. O oxigénio não era
benéfico para todos estes seres, por isso levou à extinção de alguns, mas à permanência de
outros em situações anaeróbias.
Esta hipótese pressupõe que o material genético do núcleo e dos organelos (sobretudo das
mitocôndrias e dos cloroplastos) tenha uma estrutura idêntica. Contudo, tal não se verifica. O
material genético destes organelos apresenta, geralmente, uma maior semelhança com o das
bactérias autónomas, do que com o material genético presente no núcleo.
Assim, as primeiras relações endossimbióticas terão sido estabelecidas com os ancestrais das
mitocôndrias. Os ancestrais das mitocôndrias seriam organismos que tinham desenvolvido a
capacidade de produzir energia, de forma muito rentável, utilizando o oxigénio no processo de
degradação de compostos orgânicos.
Por outro lado, outro grupo de procariontes, semelhante às atuais ciano- bactérias, tinha
desenvolvido a capacidade de produzir compostos orgânicos, utilizando a energia luminosa. A
associação das células procarióticas de maiores dimensões com estes seres, ancestrais dos
cloroplastos, conferia-lhe vantagens evidentes. Mas, nem todas as células eucarióticas
possuem cloroplastos. Este facto é explicado, segundo a Hipótese Endossimbiótica, pelo
estabelecimento de relações simbióticas de forma sequencial. Isto é, as primeiras relações
endossimbióticas terão sido estabelecidas com os ancestrais das mitocôndrias e, só
posteriormente, algumas dessas células terão estabelecido relações de simbiose com os
ancestrais dos cloroplastos.
Argumentos a favor da hipótese endossimbiótica:
2. Da unicelularidade à multicelularidade
Vantagens da Multicelularidade:
À medida que as dimensões da célula aumentam, a razão entre a área da célula e o seu volume
diminui porque o crescimento celular não pode ser indefinido. Então, como o metabolismo se
torna mais ativo, mas a superfície membranar que contacta com o exterior não tem um
aumento proporcional, as trocas com o meio tornam-se menos eficientes e não são capazes de
dar resposta às necessidades das células.
Assim, para indivíduos com dimensões superiores a 1mm sobreviverem só têm duas
possibilidades: ou são unicelulares, mas com um metabolismo muito baixo ou, para darem
resposta às necessidades metabólicas, têm de ser multicelulares.
Embora ainda não esteja bem esclarecida, pois o registo fóssil não é suficiente, pensa-se que a
multicelularidade tenha resultado de associações vantajosas entre eucariontes unicelulares
que foram evoluindo:
Pensa-se que:
→ Os seres coloniais possam ter estado na origem de algas verdes pluricelulares, algumas
das quais evoluíram mais tarde para plantas;
→ Este dado é apoiado pela existência de clorofila a e b nas algas verdes e nas plantas e,
também, pela presença de amido como substância de reserva em ambas;
→ Os diferentes tipos de células, já com especialização, originaram tecidos que levaram
ao aparecimento de órgãos e de sistemas de órgãos, havendo uma crescente
especialização e diferenciação celulares.
Em suma, pode dizer-se de forma muito simples que a evolução das formas de vida se
processou dos procariontes para os eucariontes unicelulares e dos seres coloniais para os
pluricelulares.