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COMPLEMENTAR
PROF. DIEGO MONTEIRO CHERULLI
Fatima Regina Franco Lima - 43226663704
LEGISLAÇÃO
• Constituição Federal: Art. 40, §§ 14, 15 e 16 – servidores - e Art. 202;
• (...)
SEGURIDADE
SOCIAL
PREVIDÊNCIA ASSISTÊNCIA
SAÚDE
SOCIAL SOCIAL
Entidades Fechadas
Entidades Abertas
Previdência Complementar
Previdência (CNPC / Previc – MPS)
Complementar
De caráter optativo, é
administrado por fundos de Regime de capitalização de
COMPLEMENTAR pensão abertos ou fechados
– fiscalizado pelo ME -
Benefício Definido ou
Contribuição Definida
Previc.
• Podem ser:
➢ Abertos: qualquer pessoa poderá se vincular, mediante contribuição;
• § 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o
pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
• § 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios
das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios
concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
• § 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na
qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
• § 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas
privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando
patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 20, de 1998)
• Complementariedade;
• Autonomia;
• Facultatividade;
• Contratualidade;
• Constituição de reservas para garantir benefícios;
• Participação e Transparência na gestão;
• Desvinculação e autonomia em relação ao contrato de trabalho.
• A ideia é a complementação de renda, em especial àqueles que desejem obter rendimento maior que o teto do INSS;
Art. 25.
I. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde, bem-estar, inclusive
alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso
de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias
fora de seu controle.
• A Previdência Social deve garantir o existencial para o Bem-Estar. A complementar, uma renda extra.
• Ainda é comum haver semelhança com o RGPS nas Entidade Fechadas de Previdência
Complementar;
• Manifestação da autonomia das vontades privadas – nítida característica das relações de direito
privado.
• Livre vontade associativa: pode associar-se ou desassociar-se livremente. Assim entendeu o STF:
• “A faculdade que tem os interessados de aderirem a plano de previdência privada decorre de norma
inserida no próprio texto constitucional [art. 202 da CB/1988]. Da não obrigatoriedade de adesão ao
sistema de previdência privada decorre a possibilidade de os filiados desvincularem-se dos regimes
de previdência complementar a que aderirem, especialmente porque a liberdade de associação
comporta, em sua dimensão negativa, o direito de desfiliação, conforme já reconhecido pelo
Supremo em outros julgados. Precedentes”. RE 482.207 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 12-5-2009, 2ª T,
DJE de 29-5-2009; RE 772.765 AgR, rel. min. Rosa Weber, j. 24-1-2013, 1ª T, DJE de 5-9-2014; RE
539.074 AgR, rel. min. Teori Zavascki, j. 18-8-2016, 2ª T, DJE de 6-9-2016
• Como visto, a relação estabelecida é de natureza privada, regulada por contrato (aberta) ou
Estatuto/regulamento (fechada).
• A discussão que resta no judiciário é sobre o regulamento que disporá sobre a apuração da
RMI do benefício: será aquele da contratação ou da aposentação?
Art. 17. As alterações processadas nos regulamentos dos planos aplicam-se a todos
os participantes das entidades fechadas, a partir de sua aprovação pelo órgão
regulador e fiscalizador, observado o direito acumulado de cada participante.
Parágrafo único. Ao participante que tenha cumprido os requisitos para obtenção dos
benefícios previstos no plano é assegurada a aplicação das disposições
regulamentares vigentes na data em que se tornou elegível a um benefício de
aposentadoria.
• Devem ser instituídos através do sistema de capitalização (Art. 18, §1°, da LC 109/2001), sendo de obrigatoriedade da entidade o
investimento dos valores com a finalidade de formar um patrimônio, que se chamarão Recursos Garantidores, os quais servirão para pagar
os benefícios.
• A aplicação das reservas matemáticas dos Planos de Previdência devem observar critérios pré-estabelecidos pelo Conselho Monetário
Nacional, nesse sentido foi editada a Resolução CMN nº 3792, de 24 de setembro 2009, que estabelece as diretrizes para aplicação dos
recursos garantidores dos planos administrados pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar e a Resolução CMN nº 4.444, de
13 de novembro de 2015, que enuncia as normas que disciplinam a aplicação dos recursos das reservas técnicas, das provisões e dos
fundos das Entidades Abertas de Previdência Complementar.
• Por fim, a obrigatoriedade de constituição de reservas também importa à questão de que o participante somente terá direito a perceber
os benefícios devidamente capitalizados, não sendo devido por entidade de previdência o pagamento de benefícios sem que tivesse
ocorrido o seu respectivo custeio.
Art. 202, § 1°, da C.F. A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de
planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas
à gestão de seus respectivos planos.
•Da mesma forma, a LC 109/2001 estabelece, em seu art. 3°, que a ação do Estado será exercida com o
objetivo de:
•A LC 109/2001 estabelece, em seu art. 24, que as EFPC deverão disponibilizar as informações
pertinentes ao plano, no mínimo, anualmente.
Art. 24. A divulgação aos participantes, inclusive aos assistidos, das informações pertinentes aos
planos de benefícios dar-se-á ao menos uma vez ao ano, na forma, nos prazos e pelos meios
estabelecidos pelo órgão regulador e fiscalizador.
• Uma associação poderá, desde que autorizada, criar plano de benefícios de previdência
complementar.
• Obs: os benefícios devem ser uniformes e iguais a todos os associados, sejam eles
administradores, diretores, gerentes, conselheiros, etc.
CONSELHO
DELIBERATIVO
CONSELHO
DIRETORIA
FISCAL
1) As regras de contribuição;
2) Os benefícios oferecidos;
3) As condições de acesso aos benefícios.
• Para propiciar o benefício acordado, o plano recolhe contribuições que podem variar no curso do
tempo.
• Principais características:
• Mutualismo: avaliação dos riscos em função da coletividade, gerando solidariedade entre os
participantes;
• Conta coletiva;
• Incógnita quanto à contribuição necessária;
• Benefícios independem das variações das reservas;
• "Superávits" ou "déficits" do plano são de responsabilidade coletiva
• Como o benefício não é definido, as contribuições não necessariamente precisam ser revistas. O valor do benefício,
portanto, será proporcional ao saldo existente na data de concessão.
• Podem também oferecer para os casos de benefícios de riscos (aqueles não previsíveis como
morte, invalidez, doença ou reclusão) um benefício definido.
• Art. 16, §1°, da LCP 109/2001: ..., são equiparáveis aos empregados e associados a que se
refere o caput os gerentes, diretores, conselheiros ocupantes de cargo eletivo e outros
dirigentes de patrocinadores e instituidores.
• Esta regra não se aplica aos planos em extinção! (§3°)
✓ Benefício até o teto do RGPS para quem ingressou no serviço público após 04/02/2013 (art. 3º da Lei 12.618/2012);
• Curiosidade:
• A Fundação FUNPRESP foi instituída pela Lei 12.618 de 30/04/2012, mas começou a operar efetivamente com a
aprovação do Plano Executivo Federal (ExecPrev) pela Previc em 04/02/2013.
ASSEMBLEIA GERAL
CONSELHO
CONSELHO FISCAL
ADMINISTRATIVO
DIRETORIA
• Planos que garantam aos participantes, durante o período de diferimento, por meio da
contratação de índice de preços, apenas a atualização de valores e a reversão, parcial ou
total, de resultados financeiros.
• Planos que, mediante contribuição única, garantam o pagamento do benefício sob a forma
de renda imediata.
• Não se enquadra como plano de previdência, embora seja comumente ofertado por bancos e seguradoras
como tal, sendo, na realidade, seguro de vida que tem por objetivo pagar indenização ao segurado em função
de sua sobrevivência ao período de diferimento contratado.
I - VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre, para designar planos que, durante o período de diferimento,
tenham a remuneração da provisão matemática de benefícios a conceder baseada na rentabilidade da(s)
carteira(s) de investimentos de FIE(s), no(s) qual(is) esteja(m) aplicada(s) a totalidade dos respectivos
recursos, sem garantia de remuneração mínima e de atualização de valores e sempre estruturados na
modalidade de contribuição variável; ...
• Existem várias outras formas de seguro previdenciário, que são um risco enorme!
http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/planos-e-produtos/previdencia-
complementar-aberta
• Com vistas a proteção do patrimônio formado pelo participante, a LCP109/2001 estabelece que os planos das entidades fechadas devem conter:
Art. 14. Os planos de benefícios deverão prever os seguintes institutos, observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e
fiscalizador:
I - benefício proporcional diferido, em razão da cessação do vínculo empregatício com o patrocinador ou associativo com o instituidor antes
da aquisição do direito ao benefício pleno, a ser concedido quando cumpridos os requisitos de elegibilidade;
III - resgate da totalidade das contribuições vertidas ao plano pelo participante, descontadas as parcelas do custeio administrativo, na forma
regulamentada; e
IV - faculdade de o participante manter o valor de sua contribuição e a do patrocinador, no caso de perda parcial ou total da remuneração
recebida, para assegurar a percepção dos benefícios nos níveis correspondentes àquela remuneração ou em outros definidos em normas
regulamentares.
• Benefício que deve estar à disposição do participante que cessar o vínculo com a patrocinadora ou
entidade associativa antes de cumprir a plenitude dos requisitos para obtenção do benefício.
• Existe período de carência de 60 dias a partir da contratação ( arts. 19 e 27 da Circular SUSEP nº 338/2007.)
• Isento de IRPF, pois não se caracteriza resgate (art. 15, I). Porém, não pode passar pelo participante de forma
alguma, devendo a transação se dar entre as instituições.
• Pode ser feita em qualquer modalidade de plano e para qualquer forma de entidade (EFPC ou
EAPC).
• Da fechada para a aberta por portabilidade não será possível o resgate futuro, mas apenas a obtenção de
benefícios.
• Incidem taxas de administração e carregamento.
• Cumprido o prazo de carência, ao ser solicitado o resgate, seu cálculo será realizado no 2º dia útil
posterior à data determinada pelo participante. Já o pagamento deve ser efetivado até o 5º dia útil
a partir do pedido do participante.
• Incide IRPF.
• Súmula 289 STJ: A restituição das parcelas pagas a plano de previdência privada deve ser
objeto de correção plena, por índice que recomponha a efetiva desvalorização da moeda.
• Celeuma: pode resgatar em EFPC apenas quando cessado o vínculo com o patrocinador?
(vide art. 14 da LCP 109)
• STJ: somente poderá resgatar após cessado o vínculo com o patrocinador – exegese do Art.
22 da Resolução MPS/CGPC n° 6/2003 c/c art. 14, caput, e inciso III da LCP 109/2001.
Seção III
Do Valor do Resgate
Art. 26. O valor do resgate corresponde, no mínimo, à totalidade das contribuições vertidas ao plano de benefícios pelo participante,
descontadas as parcelas do custeio administrativo que, na forma do regulamento e do plano de custeio, sejam de sua responsabilidade.
§ 1º Do valor previsto no caput, poderá ser deduzida a parcela destinada à cobertura dos benefícios de risco que, na forma do
regulamento e do plano de custeio, seja de responsabilidade do participante.
§ 2º O regulamento do plano de benefícios deverá prever forma de atualização das contribuições referidas no caput.
• “A faculdade que tem os interessados de aderirem a plano de previdência privada decorre de norma
inserida no próprio texto constitucional [art. 202 da CB/1988]. Da não obrigatoriedade de adesão
ao sistema de previdência privada decorre a possibilidade de os filiados desvincularem-se dos
regimes de previdência complementar a que aderirem, especialmente porque a liberdade de
associação comporta, em sua dimensão negativa, o direito de desfiliação, conforme já
reconhecido pelo Supremo em outros julgados. Precedentes”. RE 482.207 AgR, rel. min. Eros Grau, j.
12-5-2009, 2ª T, DJE de 29-5-2009; RE 772.765 AgR, rel. min. Rosa Weber, j. 24-1-2013, 1ª T, DJE de
5-9-2014; RE 539.074 AgR, rel. min. Teori Zavascki, j. 18-8-2016, 2ª T, DJE de 6-9-2016.
• (iv) adotar práticas que garantam o cumprimento das suas obrigações em relação aos
participantes dos planos de benefícios.
• Disposição da Resolução CMN nº 3.792, nos Art. 4º e 5º, e Resolução Nº 4.444, no
Art. 2º.
• A aplicação dos recursos dos planos da EFPC requer que seus administradores
e demais participantes do processo decisório dos investimentos sejam
certificados por entidade de reconhecida capacidade técnica.
• Em caso de:
1. Irregularidade ou insuficiência na constituição das reservas;
2. Aplicação dos recursos de forma inadequada ou em desacordo com as normas;
3. Descumprimento de disposições estatutárias ou de normas regulamentares,
contratos e etc.;
4. Situação econômico-financeira insuficiente à preservação da liquidez e solvência
dos planos individualmente;
5. Desequilíbrio atuarial;
6. Outras anormalidades definidas por regulamento.
Parágrafo único. São também responsáveis, na forma do caput, os administradores dos patrocinadores ou instituidores, os atuários, os auditores
independentes, os avaliadores de gestão e outros profissionais que prestem serviços técnicos à entidade, diretamente ou por intermédio de pessoa
jurídica contratada.
Art. 65. A infração de qualquer disposição desta Lei Complementar ou de seu regulamento, para a qual não haja penalidade expressamente cominada,
sujeita a pessoa física ou jurídica responsável, conforme o caso e a gravidade da infração, às seguintes penalidades administrativas, observado o
disposto em regulamento:
I - advertência;
II - suspensão do exercício de atividades em entidades de previdência complementar pelo prazo de até cento e oitenta dias;
III - inabilitação, pelo prazo de dois a dez anos, para o exercício de cargo ou função em entidades de previdência complementar, sociedades
seguradoras, instituições financeiras e no serviço público; e
IV - multa de dois mil reais a um milhão de reais, devendo esses valores, a partir da publicação desta Lei Complementar, ser reajustados de forma a
preservar, em caráter permanente, seus valores reais.
Art. 66. As infrações serão apuradas mediante processo administrativo, na forma do regulamento, aplicando-se, no que couber, o disposto na Lei
no 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
• A CRPC é composta por quatro servidores titulares de cargos de provimento efetivo, com exercício
no Ministério da Previdência Social, na Previc ou no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por
um representante das entidades fechadas de previdência complementar, um dos patrocinadores e
instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar e um
dos participantes e assistidos de planos de benefícios dessas entidades.
• O CNPC é o órgão com a função de regular o regime de previdência complementar operado pelas
entidades fechadas de previdência complementar, nova denominação do então Conselho de
Gestão da Previdência Complementar.
• O CNPC é presidido pelo secretário especial da Previdência Social e composto por representantes da
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), da Secretaria de Políticas de
Previdência Complementar (SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, dos Ministérios da
Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades fechadas de previdência
complementar, dos patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas
de previdência complementar e dos participantes e assistidos de planos de benefícios das referidas
entidades.
• Não cabe ação contra a entidade para ver revisto benefício de aposentadoria complementar
já concedido (Tema 955 STJ);