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Relatar a si mesmo:
crítica da violência ética
Judith Butler
Filosofa nascida em 24/02/1956 em Cleveland, Ohio, numa família de ascendência judaica e de
origem russa e húngara,
a maior parte da família de sua avó materna pereceu no Holocausto
Aos 14 anos começou a frequentar aulas de ética como castigo da escola hebraica em que estudava
por ser"muito falante na aula"
(Isso permite a Butler transitar sua análise ampliando seus objetos empíricos,
que se estendem desde pessoas queers, palestinas apátridas ou mesmo os
prisionerios de Guantánomo)
Uma fratura ontológica que faz do que meu ser o espaço de um questionamento
contínuo a respeito do lugar que ocupo e da identidade que me define
(Safatle, 2012)
O sujeito se constitui pelo exercício da interpelação;
Sujeito é = Trata-se de uma entidade relacional para a qual, há uma relação radical e
constitutiva à alteridade
Quando o “eu” busca fazer um relato de si mesmo, pode começar consigo, mas
descobrirá que esse “si mesmo” já está implicado numa temporalidade social que
excede suas próprias capacidade de narração (p. 18)
O “eu” não tem história própria que não seja a história de uma relaão
O ATO DA INTERPELAÇÃO
Genealogia da Moral: o ato do castigo como criação de uma memória
O ato de relatar a si mesmo adquire uma forma narrativa, que não apenas depende da
capacidade de transmitir eventos, mas também recorre a uma autoridade narrativa,
cujo objetivo é persuadir o público
Porém, diferente de Nietzsche para quem a moral surge como resposta aterrorizante ao castigo, em
Foucault investe na ideia de “má consciência como um meio para a criação de uma ética e de
valores”.