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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

EDUARDO JURASKI MELO

PORTFÓLIO POLÍTICAS EDUCACIONAIS

TRÊS LAGOAS
2021
EDUARDO JURASKI MELO

Portfólio Políticas Educacionais

Portfólio apresentado ao curso


de Letras na matéria de
Políticas Educacionais regida
pela docente Ligiane
Aparecida da Silva.

TRÊS LAGOAS
2021
1 – Introdução

Portfólio feito para a matéria de Políticas Educacionais apresentando as atividades


realizadas durante esse semestre na universidade. O portfólio contém quatro atividades
sendo elas três textos e algumas respostas solicitadas pela docente Ligiane Aparecida
da Silva.
2 – Síntese do texto de Carlos Roberto Jamil Cury – O direito à educação: direito à igualdade,
direito à diferença.

Escrito pelo professor e filósofo Carlos Roberto Jamil Cury, o texto “O direito à educação:
direito à igualdade, direito à diferença” apresenta para nós, leitores, a visão de como o Estado
pode interferir na educação de uma pessoa, pois mesmo que a educação seja um direito do ser
humano muitos governos não investem nela, tornando assim o aprendizado algo muito difícil
na vida do estudante.

É citado no texto que desde pequeno o cidadão deve ter o direito de decidir o seu futuro,
tomar suas próprias decisões e seguir o caminho que quiser, ou seja não seria necessário a
intervenção do Estado nessas escolhas, porém ela é necessária a partir do momento que é uma
obrigação do mesmo fornecer a educação para seus cidadãos como é dito no artigo 205
(duzentos e cinco) da nossa legislação “A educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício de sua cidadania e sua qualificação
para o trabalho.” Sendo assim, a educação deveria ser algo justo para todos, todas as pessoas
deveriam ser educadas de forma igualitária para que todos tivessem as mesmas chances em
suas vidas, porém isso de certa forma é uma utopia.

Outro pensamento apresentado no texto é a grande diversidade de pessoas que podem ser
encontradas nas escolas e como a mesma deveria lidar com essa situação. A luta pela
igualdade é algo que vem vindo à tona cada vez mais nos dias de hoje e não é novidade para
ninguém que, infelizmente, existe ainda um grande preconceito em relação a isso, muitas
pessoas perdem chances por causa de alguma diferença, diferença essa que não deveria
existir. É mostrado que em países que foram colonizados a discriminação é muito maior do
que, por exemplo, na Europa, já que em países que foram colonizados houve um atraso em
seus métodos de produção tendo assim em sua maioria usado a escravidão como forma de
trabalho, criando assim uma sociedade que vê um diferente e pensa nele como um inferior. No
Brasil, isso foi algo que atrasou muito a evolução da educação, pois mesmo após sua
independência proibiu a escola para negros, índios e mulheres.
A distribuição de renda também é um fator que afeta muito, pois uma criança que vem de uma
família pobre não tem as mesmas oportunidades que uma criança vindo de uma família de
renda alta, muita das vezes a criança tem que começar logo cedo a trabalhar para poder ajudar
sua família em casa, algumas vezes largando o estudo de forma parcial ou completa.

Desta forma, por mais que o Estado ofereça a educação gratuita, ela ainda não é o suficiente
para todos e ela é a única forma de alcançarmos uma sociedade igualitária e que cada vez
mais incentivara o avanço a educação.
3 – Relação entre o texto de Cury, a legislação vigente e o artigo 205 de 1988

No artigo 205 da Constituição Federal de 1988 diz que “A educação, direito de todos e dever
do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício de sua cidadania e
sua qualificação para o trabalho.” Essa lei foi muito importante para as mudanças que temos
hoje em dia, por mais que ela fosse apenas para o ensino fundamental, onde alguns alunos já
entravam com uma idade avançada, ela foi responsável pela mudança que aconteceu com a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que introduziu a lei dos nove anos.

Este é o artigo 32, onde é instituída que o ensino fundamental é obrigatório, com duração de
nove anos e deveria ser iniciado com seis anos. Essa mudança fez com que as crianças
entrassem mais cedo na escola. No vídeo é mostrado a situação das escolas após a mudança,
no começo foi mostrado que os diretores e professores ficaram meio receosos por conta da
idade, onde a criança ainda poderia ser muito infantil e não aprender direito, porém é
mostrado que houve um aconselhamento para os trabalhadores das escolas e eles viram que
não era tão desafiador assim ensinar as crianças de seis anos pois antes desta entrada na escola
existiam as creches, estes lugares eram apenas para os pais deixarem os filhos para serem
cuidados, como a professora mesmo fala, quando ela entrou ela não tinha curso nenhum,
somente mais tarde ela foi fazer uma faculdade de pedagogia para poder ensinar essas
crianças. Esse aprendizado feito da forma mais rápida possível, ensina as crianças, desde
pequenas, a conviverem com outras crianças, ou seja, ela vai ser introduzida a uma
“sociedade” já criança.

Com essa entrada precoce em sociedade, a criança, além das coisas que ela aprenderá com
suas professoras, ela também estará sendo introduzida ao mundo real desde pequeno,
aprendendo como conviver com outras pessoas, a respeitar todos independente de qualquer
coisa e isso é algo apresentado no texto “O direito à educação: direito à igualdade, direito à
diferença.” De Carlos Roberto Jamil Cury, onde ele explica sobre os obstáculos que existem
na educação para algumas minorias.

Então basicamente uma coisa leva a outra, o artigo 205 influenciou positivamente na história
da educação até a entrada da LDB que melhorou o que já era imposto previamente pelo 205.
Essa entrada mais cedo das crianças nas escolinhas e creches facilitaram para o
desenvolvimento delas como cidadãos onde é introduzido a convivência com outras pessoas e
as diferenças, coisa que o Cury aponta em seus textos, que é algo que melhora muito a
educação, principalmente no Brasil, onde ainda vemos muita discriminação.

4 – Redação sobre o FUNDEB

A FUNDEB é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de


Valorização dos Profissionais da Educação, ele veio como substituto do FUNDEF que é o
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério. O FUNDEF era muito limitado, pois ele só era bom pro ensino fundamental e
somente para os professores, já o FUNDEB abrange todos os tipos de educação e todos os
profissionais que trabalham na escola. O FUNDEF acabou em dois mil e seis e em janeiro de
dois mil e sete entrou o FUNDEB que iria durar até dois mil e vinte, porém ele foi renovado
em agosto do mesmo ano.

O objetivo é distribuir renda para todos as regiões do país, pois em alguns lugares a educação
é menos privilegiada do que em outras, ou seja, para não deixar que uma escola acabe por
falta de manutenção ou até mesmo profissionais da educação, o FUNDEB ajuda com uma
quantidade de renda, este dinheiro vem dos impostos.

Na Emenda Constitucional 108 é dito que o FUNDEB será permanente, além de que foi
proposta maior participação do governo, ou seja, eles deverão dar uma maior ajuda financeira
chegando a vinte e três por cento em dois mil e vinte e seis. Esse aumento favorecera muito as
redes publicas de ensino, pois eles poderão investir mais na escola. Os municípios cuidarão da
educação infantil e do ensino fundamental, enquanto os estados cuidarão do ensino
fundamental e do médio, o dinheiro não poderá ser aplicado em faculdades, pois são
responsabilidade do governo federal.

Como este fundo influencia todas as áreas da educação, cinco por cento dos recursos deverão
ser distribuídos para creches que atendem crianças de zero a seis anos. Entrara em vigor como
parâmetro, o CAQ (Custo Aluno Qualidade) que deve ser um valor mínimo por aluno que
deverá ser garantido pelo estado, esse CAQ vai calcular qual é o valor gasto por ano em todas
as educações para garantir recursos para escolas. Além disso setenta por cento do FUNDEB
será destinado para o pagamento dos profissionais de educação, não somente os professores,
mas todos os trabalhadores das escolas, desde o porteiro até a tia da cantina.
Portanto, o FUNDEB é algo que em seu começo com FUNDEF já era bom, porém agora
ficou melhor pois auxiliará as escolas e creches dos estados a não fecharem suas portas, assim
dando mais oportunidades para as crianças na sua vida escolar e adulta.

5 - Considerações Finais

Vimos que as áreas da educação passaram e vão passar por várias mudanças com o tempo,
sempre acrescentando para que algum dia de um futuro próximo a igualdade seja uma
realidade, para que os alunos possam cada vez mais se destacarem e poderem brilhar onde
quer que queiram, sem que algum fator que o torna “diferente” o atrapalhe. Além disso ainda
tem mudanças na forma que o governo lida com essa situação, um exemplo apresentado é o
FUNDEB que vai cada vez mais facilitar para o avanço da educação.
6 – Referências

CURY, Carlos Roberto Jamil. O direito à educação: direito à igualdade, direito à


diferença. 116 ed. Belo Horizonte: Fundação Carlos Chagas. 2003.

UNIVESP. D-02 - LDB – Educação Básica (parte 1 de 2). Youtube, 7 de junho de 2010.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hNZe6cC3K7E. Acesso em: 04/10/2021.

UNIVESP. D-02 - LDB – Educação Básica (parte 2 de 2). Youtube, 7 de junho de 2010.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RfOMFAl2vz4. Acesso em: 04/10/2021.

SILVA, Ligiane Aparecida da. FUNDEB. Youtube, 11 de setembro de 2021. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=0EqcKf_B0es. Acesso em: 04/10/2021.

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