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CELIBATO E MONOGAMIA
Rosi e Márcio
699. O celibato não é para algumas pessoas um sacrifício com a finalidade de se devotar
mais inteiramente ao serviço da Humanidade?
Isso é bem diferente. Eu disse: por EGOÍSMO. Todo sacrifício pessoal é meritório quando é
para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito.
Comentário de Kardec: Deus não pode se contradizer nem achar mau o que fez. Não pode
haver mérito na violação de Sua lei. Mas se o celibato, por si mesmo, não é meritório, não
ocorre o mesmo quando é pela renúncia às alegrias da família, um sacrifício decidido em favor
da humanidade. Todo sacrifício pessoal para o bem e sem o disfarce do egoísmo eleva o
homem acima de sua condição material”. (O Livro dos Espíritos – Cap. IV - Lei de Reprodução)
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“Vida monástica, por si só, não é sinônimo de evolução espiritual. Podemos passar
uma vida toda com disciplinas rígidas e não aproveitá-las para o aprimoramento dos
sentimentos”. (Sexo e Evolução - Walter Barcelos)
“As criaturas com vida celibatária na Terra muito dificilmente são compreendidas e
normalmente sofrem críticas e acusações, por parte de familiares e amigos, de
possuírem indiferença, frieza, preguiça, irresponsabilidade ou de serem afeitos à vida
fácil, porque não se casaram, fugindo das obrigações sagradas do matrimônio. São
acusações que não retratam a realidade espiritual destas criaturas, na maioria dos
casos”. (Sexo e Evolução - Walter Barcelos)
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“O Evangelho nos fala dos “eunucos que se castraram a si mesmos por causa do
Reino dos Céus”. Os eunucos serão, em nosso entendimento, aqueles que, com
abstinência sexual e vida celibatária, entregaram a vida a benefício da Humanidade
ou de si mesmos, em duas situações: 1º) a dos Espíritos Superiores que vêm com
missão definida em atividades religiosas para impulsionar as criaturas humanas ao
progresso espiritual e que aceitaram voluntariamente, vivendo num clima de amor,
renúncia e humildade a bem dos semelhantes; 2º) a daqueles Espíritos que se
encontram com necessidades expiatórias e aceitaram involuntariamente ou seja, sem
a aprovação de um desejo íntimo. Trazem ainda muitos problemas morais por
resolverem, através de um trabalho árduo e penoso de reeducação dos sentimentos,
em busca do Amor Universal.” (Sexo e Evolução - Walter Barcelos)
“Otávio, em o livro de André Luiz “Os Mensageiros”, Capítulo 6, intitulado: A queda de Otávio. Fizemos
o resumo deste capítulo, em que buscamos destacar a mudança de destino da vida celibatária para o
de casamento. Otávio precisava experimentar a vida de celibato, porque o seu caso particular assim o
exigia. Como missão particular, deveria receber, com a vida de solteiro, seis crianças órfãs, seus
credores de vidas passadas, a fim de ampará-las e educá-las. Aos dezenove anos, sofrendo problemas
mediúnicos, interpretados como alucinações, vai ao médico, o qual lhe aconselha experiências sexuais.
De imediato, entrega-se aos abusos sexuais. Aos vinte anos de idade, quando foi chamado à tutela das
seis crianças, fugiu ao compromisso assumido, tomado de horror. Em virtude de uma ação menos
digna com uma jovem, foi obrigado a casar-se, precipitadamente, o que não estava no seu programa
de vida. A mulher a quem se ligara somente por apetites do instinto sexual era criatura muito inferior
aos seus recursos espirituais. Otávio não foi feliz no casamento, pois sofreu muito com a esposa, que
não se dedicava a nenhum valor espiritual. Teve um filho de triste condição espiritual, o qual,
juntamente com a sua esposa, atormentou sua vida a tal ponto, que, sem os recursos inestimáveis da
fé viva, desalentado e infeliz, veio a desencarnar aos quarenta anos de idade, roído pela sífilis, pelo
álcool e pelos desgostos. Perdeu todas as oportunidades para o resgate, aperfeiçoamento e
libertação”. (Sexo e Evolução - Walter Barcelos)
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“701. Qual das duas, a poligamia ou a monogamia, é mais conforme à lei da Natureza?
A poligamia é uma lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento,
conforme os desígnios de Deus, deve estar fundado na afeição dos seres que se unem.
Com a poligamia não há afeição real: há apenas sensualidade.”
Comentário de Kardec: Se a poligamia estivesse de acordo com à lei natural, deveria ser
universal, o que seria materialmente impossível por causa da igualdade numérica dos
sexos. A poligamia deve ser considerada como um uso particular ou uma legislação
especial, apropriada a alguns costumes, e que o aperfeiçoamento social faz pouco a
pouco desaparecer”. (O Livro dos Espíritos – Cap. IV - Lei de Reprodução)
A transição ocorre nas relações afetivas e sexuais humanas de forma lenta conforme
relato de Francisco C. Xavier no Livro Evolução em dois Mundos “[...] à medida que se nos
dilata o afastamento da animalidade quase absoluta, para a integração com a
Humanidade, o amor assume dimensões mais elevadas, tanto para os que se verticalizam
na virtude como para os que se horizontalizam na inteligência”.
MONOGAMIA
“[...] é o clima espontâneo do ser humano, de vez que dentro dela realiza, naturalmente,
com a alma eleita de suas aspirações a união ideal do raciocínio e do sentimento, com a
perfeita associação dos recursos ativos e passivos, na constituição do binário de forças,
capaz de criar não apenas formas físicas, para a encarnação de outras almas na Terra.”
( Francisco C. Xavier - Evolução em dois Mundos)
“Tais considerações nos impelem a concluir que a vida sexual de cada criatura
é terreno sagrado para ela própria, e que, por isso mesmo, abstenção, ligação
afetiva, constituição de família, vida celibatária, divórcio e outras ocorrências,
no campo do amor, são problemas pertinentes à responsabilidade de cada
um, erigindo-se, por essa razão, em assuntos, não de corpo para corpo, mas
de coração para coração.”
(Vida e Sexo – Francisco C. Xavier)