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Sã o Paulo, 2 de janeiro de 2011

Plano detalhado
O pensamento psicanalítico: objeto e método a partir dos textos
freudianos.

Introdução

A psicaná lise é um saber nã o-positivo: construído a partir de uma praxis e a partir do


desenvolvimento de uma técnica e de um método de investigaçã o de fenô menos psíquicos - cf.
estudo sobre a histeria.

No entanto, apesar de Freud manifestar uma intençã o científica positivista, dá -se conta de que
seu objeto, o inconsciente e sua relaçã o com o Eu e com o consciente, nã o é observá vel ou
mensurá vel (cf. Simon Bouquet, cap. 1). Está numa "outra cena", seu objeto é o discurso subjetivo
e, portanto, o sujeito, aquele que estuda, analisa, confunde-se com o pró prio objeto. Esse objeto é
um construto do analisando e do analista. Nada mais existe numa relaçã o analítica do que uma
trama de conceitos intersubjetivos.

Sendo assim, o observado é apenas a linguagem, a construçã o de uma narrativa intersubjetiva


que atribui sentido ao que aparentemente nã o se encontra presente, o recalcado.

No entanto, a grande diferença do método Freudiano para os métodos de estudo do discurso


socioló gico ou antropoló gico está em se referir nã o ao que o sujeito quis dizer, mas ao que ele
efetivamente diz. (Citaçã o Conferência I - Introduçã o). A psicaná lise é um exercício anti-natural.
O natural é a busca da satisfaçã o de pulsõ es e desejos. No entanto, a cultura e a civilizaçã o
criaram aparatos de repressã o para conter as pulsõ es e a condiçã o humana se encontra num
profundo desamparo face ao desejo, à falta e ao Luto. Freud cria, através da hipó tese do
inconsciente, uma nova relaçã o entre o somá tico e o psíquico, entre o corpo e a mente.

Há, em qualquer discurso ou ato humano, um processo psíquico subjacente orientado por
conteú dos manifestos e conteú dos latentes

O corpo é, portanto, um objeto situado no mundo, ele se relaciona com os fatos da existência
dando sentido à s pulsõ es, à s satisfaçõ es, à s faltas, à s frustraçõ es. O Universo psíquico é estudado
como um conjunto de interpretaçõ es das relaçõ es do corpo no mundo, nã o o corpo físico, mas um
objeto situado em relaçã o à s pessoas, aos objetos, ao tempo e aos outros indivíduos. Essa relaçã o
se constró i através da palavra, da representaçã o, da significaçã o de imagens, impressõ es
mnêmicas.

Esse processo de significaçã o é determinado por duas hipó teses: a existência do inconsciente e a
origem sexual dos traumas (definir e criticar). Primeira tó pica; Eu, Isso e Supereu

A psicaná lise é, portanto, um exercício anti-natural. O natural é a busca da satisfaçã o de pulsõ es e


desejos. No entanto, a cultura e a civilizaçã o criaram aparatos de repressã o para conter as
pulsõ es e a condiçã o humana se encontra num profundo desamparo face ao desejo, à falta e ao
Luto. Freud cria, através da hipó tese do inconsciente, uma nova relaçã o entre o somá tico e o
psíquico, entre o corpo e a mente.

O que funda o psiquismo, segundo Freud, é um mecanismo econô mico: fluxo de tensõ es e
descargas. Aumento da tensã o face à satisfaçã o das pulsõ es - destinos: satisfaçã o, sublimaçã o,
afastamento consciente ou o recalque (evitar um custo alto para a nã o satisfaçã o das pulsõ es) Cf.
texto a pulsã o e seus destinos. O aumento de investimentos recalcados --> neurose onde o desejo
se transfere a um objeto real ou imaginá rio através de uma relaçã o simbó lica --> simbó lico é a
presença na ausência / psicose nã o há representaçã o ou simbolismo, as palavras sã o as coisas.
Histeria, nã o há simbolizaçã o, mas conversã o. A libido é uma força gerada por tensõ es: desejo,
falta, frustraçã o, desprazer, satisfaçã o, prazer. Exemplos de como funciona o aparelho psíquico.
Problemá tica fundamental: determinaçã o, estrutura vs. liberdade. Simplificaçã o do
funcionamento do aparelho psíquico? Uma hipó teses política para o funcionamento do
psiquismo? Cf. conceito do político.

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