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ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE

COMPETÊNCIAS

FORMADORA: Belisa Carmina


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Objetivos gerais da formação

Pretende-se com este curso promover nos formandos:

1.Técnicas para a definição de perfis de competências profissionais;

2.Capacidades para preparar e construir instrumentos de avaliação de competências;

3.Capacidade de conduzir e avaliar candidatos através de entrevistas de avaliação de competências;

5. Atitudes eficazes na condução de entrevistas de avaliação de competências.

Duração: 7 horas

Margarida Oliveira 2017


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Itinerário Formativo

1.º Parte: A gestão por competências


1. O conceito de competência;
2. A categorização das competências;
3. A conceção e desenvolvimento de modelos de competências;
4. O dicionário de competências;

2.ª Parte: O Recrutamento


1. O Conceito Recrutamento;
2. A análise de funções;
3. A descrição da função;
4. O perfil de competências.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Itinerário Formativo

3.ª Parte: A Seleção


1. O conceito de seleção;
2. O perfil do avaliador.

4.ª Parte: Entrevista de Avaliação de Competências


1. O conceito de entrevista de avaliação de competências;
2. Etapas da entrevista de avaliação de competências;
3. Como preparar a entrevista de avaliação de competências – a construção de guião de
entrevista e respetiva matriz de avaliação;
4. Como conduzir a entrevista de avaliação de competências;
5. Como avaliar o candidato;
6. Estratégias eficazes para a condução de uma entrevista de avaliação de competências;
7. A escolha e tomada de decisão.

5.ª Parte: Simulações práticas


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Parte I: A gestão pelas competências


Breve bibliografia de referência sobre a temática:
Ceitil, M (2006). Gestão e Desenvolvimento de
Competências. 1.ª Edição. Editora Silabo.
DGAEP (2006). Avaliação e Desenvolvimento de
Competências na Administração Pública. DGAEP
Cascão, F. (2005). Gestão por competências: novos
instrumentos e práticas para a moderna gestão das pessoas
e das organizações. Porto: IPAM Edições.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Novo paradigma da Gestão de Recursos Humanos

Este novo paradigma de Recrutamento e Seleção assenta num modelo de

Gestão de Recursos Humanos à luz de um Modelo de Gestão por

Competências.

Isto quer dizer, que visa a aplicação de metodologias objetivas e

estruturadas, que introduz maior rigor no diagnóstico das necessidades de

RH, que exige o levantamento dos perfis funcionais por posto de trabalho e

que os métodos de seleção avaliem extensamente as competências.


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Porquê que o R&S por Competências é importante?

É através do Recrutamento e Seleção (R&S) que a

empresa/instituição garante a contratação de profissionais

qualificados, alinhados com o negócio e com potencial diferenciado,

que é o elemento fundamental para bons resultados organizacionais.


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Porquê que o R&S por Competências é importante?

É importante saber que o recrutamento e seleção (R&S) de um candidato com o

perfil adequado, facilita a adaptação, otimiza os resultados e reduz o risco desse

candidato não ser o adequado para a função ou empresa, impactando

positivamente na rotatividade de pessoal, podendo também reduzir custos, tempo

de formação e ambientação ao posto de trabalho.

O processo de R&S por competências tem por objetivo também minimizar a

subjetividade nos processos de seleção, tornando mais claro e objetivo.


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

O conceito competência
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

O conceito competência

Os autores apresentam um modelo, em forma de iceberg, para explicarem as


diferentes características que definem uma competência.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

O conceito competência
Missão
Porque existimos

Estratégia
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

O conceito competência

Spencer e Spencer referem que as organizações normalmente selecionam os seus


recursos humanos tendo por base o conhecimento e as perícias, assumindo que os
candidatos têm os motivos e traços subjacentes.

O oposto é o mais eficaz em termos de custo: as organizações devem selecionar pela


motivação e traços pessoais e ensinar o conhecimento e a perícia necessária ao
desempenho das funções específicas.
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Modelo Integrado de Gestão de Competências

A atual visão estratégia dos Recursos Humanos, considera a Gestão de Pessoas como
a forma de ajudar as diferentes áreas da organização a atingir os seus objetivos,
promovendo a convergência dos processos com a missão e os objetivos da
organização.

No modelo integrado de gestão por competências é possível sincronizar os objetivos


individuais com os objetivos estratégicos da organização, sendo assim mais fácil
ajudar as pessoas a perceber como é que as suas ações se relacionam com a
identidade e objetivos da organização onde trabalham.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Modelo Integrado de Gestão de Competências

Isto é facilitado e reforçado pela participação dos colaboradores nas tomadas de


decisão, o que permite a troca de informações, oportunidades de compromisso e
melhor desempenho e ainda pela utilização das competências, descritas e
operacionalizadas através de uma linguagem comportamental, fácil e clara que todos
reconheçam.

Deste modo, o Modelo Integrado da Gestão por Competências pressupõe que:


•As pessoas controlem, adaptem e desenvolvam, por si próprias as competências
individuais;
•A organização controle, adapte e desenvolva as suas competências nucleares.
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Aplicabilidade do Modelo Integrado de Gestão de Competências


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Modelo de Competências

Mas então o que é um Modelo de Competências?

O modelo de competências é um conjunto de competências e comportamentos

conexos que se ligam diretamente à missão, visão e vetores estratégicos da

organização, às tarefas a realizar para as alcançar e aos níveis de competências a

atingir para cada comportamento.

Um modelo de competências sem ligação à estratégia da organização não tem


qualquer utilidade.
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Categorias de competências aferir nas EAC

Competência conceptual
/conhecimentos específicos (saber)

capacidade para aprender ideias


gerais e abstratas e aplicá-las em
situações concretas

Competência pessoal Competência técnica


(saber ser-estar-agir) (saber-fazer)

capacidade de compreender, a capacidade para usar


motivar, comunicar, estabelecer conhecimentos, métodos ou técnicas
relações, cooperação, atitudes específicas no seu trabalho concreto
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Modelo de Competências - exemplo

Portaria n.º
359/2013 de
13 de
dezembro
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Modelo de Competências

O que contempla um Modelo de Competências?

Definição da Competência: descrição resumida da competência;

Definição dos indicadores comportamentais: conjunto de ações observáveis que


permitem verificar a ocorrência das competências;

Definição de indicadores de medida: ratios que permitem mensurar os resultados


das competências.

Vejamos o seguinte exemplo


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Dicionário de competências

DIRIGENTE TÉCNICO SUPERIOR ASSISTENTE TÉCNICO ASSISTENTE OPERACIONAL


ORIENTAÇÃO PARA RESULTADOS: ORIENTAÇÃO PARA RESULTADOS: REALIZAÇÃO E ORIENTAÇÃO PARA REALIZAÇÃO E ORIENTAÇÃO PARA
Capacidade para se focalizar na Capacidade para concretizar com RESULTADOS: Capacidade para RESULTADOS: Capacidade para
concretização dos objetivos do serviço eficácia e eficiência os objetivos do concretizar com eficácia e eficiência concretizar com eficácia e eficiência
e garantir que os resultados desejados serviço e as tarefas e que lhe são os objetivos do serviço e as tarefas os objetivos do serviço e as tarefas
são alcançados. solicitadas. que lhe são distribuídas. que lhe são solicitadas.
Traduz-se, nomeadamente, nos Traduz-se, nomeadamente, nos Traduz-se, nomeadamente, nos
seguintes comportamentos: Traduz-se, nomeadamente, nos seguintes comportamentos: seguintes comportamentos:
 Compromete-se com os seguintes comportamentos:  Realiza com empenho as tarefas  Procura atingir os resultados
 Estabelece prioridades na sua
resultados a alcançar de acordo que lhe são distribuídas. desejados.
ação, conseguindo, em regra,
com os objetivos estratégicos da  Estabelece normalmente  Realiza com empenho as tarefas
centrar-se nas atividades com
organização e é persistente prioridades na sua ação, que lhe são distribuídas.
maior valor para o serviço
perante obstáculos ou centrando-se nas atividades com  Preocupa-se em cumprir os
(atividades-chave).
dificuldades. maior valor para o serviço. prazos estipulados para as
 Compromete-se, em regra, com
 Assume em regra objetivos  Compromete-se com os objetivos diferentes atividades.
objetivos exigentes mas realistas
ambiciosos e exigentes, embora e é perseverante no alcançar das  É persistente na resolução dos
e é perseverante no alcançar das problemas e dificuldades
realistas, para si e para os seus metas.
metas definidas.
colaboradores.  Gere adequadamente o seu
 Realiza com empenho e rigor as tempo de trabalho,
 Tem noção do que é prioritário
preocupando-se em cumprir os
tarefas ou projetos que lhe são
para o serviço, respondendo, em prazos estipulados para as
distribuídos. diferentes atividades.
regra, prontamente nos
 Gere adequadamente o seu
momentos de pressão e urgência.
tempo de trabalho,
 Aceita correr riscos para atingir os preocupando-se em cumprir os
resultados desejados e assume as prazos estipulados para as
responsabilidades pelo sucesso ou diferentes atividades.
fracasso dos mesmos.
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Dicionário de Competências

Para a construção do Modelo de Competências devemos criar o dicionário de


competências

Um dicionário de competências descreve o conjunto das competências requeridas

pelos postos de trabalho no quadro atual da organização, com a definição e os

níveis das carreiras.


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II Parte: O recrutamento

Breve bibliografia de referência sobre a temática:


Câmara, P, Guerra, P. & Rodrigues, J(2005). Humanator: Recursos Humanos e
Sucesso Empresarial. 6.ª Edição. Editora D. Quixote.
Correia, A. (2006). Recrutamento e Seleção : novas tendências. RH magazine
n.º 42, Janeiro/Fevereiro, pp. 18-23.
Dessler, G. (2005). A framework for human resource management.
Rego, A. (1997). Liderança nas Organizações – teoria e prática. Aveiro:
Universidade de Aveiro.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

O conceito: Recrutamento

«Recrutamento» é um conjunto de procedimentos que visa atrair candidatos


potencialmente qualificados, capazes de satisfazer as necessidades de pessoal
de um empregador público ou de constituir reservas para a satisfação de
necessidades futuras..

O processo de recrutamento decorre entre a decisão de

preencher um cargo vago e o apuramento dos candidatos

que preenchem o perfil da função/perfil de competências e reúnam

condições para ingressar na organização.

Portaria n.º 125-A/2019, de 30 de Abril


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

O conceito: Recrutamento
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Análise de funções

Análise de funções de um cargo faz-se detalhando o que a função exige do seu ocupante
em termos de conhecimento, habilidades e capacidades para que ele possa desempenhá-la
adequadamente.

Esta metodologia visa a definição do perfil de competências.

Que serve para determinar a viabilidade de um


processo de seleção. É considerado como um dos
pontos de partida para a iniciação de um processo
de R&S.
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Análise de funções - métodos

A Análise de funções pode ser realizada por um dos seguintes métodos:


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Análise de funções - métodos

• Diários/ Auto descrições

Este método consiste em levar os profissionais a efetuarem diários de trabalho. Este


registo não se limita meramente às expectativas e atividades do titular do posto de
trabalho, atendendo a que tem em vista a recolha de informação factual
pormenorizada (indicando-se exatamente o que se faz e onde, os contactos
estabelecidos, o método de comunicação, as ações resultantes de determinadas
iniciativas, etc).

• Observação do desempenho de funções

Esta metodologia, que consiste na observação presencial do desempenho do titular


operando na função, é uma das técnicas mais diretas e acessíveis. O método da
observação pode variar no grau de estruturação, a priori, na distancia entre o
observador e observado e no facto de as observações serem ou não contínuas.
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Análise de funções - métodos

• Entrevistas;

Esta metodologia, permite incluir um maior numero possível de aspetos da função,


enquanto que os outros métodos se centram em aspetos específicos do posto de
trabalho. Esta técnica centra-se no indivíduo e nas situações específicas, podendo obter
maior objetividade e tornar-se mais fácil colocar o foco em comportamentos específicos
e concretos.

• Questionários/inventários.
Esta metodologia são frequentemente utilizados como uma forma altamente
estruturada de obter uma imagem ampla, incluindo todos os aspetos de uma função e
não apenas comportamentos críticos. Estes são habitualmente concebidos a partir de
informação recolhida em entrevistas iniciais, ou a partir de observações em conjunção
com outros métodos. Alguns exemplos são:
1. Grelha de LEST 2. Position Analysis Questionnaire (PAQ)
3. Job Characteristics inventor (JCI) 4. Trainer Tasks Inventor (TTI). Podem ser concebidos outros
questionários tais como:
1. Questionário a ser preenchido pela chefia direta;
2. Questionário a ser preenchido pelo titular do posto ;
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Análise de funções - um plano simples para a análise de funções

1.º Passo: recolher documentação acerca da função, por exemplo grelhas de avaliação de
desempenho do posto do trabalho, manuais de formação, organograma do serviço, etc;

2.º Passo: Entrevistar as pessoas apropriadas (“elemento Chave ou elemento estrela) com
conhecimento sobre a função bem como chefia intermédia. Procurar obter informação
acerca da finalidade da função, objetivos, responsabilidades, relações e aspetos críticos;

3.º Passo: Entrevistar o titular da função ou, se necessário, um grupo de titulares. Obter
descrição detalhada das tarefas e relações que fazem parte da função e das possíveis
satisfações e desafios.
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Análise de funções - um plano simples para a análise de funções

4.º Passo: Se possível proceder a uma observação do desempenho da função. Tentar


escolher horas de observações diferentes ou vários dias da semana, para alargar a
amplitude da amostra de comportamentos observados.

5.º Passo: Experimentar desempenhar a função ou algumas tarefas. Isto pode ajudar a ter
uma melhor visão dos desafios ou dos aspetos desagradáveis do posto de trabalho em
referência.
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Análise de funções - técnicas

Regra de Ouro na análise de funções:

No final da redação do relatório da análise de funções o técnico deverá devolvê-lo ao


trabalhador para análise.

A versão final deste relatório será quando o mesmo for relido e aprovado pelo titular do
cargo.
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Perfil de competências

O Perfil de competências profissionais consiste no


conjunto de competências e dos comportamentos que
estão diretamente associados ao posto de trabalho,
identificados como os mais relevantes para um
desempenho de qualidade, com base na análise da
função e do contexto profissional em que a mesma se
insere.
Portaria n.º 125-A/2019 de 30 de Abril
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Perfil de competências

Perfil
Perfil de
de competências
competências

Enquadramento Descrição da Exigencia da Competências


organizacional função função
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Atividade 1

Consultar Manual de Atividades

Perfil de Competências
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III Parte: A Seleção

Breve bibliografia de referência sobre a temática:


Câmara, P, Guerra, P. & Rodrigues, J(2005). Humanator: Recursos
Humanos e Sucesso Empresarial. 6.ª Edição. Editora D. Quixote.
Correia, A. (2006). Recrutamento e Seleção : novas tendências. RH
magazine n.º 42, Janeiro/Fevereiro, pp. 18-23.
Dessler, G. (2005). A framework for human resource management.
Pina e Cunha, M.;Rego, A, et al (2010). Manual de Gestão de Pessoas e
do Capital Humano. Lisboa: Edição Silabo;
Rego, A. (1997). Liderança nas Organizações – teoria e prática. Aveiro:
Universidade de Aveiro.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

A seleção

«Seleção de pessoal» o conjunto de operações, enquadrado no processo de recrutamento,


que, mediante a utilização de métodos e técnicas adequadas, permite avaliar e classificar os
candidatos de acordo com as competências indispensáveis à execução das atividades
inerentes ao posto de trabalho a ocupar.

Portaria n.º 125-A/2019, de 30 de Abril


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

A seleção
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

A seleção

• Tem como objetivo escolher o candidato que mais probabilidade


de sucesso terá no desempenho da função.

• Parte-se do pressuposto de que os candidatos escolhidos têm


mais probabilidades de virem a ser melhores colaboradores do
que aqueles que são rejeitados do processo de seleção.
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A seleção

Isento
Imparcial

Técnico Perfil do avaliador

Sentido Ético

Empático
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IV Parte: A Entrevista de
Avaliação de Competências
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Entrevista de Avaliação de Competências

Definição:

Visa obter, através de uma relação interpessoal, informações sobre

comportamentos profissionais diretamente relacionados com as

competências consideradas essenciais para o exercício da função.

n.º 1 do artº 5, alínea d) da Portaria n.º 125-A/2019, de 30 de Abril


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Entrevista de Avaliação de Competências - Etapas

1 2 3
Preparação Planificação
Conclusão da
Análise de funções e Construção do Guião da
entrevista
construção do perfil entrevista;
Avaliação dos candidatos;
competências;
Distribuição do tempo;
Preenchimento da Matriz
Identificação das individual de avaliação.
competências; Análise dos cv dos
candidatos;
Definição de
Estruturação.
competências;

Informação sobre o
candidato;
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Entrevista de Avaliação de Competências

Este método deve permitir uma análise estruturada da experiência,


qualificações e motivações profissionais através de descrições
comportamentais ocorridas em situações reais e vivenciadas pelo candidato

Trata-se de uma entrevista com um


guião estruturado, que avalia
comportamento e competências reais e
não hipotéticas

n.º 2 do artº 12 da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de Janeiro, alterada e


republicada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de Abril (revogada)
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Entrevista de Avaliação de Competências

COMO ELABORAR UM GUIÃO DE


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE
COMPETENCIAS?

n.º 4 do artº 12 da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de Janeiro, alterada e


republicada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de Abril (revogada)
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Guião de Entrevista de Avaliação de Competências

Definição:
É um conjunto de perguntas a aplicar a todos os entrevistados, que
permite conduzir a entrevista de forma a obter o máximo de
informação sobre comportamentos associados às competências
relacionadas com a função.

As questões que compõe o guião são apresentadas sob a forma de


exemplos específicos de situações, em que o candidato tenha que
demonstrar os comportamento considerados necessários ao
desempenho da função.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Entrevista de Avaliação de Competências -perguntas

Devem ser Abertas: O quê?


•Ter carácter geral e permitir respostas amplas.
Porquê?
•Não devem dar a indicação do género de resposta que merecerá
aprovação, não induzir a resposta; Para quê?

•Convidar a mais do que um mero “sim/não”, permitir a exploração do Quem?


tema.
Onde?
Vantagens – valorizam o interlocutor. Permite saber mais sobre o
tema do diálogo. Como?

Desvantagens – O interlocutor pode falar demasiado e tornar a Quando?


entrevista muito extensa (tempo)
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Entrevista de Avaliação de Competências - perguntas

Em caso de dúvida, explore:

Para mostrar que pretende que o interlocutor desenvolva a sua resposta:

• 1.º - tente uma pausa;


• 2.º - reproduza a resposta que lhe foi dada com “?”;
• 3.º - pode dizer – “Interessava-me saber mais acerca de …”.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Entrevista de Avaliação de Competências - perguntas

O que não fazer em Entrevistas de Avaliação de

Competências
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Entrevista de Avaliação de Competências - perguntas

Não faça perguntas labirínticas:


• O seu efeito mais provável é o de desconcertar ou mesmo

humilhar o seu interlocutor.


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Entrevista de Avaliação de Competências - perguntas

Não faça várias perguntas ao mesmo tempo:

• O seu efeito mais provável é o de confundir o interlocutor.


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Entrevista de Avaliação de Competências - perguntas

Não faça várias perguntas indutoras:

• Estas denunciam a resposta que pretende obter.


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Entrevista de Avaliação de Competências - perguntas

Conclusão da entrevista:

O entrevistado deve ser questionado se deseja acrescentar algo à sua entrevista.

Esta pergunta demonstra o fim da mesma.

Vantagens – permite que o entrevistado possa sintetizar e consolidar o diálogo. Abre


espaço para a manutenção temporal do contacto.

Desvantagens – se precoce, pode promover mal-estar no interlocutor.


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Guião da Entrevista de Avaliação de Competências

Exemplo:

Seleção de um Técnico Superior área funcional Recursos Humanos


Foram identificadas no perfil de competências as:

Competências técnicas: orientação para resultados; planeamento e organização;


comunicação (oral e escrita).

Competências pessoais: Iniciativa e autonomia; responsabilidade e compromisso com o


serviço; relacionamento interpessoal; trabalho de equipa e cooperação.

Competências conceptuais ou Conhecimentos específicos: Conhecimentos


Especializados e Experiência
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Guião da Entrevista de Avaliação de Competências

Exemplos de perguntas para avaliar a existência das


referidas competências – focadas em comportamentos e
não em opiniões ou generalidade
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Guião da Entrevista de Avaliação de Competências

Competências técnicas:
orientação para resultados

Definição - Capacidade para concretizar com eficácia Questões


e eficiência os objetivos do serviço e as tarefas e que
lhe são solicitadas.
Indicador comportamental: 1. Como estabelece prioridades?
•Estabelece prioridades na sua ação, conseguindo,
em regra, centrar-se nas atividades com maior valor 2. O que faz para alcançar as suas
para o serviço (atividades-chave). metas?
•Compromete-se, em regra, com objetivos exigentes
mas realistas e é perseverante no alcançar das metas
definidas. 3. Como realiza as tarefas ou
•Realiza com empenho e rigor as tarefas ou projetos
projetos que lhe são
que lhe são distribuídos.
distribuídos?
•Gere adequadamente o seu tempo de trabalho,
preocupando-se em cumprir os prazos estipulados 4. Como gere os prazos?
para as diferentes atividades.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Guião da Entrevista de Avaliação de Competências

Competências técnicas:
planeamento e organização

Definição - Capacidade para programar, organizar e Questões


controlar a sua atividade e projetos variados,
definindo objetivos, estabelecendo prazos e
determinando prioridades. 1. Como prepara e planeia as suas
Indicador comportamental: tarefas e atividades?
•Em regra é sistemático e cuidadoso na preparação e
planeamento das suas tarefas e atividades. 2. Como planeia e organiza as suas
•Planeia e organiza as atividades e projetos que lhe atividades de acordo com os
recursos que dispõe?
são distribuídos, de acordo com os recursos que tem
à sua disposição.
•Realiza as suas atividades segundo as prioridades 3. O que faz para cumprir os prazos?
definidas e dentro dos prazos previstos.
•Reavalia frequentemente o seu plano de trabalho e 4. Reavalia o seu plano de trabalho?
ajusta-o às alterações imprevistas, introduzindo as Porquê?
correções consideradas necessárias.

Margarida Oliveira 2017


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Guião da Entrevista de Avaliação de Competências

Competências técnicas:
comunicação

Definição - Capacidade para se expressar com clareza Questões


e precisão, adaptar a linguagem aos diversos tipos de
interlocutores, ser assertivo na exposição e defesa
das suas ideias e demonstrar respeito e consideração 1. Como avalia a sua comunicação
pelas ideias dos outros. oral e escrita?
Indicador comportamental:
•Expressa-se oralmente e por escrito com clareza, 2. Ao nível comunicacional, o que
fluência e precisão. faz para se adaptar a diferentes
•Adapta o discurso e a linguagem aos diversos tipos interlocutores?
de interlocutores.
•É normalmente assertivo na exposição das suas 3. Considera-se assertivo? Porquê?
ideias, captando naturalmente a atenção dos outros.
•Demonstra respeito pelas opiniões alheias ouvindo- 4. O que faz perante opiniões
as com atenção e valorizando-as. diferentes das suas?
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Guião da Entrevista de Avaliação de Competências

Competências pessoal:
Iniciativa e autonomia

Definição - Capacidade de atuar de modo Questões


independente e proativo no seu dia-a-dia
profissional, de tomar iniciativas face a problemas e
empenhar-se em solucioná-los. 1. Como reage às diferentes
respondendo às solicitações e
Indicador comportamental: desafios profissionais?
•Tem habitualmente uma postura ativa e dinâmica,
respondendo às solicitações e desafios profissionais. 2. Como concretiza as suas atividades?
•Concretiza de forma autónoma e diligente as
atividades que lhe são atribuídas. 3. Perante um problema profissionais,
•Toma a iniciativa para a resolução de problemas que o que faz?
surgem no âmbito da sua atividade.
•Procura soluções alternativas para a resolução dos 4. Que alternativas apresentou para a
problemas profissionais resolução dos problemas
profissionais?
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Guião da Entrevista de Avaliação de Competências

Competências pessoal: responsabilidade e


compromisso com o serviço
Definição - Capacidade para compreender e integrar Questões
o contributo da sua atividade para o funcionamento
do serviço, exercendo-a de forma disponível e
diligente. 1. Qual o seu papel na missão da sua
Indicador comportamental: organização?
•Reconhece o seu papel na prossecução da missão e
concretização dos objetivos do serviço e responde às 2. Qual a sua atitude perante as
solicitações que, no âmbito do seu posto de trabalho, exigências profissionais?
lhe são colocadas.
•Em regra responde com prontidão e disponibilidade 3. O que faz para cumprir as regras de
às exigências profissionais. funcionamento do seu serviço?
•É cumpridor das regras regulamentares relativas ao
funcionamento do serviço, nomeadamente horários 4. O que faz perante pressões de
de trabalho e reuniões. terceiros no acesso a informação
•Trata a informação confidencial a que tem acesso, de confidencial?
acordo com as regras jurídicas, éticas e deontológicas
do serviço.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Guião da Entrevista de Avaliação de Competências

Competências pessoal: relacionamento


interpessoal
Definição - Capacidade para interagir
adequadamente com pessoas com diferentes Questões
características e em contextos sociais e profissionais
distintos, tendo uma atitude facilitadora do 1. Como se descreve ao nível do trato
relacionamento e gerindo as dificuldades e eventuais com os seus colegas e chefias?
conflitos de forma ajustada.
Indicador comportamental:
2. O que faz para se trabalhar com
•Tem um trato cordial e afável com colegas, pessoas com diferentes
superiores e os diversos utentes do serviço. características?
•Trabalha com pessoas com diferentes características.
•Resolve com correção os potenciais conflitos, 3. Como resolve os conflitos
utilizando estratégias que revelam bom senso e organizacionais?
respeito pelos outros.
•Denota autoconfiança nos relacionamentos e 4. Como se adapta a vários contextos
integra-se adequadamente em vários contextos socioprofissionais?
socioprofissionais.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Guião da Entrevista de Avaliação de Competências

Competências pessoal: trabalho de equipa e


cooperação

Definição - Capacidade para se integrar em equipas


de trabalho de constituição variada e gerar sinergias
Questões
através de participação ativa.
Indicador comportamental: 1. O que faz para se adaptar em
•Integra-se bem em equipas de constituição variada, equipas de constituição variada?
dentro e fora do seu contexto habitual de trabalho.
•Tem habitualmente um papel ativo e cooperante nas
equipas e grupos de trabalho em que participa.
2. Qual o seu papel no trabalho em
equipa?
•Partilha informações e conhecimentos com os
colegas e disponibiliza-se para os apoiar quando
solicitado. 3. Como gere o seu conhecimento no
•Contribui para o desenvolvimento ou manutenção trabalho em equipa?
de um bom ambiente de trabalho e fortalecimento
do espírito de grupo. 4. O que faz para o bom ambiente de
trabalho?
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Guião da Entrevista de Avaliação de Competências

Competências conceptuais ou Conhecimentos específicos:


Conhecimentos Especializados e Experiência

Definição - Conjunto de saberes, informação técnica Questões


e experiência profissional, essenciais ao adequado
desempenho das funções.
Indicador comportamental:
1. Como tramita uma EAC?
•Possui os conhecimentos técnicos necessários às
2. Perante uma reclamação de uma
exigências do posto de trabalho e aplica-os de forma EAC, que instrumentos detém para
adequada. contra-argumentar?
•Detém experiência profissional que permite resolver
questões profissionais complexas. 3. O que faz para alargar os seus
•Preocupa-se em alargar os seus conhecimentos e conhecimentos ao nível da
experiência, de forma a desenvolver uma perspetiva tramitação de uma EAC?
mais abrangente dos problemas.
•Utiliza, na sua prática profissional, as tecnologias de 4. O que faz para melhorar os
informação e de comunicação com vista à realização instrumentos de gestão em sistema
informático?
de um trabalho de melhor qualidade.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Atividade 2

Consultar Manual de Atividades

Guião de Entrevista de Avaliação de Competências


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

COMO ELABORAR UMA MATRIZ


INDIVIDUAL DE AVALIAÇÃO DE
COMPETENCIAS?

n.º 5 do artº 12 da Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de Janeiro, alterada e


republicada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de Abril
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Matriz de Entrevista de Avaliação de Competências

Ao guião de entrevista deve estar associado uma grelha de

avaliação individual que traduza a presença ou a ausência dos

comportamentos em análise.

Vejamos o seguinte exemplo


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Matriz de Entrevista de Avaliação de Competências - exemplo


Ficha Individual da Entrevista de Avaliação de Competências

Procedimento concursal por tempo Determinado para Técnico Superior Área de Psicologia

Nome do candidato:
Data: 0.03.2009
Hora: :

Competência
Comportamento Observados (assinale com um X a presença/ausência do comportamento
Técnica
 Estabelece prioridades na sua acção, conseguindo, em regra,
centrar-se nas actividades com maior valor para o serviço

Orientação para

(actividades-chave).
Compromete-se, em regra, com objectivos exigentes mas
□ Comportamentos presente

realistas e é perseverante no alcançar das metas definidas.


resultados  Realiza com empenho e rigor as tarefas ou projectos que lhe


são distribuídos.
Gere adequadamente o seu tempo de trabalho, preocupando-se
em cumprir os prazos estipulados para as diferentes actividades.
□ Comportamentos ausentes

 Reage de forma positiva às mudanças, adaptando-se a novos


contextos profissionais e mantendo um desempenho eficiente.

Adaptação e


Encara a diversidade de tarefas como uma oportunidad e de
evolução e desenvolvimento profissional.
Reconhece habitualmente os seus pontos fracos e as suas
□ Comportamentos presente

melhoria contínua necessidades de desenvolvimento e age no sentido da sua


melhoria.
 Mantém-se actualizado através da pesquisa de informação e de
acções de formação de reconhecido interesse para o serviço. □ Comportamentos ausentes

 Em regra é sistemático e cuidadoso na preparação e


planeamento das suas tarefas e actividades.

Planeamento e
 Planeia e organiza as actividades e projectos que lhe são
distribuídos, de acordo com os recursos que tem à sua
disposição.
□ Comportamentos presente

organização  Realiza as suas actividades segundo as prioridades definidas e


dentro dos prazos previstos.
 Reavalia frequentemente o seu plano de trabalho e ajusta-o às
alterações imprevistas, introduzindo as correcções consideradas
necessárias.
□ Comportamentos ausentes

 Resolve com criatividade problemas não previstos.


 Propõe soluções inovadoras ao nível dos sistemas de

Inovação e

planeamento interno, métodos e processos de trabalho.
Revela interesse e disponibilidade para o desenvolvimento de
□ Comportamentos presente

projectos de investigação com valor para a organização e


qualidade impacto a nível externo.
 Adere às inovações e tecnologias com valor significativo para a
melhoria do funcionamento do seu serviço e para o seu
desempenho individual.
□ Comportamentos ausentes

Competência
Comportamento Observados (assinale com um X a presença/ausência do comportamento
Pessoal
 Tem um trato cordial e afável com colegas, superiores e os
diversos utentes do serviço.

Relacionamento


Trabalha com pessoas com diferentes características.
Resolve com correcção os potenciais conflitos, utilizando
□ Comportamentos presente

estratégias que revelam bom senso e respeito pelos outros.


interpessoal  Denota autoconfiança nos relacionamentos e integra -se
adequadamente em vários contextos sócio-profissionais.
□ Comportamentos ausentes

 Expressa-se oralmente e por escrito com clareza, fluência e


precisão.
Comunicação  Adapta o discurso e
interlocutores.
a linguagem aos diversos tipos de
□ Comportamentos presente
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Matriz de Entrevista de Avaliação de Competências


 Integra-se bem em equipas de constituição variada, dentro e fora
do seu contexto habitual de trabalho.

Trabalho de
 Tem habitualmente um papel activo e cooperante nas equipas e
grupos de trabalho em que participa.
□ Comportamentos presente

equipa e  Partilha informações e conhecimentos com os colegas e


disponibiliza-se para os apoiar quando solicitado.
cooperação  Contribui para o desenvolvimento ou manutenção de um bom
ambiente de trabalho e fortalecimento do espírito de grupo. □ Comportamentos ausentes

 Exerce por vezes o papel de orientador e dinamizador das


equipas e grupos de trabalho, contribuindo de forma decisiva


para que os objectivos sejam alcançados.
Assume responsabilidades e objectivos exigentes. □ Comportamentos presente

Coordenação  Toma facilmente decisões e responde por elas.


 É ouvido e considerado pelos colegas de trabalho.

□ Comportamentos ausentes

Competência
Comportamento Observados (assinale com um X a presença/ausência do comportamento
conceptual
 Possui os conhecimentos técnicos necessários às exigências do
posto de trabalho e aplica-os de forma adequada.

Conhecimentos
 Detém experiência profissional que permite resolver questões
profissionais complexas.
□ Comportamentos presente

 Preocupa-se em alargar os seus conhecimentos e experiência, de


Especializados e forma a desenvolver uma perspectiva mais abrangente dos
Experiência problemas.
 Utiliza, na sua prática profissional, as tecnologias de informação e
de comunicação com vista à realização de um trabalho de melhor
□ Comportamentos ausentes

qualidade.

Assinale com uma cruz o nível classificativo da Entrevista de Avaliação de competências do candidato

Nível Elevado = 20 valores

Nível Bom = 16 valores

Nível Suficiente = 12 valores

Nível Reduzido = 8 valores

Nível Insuficiente = 4 valores

O Técnico Superior área de Recursos Humanos


___________________________________________________
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Atividade 3

Consultar Matriz EAC

Matriz de EAC
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Níveis classificativos da Entrevista de Avaliação de Competências

Como atribuir o nível classificativo?

Relativamente ao caso prático aqui tratado, foram encontradas 8 competências no perfil,


assim posso estabelecer o seguinte exercício avaliativo para o caso concreto.
N.º de competências em que o comportamento
Nível classificativo
associado esteve presente
20 – Elevado Nas 8 competências
16 – Bom Em 6/7 competências
12 – Suficiente Em 4/5 competências
8 – Reduzido Em 2/3 competências
4 - Insuficiente 0 a 1 competência
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Entrevista de Avaliação de Competências

Competências aferir em diferentes carreiras/categorias?

Carreira/Categoria N.º de Competências a aferir na EAC


Dirigente + de 8 Competências
Técnico Superior 7/8 Competências
Assistente Técnico 6/7 Competências
Assistente Operacional 5 Competências
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Entrevista de Avaliação de Competências

COMO ENTREVISTAR
UM CANDIDATO
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Como entrevistar um candidato

• Preparar a entrevista (não deve ser improvisada);

• Conhecer bem a função;

• Conhecer bem o perfil desejado;

• Tipo de informação que é preciso recolher;

• Rever informação que existe sobre o candidato (saber quem vai


entrevistar).
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Como entrevistar um candidato

• Adiar julgamentos até ter recolhido toda a informação;

• Ser sistemático e estruturado;

• Fazer alguns registos da informação;

• Controlar o ritmo da entrevista;

• Dar atenção aos comportamentos verbais e não verbais;

• Dar oportunidade ao candidato de formular questões;

• Ser justo e imparcial.


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Como entrevistar um candidato

• Apresentar-se, acolher e ganhar a confiança do candidato;

• Escutar ativamente e facilitar a comunicação;

• Lançar questões que permitam aprofundar e esclarecer;

• Dar ao candidato a oportunidade de colocar questões;

• Colocar as questões certas, uma de cada vez;

• Ser curioso e persistir na mesma temática enquanto subsistirem pontos


menos claros.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Como entrevistar um candidato

• Transmitir claramente que a entrevista acabou;

• Perguntar ao candidato se tem alguma questão ou algo a


acrescentar;

• Informar o candidato sobre o próximo passo do processo;

• Não fazer promessas que não possam ser cumpridas;

• Procurar que o candidato saia com uma boa impressão da


organização.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Como entrevistar um candidato

• Rever e completar registos;

• Rever as evidencias recolhidas de forma exaustiva;

• Tomar decisões justas.


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Como entrevistar um candidato

Escolher as melhores condições:

• Garantir a privacidade;

• Adotar um comportamento e uma atitude que faça com que o


candidato se sinta cómodo;

• Iluminação adequada;

• Dispor de uma mesa do tipo de reuniões;

• Não permitir interrupções;

• Controlar o tempo necessário para a entrevista e não fazer esperar


os outros candidatos.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Entrevista de Avaliação de Competências

Espaço físico – A maneira menos correta: provoca distanciamento


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Entrevista de Avaliação de Competências


Espaço físico – A maneira mais correta: colocar cadeiras em ângulo reto.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Erros tipos do entrevistador

• Efeito de halo;

• Ideias preconcebidas e estereótipos;

• Ênfase na experiência anterior;

• Formulação das perguntas;

• Confiar demasiado na intuição;

• Domínio do entrevistador.
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Atividade 4

Simular uma EAC.


ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Bibliografia recomendada

Câmara, P, Guerra, P. & Rodrigues, J(2005). Humanator: Recursos Humanos e Sucesso Empresarial. 6.ª Edição. Editora D. Quixote.

Carapêto, C. & Fonseca(2005). F. Administração Pública: Modernização, Qualidade e Inovação.. 1.ª Edição. Editora Silabo.

Cascão, F. (2005). Gestão por competências: novos instrumentos e práticas para a moderna gestão das pessoas e das organizações. Porto: IPAM Edições.

Ceitil, M (2006). Gestão e Desenvolvimento de Competências. 1.ª Edição. Editora Silabo.

Chiavenato, I. (1981). Administração de Recursos Humanos, São Paulo: Segunda Edição, Editora Atlas.

Correia, A. (2006). Recrutamento e Selecção : novas tendências. RH magazine n.º 42, Janeiro/Fevereiro, pp. 18-23.

DGAEP (2006). Avaliação e Desenvolvimento de Competências na Administração Pública. DGAEP

Leboyer, C. L. (1997). Gestión de Las Competencias. Barcelona: Adiciones Gestión 2000.

Leplat, J. (1991) Compétence et ergonomie. In R. Amalberti, M. de Montmollin, J.Thereau (Eds.) Modèles en analyse du travail (pp. 263 - 278). Liège:
Mardaga.

Kelly, G (1955). The psychology of personal constructs : a theory of personality. New York : Norton.

Rebelo, G. (2006). Gestão pela competência na Administração pública: que perspectiva de reforma? RH magazine n.º 42, Janeiro/Fevereiro, pp. 30-34.

Rego, A. (1997). Liderança nas Organizações – teoria e prática. Aveiro: Universidade de Aveiro.

Sanghi, S (2004). The handbook of competency mapping. London: Sage Publications.

Zarifian, P. (1999). Objectif compétence: pour une nouvelle logique. Paris : Editions Liaisons. Paris : Editions Liaisons.
ENTREVISTA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Legislação

• Lei n.º 35/2014, de 20 de Junho

• Portaria 125-A/2019, de 30 de Abril

• Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de Janeiro, alterada e republicada pela Portaria n.º

145-A/2011, de 6 de Abril (revogada)

• Portaria n.º 359/2013, de 13 de dezembro


Obrigada pela vossa atenção!
Belisa Rodrigues
belisacarmina@gmail.com

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