A maçonaria Tronco de Generosidade

está alerta? beneficência maçônica

2022 - Ano 31 - nº 178

Grande Loja do Paraná

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CURITIBA - PR
 MS.GOV.BR

O COMBATE TEM QUE SER HOJE!

AMANHÃ PODE SER TARDE DEMAIS!

Cuide da sua casa Fique de olho Se notar qualquer

e do seu quintal na vizinhança, foco do mosquito,
todos os dias. terrenos e denuncie:
espaços públicos. saude.ms.gov.br

GOVERNO DO ESTADO DE
MATO GROSSO DO SUL
 Editorial
Maçonaria

O poder
O ser humano, quando sua atenção a popularidade está crescendo,
o pensamento de tornar se uma pessoa pública na vida política, ou orga-
nizações privadas, em qualquer instancia ele está fadado de um ser muito
agradável sem distinção de cor, raça ou credo, ele está com o coração
aberto entre o menos favorecido ao mais abastados financeiramente.
Este ser fica a procura de estar em quase todos os lugares e am-
bientes, sempre procurando projeções pessoais, muitas vezes esquecendo
o seu convívio familiar nas horas mais importante que e os momentos de
troca de amizade, carinho e amor na hora do café, almoço e o jantar.
Esta sede do poder muitas vezes nos destrói por dentro e com nos-
sos semelhantes a ponto de se expor em compromissos com promessas
que talvez jamais iremos cumprir ou recordar a quem foi esta ou aquela
pessoa.
Esta ficção e tão grande que não o deixa ver o quanto e belo ser
querido pelas pessoas que iram lhe ajudar e se for da nossa Ordem fal-
tando assim com nossos princípios lealdade para com os Irmãos, criando
uma barreira muito alta que não consegue ver o quanto e belo o outro lado
da liberdade de ser humilde para com ele mesmo.
E quando conseguem chegar ao mais alto patamar do poder onde
lhe foi concebido através da sua demonstração de amizade, se acham tão
intocável que não irá sentir o quanto ele está mudando o seu comporta-
mento deixando assim a sede da ignorância, do poder não o deixa ver
quem esteve ao lado na sua trajetória política.
Se achando intocável pela sua posição nesta cadeira do poder onde
muitos e muitos que por ali passaram sendo que uns conseguiram des-
cobrir o caminho da liberdade de saber procurar ser humilde e fraterno, Irmão
e sem menos esperar para muitos seus caminhos tornam se ruim sem ter Ademir Batista
de Oliveira
uma outra oportunidade de redimir-se até com seus próprios familiares, Diretor e Editor da
seguindo sem poder desviar do caminho da Igualdade, serena, fria e sem Revista Consciência
Loja Oriente Maracaju nº 01
sanche de retorno no trem da vida. GLEMS - Campo Grande
Procuremos compreender que esta sede do poder muitas vezes nos
leva para um precipício da desordem futuras, deixando um legado de
tristeza e desapontamento que nunca mais muitas vezes poderão voltar a
ser o mesmo.
Então meus Irmãos procuremos nunca desviarmos do caminho da
Virtude que temos dentro de cada um de nós, e que está Liberdade de
escolha nos proporciona eternos momentos de PAZ, AMOR e FATER-
NIDADE.

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E. Figueiredo - Jornalista (MTB 34 947)
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COLABORADORES
3 O poder A colaboração na Revista Consciência não gera vínculo
trabalhista
Irmão Ademir Batista de Oliveira • Natal/RN
Alci Bruno (84) 3234-5909 / 99101-5315
Palavra do Grão-Mestre • Divinópolis/MG
Gabriel Campos de Oliveira (37) 3216-0808 / 99987-7633

5 Da semeadura • Santa Maria/RS

Hugo Schirner (55) 3222-0536

Irmão Heitor Rodrigues Freire • Sinop/MT

Joel Monteiro Lopes (66) 3531-2650 / 99231-7544
• Rondonópolis/MT
Textos Maçônicos Cicero Belarmino da Silva (66) 3422-3006 / 99994-8533
• Porto Velho/RO
6 Para que nos reunimos aqui? Francisco Aleixo da Silva (69) 3229-1556 / 99972-1027
PROJETO GRÁFICO
Irmão Alex Abdalla André da Silva Cerqueira (comp&art) 160922

9 A maçonaria está alerta?

Irmão Nelson Vieira
10 A natureza humana revistaconsciencia
Irmão Keizo Ogushi
12 Livres e de bons costumes: eis a questão! @revistaconsciencia
Irmão Mauricio Alves Rodrigues Pugas
14 Tronco de beneficência (67) 99600-3636 WhatsApp

Irmão Nilton José Fernandes Junior

FOTOS NESTA REVISTA
17 Os degraus do templo maçônico
Irmão Nilton José Fernandes Junior
• Imagens retiradas da internet
• Acervo Revista Consciência

18 Onze condutas maçônicas desejáveis

PROJETO GRÁFICO
http://essenciamaconica.blogspot.com.br/2013/05/onze-condutas-
-maconicas-desejaveis.html?m=1
21 Liberdade, igualdade e fraternidade* comp_art@uol.com.br
(67) 99983-6214
Irmão Kennyo Ismail
22 Generosidade maçônica IMPRESSÃO E ACABAMENTO

Ricardo Henrique de Araujo Imamura 

24 A maçonaria do futuro
(46) 3547-1327
Irmão Izautonio da Silva Machado Junior
26 Ato de fé VEICULAÇÃO NACIONAL E ONLINE
Irmão Armando Righetto

4 edição 178 • 2022

 Palavra do
Grão-Mestre
Irmão Heitor Rodrigues Freire
Grão-Mestre Ad Vitam
Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso do Sul

Da semeadura

A medida que começamos a buscar a verdadeira consciência que se encontra no recôndito do

nosso coração, passamos a sentir uma melancolia, uma saudade congênita de algo indefi-
nível, algo que se perdeu, mas não sabemos bem o que é. Esse sentimento só vai aflorar
por meio do autoconhecimento, quando aos poucos nos reconectamos com nós mesmos. E
então começamos a descobrir que o reino de Deus, de que Jesus tanto falou, já está presente
no coração de cada um de nós. Assim, recuperamos a alegria de viver e de sentir o que re-
presenta a oportunidade da encarnação, do trabalho que cabe a cada um.
Cada um de nós, independentemente de raça, nacionalidade, profissão, religião, es-
tado civil, crença, sabendo ou não sabendo, querendo ou não querendo, está constantemen-
te semeando o seu futuro, com seus atos, pensamentos, palavras, sentimentos, emoções.
Semeando o que?
Vai depender da qualidade desses comportamentos. Nossas decisões determinam a
qualidade e a quantidade da semente que plantamos, que, naturalmente, deve ser objeto de
uma avaliação permanente para que a colheita seja tal qual desejamos. Como já ensinou
Chico Xavier: “A semeadura é livre; a colheita é obrigatória”. No tempo certo.
A Lei da Semeadura é uma lei natural, não escrita. O livre arbítrio nos permite a
liberdade de escolha de plantarmos o que quisermos, mas sem esquecer da colheita. Ela é
simples e fácil de entender e está presente em nossa vida permanentemente.
O que o homem semear, colherá. Isto não é uma mera pregação, é uma verdade
prática que pode ser o alicerce de toda realização terrena. Cada pensamento emitido e cada
ação consolidada reunirão um grupo de pensamentos e ações de mesma natureza e voltarão
multiplicados.
As sementes a que me refiro são as nossas próprias atitudes. Para que a colheita seja
abundante e proveitosa temos que selecionar nossos pensamentos. E perseverar em nossos
propósitos. A vida faz com que cada um experimente as consequências da própria escolha.

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 “Cada um se satisfaz com o que fala, mas receberá conforme aquilo que faz” (Pr 12, 14)
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba, pois aquilo que o homem semear, isso também cei-
fará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para
o Espírito do Espírito colherá a vida eterna” (Gl 6,7-8).
Além disso, a colheita é sempre proporcional à semeadura. “Quem somente observa o vento
nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca colherá” (Ecl 11,4). “E isto afirmo: aquele que
semeia pouco, pouco também colherá; e o que semeia com fartura com abundância também há de
colher” (II Cor 9,6).
O conhecimento dessas verdades naturalmente estimulará as pessoas conscientes a desenvolver
uma prática mental constante e positiva, que possibilitará, a tempo e hora, obter resultados satisfatórios.
Trata-se de um exercício que deve ser praticado de forma continuada, para que se possa colher
seus benefícios. Está nas mãos de cada um. É a atitude mental positiva.
É interessante como os ensinamentos bíblicos inspiraram e estimularam muitos estudiosos das
funções da mente à prática estabelecida há milênios. Quem já leu Napoleon Hill, Joseph Murphy,
Norman Vincent Peale, Dale Carnegie, entre tantos outros, sabe do que estou falando. Basicamente é
a aplicação dos preceitos bíblicos, ditos de outra forma. Comprovam sua eficácia pela continuidade e
com uma apresentação mais moderna, numa linguagem apropriada para os tempos em que vivemos.
“O que aconteceu, de novo acontecerá, e o que se fez, de novo será feito, debaixo do sol não há
nada de novo” (Ecl 1,9).
O que se observa é que mutatis mutandi, mudando o que tem de ser mudado, a base é sempre
a mesma.

Para que nos reunimos aqui?

Templos a Virtude e cavando masmorras ao vício.
A grande maioria dos Maçons não compreen-
dem o que leem nos Rituais durante a Abertura da
Loja ou Oficina, somente repetem uma serie de fra-
ses e gestos.
Nossos Rituais, são constituídos sob a regia e
inspiração do Grande Arquiteto do Universo, e nada
do que lá esta é para preencher o tempo durantes as
Sessões.
Nossas Lojas não seguem o que estão nos Ri-
tuais, nosso “Trabalho nas Oficinas” quase ja não
atingem os objetivos que tanto lemos em cada Aber-
tura Ritualística.
O Avental, símbolo do trabalho e do esforço
individual, já não apresenta tanto pó ou suor como
deveria.
Quanto mais sobe-se os degraus, mais vaidoso
e preguiçoso torna-se o Neófito.
Substituímos as Virtudes pelos Bordados, In-
sígnias e tantas outras coisas mais, que quase já não
há mais sentido nos reunirmos.
Deplorável ver o que as Luzes permitem acon-
tecer nos Templos, comercializa-se indiscriminada-
mente Aventais e seus Símbolos.
Permitimos que assente ao Trono de Salomão
a ignorância e a vaidade, em detrimento das Virtudes
e da Liderança pelo exemplo do caráter.
Esse texto, de minha autoria, vem através da
Inspiração Divina, para nos alertamos que o GADU
não se satisfaz com o que estamos permitindo acon-
tecer nos Templos Maçônicos.
Peco a você meu irmão, que reflita o que está nos
nossos Rituais e ponha em pratica em nossas vidas.
Irmão Alex Abdalla
Loja Batuíra nº 3676 – GOB/SP

6 edição 178 • 2022

 Eventos

Grande Loja Maçônica do

Estado de Mato Grosso do Sul
• Brasilândia
Loja Estrela do Ocidente nº 12

Iniciação
No sábado dia 27 de agosto de 2022, com início as 17:00 horas (MS), a B∴A∴R∴L∴S∴
Estrela do Ocidente nº12, Oriente de Brasilândia - MS, realizou uma Sessão Magna de Iniciação,
conduzida pelo Venerável Mestre, Irmão Nilton José Fernandes Junior, onde foram admitidos 3
neófitos: Fagner Sanches de Assis; Jorge Henrique Olivi de Paula; Willian Crivlim Peres;
Nesta sessão além de contar com 24 Irmãos do quadro da loja, abrilhantaram a
sessão ainda mais 43 Irmãos visitantes, representando um total de 67 Maçons, de
12 lojas maçônicas de vários orientes, estados e potências diferentes.

TA Loja Ordem e Progresso n 25

ERRA O Venerável Mestre Irmão Aluisio Angelo de
Deus, realizou uma sessão de aniversário de 48
anos de existência, estando presente o Grão-
Mestre Ad Vitam, Irmão Hugo de Oliveira,
Delegado Distrital Irmão Ademir Batista de
Oliveira, membro da Loja Oriente Maracaju
n 01 e representantes do GOMS os Irmãos;
Marionildo da Costa Moreira - Delegado da
6ª Região e Edivaldo Antônio Cassimiro -
Deputado da PALM e Irmãos de outras Lojas.

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 PARAMENTOS
Avental de Aprendiz Avental de Mestre-Instalado
GOB do GOB

•Confeccionado em cetim, napa e oxford •Confeccionado em cetim e napa, com detalhes em dourado
•Apresenta elástico traseiro para melhor fixação na cintura e bordado
•Conversível para um Avental de Companheiro •Apresenta elástico traseiro para melhor fixação na cintura

Avental de Avental de Mestre Maçom

Venerável-Mestre do Rito Brasileiro

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•Apresenta elástico traseiro para melhor fixação na cintura

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A maçonaria
está alerta?
U
ltimamente têm ocorrido sucessivos atos
desabonadores no país, com protagonistas
na maioria da classe política. São impres-
sionantes, os fatos se sucedem ou desencadeiam
tipo efeito dominó. O que leva a crer que não é de
hoje a prática dos atos de lesa a pátria.
A imprensa tem papel preponderante, por-
que é através dela que a população vem tomando
ciência dos acontecimentos. E pensar que tentaram
amordaçá-la.
Está tudo tão confuso no país ou nós esta-
mos entorpecidos, que fica difícil acreditar nos po-
deres constituídos. Coitado do cidadão comum é
digno de dó mesmo. Cobra-se muito do povo, mas
em contrapartida nada ou quase nada lhe é ofere-
cido.
Agora, também deram para invadir empre-
sas privadas e próprios nacionais e, pasmem, pare-
ce haver complacência das autoridades. Inclusive
a revista Veja publicou certa feita, que o governo
subsidia entidade com alta soma de dinheiro, con-
tumaz em invasões. Falam, falam e não fazem uma
reforma agrária de direito, só agem mediante palia-
tivos. É sabido que uma reforma agrária tem suas
implicações orientadoras e necessárias, por exem-
plo: Escolas, cursos específicos, silos, armazéns,
política de preços, aquisição de insumos e etc.
As residências estão cada vez mais com
gradis. O direito de ir e vir, já pende ora para ir e
não saber se vem ou na ida fica pelo caminho. Está
difícil a coisa.
Mas, o que estarrece, envergonha a pessoa
de bem é ver as maracutaias cometidas por aqueles
que têm o dever de fazer o melhor para o país, con-
sequentemente para o povo. E, ainda há os que ar-
gumentam serem honestos. Honestidade é obriga-
ção e não uma opção. Enquanto isso tem rodovias
precárias, ferrovias aquém do desejado e sistema
de navegação acanhado para servir um país do ta-
manho do Brasil.
www.revista
Maçonaria
Irmão Nelson Vieira
Loja Aurora II n° 2017
Benfeitora da Ordem - GOB/MS
E o que dizer do trinômio: Educação, saúde
e segurança. Que belo exemplo para os mais jo-
vens, cidadãos do amanhã.
Temos esperança que a sociedade busque o
consenso e dê um basta neste estado de impunida-
des, que prevalece na Nação, em vários segmentos,
ressalvadas algumas exceções.
 Muitos alegam que esses episódios
acontecem devido à herança cultural ou é questão
de cultura adquirida ao longo do tempo. Até pode
ser, porém, entendemos que falta mesmo é o fiel
cumprimento das leis, “doa a quem doer”.
É lógico que “uma andorinha só não faz
verão”. Voltemos no passado quando tudo era mais
difícil, por exemplo: Dificuldade de comunicações,
distâncias enormes, caminhos cheios de obstáculos,
transportes dificultosos e por aí vai. Entretanto,
isso não foi motivo de desalento para as pessoas,
à época. A Maçonaria foi um baluarte, atuante, a
ponto de hoje fazer parte da história, juntamente
com outras agremiações, que não compactuavam
com o desleixo da coisa pública e privada, falta de
patriotismo, exploração do homem sobre o homem
em qualquer nível, e deu no que deu.
Hoje, os pares perguntam; A Maçonaria está
alerta? A Instituição de homens de bons costumes e
livres, de “ações secretas” (observem, a Maçonaria
não é secreta. Ela tem endereço fixo, CNPJ, regis-
tros em cartórios, tudo de acordo com as normas
vigentes, é legalíssima), a princípio deve estar per-
plexa. Quanto o quê a Ordem pode, faz e fará, cabe
aos seus dirigentes responder em local e horário
oportuno aos seus obreiros. Ressalta-se que a Ma-
çonaria nunca ficou alheia aos reclamos da maioria
e tão pouco, outrora foi omissa.
A Maçonaria está alerta?
.com.br 9
Maçonaria
A natureza
humana
S
egundo dados científicos, os hominídeos são
ancestrais diretos do homem, que original-
mente surgiu na África, onde todos os conti-
nentes eram formados num só bloco, ou seja, África
era unida com a Ásia maior, Ásia menor, Europa e
as três Américas, que, gradativamente no decorrer
de milhões de anos, foram se afastando pela ação
das placas tectônicas, dando inicio a formação do
continente Asiático, Europeu, a própria África, e as
três América:
Na esteira destes milhões de anos, o de-
senvolvimento humano cita como começo, apro-
ximadamente há 14 milhões de anos, com nomes
científicos como segue: Ramapithecus, Austrolepi-
thecus, Homo habillis, Homo erectus, Homem de
Neanderthal, e finalmente Homo sapiens, sapiens
(homem atual), surgido há cerca de 40 mil anos.
Origens – As diferenças genéticas, dizem
respeito associado ao nome dos objetos, o modelo
Treliça e o modelo Candelabro: que as duas teo-
rias, são descendentes dos primitivos hominídeos,
cuja espécie humana surgiu na África há 150 mil
anos, iniciando o processo migratório, rumo que
é hoje a Europa e a Ásia: O modelo Candelabro
afirma, porém que esse processo migratório acon-
teceu numa leva só, dando origem ás três raças
biológicas: (a branca européia, a amarela asiática e
a negra, que permaneceu no continente Africano):
Para o Modelo Treliça, aconteceu pela mobilidade
humana dos descendentes dos antepassados que
migraram para Eurásia, e retornaram a África, em
constantes idas e voltas, em que os genes huma-
nos foram intercambiados globalmente, portanto
conclui-se que não há raça na espécie humana,
afirma o biólogo americano: Norton Godoi diz:
O conceito de raça não é biológico, mas cultural.
A evolução humana criou uma variedade extrema
de grandes tradições: Rituais, Normas Sociais e
Éticas, Leis e Valores, que em conjunto formam a
base da sociedade humana: Começou a manipular
10 edição 178 • 2022
Irmão Keizo Ogushi
Loja Amor e Justiça nº 07 - GLMEMS - Oriente de Coxim
os fenômenos naturais, através da filosofia, artes,
ciências, mitologia e religião: Baseado neste con-
ceito, a teoria de Charles Darwin denominado de
as origens das espécies, ou seja, através da evolu-
ção pela seleção natural, segundo a qual todas as
espécies de plantas e animais se desenvolveram a
partir de formas mais primitivas pela transforma-
ção hereditária de ligeiras variações em sucessi-
vas gerações, sobrevivendo às formas que melhor
se adaptaram ao meio ambiente, com cruzamen-
tos genéticos, até a forma definida de seres vivos,
plantas ou animais, dentre eles o ser humano dota-
do de inteligência que se vem evoluindo conforme
o relato acima, e o próprio Charles Darwin dizia:
“a evolução é uma série de erros bem sucedida”:
Á maçonaria Universal, uma das variantes
da evolução humana, fundamentada por alguns
autores, surgiu na época da construção do Tem-
plo de Jerusalém, outros atribuem aos Templários,
fundado em 1.130 por Hugues de Payens, embora
atuações diferentes entre si, das cruzadas, mas to-
das situavam dentro do contesto militar religioso:
A história dos Templários (oculta) com seus rituais
de iniciação, seus símbolos, missão em beneficio
da humanidade, alias, tão importante que o histo-
riador Vitor Michelet afirmar no livro “Segredos da
Cavalaria) que, a queda da Ordem dos Templários
foi o maior cataclismo da civilização do ociden-
te: Esta primeira missão dos templários: Encontrar
algo de grande valor e foi perdido, como símbolo
da eterna procura da verdade, da sabedoria, do co-
nhecimento e da perfeição do homem: O ultimo
Grão Mestre dos Templários, Jaques de Molai, foi
condenado à morte na fogueira, acusado de heresia
no período inquisitório confiscando a economia e
as propriedades da Ordem:
Aliás, o papa Teodoro I (642-649) inicia-se
o período inquisitório, e durante 12 séculos, as-
sassinara mais de 85 milhões de pessoas acusadas
de heresia, período negro da humanidade em que

milhares de maçons e opositores da igreja católica
sucumbiram diante da felonia fanática do catoli-
cismo. A maçonaria, por exemplo, não se abalou
diante das adversidades, e continua admitindo no
seu seio dentre os bom os melhores.No decorrer
dos tempos será que continuará á ser, homens li-
vres e de bons costumes? Pois o maior fardo é o
peso na consciência, e o maior castigo é o veredic-
to do remorso. O agravante maior de alguns ma-
çons e não guardar o sigilo, cujo juramento não
é cumprido, tornando-se então perjuro diante dos
demais:
A natureza humana tem as suas variações
de acordo com o seu livre arbítrio: è lamentável
o que José Paulo Carvalho de Oliveira, vereador
(PT do B) na cidade fluminense de Piraí, E eis que,
na sessão em que homenageava a Constituição do
País: disse “Mendigo não faz nada na vida (ali-
ás, eu acho que mendigo deveria até virar ração
para peixe): pagina 28, ISTOE 2294, 06/11/2013:
Aqui em Coxim, recentemente houve a morte do
Fillinto, pacato morador de rua que sofreu ataque
de cães, sem ter alguém que o socorre-se, e veio a
óbito devido à gravidade dos ferimentos: Parece
até providência Divina, testando a sensibilidade
humana em praticar a solidariedade: Aliás, recen-
temente, dois cientistas americanos estudavam a
empatia – conceito que basicamente explica a nos-
sa capacidade de nos colocar no lugar do outro e
nos sensibilizar com ele; quando esbarraram numa
questão: Seriam os animais também capazes de
solidarizar com um estranho? O experimento foi
com dois macacos totalmente estranhos: um deles
foi colocado numa jaula, enquanto outro deixado
livre: Em seguida os cientistas ofereceram ao ma-
caco livre uma farta quantidade de frutas, o que
fez? Foi até a jaula onde estava um completo des-
conhecido e dividiu sua refeição com ele: Conclu-
são continuar macaco? Eis a questão: Homens na
evolução alucinada, tornando-se escravo do pró-
prio invento, armas bélicas e químicas, sistema de
espionagens via satélite, meios de comunicação
ultramodernas, que em segundos poderá desenca-
dear uma guerra nuclear sem precedentes, exter-
minando milhões de seres vivos.
E a maçonaria? Dá a impressão de que
políticos maçons estão atados ás algemas abstra-
tos, sem ter eco nos Palácios governamentais, nas
www.revista
Maçonaria
Câmaras legislativos, no Senado e no Judiciário,
para moralizar, e dar um basta, a corrupção que
graça no mundo a fora.
Assim caminha a humanidade, Entidade
cientifica empenhada em melhorar a saúde, de-
volver a auto estima eliminando seqüelas das de-
formidades, substituindo órgãos através de célula
tronco, cura da AIDS, do tumor maligno e tantos
outros procedimentos, inclusive tratamento á dis-
tância pelo sistema on-line praticado nos grandes
centros urbanos.
A ciência é uma arte infinita, podendo de-
senvolver a pratica da telepatia através do pensa-
mento, locomover-se como as aves, e ser fraterno
como os macacos, enfim o cérebro do homem é de
1200 a 1600 cm². e o do macaco é de 350 á 500
cm².
O homem usa apenas 2/3 da capacidade do
cérebro, já imaginou se usássemos quase a totali-
dade do seu potencial? Seriamos dotados e assimi-
lados como Semi-Deus, direcionados para a práti-
ca do bem, e temos como exemplo o proeminente
presidente da África do Sul, Nelson Mandela, que
após cumprir 27 anos de prisão, e nem por isso
usou de expediente vingativo ou a retaliação con-
tra os brancos acabando de forma pacifica o apar-
thaid numa demonstração de humildade, surpreen-
dendo o mundo:
A previsão dos analistas espirituais, é que a
terra de provas e expiações passe para a de rege-
neração, onde a maioria absoluta está para a prá-
tica do bem, superando o vicio que tanto avilta o
homem:
G∴ A∴ D∴ U∴ manifesta-se através de
grandes catástrofes como a erupção de vulcões, ci-
clones, vendavais, grandes incêndios, devastando
florestas, terremotos e tsunamis de grandes pro-
porções, são fenômenos que lapidam o espírito:
Para que os homens percebam que está chegando
o momento de transição para um mundo melhor.
Assim, que o G∴ A∴ D∴ U∴ nos ilumine
e guarde.
Or∴ de Coxim, 08 de Dezembro de 2013
E∴V∴
Pesquisa:
Revista ISTOE, Origem das espécies Charles Darwin, cronologia da
Humanidade e Diário do Estado, crônica do Dr: Irajá Messias.
.com.br 11
Maçonaria
Livres e de bons
costumes: eis a
questão!
E
stimados Irmãos! Tornar os seus membros
um ser humano melhor, por meio de seu
crescimento individual, extensivo à toda fa-
mília maçônica e sociedade em geral, é o princípio
primordial da Maçonaria.
Para se tornar um Maçom, o candidato é es-
colhido nas mais diversas camadas sociais, e, pos-
suir um perfil de homem livre e de bons costumes,
com possibilidades de aparar suas arestas, absorver
os ensinamentos da Ordem, objetivando seu apren-
dizado e crescimento, somando e não subtraindo.
Somar significa ensinar outros que chegam
no seio da família maçônica, fazendo com que a
Maçonaria e a Sociedade possam se tornar unidas
com ações que melhorem a vida das pessoas menos
favorecidas.
Subtrair significa se transformar na condição
inicial de um “maçom excepcional”, com dedica-
ção exemplar na prática dos ensinamentos da Arte
Real, para, pouco a pouco, se tornar nocivo, com
intenções explícitas de obtenção de “destaque”,
“candidatos a todos os cargos” e, ainda, se acharem
insubstituíveis dentro da Ordem.
Considero, SMJ, isso a uma fraqueza que de-
nomino “FANATISMO”, e, a Maçonaria combate o
fanatismo por considera-lo nocivo para o fortaleci-
mento dos nossos laços de amizade e fraternidade,
realidade esta que convivemos “infelizmente” com
irmãos fanáticos frequentando diariamente nossas
Lojas e se infiltrando em tudo que lhes possa ofere-
cer oportunidades.
Cuidemo-nos para não cairmos nessa fra-
queza, porque somos todos iguais dentro do seio
maçônico e, ninguém, mas ninguém mesmo, pode
se considerar “destaque” em nosso meio, pelo fato
de ser excessivamente assíduo.
Precisamos ser livres e de Bons Costumes
para que possamos fortalecer os laços de amizade
e fraternidade entre os povos, sem o excesso de
individualismo, e particularmente, disciplinados e
12 edição 178 • 2022
Irmão Mauricio Alves Rodrigues Pugas
BCARLS “Estrela do Leste nº 05”
Grande Oriente do Estado de Mato Grosso - Rondonópolis/MT
conscientes da necessidade de respeitar um míni-
mo de normas e regras para uma convivência sau-
dável, harmoniosa e regada com amor, respeito e
carinho entre seus pares, mesmo, que nossa reali-
dade se apresente em alguns momentos, conflitos e
divergências de opiniões em nosso seio, e, é nesse
momento, que devemos prevalecer o bom senso e
o equilíbrio nas decisões na resolução dos conflitos.
Nesse interim, destaco a responsabilidade
dos Mestres, os quais têm a obrigação de transmitir
os seus conhecimentos e suas experiências aos de-
mais Irmãos, os quais precisam ter paciência, cal-
ma, vontade para aprender e crescer em nosso seio,
porque se assim não procederem, de que adianta
constantemente afirmarmos a necessidade de “lapi-
darmos nossa Pedra Bruta”?
Meus queridos e amados Irmãos! Ser “Livre
e de Bons Costumes” não é tarefa para os fracos.
Lapidar sua Pedra Bruta e Áspera para transformá-
-la em “Pedra Cúbica”, e, posteriormente em “Pe-
dra Polida”, é trabalho para uma constante busca da
PERFEIÇÃO!
Temos que ter a consciência das nossas li-
mitações, pois cada um tem suas dificuldades e
suas potencialidades, mas ressalto que nosso cres-
cimento deve ser estritamente individual, conforme
a personalidade de cada um, e, o resultado será o
somatório no coletivo, para somente ser aplicado na
sociedade como um todo, e, digo mais, principal-
mente no seio da família maçônica.
Hoje, podemos e devemos sermos homens
diferenciados, com um potencial muito grande para
a transformação de uma sociedade igualitária, atra-
vés do amor, da paz, da justiça, da escolha cons-
ciente dos nossos governantes, e, particularmente
da fraternidade, afim de que nossa sociedade seja
mais justa, tolerante e perfeita, principalmente com
os menos favorecidos pela sorte.
Livres e de Bons Costumes? Eis a questão...
Pensemos nisto!!!
 Eventos

Grande Loja Maçônica do

Estado de Mato Grosso do Sul
• Campo Grande
Loja Guardiões da Ordem nº 70 • Loja 8 de Agosto
nº 61 • Loja CGBLS Oriente Maracaju nº 01

As Lojas, Guardiões da Ordem nº 70, Venerável

Mestre Irmão Edgar de Azevedo Pinto, Loja 8 de
Agosto nº 61 Venerável Mestre Irmão Adalberto
Alves de Souza Neto e da Loja CGBLS Oriente
Maracaju nº 01 Venerável Mestre Irmão Jairo
Garay Ribeiro de Oliveira, realizaram uma sessão
em conjunta, onde foi realizada uma excelente
palestra pelo Irmão João Leite Schimidt, que
e Obreiro da Loja da Benemérita Loja Amor
e Justiça nº 07 do Oriente de Coxim, que nos
presenteou com uma explanação dos mistérios
antigos da nossa Ordem.
Estando presente nesta sessão festiva os Delegados Irmãos; Regional Jose de Souza, da Loja Amor e Caridade nº 52,
Distrital Fernando Jose Claro Pinazo da BARLS Estrela do Apá nº 09 e Ademir Batista de Oliveira da CGBARLS
Oriente Maracaju nº 01 e Diretor da Revista Consciência

Loja Egrégora XIII n°64

No dia 05/09/2022, o Venerável Mestre da
Loja Egrégora XIII n°64 Irmão Alexandre
Garcia Tomitão, presidiu uma sessão de
Exaltação do Irmão Oswaldo Januário
Benguela Junior, e estando presente os
Irmãos Delegados do Grão-Mestre; Regional
José de Souza Filho; Distrital Emanoel
Roberto Pereira de Souza; Distrital João
Vieira de Almeida Neto, que abrilhantaram
com suas presenças esta Sessão.

www.revista .com.br 13
Maçonaria
Tronco de
beneficência
T
ronco - Do latim: truncus – menciona o cor-
po humano, com exceção da cabeça e dos
membros; o caule de árvore; o cepo com
olhais usado antigamente para os suplícios; origem
de uma família, de uma raça; parte de uma coluna,
entre a base e o capitel.
Em Maçonaria o termo “tronco” é usado para
designar as contribuições financeiras dos Obreiros
durante os trabalhos de uma Loja e destinadas às
obras assistenciais da Oficina.  Este, munido de uma bolsa, ou saco preso a
O termo “Tronco” é, portanto de origem
francesa, já que no idioma francês, a palavra tanto
pode ser tomada como tronco (do corpo humano, de
uma árvore, etc.), bem como a “caixa de esmolas”,
já que é tradicional nas igrejas francesas a existên-
cia, na sua entrada, de uma caixa para óbolos (do-
nativos), identificada simplesmente pela palavra
“tronc”.  esquerdo do seu corpo, ao mesmo tempo em que
Nesse sentido é então feito o uso do termo
em Maçonaria como uma espécie de sinônimo de
caixa de esmolas.  influenciar diretamente o ato praticado posterior-
O termo original era mesmo de o “tronco da
viúva”, já que por razões existenciais, primárias e
doutrinárias, simbolicamente a viúva é a Maçonaria
e os Maçons os seus filhos (a mãe Terra fica viúva
do Sol, durante os três meses de inverno), assim o
título em Maçonaria seria mais correto do que o atu-
al Tronco de Beneficência, ou de Solidariedade, já
que ambos exprimem redundância, pois se o mesmo
é a caixa de esmolas, evidentemente o seu produto
é destinado à beneficência, ou às obras de caridade.
Irmão Fábio BRANDÃO
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Mato Grosso do Sul
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14 edição 178 • 2022
Irmão Nilton José Fernandes Junior
B∴A∴R∴L∴S∴ Estrela do Ocidente nº 12
Oriente Brasilândia/MS
A discrição expressa pelo ato na Maçonaria
(REAA\) quando o Hospitaleiro apresenta a bolsa
segura pelas duas mãos na altura do seu quadril es-
querdo e o rosto virado para o lado oposto, origina-
-se do costume praticado na França, principalmente
entre os séculos XVI e XVII quando permanecia
junto à porta da igreja um membro da confraria re-
ligiosa, cujo título era nominado como “hospitalá-
rio”. 
tiracolo da direita para a esquerda, oferecia o reci-
piente aos fiéis que deixavam ao final a prática re-
ligiosa semanal. O ato tinha por objetivo recolher
ajuda para os pobres e necessitados. 
Nessa oportunidade o hospitalário objeti-
vando uma atitude recatada abria e oferecia aos
fiéis a bolsa, ou saco com as duas mãos pelo lado
dirigia o olhar para o sentido contrário. Essa pos-
tura (da discrição, do recato e da sobriedade) viria
mente nas Lojas Maçônicas pelo ofício do Hospi-
taleiro.
Alguns respeitáveis historiadores atribuem
o costume do “tronco” como haurido das antigas
“Guildas” que, em parte podem ser consideradas
como precursoras da Maçonaria, sobretudo com as
suas normas de socorro mútuo, fraternidade e soli-
dariedade. Nas Guildas praticava-se o costume de
se reunirem num recipiente as contribuições desti-
nadas às viúvas e aos órfãos.

Na Maçonaria o Tronco destinado à soli-
dariedade é indubitavelmente a expressão lata e o
símbolo de como se deve praticar solidariedade de
modo sigiloso e sem ostentação.  dos rituais) inspira-se na oferta da pobre viúva, cuja
Assim, o giro do Tronco é obrigatório e tem
a sua suspensão quando é terminada a coleta em
cada sessão.  É oportuno salientar que a prática da bene-
Apesar da obrigatoriedade do procedimento,
sabiamente o giro não permite que se saiba quem
deu mais, ou menos, ou quem nada pode dar. A prá-
tica individual da virtude da solidariedade é conce-
bida durante o giro com a mão direita fechada in-
troduzida no recipiente (bolsa, ou saco) logo abaixo
da abertura. Em ato seguinte o contribuinte retira a
mão completamente aberta.
Em Maçonaria, sem qualquer proselitismo
religioso, ensina-se que o Tronco se inspira na mo-
ral dos velhos princípios hebraicos e posteriormente
sublimados pelas palavras do Evangelho – “Tu, po-
rém, ao dares a esmola, ignore a tua (mão) esquerda
o que faz a tua direita” (Mateus, 6,2-3).
Maçonaria
No tocante aos recursos que cada Maçom
dispõe para a caridade, o ensinamento praticado
desde os mais remotos catecismos maçônicos (base
contribuição “Jesus” considerou mais valiosa e sig-
nificativa do que todas as outras ali depositadas.
ficência é divisa de toda a Maçonaria, independen-
te do Rito praticado ou da sua vertente originária
(francesa ou inglesa). 
Apenas o que pode se diferenciar entre Ritos
e Trabalhos maçônicos são os procedimentos ritua-
lísticos para a coleta. 
É então imperativo se compreender que se
existem Ritos, ou Trabalhos que não possuam pas-
sagens ritualísticas como o da circulação do Tronco,
isso não significa em hipótese alguma que nestes não
exista a prática da solidariedade e caridade maçônica. 
A questão é apenas de como se pratica a ca-
ridade, pois independente do modo ou artifício ela é
unânime em toda a Sublime Instituição.

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16 edição 178 • 2022


Os degraus do
templo maçônico
Nos Templos onde as Lojas trabalham sob a
égide do REAA existem DEZ degraus que expres-
sam uma hierarquia e, nós maçons, devemos procu-
rar entender o significado da sua escalada, pois, eles
nos conduzem a uma liderança e quando galgado
por irmãos não preparados levam a Loja à desar-
monia.
Por unanimidade dos autores da literatura
maçônica os degraus dos Vigilantes não têm nomes,
os demais, segundo a maioria dos autores, possuem
nomes com seus respectivos significativos.
No Ocidente
Temos um degrau na mesa do segundo vigi-
lante: e dois na do primeiro vigilante significando,
portanto, uma hierarquia existente.
No Oriente
Temos separando o Ocidente do Oriente
quatro degraus.
É o Oriente o lugar dos Mestres Instalados
que ali chegaram através de estudo, experiências e
vivência maçônica.
O primeiro o da FORÇA corresponde a todo
o Ocidente da Loja e representa o conjunto da for-
ça física e espiritual dos irmãos, em torno do Vene-
rável, e, quanto mais unidos estiverem todos, mais
forte será esse degrau.
Seguem-se os três degraus seguintes entre as
duas grades, pelos quais subimos para o Oriente.
O segundo degrau é o do TRABALHO que
corresponde simbolicamente o desbastar pedra bru-
ta, o desbastar das nossas imperfeições no nosso
caminho em busca da evolução. Significa também
trabalho de saber conduzir uma Loja mantendo
todos os obreiros em harmonia. Significa ainda o
exercício do honesto trabalho das oito horas diárias,
para garantia do sustento digno para a nossa família.
O terceiro degrau é o da CIÊNCIA, que se
consegue através do estudo. O aprendizado cons-
tante que leva à Sapiência ou à Sabedoria. É o co-
nhecimento das coisas e das causas, que libera o
www.revista
Maçonaria
Irmão Nilton José Fernandes Junior
B∴A∴R∴L∴S∴ Estrela do Ocidente nº 12 - GLMEMS
Oriente Brasilândia/MS
nosso espírito para entender a filosofia que cultiva-
mos (combate incessante a Intolerância, a Ignorân-
cia e ao Fanatismo).
É através da ciência que Deus se manifesta
onde o homem é seu instrumento.
O quarto degrau é o das VIRTUDES, que
habita o Ocidente e os quatro cantos da Loja, cuja
prática é indispensável para a subida da Escada de
Jacó, essa noção emblemática da nossa escola de
Regeneração.
Nesse momento atingimos o Oriente e para
chegarmos ao Venerável, que está por baixo do dos-
sel, necessitamos ascender mais três degraus, antes
de sentarmos na Cadeira de Salomão.
O primeiro degrau é o da PUREZA de sen-
timentos e de conduta diante do próximo, sem sub-
terfúgios, calúnias, agindo com sinceridade e trans-
parência, em todos os momentos da nossa vida. É o
agir sem preconceitos e evitar a prática do mal.
O segundo degrau é a LUZ, a nossa opção
contra as TREVAS. O caminho do bem, sempre
pronto a combater o mal. A compreensão da sua
existência sobre a Terra. A abertura da Inteligência
a um nível mais alto. A iluminação do espírito e da
consciência, o momento esperado quando vemos a
Estrela Famígera, apanágio de poucos.
O terceiro degrau é o da VERDADE, de
onde julgaremos e onde seremos julgados por to-
dos, e se passarmos sem mácula, e através de um
procedimento justo, exemplar e reto, faremos a Loja
progredir e brilhar. Neste patamar da escalada evo-
lutiva mereceremos então receber o título de Vene-
rável, aquele que deve ser honrado por sua Loja.
Concluo refletindo que o Oriente DEVE ser
constituído de destacados e virtuoses Obreiros. Se
a qualidade moral, cultural e ética das pessoas que
compõem a Loja é ruim, de que adianta o mais sá-
bio dos homens em sua presidência?
Quem faz uma Loja, quem dá luz ao espe-
táculo, quem brilha de fato, não é o venerável, o
.com.br 17
Maçonaria
Grão-Mestre, são todos os membros Unidos na ofi-
cina e abençoados pelo Criador.
Na ordem maçônica, o maçom está empe-
nhado em um processo de melhoria interminável
onde não deve ser visto o poder pelo poder, mas
pelo servir. Para obter sucesso o não servir coloca
Onze condutas
maçônicas desejáveis
1) Sirva à instituição e não à pessoas;
2) Quando for divergir, seja de idéias,
propostas e condutas, mantenha-se imparcial e
com honestidade, deixando de lado simpatias ou
antipatias pessoais;
3) Chame sempre para você a responsa-
bilidade de proteger e defender a instituição, não
esquecendo que os nossos maiores inimigos, in-
felizmente, vestem avental;
4) Não se venda por medalhas, títulos,
cargos, alfaias e elogios;
5) _Quando for indicar um candidato,
não seja um corretor de avental, que seja uma
pessoa que se amanhã for à bancarrota e você
tiver necessidade de levá-la para dentro de tua
casa, ela não ocasione problemas à tua família;
6) Seja parceiro fiel e leal da verdade e da
justiça, assumindo a inteira responsabilidade do
que falar, escrever ou fazer;
7) Nunca se esqueça que os exemplos fa-
lam mais do que palavras e que os Aprendizes,
Companheiros e Mestres mais novos precisam
de referências;
8) Não seja Maçom oportunista ou incon-
seqüente, pois baixaria, truculência e contestação
18 edição 178 • 2022
em xeque o que os degraus nos orientam, e quanto
mais nós subirmos na hierarquia da Loja, mais se
empenhados deveremos ser em servir e isto nos pro-
porcionará verdadeiro e natural poder e Capacidade
de refletir a sabedoria gerada nos demais Quadran-
tes do Templo.
infundada e mentirosa não são compatíveis com
as nossas virtudes e princípios, maculando os
Templos Maçônicos;
9) Não olhe para um Irmão como se fosse
seu superior hierárquico, porém respeite as auto-
ridades maçônicas legalmente constituídas, bem
como, se for necessário, exija delas, usando os
caminhos e meios legais maçônicos, que desem-
penhem os seus cargos com dignidade, probida-
de, humildade e competência, pois não estarão
fazendo mais do que sua obrigação;
10) Seja um Obreiro útil, humilde, dedi-
cado, competente, de atitude e instruído nos au-
gustos mistérios da Arte Real, pois, caso contrá-
rio, poderá ser manipulado e inconscientemente
prestar serviços para aqueles pseudo maçons
que representam a antimaçonaria.
11) Mas nunca se esqueça que vc faz
parte integrante da Instituição e é no conjunto
de Irmãos que a Maçonaria vive e pulsa e só
poderá alcançar seus altivos interesses quando
todos de mãos dadas seremos um só corpo pen-
sante.
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Clínica e Organizacional
 Eventos

Grande Loja Maçônica do

Estado de Mato Grosso do Sul
• Campo Grande
Grã-Benemérita A.R.L.S. Centenária Oriente Maracaju nº 1

Sessão Magna de Iniciação

O Venerável Mestre da Centenária Grã-Benemérita ARLS Oriente Maracaju n° 1, Irmão Jairo Garay Ribeiro de
Oliveira, realizou uma Sessão Magna de Iniciação dos seguintes candidatos: Assahd Milam Neto, Brucy Willian
Bertoli, Fabio Farias Campara, Julio Cesar de Souza e Luciano Rogério Franco dos Santos. 
A Sessão foi abrilhantada com as presenças do Delegado Geral Irmão Ruy Cesar Barbosa
e do Delegado Distrital Irmão Ademir Batista de Oliveira e de vários outros representantes
de Lojas e de Irmãos, que compareceram para prestigiar a brilhante sessão.
Texto colhido no site da GLMEMS

• Aquidauana
Loja Simbólica Marechal Deodoro da Fonseca nº 2

No dia 27/8/2022, foi realizado uma Sessão Magna alusiva aos 81º de fundação da Grã-
Benemérita Augusta e Respeitável Loja Simbólica Marechal Deodoro da Fonseca nº 2, do
Oriente de Aquidauana/MS, estando presente e presidindo esta Sessão o Grão-Mestre Irmão
Ademar de Souza Freitas, que transferiu os trabalhos desta sessão e que foi conduzida
com brilhantismo pelo Venerável Mestre Irmão Roney Bento Alves Ribeiro.
Estando presente os Irmãos do Grão-Mestre Adjunto Heron dos Santos Filho, do 1º Grande
Vigilante Alexandre Demamann, do ex-Grão-Mestre Adjunto Heron dos Santos, de
vários Delegado Regionais e Distritais Irmãos; Osvaldo Maeda, Sergio Silva de Souza,
Joaquim Passos da Costa, Milton Carlos de Melo, Ademir Batista de Oliveira, e vários
representantes da Diretoria da Grande Loja e de Lojas das Potencias e região.

www.revista .com.br 19

Liberdade, igualdade
e fraternidade*
M
uitos maçons brasileiros com certeza di-
rão que “Liberdade, Igualdade e Frater-
nidade é o lema da Maçonaria.
Porém, a resposta não é tão simples assim.
A origem desse lema é política, surgindo
na Revolução Francesa e pegado emprestado pela
Maçonaria daquele país, que tratou de adotá-lo e
divulgá-lo.
A Maçonaria Brasileira, tão dependente da
francesa, tratou de incorporá-lo e, desconhecendo
a história da Revolução Francesa, fez o favor de
popularizar entre seus membros uma inversão his-
tórica dos papéis.
Na mente de muitos maçons brasileiros,
foi a Revolução Francesa que pegou emprestado o
lema da Maçonaria.
Já a Maçonaria de qualquer lugar que não
seja descendente ou não tenha sido influenciada
historicamente pela Maçonaria Francesa simples-
mente desconhece “Liberdade, Igualdade, Fraterni-
dade” como lema maçônico.
*Para o restante do universo maçônico, algo
em torno de ¾ da Maçonaria mundial, a Sublime
Ordem possui outro lema:*
*“Fraternidade, Alívio e Verdade”.*
Essa é a divisa original da Maçonaria, muito
www.revista
Maçonaria
Irmão Kennyo Ismail
bem explorada pela Maçonaria britânica e norte-
-americana de forma simbólica, ritualística e filo-
sófica.
A Fraternidade, ou Amor Fraternal, é de-
monstrado pelo tratamento tolerante, respeitoso e
igualitário do maçom para com os demais maçons
e que também alcança a sociedade;
_o Alívio, ou Socorro, é o objetivo de cada
atitude caridosa do maçom aos irmãos, seus fami-
liares e a toda a humanidade;
_ a Verdade é compromisso de cada maçom,
que além de observá-la deve sempre buscá-la.
Alguns estudiosos procuram relacionar tais
grandes princípios com as virtudes teologais: Fé,
Esperança e Caridade.
A Verdade estaria ligada à Fé, pois Deus é
a Verdade;
_o Alívio seria a demonstração de Caridade;
_e a Fraternidade representaria a Esperan-
ça de um dia todos os homens se tratarem como
irmãos.
E assim como *a Maçonaria brasileira cos-
tuma destacar a divisa republicana francesa de
“Liberdade, Igualdade, Fraternidade”* em seus di-
plomas, estandartes e adesivos, é bastante comum
encontrar a divisa maçônica “Fraternidade, Alívio
e Verdade” *(Brotherly Love, Relief, Truth)* em
brasões, anéis, placas e souvenires maçônicos pe-
los países de língua inglesa.
Não se espera que a Maçonaria brasileira re-
negue o lema de costume, já tão enraizado na cultu-
ra maçônica local.
Mas que, pelo menos, essa questão sirva
como mais um exemplo de como, com o passar dos
anos, a Maçonaria Universal tem sofrido fortes in-
fluências externas regionais, diferenciando-se em
cada país, tornando-se “Maçonarias”.
Independente de ser algo bom ou ruim trata-
-se de um fenômeno que deve ser reconhecido e
observado de perto.
.com.br 21
Maçonaria

Generosidade
maçônica Ricardo Henrique de Araujo Imamura 

U
m dos mais salutares efeitos da ação prá- em nível corporal como em nível mental. 
tica da Filosofia Maçônica do conjunto  O terceiro sentido de virtude diz respeito
de Princípios Maçônicos sobre o compor- ao comportamento moral resultante do exercí-
tamento do homem, é a Generosidade Maçônica. cio do livre arbítrio e, portanto, diz respeito exclu-
Trata-se de um estado de espírito, mas talvez a de- sivamente ao homem. É exatamente desse  com-
finamos melhor se dissermos que é urna virtude. E portamento moral que falaremos daqui por diante.
o que é virtude?  Para que um determinado comportamen-
  Nicola Abbagano assim a define, em ter- to moral possa ser considerado uma virtude não
mos filosóficos:  é  suficiente a prática de atos morais esporádicos
 O termo (virtude) designa uma capacidade ou isolados. É necessário antes de tudo haver uma
qualquer ou excelência, seja qual for a coisa ou o continuidade, um hábito, um estado de espírito
ser a que pertença. Os seus significados específi- sempre ativo e presente na consciência, a cada dia
cos podem ser reduzidos a três:  e a cada momento. 
1 – Capacidade ou potência em geral;   Postas essas considerações iniciais pode-
2 – Capacidade ou potência própria do ho- mos dizer que, sendo a generosidade uma virtu-
mem;  de, ela é um estado de espírito de ser bom em um
3 – Capacidade de natureza moral, própria sentido geral, não só em determinadas ocasiões ou
do homem. apenas em determinados ambientes. 
 O primeiro desses significados se refere às Ser generoso, por exemplo, não é ser com-
qualidades materiais ou físicas de qualquer ser, in- preensivo e amável para com os seus familiares
clusive do homem. São as virtudes da água, do ar, no recesso do seu lar e ser duro e inflexível com
os subalternos no seu trabalho. Ser generoso é
ou como as virtudes naturais dos seres vivos de
ser bom e compreensivo com a família, é lembrar-
respirar, reproduzir-se, ou do homem raciocinar,
-se dela o dia inteiro e levar a mesma generosi-
de ser bípedes etc. esse significado se refere a qua-
dade aos colaboradores fora do lar. Ser generoso
lidades não adquiridas mas próprias da natureza
não é ser bom e fraterno no interior de nossas lojas
de cada ser, tanto em razão de sua composição
e nos encontros sociais e esquecer-se da condição
química como em razão de sua estrutura orgânica
de maçom no dia-a-dia. A generosidade não é feita
ou de sua evolução natural. São as qualidades e as
de impulsos ou a prestações. Sendo um estado de
capacidades naturais que os seres em geral mani-
espírito, ela deve estar presente em nosso espíri-
festam, desde os átomos até os seres organizados to em tempo integral. A verdadeira generosidade
superiores.  deve ser parte integrante tanto do nosso conscien-
 O segundo significado diz respeito às ha- te quanto do nosso inconsciente. É algo que deve
bilidades próprias do ser humano, como tocar transcender o nosso dia-a-dia. 
um instrumento musical, sabe usar um machado,
saber escrever, pintar, ler, raciocinar logicamen-
te  etc. São na verdade destrezas, habilidades ou
capacidades de execução de alguma atividade, ad- Bibliografia
Generosidade Maçônica - Ambrósio Peters 
quiridas através de exercícios e experiências, tanto 13/09/2003

22 edição 178 • 2022

 Eventos

Grande Loja Maçônica do

Estado de Mato Grosso do Sul
• Jardim
Loja Retirada da Laguna nº 37
1º Encontro da Família Maçônica do Sudoeste
23/08/2022

No dia 20 de agosto, dia do Maçom brasileiro, houve

uma grande celebração no Oriente de Jardim, foi realizado
o 1º Encontro da Família Maçônica do Sudoeste, sediado no
Templo da ARLS Retirada da Laguna n° 37 presidido pelo
Venerável Mestre Irmão Josemar Bússola Pinheiro, evento
pensado pelas Lojas da 7° Região em conjuntos com as Lojas
do GOB/MS e demais potências regulares.
Foram realizadas palestras voltadas para irmãos e
cunhadas, conseguindo assim alcançar o grande objetivo
de fomentar o conhecimento e união entre toda a família
Maçônica do Sudoeste.
O evento foi abrilhantado com a participação dos
palestrantes: Grão Mestre Ad Vitam Irmão Heitor Freire e
pelo Irmão Wellington Santussi da ARLS Acácia de Eldorado,
ainda em Loja foram entregues seis títulos de Maçom
Emérito aos diletos Irmãos Hélio Loureiro Batillani, Herom
dos Santos Filho, Paulo Bózolli, Rafael Siviero, Waldomiro
Doretto e Zilson dos Santos, após o término das atividades
formais, os participantes foram conduzidos ao Sindicato
Rural de Jardim aonde houve um almoço acompanhado de
música ao vivo que se estendeau até o final do dia fechando
o evento com um "arroz carreteiro " prestigiando a culinária
regional.
Ficou claro em cada semblante de contentamento que o
evento sai fortalecido para outras edições
Texto: Irmão Sérgio Silva de Souza

www.revista .com.br 23
Maçonaria
A maçonaria
do futuro
Cum Panis Maçônico
Compartilhando o Rito de York americano
T
enho lido e ouvido recorrentes comentários
a respeito da Maçonaria ser uma instituição
que vive das glórias do passado.
De fato, a maioria dos trabalhos escritos e
apresentações que temos lido e presenciado a res-
peito da Ordem giram sempre em torno de ques-
tões ritualísticas, simbologia, filosofia e história.
Inobstante estes sejam temas fantásticos,
temos a sensação de que carecemos de mais traba-
lhos visionários, que desloquem o nosso ponto de
vista ao horizonte para onde se dirige nosso futuro.
Para inspirar nossa reflexão sobre o tema,
vejamos a seguinte citação:
Nos últimos séculos, os maçons foram os
líderes dos movimentos de libertação contra o co-
lonialismo no século XIX. Foram os líderes con-
tra a intolerância religiosa e o controle clerical
em muitos países ao longo do século XX. Lutou
contra os males da escravidão e do colonialismo.
Com a separação da igreja do estado, levantamos
bandeiras a favor de muitas coisas que hoje acre-
ditamos sejam parte integrante de uma nação ilu-
minada.
Foi o que fizemos? Vamos nós, os maçons
do mundo de hoje, descansar sobre nossos lau-
réis, regozijar-se repetidas vezes com as glórias
do passado? Quantos homens como Washington,
Bolívar, Marti e Garibaldi lutaram pela liberdade
dos seus países? Somos uma geração de folgazões,
de homens com os olhos no passado, ou estamos
olhando para a frente na direção do nosso futuro,
rivalizando-se com os nossos predecessores, mas
de outra forma, apropriada para o mundo no qual
vivemos agora?(Leon Zeldis, da Grande Loja do
Estado de Israel. Tradução Livre de Ranvier Feito-
sa Aragão, do GOCE).
É como se estivéssemos indo em frente,
24 edição 178 • 2022
Irmão Izautonio da Silva Machado Junior
Loja Vale do Jamari nº 38 - GLOMARON
mas sempre com um viés saudosista, um olhar
constante no retrovisor...
A média de idade dos maçons brasileiros
gira em torno de sessenta anos. Se os jovens ma-
çons de hoje não fizerem nada, em menos de trinta
anos, o que será da Maçonaria brasileira?
Para que tenhamos uma ideia do que deve
ser feito, vamos entender melhor o que é a Maço-
naria em si. Para isso, vamos buscar um conceito
filosófico:
Maçonaria, em seu sentido mais amplo e
abrangente, é um sistema de moralidade e ética so-
cial, e uma filosofia de vida, de caráter simples e
fundamental, incorporando um humanitarismo am-
plo e, embora tratando a vida como uma experiên-
cia prática, subordina o material ao espiritual; é
moral, mas não farisaica; exige sanidade em vez de
santidade; é tolerante, mas não indiferente; busca a
verdade, mas não define a verdade; incentiva seus
adeptos a pensar, mas não diz a eles o que pensar;
que despreza a ignorância, mas não reprova o ig-
norante; que promove a educação, mas não propõe
nenhum currículo; ela abraça a liberdade política
e de dignidade do homem, mas não tem plataforma
ou propaganda; acredita na nobreza e utilidade da
vida; é modesta e não militante; que é moderada,
universal, e liberal quanto a permitir que cada in-
divíduo forme e expresse sua própria opinião, mes-
mo sobre o que a Maçonaria é, ou deveria ser, e
convida -o a melhorá-la, se puder. (Coil’s Masonic
Encyclopedia, COIL; BROWN, 1961, p. 159).
Do conceito, podemos extrair diversas li-
ções, entretanto vamos nos ater à parte final, onde
diz que a maçonaria nos convida a melhorá-la, se
pudermos.
Mas como podemos melhorar algo que de
maneira geral julgamos ser perfeita?

Estamos a falar de uma instituição humana,
criada por homens, embora seja, sem sombra de
dúvida, inspirada e protegida pelo G\ A.\ D\ U\.
No sentido espiritual, podemos concordar
que se trate de uma instituição sublime e perfeita.
Portanto, o que podemos melhorar são os aspectos
materiais da entidade, os elementos organizacio-
nais, administrativos, institucionais e tudo o mais
que se relacione à parte mecânica, operativa da
instituição.
A Maçonaria de nossos ancestrais realizou
grandes coisas, todos sabemos. Considera-se que a
Maçonaria tenha sido uma das primeiras institui-
ções democráticas da história. Afinal, em pleno sé-
culo XVIII, as lojas elegiam seus Veneráveis para
mandatos com prazo determinado, fato exótico na-
queles tempos em que prevaleciam as monarquias
e a permanência vitalícia dos líderes no poder era
considerado normal.
Mas e hoje? O que temos feito de útil para
a sociedade contemporânea?
Dizer que nada fazemos seria uma injusti-
ça. Afinal, A Maçonaria é responsável pela Ordem
Demolay, uma escola de líderes para garotos que
vem forjando grandes homens para o futuro. Te-
mos as Filhas de Jó, para a educação moral das
meninas. Temos o Shriners Club, uma das maiores
instituições filantrópicas do mundo, entre tantas
outras instituições paramaçônicas, além do próprio
auxílio que a Ordem presta a inúmeras instituições
beneficentes.
Mas... ainda assim nos ressentimos da ne-
cessidade de agir, enquanto instituição, de forma
mais efetiva na edificação de uma sociedade mais
justa, perfeita e feliz. Nesse sentido, colacionamos
uma mordaz crítica a respeito do tema:
Nos dias de hoje, existem pessoas e mui-
tas delas bastante esclarecidas que acreditam que
a Maçonaria é anacrônica e que se transformou,
simplesmente, em uma associação filantrópica e
em um cenáculo, onde os homens se entregam a
especulações metafísicas e etéreas, destituídas de
caráter prático. No caso particular do Brasil, mui-
tos dos próprios Maçons são os responsáveis por
essa maneira de pensar do grande público, pelo
fato deles mesmos terem essa opinião sobre as
finalidades da Instituição maçônica, crendo que,
mantendo ou auxiliando asilos e creches, dando
www.revista
Maçonaria
algum dinheiro aos necessitados e discutindo o
sexo dos anjos, em intermináveis elóquios místi-
cos, já cumpriram as suas obrigações maçônicas
perante a Sociedade. (José Castelani; Ação Secre-
ta da Maçonaria na Política Mundial)
Atualmente, têm se falado em Maçonaria
Executiva. Segundo os seus teóricos, a institui-
ção teve um primeiro estágio, que ficou conhecido
como Maçonaria Operativa. Era a época em que a
Ordem era formada predominantemente de obrei-
ros que trabalhavam nas Corporações de Ofício
da Idade Média e Moderna. Seguiu-se ao estágio
da Maçonaria Especulativa, onde a partir do sé-
culo XVIII prevaleceu a presença de Maçons não
operativos, período em que se fundaram as bases
do que é a Maçonaria tal como é praticada atual-
mente. A Maçonaria Executiva vem a ser a terceira
fase da Maçonaria, onde ela está se transformando
em uma instituição adaptada aos tempos atuais e
futuros, com uma visão de atuação institucional
contemporânea.
Como resposta aos anseios dessa partici-
pação mais efetiva da maçonaria na sociedade, a
Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia, no
dia 24/06/2017, aprovou um novo texto constitu-
cional, baseado nessa perspectiva de atuação ins-
titucional com os olhos voltados para o horizonte
do futuro.
A esse respeito, merece destaque o seguinte
trecho da nova Carta Magna daquela Potência:
Art. 6º: A GLOMARON proclama a formal
aceitação dos seguintes princípios:
(...)
VI – Promover a ética, a virtude, a paz, a
cidadania, os direitos humanos, a democracia e
outros valores universais, inclusive o combate à
corrupção e à improbidade;
VII – engendrar a defesa do meio ambiente,
dos direitos do consumidor, da ordem econômica,
da livre concorrência, dos patrimônios artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico, do pa-
trimônio público e social, além de outros interes-
ses difusos ou coletivos, como forma de atuação
dinâmica na edificação de uma sociedade mais
justa, perfeita e feliz.
Parágrafo único. Para a defesa e conse-
cução desses princípios, a GLOMARON poderá,
através de ato do Grão-Mestre, na forma de seu
.com.br 25
Maçonaria
Regulamento Geral e em conformidade com a le-
gislação pátria, promover ação civil pública pe-
rante o órgão judicial competente.
Ficou estabelecido, doravante, que aquela
Grande Loja poderá agir na defesa de direitos difu-
sos e coletivos, por intermédio do instituto da ação
civil pública.
Se trata de um grande passo, que ao lado
de outras medidas que certamente haverá de ser
adotadas gradativamente, estarão colocando a Po-
tência nos trilhos de uma atuação mais concreta na
construção de uma sociedade melhor.
Não obstante, muito ainda precisa ser pen-
sado e realizado para que a Maçonaria se torne me-
lhor no futuro.
Que cada loja maçônica possa ser o cadi-
nho gerador de novas ideias, e que cada obreiro
possa trazer à luz o fruto de suas reflexões acerca
deste valioso tema.
Pensemos em como a Maçonaria pode co-
laborar mais ainda para a cidade em que vivemos.
Sejamos a ponta de lança de um movimento que
se inicia.
Conscientes de que um novo ciclo demora
até que uma nova fase seja implantada, pensemos
desde já na Maçonaria que queremos para o Futuro.
A Maçonaria está destinada a refazer o
mundo e a tarefa não é superior às suas forças,
contanto que ela se torne o que deve ser. (Oswald
Wirth).

Ato de fé Irmão Armando Righetto

IOD - Nov./ Dez. 2006 n° 87
Ano XIV – São Paulo/SP

Queridos Irmãos, alavancas de amor e remover as pedras dos caminhos.

Queridos amigos, arraias coloridas a enfeitar o azul do céu.
Meus caro,
Nascemos para uma existência real num mundo de sonhos.
Nascemos para construir num mundo de luz.
A nossa jornada, por isso, é longa e tranqüila.
Apreciamos as flores, mas compreendemos os espinhos.
Nas trevas da vida, acendemos a candeia.
Nos murmúrios dos bosques. Ouvimos a música.
Nas figuras das nuvens, temos inspiração.
Na amizade do próximo, encontramos alento.
A você, meus Amigos-Irmãos, rosas azuis no jardim da esperança o nosso ato de fé.
Deus está na flor que explode em pétalas e perfumes; está na plumagem dos pássaros que
chilreiam e saltitam nos galhos secos que, como dedos ressequidos, agarram o nada em desespero;
no remanso das águas cristalinas e fragor das ondas que rebentam em fúria; no riso lindo da crian-
ça e na lagrima da mãe que chora pelo filho; no curvar cansado do trabalhador e no suor do negro
que é gente como nós.
Deus está em mim, em você, no céu, na terra, em toda parte. DEUS ESTÁ NO AMOR!
Avante, meus caros, a jornada é serena e quando nada mais pudermos construir, o bem e o
belo que fizemos, sem nós seguirão o seu caminho.
(Marie Noel)

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