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PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR
PROF. DIEGO MONTEIRO CHERULLI
Fatima Regina Franco Lima - 43226663704
LEGISLAÇÃO
• Constituição Federal: Art. 40, §§ 14, 15 e 16 – servidores - e Art. 202;

• LCP 108/2001 – relação da Federação com o ente de previdência complementar FECHADA;

• LCP 109/2001 – Dispões sobre a previdência complementar;

• Lei 12.618/2012 – Cria o FUNPRESP.

• Decreto 4.942/2009 - Regulamenta o processo administrativo para apuração de


responsabilidade por infração à legislação no âmbito do regime da previdência
complementar

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• Teoria de Darwin sobre a evolução – mesmo ideário de previdência: necessidade de proteção contra
riscos futuros;

• Caridade: Santas Casas de Misericórdia

• Proteção do risco em grupos profissionais e econômicos:


• Mutualismo de caráter privado e facultativo.

• Proteção do risco coletivo – Seguro Social e Seguridade Social


• A primeira entidade de previdência privada no Brasil era o Montepio Geral da Economia dos
Servidores do Estado (MONGERAL), criado em 1835.
• Em 24.01.1923, a Lei Eloy Chaves (Lei 4.682/1923) criou as Caixas de aposentadorias e
pensões do ferroviários;
• Em seguida, várias Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAP´s) foram criadas.

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA
• Extinção das caixas de assistência, montepios e fundos de pensão – Governo Juscelino
Kubistchek (1956 a 1961);

• LOPS – Lei 3.807/60 – Estado como responsável pela Previdência – arrecadação e


administração.

• 1966 – Criação do INPS, que unificou os Institutos de Aposentadorias e Pensões.

• (...)

• 1988 – Constituição Federal.

• 2019 – Reforma da previdência e propostas de sistema de capitalização.

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SEGURIDADE SOCIAL

SEGURIDADE
SOCIAL

PREVIDÊNCIA ASSISTÊNCIA
SAÚDE
SOCIAL SOCIAL

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Previdência Social

Regime Geral de Regime Próprio de Regime de Previdência


Previdência Social Previdência Social* Complementar

(setor privado) (servidores civis, militares (facultativo)


e parlamentares)

Entidades Fechadas
Entidades Abertas
Previdência Complementar
Previdência (CNPC / Previc – MPS)
Complementar

(CNSP / Susep-MF) (s/fins lucrativos)

* Os RPPS´s não fazem parte do sistema de Seguridade Social de que dispõe o


art. 194 e seguintes da CF.

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MODELOS DE REGIMES PREVIDENCIÁRIOS

• REGIME DE REPARTIÇÃO SIMPLES  REGIME DE CAPITALIZAÇÃO


 É uma espécie de poupança individual;
• Pacto intergeracional: contribuições sociais dos
trabalhadores ativos custeiam os benefícios  Cada segurado realiza contribuições que são
previdenciários; depositadas em uma conta específica e
acumuladas ao longo da vida ativa.

• É um pacto social entre gerações;  No momento da aposentadoria, terá direito a


receber de volta uma renda vitalícia baseada na
contribuição ao sistema, acrescido dos
• Exemplo de países: Brasil, EUA, França, Alemanha, rendimentos do capital.
Espanha, ... .
 Exemplo de país: Chile.

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Administrado pelo INSS por
meio das Leis 8.212/91 e
Regime de repartição
RGPS 8.213/91.
simples
De caráter nacional,
obrigatório e público

Administrado pela União


OU pelos Estados,
Municípios ou DF, é regido, Regime de repartição
RPPS primordialmente, pela Lei simples
8.112/90. De caráter
público e obrigatório

De caráter optativo, é
administrado por fundos de Regime de capitalização de
COMPLEMENTAR pensão abertos ou fechados
– fiscalizado pelo ME -
Benefício Definido ou
Contribuição Definida
Previc.

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LEGISLAÇÃO

• Constituição Federal de 1988: Art. 40, §§ 14, 15 e 16 – servidores - e Art. 202;

• LCP 108/2001 – relação da Federação com o ente de previdência complementar FECHADA;

• LCP 109/2001 – Dispões sobre a previdência complementar;

• Lei 12.618/2012 – Cria o FUNPRESP.

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O QUE É O REGIME DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - RPC?

• Os regimes de Previdência Complementar – RPC foram criados no intuito de proporcionar


uma literal complementação dos rendimentos do trabalhador em atividade. Porém, isso
depende da modalidade do plano.

• Podem ser:
➢ Abertos: qualquer pessoa poderá se vincular, mediante contribuição;

➢ Fechados: somente uma certa categoria profissional definida poderá


se vincular, mediante contribuição.

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QUADRO RESUMO

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SUJEITOS

•Patrocinador: empregador ou entidade que patrocina financeiramente o plano;

•Participante: empregado ou cidadão que adere ao plano e contribui para o mesmo.

•Assistido: é o participante que já cumpriu os requisitos para receber o benefício contratado.


Ou seja, é o participante que está recebendo benefício do plano.

•Instituidor: é a entidade associativa.

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NORMA CONSTITUCIONAL – REGRAS GERAIS
• Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de
previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

• § 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o
pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

• § 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios
das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios
concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

• § 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na
qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

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NORMA CONSTITUCIONAL – REGRAS GERAIS
• § 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios,
inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta
ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas
respectivas entidades fechadas de previdência privada. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)

• § 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas
privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando
patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 20, de 1998)

• § 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos para a


designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará
a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam
objeto de discussão e deliberação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

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IDEÁRIO/PRINCÍPIOS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

A previdência complementar é um benefício opcional que proporciona ao trabalhador um seguro


previdenciário adicional, conforme sua necessidade e vontade. É uma aposentadoria contratada para
garantir uma renda extra ao trabalhador ou a seu beneficiário.

• Complementariedade;
• Autonomia;
• Facultatividade;
• Contratualidade;
• Constituição de reservas para garantir benefícios;
• Participação e Transparência na gestão;
• Desvinculação e autonomia em relação ao contrato de trabalho.

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CARÁTER COMPLEMENTAR
• Não objetiva substituir a previdência social pública obrigatória;

• A ideia é a complementação de renda, em especial àqueles que desejem obter rendimento maior que o teto do INSS;

• Declaração Universal dos Direitos Humanos:

Art. 25.
I. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde, bem-estar, inclusive
alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso
de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias
fora de seu controle.

• A Previdência Social deve garantir o existencial para o Bem-Estar. A complementar, uma renda extra.

• O RGPS é o mínimo existencial digno?

• O teto do RGPS é o mínimo existencial?

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AUTONOMIA EM RELAÇÃO AO RGPS

• As regras para financiamento, concessão e manutenção da Previdência Complementar


independem daquelas previstas por Lei ao RGPS;

• O contrato entre as parte é que definirá as regras;

• Ainda é comum haver semelhança com o RGPS nas Entidade Fechadas de Previdência
Complementar;

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FACULTATIVIDADE

• Manifestação da autonomia das vontades privadas – nítida característica das relações de direito
privado.

• Livre vontade associativa: pode associar-se ou desassociar-se livremente. Assim entendeu o STF:

• “A faculdade que tem os interessados de aderirem a plano de previdência privada decorre de norma
inserida no próprio texto constitucional [art. 202 da CB/1988]. Da não obrigatoriedade de adesão ao
sistema de previdência privada decorre a possibilidade de os filiados desvincularem-se dos regimes
de previdência complementar a que aderirem, especialmente porque a liberdade de associação
comporta, em sua dimensão negativa, o direito de desfiliação, conforme já reconhecido pelo
Supremo em outros julgados. Precedentes”. RE 482.207 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 12-5-2009, 2ª T,
DJE de 29-5-2009; RE 772.765 AgR, rel. min. Rosa Weber, j. 24-1-2013, 1ª T, DJE de 5-9-2014; RE
539.074 AgR, rel. min. Teori Zavascki, j. 18-8-2016, 2ª T, DJE de 6-9-2016

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FACULTATIVIDADE

• Tratando de EFPC, cabe ao empregado associar-se ou não, bem como dissociar-se.

• No encerramento do contrato de trabalho, cabe:


1. Manter-se filiado, na modalidade de auto-patrocínio ou benefício proporcional diferido,
ou;
2. Resgate ou portabilidade.

• Problemática: Limitação de elegibilidade ao benefício em EFPC. A LC 108/2001 exige a


cessação do vínculo laboral em seu art. 3°, inciso I, para que o benefício possa ser
concedido.

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FACULTATIVIDADE
“RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. PREVIDÊNCIA PRIVADA. CONTRATO DE
TRABALHO E CONTRATO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. VÍNCULOS CONTRATUAIS AUTÔNOMOS E
DISTINTOS, SUBMETIDOS A REGRAMENTO E PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS. PLANOS DE BENEFÍCIOS
SUBMETIDOS À LEI COMPLEMENTAR N. 108/2001, INCLUSIVE OS JÁ OPERANTES POR OCASIÃO DO
ADVENTO DA LEI. VEDAÇÃO, ESTABELECIDA PELO ART. 3º, I, DA LEI COMPLEMENTAR N. 108/2001 À
CONCESSÃO DE BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO QUE SEJA PROGRAMADA E CONTINUADA, SEM QUE TENHA
HAVIDO CESSAÇÃO DO VÍNCULO DO PARTICIPANTE COM O PATROCINADOR. REGRA COGENTE, DE
EFICÁCIA IMEDIATA.”
1. A tese a ser firmada, para efeito do art. 1.036 do CPC/2015 (art. 543-C do CPC/1973), é a seguinte:
"Nos planos de benefícios de previdência privada patrocinados pelos entes federados - inclusive suas
autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou
indiretamente -, para se tornar elegível a um benefício de prestação que seja programada e
continuada, é necessário que o participante previamente cesse o vínculo laboral com o patrocinador,
sobretudo a partir da vigência da Lei Complementar n. 108/2001, independentemente das
disposições estatutárias e regulamentares".2. No caso concreto, recurso especial provido.” (REsp
1433544/SE, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 09/11/2016, DJe
01/12/2016).

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CONTRATUALIDADE

• Como visto, a relação estabelecida é de natureza privada, regulada por contrato (aberta) ou
Estatuto/regulamento (fechada).

• A discussão que resta no judiciário é sobre o regulamento que disporá sobre a apuração da
RMI do benefício: será aquele da contratação ou da aposentação?

• Tema 662 do STF - inexistência de repercussão geral.

• Tema 907 do STJ

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TEMA 907 STJ

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ALTERAÇÕES PROCESSADAS NO REGULAMENTO – tema 907

Art. 17. As alterações processadas nos regulamentos dos planos aplicam-se a todos
os participantes das entidades fechadas, a partir de sua aprovação pelo órgão
regulador e fiscalizador, observado o direito acumulado de cada participante.

Parágrafo único. Ao participante que tenha cumprido os requisitos para obtenção dos
benefícios previstos no plano é assegurada a aplicação das disposições
regulamentares vigentes na data em que se tornou elegível a um benefício de
aposentadoria.

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CONSTITUIÇÃO DE RESERVAS PARA GARANTIR BENEFÍCIOS

• Característica FUNDAMENTAL dos planos;

• Devem ser instituídos através do sistema de capitalização (Art. 18, §1°, da LC 109/2001), sendo de obrigatoriedade da entidade o
investimento dos valores com a finalidade de formar um patrimônio, que se chamarão Recursos Garantidores, os quais servirão para pagar
os benefícios.

• A aplicação das reservas matemáticas dos Planos de Previdência devem observar critérios pré-estabelecidos pelo Conselho Monetário
Nacional, nesse sentido foi editada a Resolução CMN nº 3792, de 24 de setembro 2009, que estabelece as diretrizes para aplicação dos
recursos garantidores dos planos administrados pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar e a Resolução CMN nº 4.444, de
13 de novembro de 2015, que enuncia as normas que disciplinam a aplicação dos recursos das reservas técnicas, das provisões e dos
fundos das Entidades Abertas de Previdência Complementar.

• Por fim, a obrigatoriedade de constituição de reservas também importa à questão de que o participante somente terá direito a perceber
os benefícios devidamente capitalizados, não sendo devido por entidade de previdência o pagamento de benefícios sem que tivesse
ocorrido o seu respectivo custeio.

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PLENA PARTICIPAÇÃO E TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO
•É assegurado aos participantes o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos
planos.

Art. 202, § 1°, da C.F. A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de
planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas
à gestão de seus respectivos planos.

•Da mesma forma, a LC 109/2001 estabelece, em seu art. 3°, que a ação do Estado será exercida com o
objetivo de:

IV - assegurar aos participantes e assistidos o pleno acesso às informações relativas à gestão de


seus respectivos planos de benefícios;

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PLENA PARTICIPAÇÃO E TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO

•A LC 109/2001 estabelece, em seu art. 24, que as EFPC deverão disponibilizar as informações
pertinentes ao plano, no mínimo, anualmente.

Art. 24. A divulgação aos participantes, inclusive aos assistidos, das informações pertinentes aos
planos de benefícios dar-se-á ao menos uma vez ao ano, na forma, nos prazos e pelos meios
estabelecidos pelo órgão regulador e fiscalizador.

Parágrafo único. As informações requeridas formalmente pelo participante ou assistido, para


defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal específico deverão ser
atendidas pela entidade no prazo estabelecido pelo órgão regulador e fiscalizador.

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PLENA PARTICIPAÇÃO E TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO

•A Resolução CGPC nº 23, de 06 de dezembro de 2006, discrimina as informações que o


participante de plano de previdência complementar fechada deve ter acesso.

•A Resolução CGPC nº13/2004 enuncia, expressamente que informações devem ser em


linguagem clara e acessível, dispositivo bastante relevante tendo em vista a complexidade
das atividades previdenciais.

•Nesse sentido, a Circular SUSEP nº 338/2007 descreve detalhadamente as informações


sobre os planos que devem ser prestadas aos participantes e aos participantes assistidos.

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PLENA PARTICIPAÇÃO E TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO

• Questionamento: o acesso não é pleno? E se tais regulamentações


não disporem sobre certo dado do plano que seja de interesse do
participante ou assistido?

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ENTIDADES PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - EFPC.

• Mais conhecidas como Fundos de Pensão, organizam-se sob a forma de fundação ou


sociedade civil, sem fins lucrativos e são ofertadas aos empregados de uma empresa ou
grupo de empresas, ou a servidores públicos efetivos de entes federativos, assim como aos
associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial.

• Estão submetidos à Lei Complementar nº 108/2001.

• Os entes federativos, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras


entidades públicas e suas respectivas entidades fechadas de previdência complementar
estão sujeitos, ainda, aos ditames da Lei Complementar nº 108/2001, que prevê normas
mais rígidas de governança.

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PREVIDÊNCIA ASSOCIATIVA

• A LC 109/2001 estendeu a previdência fechada à modalidade associativa, ou seja,


trabalhadores vinculados a entidades representativas, como os sindicatos, cooperativas,
associações, órgãos de classe e outras entidades de caráter classista, profissional e setorial.

• Uma associação poderá, desde que autorizada, criar plano de benefícios de previdência
complementar.

• Norma: art. 26 da LC 109/2001

• Obs: os benefícios devem ser uniformes e iguais a todos os associados, sejam eles
administradores, diretores, gerentes, conselheiros, etc.

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ESTRUTURA DAS ENTIDADES FECHADAS

CONSELHO
DELIBERATIVO

CONSELHO
DIRETORIA
FISCAL

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ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - EFPC.

• O Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC exerce a função de órgão


regulador da previdência complementar fechada e compete à Superintendência Nacional
da Previdência Complementar – PREVIC autorizar a constituição e o funcionamento das
entidades fechadas de previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos
estatutos e regulamentos de planos de benefícios além de fiscalizar as atividades das
mencionadas entidades, dentre outras atribuições legais.

• Podem oferecer planos da modalidade Benefício Definido – BD, Contribuição Definida – CD


e Contribuição Variável – CV.

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MODALIDADES DE PLANOS DE BENEFÍCIO

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TIPOS DE PLANOS DE BENEFÍCIO
• Os planos de benefícios possuem independência patrimonial, contábil e financeira.

• Todo plano de previdência tem um regulamento, que é um CONTRATO DE NATUREZA CIVIL,


onde constam os direitos e obrigações da entidade, Patrocinadores, Participantes e
Assistidos.

• Cada Regulamento deve definir:

1) As regras de contribuição;
2) Os benefícios oferecidos;
3) As condições de acesso aos benefícios.

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TIPOS DE PLANOS
BENEFÍCIO DEFINIDO (BD)
• É aquele em que o benefício complementar e seu valor são estabelecidos no momento da adesão do
participante, com base em valores prefixados ou em fórmulas de cálculo prevista em regulamento.

• Para propiciar o benefício acordado, o plano recolhe contribuições que podem variar no curso do
tempo.

• Principais características:
• Mutualismo: avaliação dos riscos em função da coletividade, gerando solidariedade entre os
participantes;
• Conta coletiva;
• Incógnita quanto à contribuição necessária;
• Benefícios independem das variações das reservas;
• "Superávits" ou "déficits" do plano são de responsabilidade coletiva

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TIPOS DE PLANOS
CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA (CD)
• O valor do benefício complementar é estabelecido apenas no momento da sua concessão, com base no saldo
acumulado resultante das contribuições vertidas ao plano e da rentabilidade das aplicações durante a fase
contributiva.

• Como o benefício não é definido, as contribuições não necessariamente precisam ser revistas. O valor do benefício,
portanto, será proporcional ao saldo existente na data de concessão.

• As principais características são:


• Individualista;
• Incógnita quanto ao valor do benefício;
• Conta individual;
• Benefício em função das reservas;
• Não há "superávits" ou déficits“;
• Não é vitalício.

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TIPOS DE PLANOS
CONTRIBUIÇÃO VARIÁVEL (CV)

• Modalidade que apresenta características de benefício definido (BD) e contribuição definida


(CD).

• Existem várias modelagens de planos e a mais comum é aquela em que os benefícios


programados, na fase de acumulação ou na fase da atividade, tenham características de CD
(contas individuais) e na fase de inatividade tenham características de BD (rendas vitalícias).

• Podem também oferecer para os casos de benefícios de riscos (aqueles não previsíveis como
morte, invalidez, doença ou reclusão) um benefício definido.

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ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - EFPC.

• Os planos de benefícios DEVEM, obrigatoriamente, ser oferecidos a todos os empregados


dos patrocinadores ou associados dos instituidores.

• Art. 16, §1°, da LCP 109/2001: ..., são equiparáveis aos empregados e associados a que se
refere o caput os gerentes, diretores, conselheiros ocupantes de cargo eletivo e outros
dirigentes de patrocinadores e instituidores.
• Esta regra não se aplica aos planos em extinção! (§3°)

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PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DOS SERVIDORES PÚBLICOS.

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PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DOS SERVIDORES PÚBLICOS.
• A Lei 12.618/2012 criou as FUNPRESP´s, Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do
Poder Executivo, legislativo e judiciário.

• Planos de benefício na modalidade de Contribuição Definida.

• Garante os mesmo critérios de acesso do RPPS, porém:

✓ Benefício até o teto do RGPS para quem ingressou no serviço público após 04/02/2013 (art. 3º da Lei 12.618/2012);

✓ Complemento optativo pelo regime complementar FUNPRESP.

• Curiosidade:

• A Fundação FUNPRESP foi instituída pela Lei 12.618 de 30/04/2012, mas começou a operar efetivamente com a
aprovação do Plano Executivo Federal (ExecPrev) pela Previc em 04/02/2013.

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PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DOS SERVIDORES PÚBLICOS.

• O benefício será calculado sobre o valor que ultrapassar o teto do RGPS.

• A contribuição também só incidirá sobre os valores que ultrapassarem o teto do RGPS.

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ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - EAPC.

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ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - EAPC.

• São as previdências privadas habitualmente oferecidas por bancos e seguradoras a


qualquer pessoa.

• Devem ser constituídas na forma de sociedade anônima, excepcionalmente como


sociedade civil, e operam planos ofertados no mercado de consumo.

• O órgão regulador é o Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP e a fiscalização


fica a cargo da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, conforme disposto no
art. 74 da Lei Complementar nº 109/2001.
✓ Por que a SUSEP???

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ESTRUTURA DAS ENTIDADES ABERTAS

ASSEMBLEIA GERAL

CONSELHO
CONSELHO FISCAL
ADMINISTRATIVO

DIRETORIA

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MODALIDADES DE PLANOS ABERTOS.

• PGBL: Plano Gerador de Benefício Livre,


• Planos que, durante o período de diferimento (tempo de espera até o cumprimento das
condições para obtenção do benefício), tenham a remuneração da provisão matemática de
benefícios a conceder baseada na rentabilidade da(s) carteira(s) de investimentos de FIE(s)
(Fundo de Investimento Especialmente Constituído), no(s) qual(is) esteja(m) aplicada(s) a
totalidade dos respectivos recursos, sem garantia de remuneração mínima e de
atualização de valores e sempre estruturados na modalidade de contribuição variável;

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MODALIDADES DE PLANOS ABERTOS.

• PRGP: Plano com Remuneração Garantida e Performance.

• Planos que garantam aos participantes, durante o período de diferimento, remuneração


por meio da contratação de índice de atualização de valores e de taxa de juros e a
reversão, parcial ou total, de resultados financeiros.

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MODALIDADES DE PLANOS ABERTOS.

• PAGP: Plano com Atualização Garantida e Performance.

• Planos que garantam aos participantes, durante o período de diferimento, por meio da
contratação de índice de preços, apenas a atualização de valores e a reversão, parcial ou
total, de resultados financeiros.

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MODALIDADES DE PLANOS ABERTOS.

• PRSA: Plano com Remuneração Garantida e Performance sem Atualização.

• Planos que, sempre estruturados na modalidade de contribuição variável, garantam aos


participantes, durante o período de diferimento, remuneração por meio da contratação de
taxa de juros e a reversão, parcial ou total, de resultados financeiros.

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MODALIDADES DE PLANOS ABERTOS.

• PRI: Plano de Renda Imediata,

• Planos que, mediante contribuição única, garantam o pagamento do benefício sob a forma
de renda imediata.

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OBSERVAÇÃO
• VGBL: Vida Gerador de Benefício Livre.

• Não se enquadra como plano de previdência, embora seja comumente ofertado por bancos e seguradoras
como tal, sendo, na realidade, seguro de vida que tem por objetivo pagar indenização ao segurado em função
de sua sobrevivência ao período de diferimento contratado.

• Circular SUSEP N° 339, de 31 de janeiro de 2007.


Art. 2º Os planos de seguro de pessoas com cobertura por sobrevivência serão dos seguintes tipos:

I - VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre, para designar planos que, durante o período de diferimento,
tenham a remuneração da provisão matemática de benefícios a conceder baseada na rentabilidade da(s)
carteira(s) de investimentos de FIE(s), no(s) qual(is) esteja(m) aplicada(s) a totalidade dos respectivos
recursos, sem garantia de remuneração mínima e de atualização de valores e sempre estruturados na
modalidade de contribuição variável; ...
• Existem várias outras formas de seguro previdenciário, que são um risco enorme!

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OBSERVAÇÃO
• Se quiser conhecer um pouco mais:

http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/planos-e-produtos/previdencia-
complementar-aberta

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PENHORABILIDADE DA PREVIDENCIA COMPLEMENTAR
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. INDISPONIBILIDADE DE BENS DETERMINADA À LUZ DO ART. 36 DA LEI 6.024/74. SALDO EM FUNDO DE PREVIDÊNCIA
PRIVADA COMPLEMENTAR. PGBL. NATUREZA ALIMENTAR CARATERIZADA NA ESPÉCIE. IMPENHORABILIDADE RECONHECIDA. CONFIGURADA
DESPROPORCIONALIDADE DA MEDIDA IMPOSTA.
1. Ação civil pública distribuída em 06/09/2005, da qual foi extraído o presente recurso especial.
2. O regime de previdência privada complementar é, nos termos do art. 1º da LC 109/2001, "baseado na constituição de reservas que garantam o benefício, nos
termos do caput do art. 202 da Constituição Federal", que, por sua vez, está inserido na seção que dispõe sobre a Previdência Social.
3. Embora não se negue que o PGBL permite o "resgate da totalidade das contribuições vertidas ao plano pelo participante" (art. 14, III, da LC 109/2001), essa
faculdade concedida ao participante de fundo de previdência privada complementar não tem o condão de afastar, de forma inexorável, a natureza
essencialmente previdenciária e, portanto, alimentar, do saldo existente.
4. Por isso, a impenhorabilidade dos valores depositados em fundo de previdência privada complementar deve ser aferida pelo Juiz casuisticamente, de modo
que, se as provas dos autos revelarem a necessidade de utilização do saldo para a subsistência do participante e de sua família, caracterizada estará a sua
natureza alimentar, na forma do art. 649, IV, do CPC.
5. Outrossim, ante as peculiaridades da espécie (curto período em que o recorrente esteve à frente da instituição financeira, sem qualquer participação no
respectivo capital social), não se mostra razoável impor ao recorrente tão grave medida, de ter decretada a indisponibilidade de todos os seus bens, inclusive do
saldo existente em fundo de previdência privada complementar - PGBL.
6. Recurso especial conhecido e provido.
(REsp 1121426/SP, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, Rel. p/ Acórdão Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 11/03/2014, DJe 20/03/2014)

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BENEFÍCIO DIFERIDO, AUTO-PATROCÍNIO, RESGATE E
PORTABILIDADE

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BENEFÍCIO DIFERIDO, AUTO-PATROCÍNIO E PORTABILIDADE

• Com vistas a proteção do patrimônio formado pelo participante, a LCP109/2001 estabelece que os planos das entidades fechadas devem conter:

Art. 14. Os planos de benefícios deverão prever os seguintes institutos, observadas as normas estabelecidas pelo órgão regulador e
fiscalizador:

I - benefício proporcional diferido, em razão da cessação do vínculo empregatício com o patrocinador ou associativo com o instituidor antes
da aquisição do direito ao benefício pleno, a ser concedido quando cumpridos os requisitos de elegibilidade;

II - portabilidade do direito acumulado pelo participante para outro plano;

III - resgate da totalidade das contribuições vertidas ao plano pelo participante, descontadas as parcelas do custeio administrativo, na forma
regulamentada; e

IV - faculdade de o participante manter o valor de sua contribuição e a do patrocinador, no caso de perda parcial ou total da remuneração
recebida, para assegurar a percepção dos benefícios nos níveis correspondentes àquela remuneração ou em outros definidos em normas
regulamentares.

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BENEFÍCIO DIFERIDO e AUTO-PATROCÍNIO

• Benefício que deve estar à disposição do participante que cessar o vínculo com a patrocinadora ou
entidade associativa antes de cumprir a plenitude dos requisitos para obtenção do benefício.

• Será pago, quando do cumprimento dos requisitos contratuais, proporcionalmente ao tempo de


contribuição e valores acumulados.

• A ideia é possibilitar que o participante continue no plano, podendo adotar o auto-patrocínio (o


participante contribui com sua parte e a do patrocinador – inciso IV do art. 14 da LCP 109/2001).

• Outra opção é a portabilidade...

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PORTABILIDADE
• Oportunidade de o participante migrar seu direito acumulado (poupança + requisitos de
elegibilidade) para outro plano.
• Somente será possível quando da cessação do vínculo empregatício com o patrocinador (§1° do art. 14);

• Existe período de carência de 60 dias a partir da contratação ( arts. 19 e 27 da Circular SUSEP nº 338/2007.)

• Isento de IRPF, pois não se caracteriza resgate (art. 15, I). Porém, não pode passar pelo participante de forma
alguma, devendo a transação se dar entre as instituições.

• Pode ser feita em qualquer modalidade de plano e para qualquer forma de entidade (EFPC ou
EAPC).
• Da fechada para a aberta por portabilidade não será possível o resgate futuro, mas apenas a obtenção de
benefícios.
• Incidem taxas de administração e carregamento.

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RESGATE
• Art. 14, inciso III, Art. 15 e art. 27, todos da LCP 109/2001 e Arts. 22 e 24 da Circular SUSEP nº
338/2007.

• Direito do participante de resgatar seu saldo acumulado.

• Cumprido o prazo de carência, ao ser solicitado o resgate, seu cálculo será realizado no 2º dia útil
posterior à data determinada pelo participante. Já o pagamento deve ser efetivado até o 5º dia útil
a partir do pedido do participante.

• Poderá ser cobrado carregamento postecipado, se previsto no regulamento do plano, quando do


pagamento do resgate.

• Incide IRPF.

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RESGATE

• Súmula 289 STJ: A restituição das parcelas pagas a plano de previdência privada deve ser
objeto de correção plena, por índice que recomponha a efetiva desvalorização da moeda.

• Celeuma: pode resgatar em EFPC apenas quando cessado o vínculo com o patrocinador?
(vide art. 14 da LCP 109)

• STJ: somente poderá resgatar após cessado o vínculo com o patrocinador – exegese do Art.
22 da Resolução MPS/CGPC n° 6/2003 c/c art. 14, caput, e inciso III da LCP 109/2001.

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CAPÍTULO III
DO RESGATE
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 19. Entende-se por resgate o instituto que faculta ao participante o recebimento de valor decorrente do seu desligamento do plano de
benefícios.
Art. 20. O exercício do resgate implica a cessação dos compromissos do plano administrado pela entidade fechada de previdência
complementar em relação ao participante e seus beneficiários.
Art. 21. É vedado o resgate de valores portados.
Seção II
Da Opção e Pagamento do Resgate
Art. 22. No caso de plano de benefícios instituído por patrocinador, o regulamento deverá condicionar o pagamento do resgate à cessação do
vínculo empregatício.
Art. 23. No caso de plano de benefícios instituído por instituidor, o regulamento deverá prever prazo de carência para o pagamento do resgate,
de seis meses a dois anos, contado a partir da data de inscrição no plano de benefícios.
Parágrafo único. Em relação às contribuições efetuadas pelo empregador, sem prejuízo do disposto no caput, poderão ser estabelecidas
condições adicionais no instrumento contratual de que trata a Resolução MPS/CGPC nº 12, de 17 de setembro de 2002, com a redação dada
pela Resolução MPS/CGPC nº 03, de 22 de maio de 2003, observadas as condições previstas no regulamento do plano de benefícios.

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Art. 24. O resgate não será permitido caso o participante já tenha preenchido os requisitos de elegibilidade ao benefício pleno, inclusive sob a
forma antecipada, de acordo com o regulamento do plano de benefícios.
Art. 25. O regulamento do plano de benefícios deverá prever o pagamento do resgate em quota única ou, por opção única e exclusiva do
participante, o pagamento em até doze parcelas mensais e consecutivas.
§1º Quando do pagamento parcelado do resgate, o regulamento do plano de benefícios deverá estabelecer o critério de ajuste das parcelas
vincendas.
§2º Ao resgate parcelado, aplica-se o disposto no art. 20 desta Resolução, à exceção do compromisso da entidade fechada de previdência
complementar de pagar as parcelas vincendas do resgate.

Seção III
Do Valor do Resgate
Art. 26. O valor do resgate corresponde, no mínimo, à totalidade das contribuições vertidas ao plano de benefícios pelo participante,
descontadas as parcelas do custeio administrativo que, na forma do regulamento e do plano de custeio, sejam de sua responsabilidade.
§ 1º Do valor previsto no caput, poderá ser deduzida a parcela destinada à cobertura dos benefícios de risco que, na forma do
regulamento e do plano de custeio, seja de responsabilidade do participante.
§ 2º O regulamento do plano de benefícios deverá prever forma de atualização das contribuições referidas no caput.

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RESGATE
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL.
HARMONIA ENTRE O ACÓRDÃO EMBARGADO E A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 168/STJ. NÃO
CABIMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. RESGATE. CONTRIBUIÇÕES PESSOAIS. EXIGÊNCIA DE PRÉVIO
ROMPIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO. POSSIBILIDADE.
1. Não cabem embargos de divergência quando o acórdão embargado encontra-se no mesmo sentido
da jurisprudência consolidada deste Tribunal. Súmula 168/STJ.
2. É válida a norma estatutária da entidade fechada de previdência privada que exija a extinção do
vínculo empregatício com o patrocinador para que o ex-participante seja autorizado a efetuar o
resgate de suas contribuições.
3. Agravo interno não provido.
(AgInt nos EREsp 1694100/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
12/09/2018, DJe 14/09/2018)

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RESGATE – CONFLITO CONSTITUCIONAL
• Proibição de resgaste antes da cessação do vínculo com a patrocinadora e o conflito principiológico
em relação à facultatividade.

• “A faculdade que tem os interessados de aderirem a plano de previdência privada decorre de norma
inserida no próprio texto constitucional [art. 202 da CB/1988]. Da não obrigatoriedade de adesão
ao sistema de previdência privada decorre a possibilidade de os filiados desvincularem-se dos
regimes de previdência complementar a que aderirem, especialmente porque a liberdade de
associação comporta, em sua dimensão negativa, o direito de desfiliação, conforme já
reconhecido pelo Supremo em outros julgados. Precedentes”. RE 482.207 AgR, rel. min. Eros Grau, j.
12-5-2009, 2ª T, DJE de 29-5-2009; RE 772.765 AgR, rel. min. Rosa Weber, j. 24-1-2013, 1ª T, DJE de
5-9-2014; RE 539.074 AgR, rel. min. Teori Zavascki, j. 18-8-2016, 2ª T, DJE de 6-9-2016.

• Se posso me desfiliar, por que não posso resgatar?

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RESPONSABILIDADE DOS ADMINISTRADORES

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RESPONSABILIDADE DOS ADMINISTRADORES

• Na aplicação dos recursos dos planos, os administradores devem:

• (i) observar os princípios de segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência;

• (ii) exercer suas atividades com boa fé, lealdade e diligência;

• (iii) zelar por elevados padrões éticos, e

• (iv) adotar práticas que garantam o cumprimento das suas obrigações em relação aos
participantes dos planos de benefícios.
• Disposição da Resolução CMN nº 3.792, nos Art. 4º e 5º, e Resolução Nº 4.444, no
Art. 2º.

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RESPONSABILIDADE DOS ADMINISTRADORES

• No que tange à responsabilidade pelas aplicações, cabe à Entidade Fechada de


Previdência Complementar informar ao órgão regulador e fiscalizador o diretor
responsável, sendo que no caso de danos e prejuízos causados à entidade,
para os quais tenham concorrido, os demais membros da diretoria-executiva
respondem solidariamente com o dirigente indicado.

• A aplicação dos recursos dos planos da EFPC requer que seus administradores
e demais participantes do processo decisório dos investimentos sejam
certificados por entidade de reconhecida capacidade técnica.

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FISCALIZAÇÃO
Art. 41. No desempenho das atividades de fiscalização das entidades de previdência complementar, os
servidores do órgão regulador e fiscalizador terão livre acesso às respectivas entidades, delas podendo
requisitar e apreender livros, notas técnicas e quaisquer documentos, caracterizando-se embaraço à
fiscalização, sujeito às penalidades previstas em lei, qualquer dificuldade oposta à consecução desse
objetivo.
§ 1º O órgão regulador e fiscalizador das entidades fechadas poderá solicitar dos patrocinadores e
instituidores informações relativas aos aspectos específicos que digam respeito aos compromissos
assumidos frente aos respectivos planos de benefícios.
§ 2º A fiscalização a cargo do Estado não exime os patrocinadores e os instituidores da
responsabilidade pela supervisão sistemática das atividades das suas respectivas entidades
fechadas.
§ 3º As pessoas físicas ou jurídicas submetidas ao regime desta Lei Complementar ficam obrigadas a
prestar quaisquer informações ou esclarecimentos solicitados pelo órgão regulador e fiscalizador.
§ 4º O disposto neste artigo aplica-se, sem prejuízo da competência das autoridades fiscais,
relativamente ao pleno exercício das atividades de fiscalização tributária.

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INTERVENÇÃO

• Em caso de:
1. Irregularidade ou insuficiência na constituição das reservas;
2. Aplicação dos recursos de forma inadequada ou em desacordo com as normas;
3. Descumprimento de disposições estatutárias ou de normas regulamentares,
contratos e etc.;
4. Situação econômico-financeira insuficiente à preservação da liquidez e solvência
dos planos individualmente;
5. Desequilíbrio atuarial;
6. Outras anormalidades definidas por regulamento.

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INTERVENÇÃO
• Poderá ser decretada a intervenção, que durará pelo prazo necessário ao
exame da situação da entidade e encaminhamento de plano destinado à sua
recuperação (art. 44 da LCP 109);

• O interventor dependerá de autorização dos órgãos fiscalizadores para atuar


de forma que implique oneração ou disposição do patrimônio (art. 45);

• A intervenção cessará em caso de liquidação extrajudicial.

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LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

• Não é facultado às entidades solicitar concordata e nem estão sujeitas à


falência, mas somente à liquidação extrajudicial (art. 47);

• Será decretada quando reconhecida a inviabilidade de recuperação da


entidade ou quando ausente condições para seu funcionamento.

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PENALIDADES
Art. 63. Os administradores de entidade, os procuradores com poderes de gestão, os membros de conselhos estatutários, o interventor e o liquidante
responderão civilmente pelos danos ou prejuízos que causarem, por ação ou omissão, às entidades de previdência complementar.

Parágrafo único. São também responsáveis, na forma do caput, os administradores dos patrocinadores ou instituidores, os atuários, os auditores
independentes, os avaliadores de gestão e outros profissionais que prestem serviços técnicos à entidade, diretamente ou por intermédio de pessoa
jurídica contratada.

Art. 65. A infração de qualquer disposição desta Lei Complementar ou de seu regulamento, para a qual não haja penalidade expressamente cominada,
sujeita a pessoa física ou jurídica responsável, conforme o caso e a gravidade da infração, às seguintes penalidades administrativas, observado o
disposto em regulamento:

I - advertência;
II - suspensão do exercício de atividades em entidades de previdência complementar pelo prazo de até cento e oitenta dias;
III - inabilitação, pelo prazo de dois a dez anos, para o exercício de cargo ou função em entidades de previdência complementar, sociedades
seguradoras, instituições financeiras e no serviço público; e
IV - multa de dois mil reais a um milhão de reais, devendo esses valores, a partir da publicação desta Lei Complementar, ser reajustados de forma a
preservar, em caráter permanente, seus valores reais.

Art. 66. As infrações serão apuradas mediante processo administrativo, na forma do regulamento, aplicando-se, no que couber, o disposto na Lei
no 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

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CÂMARA DE RECURSOS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR.
• A CRPC, órgão colegiado, que aprecia e julga os recursos interpostos contra decisões da Diretoria
Colegiada da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) referentes a autos
de infração e aos lançamentos tributários da Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência
Complementar (Tafic).

• A CRPC é composta por quatro servidores titulares de cargos de provimento efetivo, com exercício
no Ministério da Previdência Social, na Previc ou no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por
um representante das entidades fechadas de previdência complementar, um dos patrocinadores e
instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar e um
dos participantes e assistidos de planos de benefícios dessas entidades.

• O Decreto nº. 7.123, de 03 de março de 2010, traz as regras de funcionamento da Câmara de


Recursos, prevê norma para a designação, mandato de seus membros e atribuições, disciplina as
sessões ordinárias e extraordinárias e os procedimentos processuais referentes à apreciação dos
recursos administrativos.

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CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR.

• O CNPC é o órgão com a função de regular o regime de previdência complementar operado pelas
entidades fechadas de previdência complementar, nova denominação do então Conselho de
Gestão da Previdência Complementar.

• O CNPC é presidido pelo secretário especial da Previdência Social e composto por representantes da
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), da Secretaria de Políticas de
Previdência Complementar (SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, dos Ministérios da
Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades fechadas de previdência
complementar, dos patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas
de previdência complementar e dos participantes e assistidos de planos de benefícios das referidas
entidades.

• O Decreto nº 7.123, de 03 de março de 2010, dispõe sobre a organização e o funcionamento do


Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) e dá outras providências.

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COMPETÊNCIA JURISDICIONAL

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COMPETÊNCIA JURISDICIONAL
Tema 539 do STJ: JUSTIÇA ESTADUAL

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COMPETÊNCIA JURISDICIONAL – TEMA 109 DO STF
EMENTA Recurso extraordinário – Direito Previdenciário e Processual Civil – Repercussão geral reconhecida –
Competência para o processamento de ação ajuizada contra entidade de previdência privada e com o fito de obter
complementação de aposentadoria – Afirmação da autonomia do Direito Previdenciário em relação ao Direito do
Trabalho – Litígio de natureza eminentemente constitucional, cuja solução deve buscar trazer maior efetividade e
racionalidade ao sistema – Recurso provido para afirmar a competência da Justiça comum para o processamento da
demanda - Modulação dos efeitos do julgamento, para manter, na Justiça Federal do Trabalho, até final execução, todos
os processos dessa espécie em que já tenha sido proferida sentença de mérito, até o dia da conclusão do julgamento do
recurso (20/2/13). 1. A competência para o processamento de ações ajuizadas contra entidades privadas de previdência
complementar é da Justiça comum, dada a autonomia do Direito Previdenciário em relação ao Direito do Trabalho.
Inteligência do art. 202, § 2º, da Constituição Federal a excepcionar, na análise desse tipo de matéria, a norma do art.
114, inciso IX, da Magna Carta. 2. (...). 4. Modulação dos efeitos da decisão para reconhecer a competência da Justiça
Federal do Trabalho para processar e julgar, até o trânsito em julgado e a correspondente execução, todas as causas da
espécie em que houver sido proferida sentença de mérito até a data da conclusão, pelo Plenário do Supremo Tribunal
Federal, do julgamento do presente recurso (20/2/2013). (...). (RE 586453, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/
Acórdão: Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 20/02/2013, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-106 DIVULG
05-06-2013 PUBLIC 06-06-2013 EMENT VOL-02693-01 PP-00001)

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COMPETÊNCIA JURISDICIONAL – TEMA 936 DO STJ

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COMPETÊNCIA JURISDICIONAL – VARA DO TRABALHO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. REVISÃO DO BENEFÍCIO DE COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA DECORRENTE


DE CONTRATO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. RECURSO SUSPENSO ATÉ JULGAMENTO DO RE N. 586.453. CORTE
SUPREMA QUE DEFINE A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM PARA O PROCESSAMENTO DE AÇÃO AJUIZADA
CONTRA ENTIDADE PRIVADA E COM O FITO DE OBTER COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. AUTONOMIA
DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO EM RELAÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO. SITUAÇÃO DIVERSA NO CASO
CONCRETO. DISCUSSÃO QUE REFOGE DA MATÉRIA EMINENTEMENTE PREVIDENCIÁRIA. DISCUSSÃO QUE
ENVOLVE TAMBÉM A RELAÇÃO ENTRE EX-EMPREGADO (AGRAVANTE) E EX-EMPREGADORA (CELESC) EM
RELAÇÃO AO PAGAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES DE COTA-PARTICIPANTE E COTA-PATROCINADORA PREVISTAS
NO EXTINTO CONTRATO DE TRABALHO. NATUREZA TRABALHISTA EVIDENCIADA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
ESPECIALIZADA. Decidiu a Corte Suprema que a competência para o processamento de ações ajuizadas contra
entidades privadas de previdência complementar é da Justiça comum, dada a autonomia do Direito
Previdenciário em relação ao Direito do Trabalho. Entretanto, embora a ação de origem tenha por objeto a
revisão do valor do benefício de complementação de aposentadoria - decorrente de contrato de previdência
privada, ou seja, de natureza civil -, a discussão envolve também a relação entre o ex-empregado (agravante)
e a ex-empregadora (Celesc), referente ao pagamento das contribuições da cota-participante e cota-
patrocinadora - sobre os valores reconhecidos na ação trabalhista n. 685/98, previstas no extinto contrato de
trabalho, ou seja, de natureza trabalhista. RECLAMO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC, Agravo de Instrumento
n. 2010.035628-3, de Concórdia, rel. Des. Edemar Gruber, j. 24-11-2014) (grifou-se).

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REVISÕES EM PREVIDENCIA COMPLEMENTAR
PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO. RAZÕES QUE NÃO ENFRENTAM O FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. SUSPENSÃO
543-C, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973. ORIENTAÇÃO DETERMINADA ÀS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS.
FUNDAMENTAÇÃO PER RELATIONEM. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO
ADQUIRIDO. NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS ANTES DA ALTERAÇÃO DO REGULAMENTO. FUNDO DE CONTRIBUIÇÃO.
RESERVA MATEMÁTICA. ACUMULADO SOB O REGIME DE CAPITALIZAÇÃO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO E EQUACIONALIZAÇÃO
DOS PREJUÍZOS. IMPOSSIBILIDADE. EQUILÍBRIO ATUARIAL.(...)4. "No tocante ao regime de previdência privada
complementar, é pacífica a orientação desta Corte de que o direito adquirido somente se aperfeiçoa no momento em que
o participante preencher os requisitos para a percepção do benefício previdenciário". (AgRg no REsp 989.392/DF, Rel.
Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 8/4/2014, DJe 14/4/2014). 5. À luz do disposto na Lei
Complementar n° 109/2001, em vista da preservação do equilíbrio atuarial das entidades de previdência privada, formada
a reserva matemática e concedido o benefício de complementação de aposentadoria, não será suficiente a mera retenção
das contribuições do autor da ação incidentes sobre as verbas salariais acrescidas pela Justiça do Trabalho e o pagamento
das parcelas devidas pelo patrocinador correspondentes a essas mesmas quantias, visto que acumuladas sob o regime de
capitalização durante todo o período de contribuição.
6. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no AREsp 256.146/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 09/03/2017, DJe
15/03/2017).

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REVISÕES EM PREVIDENCIA COMPLEMENTAR

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. REVISÃO DE


COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. CRITÉRIOS DIVERSOS DOS ESTABELECIDOS NO
CONTRATO. PERÍCIA ATUARIAL. NECESSIDADE. AFASTAMENTO DO ÓBICE DA SÚMULA 7/STJ.
ADEQUAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA.1. A revisão de benefício de previdência privada,
segundo critérios diversos dos estabelecidos nos estatutos e no contrato, deve ser
precedida de perícia técnica na qual fique comprovado que não será inviabilizada a
manutenção do equilíbrio financeiro e atuarial do correspondente plano de benefícios.
2. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
(AgInt no AREsp 939.992/RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA
TURMA, julgado em 07/03/2017, DJe 14/03/2017).

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CONCLUSÕES - REVISÃO EM PREVIDENCIA COMPLEMENTAR FECHADA

• Não cabe ação contra a entidade para ver revisto benefício de aposentadoria complementar
já concedido (Tema 955 STJ);

• Cabe ação contra a empregadora, no prazo prescricional trabalhista, para cobrar a


restituição destes valores, na forma de recomposição da reserva matemática, diretamente
ao assistido, sendo que:
1. Seja ajuizada na Justiça do Trabalho;
2. Que os pedidos sejam em relação ao contrato de trabalho (contribuição da patrocinadora), sem
pedir revisão da aposentadoria complementar;
3. Que a condenação abarque a responsabilidade da patrocinadora em recompor a reserva
matemática;
1. A Sentença deverá determinar a restituição dos valores da reserva matemática obtida na ação trabalhista ao
assistido (Tema 955 do STJ).

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PRESCRIÇÃO DA REVISÃO
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. AÇÃO
ORDINÁRIA DE REVISÃO DE SUPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. OMISSÃO INEXISTENTE. REPACTUAÇÃO.
NÃO ADESÃO. PRESCRIÇÃO. PARCELAS SUCESSIVAS. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. FALTA DE
INTERESSE. REDUÇÃO. HONORÁRIOS. SÚMULA Nº 7/STJ.
(...) 3. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido de que, não tendo havido transação
extrajudicial, em que há acordo de vontades e concessões de vantagens recíprocas, operando-se a
transferência de reservas de um plano de benefícios para outro no interior de uma mesma entidade fechada
de previdência complementar, ou havendo a declaração de nulidade da transação firmada entre as partes, o
que conduziria ao retorno ao status quo ante, prevalecem as regras do plano primitivo.
4. Tratando-se de revisão de renda mensal inicial de benefício previdenciário complementar, a obrigação é
de trato sucessivo, alcançando a prescrição apenas as parcelas vencidas anteriormente ao quinquênio que
precede o ajuizamento da ação, não afetando, assim, o próprio fundo de direito. Precedentes.
5. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça se firmou no sentido de que o Código de Defesa do
Consumidor não se aplica à relação jurídica existente entre entidade fechada de previdência privada e seus
participantes (Súmula nº 563/STJ). Na hipótese, à recorrente falece interesse recursal, pois o tribunal local
afastou a incidência do CDC. (...) (AgInt nos EDcl no REsp 1557013/SE, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS
CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/12/2018, DJe 06/12/2018).

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PRESCRIÇÃO DA REVISÃO

Sumula 291 do STJ: A ação de cobrança de parcelas de complementação de aposentadoria


pela previdência privada prescreve em cinco anos.

Sumula 427 do STJ: A ação de cobrança de diferenças de valores de complementação de


aposentadoria prescreve em cinco anos contados da data do pagamento.

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APLICAÇÃO DO CDC EM MATÉRIA DE PREVIDENCIA
COMPLEMENTAR

•Sumula 563 do STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de


previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com
entidades fechadas. (Súmula 563, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 24/02/2016, DJe
29/02/2016)

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(...) Legalidade e liberdade são as tábuas da vocação do advoga− do. Nelas se encerra, para ele, a
síntese de todos os mandamentos. Não desertar a justiça, nem cortejá−la. Não lhe faltar com a
fidelidade, nem lhe recusar o conselho. Não transfugir da legalidade para a violência, nem trocar a
ordem pela anarquia. Não antepor os poderosos aos desvalidos, nem recusar patrocínio a estes
contra aqueles. Não servir sem independência à justiça, nem quebrar da verdade ante o poder. Não
colaborar em perseguições ou atentados, nem pleitear pela iniqüidade ou imoralidade. Não se
subtrair à defesa das causas impopulares, nem à das perigosas, quando justas. Onde for apurável
um grão, que seja, de verdadeiro direito, não regatear ao atribulado o consolo do amparo judicial.
Não proceder, nas consultas, senão com imparcialidade real do juiz nas sentenças. Não fazer da
banca balcão, ou da ciência mercatura. Não ser baixo com os grandes, nem arrogante com os
miseráveis. Servir aos opulentos com altivez e aos indigentes com caridade. Amar a pátria,
estremecer o próximo, guardar fé em Deus, na verdade e no bem. (...)
Oração aos moços, 1921.
Ruy Barbosa

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Obrigado!

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